A postos dentro de seis meses
O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes, disse que conta que o...

No começo do mês, o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto anunciou que, em 2015, prevê realizar investimentos de cerca de 7,7 milhões de euros, o que inclui a aquisição de um “inovador acelerador linear”, no valor de cinco milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia dos 41 anos da instituição médica, Laranja Pontes disse que neste momento a aquisição do equipamento está em fase de “autorizações, nomeadamente do lado do Ministério das Finanças”, mas que o montante do investimento já está na posse do IPO.

“É um acelerador linear muito especial para tratamentos altamente diferenciados. Cada vez mais vai haver necessidade de tratar conservadoramente os doentes, o cancro vai aparecer nas pessoas cada vez com mais idade, já sentimos isso. Nos últimos 10 anos houve uma deslocação enorme do escalão etário dos 50-60 para 60-70 e provavelmente vai ser maior nos próximos anos”, disse o presidente do IPO do Porto.

Depois de uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e do antigo secretário de Estado Manuel Pizarro, para além da apresentação de um vídeo musical do músico Diogo Valente (mais conhecido por D8), Laranja Pontes salientou que o IPO já tem o espaço para receber o novo recurso, faltando só a aquisição.

O responsável da instituição lembrou a “responsabilidade muito grande” que é o facto de o IPO do Porto receber cerca de 10 mil novos doentes por ano, o que significa cerca de metade do total da região Norte.

“Estamos permanentemente a tentar responder da melhor maneira possível às necessidades”, afirmou Laranja Pontes.

Primeiro-ministro anuncia
O primeiro-ministro anunciou que o Governo vai iniciar uma investigação sobre as consequências do uso na agricultura do...

Pedro Passos Coelho falava durante o debate quinzenal no parlamento, em resposta à deputada do PEV Heloísa Apolónia, que o tinha questionado sobre este tema no debate de há duas semanas.

Já sem tempo regimental, o chefe do Governo pediu a palavra para dizer que o Governo está "muito atento sobre esta matéria" e que apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter "sinalizado o risco" não "existe evidência que possa haver contaminação".

Este herbicida é o mais utilizado em Portugal.

"A Comissão Europeia ainda não tomou nenhuma posição mas nós vamos iniciar uma investigação sobre esta matéria e se concluirmos que é caso disso não deixaremos de tomar medidas que protejam a saúde pública", afirmou Passos Coelho.

No final de março, a Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, que integra a OMS e está sediada em França, declarou o glifosato como "carcinogéneo provável para o ser humano".

Passos foi ainda questionado sobre o processo de remoção de amianto de edifícios públicos, tendo dito que "o Governo apresentou uma estratégia para esta matéria" que está a decorrer.

"Há um grupo de trabalho que está a acompanhar os trabalhos de remoção do amianto, que não está a ser feita homogeneamente em todos os sectores, mas está a ser feita", afirmou o chefe do Governo.

No debate na Assembleia da República, a deputada ecologista Heloísa Apolónia defendeu a aplicação permanente da contribuição extraordinária para o sector energético.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse que a nova legislação sobre o consumo de tabaco e de álcool, que prevê um conjunto de...

Questionado pelos jornalistas à saída da cerimónia de comemoração dos 41 anos do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Paulo Macedo disse que existe “um conjunto de medidas importantes em termos da promoção e da prevenção”, referindo à necessidade de traçar uma estratégia para a redução da carga de doença.

“Sem a redução da carga de doença a prazo não há qualquer sustentabilidade de nenhum Serviço Nacional de Saúde. Uma das formas mais eficazes de reduzir a carga de doença a prazo é de facto reduzir os consumos de tabaco, os consumos nocivos de álcool, melhorar os hábitos de exercício físico e os hábitos alimentares”, declarou Paulo Macedo.

Assim, “em termos de tabaco e em termos de álcool o Governo está a preparar e a discutir legislação que deverá ser promulgada em breve”.

No final de Novembro do ano passado, a Direcção-Geral da Saúde apresentou o relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2014”, que recomendava a revisão da lei do tabaco, transpondo uma diretiva europeia, com o objectivo de controlar o tabaco, garantindo a protecção da saúde e promovendo uma redução sustentada do consumo, em particular nos jovens.

Neste contexto, haveria, segundo o mesmo documento, alterações de rotulagem, de ingredientes e de comercialização dos produtos do tabaco e serão adoptadas medidas restritivas de proibição de fumar em locais de trabalho e outros locais fechados.

Alguns dos principais objectivos do Governo são reduzir a prevalência do consumo de tabaco (diário ou ocasional) na população com 15 ou mais anos em pelo menos 2%, até 2016, e eliminar a exposição ao fumo ambiental do tabaco.

Dia 20 de Abril
É já no próximo dia 20 de Abril, em Braga, que a Cruz Vermelha Portuguesa assina com a Agência Nacional Erasmus+ Juventude em...

A assinatura deste protocolo realiza-se na Sede de Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, e conta com a presença do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Dr. Emídio Guerreiro e a Vice-Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, Dr.ª Cristina Louro, bem como o Director da Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Acção, Dr. Pedro Soares.

Este protocolo irá permitir a capacitação e sensibilização dos participantes para as potencialidades do Programa Erasmus+ e as suas linhas de financiamento, bem como a promoção do voluntariado jovem e o desenvolvimento de competências chave nos jovens com particular destaque para a qualificação de trabalhadores juvenis e decisores/dirigentes.

