Universidade de Toronto
Uma portuguesa, estudante internacional de Ciências Médicas no Canadá, foi distinguida com o “International Fee Differential...

O objectivo deste prémio é ajudar ao pagamento das propinas, que no caso de alunos estrangeiros são cerca de 20.000 dólares (14.765 mil euros) anuais.

"Esforcei-me imenso. É o reconhecimento do meu esforço. Desde que começaram as aulas (Setembro de 2014), até Abril, passei os fins de semana a estudar, além de durante a semana frequentar as aulas. Tive sempre a nota máxima (A +)", disse Carina Freitas, natural do Funchal.

Segundo uma nota da Universidade de Toronto, o Instituto de Ciências Médicas "valoriza a contribuição (de Carina Freitas) pela excelência académica", e acrescenta esperar por "futuras excelentes prestações".

Carina Freitas reconhece que o inverno "muito rigoroso" do Canadá foi a chave para o sucesso. "Ajudou a ficar mais tempo em casa a estudar", justificou. 

Em Portugal, Carina Freitas formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (1994-2000), fez o Internato Geral Médico no Centro Hospitalar do Funchal (2001-2002), especializou-se em Psiquiatria de Infância e da Adolescência no Hospital de Dona Estefânia (2003-Abril de 2008).

Entre Maio de 2008 e 2014 exerceu a actividade clínica no Serviço de Pedopsiquiatria no Hospital Nélio Mendonça, no Funchal, e actualmente encontra-se de licença sem vencimento. 

Além da Medicina, Carina Freitas tem outra paixão: a música. Além de cantora, também é compositora e desde muito cedo participou em vários festivais da canção, tendo lançado em 2006 "Alquimia", um álbum de pop-rock com temas originais.

Com um mestrado em Neurociências pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Carina Freitas tem um interesse particular em Neurociências da música:

"Quero juntar as três áreas de interesse, ou seja, as Neurociências, a Pedopsiquiatria e a música num projecto que estuda a percepção e a cognição musical das crianças com perturbações do espectro do autismo, utilizando técnicas modernas de neuroimagem", revelou. 

Segundo Carina Freitas, "a relevância do estudo é que vai permitir compreender como o cérebro das crianças autistas reage à música, ajudando a delinear novas intervenções terapêuticas como a musicoterapia".

Desde Setembro de 2014 no Canadá, em resultado do seu casamento, Carina Freitas está satisfeita com a experiência e o objectivo agora passa por uma maior integração com a comunidade portuguesa em Toronto.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, mostrou-se preocupado com a baixa taxa de natalidade em Portugal, sublinhando que o...

“A saúde não é o único factor que leva ao aumento da natalidade, mas tem um papel a cumprir e tem-no cumprido com diversas medidas e vamos continuar a desenvolver outras”, garantiu.

Paulo Macedo falava aos jornalistas no Centro de Ciência do Café, em Campo Maior (Portalegre), à margem da assinatura de um protocolo de cooperação para reestruturação do ambulatório do Hospital Santa Luzia de Elvas em Clínica de Alta Resolução, projecto que envolve um investimento de um milhão de euros.

Para combater a baixa taxa de natalidade, o governante recordou que o Ministério da Saúde tem desenvolvido várias medidas, destacando, em primeiro, a isenção de todos os jovens, até aos 18 anos, do pagamento de taxas moderadoras.

“É uma medida indirecta para a natalidade, para dar uma estabilidade às pessoas. Quem tem filhos até aos 18 anos está isento de taxas moderadoras”, disse.

“A medida que foi ontem (quinta-feira) divulgada de o Estado assumir gratuitamente, e inscrever no Plano Nacional de Vacinação a vacina antipneumocócica é outra medida indirecta de estímulo à natalidade, uma vez que estamos a tirar encargos familiares e o Estado está a assumi-los”, acrescentou.

Paulo Macedo apontou também o esforço que o Serviço Nacional de Saúde está a desenvolver no “aumento da oferta” na área da procriação medicamente assistida e a prioridade que foi criada nos centros de saúde para que todas as grávidas possam ter um médico de família.

“Há aqui um conjunto de medidas que não vão resolver o problema da natalidade, mas que contribuem decisivamente para as pessoas poderem encarar o aumento da sua família de uma maneira mais positiva”, considerou.

Paulo Macedo mostrou-se ainda satisfeito com o protocolo celebrado em Campo Maior, entre Unidade de Saúde Local do Norte Alentejano, os municípios de Arronches, Campo Maior, Elvas, Monforte, Sousel, Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa e a Coração Delta, Associação de Solidariedade Social.

Este protocolo, que visa a reestruturação da componente de ambulatório do Hospital de Santa Luzia de Elvas, vai assegurar às populações, pelo menos, a realização de cerca de 40 mil consultas hospitalares e mais de cinco mil exames especiais (dos quais 1.200 de gastrenterologia) e mais de duas mil cirurgias.

Este projecto conta com um investimento de um milhão de euros, desenvolvendo-se a sua execução em três fases ao longo de três anos.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou a revisão de segurança dos medicamentos contendo corticosteróides para inalação, com...

Os corticosteróides são uma classe de medicamentos que, quando usados por via inalatória, reduzem a inflamação nos pulmões facilitando a respiração. Estes medicamentos são utilizados no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), com recurso a dispositivos para inalação.

Esta revisão de segurança pretende avaliar o risco de desenvolvimento de pneumonia em doentes que estão em tratamento com estes medicamentos para a DPOC. Em Portugal, serão envolvidos nesta revisão os medicamentos autorizados contendo as substâncias activas budesonida e fluticasona com indicação no tratamento da DPOC e para uso pela via inalatória.

O risco de desenvolvimento de pneumonia foi identificado em 2007, após a publicação de um estudo que demonstrou que os doentes com DPOC em tratamento com fluticasona (corticosteróide usado por via inalatória) apresentavam um risco superior de desenvolver pneumonia em comparação com os doentes a usar placebo. Desde então, foram efectuados vários estudos com outros corticosteróides usados por via inalatória.

