Prevalência vai aumentar em 50 a 75% até 2030 em Portugal
A Insuficiência Cardíaca é um problema de Saúde Pública em Portugal e na Europa. É uma síndrome com elevada morbilidade e...

Em Maio assinala-se o Mês do Coração e a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) lembra que em Portugal quase metade dos doentes que tiveram um internamento por Insuficiência Cardíaca (IC) são internados de novo ao fim de seis meses. É, portanto, fundamental alertar a população para a importância das atitudes preventivas, uma vez que não são ainda reconhecidas estratégias terapêuticas que consigam reduzir esta morbilidade na IC.

Paulo Bettencourt, internista e especialista no tratamento da IC, afirma que “a redução da qualidade de vida destes doentes e o maior consumo de verbas estão sobretudo relacionados com a re-hospitalização, isto é, mais de dois terços dos gastos directos estão relacionados com hospitalizações. O problema passa por ainda não serem reconhecidas estratégias terapêuticas que consigam reduzir esta morbilidade na IC, apesar de alguns estudos sugerirem que estratégias baseadas nas características e necessidades específicas de cada doente poderão estar associadas a menor morbilidade e maior qualidade de vida”.

O especialista realça também que “de facto é espectável que com o envelhecimento populacional se observe um aumento do número de doentes com IC. As medidas que poderão atenuar esta tendência são as que se relacionam com estilos de vida mais saudáveis e com o controlo mais rigoroso de condições que lhe estão associadas como a diabetes e a hipertensão arterial. Os doentes com IC são geralmente idosos e frágeis, de estratos socioeconómicos mais desfavorecidos e com várias doenças em simultâneo, como a doença respiratória crónica, a diabetes a anemia e as arritmias. Todos estes factores fazem destes doentes uma população particularmente vulnerável”.

Paulo Bettencourt defende também que é importante desenvolver campanhas que alertem estes doentes para a importância da actividade física na manutenção da saúde cardiovascular. “Existiram já diversas campanhas de sensibilização da população para a identificação e controlo de factores de risco cardiovasculares - controlo de diabetes, ingestão de sal, tabagismo. Mas existe ainda pouca sensibilização na generalidade da população quer para os riscos associados ao sedentarismo, quer aos benefícios da actividade física moderada mas regular”.

O principal problema que a IC apresenta hoje em dia é a incapacidade e a redução da qualidade de vida, uma vez que nas últimas décadas tem havido uma redução muito significativa da mortalidade associada à IC. A sua prevalência em Portugal varia entre 1,36% no grupo etário dos 25 aos 50 anos e 16% acima dos 80 anos. Prevê-se que vá aumentar em 50 a 75% até 2030.

28 de Abril - Dia Mundial do Sorriso
O Barómetro Nacional de Saúde Oral realizado pela consultora QSP revela que 18% dos portugueses já se sentiram envergonhados...

A importância do sorriso é muito valorizada pelos portugueses tendo 92% dos inquiridos pelo Barómetro concordado que um sorriso bonito é muito importante.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, considera que “os dados do Barómetro Nacional de Saúde Oral demonstram que por razões médicas e também estéticas um sorriso é um cartão-de-visita de grande importância na interação com outras pessoas e também um factor muito relevante em termos de autoconfiança, com repercussões sociais, familiares e comportamentais. O sorriso é decisivo para a imagem que projectamos e por isso é tão valorizado, seja por exemplo numa entrevista de emprego seja no convívio social, na construção de amizades e afectos”.

O impacto social é difícil de medir, ainda assim, 23,3% dos portugueses confessa que já faltou ao trabalho ou à escola devido a problemas de saúde oral e 21,2% diz que só vai ao médico dentista em caso de urgência ou dor.

Para o bastonário da OMD “embora muito mais informados sobre a importância da saúde oral, os portugueses continuam a adiar a ida às consultas de medicina dentária, não prevenindo e retardando tratamentos o que aumenta os riscos de doenças mais graves. A lacuna deixada na década de 80 pela ausência de médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde é uma factura muito grande, que todos nós portugueses ainda estamos a pagar. A prevenção e o tratamento precoce são feitos por uma pequena minoria da população portuguesa e na saúde oral, como em todas as doenças, o tratamento tardio é mais caro e demorado”.

O Barómetro de Saúde Oral revela que 70% dos portugueses têm falta de dentes naturais e 20% tem falta de mais de 10 dentes naturais, o que é uma percentagem muito elevada na Europa Ocidental.

Orlando Monteiro da Silva defende que “estes dados do barómetro provam que é preciso tomar medidas urgentes para garantir que a população portuguesa tem acesso a cuidados de saúde oral. É um problema que políticos e sociedade civil têm de resolver porque são números que envergonham o país, e traduzem-se sobretudo em perda de qualidade de vida e agravamento de certas patologias, como a diabetes ou cardiovasculares, entre outras. Uma boa saúde oral é essencial para garantir uma alimentação saudável e de qualidade, considerada a forma mais eficaz de prevenir um largo espectro de doenças”.

Prevention of Stroke and Systemic Embolism in Non-Valvular Atrial Fibrillation and Treatment and Prevention of Recurrent Venous Thromboembolism in Europe
Daiichi Sankyo Company, Limited (hereafter, Daiichi Sankyo) today announced that the European Committee for Medicinal Products...

The CHMP also recommended approval of Lixiana for the treatment of deep vein thrombosis (DVT) and pulmonary embolism (PE), and prevention of recurrent DVT and PE in adults. The two related conditions DVT and PE are collectively referred to as venous thromboembolism (VTE).1

"The CHMP recommendation to approve once-daily edoxaban for the NVAF and VTE indications is an important milestone for our company," said Glenn Gormley, MD, PhD, Senior Executive Officer and Global Head of R&D, Daiichi Sankyo Company, Limited and Executive Chairman and President, Daiichi Sankyo, Inc. "The European regulatory committee has recognised the positive benefit-risk profile of the 60 mg dosing regimen [with a dose reduction to 30 mg in selected patients with creatinine clearance (CrCL) 15-50 mL/min, body weight ≤ 60 kg, or concomitant use of certain P-glycoprotein (P-gp) inhibitors]."

