Acordo de 3 meses
Acordo entre Ministério da Saúde e laboratório tem três meses e autorizações dispararam. Apesar de tudo ainda há queixas de...

Há 3409 doentes com hepatite C que foram autorizados pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) a receber os dois remédios inovadores com taxa de cura de 95%, sofosbuvir e ledipasvir-sofosbuvir, num total de 3565 pedidos de tratamento para a doença. A utilização dos dois medicamentos aumentou - há três meses só cerca de 70 doentes estavam a receber esta medicação - após o Ministério da Saúde ter assinado, em Fevereiro, com o laboratório Gilead um acordo para a sua comparticipação e que levou um ano a ser negociado. Ainda assim, há queixas de atrasos no acesso aos tratamentos.

No Facebook da Plataforma Hepatite C todas as semanas chegam notícias de doentes. Os likes multiplicam-se a cada mensagem de alguém que foi buscar a medicação e de cada vez que alguém partilha a frase que todos querem repetir: "Estou negativado." Há mais de 15 anos com a doença e depois de três tratamentos sem sucesso, Nuno Tito ouviu essa mesma palavra - negativado - da médica que o segue. Ouviu-a com a crueza de quem sabe que esta é só mais uma batalha de uma longa guerra. "Cada caso é um caso e uns doentes negativam mais depressa, outros não. Depende do vírus e do grau da doença. Negativei ao final de duas semanas. Foi a primeira vez que o consegui", conta ao Diário de Notícias.

Em quase todas as regiões do país
Todas as regiões do continente, com excepção de Sines, e os Açores apresentam hoje risco muito alto de exposição à radiação...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real estão hoje com risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Na sua página na Internet, o IPMA adianta que Santa Cruz das Flores e Horta, na ilha do Faial, Açores, apresentam risco alto, enquanto Angra do Heroísmo (ilha Terceira) e Ponta Delgada (ilha de São Miguel) apresentam hoje risco moderado.

Para as regiões com níveis muito altos e altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, “t-shirt”, guarda-sol, protector solar e evitar a exposição das crianças ao sol.

De acordo com o IPMA, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança, sendo que o índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, com onze.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado e com neblina ou nevoeiro no litoral a norte do Cabo Raso até ao início da manhã, vento fraco, soprando moderado, de sueste no Algarve até final da tarde e de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde.

Está também prevista pequena subida da temperatura nas regiões norte e centro.

Em Lisboa as temperaturas vão oscilar entre 16 e 30 graus Celsius, no Porto entre 12 e 23, em Vila Real e Viseu entre 14 e 29, em Bragança entre 13 e 30, na Guarda entre 16 e 27, em Castelo Branco entre 17 e 32, em Portalegre entre 21 e 33, em Évora entre 15 e 34, em Beja entre 16 e 34, em Faro entre 19 e 25, em Santarém entre 14 e 33 e em Setúbal entre 11 e 31.

No caminho até Fátima
As equipas de apoio aos peregrinos são um elemento fundamental no caminho até ao Santuário de Fátima, com o alento que dão aos...

"São uns anjos", diz um peregrino sobre as pessoas que prestam apoio, enquanto agarra numa garrafa de água, no posto de um grupo de 315 devotos que caminham de Paredes até Fátima, desde 6 de Maio.

As três centenas de peregrinos contam com 85 voluntários, um deles Fernanda Barbosa, que se disponibiliza para dar águas e massagens aos caminhantes que passam pelo seu posto, em Cernache, Coimbra.

Voluntária há dois anos, afirma que é ali no posto que se vê "o pior" da peregrinação. "Há pessoas que até mete impressão", com bolhas nos pés, peles soltas ou músculos deslocados.

Mas mais importante que o apoio de enfermagem, é "o apoio psicológico. É preciso animá-las", refere Fernanda Barbosa.

Os 85 voluntários de Paredes estão responsáveis pelas refeições, cargas e descargas, enfermagem e até pela logística de organização de uma missa que ocorre todos os dias, ao final da tarde, dada por um padre que acompanha o percurso.

As equipas de apoio, apesar de saírem dos acampamentos meia hora mais tarde que os peregrinos, são os "últimos a jantar e a descansar", dormindo nos camiões, explana.

Luís Girão, de Góis, a acompanhar um pequeno grupo de nove pessoas que saiu de madrugada de Coimbra, sublinha que ajudar os que fazem o percurso até Fátima "é gratificante".

"Sentimos a fé dos peregrinos".

A equipa de apoio, munida de três carros, ajuda a carregar mochilas, roupa, águas e alguma comida, como umas cerejas "compradas no caminho".

O centro de apoio da Ordem de Malta, na estrada nacional nº 1, entre Condeixa-a-Nova e Pombal, já ajudou cerca de 800 pessoas na peregrinação deste ano.

A responsável pela enfermagem, Amélia Costa, salienta que, para além das massagens, há apoio dado "a nível psicológico e até espiritual".