Até que esteja concluída a avaliação de todos os dados disponíveis, os doentes devem continuar a usar estes medicamentos de acordo com as indicações do seu médico, a quem devem recorrer em caso de dúvida.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou a revisão de segurança do medicamento Tysabri (natalizumab) indicado para o...

Esta revisão de segurança pretende avaliar se a informação de segurança disponibilizada aos profissionais de saúde e doentes com o objectivo de minimizar o risco conhecido de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) associado ao uso de Tysabri deve ser revista face aos novos dados científicos.

A LMP é uma infecção viral rara no cérebro causada pelo vírus John Cunningham e que pode causar incapacidade grave e morte.

O risco de desenvolvimento de LMP aumenta com o tempo de tratamento com Tysabri, sendo particularmente elevado em doentes em tratamento há mais de dois anos. Os doentes que antes do tratamento com Tysabri foram tratados com medicamentos imunossupressores ou que apresentam anticorpos contra o vírus causador da infecção têm também um risco superior de LMP.

Dados científicos recentes parecem indicar que os métodos usados para o cálculo do risco de LMP devem ser revistos e que a pesquisa de LMP em doentes sem sintomas deverá ser efectuada com uma frequência superior à actualmente recomendada. Existem também novos testes de diagnóstico disponíveis, pelo que é necessário avaliar se estes terão impacto nas orientações de prescrição actualmente existentes.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) irá avaliar os dados disponíveis para caracterizar melhor o risco da utilização do Tysabri, bem como identificar medidas adicionais para a sua redução.

Até que esteja concluída a avaliação de todos os dados disponíveis, os doentes devem continuar a tomar este medicamento de acordo com as indicações do seu médico, a quem devem recorrer em caso de dúvida.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Acção judicial
Um homem que recebeu uma prótese da anca alegadamente defeituosa avançou com uma acção judicial na Comarca de Aveiro contra a...

Na acção, o homem, residente na Gafanha da Boa Hora, no concelho de Vagos, reclama uma indemnização de cerca de 157 mil euros pelos danos sofridos.

A prótese da anca ASR foi implantada em Fevereiro de 2009, no Hospital de Coimbra, e cinco meses depois, o doente começou a sentir "efeitos nefastos", nomeadamente "limitações no movimento e dificuldades acrescidas nas coisas mais simples como caminhar".

Com o passar do tempo, o autor diz que a situação agravou-se e veio a sofrer de "dores fortes localizadas", até ter sido submetido a uma segunda cirurgia para substituição da prótese, em Março de 2011.

O paciente diz que sofreu danos durante mais de dois anos, o que lhe causou um "enorme sofrimento" e refere que os factos ocorreram por culpa das rés, porque fabricaram e colocaram no mercado "um produto defeituoso".

As duas empresas contestaram a acção e defendem que o direito ao ressarcimento já caducou, porque passaram mais de 10 anos sobre a data em que o produto foi posto a circular.

Na contestação, as empresas rejeitam ainda a existência de qualquer defeito no produto, adiantando que as eventuais complicações "sempre foram indicadas como riscos intrínsecos à intervenção cirúrgica em causa".

Em Setembro de 2010, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), emitiu uma circular que aconselhava os portugueses com as próteses da anca fabricadas pela DePuy a marcar uma consulta de seguimento com o seu médico ou cirurgião, para uma avaliação do funcionamento do implante.

Na nota, o Infarmed dizia que o fabricante se encontrava a proceder à "recolha voluntária de todos os lotes destes dispositivos", acrescentando que foi no âmbito do sistema de vigilância pós-comercialização que a empresa verificou que aqueles implantes da anca "apresentavam uma necessidade de revisão superior à esperada".

"Os motivos para a cirurgia de revisão incluem descolamento e mau alinhamento dos componentes, infecções, fractura óssea, luxação, sensibilidade ao metal e dor", adianta o Infarmed.

A partir de Junho
A partir de 1 de Junho, e durante um mês, os investigadores podem candidatar-se ao Fundo para Investigação em Saúde que conta...

Este Fundo destina-se ao financiamento de actividades e projectos de investigação dirigidos para a protecção, promoção e melhoria da saúde das pessoas.

Serão seleccionados projectos de investigação em saúde pública e serviços de saúde. Designadamente nas intervenções preventivas e terapêuticas, nas áreas das doenças oncológicas, diabetes e doenças cérebro-cardiovasculares.

Ao fundo podem candidatar-se equipas de investigação ou investigadores integrados em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou em outras instituições e serviços dependentes do Ministério da Saúde.

O Infarmed disponibiliza um site próprio, através do qual os candidatos podem apresentar as suas candidaturas entre 1 e 30 de Junho deste ano.

O limite máximo de financiamento por projecto é de 130 mil euros.

Este fundo foi anunciado em Fevereiro de 2013 pelo secretário de Estado e Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, que na altura disse que o objectivo do mesmo é “evitar que a investigação fique dependente do dinheiro que não é gasto nos programas assistenciais”.

Segundo especialista
Um em cada quatro portugueses sofrerá de urticária e, destes, cerca de um quarto desenvolverá a forma crónica de uma doença que...

Patrícia Vicente é uma destas doentes e tem como projecto a criação de uma associação que ajude a desmistificar esta patologia e ajudar doentes, familiares e amigos.

A médica Célia Costa, do Hospital de Santa Maria, explicou que, apesar de não existirem dados específicos sobre a população portuguesa, é possível transpor para Portugal os dados conhecidos sobre a população mundial.

Segundo a especialista, a urticária crónica grave tem um impacto “significativamente negativo” na qualidade de vida dos doentes, porque afecta a sua imagem devido às lesões na pele que, por vezes, são confundidas com uma doença infecciosa ou contagiosa.