The CHMP opinion to approve once-daily edoxaban for the prevention of stroke and SE in adult patients with NVAF with one or more risk factors and for the treatment and prevention of recurrent VTE (DVT and PE) is based on the data of the phase 3 ENGAGE AF-TIMI 48 and Hokusai-VTE studies, respectively.2,3

In the ENGAGE AF-TIMI 48 study, once-daily edoxaban 60 mg demonstrated non-inferiority to well-managed warfarin for the primary efficacy endpoint of occurrence of stroke or SE in patients with NVAF (1.18% vs. 1.50% per year, respectively; hazard ratio [HR], 0.79; 97.5% confidence interval [CI], 0.63 to 0.99, p<0.001). In addition, once-daily edoxaban 60 mg demonstrated a significant 20% risk reduction of major bleeding in patients with NVAF compared to warfarin (2.75% vs. 3.43% per year, respectively; HR, 0.80; 95% CI, 0.71 to 0.91, p<0.001).2

In the Hokusai-VTE study, once-daily edoxaban 60 mg was non-inferior to warfarin for the primary efficacy endpoint of recurrence of symptomatic VTE (3.2% vs. 3.5% of patients, respectively; HR, 0.89; 95% CI, 0.70 to 1.13, p<0.001). In addition, edoxaban demonstrated a significant 19% risk reduction of clinically relevant bleeding in patients with VTE compared to warfarin (8.5% vs. 10.3% of patients, respectively; HR, 0.81; 95% CI, 0.71 to 0.94, p=0.004).3

Atrial fibrillation (AF) is the most common type of heart rhythm disorder, and is associated with substantial morbidity and mortality.4 More than six million Europeans suffer from AF and this figure is expected to at least double over the next 50 years.5,6 One in five of all strokes is as a result of AF.5

VTE is a major cause of morbidity and mortality.7 VTE is a major health problem in Europe, with more than one million VTE events or deaths per year (France, Germany, Italy, Spain, Sweden, UK), including more than 370,000 VTE-related deaths.7

About the ENGAGE AF-TIMI 48 Study
ENGAGE AF-TIMI 48 (Effective aNticoaGulation with factor xA next GEneration in Atrial Fibrillation) was a three-arm, randomized, double-blind, double-dummy, global phase 3 clinical trial comparing once-daily edoxaban with well-managed warfarin in 21,105 patients with NVAF at moderate-to-high risk of thromboembolic events at 1,393 centers in 46 countries. ENGAGE AF-TIMI 48 compared two edoxaban treatment strategies, a higher dose arm (60 mg or 30 mg dose reduced) once-daily and a lower dose arm (30 mg or 15 mg dose reduced) once-daily, with warfarin in patients with NVAF for a median of 2.8 years follow-up. Patients were dose reduced for CrCL 30 to 50 mL/min, body weight of 60 kg or less or certain P-gp inhibitor use. ENGAGE AF-TIMI 48 represents the largest and longest single comparative global trial with a novel anticoagulant in patients with NVAF performed to date.2 The full results were presented at the AHA Scientific Sessions 2013 in Dallas and published in the New England Journal of Medicine.

About the Hokusai-VTE Study
Hokusai-VTE was a global, event-driven, randomized, double-blind, double-dummy, parallel-group phase 3 clinical study involving 8,292 patients in 439 clinical sites across 37 countries to evaluate once-daily edoxaban in patients with either acute symptomatic DVT, PE or both. The Hokusai-VTE study was designed to reflect clinical practice using a flexible treatment duration of 3-12 months in a broad spectrum of VTE patients, including initial use of parenteral anticoagulant (heparin) for 5-10 days, the proven global standard of care. Patients were randomized to receive edoxaban 60 mg once-daily (dose reduced to 30 mg for CrCL 30 to 50 mL/min, body weight of 60 kg or less, or certain P-gp inhibitor use) or the comparator, warfarin, following initial open-label enoxaparin or unfractionated heparin therapy. In the comparator arm, patients received initial heparin therapy concurrently with warfarin, titrated to a target INR of 2.0 to 3.0, followed by warfarin alone. The treatment duration was from 3 months and up to a maximum of one year. The duration of study treatment was determined by the investigator based on the patient's clinical features.3 The full results were presented at the ESC Congress 2013 in Amsterdam and published in the New England Journal of Medicine.

About Edoxaban
Edoxaban is an investigational, oral, once-daily anticoagulant that specifically inhibits factor Xa, which is an important factor in the coagulation system that leads to blood clotting.8 The global edoxaban clinical trial program includes two phase 3 clinical studies, Hokusai-VTE and ENGAGE AF-TIMI 48, which included nearly 30,000 patients combined. The results from these trials form the basis of regulatory filings for edoxaban for symptomatic VTE in patients with DVT and/or PE, and for the prevention of stroke and SE in NVAF, respectively.2,3

Edoxaban is currently marketed in Japan and the U.S. and has received approval in Switzerland.9,10,11 In other countries, regulatory review is ongoing.

References
1Centers for Disease Control and Prevention. Deep Vein Thrombosis & Pulmonary Embolism. Available at:http://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2014/chapter-2-the-pre-travel-consultation/deep-vein-thrombosis-and-pulmonary-embolism. [Last accessed: April 2015].
2Giugliano R, et al. Edoxaban versus warfarin in patients with atrial fibrillation. N Engl J Med. 2013;369(22):2093-2104.
3Büller H, et al. Edoxaban versus warfarin for the treatment of symptomatic venous thromboembolism. N Engl J Med. 2013;369(15):1406-1415.
4Iqbal MB, et al. Recent developments in atrial fibrillation. BMJ. 2005;330(7485):238-43.
5Camm A, et al. Guidelines for the management of atrial fibrillation: the Task Force for the Management of Atrial Fibrillation of the European Society of Cardiology (ESC). Eur Heart J. 2010;31(19):2369-429
6Krijthe BP, et al. Projections on the number of individuals with atrial fibrillation in the European Union, from 2000 to 2060. Eur Heart J.2013;34(35):2746-2751.
7Cohen A, et al. Venous thromboembolism (VTE) in Europe. Thromb Haemost. 2007;98(4):756-764.
8Ogata K, et al. Clinical safety, tolerability, pharmacokinetics, and pharmacodynamics of the novel factor Xa inhibitor edoxaban in healthy volunteers. J Clin Pharmacol. 2010;50(7):743-753.
9Daiichi Sankyo press release - Daiichi Sankyo Launches New Formulation of LIXIANA® 60 mg Tablets (edoxaban) inJapan.8 Dec 2014. Available at: http://www.daiichisankyo.com/media_investors/media_relations/press_releases/detail/006226.html. [Last accessed:April 2015].
10Daiichi Sankyo press release - SAVAYSA™ (edoxaban) Now Available in U.S. Pharmacies. 9 February 2015. Available at:http://www.daiichisankyo.com/media_investors/media_relations/press_releases/detail/006247.html . [Last accessed: April 2015].
11Daiichi Sankyo press release - Daiichi Sankyo's Once-Daily LIXIANA® (edoxaban) Approved for the Prevention of Stroke and Systemic Embolism in Non-Valvular Atrial Fibrillation and for the Treatment and Prevention of Recurrent Venous Thromboembolism in Switzerland. 15 April 2015. Available at: http://www.daiichisankyo.com/media_investors/media_relations/press_releases/detail/006269.html. [Last accessed:April 2015].

