Ordens profissionais querem
O Fórum Regional do Centro das Ordens Profissionais comemora, a partir de quarta-feira, o Ano Europeu para o Desenvolvimento,...

Nos próximos meses, as ordens profissionais que integram o Fórum Regional do Centro das Ordens Profissionais (FORCOP) realizarão debates públicos, locais e regionais, com o objetivo de fomentar um “mais profundo pensamento crítico” nesta área, tal como é proposto pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que coordena as iniciativas do Ano Europeu para o Desenvolvimento (AED) em Portugal.

Segundo o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) e da Comissão Permanente do FORCOP, Carlos Cortes, pretende-se que esta comemoração constitua “um ato de civismo participativo”, em diferentes cidades, que permita a elaboração de um relatório que será discutido no “Fórum Global sobre o Desenvolvimento – O Mundo do Progresso”, a realizar nos dias 04 e 05 de dezembro, em local a definir.

O FORCOP encara o Ano Europeu para o Desenvolvimento como “um ato de esperança pelas populações que sofrem” noutras regiões do mundo, enfatizou, dando o exemplo atual das vítimas dos abalos sísmicos no Nepal.

As ações de sensibilização e debate a organizar em seis cidades abrangem temas como saúde e segurança alimentar (Covilhã), educação (Aveiro), migrações e democracia (Coimbra), desenvolvimento e crescimento sustentável (Viseu), direitos humanos (Leiria), igualdade de género (Guarda) e ajuda humanitária, paz e segurança (Castelo Branco).

“Queremos um mundo mais sustentável e mais pacífico”, disse Hernâni Caniço, presidente da Saúde em Portugal, organização não-governamental (ONG) representada na conferência de imprensa, na sede da SRCOM, em que foi divulgado o programa provisório das comemorações regionais do AED.

Este médico deu o exemplo da “crise humanitária do Mediterrâneo”, com a imigração e tráfico de seres humanos, tendo morrido milhares de pessoas nos últimos anos, em naufrágios de embarcações no mar.

Na sua opinião, a imigração legal “é essencial para o crescimento económico da Europa”, sendo necessário “que os decisores políticos assumam as suas responsabilidades”.

“Enquanto se achar que o mercado funciona em roda livre, não vai haver desenvolvimento” e a União Europeia continuará a ser “uma união de interesses económicos”, criticou, por seu turno, Amaro Jorge, presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados.

Pedro Cruz, da Plataforma Portuguesa das ONG para o Desenvolvimento, defendeu que a política de cooperação “tem de ser acompanhada” pelos Estados com outras medidas concretas, “ligando realidades”, para que “não seja posta em causa” a ajuda pública para o desenvolvimento.

Estiveram ainda presentes no encontro com os jornalistas representantes das restantes ordens que integram o FORCOP.

Entre quarta e sexta-feira, a Plataforma Portuguesa das ONG para o Desenvolvimento realiza sessões de esclarecimento em escolas de Coimbra, além de promover na cidade o Fórum de Gestão para o Voluntariado na Cooperação e a exibição do filme “Mulheres Africanas”, no Teatro da Cerca de São Bernardo.

Até março
A Luz Saúde aumentou em 14,9% os seus lucros no primeiro trimestre, passando de 4,6 milhões de euros entre janeiro e março de...

Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a entidade frisa que à subida dos lucros junta-se o aumento dos rendimentos operacionais consolidados em 5,3% face aos primeiros três meses de 2014, para 107,1 milhões de euros

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, deduções e amortizações) manteve-se inalterado nos 15,4 milhões de euros.

Entre janeiro e fevereiro houve um investimento total de 3,9 milhões de euros, dos quais dois milhões "representam investimento de expansão de capacidade, nomeadamente, no Hospital da Luz (finalização das obras de expansão do parque de estacionamento) e na Clínica de Oeiras (conclusão da aquisição do terreno para construção de área de expansão)".

A empresa, antiga Espírito Santo Saúde, teve um resultado líquido de 18,1 milhões de euros em 2014, um crescimento de 29% face ao ano anterior.

A partir do próximo ano
A partir de 2016 o cancro da pele vai passar a ser doença de notificação obrigatória, medida que será estendida aos outros...

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, durante a apresentação do plano nacional de combate ao cancro da pele, promovida pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC).

Segundo Francisco George, o cancro da pele será a primeira das doenças a ser incluída em 2016 no sistema de doenças de notificação obrigatória.

Isto já era feito para as doenças transmissíveis, agora será alargado às doenças não transmissíveis, a começar pelo cancro, disse.

“Nós vamos introduzir para os cancros da pele um novo sistema que chamamos de SINAVE [Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica], que é o sistema que está concebido para notificar doenças de uma lista que são de carácter obrigatório, isto é, que os médicos têm que notificar”, afirmou.

Trata-se de uma plataforma eletrónica, na qual vão ser incluídos os laboratórios de anatomia patológica, que recebem as amostras que são colhidas para diagnóstico laboratorial.

Assim, a partir do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a receber as notificações diretamente a partir dos laboratórios de anatomia patológica no que diz respeito ao cancro cutâneo, para se ficar a conhecer “de maneira muito rápida a evolução em termos quantitativos do cancro da pele que é diagnosticado, mas também da natureza desse diagnóstico, que tipo de cancro é”.

“Temos ideia de que está a aumentar, sabemos muito bem que essa relação é comprovada com a exposição ao sol, aos raios ultra violeta, mas agora vamos, logo que o diagnóstico seja feito, receber essas informações”, acrescentou o responsável.

Para Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC, esta é uma das “medidas mais importantes”, na medida em que servirá para conhecer a realidade nacional.

“Só assim conseguimos saber o que temos de cancro de pele, que gravidade é que temos e onde estão. Se tivermos essa fonte de informação, as estruturas governamentais podem dotar os serviços de recursos humanos, de recursos técnicos e de fontes de financiamento que permitam a acessibilidade real das pessoas”, sublinhou.