Esta situação leva a que os doentes se isolem, porque têm vergonha de se expor aos outros. Os efeitos negativos incluem também a privação do sono e comorbilidades ou desordens psicológicas, como depressão e ansiedade.

“Os sintomas (comichão forte e contínua) são irritantes, com agravamento durante a noite, o que interfere na qualidade do sono”, explicou a médica, adiantando que o facto de a pessoa não dormir bem tem “repercussões na vida social, na capacidade de concentração, na ‘performance’ laboral e na disponibilidade em estar com os outros”.

Na página de Facebook “Urticária Crónica Portugal”, criada por Patrícia Vicente, os visitantes podem partilhar a sua experiência e conhecer outras pessoas com o mesmo problema.

“A ideia surgiu de não haver contacto com os doentes e não nos conhecermos, a não ser um ou outro que faça tratamento em conjunto”, contou Patrícia, que conheceu o seu diagnóstico há quatro anos, quando tinha 30 anos.

O diagnóstico não foi fácil de descobrir e a informação sobre a doença é “muito escassa”, disse Patrícia Vicente, contando que ”os sintomas são muitos parecidos com uma urticária” provocada por uma picada de insecto ou por um alimento que provocou alergia.

“A diferença é que dura, dura e dura”, comentou a doente, apelando às pessoas para procurarem um alergologista quando a comichão que sentem não diminui com um anti-histamínico.

Para Célia Costa, “faz todo o sentido” haver uma associação que represente os doentes e divulgue a doença.

“É óbvio que a urticária crónica não tem um elevado índice de mortalidade, mas tem um elevado índice de morbilidade”, disse a médica, sublinhando que “há doentes que têm urticária crónica durante 20 anos”.

“Muitas vezes, estes doentes têm medo que a doença possa ser um tumor, algo mais grave e, como não são tratados adequadamente, consomem muitos recursos humanos e económicos”.

Isto porque recorrem “a vários especialistas, a vários médicos, a vários serviços de urgência e mudam várias vezes de tratamentos”, até ser feito o diagnóstico correcto, explicou Célia Costa.

Para a médica, é preciso alertar outros clínicos para a necessidade de referenciar estes doentes e de os encaminhar para um especialista, de modo a que sejam tratados adequadamente, permitindo “melhorar não só a [sua] qualidade de vida”, “mas também diminuir” a mobilização de “recursos humanos e económicos”.

Infarmed
Os medicamentos contendo Omeprazol disponibilizados em Portugal estão conforme as especificações descritas nos respectivos...

As análises efectuadas pelo Laboratório do Infarmed incidiram nos 38 medicamentos com Omeprazol (genéricos e de marca), actualmente disponíveis no mercado português. Foram testadas 34 amostras de cápsulas gastroresistentes e quatro amostras de pó e solvente para solução injectável.

Este estudo insere-se no plano anual de monitorização da qualidade dos medicamentos, que é uma das competências legais do Infarmed. Para esse efeito, o Infarmed dispõe de um laboratório que participa na rede europeia de Laboratórios Oficiais de Controlo de Medicamentos (OMCL – Official Medicines Control Laboratories), enquanto laboratório de referência para a comprovação da qualidade de medicamentos.

O Omeprazol pertence a um grupo de medicamentos chamados “inibidores da bomba de protões”, os quais actuam reduzindo a quantidade de ácido que é produzida pelo estômago. São utilizados para o tratamento dos sintomas de refluxo, nomeadamente azia e regurgitação ácida e algumas outras patologias do foro gástrico. É a sexta substância farmacológica (DCI) com maior número de embalagens dispensadas em Portugal.

Demências e toxicodependências
A Santa Casa da Misericórdia do Porto inaugurou no centro hospitalar Conde de Ferreira uma nova unidade vocacionada para o...

Este novo Centro de Emergência tem capacidade para acolher dez utentes “referenciados pela Segurança Social” com problemas de saúde mental e/ou várias dependências, afirmou o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares.

Segundo o provedor, com o centro é possível “evitar que estes doentes fiquem misturados com população que tem problemas meramente sociais”.

“A ideia é que as pessoas fiquem recolhidas” no centro por um período de três dias, que poderá estender-se por mais 72 horas, no qual “é feito um diagnóstico e um levantamento da sua situação social”, explicou Tavares.

O provedor acrescentou que, após este período e “preparado um projecto de solução”, o utente pode, por exemplo, ser encaminhamento para internamento numa unidade de saúde.

“Há um caminho com o Centro de Alojamento Social [criado em Junho de 2013 no âmbito de uma parceria entre a SCMP e a Segurança Social] que tem hoje aqui uma componente de uma certa especialidade”, disse António Tavares.

Presente na cerimónia de inauguração, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, destacou a “capacidade da SCMP em inovar nas respostas sociais que desenvolve”, classificando este centro como “mais um passo na inovação”.

Para Agostinho Branquinho, as instituições “não podem estar na sua zona de conforto”.

“Ou percebem que os tempos são de mudança acelerada, tendo noção de que são sustentáveis financeiramente, ou vão desaparecer”, afirmou o membro do Governo.

O Centro de Emergência está já em funcionamento, tendo actualmente dois utentes.

O Centro Hospitalar Conde de Ferreira, da SCMP, é uma unidade assistencial de referência na área da saúde mental.

Direcção-Geral da Saúde
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal recebeu, pela Direcção-Geral da Saúde, a distinção de “Parceiro 2014” devido...

Fundada em 1926, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) prossegue, desde a sua fundação, a Luta Contra a Diabetes. Sendo a Associação de diabetes mais antiga do mundo, é pioneira na Educação Terapêutica, pautando-se ao longo da sua existência pela exigente preparação da pessoa com diabetes, transmitindo-lhes conhecimentos, preparando-os para a sua autovigilância por forma a gerir melhor a sua doença.

Conhecida pela sua estrutura, é hoje uma instituição moderna baseada em quatro eixos funcionais estratégicos: o Associativo, a Clínica de Diabetes, a Escola da Diabetes e o Centro de Investigação.