Psoríase
A Novartis acaba de anunciar resultados que demonstram que secucinumab, o primeiro e único biológico indicado para tratamento...

Os resultados de ensaios clínicos apresentados no âmbito da 73ª Reunião Anual da Academia Americana de Dermatologia (AAD), que decorreu em Março, comprovam um número elevado de doentes a atingir “pele limpa ou quase limpa” - PASI 90 ou superior - durante as primeiras 16 semanas de tratamento quando comparado com ustecinumab.

O objectivo do tratamento da psoríase é eliminar completamente as lesões de psoríase atingindo um estádio de “pele limpa”. O PASI 90 (melhoria de 90% no Índice de extensão e gravidade da psoríase - Psoriasis Area Severety Index), é considerada a melhor evidência de eficácia para avaliar o sucesso terapêutico no tratamento da psoríase, através da medição da redução do eritema (vermelhidão), descamação, e infiltração (espessura) das lesões de psoríase bem como a extensão do corpo atingida pelas lesões.

Depois de 2 anos de tratamento com secucinumab, 7 em cada 10 doentes (71%) tratados atingiram um estádio de pele limpa ou quase limpa (PASI 90); 4 em cada 10 doentes (44%) atingiram pele limpa (PASI 100) e 9 em cada 10 doentes (88%) manteve a sua resposta PASI75.

Em Janeiro de 2015, secucinumab tornou-se o primeiro e único inibidor da interleucina-17A (IL-17A) aprovado na Europa no tratamento sistémico de primeira linha da psoríase em placas moderada a grave em doentes adultos.

Instituto do Porto
O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto está a desenvolver uma plataforma dedicada a pessoas cegas ou com...

Ler um artigo de jornal, bem como um menu de restaurante ou identificar um percurso e reconhecer embalagens são algumas das tarefas que o projecto CE4BLIND – ‘context extraction for the blind using computer vision', em português ‘extracção de contexto para cegos utilizando visão por computador' - poderá permitir que um invisual complete de forma autónoma.

A CE4BLIND é uma plataforma digital móvel, ou seja uma aplicação informática que poderá ser usada num computador, telemóvel ou ‘tablet', estando a esta associados componentes - uma bengala electrónica ou "visão" por câmara, por exemplo - que têm a missão de reconhecer o espaço.

"O objectivo é obter apoio inteligente e combater a infoexclusão digital dos invisuais, fazendo-os sentir-se integrados e produtivos na sociedade digital", explicou à agência Lusa o investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC TEC) João Barroso.

A frase "aumentar a percepção da realidade a quem não consegue utilizar a visão" acaba por resumir o projecto, somando-se a determinação de conceber a plataforma de forma não invasiva para o utilizador e sem lhe alterar as rotinas.

Primeiro componente: a bengala, fruto do projecto Blavigator, também desenvolvido pelo INESC TEC, que comunica por protocolo bluetooth (rede sem fios) com a plataforma que está a correr no dispositivo móvel, dando indicações ao cego através de vibração ou de som.

Segundo componente: visão por computador ou visão artificial, ou seja câmaras, cujo estudo parte do projecto SmartVision também deste instituto. Imagine-se um invisual que, ao caminhar ou ao "ler" algo o faz focando uma câmara nesse horizonte, a "visão" será transmitida à CE4BLIND, que a descodifica e emite informação.

Uma terceira ideia passa por pedir ajuda remotamente, o que implica que o utilizador tenha, por exemplo, um familiar que está reformado, tendo tempo disponível, ou algum conhecido que conheça determinado espaço.

A plataforma envia as imagens para o dispositivo dessa terceira pessoa que remotamente dá informações em tempo real ao cego, ajudando-o nas tarefas. Esta componente ainda está em estudo, revelou João Barroso, acrescentando que poderá ser apropriada a situações "mais criticas".

O também docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) admitiu que, ao juntar vários componentes, a ideia é que exista "alguma redundância": "São vários módulos que podem redundar em objectivo semelhantes, mas isso cria segurança ao utilizador", disse.

João Barroso explicou que actualmente existem apenas protótipos e não produtos finais, mas a grande meta é conseguir "disponibilizar um produto" comercialmente ou pelo menos para uso das instituições, aliás a equipa do INESC TEC já recebeu contactos de espaços culturais que gostariam de fazer percursos acessíveis através da CE4BLIND.

Este projecto conta com a participação da Universidade do Texas em Austin (UT Austin) e da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

À instituição americana cabe introduzir a impressão 3D (dados tridimensionais) de alguns objectos específicos para que o cego possa fazer o reconhecimento através do tacto, ao passar a mão. Já a ACAPO está a "disponibilizar" associados seus para a realização de testes.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde alertou que 70% dos tumores nos pulmões são resultantes do tabaco, sublinhando assim a importância da...

O Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, a revisão da lei do Tabaco, que prevê a proibição do cigarro electrónico com nicotina e de fumar em todos os espaços públicos fechados.

Uma decisão destacada, em Terras de Bouro, pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, quando sublinhava a necessidade de investir cada vez mais na prevenção para combater o cancro.

Na altura, Paulo Macedo referiu, por lapso, que “7 a 8%” dos tumores nos pulmões resultam do tabaco, uma informação entretanto corrigida pelo Ministério da Saúde, que esclareceu que a percentagem correcta é de 70%.

Segundo a proposta de alteração à lei do Tabaco, que transpõe duas directivas da União Europeia, é determinada a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogos e outro tipo de recintos destinados a espectáculos de natureza não artística.

O ministro da Saúde lembrou que esta proposta acontece passados oito anos da lei vigente do tabaco.

Os três principais objectivos são proteger os cidadãos da exposição involuntária ao fumo, proteger os próprios fumadores e promover uma protecção adicional através de maior informação.