"É uma semana diferente", explica, considerando ser "muito enriquecedor" prestar ajuda aos peregrinos que por ali passam, num trabalho que começa de manhã cedo e se prolonga até perto da meia-noite.

Elisete Freitas, emigrante em França que faz a peregrinação pela primeira vez a partir de Guimarães, parou no centro de apoio da Ordem de Malta para receber uma massagem nas pernas.

"Se não tivesse este tipo de apoio não chegava" a Fátima, salienta, notando que as maiores dificuldades ao longo do caminho surgem "nos pés".

Paula Lima, também da Ordem de Malta, há 39 anos a apoiar os peregrinos, diz que é necessária "sensibilidade" para este trabalho: "é preciso saber acolher, saber ajudar, perceber o que cada um necessita".

"Não tem explicação. Saímos daqui preenchidas", realça, algo emocionada, após um abraço sentido a uma peregrina que saiu do centro de apoio, "nova e a saltar".

O sol é um ‘inimigo’ dos doentes
Entre 4 mil e 5 mil doentes em Portugal sofrem de lúpus, uma doença crónica auto-imune que tem associados factores genéticos e...

Esta doença afecta sobretudo o género feminino – na relação de oito mulheres para um homem – e é uma doença que tem vindo a afectar cada vez mais pessoas, escreve o jornal Correio da Manhã. Ontem assinalou-se o Dia Mundial do Lúpus.

Estima-se que mais de cinco milhões de pessoas em todo o Mundo tenham esta doença inflamatória, que apresenta vários sintomas, desde lesões na pele (lúpus discoide) até problemas com outros órgãos (lúpus sistémico). As lesões avermelhadas na pele ocorrem nas áreas do corpo que estão expostas ao sol, como a face, o antebraço e as mãos. A exposição ao sol desencadeia a doença, devendo o paciente redobrar cuidados, usando protecção solar.

Quando a doença apresenta a forma mais grave, o lúpus sistémico, atinge órgãos vitais, como o coração, os rins, o estômago, o sistema nervoso central e os vasos sanguíneos. "O diagnóstico do lúpus continua a ser difícil, dada a diversidade das manifestações iniciais dos sintomas. Manchas na pele, dores nas articulações e alterações neurológicas ou cardíacas fazem com que haja dúvidas sobre a natureza do problema, obrigando a vários exames para despistar certas doenças com que se podem confundir", disse Luís Campos, director do serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

Escolas e médicos de família
As escolas vão incluir a temática do cancro da pele nos seus currículos, os médicos de família vão ter formação em dermatologia...

Estas são algumas das medidas aprovadas por unanimidade pela Assembleia da República, a serem apresentadas na terça-feira, e que visam reforçar o combate ao cancro da pele, disse Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), organização que celebra 30 anos.

O trabalho desenvolvido pela APCC ao longo dos anos, que incluiu várias audições na comissão parlamentar de saúde, “culminou com aprovação por unanimidade, pelos diferentes grupos parlamentares, de um conjunto de oito medidas que vão abranger a prevenção primária e secundária”, afirmou.

Entre as medidas contam-se “a prevenção em ambiente escolar, com o comprometimento de incluir a temática nos currículos escolares, e o reforço de divulgação de informação dos índices de UV (ultravioletas)”, acrescentou.

Será também criada uma base de dados para registo nacional de todos os doentes com melanoma e todos os laboratórios serão obrigados a notificar à tutela e aos Registos Oncológicos Regional todas as formas de cancro de pele, para se conhecerem os números reais.

Outras das medidas previstas são o reforço da formação específica em dermatologia dos médicos de família, para “introduzir a vigilância da população em geral, estimulando-a a fazer o auto exame”, assim como o aumento da acessibilidade dos cidadãos a consultas de dermatologia nos hospitais e ao tratamento de cancros diagnosticados.

A fiscalização dos solários vai ser reforçada, porque estes centros de bronzeamento artificial “ainda passam a ideia de uma coisa saudável, mas têm tempos prolongados e comprovadamente cancerígenos, explicou Osvaldo Correia, sublinhando que “o solário está para a pele como o tabaco está para o pulmão”.

O responsável lamenta, a este propósito, que a abolição dos solários seja reconhecida como indispensável na Austrália, mas que a Europa ainda esteja na restrição.

No dia 20 de Maio, Dia do Euromelanoma, para além das várias campanhas de sensibilização a desenvolver em pareceria com as autarquias, cerca de 40 serviços de dermatologia de todo o país vão realizar rastreios dos vários tipos de cancros de pele, dirigidos em particular a pessoas de risco.

Este grupo inclui pessoas de pele clara, adultos que sofreram queimaduras solares quando jovens, pessoas expostas ao sol, desde trabalhadores a desportistas, com antecedentes familiares de cancro de pele ou com sinais suspeitos.