Para a APCC, saber a “realidade dos números e onde é que eles estão” é uma medida “urgente”, mas Osvaldo Correia acredita que a Direção-geral da Saúde (DGS), juntamente com as entidades governamentais, irão criar condições para que a medida seja rapidamente posta em prática, até porque “há vontade politica de todos os grupos partidários”, o que dá “alguma garantia da sustentabilidade deste tipo de plano estratégico”.

Quanto à data apontada pelo diretor-geral da Saúde, Osvaldo Correia disse que “gostaria que fosse 1 de janeiro de 2016, para que no dia 31 de dezembro de 2016” existissem os números reais e se pudesse já falar de 2017.

Quanto ao reforço de recursos humanos apontado como necessário, o responsável disse desejar que “as pessoas que são de risco possam, no médico de família, fazer rastreios seletivos e que essas pessoas, que têm mais risco e em que há dúvidas, tenham privilégio, prioridade, linha verde para entrarem nos centos de dermatologia e não estarem ocupados com outras situações que não são tao prementes”.

Osvaldo Correia acredita que este “fluxograma de prioridades” e as novas tecnologias irão permitir a acessibilidade mais rápida dos utentes aos centros.

Mas “é preciso mais profissionais nesta área nos serviços públicos e era importante que as autoridades criassem condições de formação, de especialização, para dotar as pessoas dos especialistas que permitirão melhor acuidade de diagnóstico, ou seja, mais assertivos para que o diagnóstico e tratamento sejam mais eficazes”.

Além destas medidas de agilização do atendimento destes doentes nos serviços públicos e do levantamento real dos números e tipos e cancro, os responsáveis sublinham a necessidade de atuar no campo da prevenção, o que será mais eficaz se as mudanças comportamentais forem incutidas desde a infância.

Francisco George considera que o Ministério da Educação e todos os responsáveis pelos currículos e manuais escolares têm que colaborar no sentido de transmitir estas informações a todos os alunos do país, a começar no pré-escolar, “porque é um processo difícil mudar comportamentos”.

“É preciso fazer mais, estamos preocupados com este aumento do cancro da pele. Agora nos fins de semana que se avizinham vamos ver as praias à hora de almoço”, acrescentou.

Pessoas com diabetes tipo 1
A prática clínica demonstra que o cálculo das doses de insulina rápida/ultrarrápida por parte das pessoas com diabetes tipo 1...

Calcular a dose de insulina rápida antes das refeições é necessário para garantir que o valor de glicemia após a ingestão de alimentos se situa em níveis adequados, sem ser demasiado alto ou demasiado baixo.

Contudo, a necessidade frequente deste cálculo pode traduzir-se numa tendência para repetir as mesmas refeições de forma a manter a mesma dose de insulina rápida. Para além disso, é frequentemente encarado como uma tarefa complexa e demorada. As pessoas com diabetes tipo 1 acabam por basear-se em estimativas empíricas, o que pode comprometer os seus objetivos terapêuticos.

Atualmente existem sistemas de cálculo de insulina rápida integrados em medidores de glicemia que facilitam a gestão da diabetes simplificando o processo de determinação da dose correta de insulina rápida.

De acordo com o Dr. Bruno Almeida, médico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), “a utilização destes calculadores de dose de insulina veio promover a melhoria da adesão na administração desta terapêutica, simplificando a vida dos jovens e permitindo disponibilizar tempo para as múltiplas atividades que fazem no seu dia-a-dia. Possibilitou também um melhor ajuste das doses de insulina rápida/ultrarrápida a administrar aquando da prática de exercício físico ou nas situações de doença aguda”.

A diabetes tipo 1 é geralmente diagnosticada em crianças e jovens adultos, embora possa manifestar-se em qualquer idade. A doença ocorre quando o sistema imunitário destrói as células que produzem insulina e o pâncreas passa a produzir muito pouca, ou até nenhuma, quantidade desta hormona. Para simular o correto funcionamento do pâncreas, as pessoas com diabetes tipo 1 devem realizar um tratamento diário com múltiplas doses de insulina.

­De acordo com o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes 2014, estima-se que existam cerca 60.000 pessoas com diabetes tipo 1 em Portugal, aproximadamente 3.000 com idades compreendidas entre os 0 e os 19 anos.

Encontro para um Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva
A Associação para o Planeamento da Família promove o “Encontro para um Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva”, onde...

As conclusões deste encontro, que se realiza no dia 16 de maio em Moscavide, visam contribuir para a criação de um instrumento específico sobre SSR, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, e serão tornadas públicas com o propósito de influenciarem os programas dos partidos políticos candidatos às eleições legislativas 2015.

O período eleitoral apresenta-se um contexto favorável à revisão e otimização das políticas públicas de saúde, quer por permitir o debate em torno de temas chave como é o caso da Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR), quer por viabilizar a sua abordagem nos programas dos partidos que virão a ser responsáveis pelo novo ciclo governativo. É neste contexto e na prossecução de mais de quatro décadas de atividade em prol da saúde, educação e direitos dos portugueses, que a Associação para o Planeamento da Família (APF) convoca agentes da sociedade civil com atuação relevante na área da saúde para um encontro intensivo de reflexão, análise e atualização da situação da SSR em Portugal.

O Encontro para um Programa Nacional de SSR pretende contribuir para a criação de um instrumento específico de planeamento nesta área e no âmbito do Plano Nacional de Saúde 2012-2016. Para tal, a APF envolveu peritos, investigadores, técnicos e profissionais de saúde, para um encontro que irá debruçar-se sobre os seguintes sete temas, que foram identificados como prioritários no plano de futuras políticas públicas de SSR:

  • Acesso à contraceção e gravidez indesejada
  • Conceção e parentalidade
  • Interrupção voluntária da gravidez (IVG)
  • Infeções sexualmente transmitidas (ISTs)
  • Acesso aos cuidados de terapia sexual
  • Violência de género e práticas tradicionais nefastas
  • Saúde Sexual e Reprodutiva dos jovens

O encontro realiza-se no dia 16 de maio, a partir das 10h, no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) Rua de Moscavide, lote 47101 - Parque EXPO. Miguel Vale de Almeida, Antropólogo, investigador e professor associado do ISCTE, e Ana Campos, Diretora do serviço de obstetrícia MAC, serão os oradores responsáveis pela conferência “Direitos e a Saúde Sexual e Reprodutiva em Portugal - para um início de conversa”, dedicada ao enquadramento dos objetivos do encontro e dos temas foco de sete grupos de trabalho, constituídos por peritos e profissionais especialmente convidados pela organização para abordarem as áreas prioritárias da SSR. As sessões temáticas decorrerão em privado e cada um dos grupos de trabalho será formado por um redator, dois facilitadores e cerca de seis participantes, entre os quais peritos e colaboradores da APF, Sociedade Portuguesa da Contraceção (SPDC), Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC) e União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).