Assim, de acordo com o ministro, os maços de cigarros deixam de ter advertências em forma de texto e passam a ter imagens dissuasoras, serão eliminados aspectos de “natureza subjectiva” como a menção a “light” ou “suave”, e os produtos de tabaco com aromas distintivos, por exemplo mentol, vão passar a ser proibidos.

Vai ser ainda reforçado o combate ao tráfico de tabaco e serão regulamentados os cigarros electrónicos, com a proibição da sua venda através da internet.

A proposta de lei tem previsto um período de moratória de 5 anos, até 2020, para se adaptarem os espaços públicos que investiram em obras para serem espaços com fumo.

Infarmed
O Infarmed emitiu Circular Informativa relativa à codeína e às suas restrições de utilização em crianças.

O Grupo de Coordenação (CMDh) adotou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamento (EMA), divulgadas na circular informativa n.º 043/CD/8.1.7. de 13/03/2015, para minimizar os riscos de problemas respiratórios graves, aquando da utilização de medicamentos contendo codeína para o tratamento da tosse ou constipação em crianças.

Em Portugal, os únicos medicamentos contendo codeína com a indicação referida são o Toseína e o Codipront, ambos sujeitos a receita médica.

Assim, para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo codeína para o tratamento da tosse e constipação em crianças continuem a superar os riscos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

Profissionais de saúde
- Em crianças com idade inferior a 12 anos, a codeína está contraindicada no tratamento da tosse e constipação;
- Em crianças com idades compreendidas entre os 12 e 18 anos e com a função respiratória comprometida não é recomendada a sua utilização;
- Em mulheres a amamentar e em doentes metabolizadores ultra-rápidos do CYP2D6, a codeína está contraindicada.

Doentes e cuidadores
- Caso notem num doente que tomou Codeína respiração lenta ou pouco profunda, desorientação, sonolência, pupilas diminuídas, sensação de enjoo, obstipação e falta de apetite, o tratamento deve ser interrompido e deve ser procurada ajuda médica imediata.

As recomendações do PRAC aprovadas pelo CMDh serão agora implementadas em todos os Estados-Membros.

Infarmed
O Infarmed emitiu Circular Informativa relativa ao risco de problemas cardíacos na toma de medicamentos para a hepatite C e...

A EMA confirmou a existência do risco de bradicardia grave ou bloqueio cardíaco em doentes medicados com amiodarona e medicamentos para a hepatite C crónica – sofosbuvir (Sovaldi), daclatasvir (Daklinza) ou sofosbuvir+ledispavir (Harvoni).

Para minimizar este risco, a EMA recomenda que a amiodarona apenas seja utilizada nestes doentes quando não seja possível a utilização de outros medicamentos antiarrítmicos.

Esta recomendação decorre da revisão dos casos de bradicardia grave ou bloqueio cardíaco em doentes que tomavam amiodarona e começaram o tratamento para a hepatite C, conforme divulgado na circular informativa nº 055/CD/8.1.7 de 27/03/2015.

Após análise da situação, considerou-se que há uma relação provável destes eventos com os referidos medicamentos, contudo o mecanismo ainda está por determinar e encontra-se em investigação.

Face ao exposto, a EMA e o Infarmed esclarecem o seguinte:

Profissionais de saúde
- Os casos de bradicardia grave e bloqueio cardíaco foram verificados em doentes que tomavam amiodarona e Harvoni ou amiodarona e uma combinação de Sovaldi e Daklinza. Dos 8 casos revistos até Abril de 2015, um resultou em paragem cardíaca fatal e dois requereram a colocação de pacemaker;
- O tratamento com amiodarona apenas deve ser iniciado em doentes em tratamento com Harvoni ou Sovaldi e Daklinza, se outros medicamentos antiarrítmicos estiverem contraindicados ou não forem tolerados;
- Os doentes que tenham de utilizar amiodarona devem ser monitorizados, especialmente durante as primeiras semanas do tratamento. Os doentes com maior risco de bradiarritmia devem ser monitorizados em meio hospitalar durante as primeiras 48 horas após o início de tratamento concomitante;
- Atendendo a que a semivida da amiodarona é longa, os doentes que descontinuaram o tratamento com amiodarona devem ser monitorizados durante alguns meses após o início do tratamento com estes medicamentos para a hepatite C.
- Os doentes que tomem estes medicamentos para a hepatite C e amiodarona devem ser informados dos sintomas de bradicardia e bloqueio cardíaco e devem ser aconselhados a procurar urgentemente o médico se os sentirem.

Doentes
- Os doentes que tomam Harvoni ou Sovaldi e Daklinza com amiodarona e que sintam tonturas, sensação de desmaio, cansaço fora do normal, falta de ar, diminuição da frequência cardíaca ou dor no peito devem contactar de imediato o médico.

A informação aprovada para estes medicamentos (Resumo da Características dos Medicamentos e Folheto Informativo) será actualizada com estas recomendações e será enviada uma comunicação dirigida aos profissionais de saúde envolvidos no tratamento da hepatite C com informação detalhada.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e a divulgar toda a informação relacionada.

No final de Maio
A linha Saúde 24 vai ter um portal de atendimento on-line que deverá começar a funcionar no final de Maio, a mesma altura em...

Durante a apresentação dos resultados do Programa Saúde 24 Sénior e da Actividade da Linha Saúde 24, o secretário de Estado avançou a intenção de criar um sistema de atendimento e acompanhamento dos utentes semelhante ao que é feito telefonicamente, mas através da internet.

A proposta foi feita pelo administrador da Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, que afirma que tecnicamente o projecto está concluído, tendo Leal da Costa garantido que será possível iniciar o programa no final de Maio, coincidindo com o lançamento da linha de apoio à cessação tabágica, que arranca no dia 31 de Maio, Dia Mundial sem Tabaco.

“Eu penso que as coisas estão em condições de poder, até ao final de Maio, começo de Junho, eventualmente até mais ou menos em coincidência com a linha de cessação tabágica, estar em posição de fazer o lançamento do portal de contacto para a Linha de Saúde 24 on-line”, afirmou o Governante.

Segundo Leal da Costa, haverá um portal próprio da Linha Saúde 24, sendo possível aceder a esse site através de links que serão disponibilizados nos portais habituais do Ministério da Saúde.

O portal em causa replica um sistema existente no SNS inglês em que sobre a página web aparecem imagens de pessoas do sexo feminino e masculino, em que o utilizador pode escolher a zona do corpo onde tem sintomas e, através dos algoritmos existentes, “fazer uma pré-avaliação sintomática sobre aquilo que o aflige”, explicou o administrador da Linha.