O Programa Erasmus+ Juventude em Acção é um programa gratuito, de acesso livre e universal a qualquer jovem dos 13 aos 30 anos que aspira mudar a vida das pessoas e potenciar os projectos dos jovens, criando experiências e oportunidades, promovendo a mobilidade e impulsionando os resultados da aprendizagem de forma a promover o desenvolvimento social e o crescimento económico na Europa.

Dia Mundial da Hemofilia
Comemora-se hoje o Dia Mundial da Hemofilia e a Associação Portuguesa de Hemofilia reforça a sua posição contra o critério...

Os produtos para o tratamento da hemofilia disponíveis em Portugal são comprados pelos Hospitais Públicos através de concursos públicos. A hemofilia é uma doença, que, sem o tratamento adequado (infusão de factor VIII ou IX em falta no organismo que permita que o doente pare ou evite uma hemorragia) pode levar a incapacidade física e risco de vida para o doente. A escolha destes produtos sempre obedeceu a critérios de escolha que garantiam o melhor tratamento para os doentes. Estes critérios devem acima de tudo ser os da segurança dos tratamentos (face ao passado recente de infecções virais-HIV e Hepatite C - a que esta comunidade esteve sujeita) e eficácia (os produtos comercializados têm diferentes graus de eficácia personalizada após a sua administração).

Desde 2013, através do Despacho 13025-B/2013 de 10 de Outubro foi estabelecido o critério único do preço para a compra destes produtos. Desta forma e apesar de nestes concursos, através do Despacho 28356/2008 de 13 de Outubro, em vigor, ser obrigatória a presença de um imuno-hemoterapeuta no júri, bem como o parecer obrigatório da Associação Portuguesa de Hemofilia (APH), os critérios da segurança e da eficácia dos produtos que visam tratar as pessoas com hemofilia foram afastados em detrimento do critério puramente economicista do preço.

Assim, a sorte e a saúde das pessoas com hemofilia passou a estar dependente dos produtos mais baratos e não necessariamente dos produtos mais eficazes e seguros. Por outro lado, os médicos especialistas em hemofilia que deviam ser a voz activa na escolha científica e médica destes produtos foram relegados para um papel completamente secundário na escolha das terapêuticas que administram aos seus doentes.

Por outro lado, o referido Despacho 13025-B/2013 de 10 de Outubro rumou em direcção inversa do que são as recomendações do Conselho Europeu, de que Portugal faz parte, para o tratamento da hemofilia, lançadas em Abril de 2013, em que se estabelece que “ o preço não deve ser o critério único na escolha dos tratamentos para a hemofilia”.

A APH, reconhecendo que o critério economicista é importante face à situação económica do pais, não pode, no entanto, aceitar que o mesmo seja o único e decisivo quando chega a hora de os comprar e que os doentes estejam sujeitos a que lhes seja administrado um tratamento essencial à sua vida que não seja o mais eficaz e seguro.

A Associação Portuguesa de Hemofilia

A APH – Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, na área da Saúde, sem fins lucrativos e membro da Federação Mundial de Hemofilia e do Consórcio Europeu de Hemofilia. Colabora com as entidades governamentais e com as equipes clínicas especialistas para garantir o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento adequados a toda a comunidade com Distúrbios Hemorrágicos.

Assegurar um tratamento seguro, eficaz e de qualidade às pessoas com estas patologias é meta final da APH, para que possam ter uma melhor qualidade de vida, nomeadamente a nível físico e psicossocial.

 

Conselho de Ministros
O Conselho de Ministros aprovou ontem o decreto-lei que revê o regime jurídico do internato médico, que passa a permitir a...

“O diploma hoje aprovado tem como objectivos melhorar as condições da formação médica pós-graduada, a harmonização face a novas realidades jurídicas e a adopção de uma nova abordagem para responder às necessidades dos candidatos e das unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, refere o comunicado final do Conselho de Ministros.

Segundo o diploma, o internato médico vai corresponder “apenas ao período de formação médica especializada, com ingresso directo, a partir do Mestrado Integrado em Medicina”, que deverá entrar em vigor nos próximos três anos, “após a eliminação do Ano Comum”.

“Em segundo lugar, passará a ser possível a obtenção da autonomia de exercício da medicina ao fim de um ano de internato médico – em contraponto aos actuais dois anos -, medida que entrará de imediato em vigor e enquanto se mantiver o Ano Comum”, salienta o documento.

O decreto-lei aprovado prevê igualmente que no prazo de três anos seja introduzida uma nova “prova de avaliação e seriação”, que poderá ter carácter eliminatório, “com nota mínima de ingresso”.

O novo diploma estipula também novas condições de ingresso no internato médico, a partir de 2017, através da abertura de concurso único.

Alteradas foram também as regras de colocação no internato médico, que passam a recorrer a classificações ponderadas, “obtidas pelos candidatos nas escolas médicas e na prova nacional de seriação”.

O internato médico consiste na formação médica especializada, um processo de formação em contexto prático, que visa a obtenção do grau de médico especialista.

As alterações ao regime de internato médico foram feitas na sequência das recomendações feitas por um Grupo de Trabalho, dependente do Ministério da Saúde, que incluiu representantes da Administração Central do Sistema de Saúde, Administrações Regionais de Saúde, Escolas Médicas, Ordem dos Médicos, Sindicato Independente dos Médicos, da Federação Nacional dos Médicos.

Banco Mundial
O Banco Mundial anunciou o lançamento de uma nova parceria com principais organizações filantrópicas privadas e de...

A iniciativa congrega o Banco Mundial, a Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, Fundação UBS Optimus, Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional e UNICEF, mas está aberta a novos investidores públicos e privados.