No seguimento da sua vasta experiência, a APDP foi declarada, no passado dia 30 de Abril, no âmbito da Conferência “Governação em Saúde – Uma abordagem de acordo com a Estratégia Health 2020”, “Parceiro 2014” devido à estreita colaboração na implementação do Plano Nacional de Saúde (PNS) para 2012-2016.

O PNS 2012-2016 tem como visão – maximizar os ganhos em saúde da população através do alinhamento e integração de esforços sustentados de todos os sectores da sociedade, com foco no acesso, qualidade, políticas saudáveis e cidadania.

Os objectivos para o Sistema de Saúde passam por: obter Ganhos em Saúde, promover Contextos Saudáveis ao Longo da Vida; reforçar o Suporte Social e Económico na Saúde e na Doença e Fortalecer a Participação de Portugal na Saúde Global. 

Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros lança dia 12 um concurso de fotografia dirigido aos seus membros com...

Intitulado “O Acto da Enfermagem”, pretende incentivar à prática da arte fotográfica e divulgar talentos entre as enfermeiras e os enfermeiros.

O prazo para a recepção dos trabalhos começa a 12 de Maio, Dia Internacional do Enfermeiro, data que recorda o nascimento, a 1820, de Florence Nightingale, enfermeira britânica considerada a fundadora da enfermagem moderna.

A divulgação dos trabalhos vencedores acontecerá a 12 de Maio do ano seguinte, altura em que será lançada nova edição do concurso.

Com este concurso, a Secção Regional do Centro (SRC) pretende igualmente mostrar à sociedade visões da Enfermagem captadas pelos próprios protagonistas do acto de cuidar dos cidadãos.

A Enfermeira e o Enfermeiro são o profissional de saúde que está em permanência nas mais diversas instituições de saúde, públicas, privadas e do sector social. Estão presentes 24 horas por dia e 365 dias por ano a cuidar do cidadão.

No entanto, o real papel do enfermeiro no Sistema Nacional de Saúde e na vida de cada pessoa ainda não é devidamente percepcionado pela opinião pública.

Através da divulgação de imagens do “Acto da Enfermagem”, a Secção Regional do Centro pretende contribuir para o reforço da imagem social da Enfermeira e do Enfermeiro na nobre actividade de cuidar de quem necessita.

Os interessados submeterão os trabalhos a concurso numa plataforma própria no site da SRC, onde será aferida a sua legitimidade de participação, bem como solicitada declaração da condição de inédito, da autoria do trabalho, da data e local de captação da imagem, bem como do respeito pelos direitos de imagem de eventuais retratados.

O vencedor absoluto do concurso é escolhido por um júri constituído pela presidente do Conselho Directivo Regional, um membro do Gabinete de Comunicação e Imagem da SRC, e dois elementos externos à Ordem dos Enfermeiros.

Inscritos na SRC encontram-se cerca de 14 mil enfermeiros.

Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas saudou a inclusão da vacina Prevenar no Plano Nacional de Vacinação, considerando...

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) sublinha, em comunicado, que “foi com satisfação” que recebeu a notícia da inclusão da Prevenar no Programa Nacional de Vacinação (PNV), que será administrada gratuitamente a todas as crianças nascidas depois de 1 de Janeiro de 2015.

A associação lembra que tem insistido na necessidade do alargamento do PNV, sobretudo em relação “a vacinas amplamente recomendadas pelos pediatras – como a Prevenar, a Rotatek (rota-vírus-diarreia) e Bexsero (meningite B)”.

Para as famílias numerosas, não incluir estas vacinas no Plano Nacional de Vacinação “significa, na prática, a impossibilidade da sua administração às crianças”.

A APFN considera ainda que “a abrangência da Prevenar no PNV vem reduzir, no seu âmbito, as dificuldades acrescidas que as famílias numerosas sentem no acesso à saúde”.

A vacina Prevenar previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras.

Além das crianças, a Prevenar 13 será igualmente gratuita para os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão.

Para a restante população, nomeadamente os adultos e as crianças nascidas antes de 1 de Janeiro deste ano, o Estado vai comparticipar 15% do custo da vacina.

O programa será operacionalizado a partir de 1 de Junho, uma data escolhida pelo simbolismo de ser o Dia Mundial da Saúde, disse na quinta-feira o director-geral da Saúde.

Associação Amigos dos Queimados
A Associação Amigos dos Queimados quer que as pessoas queimadas com gravidade tenham direito ao estatuto de doentes crónico,...

Este é o objectivo principal do IX Congresso Nacional dos Queimados, que decorre na próxima semana em Troia.

Em declarações, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Celso Cruzeiro, frisou que o doente queimado grave fica com sequelas permanentes e necessita de um acompanhamento para toda a vida.

O estatuto reivindicado para os queimados graves protege o doente crónico, dando-lhe isenção de taxas moderadoras e comparticipação em medicamentos.

Aliás, o médico Celso Cruzeiro lembrou que os medicamentos e cremes para os doentes queimados não têm qualquer comparticipação, apesar de serem necessários, muitas vezes, para o resto das suas vidas.

O presidente da Sociedade de Cirurgia Plástica, e também presidente da Associação Amigos dos Queimados, frisou também que as queimaduras “representam sempre um traumatismo muito grave do ponto de vista psicológico”.

“Uma queimadura na face pode, por vezes, não ser muito grava do ponto de vista do risco de vida, mas é necessariamente uma queimadura grave do ponto de vista social e psicológico”, declarou.

Como o argumento para a causa da atribuição do estatuto de doente crónico, Celso Cruzeiro defende que muitos dos doentes queimados pertencem a classes sociais desfavorecidas, dado que são pessoas que se queimam em casa por falta de condições de habitabilidade e aquecimento.

A estes casos juntam-se os dos acidentes de trabalho ou domésticos. Em casa, as queimaduras atingem sobretudo crianças e idosos.