O algoritmo está estruturado de forma a que seja possível diagnosticar as situações de maior emergência, para alertar o utilizador no sentido de ligar directamente para o INEM, por exemplo, ou então níveis de gravidade que determinem que deve solicitar ou efectuar uma chamada para a saúde 24, para um acompanhamento mais especializado.

“É uma versão light dos 118 algoritmos que já temos passiveis de utilização sobre um canal web que permite as pessoas fazerem uma pré-identificação dos sintomas, ver o nível de gravidade em que estão situadas e poderem elas próprias tomar a iniciativa de ligar para um serviço de emergência ou para a Saúde 24”, explicou Pedroso Lima.

O novo site está desenvolvido, aguardando apenas a validação dos conteúdos clínicos pela Direcção-Geral da Saúde.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou que a região norte será a primeira do país com uma cobertura total de médicos de...

"97% da região norte já tem médico de família", sublinhou, durante a inauguração do novo Centro de Saúde de Terras de Bouro, um investimento de 1 milhão de euros.

Para Paulo Macedo, aquela região será a primeira do país com uma "cobertura a 100%" de médicos de família.

O Centro de Saúde de Terras de Bouro serve 4800 utentes, tendo sido recentemente dotado de mais dois médicos, que asseguram uma cobertura de 98%.

No país, estão atualmente em funcionamento 419 unidades de saúde familiar (USF), das quais 214 no norte.

Admitindo que nenhum setor "passou à margem" da crise, o ministro frisou que, mesmo assim, o Governo continuou a investir no Serviço Nacional de Saúde, garantindo aos portugueses "mais acesso a medicamentos, mais consultas e mais cirurgias".

"Para este ano, o acesso ao SNS continuará a aumentar", garantiu.

Governo estuda
O Governo está a estudar a possibilidade de criar teleconsultas através da linha Saúde 24, para ajudar particularmente os...

Em cima da mesa está ainda a possibilidade de criar outras linhas especializadas, como a sénior ou de cessação tabágica, prioritariamente nas vertentes pediátrica e da diabetes.

Estas ideias foram propostas pelo administrador da Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, durante a apresentação dos resultados do Programa Saúde 24 Sénior e da Actividade da Linha Saúde 24.

Em resposta, o secretário de Estado afirmou que o Governo deve e pode estudar formas de dotar a linha Saúde 24 com um atendimento que pode ser de especialização e que complemente as respostas do Serviço Nacional de Saúde.

Para o “futuro”, Luís Pedroso Lima ambiciona atingir um universo de pessoas mais vulneráveis e com mais dificuldades de acesso e disse que gostaria que a linha pudesse ter uma orientação para “morbilidades prevalecentes”.

Para tal, considera necessário modernizar tecnicamente a linha para dar outras respostas mais avançadas e sugere a recriação da marca “Doi Doi Trim Trim” (a linha materno-infantil que esteve na génese da Saúde 24) ou a criação de linhas especializadas em doenças como a hipertensão e a diabetes.

Sobre uma subespecialização da linha, Leal da Costa afirmou que, a haver, começará precisamente pela vertente pediátrica.

Quanto a aconselhamentos mais específicos para determinadas doenças, o governante não põe de parte que isso seja feito e adianta mesmo que em algumas áreas, como a diabetes, “poderá ser interessante ter um reforço de contacto sobre esta matéria”.

Outra proposta avançada por Luís Pedroso Lima foi no sentido de criar o conceito de teleconsulta, dando inicio a um projecto de consultas médicas telefónicas para quem não tem médico de família e enquanto não o tem.

Segundo Luís Pedroso Lima, 45% dos utentes que ligam para a Saúde 24 são encaminhados para centros de saúde, 13% dos quais se estima não terem médico de família (cerca de cem utentes por dia).

O objectivo é fornecer um serviço de consulta médica telefónica, em que os utentes sem médico de família triados na Saúde 24 seriam encaminhados para um centro de saúde virtual, onde médicos os atendessem adequadamente à situação: através da prescrição e medicamentos ou meios complementares de diagnóstico, visita domiciliária ou agendamento de consultas externas especializadas.

Para o secretário de Estado, esta é também uma proposta a ser estudada e desenvolvida.

“Não pomos de parte - bem antes pelo contrário - estudar com toda a atenção a possibilidade de alargar a linha saúde 24 a um contacto ainda mais especializado com um médico que fará os encaminhamentos que forem necessários. O nosso interesse é criar mecanismos para que o acesso a cuidados presenciais mais especializados possa ser ainda mais rápido”, afirmou.

União Europeia
A União Europeia autorizou hoje a importação e comercialização de 19 organismos geneticamente modificados, dois dias depois de...

Onze produtos da multinacional norte-americana Monsanto constam da lista de organismos geneticamente modificados (OGM) autorizados, precisou a Comissão Europeia em comunicado.

Outros oito são produtos da empresa norte-americana Dupont e dos grupos alemães Bayer e BASF.

Dezassete destes OGM destinam-se à alimentação animal e humana e dois são flores.

As autorizações de importação e comercialização destes organismos "estavam suspensas" porque os Estados-membros não tinham chegado a um entendimento para constituir uma maioria a favor ou contra a sua comercialização.

A autorização agora concedida é imediata e válida por 10 anos.

A Comissão Europeia entregou quarta-feira aos Estados-membros o poder de decisão sobre a utilização em géneros alimentícios e alimentos para animais de organismos geneticamente modificados autorizados pela União Europeia (UE).

A alteração ao processo decisório sobre OGM foi decidida na sequência de orientações políticas dadas pelo Parlamento Europeu (PE), entregando aos governos dos 28 o poder de decidir sobre a inclusão ou exclusão de OGM da cadeia alimentar.

Segundo Bruxelas, o atual sistema de autorização de OGM, baseado em dados científicos e as regras de rotulagem que asseguram a liberdade de escolha dos consumidores não serão alterados.

Se os governos europeus aprovarem a reforma apresentada na quarta-feira, poderão proibir a utilização no respetivo território destes organismos, caso contrário vigoram as autorizações existentes.

A organização ambientalista Greenpeace acusou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de não ter intenção de aproximar a Europa dos cidadãos, como prometeu, e de agir a favor dos interesses dos Estados Unidos e da empresa Monsanto.

A proposta da 'Comissão Juncker' terá de ser aprovada pelo PE e pelo Conselho de Ministros da UE, em processo de co-legislação.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, reconheceu que "há muito a fazer" para corrigir as assimetrias regionais em termos...