No âmbito da parceria, os organismos internacionais pretendem criar mecanismos para desbloquear, numa primeira fase, 1,9 milhões de euros para serem entregues à organização “The Power of Nutrition”, que ajudará milhões de crianças que sofrem de desnutrição, que anualmente mata três milhões de menores, sobretudo, nos países subdesenvolvidos.

The Power of Nutrition é uma instituição de caridade independente criada no Reino Unido, que aceita fundos provenientes de investidores privados e públicos, e trabalha em estreita colaboração com parceiros cuidadosamente seleccionados, incluindo o Grupo Banco Mundial e UNICEF, para apoiar países a braços com problemas de nutrição.

Numa nota divulgada, o Banco Mundial refere que “sem os nutrientes certos, serviços de saúde e cuidados nos primeiros mil dias de vida, o cérebro e o corpo de uma criança não se desenvolvem adequadamente”, pelo que o novo fundo pretende “ajudar milhões de crianças a atingirem o seu pleno potencial, garantindo que recebem os nutrientes certos no início da vida”.

“Ao contrário de fome, esses efeitos são invisíveis e essencialmente irreversíveis. A desnutrição é a causa subjacente de 45% de mortalidade dos menores de cinco anos – ou seja, é responsável por quase três milhões de mortes todos os anos. A desnutrição deixa quase quatro em cada dez crianças na África subsaariana e no sul da Ásia com cérebros e corpos fracos. Como resultado, essas crianças têm Quociente de Inteligência mais baixo e são mais propensas a abandonar a escola. Como adultas, elas têm um terço de probabilidade de escapar da pobreza”, lê-se na nota.

Mas, acrescenta o comunicado, “o problema não para por aí. Como meninas desnutridas crescem como mulheres desnutridas, que dão à luz crianças desnutridas. Isso cria um ciclo vicioso que limita o crescimento das gerações futuras”.

De acordo com a nota, das contribuições contam-se: 51 milhões de euros da Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, 44 milhões de euros do Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional, e 24 milhões de euros da Fundação UBS Optimus.

“Esses recursos serão canalizados através de um novo fundo de confiança do Grupo do Banco Mundial para a nutrição” e, no âmbito do acordo com a UNICEF, a iniciativa “oferece uma oportunidade para os doadores financiarem o UNICEF através de um mecanismo de financiamento conjugado que visa acabar com a desnutrição infantil”, refere o comunicado.

17 de Abril – Dia Mundial da Hemofilia
Estima-se que em Portugal existam cerca de 1000 doentes hemofílicos.

Assinala-se hoje o Dia Mundial da Hemofilia, uma doença crónica de transmissão genética que se caracteriza pela ausência ou acentuada carência de um dos factores de coagulação. “Trata-se de uma deficiência orgânica congénita no processo da coagulação do sangue que é mais demorada ou inexistente, provocando hemorragias frequentes, especialmente a nível articular e muscular”, explica Miguel Crato presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia (APH).

O especialista considera de “toda a importância haver um dia dedicado à doença, embora todos os dias devam ser dias mundiais da hemofilia”.

Porém, neste dia, conta Miguel Crato, “todo o público em geral pode ser correctamente informado sobre esta patologia e ter a possibilidade de conhecer um pouco melhor, de uma forma descomplexada e clara, uma doença que pode bater à porta de qualquer um”. É também nesta efeméride que chama a atenção para os problemas que as pessoas com hemofilia ainda lidam: “não só com os aspectos físicos e sociais da sua doença, mas igualmente garantir um tratamento de qualidade, seguro e eficaz é essencial para que tenham uma qualidade de vida igual aos demais concidadãos”.

A Associação Portuguesa de Hemofilia assinala o Dia Mundial numa dupla perspectiva. “Por um lado a nível comunicacional para o grande público a APH, como faz todos os anos escolheu um tema que preocupa a nossa comunidade, tendo em 2015 o tema que resolvemos dar enfoque. O facto de em Portugal a escolha das terapêuticas para esta doença, presentemente, se basearem apenas no critério preço e não também nos critérios da qualidade, eficácia e segurança, tal como recomendam as guidelines internacionais e o Conselho Europeu”, refere o especialista.

A nível interno a APH organizará na sua sede e nos seus núcleos do Porto, Coimbra e Funchal o evento ‘Porta Aberta’. “É destinado a todos os sócios, doentes e famílias e que pretende ser um momento não só de convívio informal, mas igualmente de partilha de experiências e receios sobre a hemofilia e outros distúrbios hemorrágicos”, comenta.

A doença

A hemofilia aparece quase exclusivamente nos indivíduos do sexo masculino, transmite-se geneticamente e está ligada ao cromossoma X. “Desta forma, a mãe portadora assintomática na maioria dos casos, transmite a doença ao seu filho”, refere o especialista sublinhando que cerca de 70 % das pessoas com hemofilia tem um passado de hemofilia na família, 30% não o têm.

Estima-se que em Portugal existam cerca de 1000 doentes, embora apenas 700 estejam registados na APH. Miguel Crato afiança que existam doentes que não estejam diagnosticados, porque a hemofilia tem vários graus de gravidade (1% dos doentes serão graves, entre 1% e 5% serão moderados e de 5% a 40% serão ligeiros), dependendo do factor em falta, em circulação. “A hemofilia ligeira devido à existência de uma percentagem do factor em falta ainda significativa possibilita que estes doentes possam passar uma vida inteira sem saber que têm hemofilia e muitas vezes só é descoberta numa grande intervenção cirúrgica, num acidente ou numa extracção dentária quando os níveis de sangramento são elevados e a coagulação não se consegue fazer”, alerta Miguel Crato.