Segundo Osvaldo Correia, estima-se que os cancros de pele vão continuar a aumentar e a previsão aponta para o surgimento de mais de 12 mil novos cancros de pele e mil novos casos de melanoma (a forma mais perigosa e mortal de cancro de pele) ao longo deste ano.

Em 2014 foram rastreadas 1.663 pessoas, a maioria mulheres, das quais apenas 32% já tinham efectuado anteriormente rastreio e 31% afirmaram ter actividade profissional ao ar livre.

Foi feito um diagnóstico clínico de sinais atípicos a 317 pessoas, das quais 112 possuíam queratoses actínicas (percursores potenciais de um tipo de cancro de pele), 16 apresentaram suspeita de melanoma e 73 suspeita de carcinomas.

Universidade de Toronto
Uma portuguesa, estudante internacional de Ciências Médicas no Canadá, foi distinguida com o “International Fee Differential...

O objectivo deste prémio é ajudar ao pagamento das propinas, que no caso de alunos estrangeiros são cerca de 20.000 dólares (14.765 mil euros) anuais.

"Esforcei-me imenso. É o reconhecimento do meu esforço. Desde que começaram as aulas (Setembro de 2014), até Abril, passei os fins de semana a estudar, além de durante a semana frequentar as aulas. Tive sempre a nota máxima (A +)", disse Carina Freitas, natural do Funchal.

Segundo uma nota da Universidade de Toronto, o Instituto de Ciências Médicas "valoriza a contribuição (de Carina Freitas) pela excelência académica", e acrescenta esperar por "futuras excelentes prestações".

Carina Freitas reconhece que o inverno "muito rigoroso" do Canadá foi a chave para o sucesso. "Ajudou a ficar mais tempo em casa a estudar", justificou. 

Em Portugal, Carina Freitas formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (1994-2000), fez o Internato Geral Médico no Centro Hospitalar do Funchal (2001-2002), especializou-se em Psiquiatria de Infância e da Adolescência no Hospital de Dona Estefânia (2003-Abril de 2008).

Entre Maio de 2008 e 2014 exerceu a actividade clínica no Serviço de Pedopsiquiatria no Hospital Nélio Mendonça, no Funchal, e actualmente encontra-se de licença sem vencimento. 

Além da Medicina, Carina Freitas tem outra paixão: a música. Além de cantora, também é compositora e desde muito cedo participou em vários festivais da canção, tendo lançado em 2006 "Alquimia", um álbum de pop-rock com temas originais.

Com um mestrado em Neurociências pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Carina Freitas tem um interesse particular em Neurociências da música:

"Quero juntar as três áreas de interesse, ou seja, as Neurociências, a Pedopsiquiatria e a música num projecto que estuda a percepção e a cognição musical das crianças com perturbações do espectro do autismo, utilizando técnicas modernas de neuroimagem", revelou. 

Segundo Carina Freitas, "a relevância do estudo é que vai permitir compreender como o cérebro das crianças autistas reage à música, ajudando a delinear novas intervenções terapêuticas como a musicoterapia".

Desde Setembro de 2014 no Canadá, em resultado do seu casamento, Carina Freitas está satisfeita com a experiência e o objectivo agora passa por uma maior integração com a comunidade portuguesa em Toronto.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, mostrou-se preocupado com a baixa taxa de natalidade em Portugal, sublinhando que o...

“A saúde não é o único factor que leva ao aumento da natalidade, mas tem um papel a cumprir e tem-no cumprido com diversas medidas e vamos continuar a desenvolver outras”, garantiu.

Paulo Macedo falava aos jornalistas no Centro de Ciência do Café, em Campo Maior (Portalegre), à margem da assinatura de um protocolo de cooperação para reestruturação do ambulatório do Hospital Santa Luzia de Elvas em Clínica de Alta Resolução, projecto que envolve um investimento de um milhão de euros.

Para combater a baixa taxa de natalidade, o governante recordou que o Ministério da Saúde tem desenvolvido várias medidas, destacando, em primeiro, a isenção de todos os jovens, até aos 18 anos, do pagamento de taxas moderadoras.

“É uma medida indirecta para a natalidade, para dar uma estabilidade às pessoas. Quem tem filhos até aos 18 anos está isento de taxas moderadoras”, disse.

“A medida que foi ontem (quinta-feira) divulgada de o Estado assumir gratuitamente, e inscrever no Plano Nacional de Vacinação a vacina antipneumocócica é outra medida indirecta de estímulo à natalidade, uma vez que estamos a tirar encargos familiares e o Estado está a assumi-los”, acrescentou.

Paulo Macedo apontou também o esforço que o Serviço Nacional de Saúde está a desenvolver no “aumento da oferta” na área da procriação medicamente assistida e a prioridade que foi criada nos centros de saúde para que todas as grávidas possam ter um médico de família.

“Há aqui um conjunto de medidas que não vão resolver o problema da natalidade, mas que contribuem decisivamente para as pessoas poderem encarar o aumento da sua família de uma maneira mais positiva”, considerou.