No entanto, Paulo Macedo sublinhou que os resultados na área oncológica em Portugal "comparam com o que de melhor se faz na Europa e no mundo".

"Os resultados em Portugal estão ao nível do melhor que há", enfatizou.

Um inquérito desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia junto de 600 profissionais daquela área da saúde revela que a maioria dos inquiridos considera que a qualidade do tratamento contra o cancro varia consoante o hospital onde é administrado e que Portugal não está preparado para o aumento desta doença.

Paulo Macedo reconheceu que "as assimetrias são um problema" e "têm de ser combatidas", nomeadamente através de incentivos à fixação de médicos no interior.

O governante aludiu ao investimento que o Governo está a fazer na actualização e modernização de toda a área da radioterapia, na manutenção da área da quimioterapia "de acordo com as melhores práticas" e no aumento da capacidade de resposta em termos de cirurgias.

"Relativamente às cirurgias, melhorámos os tempos de resposta, mas somos sistematicamente pressionados, porque temos mais pessoas a procurar", referiu, para vincar que esta é uma área em que é "claramente" preciso "melhorar e fazer esforço constante".

Disse que vão ser melhoradas as condições nos blocos operatórios dos institutos portugueses de Oncologia (IPO) de Coimbra e de Lisboa, "que são os que precisam mais".

Segundo Paulo Macedo, os três IPO vão beneficiar de um investimento de 40 milhões de euros, ficando assim dotados de "adequados" meios e infraestruturas.

O ministro reiterou que os resultados oncológicos em Portugal "estão ao nível do melhor que há" no mundo, mas lembrou que a prevenção é "a área prioritária".

Nesse sentido, destacou a nova lei do tabaco, aprovada na quinta-feira, para dar "melhor informação" aos fumadores e para proteger os fumadores activos e passivos.

"Foi mais um passo na prevenção", referiu, sublinhando que 7 a 8% dos tumores nos pulmões resultam do tabaco.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou a apreensão de cerca de 900 quilos de amêijoa imprópria para consumo...

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adianta em comunicado que, na acção realizada na quarta-feira, foram ainda detidas duas pessoas, além de ter sido suspensa a actividade do armazém improvisado por “falta de condições técnico-funcionais, de higiene e de licenciamento”.

O processo-crime foi instaurado por “comercialização de géneros alimentícios anormais avariados”, tendo sido apreendidos 47 objectos de pesca, uma viatura de transporte de mercadoria e dinheiro resultante da actividade num valor total acima dos 13 mil euros.

Mais de mil pessoas foram sensibilizadas
No âmbito da campanha Stop Diabetes, do Programa Nacional para a Diabetes da Direcção-Geral da Saúde, estudantes da Faculdade...

A campanha Stop Diabetes, do Programa Nacional para a Diabetes (PND), da Direcção-Geral da Saúde (DGS) tem vindo a implementar acções para contrariar o crescente aumento da diabetes em Portugal: a promoção de estilos de vida saudável é a base de uma prevenção eficaz, permitindo reduzir em 60% a evolução da Diabetes nas pessoas em risco.

Este foi o mote da acção que decorreu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa alertaram mais de mil pessoas para a importância de prevenir a diabetes, evitando os seus custos, complicações e consequente redução da qualidade de vida: a diabetes é a primeira causa de cegueira, diálise, amputações não traumáticas, enfartes do miocárdio e AVC em adultos jovens. As pessoas puderam ainda, pelo valor simbólico de 20 cêntimos, levar uma maçã, um alimento que deve fazer parte de uma dieta mais saudável.

Considerada a pandemia do século XXI prevê-se que a diabetes possa atingir, nos próximos 30 anos, mais de 20% da nossa população. Segundo o relatório de saúde da OCDE de 2014, Portugal é o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da diabetes (13%).

“É importante que se fale sobre a diabetes com os familiares, com os amigos, com os colegas, desmistificar tabus e, ainda, propor o tema a dirigentes, representantes ou líderes políticos para que tomem medidas antes que haja consequências mais graves. Se nada for feito, calcula-se que o número de casos anuais de diabetes duplique para 120 mil nos próximos 10 anos. Prevenir a Diabetes é um dever de todos e começa com cada um de nós”, defende José Manuel Boavida, diretor do PND da DGS.

A Diabetes Tipo 2 é a forma mais comum da doença e está fortemente ligada aos estilos de vida, à alimentação e à idade. A intervenção do Programa Nacional para a Diabetes tem sido ao nível do combate aos factores de risco associados, nomeadamente aqueles que são possíveis de controlar. Foi nestes pontos que os estudantes se centraram esta quarta-feira em Lisboa angariando, assim, 180 euros para o Núcleo Jovem da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal.

Associação de Amputados e hospital de Gaia
Associação Nacional de Amputados assina protocolo de prestação de serviços de saúde com o novo hospital privado de Gaia.

No próximo dia 4 de Maio, pelas 15h00, a ANAMP – Associação Nacional de Amputados, assina um protocolo de prestação de serviços de saúde com o novo Hospital Privado de Gaia, em funcionamento desde 12 de Janeiro passado. A cerimónia, que decorrerá nas instalações do Hospital (situadas no Lugar da Barrosa, Vila Nova de Gaia, junto ao GaiaShopping) contará com a Presença da Presidente da ANAMP, Paula leite, e do Administrador do Hospital Privado de Gaia, Nelson de Brito.

O protocolo – que visa a prestação de serviços de saúde em condições especiais para os associados da ANAMP e seus familiares directos – abrange os serviços de Consulta Externa, Urgência, Meios Auxiliares de Diagnóstico e Terapêutica, Internamento e Blocos Operatório e de Partos do Hospital Privado de Gaia.

A ANAMP é uma associação sem fins lucrativos criada em Dezembro de 2014 e que neste momento está na fase de angariação de sócios e de parceiros com vista à oferta de serviços específicos dirigidos aos amputados e familiares/amigos. O seu objectivo é simples, tirar as pessoas amputadas de casa e mudar mentalidades, criando um colectivo de aceitação, não só social, como focada num objectivo “eu próprio me aceitar”. Romper barreiras, valores, desbravar caminhos para a felicidade, abrir horizontes e afirmar a qualidade de vida é o lema da causa liderada por Paula Leite, a Presidente.