“Ainda nos chegam muitos casos de crianças queimadas com água do banho. E também as cozinhas continuam a ser lugares com vários acidentes com crianças”, referiu Celso Cruzeiro.

No total, o médico refere que há mais de mil internamentos por ano nas unidades de queimados dos hospitais portugueses, estimando que no total se registem cerca de dois mil casos.

Projecto “Peregrino”
Iniciativa solidária dirigida à comunidade pretende aliar a inovação, a formação e a realização de estudos de investigação em...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) acaba de criar um projecto de prestação de serviços à comunidade, que associa cuidados de saúde aos peregrinos de Fátima, formação, investigação e inovação.

“Peregrino” é o nome deste projecto, resultante de uma parceria com o Movimento de Mensagem de Fátima de Coimbra, que visa proporcionar cuidados de saúde (primeiros socorros e suporte básico de vida) aos viajantes em romaria ao Santuário da Cova da Iria, mas também desenvolver estudos de investigação no âmbito do apoio à peregrinação, formando estudantes para poderem intervir nesta iniciativa.

As intervenções, circunscritas às peregrinações de Maio e de Outubro (durante os cinco dias que antecedem as datas das aparições marianas), asseguram cuidados de Enfermagem aos peregrinos durante 16 horas diárias (das 8h00 às 24h00), prestados por estudantes sob supervisão de docentes da ESEnfC e de enfermeiros que colaboram com as entidades parceiras.

Numa primeira fase, as equipas formadas por estudantes/docentes da ESEnfC – o projecto conta com 70 estudantes inscritos e com a colaboração de dez docentes – vão integrar um dispositivo implementado por outras entidades.

Assim, as equipas da ESEnfC estão desde ontem (dia 7), e até ao dia 11 de Maio, em dois pontos de apoio: um em Condeixa-a-Nova (entre as 8h00 e as 24h00), numa parceria com o Movimento de Mensagem de Fátima; outro em Redinha (apenas nos dias 9 e 10 de Maio, e das 10h00 às 17h00), numa parceria com a Linde HealthCare.

No âmbito da vertente de investigação que complementará as intervenções realizadas, o projecto Peregrino será inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E), acolhida pela ESEnfC, como projecto de investigação associado à linha de investigação Bem-Estar, Saúde e Doença.

Numa primeira fase, os professores/investigadores da ESEnfC pretendem fazer a caracterização sociodemográfica e clínica dos peregrinos, descrever as necessidades em cuidados apresentadas pelos peregrinos e avaliar a satisfação com os serviços prestados durante a peregrinação.

“Estão assim criadas as condições para que a ESEnfC possa continuar a promover a inovação em Enfermagem, para responder às necessidades resultantes de manifestações sociais, prestando serviços à comunidade, baseados em evidências científicas, que incluam a consultadoria, a formação, investigação e empreendedorismo, em articulação e complementaridade com outras entidades”, considera a coordenação do projecto Peregrino, composta pelos professores Luís Paiva, Rui Gonçalves e Verónica Coutinho.

A formação dos estudantes que participam nestas intervenções decorre de uma parceria entre os formadores do Movimento de Mensagem de Fátima, a coordenação do projecto “Peregrino” e o Grupo de Projecto de Formação Assessoria e Investigação em Reanimação (GPFAIR), instalado na ESEnfC.

Ébola
Vírus do Ébola descoberto agora no olho de um médico que tinha sido infectado na Serra Leoa e declarado curado da doença há...

Trata-se do médico norte-americano Ian Crozier, de 43 anos, que tinha sido declarado infectado pelo Ébola em Setembro de 2014, quando estava a trabalhar para a Organização Mundial da Saúde (OMS) na Serra Leoa.

O médico foi repatriado para os Estados Unidos, onde foi tratado no Hospital Emory, em Atlanta (Geórgia), numa unidade especial.

Ian Crozier teve alta em Outubro e desde então não teve mais sinais do vírus.

Mas, dois meses mais tarde, teve uma inflamação no olho esquerdo, no qual foi detectada pressão intraocular bastante elevada, provocando inchaço e graves problemas de visão.

O médico regressou ao mesmo hospital, onde o oftalmologista Steven Yeh detectou a presença do vírus na análise do fluído recolhido na câmara anterior do olho. Todavia, o vírus não foi detectado nas lágrimas e fora dos tecidos oculares.

Ele não apresentava perigo de infecção para os outros. Mas, sublinhou Yeh, este caso demonstra que os sobreviventes da infecção devem ser seguidos para verificar uma possível contaminação ocular.

Esta infecção provocou uma uveíte, uma inflamação do interior do olho.

Na sequência de uma perda importante da visão, a íris do olho mudou de cor, passando de azul a verde, dez dias depois do início dos sintomas.

Após tratamento intensivo com diferentes medicamentos, incluindo um corticosteroide, o médico começou a recuperar a visão perdida, mas não a recuperou totalmente até à data. O olho recuperou entretanto a cor normal.

Casos de uveíte já tinham sido relatados em sobreviventes de epidemias anteriores de Ébola, dizem os autores do estudo no New England Journal of Medicine. Mas estes casos foram raros.

Entrevista – Dia Mundial do Cancro do Ovário
No dia em que se assinala o Dia Mundial do Ovário o Atlas da Saúde esteve à conversa com o especiali

Atlas da Saúde (AdS) - É possível saber qual a incidência e a prevalência do cancro do ovário em Portugal?

Daniel Pereira da Silva (DPS) - Em Portugal temos cerca de 600 novos casos por ano e cerca de 350 óbitos por essa causa. É um tumor que aparece em 80% dos casos após o 40 anos de idade, mas há formas mais raras que aparecem em mulheres mais jovens.

AdS - Habitualmente e de uma forma geral qual o prognóstico da doença. A mortalidade é elevada?