ESEnfC organiza
Iniciativa, nos próximos dias 14 e 15 de maio, pretende divulgar projetos e resultados de pesquisa. Evento assinala, ainda, o...

A saúde familiar e comunitária é o grande tema de um congresso internacional que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, já nos dias 14 e 15 de maio, e ao qual associa a comemoração do “VII Encontro do Dia Internacional da Família”.

A saúde escolar, as famílias com jovens (riscos e desafios), as intervenções no âmbito das Unidades de Cuidados na Comunidade e a formação e investigação em Enfermagem de Família são alguns dos assuntos em debate neste encontro, cuja cerimónia de abertura está marcada para as 10h00 (do dia 14), no Polo A da ESEnfC (Avenida Bissaya Barreto, em Celas).

Mais de 400 pessoas estão já inscritas no “I Congresso Internacional de Saúde Familiar e Comunitária”, que tem por objetivos divulgar projetos e resultados de pesquisa nestas áreas de atuação, aproximando parceiros de diferentes países para refletirem sobre experiências profissionais.

Profissionais da Direção-Geral da Saúde, representantes da Ordem dos Enfermeiros e dos centros de saúde, professores de Enfermagem e médicos especialistas compõem a equipa de preletores nacionais e estrangeiros, provenientes de Espanha e do Brasil.

Os determinantes da saúde, a promoção da saúde, a educação para a saúde, a saúde familiar, as questões éticas e deontológicas, a intervenção comunitária, a saúde ocupacional e o envelhecimento ativo serão outras questões analisadas, através de comunicações livres.

Após a sessão de abertura, caberá ao professor universitário e médico especialista em Psiquiatria, Jesus Cartelle (chefe do Serviço de Toxicodependência de Riviera, na região espanhola de Corunha), proferir a conferência “Intervenção comunitária multidimensional: uma experiência internacional”.

No dia 15 de maio, pelas 16h30, têm lugar as comemorações do “VII Encontro do Dia Internacional da Família” na ESEnfC, assinaladas com a comunicação “Autoeficácia do enfermeiro para o relacionamento com a família”, da responsabilidade da professora de Enfermagem da Universidade de São Paulo (Brasil), Margareth Ângelo.

"A saúde duma comunidade resulta do seu desenvolvimento, ou seja, são as comunidades que, por sua iniciativa, responsabilidade e controlo dos serviços e organizações podem melhorar as respetivas condições de saúde", considera a Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem de Saúde Públia, Familiar e Comunitária, da ESEnfC, que organiza o evento.

Mais informações sobre o programa do Congresso podem ser obtidas no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/congressosfc.

Governo informa
O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, disse hoje que o território vai precisar de 2.640...

“Está previsto que serão necessários nos próximos cinco anos cerca de 480 médicos, 1.700 enfermeiros, 120 farmacêuticos, 200 técnicos superiores de saúde, 140 técnicos de diagnóstico e terapêutica, num total de 2.640 profissionais de saúde”, afirmou Alexis Tam na Assembleia Legislativa.

Além disso, referiu que o recrutamento previsto para este ano de 529 trabalhadores, incluindo profissionais de saúde (70%) e administrativos, já foi iniciado.

Segundo Alexis Tam, em 2014, os Serviços de Saúde tinham mais de 3.400 trabalhadores, ou mais 7,8% em relação a 2013, com cerca de 460 médicos e 1.200 enfermeiros.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura respondia ao deputado Zheng Anting, reconhecendo que “há insuficiência de recursos humanos no hospital público” e que perante o aumento da população – (no final de março estimada em 640.700 pessoas) – e visitantes (31,5 milhões em 2014) – havia “necessidade de continuar a contratar” pessoal médico.

Alexis Tam prometeu em dezembro, aquando da sua tomada de posse, fazer dos próximos cinco anos “a era mais brilhante da saúde” em Macau.

Em janeiro deste ano, o governo lançou subsídios para grupos de utentes poderem aceder a serviços médicos em instituições privadas e uma aplicação de telemóvel para permitir saber o número de pessoas à espera de consulta médica, com vista a aliviar a pressão nos serviços de urgência, do Hospital Conde de S. Januário (público).

Mas a utilidade desta aplicação foi questionada pelo deputado Zheng Anting, que apontou que a mesma só mostra quantas pessoas estão à espera e não quantos médicos estão de serviço.

“Com um período de espera superior a duas horas e meia, podemos ficar a saber que a situação da falta de médicos é grave”, afirmou.

Alexis Tam disse que em junho será implementado um programa piloto nos serviços de fisioterapia, ortopedia e cardiologia com vista a aumentar o horário das consultas diariamente.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura reiterou ainda a “posição firme” do Governo quanto à revisão da lei do tabaco, mantendo junho como o prazo para apresentar uma proposta à Assembleia Legislativa. “Creio que somos capazes de ter o trabalho concluído no primeiro semestre do corrente ano”, afirmou.

Vários deputados mostraram-se preocupados com a intenção do Executivo de impor a proibição total de fumar nos casinos, chamando a atenção para o impacto económico da medida, numa altura em que o setor regista uma diminuição nas receitas brutas há 11 meses consecutivos.

O deputado Chan Chak Mo defendeu que os “jogadores têm de ter um bom ambiente para jogar”.