A Associação Nacional de Amputados é a concretização de um sonho de uma mulher que passou por um processo complicado após um acidente. Que se sentiu abandonada e pouco esclarecida. Que não encontrou soluções ideais para o seu problema no primeiro momento. Que demorou algum tempo a perceber que sozinha teria que ultrapassar os obstáculos que surgiam pela frente. Que hoje sonha em correr. Neste momento Paula Leite lidera uma campanha cujo desafio é angariar sócios dispostos a lutar com a ANAMP ‘Por uma Vida mais Viva’. Para completar esta causa basta aceder a www.anamp.pt.

 

Manter o corpo em movimento
A prática regular de uma atividade física deve associar-se a hábitos alimentares adequados para não

É através dos alimentos, que o organismo obtém energia e outros nutrientes essenciais. Os músculos e o cérebro necessitam constantemente de açúcar (glicose) para se “alimentarem” e responderem de forma adequada.

Este provém dos alimentos que são ingeridos antes e durante o exercício, sobretudo quando este é mais prolongado. Quando um atleta não ingere uma quantidade suficiente de alimentos fornecedores de glicose, o organismo tem que recorrer a um “combustível” alternativo que se encontra nas suas reservas. Este processo provoca um maior esforço e desgaste podendo conduzir a desequilíbrios do organismo.

Podemos dividir os praticantes em dois grupos: Praticantes de actividade física diária e atletas de competição.

Considerando o primeiro grupo, uma alimentação correcta contribui de forma satisfatória, recuperando o corpo, fornecendo energia durante a actividade e aumentando a massa muscular através do consumo de certos alimentos. Para que o aumento de massa muscular seja garantido, é necessário uma alimentação diária adequada, que contenha os seguintes nutrientes: hidratos de carbono, legumes, frutas, gorduras “boas” e proteínas, consumidos em porções e horários adequados.

Os hidratos de carbono complexos contêm fibra na sua constituição, como por exemplo a aveia, o pão integral e o arroz integral. São fonte primária de energia, têm o poder de retardar a fadiga e diminuir o risco de lesões, permitindo assim um treino mais intenso e consistente.

Deverão ser consumidos prioritariamente, antes do treino (45 min antes), associado às proteínas mas em maior proporção. Esta combinação faz com que o praticante evite o uso da massa magra como fonte de energia, privilegiando os hidratos de carbono. Durante a actividade a hidratação deverá ser contínua, uma vez que há perda de água e minerais através da sudorese. Para aqueles que realizam um treino superior a sessenta minutos a hidratação deverá ser realizada com a ingestão de bebidas hidroeletrolíticas acrescidas de hidratos de carbono, capazes de repor os líquidos e minerais perdidos. Após o exercício, dever-se-ão consumir hidratos de carbono, porém de índice glicémico mais elevado para que ocorra uma recuperação das reservas de energia perdidas. Deverão ser consumidas também proteínas, para auxiliar o aumento de massa muscular pretendido, assim como para reparar as microlesões musculares adquiridas durante o treino.

Avançando para o segundo grupo, se considerarmos alguns desportos de competição, antes de provas de longa duração, será importante fazer uma refeição que prepare os atletas para as três horas seguintes. É preciso privilegiar alimentos ricos em hidratos de carbono complexos para fornecer energia necessária para a actividade e iniciar a oxidação da gordura com mais eficiência. Alimentos como o pão de centeio ou mistura, as tostas, os cereais integrais de pequeno-almoço, a fruta ou o iogurte serão uma boa opção.

Durante as provas mais longas, se não houver oportunidade para fazer uma pausa, é importante que o atleta tenha consigo, alguns alimentos fáceis de transportar que, ao mesmo tempo, sejam bons fornecedores de energia, nomeadamente, peças de fruta, barras de cereais, frutos secos, bolachas ou sandes. A hidratação neste grupo é, também, fundamental. Tem a função de transporte de nutrientes aos músculos e ao cérebro, a eliminação de substâncias produzidas durante a prática da atividade física ou a produção de suor, responsável pelo arrefecimento do organismo em dias mais quentes ou provas de maior duração. As bebidas alcoólicas e os refrigerantes não deverão ser consumidos durante a prática de actividade física pois tanto o álcool como o açúcar contribuem para a desidratação. Depois da prova a alimentação deverá ser equilibrada, com alimentos ricos em hidratos de carbono e proteínas. As últimas têm como função recuperar os tecidos musculares que sofreram as pressões da actividade física, e os primeiros irão contribuir para a recuperação das reservas energéticas.

Portanto, manter o corpo em movimento e uma alimentação saudável é a associação ideal para quem deseja não só a questão estética, mas também para os que querem viver bem e com saúde.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo
Uma investigação da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, indica que a cafeína pode influenciar a produção de...

O investigador responsável pelo estudo, Pedro Oliveira, explica tratar-se de um “estudo preliminar que não permite estabelecer as doses específicas de cafeína que um adulto deve consumir”, mas também salienta que “os resultados obtidos sugerem que a ingestão de uma dose diária de cafeína, correspondente a três ou quatro cafés ou cinco ou seis chávenas de chá, parece não ter efeitos negativos sobre as células de Sertoli” e, melhor, “parece ter efeitos promotores sobre o funcionamento metabólico das células”.

“Os resultados indicam que a cafeína altera o metabolismo das células de Sertoli, as quais apoiam o desenvolvimento dos espermatozóides”, explica igualmente Pedro Oliveira, citado em nota de imprensa enviada pela Universidade da Beira Interior (UBI).

Em resumo, embora seja necessário o desenvolvimento de “mais estudos para esclarecer a dose de cafeína que pode ser benéfica ou prejudicial para a função das células de Sertoli, os resultados sugerem que o consumo moderado parece seguro para a saúde reprodutiva masculina e promove condições para o desenvolvimento e sobrevivência dos espermatozóides”, acrescenta.

A nota adianta que a investigação está a ser levada a cabo no Centro de Investigação em Ciências da Saúde da UBI e que foi recentemente publicada na revista cientifica Toxicology.

Segundo o referido estudo, “em doses baixas ou moderadas, o composto provoca que estas células produzam lactato, um elemento essencial para a espermatogénese acontecer”.

“No entanto, quando a quantidade de cafeína é muito elevada, o efeito pode ser o contrário por uma oxidação maior das células”.

A informação também aponta que a investigação foi realizada in vitro com células de Sertoli humanas provenientes de biopsias testiculares.

“Os investigadores aplicaram a estas células três doses diferentes de cafeína para imitar as concentrações observadas em consumidores pontuais, moderados e compulsivos de bebidas ricas em cafeína, tais como café, chá verde e chá preto”, está especificado.