Cuidados e tratamento

As pessoas com hemofilia são, actualmente, tratadas com concentrados do factor em falta (factor VIII no caso da Hemofilia A e fact IX no caso da hemofilia B). Quanto à proveniência estes concentrados são hemo-derivados, quando no processo de fabrico é aplicado plasma humano ou recombinantes, que são produtos bio-similares, existindo neste caso produtos de 2ª geração, onde ainda existe uma percentagem de albumina no processo de fabrico e 3ª geração, quando já não existe. Os hemofílicos que desenvolvem anticorpos (inibidores) aos tratamentos ditos normais têm como solução terapêutica outros produtos, tanto hemo-derivados como recombinantes.

O tratamento é fornecido gratuitamente em meio ambulatório aos doentes com hemofilia. Miguel Crato considera-o eficaz, seguro e de qualidade, mas “o facto de o critério economicista estar a prevalecer pode ser um perigo no futuro, uma vez que a profilaxia pode ficar em causa”, alerta o presidente.

É recomendável que os doentes com hemofilia tenham cuidados diários para evitar actividades que potenciem hemorragias, bem como são desaconselhadas certas práticas desportivas de contacto e de cariz violentas. Porém, “com o advento da profilaxia (2 ou 3 tomas semanais do tratamento de forma preventiva), que pelo menos todas as crianças deverão fazer, praticamente todas as actividades físicas são permitidas”, observa o especialista.

Desta forma, é possível afirmar que com os tratamentos actuais, “a esperança de vida de uma pessoa com hemofilia é praticamente igual a uma pessoa que não tenha esta patologia. Por outro lado, estes doentes têm todas as capacidades para serem elementos perfeitamente activos e úteis na sociedade. Obviamente que muitas pessoas com hemofilia, antes da existência dos tratamentos actuais desenvolveram sequelas físicas que de uma forma ou outra as incapacitam fisicamente para algumas actividades. No entanto a nível intelectual e cognitivo são pessoas perfeitamente normais e inseridas e isto é uma mensagem muito importante que todos devem ter consciência”, conclui Miguel Crato.

Migel Crato, Presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Projecto criou
O projecto de investigação "sdAb+péptido" desenvolveu anticorpos que reconhecem e desagregam uma proteína cerebral...

Esta foi uma das quatro investigações apresentadas, em Coimbra, que resultaram do projecto Do IT - Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Translação, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade, e que tem como objectivo colocar a tecnologia ao dispor da saúde.

A investigação, desenvolvida entre a TechnoPhage, o Instituto de Medicina Molecular e a Bial, permitiu desenvolver anticorpos que desagregam a proteína que leva à evolução da doença de Alzheimer, explicou o professor Miguel Castanho, do projecto de investigação, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Contudo, para a desagregação da proteína, os anticorpos necessitam de péptidos (biomoléculas), que os transportam até ao alvo, que se encontra no cérebro, disse o investigador.

Os péptidos utilizados para este projecto de investigação foram encontrados na dengue, visto que os vírus têm a capacidade de "transportar o seu genoma para dentro de células", aclarou.

Segundo Miguel Castanho, quer a construção da molécula transportadora quer os anticorpos desenvolvidos poderão ter outras aplicações, sendo que o projecto direccionado para a doença de Alzheimer apresentou resultados "satisfatórios para todas as fases do projecto", estando agora a ser testado em modelos animais.

Também foi apresentado, durante a tarde, o projecto Diamarker, que desenvolveu uma ferramenta de diagnóstico de factores de risco genéticos e a sua correlação com biomarcadores direcionados para a diabetes tipo 2, numa parceria entre a Biocant, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, as universidades de Coimbra e de Aveiro, entre outras instituições da região Centro.

Já o projecto do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), em conjunto com a Eurotrials, a Genetest, o IPO do Porto e o Centro Hospitalar de São João, centrou-se nos biomarcadores genéticos para a avaliação da resposta terapêutica no carcinoma colorrectal.

Segundo Paulo Canedo, do IPATIMUP, os biomarcadores podem evitar "toxicidades" desnecessárias, evitar "custos adicionais" e aumentar a eficácia dos tratamentos.

Para o investigador o projecto Do IT, permitiu ao próprio IPATIMUP uma aproximação às empresas, saudando a iniciativa.

O Do IT foi um desafio lançado pelo Health Cluster Portugal, que, através de um investimento de 6,8 milhões de euros, 21 instituições, como hospitais, universidades e empresas, trabalharam em projectos ao longo dos últimos três anos ligados à área da saúde.

Investigadores desenvolvem
Um projecto de investigação desenvolvido pelo Instituto de Medicina Molecular e a 'start-up' Lymphact quer começar os...

Criadas para leucemias e linfomas, estas células "são capazes de reconhecer molecularmente a célula alvo [tumoral], poupando todas as células saudáveis", explicou Bruno Silva Santos, investigador principal do projecto, que foi apresentado, a convite, numa conferência em Coimbra, promovida pelo Health Cluster Portugal.

Os testes com ratos permitiram mostrar que os animais com "as DOT-Cells" ficam livres de células tumorais, numa terapia "que não tem efeitos secundários, em termos bioquímicos", sublinhou, afirmando que este tratamento poderá ter aplicação não apenas na leucemia, mas também "em tumores sólidos, como no cancro da mama ou da próstata".

Estas células são produzidas a partir de uma amostra de sangue do próprio doente, sendo depois injectadas em duas doses.