Paulo Macedo mostrou-se ainda satisfeito com o protocolo celebrado em Campo Maior, entre Unidade de Saúde Local do Norte Alentejano, os municípios de Arronches, Campo Maior, Elvas, Monforte, Sousel, Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa e a Coração Delta, Associação de Solidariedade Social.

Este protocolo, que visa a reestruturação da componente de ambulatório do Hospital de Santa Luzia de Elvas, vai assegurar às populações, pelo menos, a realização de cerca de 40 mil consultas hospitalares e mais de cinco mil exames especiais (dos quais 1.200 de gastrenterologia) e mais de duas mil cirurgias.

Este projecto conta com um investimento de um milhão de euros, desenvolvendo-se a sua execução em três fases ao longo de três anos.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou a revisão de segurança dos medicamentos contendo corticosteróides para inalação, com...

Os corticosteróides são uma classe de medicamentos que, quando usados por via inalatória, reduzem a inflamação nos pulmões facilitando a respiração. Estes medicamentos são utilizados no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), com recurso a dispositivos para inalação.

Esta revisão de segurança pretende avaliar o risco de desenvolvimento de pneumonia em doentes que estão em tratamento com estes medicamentos para a DPOC. Em Portugal, serão envolvidos nesta revisão os medicamentos autorizados contendo as substâncias activas budesonida e fluticasona com indicação no tratamento da DPOC e para uso pela via inalatória.

O risco de desenvolvimento de pneumonia foi identificado em 2007, após a publicação de um estudo que demonstrou que os doentes com DPOC em tratamento com fluticasona (corticosteróide usado por via inalatória) apresentavam um risco superior de desenvolver pneumonia em comparação com os doentes a usar placebo. Desde então, foram efectuados vários estudos com outros corticosteróides usados por via inalatória.

Até que esteja concluída a avaliação de todos os dados disponíveis, os doentes devem continuar a usar estes medicamentos de acordo com as indicações do seu médico, a quem devem recorrer em caso de dúvida.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou a revisão de segurança do medicamento Tysabri (natalizumab) indicado para o...

Esta revisão de segurança pretende avaliar se a informação de segurança disponibilizada aos profissionais de saúde e doentes com o objectivo de minimizar o risco conhecido de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) associado ao uso de Tysabri deve ser revista face aos novos dados científicos.

A LMP é uma infecção viral rara no cérebro causada pelo vírus John Cunningham e que pode causar incapacidade grave e morte.

O risco de desenvolvimento de LMP aumenta com o tempo de tratamento com Tysabri, sendo particularmente elevado em doentes em tratamento há mais de dois anos. Os doentes que antes do tratamento com Tysabri foram tratados com medicamentos imunossupressores ou que apresentam anticorpos contra o vírus causador da infecção têm também um risco superior de LMP.

Dados científicos recentes parecem indicar que os métodos usados para o cálculo do risco de LMP devem ser revistos e que a pesquisa de LMP em doentes sem sintomas deverá ser efectuada com uma frequência superior à actualmente recomendada. Existem também novos testes de diagnóstico disponíveis, pelo que é necessário avaliar se estes terão impacto nas orientações de prescrição actualmente existentes.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) irá avaliar os dados disponíveis para caracterizar melhor o risco da utilização do Tysabri, bem como identificar medidas adicionais para a sua redução.

Até que esteja concluída a avaliação de todos os dados disponíveis, os doentes devem continuar a tomar este medicamento de acordo com as indicações do seu médico, a quem devem recorrer em caso de dúvida.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Acção judicial
Um homem que recebeu uma prótese da anca alegadamente defeituosa avançou com uma acção judicial na Comarca de Aveiro contra a...

Na acção, o homem, residente na Gafanha da Boa Hora, no concelho de Vagos, reclama uma indemnização de cerca de 157 mil euros pelos danos sofridos.

A prótese da anca ASR foi implantada em Fevereiro de 2009, no Hospital de Coimbra, e cinco meses depois, o doente começou a sentir "efeitos nefastos", nomeadamente "limitações no movimento e dificuldades acrescidas nas coisas mais simples como caminhar".

Com o passar do tempo, o autor diz que a situação agravou-se e veio a sofrer de "dores fortes localizadas", até ter sido submetido a uma segunda cirurgia para substituição da prótese, em Março de 2011.

O paciente diz que sofreu danos durante mais de dois anos, o que lhe causou um "enorme sofrimento" e refere que os factos ocorreram por culpa das rés, porque fabricaram e colocaram no mercado "um produto defeituoso".

As duas empresas contestaram a acção e defendem que o direito ao ressarcimento já caducou, porque passaram mais de 10 anos sobre a data em que o produto foi posto a circular.

Na contestação, as empresas rejeitam ainda a existência de qualquer defeito no produto, adiantando que as eventuais complicações "sempre foram indicadas como riscos intrínsecos à intervenção cirúrgica em causa".