DPS - O cancro do ovário apresenta-se sob várias formas. Há tumores menos agressivos em que o prognóstico é muito bom. Há tumores de agressividade elevada onde o prognóstico é muito desfavorável, porque o diagnóstico faz-se em fases avançadas da doença. Quando temos a felicidade de chegar ao diagnóstico em fases iniciais, tudo se modifica, a cirurgia radical é mais fácil de realizar e menos invasiva, e o tumor é irradiado. A quimioterapia consolida o tratamento e a cura é possível.

AdS - Quais os principais factores de risco para o cancro do ovário?

DPS - O mais pesado de todos é o familiar. Hoje conhecem-se alguns genes que predispõem ao aparecimento do cancro do ovário e da mama. Este aspecto tem sido muito focado na comunicação social pelo caso da Angelina Jolie. Esta situação está perfeitamente tipicada e teste genético está indicado, quando a mulher o quer fazer e tem as seguintes condições:

  1. Tem um familiar do 1º grau com cancro da mama na pré-menopausa,
  2. Tem 2 familiares do 1º grau, ou 1 do 1º e outro do 2º grau, que tiveram cancro do ovário. Quando tem cancro da mama bilateral
  3. Família com cancro hereditário não-polióide do cólon (síndrome de Lynch). Estas são as situações que podem justificar a realização do teste genético numa mulher sem doença.

As mulheres que não têm filhos, que nunca usaram pílula, que fizeram terapêutica hormonal na pós-menopausa, que têm endometriose e que usam talco na sua higiene genital, têm risco acrescido. As mulheres de raça branca têm risco acrescido, particularmente as mais obesas, em contraponto ás mulheres de raça negra e com índice de massa corporal equilibrado. Em contraponto os factores protetores são o uso da pílula, que é o de maior impacto, mas também a multiparidade e a intervenção cirúrgica sobre as trompas: laqueação ou amputação parcial ou total.

AdS - O diagnóstico precoce é importante em todas as doenças e no cancro do ovário também. O diagnóstico é fácil? A que sintomas deve a mulher estar atenta?

DPS - Claro, a precocidade no diagnóstico é determinante para a eficácia das terapêuticas e para a evolução da doença, mas esse objectivo é muito difícil. As fases iniciais da doença são completamente assintomáticas e mesmo em fases avançadas os sintomas confundem-se com queixas intestinais banais e habituais. Hoje uma mulher pode estar bem, com o exame ginecológico perfeitamente normal e passados uns meses ter uma situação de grande gravidade, porque a doença pode apresentar-se numa forma galopante.

AdS - A visita regular ao ginecologista é determinante?

DPS - É importante que a mulher faça a sua avaliação ginecológica com regularidade, pelo menos uma vez por ano. As que têm factores de risco devem ter cuidados redobrados, principalmente quando há história familiar. Pode também ter algumas atitudes preventivas - o uso da pílula diminui o risco de aparecimento do cancro do ovário!

AdS - Muitas mulheres entendem que após entrar na fase da menopausa já não precisam ser consultadas pelo médico ginecologista.... Como entende esta “postura”?

DPS - É verdade, relaxam. É algo estranho, pois a maior parte dos tumores aumenta a incidência com a idade. Todos, da mama, ovários e útero todos têm relação com a idade e são mais frequentes nas mulheres mais idosas. Além disso, há uma série de questões relacionadas com a menopausa e o envelhecimento que convém ser prevenidos ou minimizados. A atrofia genital é muito comum, com repercussões no funcionamento da bexiga e na sexualidade, a osteoporose é silenciosa e só dá sinais quando aparece a fractura que é uma causa muito importante de incapacidade e dependência, e mesmo de mortalidade.

AdS - O que significa em termos de risco de cancro do ovário a existência de quistos nos ovários?

DPS – Esclarecer que não há miomas nos ovários, os miomas são no útero. Quanto aos quistos a maior parte são benignos, mas não é fácil ter a certeza absoluta que assim é. A ecografia é determinante e permite ter uma ideia sobre a natureza do quisto. Podemos realizar o doseamento de alguns marcadores tumorais no sangue que nos ajudam, mas em alguns casos só a cirurgia e a análise histológica do quisto permite chegar ao diagnóstico. Por outro lado, não é possível ter a certeza pela ecografia ou outros métodos de imagem quando estamos perante um quisto com potencial evolutivo para fases mais graves. Salvo os quistos funcionais que são inerentes ao funcionamento dos ovários da mulher que não toma a pílula, todos os outros têm indicação para cirurgia.

AdS - Os tratamentos que actualmente existem representam uma boa resposta para o cancro? Qual a qualidade de vida de uma mulher pós-cancro do ovário?

DPS - Em minha opinião não oferecem a resposta desejável, que seria permitir a cura ou transformar a situação numa doença crónica controlável. Oferecem uma boa resposta durante meses ou mesmo anos, em situações muito complicadas que implicam sofrimento e perda de qualidade de vida para essas mulheres. Existem novas opções terapêuticas, que em casos devidamente selecionados melhoram significativamente a expectativa e qualidade de vida dessas doentes.

AdS - Existem actualmente alguns constrangimentos no diagnóstico, tratamento e/ou acompanhamento destes mulheres?

DPS - No diagnóstico não há qualquer constrangimento. O acompanhamento de mulheres com menos recursos pode ser dificultado pelos custos das deslocações e outras despesas a que têm de fazer face. A Liga Portuguesa Contra o Cancro apoia as doentes com esse tipo de dificuldades e tem recebidos muito mais pedidos do que há anos atrás. No tratamento considero que há constrangimentos por vezes importantes, pois há opções terapêuticas que estão disponíveis noutros países e tem restrições em Portugal.

AdS - Enquanto especialista como vê a retirada dos ovários como forma de evitar o cancro?