“Será que isto vai contribuir para nova queda? (…) Acabar com o tabaco nos casinos é uma questão importante porque vai causar grande impacto à economia de Macau. Por exemplo, no aeroporto é permitido fumar e muitos trabalhadores (dos casinos) também fumam. Qual é a lógica?”, questionou.

O deputado Cheang Chi Keong também quis saber porque é que no futuro os casinos não podem ter salas de fumo com boa ventiliação: “O aeroporto também tem salas de fumo. Nos quartos de hotel também se pode fumar. Porque é que vamos proibir totalmente nos casinos?”

Alexis Tam disse que a situação tinha sido estudada e que “os fumadores têm toda a liberdade de fumar, mas os que não fumam também têm os seus direitos”.

Nos Açores
Todas as unidades de saúde dos Açores vão passar a contar com enfermeiros "dinamizadores", responsáveis por...

"Esses dinamizadores detetam essas necessidades, quer em termos de formação, quer em termos de eventuais défices nas práticas dos cuidados de saúde que são prestados, para que possam efetivamente depois estabelecer os tais projetos para que se melhore de forma contínua os cuidados de saúde que são prestados à população", explicou, em declarações aos jornalistas, Tiago Lopes.

O presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros falava, em Angra do Heroísmo, à margem da assinatura de um protocolo com a direção regional da Saúde, em que a tutela se compromete a aliviar a carga horária destes enfermeiros, para que se possam dedicar à identificação de necessidades e à disponibilização de formação.

Segundo Tiago Lopes, há vários anos que a Ordem dos Enfermeiros tenta implementar nos Açores projetos que assegurem "padrões de qualidade de cuidados de enfermagem", mas tem sido um processo difícil, sobretudo por falta de disponibilidade dos enfermeiros.

"Muitos dos colegas que eram dinamizadores não tinham efetivamente tempo durante o seu horário de trabalho para poder fazer estes projetos de melhoria contínua, ou seja, detetar as necessidades daquele serviço e implementar um projeto para colmatar essas necessidades" salientou.

De acordo com o enfermeiro, as instituições mostravam-se renitentes em aderir aos protocolos e muitas unidades de saúde não tinham núcleos de formação ativos, para identificar as necessidades não só de enfermeiros, como de médicos ou psicólogos.

"Todos os profissionais de saúde têm de se manter atualizados ao longo do seu exercício e as unidades de saúde supostamente deveriam ter um núcleo de formação", frisou, alegando que, por exemplo, há muitos dos profissionais de saúde a exercer na região sem "os conhecimentos mais básicos em termos do suporte básico e avançado de vida".

Tiago Lopes salientou que este protocolo vem complementar um acordo de cooperação que a Ordem dos Enfermeiros assinou com o Governo Regional, no sentido de as unidades de saúde serem dotadas do número necessário de enfermeiros.

"Não podemos ter qualidade nos cuidados de enfermagem se não tivermos efetivamente os enfermeiros na dotação suficiente nas unidades de saúde", salientou.

Até 30 de setembro, a Ordem dos Enfermeiros vai fazer um levantamento e um estudo sobre o número de enfermeiros de cuidados gerais e especialistas que devem exercer na região, com base no "cálculo de dotações seguras dos cuidados de enfermagem", publicado em Diário da República em dezembro de 2014.

A secretaria regional da Saúde compromete-se a dotar as unidades de saúde do número de enfermeiros necessário.

89º Aniversário da APDP
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) comemora, no dia 13 de maio, 89 anos de luta contra a diabetes. Para...

O estudo revela que 97% dos portugueses afirma conhecer ou já ter ouvido falar na diabetes. Das atividades desenvolvidas pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), na Grande Lisboa, as que mais se destacam são as relacionadas com o apoio às pessoas com diabetes (67,7%) e as consultas e tratamentos (65,6%)*.

Experiente, reconhecida e premiada, a APDP mantém o forte compromisso com a Educação Terapêutica da pessoa com diabetes e prossegue no caminho da modernização tanto no âmbito Associativo, como no da sua Clínica de Diabetes, da Escola da Diabetes e do Centro de Investigação.

“Somos conhecidos pela nossa estrutura integrada e assumimo-nos como uma instituição moderna e dinâmica que assenta em quatro eixos de atuação: o Associativo, a Clínica de Diabetes, a Escola da Diabetes e o Centro de Investigação. Inspirados no Dr. Ernesto Roma, fundador da APDP, apostamos numa vasta oferta formativa tanto para pessoas com diabetes, familiares e prestadores de cuidados como para profissionais de saúde. O combate à diabetes passa muito por educar a pessoa com diabetes para a autogestão da doença e por formar quem o acompanha”, defende Luis Gardete Correia, presidente da APDP.

A APDP é reconhecida não só a nível nacional como a nível internacional, tendo sido já referenciada como o primeiro centro de educação da Federação Internacional da Diabetes, em todo o mundo. Recentemente, a Associação foi distinguida, pela Direção-Geral da Saúde, como “PARCEIRO 2014” devido à sua estreita colaboração na implementação do Plano Nacional de Saúde 2012-2016.

Atualmente, a Associação, fundada em 1926, conta com 165 mil inscritos tendo efetuado, no ano passado, 54.163 consultas médicas das diversas especialidades e observado um total de 18.989 doentes. No campo da Diabetologia, foram efetuadas 27.983 consultas na Associação sendo que 2.708 recorreram pela primeira vez à APDP.

*Os dados da sondagem Marktest serão apresentados no 89º aniversário da APDP

Programa das comemorações do 89º aniversário da APDP

13 de maio | APDP | Rua Rodrigo da Fonseca, nº 1, Lisboa
14h30 | "Não morres do mal, morres da cura” - Grupo de Teatro da APDP
15h00 | Abertura - Dr. Luis Gardete Correia, Presidente da APDP
15h15 | Atribuição de medalhas às pessoas com mais de 50 anos de diabetes
15h30 | Entrega do Prémio Ernesto Roma – Cuidados de Saúde Primários 201415h45 | Apresentação da sondagem “O que sabem os portugueses sobre a diabetes” – Dr. José Manuel Boavida, Diretor do Programa Nacional para a Diabetes da Direção-Geral da Saúde
16h00 | Encerramento – Prof. Dr. João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP
16h15 | Desafio para uma atividade saudável - “A Dança”

João Goulão
O presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência, João Goulão, disse “que os resultados do relatório da OCDE...