As DOT-Cells foram criadas com base na investigação realizada no Instituto de Medicina Molecular e na start-up Lymphact em duas fases, 2011 e 2015, permitindo uma nova terapêutica "sem toxicidade" e com "alta eficácia" na destruição de células tumorais, frisou.

A equipa de investigação, que com as células patenteadas montou a start-up Lymphact, está agora à procura de "investimento para começar os ensaios clínicos", avançou.

Para além deste projecto foram apresentadas outras investigações na área das neurociências e do cancro a convite do Health Cluster Portugal, entre elas a criação de uma molécula que pode combater o Alzheimer ou a utilização de nanopartículas para recuperar o tecido lesionado e melhorar as funções motora e cognitiva após um AVC.

Estudo
Um estudo da Universidade do Minho concluiu que SMS de incentivo são um meio eficaz para provocar comportamentos mais saudáveis...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) esclarece que a investigação coordenada pelo investigador Paulo Machado, da Escola de Psicologia da UMinho, em colaboração com a Universidade de Heidlberg, na Alemanha, pediu a cerca de 50 crianças do ensino básico que enviassem SMS diárias contando o número de passos dados em cada dia, o tempo que passaram frente ao ecrã e as frutas e legumes ingeridos. Em troca, recebiam mensagens de parabéns ou de incentivo a conseguirem melhores resultados.

Os resultados apontam para um "melhoria significativa" nos hábitos daquelas crianças, ao fim de oito semanas, sendo que 61% dos envolvidos aderiu ao programa ao encará-lo como um jogo.

"O consumo de frutas e vegetais subiu em média para três porções e o tempo de ecrã diminuiu para cerca de uma hora", esclarece Paulo Machado.

Com este método, que recorre a uma "ferramenta amplamente utilizada pelas crianças de hoje", esclarece o comunicado da UMinho, "pretende-se levar os participantes a ingerir diariamente cinco doses de frutas e legumes, andar pelo menos 10 mil passos (contabilizados por um pedómetro emprestado para o efeito) e reduzir para menos de 60 minutos o tempo passado frente ao ecrã (videojogos, televisão, entre outros)".

O "segredo" da mudança de atitudes daquelas crianças, que "em apenas dois meses começaram a consumir mais fruta e legumes e a passar menos tempo frente ao ecrã" está, adianta a UMinho, "na monitorização de comportamentos feita através do envio diário de SMS de alerta".

O próximo passo, adianta o comunicado, é alargar a amostra para 150 crianças de quatro escolas do país com o "objectivo de consolidar os resultados obtidos numa primeira fase".

Depois o caminho será avaliar a eficácia do método em crianças com excesso de peso e obesidade.

"O problema atinge mundialmente mais de 200 milhões de crianças em idade escolar", alerta a UMInho.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Futuros enfermeiros discutem possibilidades de inserção profissional em seis países.

“Mobilidade e empregabilidade na Europa” é o tema de um painel a que os estudantes do 4º ano da licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) vão assistir, amanhã (dia 17 de Abril), a partir as 9h00, nas instalações do Polo A.

A sessão é orientada por uma dezena de professoras de seis países europeus: Alemanha (Universidade de Ciências da Saúde de Bochum), Bélgica (UC Leuven-Limburg de Hasselt), Espanha (Universidade de Ramón Llull), França (Instituto Regional de Formação Sanitária e Social (IRFSS) de Rhône-Alpes da Cruz Vermelha Francesa), Holanda (Fontys University) e Noruega (Bergen University College).

A iniciativa enquadra-se na Semana Transcultural a decorrer na ESEnfC, no âmbito da qual os alunos finalistas podem comparar, contrastar e analisar a informação relacionada com o desenvolvimento da Enfermagem e da educação em Enfermagem em vários países europeus.

O objectivo é que os futuros profissionais de saúde aumentem competências para prestarem cuidados de Enfermagem culturalmente congruentes e culturalmente específicos e, assim, melhorarem o potencial para exercer enfermagem além-fronteiras, em contextos multiculturais.

Analisar os factores históricos, sociológicos e ideológicos que influenciam a saúde e a doença, bem como o impacto que têm no planeamento e promoção da saúde, explorando criticamente o papel, status e funções do enfermeiro nos diversos países, são outros objectivos da Semana Transcultural.

Estudo
Um estudo inédito em Portugal revelou que um terço dos embriões criopreservados resultantes de tratamentos de infertilidade não...

A investigação, realizada pela especialista em medicina da reprodução Margarida Silvestre, vai ser apresentada durante as Jornadas Internacionais de Estudos da Reprodução, que decorrem em Óbidos.

O objectivo do estudo foi avaliar a autonomia e responsabilidade nos casais que recorrem à Procriação Medicamente Assistida (PMA), nomeadamente ao nível do destino que estes dão aos embriões excedentários, os quais resultam dos tratamentos contra a infertilidade.

Em Portugal, segundo dados do Conselho Nacional de PMA, existiam, a 31 de Dezembro de 2013, 19.406 embriões criopreservados.

Para o estudo, foram enviados 932 questionários a 27 centros públicos e privados, dos quais foram respondidos 328 (35%) de 20 centros (74%).

De acordo com os resultados, 55% dos casais tencionam ainda transferir num futuro próximo os embriões que se encontram criopreservados, tendo para estes um projecto parental.

Muitos destes casais, esclarece Margarida Silvestre, ainda não estão no prazo-limite de ter que tomar uma decisão imediata sobre o destino dos seus embriões, preferindo prolongar a criopreservação, para que se mantenha a possibilidade destes virem a ser utilizados.