Em Setembro de 2010, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), emitiu uma circular que aconselhava os portugueses com as próteses da anca fabricadas pela DePuy a marcar uma consulta de seguimento com o seu médico ou cirurgião, para uma avaliação do funcionamento do implante.

Na nota, o Infarmed dizia que o fabricante se encontrava a proceder à "recolha voluntária de todos os lotes destes dispositivos", acrescentando que foi no âmbito do sistema de vigilância pós-comercialização que a empresa verificou que aqueles implantes da anca "apresentavam uma necessidade de revisão superior à esperada".

"Os motivos para a cirurgia de revisão incluem descolamento e mau alinhamento dos componentes, infecções, fractura óssea, luxação, sensibilidade ao metal e dor", adianta o Infarmed.

A partir de Junho
A partir de 1 de Junho, e durante um mês, os investigadores podem candidatar-se ao Fundo para Investigação em Saúde que conta...

Este Fundo destina-se ao financiamento de actividades e projectos de investigação dirigidos para a protecção, promoção e melhoria da saúde das pessoas.

Serão seleccionados projectos de investigação em saúde pública e serviços de saúde. Designadamente nas intervenções preventivas e terapêuticas, nas áreas das doenças oncológicas, diabetes e doenças cérebro-cardiovasculares.

Ao fundo podem candidatar-se equipas de investigação ou investigadores integrados em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou em outras instituições e serviços dependentes do Ministério da Saúde.

O Infarmed disponibiliza um site próprio, através do qual os candidatos podem apresentar as suas candidaturas entre 1 e 30 de Junho deste ano.

O limite máximo de financiamento por projecto é de 130 mil euros.

Este fundo foi anunciado em Fevereiro de 2013 pelo secretário de Estado e Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, que na altura disse que o objectivo do mesmo é “evitar que a investigação fique dependente do dinheiro que não é gasto nos programas assistenciais”.

Segundo especialista
Um em cada quatro portugueses sofrerá de urticária e, destes, cerca de um quarto desenvolverá a forma crónica de uma doença que...

Patrícia Vicente é uma destas doentes e tem como projecto a criação de uma associação que ajude a desmistificar esta patologia e ajudar doentes, familiares e amigos.

A médica Célia Costa, do Hospital de Santa Maria, explicou que, apesar de não existirem dados específicos sobre a população portuguesa, é possível transpor para Portugal os dados conhecidos sobre a população mundial.

Segundo a especialista, a urticária crónica grave tem um impacto “significativamente negativo” na qualidade de vida dos doentes, porque afecta a sua imagem devido às lesões na pele que, por vezes, são confundidas com uma doença infecciosa ou contagiosa.

Esta situação leva a que os doentes se isolem, porque têm vergonha de se expor aos outros. Os efeitos negativos incluem também a privação do sono e comorbilidades ou desordens psicológicas, como depressão e ansiedade.

“Os sintomas (comichão forte e contínua) são irritantes, com agravamento durante a noite, o que interfere na qualidade do sono”, explicou a médica, adiantando que o facto de a pessoa não dormir bem tem “repercussões na vida social, na capacidade de concentração, na ‘performance’ laboral e na disponibilidade em estar com os outros”.

Na página de Facebook “Urticária Crónica Portugal”, criada por Patrícia Vicente, os visitantes podem partilhar a sua experiência e conhecer outras pessoas com o mesmo problema.

“A ideia surgiu de não haver contacto com os doentes e não nos conhecermos, a não ser um ou outro que faça tratamento em conjunto”, contou Patrícia, que conheceu o seu diagnóstico há quatro anos, quando tinha 30 anos.

O diagnóstico não foi fácil de descobrir e a informação sobre a doença é “muito escassa”, disse Patrícia Vicente, contando que ”os sintomas são muitos parecidos com uma urticária” provocada por uma picada de insecto ou por um alimento que provocou alergia.

“A diferença é que dura, dura e dura”, comentou a doente, apelando às pessoas para procurarem um alergologista quando a comichão que sentem não diminui com um anti-histamínico.

Para Célia Costa, “faz todo o sentido” haver uma associação que represente os doentes e divulgue a doença.

“É óbvio que a urticária crónica não tem um elevado índice de mortalidade, mas tem um elevado índice de morbilidade”, disse a médica, sublinhando que “há doentes que têm urticária crónica durante 20 anos”.

“Muitas vezes, estes doentes têm medo que a doença possa ser um tumor, algo mais grave e, como não são tratados adequadamente, consomem muitos recursos humanos e económicos”.

Isto porque recorrem “a vários especialistas, a vários médicos, a vários serviços de urgência e mudam várias vezes de tratamentos”, até ser feito o diagnóstico correcto, explicou Célia Costa.

Para a médica, é preciso alertar outros clínicos para a necessidade de referenciar estes doentes e de os encaminhar para um especialista, de modo a que sejam tratados adequadamente, permitindo “melhorar não só a [sua] qualidade de vida”, “mas também diminuir” a mobilização de “recursos humanos e económicos”.