“Não são dados surpreendentes, mas quero ressalvar que temos verificado alguns progressos no que diz respeito aos consumos. Podemos constatar que nos últimos anos os padrões de consumo de maior nocividade diminuíram”, disse João Goulão.

De acordo com um relatório da OCDE sobre o consumo nocivo de álcool e o seu impacto na saúde pública, relativo ao período entre 1992 e 2012, neste último ano Portugal apresentou uma média de consumo de bebidas alcoólicas a rondar os 11 litros per capita, quando a média da OCDE se situava nos 9,1%.

Esta lista é encabeçada pela Estónia, seguida pela Áustria e pela França, com consumos a rondar os 12 litros per capita.

No entanto, o mesmo documento revela que Portugal foi o quinto país que mais baixou o consumo de álcool desde 1992, com uma redução superior a 20%.

Em declarações, João Goulão, que também é presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), confirmou que o consumo diminuiu, mas ainda está longe daquilo que são os consumos nórdicos, “em que há uma enorme predominância de consumo esporádico excessivo”.

“Se tivéssemos a tendência inversa estaríamos mais preocupados. Contudo, continua a haver uma predominância de consumo de vinho, que ocorre entre os mais velhos, de cervejas e de bebidas espirituosas”, adiantou.

No entender de João Goulão, continua a existir em Portugal “grande complacência” em relação ao consumo do álcool, que tem de ser combatido.

“Por isso, foi criada recentemente uma legislação e é importante a norma acompanhar o que são as recomendações da ciência. Está claramente comprovado que quanto mais precoces são os consumos maior é a nocividade e maior a probabilidade de desenvolver dependência”, explicou.

João Goulão referiu que a norma, que fixa a idade a o partir da qual é possível adquirir bebidas alcoólicas nos 18 anos, aprovada em Conselho de Ministros, deverá entrar em vigor já no próximo mês de junho.

“Esperemos que esta norma seja interiorizada pelos cidadãos e os ajude a perceber que consumir álcool abaixo da idade é nocivo”, concluiu.

Em 2014
A mortalidade média diária registada no período em que vigorou o plano para as ondas de calor em 2014 foi inferior em cerca de...

De acordo com o relatório do módulo calor do plano de contingência para temperaturas extremas adversas em 2014, que esteve em vigor entre 15 de maio e 30 de setembro, neste período ocorreram três períodos de calor intenso.

Estes períodos caracterizaram-se por uma duração mínima de três dias consecutivos, com uma média das temperaturas máximas igual ou superior a 30ºC.

Em junho do ano passado “verificaram-se temperaturas mais elevadas, sendo que o período de julho registou temperaturas mais baixas mas durante mais dias consecutivos”, lê-se no relatório.

Segundo o documento, a temperatura máxima registada entre 15 de maio e 30 de setembro de 2014 foi de 40ºC em Beja (14 de junho e 16 de julho) e Évora (dia 14 de junho).

O dia mais quente a nível nacional foi 14 junho, com uma média nacional de temperatura máxima de 34ºC, seguido dos dias 12 de junho, 17 de agosto e 1 de setembro, com uma média de 33ºC.

O relatório refere dados do Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade, monitorizado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que “evidenciou um aumento da mortalidade nos dias em que se verificaram temperaturas mais altas, tendo o dia 16 de junho sido aquele que apresentou maior número de óbitos”.

Tendo por base uma análise comparativa da mortalidade média diária ocorrida em 2014, em relação à média da mortalidade diária ocorrida entre os anos de 2010 e 2013, concluiu-se que “no período entre 15 de maio e 30 de setembro a mortalidade média diária em 2014 foi inferior em cerca de 780 óbitos à ocorrida entre os anos de 2010 e 2013”.

Contra "ofensiva ao SNS"
Os trabalhadores da saúde cumprem na sexta-feira uma greve nacional de 24 horas no que dizem ser uma resposta “à ofensiva do...

Numa conferência de imprensa em Lisboa, a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais considerou que esta greve tem como principal objetivo a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), esperando por isso contar com a compreensão da população.

Auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica e profissionais do INEM são os trabalhadores que aderem à greve, que deverá afetar vários serviços, como cirurgias programadas ou consultas, embora o pré-aviso também contemple enfermeiros e médicos que queiram aderir à paralisação.

O Sindicato contesta a municipalização dos cuidados de saúde primários, a entrega de hospitais do SNS às Misericórdias e exigem ainda uma discussão pública e alargada sobre o serviço público de saúde para que “não se volte a assistir a dezenas de pessoas nos corredores dos hospitais”, como no último inverno.

“Temos a perspetiva de que será uma greve bastante participada por parte de todos os profissionais de saúde”, estimou Luís Pesca, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas.

Entre as exigências que motivaram a greve estão ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanal para os profissionais, a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas vai entregar na terça-feira um pré-aviso de greve nacional de 24 horas dos trabalhadores da saúde para o dia 15 de maio.

Segundo o dirigente sindical Luís Pesca, esta foi uma das decisões já tomadas pelos trabalhadores que estão desde as 15:00 concentrados na entrada do Ministério da Saúde, em Lisboa.

Entre as exigências que motivam a marcação da greve está a reposição das 35 horas de trabalho semanal, a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde, a criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e a valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde.

Na conferência de imprensa, Luís Pesca sublinhou ainda “a debandada de profissionais” a que se tem assistido no SNS, estimando que atualmente o défice de auxiliares de saúde no serviço público seja à volta de cinco mil profissionais.

Acionado a partir de sexta-feira
O módulo calor do plano de contingência para temperaturas extremas adversas entra na sexta-feira em vigor e conta este ano com...

Da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde (DGS), este plano visa “promover a proteção da saúde das populações contra os efeitos negativos dos períodos de calor intenso, através de uma avaliação eficaz do risco e do desenvolvimento de respostas apropriadas pelas entidades competentes da saúde, baseada num sistema de previsão, alerta e resposta adequada”.