Segundo os resultados do estudo, mais de um terço (35%) dos inquiridos não tenciona transferir os embriões num futuro próximo.

Aos casais que não tencionam transferir os embriões criopreservados foram colocados quatro destinos alternativos: prolongamento da criopreservação, descongelação e eliminação dos embriões, a sua doação a outros casais ou a doação para investigação.

A autora ressalva que “estas soluções não são necessariamente uma escolha dos casais, mas sim uma obrigação legal, sendo que muitos deles prefeririam não ter que decidir sobre elas. Alguns dizem que é uma decisão particularmente difícil, que prefeririam não ter que tomar, e que os deixa desconfortáveis”.

Quase metade destes casais (47%) pretende doar os embriões para investigação. Destes, 90% tomou esta opção devido à sua “vontade de ajudar a ciência a avançar”.

Perto de um quarto (24%) dos casais que não têm projecto parental para os seus embriões pretende doá-los a outros casais e 23%opta pela sua destruição.

Como recorda a autora, a lei portuguesa determina que os casais submetidos a técnicas de PMA com criação de embriões in vitro são informados por escrito de que “todos os embriões viáveis não transferidos serão criopreservados”.

Os casais têm depois três anos para definir um destino para os embriões, pois, caso não o façam, estes serão destruídos no final desse prazo.

“Em situações pontuais, é possível solicitar a prorrogação deste prazo por até mais três anos, como em casos de doença da mulher, por exemplo”, disse.

Aquando da análise da capacidade de decisão dos participantes, a autora apurou que 25% dos participantes assumiram não terem sido capazes de tomar uma decisão até ao momento da resposta a este questionário.

Margarida Silvestre recorda que encontrou, no decorrer da sua investigação, registo de “embriões congelados desde 1999”.

Segundo a investigadora, conforme o tempo vai avançando, diminui o projecto reprodutivo e aumenta o número de casais que não pretendem transferir os embriões criopreservados.

Para Margarida Silvestre, os formulários de consentimento informado que os casais preenchem desde 2009, referindo o destino para os embriões excendentários que possam resultar dos tratamentos, foi “uma mais-valia” para estes.

“Os formulários ajudaram os casais a entender que esta é uma decisão que têm de tomar”, adianta.

Este estudo será em breve publicado no livro “Embriões excedentários – entre a técnica, a lei e a ética”, no qual a autora refere: “Os casais precisam de um médico que os esclareça, os estude e os trate, mas que seja simultaneamente um amigo que os ouça, os acompanhe e os apoie”.

“Num contexto social de diversidade cultural e moral, de contenção económica e com regulamentação e requisitos rigorosos para a prática da PMA, os casais inférteis têm que definir o seu caminho na procura do filho desejado e assumir as inerentes responsabilidades como pais e guardiões dos seus embriões criopreservados”, conclui Margarida Silvestre.

Conselho de Ministros
A proibição de fumar em todos os locais públicos fechados vai estar em debate no Conselho de Ministros. A medida faz parte de...

O executivo pretende também que os maços de cigarros contenham imagens chocantes e os cigarros electrónicos sejam regulamentados. As propostas são discutidas esta quinta-feira no Conselho de Ministros, juntamente com a nova lei do álcool.

A proibição de fumar em todos os locais públicos fechados vai estar esta quinta-feira em cima da mesa do Conselho de Ministros, fazendo parte de um conjunto de propostas de alteração à lei do tabaco do executivo, preparadas em conjunto com a Direcção-Geral de Saúde (DGS).

A proposta de revisão da lei do álcool também vai ser debatida. O objectivo é que ambos os projectos de lei estejam em vigor antes do verão.

A alteração à lei do tabaco tem por base a transposição de uma directiva europeia, que deve ser cumprida por todos os Estados-membros até 2016.

Além da proibição do fumo em todos os espaços públicos fechados, o Governo propõe o alargamento da restrição também aos cigarros electrónicos, cujo consumo não está regulamentado. O jornal Público escreve ainda que entre as propostas está a inclusão de imagens chocantes nos maços de tabaco.

O Governo quer que o período de transição para a nova lei seja de oito anos contados a partir da entrada em vigor da revisão da lei, o que arrastaria a prática da proibição para 2023. Já a DGS considera que os oito anos devem ser contabilizados desde 2007, data de entrada em vigor da anterior lei do tabaco.

Em 2007, quando a actual lei do tabaco foi aprovada, passou a ser proibido fumar em estabelecimentos públicos fechados, com menos de 100 metros quadrados. Em espaços maiores a lei permitia que fossem criadas áreas de fumo com sistemas de exaustão apropriados. O que agora está em cima da mesa é a proibição total em todos os locais públicos fechados.

A intenção está a suscitar críticas por parte de vários sectores, que argumentam ter investido bastante para poder ter as áreas de fumadores previstas na lei.

No último relatório da DGS sobre tabagismo, concluiu-se que o perfil do fumador em Portugal não se alterou nos últimos anos. Cerca de 90% iniciaram o consumo entre os 12 e os 20 anos. Em 2012, a prevalência de fumadores era de 35,1% nos homens e 18% nas mulheres.

Apesar de o tabaco matar por ano cerca de 11 mil pessoas (das quais quase mil por exposição ao fumo), a maior parte dos fumadores declara ter pouca vontade em largar o vício.

Estuário do Tejo
Os municípios abrangidos pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, onde mais de 72.000 utentes não têm médico...

O Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo (ACES) abrange os concelhos de Vila Franca de Xira, Azambuja, Alenquer, Arruda dos Vinhos e Benavente, localizados a norte da Área Metropolitana de Lisboa.