Os cientistas julgam que estas experiências são um bom modelo para compreender o que realmente acontece no corpo, considerando que as células de Sertoli são essenciais para a fertilidade masculina, já que definem a quantidade de espermatozóides que se formarão.

Deste modo, e considerando que “há outros alimentos e bebidas que contêm uma boa dose de cafeína, tais como cacau e alguns refrigerantes de cola, e que os resultados também indicam que doses elevadas deste composto interferem com o funcionamento das células, conduzindo a uma deterioração da fertilidade masculina”, os cientistas acham relevante continuar-se a estudar os efeitos de outras doses de cafeína.

Todos os dias
Programa sénior foi lançado há um ano e já acompanha 20 mil pessoas com mais de 70 anos com dois telefonemas por mês.

Há uma semana uma idosa contactou a Linha Saúde 24 com uma queixa inédita: se todas as amigas eram acompanhadas por este serviço, havia alguma razão para não lhe telefonarem também? De imediato foi convidada a fornecer os seus dados e juntou-se aos mais de 20 mil idosos que já são seguidos pelo programa sénior desta rede da Direcção-Geral da Saúde, contou ao jornal Público o administrador da linha, Luís Pedroso Lima.

No total, em média são 1300 as pessoas com mais de 70 anos que diariamente recebem um telefonema de um enfermeiro da rede, em funcionamento há um ano e que em 2015 quer chegar a um total de 50 mil idosos e dar mais respostas sociais.

A Linha Saúde 24 Sénior, lançada em 2014 e que funciona através do mesmo número da Linha Saúde 24 (808 24 24 24), é de adesão voluntária para as pessoas com mais de 70 anos. A ideia é contactar quinzenalmente os inscritos para avaliar o estado de saúde e outros indicadores e dar o encaminhamento necessário – como ajudar a marcar uma consulta ou apoiar na renovação da medicação. Se os enfermeiros não conseguirem localizar os utentes podem accionar a PSP e a GNR, o que tem sido muito raro. Além da idade, só há mais dois factores de exclusão: limitações auditivas que impeçam o contacto telefónico ou problemas de mobilidade que impossibilitem o idoso de ter um telefone ao alcance.

“Avaliamos neste programa nove dimensões baseadas no modelo de avaliação biopsicossocial e portanto avaliamos quer dimensões concretamente relacionadas com a saúde, quer os estados emocionais, de isolamento social, da nutrição a que as pessoas têm acesso ou até capacidade cognitiva e capacidade de se aperceberem do seu estado de memorização e capacidade intelectual”, sintetiza Luís Pedroso Lima e, em antecipação dos dados que serão apresentados publicamente nesta sexta-feira, explica que são sobretudo mulheres a viverem sozinhas e de zonas urbanas a utilizar a linha. Os distritos de Lisboa, Porto, Braga e Setúbal lideram a tabela, mas há dois concelhos que se destacam: Oeiras, em Lisboa, e Góis, em Coimbra.

O administrador adianta que o trabalho da Linha Saúde 24 Sénior tem evoluído, nomeadamente com protocolos com as administrações regionais de saúde do Centro e de Lisboa e a Vale do Tejo, “para através dos centros de saúde fazer o encaminhamento dos utentes que apresentarem um determinado défice e haver um acompanhamento de proximidade em reforço do contacto telefónico”. Estes protocolos justificam, por exemplo, o resultado de Góis, já que foram colocados enfermeiros no terreno no Centro e em Lisboa e Vale do Tejo a divulgarem o programa directamente junto dos utentes – até porque a principal dificuldade é chegar a pessoas com menor acesso à informação, já que a adesão é voluntária.

Mas o responsável acredita no potencial do serviço num país cada vez mais envelhecido. De acordo com o censo de 2011, cerca de 400 mil idosos vivem sozinhos e outros 804 mil vivem em companhia exclusiva de outros idosos, um aumento da ordem dos 28% em apenas uma década. Luís Pedroso Lima reconhece que ainda há muito a fazer: “Sentimos que na base das chamadas estão grandes dificuldades sociais, associadas à não toma da medicação por dificuldades financeiras de idosos com pensões muito baixas e até algumas situações em que as pessoas revelam má prática nutricional e falta de apetite que na verdade se deve também a condições económicas”.

Para Luís Pedroso Lima, “a linha vai ter de evoluir no sentido de nos cuidados de proximidade se atender não só à dimensão sanitária, mas também às condições socioeconómicas, encaminhando as pessoas para as instituições da segurança social”. “As pessoas gostam que exista esta preocupação de serem os enfermeiros a contactá-las e este sentido preventivo também é favorável. São pessoas que vivem isoladas e assim sentem que há alguém que se preocupa com elas”, defende, garantindo que os idosos dão provas da validade do serviço.

O administrador recorda o caso de uma filha que, após a morte da mãe, escreveu para a linha sénior a agradecer o acompanhamento e a recordar que das últimas preocupações da idosa foi ir à farmácia pesar-se e confirmar a altura, já que para o telefonema seguinte deveria ter estes dados para conseguirem calcular o seu índice de massa corporal. Há também um idoso com mais de 80 anos que decidiu estudar medicina e que no próximo contacto espera que a chamada seja feita por skype. Luís Pedroso Lima diz que estão a responder ao desafio e que esperam conseguir fazer a surpresa em breve.

Dia 28 de Abril
Cerimónia de Compromisso Profissional assinala o juramento da profissão dos novos membros da Ordem dos Nutricionistas.

Dezenas de novos nutricionistas e dietistas no dia 28 de Abril prestarão o Juramento da Profissão na Cerimónia de Compromisso Profissional da Ordem dos Nutricionistas, que se realiza às 17h30, no Palacete dos Viscondes de Balsemão (Praça Carlos Alberto, 71, Porto).

Esta cerimónia é um momento simbólico que representa o compromisso dos novos membros da Ordem dos Nutricionistas no respeito e cumprimento dos preceitos do Código Deontológico, no sentido da promoção da qualidade de vida da população, sem descriminação de qualquer natureza.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, assinalará assim a entrada dos novos membros da Ordem, numa sessão que contará com a presença de familiares e amigos dos profissionais e dos restantes órgãos da Ordem dos Nutricionistas.

Assinalando também o 3º aniversário da tomada de posse dos órgãos que constituem a estrutura da Ordem dos Nutricionistas, a Cerimónia de Compromisso Profissional integra ainda uma homenagem a Emílio Peres (1932-2003) – médico endocrinologista e professor universitário, um marco da nutrição em Portugal – cuja vida e obra será recordada por Pedro Moreira, Director da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

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