Trata-se da 11ª edição deste plano desde que o Ministério da Saúde elaborou o primeiro documento que visou responder a situações como a registada em 2003.

Nesse ano, uma onda de calor que ocorreu em algumas zonas do país por mais de duas semanas ficou associada a um excesso de mortalidade de 1.953 óbitos.

Segundo a DGS, em 2010 estimou-se um excesso de mortalidade nos períodos de calor intenso de 2.167 óbitos e em 2013 foi determinado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) um excesso de mortalidade de 1.684 óbitos.

O plano, que envolve vários atores da saúde, segurança social, proteção civil, instituições sociais, meteorologia, entre outros, conta este ano com uma novidade, uma vez que permitirá que as temperaturas sejam registadas e previstas por zona de Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) e não por distrito.

Paulo Diegues, da Divisão de Saúde Ambiental e Ocupacional da DGS e responsável por este plano, disse que esta mudança permitirá uma avaliação de risco “mais rigorosa”.

Desta forma, será reduzida “a malha” das temperaturas e garantida “uma melhor avaliação do risco”, já que até agora as previsões das temperaturas eram dadas por distrito.

Esta informação apenas estará disponibilizada para as autoridades de saúde, através de uma zona reservada no site da DGS, adiantou.

A partir de sexta-feira e até 30 de setembro estará em vigor um sistema de previsão e alerta.

Foram definidos três níveis de alerta: verde (nível 0 – temperaturas normais para a época do ano), amarelo (nível 1- temperaturas elevadas que podem provocar efeitos negativos na saúde) e vermelho (nível 2 – temperaturas muito elevadas e que podem provocar efeitos graves na saúde).

Segundo um despacho do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, publicado no Diário da República, a 23 de abril, “todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) devem assegurar, de forma eficaz”, os seus planos, os quais devem levar em conta “a realidade local”.

Os planos devem “reduzir a vulnerabilidade a situações de pico de procura e aumentar a capacidade de resposta local” e “sensibilizar os profissionais de saúde e a população em geral, e em especial os grupos de risco, para os efeitos na saúde decorrentes dos picos de frio e ondas de calor”.

Segundo o despacho assinado por Fernando Leal da Costa, neste período “os serviços e estabelecimentos do SNS devem adotar medidas que permitam uma adaptação célere às maiores necessidades de resposta em serviços de urgência, competindo às Administrações Regionais de Saúde (ARS) a coordenação das respostas e a sua integração nos diferentes níveis de prestação de cuidados”.

Quercus
Os níveis de poluição atmosférica na cidade de Lisboa provocados pelos navios de cruzeiros e carga são “muito elevados”, revela...

Em declarações, Mafalda Sousa, do grupo de energia e alterações climáticas da Quercus, explicou que a ação realizada nos últimos três dias em Lisboa, pretende chamar a atenção para as emissões dos navios, no terminal de Santa Apolónia, e dos “ferries” no Cais do Sodré, sobretudo.

“Fizemos algumas medições e verificámos níveis de partículas ultra finas de muito pequena dimensão, que são aquelas que têm maiores efeitos na saúde, porque penetram mais profundamente no sistema respiratório e podem ter impactos muito prejudiciais na saúde”, disse a mesma responsável, alertando que pelas 09:30 de hoje os valores eram de 15 mil partículas por centímetro cúbico, quando o normal é de mil.

De acordo com Mafalda Sousa, a NABU realizou outras medições na cidade de Lisboa, nomeadamente nos “ferries” do Cais do Sodré, tendo sido observado, no momento da partida do barco, 500 mil partículas por centímetro cúbico, “um número muito elevado”, ainda mais agravado pelo facto de este ser um meio de transporte utilizado diariamente por milhares de pessoas para atravessarem o Tejo.

“No ‘ferry’ do Cais do Sodré medimos uma média de 20 mil partículas por centímetro cúbico, e no momento da partida, quando os motores estão em máxima potencia para arrancar, 500 mil partículas. São números muito elevados, isto quando comparado com o nível considerado de ar limpo, em que apenas medimos mil partículas”, sublinhou.

Como referência, no meio da cidade de Berlim, os técnicos da NABU mediram valores de seis mil partículas por centímetro cubico.

Daniel Rieger, técnico da NABU, explicou à Lusa que as pessoas desconhecem a qualidade do ar que respiram na cidade e a ação da associação de defesa do ambiente alemã é precisamente dar a conhecer o que acontece nos principais portos europeus através do projeto “Clean Air Ports”.

“Temos equipamentos que avaliam as emissões de partículas, óxidos de enxofre e óxidos de azoto, e os valores que foram registados de poluição causada pelos dois navios aqui agora ancorados são muito superiores aos da poluição causada pelo trafego e vão no ‘fumo’ para o centro da cidade, onde as pessoas vivem e o respiram todos os dias”, explicou Daniel Rieger.

O especialista referiu que os resultados encontrados em Lisboa são comparáveis aos medidos em outros portos europeus com navios de cruzeiro, como Veneza, Barcelona, Bergen (Noruega) e Hamburgo (Alemanha).

De acordo com Daniel Riger, tais resultados devem-se ao facto de os navios estarem a navegar com "combustíveis muito pesados e sujos, sem fazerem nada para filtrar o ar poluído”.

Mafalda Sousa adiantou que os dados agora recolhidos vão ser apresentados à Administração do Porto de Lisboa (APL), com sugestões e recomendações de como pode ser melhorado o desempenho deste tipo de navios.

Notificação à Autoridade da Concorrência
A Calm Eagle notificou a Autoridade da Concorrência da compra de mais 49% do capital da AdvanceCare, passando a deter o...

Segundo o aviso da Autoridade da Concorrência, publicado hoje na imprensa, a notificação prévia da operação de concentração ocorreu na sexta-feira, podendo até ao final do mês os interessados dar conhecimento das suas observações sobre a operação.