DPS - É uma decisão muto complexa. Hoje conhecemos e podemos identificar a mutação em alguns genes que predispõem ao aparecimento do cancro do ovário, refiro-me aos genes BRCA1 e 2, que são os mais conhecidos. Sabemos que quando esses genes estão multados o risco de aparecer cancro do ovário ou mama pode atingir 80%, o que é marcante. Quando a mulher pertence a famílias com associação de casos  como referi anteriormente, têm o direito a ser informada que existe a possibilidade de saber se ela tem essa predisposição ou não. Deverá ser também informada do que a possibilidade de reduzir o risco é fazer a extração dos seios e dos ovários, o que é muito violento. É de facto um dilema muito difícil. Se na extração dos seios ela pode fazer uma cirurgia reconstrutiva que lhe permite ter um resultado estético aceitável, a extração dos ovários significa a menopausa precoce, sem possibilidades de fazer reposição hormonal. Podemos tentar minimizar as consequências o que não é fácil, até porque sabemos que a mortalidade por doenças cardiovasculares é maior na mulher com menopausa precoce. É uma opção da mulher.

AdS - A existência de um dia mundial é importante porquê?

DPS - É importante porque significa um alerta de consciências todos os níveis: da mulher para que não desvalorize os cuidados que deve ter com a sua saúde, dos profissionais para que não desvalorizem a doença, dos poderes públicos para chamar a atenção dos doentes, das suas carências e dificuldades.

AdS - Que actividades estão programas para assinalar este dia?

DPS - Está previsto o lançamento de um livro sobre cancro do ovário da iniciativa do Grupo Português de Estudos do Cancro do Ovário e a participação em iniciativas públicas de esclarecimento.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
DGS
O director-geral da Saúde esclareceu que a vacina Prevenar, que previne doenças como a meningite e a pneumonia, vai ser...

Hoje, o Ministério da Saúde tinha revelado que a inclusão da vacina Prevenar no Plano Nacional de Vacinação (PNV) só teria aplicação prática nas crianças nascidas a partir de 1 de Junho deste ano.

No entanto, o ministro Paulo Macedo corrigiu esta informação no Parlamento, onde decorre um debate sobre o estado da Saúde, afirmando que a gratuitidade da vacina Prevenar abrange todas as crianças nascidas a partir e 1 de Janeiro de 2015.

Em declarações, o director-geral da Saúde, Francisco George, esclareceu que está em causa as coortes da população abrangidas pelo PNV e que, neste caso, remete a aplicação da vacina para todos os nascidos após 1 de Janeiro deste ano.

Segundo Francisco George, o programa será operacionalizado a partir de 1 de Junho, uma data escolhida pelo simbolismo de ser o Dia Mundial da Saúde.

A Prevenar previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras.

Além das crianças, a Prevenar 13 será igualmente gratuita para “os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão”.

Para a restante população, nomeadamente os adultos e as crianças nascidas antes de 1 de Janeiro deste ano, o Estado vai comparticipar 15% do custo da vacina.

17 -20 de Setembro - Centro Cultural de Belém, Lisboa
É possível comunicar com doentes em coma? Qual a experiência de ser um médico em cenário de guerra? Qual o testemunho de um...

iMed – Innovating Medicine Conference® 2015, o melhor congresso para estudantes de medicina e de ciências da vida da Europa, volta a surpreender com um programa composto por oradores de topo a nível internacional, entre os quais um prémio Nobel da Medicina. Para além da componente científica, existe uma componente informal e criativa com sessões de partilha de experiências únicas que dão várias perspectivas da Medicina e Ciência.

“Num panorama nacional e internacional marcado pela crise e pela incerteza, o iMed toma uma posição inspiradora para a geração de estudantes que irá liderar o rumo do nosso mundo nas próximas décadas. O iMed é um congresso de referência a nível nacional e, já também, internacional para a inovação científica, que enriquece o conhecimento dos estudantes motivando os futuros cientistas e médicos do nosso país, numa altura em que a investigação científica e clínica parecem ter futuros cada vez mais cinzentos em Portugal”, refere Diogo Luz Presidente da comissão organizadora do iMed Conference 7.0.

Outra das características distintivas deste congresso é a realização de iMed sessions, onde “alguns dos segredos mais bem guardados dos nossos tempos são desvendados e debatidos por oradores de excelência num ambiente informal, mais intimista e criativo que pretende inspirar os estudantes na forma como encaram a Ciência e a Medicina no dia-a-dia”, explica Diogo Luz.

Entre 17 e 20 de Setembro decorre no Centro Cultural de Belém o iMed Conference® 7.0 – Lisbon 2015, encontro dirigido a estudantes de Medicina e Ciências da Vida que prima pela na partilha de conhecimentos e por contar com um programa com oradores de excelência da ciência. Entre os convidados destaca-se a palestra de Sir Richard Timothy Hunt, que foi distinguido em 2001 com o Nobel da Medicina pela descoberta de umas proteínas reguladoras do ciclo celular.

Salientam-se ainda as participações de Joseph Loscalzo sobre o seu percurso e experiência enquanto editor de um dos mais conceituados livros da Medicina e de Charles Brunicardi, Best Doctor in America® 2011-2012 que será responsável por uma palestra inspiradora sobre a liderança na profissão médica.

A comunicação com doentes em coma; a prática clínica num cenário de guerra; a inovação na cirurgia robótica; o papel da optogenética na neuroregeneração; a doença bipolar da perspectiva de um médico que também é doente; como a Big Data poderá vir a influenciar o tratamento médico no futuro, são exemplo de temas abordados ao longo dos 4 dias do Encontro.

“Neste espaço será possível perceber como a flora microbiana intestinal pode influenciar as nossas emoções, como é que a doença bipolar afecta o quotidiano das pessoas que têm a patologia, como é a prática clínica num cenário de guerra e a forma como as quantidades de dados e estatísticas que recolhemos no dia-a-dia podem influenciar os outcomes clínicos de doentes crónicos” continua o Presidente da comissão organizadora.