Infarmed
Os medicamentos contendo Omeprazol disponibilizados em Portugal estão conforme as especificações descritas nos respectivos...

As análises efectuadas pelo Laboratório do Infarmed incidiram nos 38 medicamentos com Omeprazol (genéricos e de marca), actualmente disponíveis no mercado português. Foram testadas 34 amostras de cápsulas gastroresistentes e quatro amostras de pó e solvente para solução injectável.

Este estudo insere-se no plano anual de monitorização da qualidade dos medicamentos, que é uma das competências legais do Infarmed. Para esse efeito, o Infarmed dispõe de um laboratório que participa na rede europeia de Laboratórios Oficiais de Controlo de Medicamentos (OMCL – Official Medicines Control Laboratories), enquanto laboratório de referência para a comprovação da qualidade de medicamentos.

O Omeprazol pertence a um grupo de medicamentos chamados “inibidores da bomba de protões”, os quais actuam reduzindo a quantidade de ácido que é produzida pelo estômago. São utilizados para o tratamento dos sintomas de refluxo, nomeadamente azia e regurgitação ácida e algumas outras patologias do foro gástrico. É a sexta substância farmacológica (DCI) com maior número de embalagens dispensadas em Portugal.

Demências e toxicodependências
A Santa Casa da Misericórdia do Porto inaugurou no centro hospitalar Conde de Ferreira uma nova unidade vocacionada para o...

Este novo Centro de Emergência tem capacidade para acolher dez utentes “referenciados pela Segurança Social” com problemas de saúde mental e/ou várias dependências, afirmou o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares.

Segundo o provedor, com o centro é possível “evitar que estes doentes fiquem misturados com população que tem problemas meramente sociais”.

“A ideia é que as pessoas fiquem recolhidas” no centro por um período de três dias, que poderá estender-se por mais 72 horas, no qual “é feito um diagnóstico e um levantamento da sua situação social”, explicou Tavares.

O provedor acrescentou que, após este período e “preparado um projecto de solução”, o utente pode, por exemplo, ser encaminhamento para internamento numa unidade de saúde.

“Há um caminho com o Centro de Alojamento Social [criado em Junho de 2013 no âmbito de uma parceria entre a SCMP e a Segurança Social] que tem hoje aqui uma componente de uma certa especialidade”, disse António Tavares.

Presente na cerimónia de inauguração, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, destacou a “capacidade da SCMP em inovar nas respostas sociais que desenvolve”, classificando este centro como “mais um passo na inovação”.

Para Agostinho Branquinho, as instituições “não podem estar na sua zona de conforto”.

“Ou percebem que os tempos são de mudança acelerada, tendo noção de que são sustentáveis financeiramente, ou vão desaparecer”, afirmou o membro do Governo.

O Centro de Emergência está já em funcionamento, tendo actualmente dois utentes.

O Centro Hospitalar Conde de Ferreira, da SCMP, é uma unidade assistencial de referência na área da saúde mental.

Direcção-Geral da Saúde
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal recebeu, pela Direcção-Geral da Saúde, a distinção de “Parceiro 2014” devido...

Fundada em 1926, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) prossegue, desde a sua fundação, a Luta Contra a Diabetes. Sendo a Associação de diabetes mais antiga do mundo, é pioneira na Educação Terapêutica, pautando-se ao longo da sua existência pela exigente preparação da pessoa com diabetes, transmitindo-lhes conhecimentos, preparando-os para a sua autovigilância por forma a gerir melhor a sua doença.

Conhecida pela sua estrutura, é hoje uma instituição moderna baseada em quatro eixos funcionais estratégicos: o Associativo, a Clínica de Diabetes, a Escola da Diabetes e o Centro de Investigação.

No seguimento da sua vasta experiência, a APDP foi declarada, no passado dia 30 de Abril, no âmbito da Conferência “Governação em Saúde – Uma abordagem de acordo com a Estratégia Health 2020”, “Parceiro 2014” devido à estreita colaboração na implementação do Plano Nacional de Saúde (PNS) para 2012-2016.

O PNS 2012-2016 tem como visão – maximizar os ganhos em saúde da população através do alinhamento e integração de esforços sustentados de todos os sectores da sociedade, com foco no acesso, qualidade, políticas saudáveis e cidadania.

Os objectivos para o Sistema de Saúde passam por: obter Ganhos em Saúde, promover Contextos Saudáveis ao Longo da Vida; reforçar o Suporte Social e Económico na Saúde e na Doença e Fortalecer a Participação de Portugal na Saúde Global. 

Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros lança dia 12 um concurso de fotografia dirigido aos seus membros com...

Intitulado “O Acto da Enfermagem”, pretende incentivar à prática da arte fotográfica e divulgar talentos entre as enfermeiras e os enfermeiros.