Em declarações, o vice-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Ferreira (PS), referiu que os cinco municípios do Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo manifestaram recentemente à tutela, numa reunião, a sua apreensão pela falta de médicos de família e de enfermeiros na região.

“No total, faltam 38 médicos de família e pelo menos 95 enfermeiros. Nos cinco concelhos existem 72.000 utentes que não têm médico de família. É uma situação muito preocupante”, apontou o autarca.

Fernando Ferreira disse que, no caso do município de Vila Franca de Xira, 44.300 utentes não têm médico de família, o que equivale a cerca de 30% da população.

O vice-presidente da autarquia de Vila Franca de Xira referiu que o Ministério da Saúde garantiu que iria resolver “o mais rapidamente possível” a questão da falta de enfermeiros, mas que no caso dos médicos a solução seria “bem mais complicada”.

“Aquilo que nos transmitiram é que, no que concerne à ausência de médicos de família, a questão não será de índole económica, mas sim de falta de médicos. Já em relação aos enfermeiros disseram-nos que, em breve, o assunto poderá ser solucionado ou, pelo menos, minorado”, apontou.

No município vizinho de Azambuja também existe preocupação pela falta de profissionais de saúde, uma vez que cerca de 9.300 utentes não têm médico de família, disse o presidente daquela câmara ribatejana, Luís Sousa (PS).

“Estamos a atravessar, no concelho de Azambuja, dificuldades medonhas. Temos utentes que têm de se deslocar da sua freguesia para ter uma consulta e, até há pouco tempo, tínhamos aqui uma freguesia que não tinha nenhum médico”, apontou o autarca.

Luís Sousa perspectivou que, para aquele concelho, sejam necessários “pelo menos cinco médicos” para que a situação seja melhorada: “A questão dos enfermeiros não é tão acentuada, mas em relação aos médicos é muito grave. Eram precisos pelo menos cinco médicos”.

No caso do concelho de Arruda dos Vinhos, dos 13.000 utentes inscritos, 800 não têm médico de família.

Em Alenquer, 13.000 utentes, num total de 42.000, estão sem médico de família, estimando a autarquia faltarem entre sete a nove médicos.

Já em Benavente, segundo dados da comissão de utentes de saúde local, existem 8.000 utentes sem médico de família.

Numa resposta escrita, o Ministério da Saúde referiu que “tem vindo a implementar diversas medidas com vista ao reforço do acesso da população ao Serviço Nacional de Saúde e à oferta de serviços de saúde”.

“No que concerne ao Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, actualmente estão a prestar assistência 27 internos da especialidade. Importa referir que o número cresceu para nove, em 2015, mais três de que no ano anterior”, sublinhou a mesma fonte.

O Ministério da Saúde disse ainda que está previsto para maio um reforço de médicos na região, com mais dois no concelho de Vila Franca de Xira, e que existem, neste momento, seis vagas para médicos de medicina geral e familiar.

Em Maio na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
Os seminários do Mestrado em Regulação e Avaliação do Medicamento e Produtos de Saúde (RAMPS) decorrem nos dias 15, 16 e 23 de...

Estes seminários têm como objectivo apresentar temas da maior actualidade na área da científica da Regulação dos Medicamentos e Produtos de Saúde e promover uma discussão sobre estes temas com peritos de reconhecida experiência e competência científica nestes domínios do conhecimento.

Num momento em que o contexto regulamentar está em franco desenvolvimento, com novos modelos de aprovação de medicamentos com impacto na avaliação e re-avaliação da relação benefício-risco do medicamento ao longo durante o seu ciclo de vida a apresentação e discussão destes temas torna-se fundamental.

Inscrição: Gratuita, sujeita a inscrição prévia [Formulário]

Prazos: Inscrição até 48h antes do dia do seminário

Emolumentos: Gratuito

Vagas: 15 e 16 de Maio – limite máximo 70 participantes

23 de Maio – limite máximo 13 participantes

Para ter acesso ao programa completo dos seminários RAMPS, por favor clique aqui.

Mais informações:

Rita Matos, Gabinete de Estudos Pós-Graduados, Núcleo de Planeamento e Gestão Académica

[email protected]

Dia Mundial da Voz
As dificuldades de articulação de sons, nomeadamente de letras como o P, B, M, T ou D, entre outras, são uma das...

Para os profissionais da voz, como cantores, actores, jornalistas e locutores de rádio e televisão, uma boa saúde oral tem importância acrescida porque qualquer problema pode condicionar o desempenho do trabalho.

A oclusão dentária, ou seja, a forma como os dentes se relacionam entre si e com os maxilares é determinante para a voz. Uma posição incorrecta dos dentes pode dificultar todas as funções orais, incluindo a fonação, a mastigação, a deglutição e a estética.

O médico dentista Miguel Pais Clemente alerta que “a língua, o palato mole, o palato duro, os lábios e a mandíbula fazem parte dos componentes do aparelho vocal e qualquer problema numa destas estruturas tem influência na articulação da fala e na ressonância da voz”.

Para quem tem na voz um instrumento de trabalho, algumas técnicas específicas obrigam a determinado posicionamento dos maxilares podendo gerar fadiga a nível da musculatura oro-facial ou mesmo dor ou desconforto a nível da articulação temporomandibular.

É esta articulação que permite certos movimentos específicos da mandíbula aquando da produção de diferentes sons e registos vocais, nomeadamente no canto.

A cavidade oral é uma das principais estruturas anatómicas no processo de produção da voz e por isso a saúde oral e a arte de comunicar estão interligadas.