Uma destas sessões será liderada por Ahmed Hankir médico e doente bipolar que abordará o conceito “The Wounded Healer”. Este especialista utiliza as suas experiências pessoais com a doença bipolar para ensinar e elucidar sobre como a profissão médica pode ter um impacto na saúde mental de cada individuo. Christian Vogl médico da Nato partilhará no iMed a sua experiência enquanto director médico de uma ambulância aérea na missão do Afeganistão.

As sessões científicas trazem palestrantes de renome internacional e focam-se em quatro áreas de inovação em rápido crescimento: NeuroIogia, Metabolismo, Cirurgia e Medicina Regenerativa. Na área de Neurologia destacam-se as apresentações das últimas investigações na doença epiléptica, na optogenética e na comunicação com doentes em coma.

O presidente da International Society for the Developmental Origins of Health and Disease partilhará os mais recentes projectos de investigação sobre o impacto do desenvolvimento do ser humano na origem de doenças não contagiosas, como a obesidade. No rol de palestras sobre o Metabolismo será ainda revelado um projecto de investigação na neurobiologia sobre o efeito placebo e nocebo nas funções neuroendócrinas e na resposta imune.

No painel dedicado à Medicina Regenerativa são abordadas as últimas novidades nos biomateriais e nas tecnologias de regeneração tecidular. O autor do aclamado caso clínico de sucesso em que atingiu regeneração da medula espinhal pós trauma apresentará o primeiro caso documentado de recuperação das funções de propriocepção, movimento e regulação autonómica pós paralisia.

O director e co-fundador do Hamlyn Centre for Robotic Surgery e representante do Instituto Global de Inovação na Saúde apresentará um novo robô para cirurgias minimamente invasivas. O futuro da medicina e os últimos desenvolvimentos no campo da cirurgia são também alguns dos temas abordados nas sessões dedicadas à Cirurgia.

O iMed Conference® 7.0 – Lisbon 2015 é um congresso para estudantes das Ciências da Vida organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas em colaboração com a NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas que tem o alto patrocínio de sua Excelência o Presidente da República Portuguesa e do Governo de Portugal.

Para inscrições no iMed Conference® 7.0: http://www.imedconference.org/

Sociedade Portuguesa de Pneumologia congratula-se
Depois de anos de sensibilização e recomendações, e a par da sua inclusão no Programa Nacional de Vacinação, Prevenar13® passa...

Perante um cenário económico desafiante, a comparticipação desta vacina vem alargar o acesso dos adultos, faixa etária em que a doença pneumocócica se manifesta sobretudo sob a forma de pneumonia, à mais eficaz forma de prevenção da doença. Um importante contributo para a melhoria da Saúde Pública no nosso País onde a pneumonia mata diariamente uma média de 23 pessoas nos nossos Hospitais.

A infecção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma causa comum de morbilidade e mortalidade, sendo responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Potencialmente fatal, a pneumonia é uma doença com consequências graves para o doente e uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. As crianças e os adultos a partir dos 50 anos, são os mais afectados pela doença pneumocócica, bem como grupos de risco, que incluem pessoas com doenças crónicas associadas como a diabetes, doenças respiratórias ou cardíacas, e que tenham hábitos como o alcoolismo e ou o tabagismo. Prevenar13® está indicado para todas as faixas etárias e, para além da pneumonia (forma mais comum na idade adulta), previne doenças graves como a meningite ou a septicemia.

“Foi com enorme satisfação que recebemos a notícia da comparticipação de Prevenar13®”, afirma Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. “Ao longo dos últimos anos, foram inúmeros os esforços para alertar as autoridades e a população para a importância da vacinação na prevenção de doenças potencialmente fatais como a Pneumonia. A comparticipação da vacina reconhece o seu valor e revelar-se-á fundamental na maior adesão terapêutica e consequente redução do número de casos de doença pneumocócica, nomeadamente dos de maior gravidade. Sem dúvida, um passo em frente na promoção da qualidade da Saúde Pública em Portugal”.

Fundação Portuguesa de Cardiologia
A Fundação Portuguesa de Cardiologia apresentou no dia 28 de Abril o estudo “Os Portugueses e o Sedentarismo”, na sessão solene...

Os resultados mostram que cerca de 64% das pessoas entrevistadas confessam que praticam menos de 1 hora e 30 minutos de exercício físico por semana. As mulheres mostram ser mais sedentárias que os homens, com 56% nos homens contra 44% nas mulheres.

Com o avançar da idade, esta tendência de hábitos sedentários aumenta, e ainda mais quando associada ao tempo que cada individuo passa sentado por dia. 54% dos inquiridos passa menos de 5 horas sentado por dia, cerca de 30% passa entre 5 a 10 horas sentado.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia pretende no decorrer do mês de Maio incentivar os Portugueses a praticar actividade física de intensidade moderada meia hora por dia, pelo menos 5 dias por semana, para reduzir o risco de doença cardíaca. 36% dos inquiridos mostram vontade de praticar mais exercício físico, mas o dia-a-dia acaba por falar mais alto.

O Dr. Luís Negrão, assessor médico da Fundação Portuguesa a de Cardiologia, revela que “o mais preocupante neste estudo é o facto de 43% dos inquiridos que se assumem como sedentários, dizerem que fazer exercício físico não é muito importante nem interessante. Quase metade das pessoas pouco ou nada fazem por considerarem que a actividade física não é importante.”

Para 64% dos Portugueses que são sedentários, a actividade física que mais os agradaria é a marcha, mesmo que não a pratiquem de forma regular. É com esta indicação que a Fundação pretende incentivar os Portugueses a praticar marcha ou caminhada, sendo esta uma forma de começar a adquirir hábitos de vida saudável.

Este estudo foi aplicado a 1220 indivíduos, com base num questionário com a duração de 10 minutos. As entrevistas foram directas, pessoais e realizadas na residência dos inquiridos.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia é uma instituição de utilidade pública que tem como objectivo geral a prevenção das doenças cardiovasculares, que constituem a principal causa de doenças e morte da população portuguesa.

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