O prazo para a recepção dos trabalhos começa a 12 de Maio, Dia Internacional do Enfermeiro, data que recorda o nascimento, a 1820, de Florence Nightingale, enfermeira britânica considerada a fundadora da enfermagem moderna.

A divulgação dos trabalhos vencedores acontecerá a 12 de Maio do ano seguinte, altura em que será lançada nova edição do concurso.

Com este concurso, a Secção Regional do Centro (SRC) pretende igualmente mostrar à sociedade visões da Enfermagem captadas pelos próprios protagonistas do acto de cuidar dos cidadãos.

A Enfermeira e o Enfermeiro são o profissional de saúde que está em permanência nas mais diversas instituições de saúde, públicas, privadas e do sector social. Estão presentes 24 horas por dia e 365 dias por ano a cuidar do cidadão.

No entanto, o real papel do enfermeiro no Sistema Nacional de Saúde e na vida de cada pessoa ainda não é devidamente percepcionado pela opinião pública.

Através da divulgação de imagens do “Acto da Enfermagem”, a Secção Regional do Centro pretende contribuir para o reforço da imagem social da Enfermeira e do Enfermeiro na nobre actividade de cuidar de quem necessita.

Os interessados submeterão os trabalhos a concurso numa plataforma própria no site da SRC, onde será aferida a sua legitimidade de participação, bem como solicitada declaração da condição de inédito, da autoria do trabalho, da data e local de captação da imagem, bem como do respeito pelos direitos de imagem de eventuais retratados.

O vencedor absoluto do concurso é escolhido por um júri constituído pela presidente do Conselho Directivo Regional, um membro do Gabinete de Comunicação e Imagem da SRC, e dois elementos externos à Ordem dos Enfermeiros.

Inscritos na SRC encontram-se cerca de 14 mil enfermeiros.

Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas saudou a inclusão da vacina Prevenar no Plano Nacional de Vacinação, considerando...

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) sublinha, em comunicado, que “foi com satisfação” que recebeu a notícia da inclusão da Prevenar no Programa Nacional de Vacinação (PNV), que será administrada gratuitamente a todas as crianças nascidas depois de 1 de Janeiro de 2015.

A associação lembra que tem insistido na necessidade do alargamento do PNV, sobretudo em relação “a vacinas amplamente recomendadas pelos pediatras – como a Prevenar, a Rotatek (rota-vírus-diarreia) e Bexsero (meningite B)”.

Para as famílias numerosas, não incluir estas vacinas no Plano Nacional de Vacinação “significa, na prática, a impossibilidade da sua administração às crianças”.

A APFN considera ainda que “a abrangência da Prevenar no PNV vem reduzir, no seu âmbito, as dificuldades acrescidas que as famílias numerosas sentem no acesso à saúde”.

A vacina Prevenar previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras.

Além das crianças, a Prevenar 13 será igualmente gratuita para os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão.

Para a restante população, nomeadamente os adultos e as crianças nascidas antes de 1 de Janeiro deste ano, o Estado vai comparticipar 15% do custo da vacina.

O programa será operacionalizado a partir de 1 de Junho, uma data escolhida pelo simbolismo de ser o Dia Mundial da Saúde, disse na quinta-feira o director-geral da Saúde.

Associação Amigos dos Queimados
A Associação Amigos dos Queimados quer que as pessoas queimadas com gravidade tenham direito ao estatuto de doentes crónico,...

Este é o objectivo principal do IX Congresso Nacional dos Queimados, que decorre na próxima semana em Troia.

Em declarações, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Celso Cruzeiro, frisou que o doente queimado grave fica com sequelas permanentes e necessita de um acompanhamento para toda a vida.

O estatuto reivindicado para os queimados graves protege o doente crónico, dando-lhe isenção de taxas moderadoras e comparticipação em medicamentos.

Aliás, o médico Celso Cruzeiro lembrou que os medicamentos e cremes para os doentes queimados não têm qualquer comparticipação, apesar de serem necessários, muitas vezes, para o resto das suas vidas.

O presidente da Sociedade de Cirurgia Plástica, e também presidente da Associação Amigos dos Queimados, frisou também que as queimaduras “representam sempre um traumatismo muito grave do ponto de vista psicológico”.

“Uma queimadura na face pode, por vezes, não ser muito grava do ponto de vista do risco de vida, mas é necessariamente uma queimadura grave do ponto de vista social e psicológico”, declarou.

Como o argumento para a causa da atribuição do estatuto de doente crónico, Celso Cruzeiro defende que muitos dos doentes queimados pertencem a classes sociais desfavorecidas, dado que são pessoas que se queimam em casa por falta de condições de habitabilidade e aquecimento.

A estes casos juntam-se os dos acidentes de trabalho ou domésticos. Em casa, as queimaduras atingem sobretudo crianças e idosos.

“Ainda nos chegam muitos casos de crianças queimadas com água do banho. E também as cozinhas continuam a ser lugares com vários acidentes com crianças”, referiu Celso Cruzeiro.