A Calm Eagle Holdings vai comprar 49% da AdvanceCare à United Healthcare International II, mas atualmente a Calm Eagle já detém 50,9% do capital da AdvanceCare e, conjuntamente com a UnitedHealth, exerce o controlo conjunto sobre a AdvanceCare.

A Calm Eagle é uma sociedade veículo criada por fundos americanos de investimento geridos por filiais da Apollo Management em 2014, para efeitos da compra da seguradora Fidelidade.

Vendas em cresceram 15% em 2014
O crescimento da BIAL em 2014 faz da farmacêutica portuguesa a terceira com maior índice de crescimento no mercado espanhol...

As vendas da BIAL Espanha subiram 15% no ano passado, elevando para 60 milhões de euros o volume de negócios no mercado espanhol da farmacêutica portuguesa.

Os dados da IMS revelam ainda que a BIAL ocupa a 44ª posição no ranking da indústria farmacêutica em Espanha.

A BIAL inaugurou, em maio de 2012, em Bilbau a primeira unidade de Investigação & Desenvolvimento (I&D) e Industrial construída de raiz fora de Portugal, num investimento que só em infraestruturas atingiu os 12 milhões de euros.

Dados do Ministério espanhol da Indústria mostram que a BIAL ocupa a 26ª posição no ranking das farmacêuticas internacionais que mais investem em Investigação & Desenvolvimento em Espanha.

António Portela, CEO da BIAL, mostra-se satisfeito com os resultados já alcançados: “um dos objetivos da nossa presença em Espanha era tornar a BIAL uma das maiores farmacêuticas da Península Ibérica e esse objetivo está cumprido. O mercado espanhol é um dos mais dinâmicos a nível mundial pelo que tem sido uma experiência muito enriquecedora. Espanha é o mercado externo mais relevante para a BIAL e queremos continuar a crescer e a desenvolver novos produtos, como a investigação em vacinas”.

Presente em Espanha desde 1998, BIAL conta com mais de 260 colaboradores divididos entre a I&D e a fábrica de Bilbau e os escritórios em Madrid.

Nas instalações de Bilbau são produzidas anualmente 250 mil vacinas e testes de diagnóstico, existindo capacidade para atingir a produção de 2 milhões de frascos de vacinas por ano.

Os principais mercados das vacinas produzidas em Bilbau são Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Venezuela e Cuba.

A unidade de Bilbau tem como base processos de biotecnologia e permite a investigação e produção de vacinas antialérgicas personalizadas, alergénios recombinantes, autovacinas, vacinas microbiológicas e diagnósticos in vivo e in vitro para alergias. O projeto integra as Boas Práticas de Produção (cGMP) e obedece aos requisitos das entidades regulamentares, nomeadamente da norte-americana FDA e da europeia EMA.

BIAL Espanha comercializa ainda uma gama de especialidades farmacêuticas de variadas áreas, nomeadamente sistema nervoso central, respiratória, cardiovascular e saúde da mulher.

Campanha inspirada no “Move for health”
Subir três lanços de escadas por dia, sete dias por semana, reduz em 20% o risco de se sofrer um acidente vascular cerebral.

Este dado, comprovado cientificamente, é um dos argumentos utilizados pela campanha da Direção-Geral da Saúde que apela ao uso das escadas em detrimento dos elevadores ou das escadas rolantes.

A campanha Faça a melhor escolha, vá pelas escadas "vai ao encontro do que se pratica em outros países", explicou, ao Jornal de Notícias, Miguel Arriaga, diretor da Divisão de Estilos de Vida Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS), acrescentando que as autoridades médicas estão preocupadas com o peso elevado da população nacional. "Mais de metade (53,6%) dos portugueses, entre os 18 e os 64 anos, tem excesso de peso", disse.

A iniciativa foi inspirada no dia "Move for health" instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de promover os benefícios da atividade física regular. Porém, segundo o médico, o exercício só por si não chega para se ter um estilo de vida mais saudável. Há que ser complementado com "hábitos alimentares mais equilibrados e com a forma como gerimos o nosso stresse, hábitos tabágicos e consumo de álcool".

Além da prevenção do risco de AVC, há muitos benefícios que são destacados pela campanha, como por exemplo a melhoria dos níveis de colesterol ou a redução do stresse e da ansiedade. "Subir as escadas permite gastar sete vezes mais calorias do que usar o elevador" e "mesmo que de uma forma lenta permite um gasto de calorias três vezes superior ao que é conseguido em marcha rápida numa superfície plana" são ainda algumas das informações que se podem ler nos cartazes.

A par dos benefícios há ainda cuidados que devem ser tidos em conta. Se as pessoas sofrerem de problemas cardiovasculares ou osteoporose "têm primeiro de aconselhar-se com o seu médico", prosseguiu Miguel Arriaga, "para saber se podem praticar esta atividade e como o podem fazer".

Os materiais da campanha vão ser distribuídos pelas administrações regionais de Saúde, para serem colocados nos centros de saúde e nos hospitais. Numa segunda fase, a DGS espera poder "disseminar esta informação dentro das empresas".

Fernando Nobre
O presidente da AMI disse hoje que a equipa de quatro elementos que permanece em Katmandu “está bem”, apesar de ter “sentido...

Um sismo de magnitude 7,3 na escala de Richter sacudiu hoje o Nepal, revelou o observatório norte-americano que monitoriza a atividade sísmica em todo o mundo, dando conta de várias réplicas, uma delas de magnitude 6,3.

“Os quatro elementos da AMI que ainda estão em Katmandu relataram-nos, numa mensagem via Facebook, que sentiram o hotel onde estão alojados abanar violentamente, mas, [este] não chegou a ruir. Disseram que o sismo foi muito forte”, declarou à agência Lusa Fernando Nobre, que regressou do Nepal na segunda-feira à noite.

De acordo com a agência noticiosa espanhola Efe, a zona onde ocorreu o sismo de hoje é a que foi mais afetada pelo terramoto de magnitude 7,8 ocorrido a 25 de Abril passado e que provocou mais de oito mil mortos.

Em declarações, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) explicou que têm estado a tentar falar com a equipa chefiada pelo enfermeiro Ivo Saruga, mas sem sucesso, uma vez que as comunicações “estão difíceis”.