No total, o médico refere que há mais de mil internamentos por ano nas unidades de queimados dos hospitais portugueses, estimando que no total se registem cerca de dois mil casos.

Projecto “Peregrino”
Iniciativa solidária dirigida à comunidade pretende aliar a inovação, a formação e a realização de estudos de investigação em...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) acaba de criar um projecto de prestação de serviços à comunidade, que associa cuidados de saúde aos peregrinos de Fátima, formação, investigação e inovação.

“Peregrino” é o nome deste projecto, resultante de uma parceria com o Movimento de Mensagem de Fátima de Coimbra, que visa proporcionar cuidados de saúde (primeiros socorros e suporte básico de vida) aos viajantes em romaria ao Santuário da Cova da Iria, mas também desenvolver estudos de investigação no âmbito do apoio à peregrinação, formando estudantes para poderem intervir nesta iniciativa.

As intervenções, circunscritas às peregrinações de Maio e de Outubro (durante os cinco dias que antecedem as datas das aparições marianas), asseguram cuidados de Enfermagem aos peregrinos durante 16 horas diárias (das 8h00 às 24h00), prestados por estudantes sob supervisão de docentes da ESEnfC e de enfermeiros que colaboram com as entidades parceiras.

Numa primeira fase, as equipas formadas por estudantes/docentes da ESEnfC – o projecto conta com 70 estudantes inscritos e com a colaboração de dez docentes – vão integrar um dispositivo implementado por outras entidades.

Assim, as equipas da ESEnfC estão desde ontem (dia 7), e até ao dia 11 de Maio, em dois pontos de apoio: um em Condeixa-a-Nova (entre as 8h00 e as 24h00), numa parceria com o Movimento de Mensagem de Fátima; outro em Redinha (apenas nos dias 9 e 10 de Maio, e das 10h00 às 17h00), numa parceria com a Linde HealthCare.

No âmbito da vertente de investigação que complementará as intervenções realizadas, o projecto Peregrino será inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E), acolhida pela ESEnfC, como projecto de investigação associado à linha de investigação Bem-Estar, Saúde e Doença.

Numa primeira fase, os professores/investigadores da ESEnfC pretendem fazer a caracterização sociodemográfica e clínica dos peregrinos, descrever as necessidades em cuidados apresentadas pelos peregrinos e avaliar a satisfação com os serviços prestados durante a peregrinação.

“Estão assim criadas as condições para que a ESEnfC possa continuar a promover a inovação em Enfermagem, para responder às necessidades resultantes de manifestações sociais, prestando serviços à comunidade, baseados em evidências científicas, que incluam a consultadoria, a formação, investigação e empreendedorismo, em articulação e complementaridade com outras entidades”, considera a coordenação do projecto Peregrino, composta pelos professores Luís Paiva, Rui Gonçalves e Verónica Coutinho.

A formação dos estudantes que participam nestas intervenções decorre de uma parceria entre os formadores do Movimento de Mensagem de Fátima, a coordenação do projecto “Peregrino” e o Grupo de Projecto de Formação Assessoria e Investigação em Reanimação (GPFAIR), instalado na ESEnfC.

Ébola
Vírus do Ébola descoberto agora no olho de um médico que tinha sido infectado na Serra Leoa e declarado curado da doença há...

Trata-se do médico norte-americano Ian Crozier, de 43 anos, que tinha sido declarado infectado pelo Ébola em Setembro de 2014, quando estava a trabalhar para a Organização Mundial da Saúde (OMS) na Serra Leoa.

O médico foi repatriado para os Estados Unidos, onde foi tratado no Hospital Emory, em Atlanta (Geórgia), numa unidade especial.

Ian Crozier teve alta em Outubro e desde então não teve mais sinais do vírus.

Mas, dois meses mais tarde, teve uma inflamação no olho esquerdo, no qual foi detectada pressão intraocular bastante elevada, provocando inchaço e graves problemas de visão.

O médico regressou ao mesmo hospital, onde o oftalmologista Steven Yeh detectou a presença do vírus na análise do fluído recolhido na câmara anterior do olho. Todavia, o vírus não foi detectado nas lágrimas e fora dos tecidos oculares.

Ele não apresentava perigo de infecção para os outros. Mas, sublinhou Yeh, este caso demonstra que os sobreviventes da infecção devem ser seguidos para verificar uma possível contaminação ocular.

Esta infecção provocou uma uveíte, uma inflamação do interior do olho.

Na sequência de uma perda importante da visão, a íris do olho mudou de cor, passando de azul a verde, dez dias depois do início dos sintomas.

Após tratamento intensivo com diferentes medicamentos, incluindo um corticosteroide, o médico começou a recuperar a visão perdida, mas não a recuperou totalmente até à data. O olho recuperou entretanto a cor normal.

Casos de uveíte já tinham sido relatados em sobreviventes de epidemias anteriores de Ébola, dizem os autores do estudo no New England Journal of Medicine. Mas estes casos foram raros.

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