“Eu regressei ontem [segunda-feira] à noite. Inicialmente éramos seis e agora ficaram lá quatro, que deveriam permanecer no Nepal mais uma semana. Este novo abalo vem piorar ainda mais a situação. Se se justificar, temos de rever a nossa ajuda no terreno”, adiantou.

Fernando Nobre contou à Lusa que as condições no terreno são muito difíceis, com níveis de destruição muito grandes, uma vez que as habitações não têm tijolo, apenas terra e lama.

“A AMI decidiu ajudar 10 aldeias a cerca de 70 quilómetros a nordeste de Katmandu. Fornecemos refeições, água potável e ajudamos na reconstrução das casas juntamente com voluntários nepaleses”, explicou.

Na opinião do presidente da AMI, este novo sismo, com esta magnitude, deixa “supor que tudo o que estava em equilíbrio instável vai ser largamente” afetado.

“O que não ruiu da primeira vez deverá ter ruído agora. É de temer que a situação agora seja mais complicada, uma vez que o grosso das equipas de ajuda internacional já tinha saído do país. O trabalho de emergência já tinha acabado e tinha começado o trabalho de reabilitação, com estes no vos dados a situação piorou de certeza”, disse.

O presidente da AMI disse ainda que vai tentar falar com a equipa no Nepal para ter uma ideia mais “real do que se está a passar, para decidir o que deverá ser feito a seguir”.

O Nepal foi hoje atingido de novo por um sismo forte, de magnitude 7,3 na escala de Richter, seguido de várias réplicas, uma das quais de magnitude 6,3, anunciou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos.

O sismo mais forte também sentido em Nova Deli, a cerca de mil quilómetros do epicentro, com a agência noticiosa francesa (AFP) a indicar que vários edifícios de escritórios foram evacuados na capital da Índia.

Proposta debatida
Imagens chocantes serão impressas nos maços de tabaco para dissuadir o consumo. A proposta do governo vai ser debatida no...

Além das mensagens escritas, como, entre outras, "Fumar mata" ou "Fumar prejudica gravemente a sua saúde e a dos que o rodeiam", o governo quer imprimir imagens chocantes nas embalagens para alertar os fumadores para os malefícios do tabaco.

Segundo avança a Rádio Renascença, citada pelo Jornal de notícias, a proposta de alteração à lei do tabaco, de autoria do governo, será debatida na próxima sexta-feira, no Parlamento.

As 42 imagens que poderão vir a ser impressas nos maços de tabaco vão desde pais a chorar junto ao caixão de uma criança até cadáveres e doentes de cancro em fase terminal.

Cerca de 60 países já impõem às tabaqueiras que incluam campanhas antitabágicas nos maços.

Um estudo de 2011 realizado em pouco mais de um milhar de jovens britânicos, entre os 11 e os 16 anos, revelou que as imagens chocantes que foram impressas nos maços de cigarros tiveram pouco impacto nos jovens fumadores quando colocados na parte de trás da embalagem.

Convidados a descrever as fotografias, menos de 10% se lembrava das que estavam colocadas na parte de trás da embalagem, à exceção dos que tinham sintomas de um consumo mais assíduo de tabaco, apresentando dentes cariados, problemas nos pulmões ou cancro na garganta.

Quando questionados sobre os anúncios colocados na frente, perto de metade dos jovens lembravam-se da frase "fumar mata".

Relatório divulga
Portugal era, em 2012, o nono país com maior consumo de álcool per capita entre os 34 membros da OCDE, embora tenha sido um dos...

De acordo com um relatório da OCDE sobre o consumo nocivo de álcool e o seu impacto na saúde pública, relativo ao período entre 1992 e 2012, neste último ano Portugal apresentou uma média de consumo de bebidas alcoólicas a rondar os 11 litros per capita, quando a média da OCDE se situava nos 9,1%.

Esta lista é encabeçada pela Estónia, seguida pela Áustria e pela França, com consumos a rondar os 12 litros per capita.

O relatório avalia igualmente o consumo de álcool em seis países não membros, mas parceiros da OCDE (Rússia, África do Sul, Brasil, China, India e Indonésia), sendo que, destes, apenas a Rússia figura também acima da média da OCDE.

No entanto, o mesmo documento revela que Portugal foi o quinto país que mais baixou o consumo de álcool desde 1992, com uma redução superior a 20%.

Acompanham Portugal nesta descida a Grécia, a Eslovénia, a França e a Itália, esta última com uma diminuição de consumo acima dos 40%.

O relatório destaca que países produtores de vinho, como Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França, assim como Hungria, República Eslovaca e Suíça, viram o consumo per capita desta bebida cair mais de 20% desde 1990.

Uma avaliação aos padrões de consumo de álcool – com um ranking de 1 (comportamento de baixo risco) a 5 (o mais arriscado) – coloca Portugal no nível mais baixo (1).

Este ranking baseia-se nos comportamentos que podem indiciar consumo nocivo (grandes quantidades de álcool por ocasião, frequência de consumo de bebidas em festas ou proporção de ocasiões de consumo em que ocorre embriaguez) ou o consumo de álcool associado às refeições.

Portugal é precisamente um dos países em que o vinho é a bebida mais consumida, seguido pela cerveja, com as bebidas espirituosas e outras a representarem um nível de consumo baixo.

O relatório analisa também a forma como as disparidades sociais estão relacionadas com episódios de forte consumo de álcool e concluiu que em Portugal os homens com maior nível de educação têm menos probabilidade de ter este tipo de consumo.

Contrariamente verificou-se que são as mulheres com maior nível educacional as que estão em maior risco.

O mesmo se passa com o estatuto socioeconómico: são os homens portugueses de baixo estatuto os que têm mais episódios de forte consumo, enquanto as mulheres com este tipo de comportamento se situam em estratos socioeconómicos mais elevados.

No entanto, estes episódios de consumo mais pesado situaram-se abaixo dos 5%, para homens e mulheres de todos os níveis educacionais e socioeconómicos, nos últimos 12 meses em análise.

Páginas