Miguel Pais Clemente refere que “cabe ao médico dentista avaliar, diagnosticar, prevenir e tratar as alterações na cavidade oral com implicações directas a nível da voz, sendo por vezes inclusive necessária uma abordagem multidisciplinar com outras especialidades médicas”. 

Dia Mundial da Voz
No dia em que se assinala o Dia Mundial da Voz, o Atlas da Saúde quis saber como se lida com a notíc

Tenho 61 anos de idade e sou reformado por invalidez. Fui até 2007 Profissional de Seguros numa Companhia Multinacional, na qual exercia um cargo de chefia.

A minha atividade profissional não me permitia fazer desporto, no entanto sempre que podia caminhava.

Os meus hábitos alimentares, eram normais, ainda que por vezes prejudicados pelos excessivos almoços e jantares em restaurantes, decorrentes da minha atividade profissional, bebia normalmente, por vezes com algum abuso e fumava, fumava muito. Por alturas do ano 2005 moderei a bebida, mas continuei a fumar.

No verão de 2007, a gozar um período de férias na praia, comecei por ter uma impressão na garganta. Recorri a diversos Médicos de Clínica Geral, que me receitavam umas pastilhas para inflamação da garganta.

Permitam-me referir que grande parte os profissionais de Saúde, não estão sensibilizados para esta doença, de certo por falta de informação. O protelamento precoce do diagnóstico pode efetivamente prejudicar o doente e a consequente reabilitação.

Como a impressão se agravava, por vezes com dificuldade de respiração, consultei um Otorrinolaringologista. Após biopsia, de imediato me foi diagnosticado um carcinoma basalóide escamoso do seio piriforme, vulgo, cancro na laringe.

Entre as diversas soluções propostas, a laringectomia total, seria a mais radical, mas porventura com maiores resultados, se tudo corresse bem.

Em 19 de Novembro de 2007, data que recordo, por ter sido o dia que fiz 30 anos de casado com a Maria Armanda, o médico informou-nos que se optasse pela laringectomia total iria deixar de respirar pelo nariz, passar a respirar pelo traqueostoma (orifício no pescoço) e perder a voz. No entanto, tinha algumas hipóteses de poder voltar a “falar”.

A perda da Voz é uma experiência traumatizante, não só para nós, como também para a nossa família e amigos. Para a superar, temos de recorrer à linguagem, não irei dizer gestual, mas sim expressiva e, fundamentalmente, à escrita.

Nos primeiros tempos a estabilidade emocional é bastante afetada, originando situações de incompreensão e incomunicabilidade entre os mais próximos, que só serão superadas, com apoio da família e amigos, imprescindíveis para uma possível recuperação.

Por outro lado, deparamo-nos com situações, que nunca tínhamos sequer pensado que poderiam acontecer, frustrantes e difíceis de ultrapassar, tais como:

- O Laringectomizado está sozinho em casa, tocam à campainha (intercomunicador) da porta da rua, temos de abrir a porta sem puder perguntar quem lá está….

- A cancela do estacionamento do supermercado não abre por qualquer motivo. Como se chama o segurança pelo intercomunicador….

- Os telefones, fixos ou móvel, deixaram de ser acessíveis por via oral.

A única maneira de tentar superar estas questões é a reabilitação vocal, recorrendo à Terapia da Fala, uma vez mais incentivado e provocado pela família e amigos, que me obrigavam a fazer os exercícios recomendados, como ler duas a três páginas de um Jornal ou livro em “Voz alta”, por dia.

Para me obrigarem a falar, quando eu pretendia alguma coisa, nem sequer olhavam para mim, para ver se eu conseguia emitir algum som. Bom, o processo não foi fácil, mas deu resultados.

Um dia de manhã, numa das minhas rotinas, fui à tabacaria do meu bairro comprar o jornal e saudei a empregada com um “Bom dia!”.

Resposta da Senhora: “Bom dia Sr. Côdea, ouvi muito bem”.

Passaram mais ou menos seis meses emiti o primeiro som audível e percetível. A partir daí, com a inexcedível ajuda da Terapeuta de Fala - Dra. Filomena Gonçalves e da sua equipa -, comecei a falar com Voz Esofágica.

Claro que a aprendizagem se prolongou por muito mais tempo, o aperfeiçoamento continua a fazer parte dos dias de hoje. É facto que a qualidade de vida melhorou substancialmente, permitiu regressar às minhas funções sociais, fazendo quase uma vida normal, com menos decibéis….

Atualmente sou Voluntário da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Núcleo Regional Sul, no MovAplar – Movimento de Apoio a Laringectomizados. Continuo a gerir uma carteira de seguros, ainda que pequena, angariada quando estava no ativo. Ser solidário, trabalhar, passear, partilhar as nossas vivências, fazem parte de uma recuperação de sucesso.

Em suma a falta de comunicação, o desconhecimento da doença e sua eventual recuperação, aliada aos parcos recurso económicos de alguns doentes, se não houver acompanhamento adequado e compreensivo, originam o isolamento do doente, com os inconvenientes inerentes.

A doença e sua recuperação têm de ser encaradas, sem ansiedades, com tempo e esperança.

O doente deve, na medida do possível, retomar a sua vida normal, sair, passear, enquanto não fala, munido de um bloco de notas e algo que escreva.

A perda da Voz é uma experiência traumatizante, tanto para o doente como para sua Família/Amigos, no entanto tem boas possibilidades de poder voltar a falar.

Cada caso é um caso, a força de vontade é meio caminho andado para a recuperação.

António Côdea

 

“O diagnóstico é sempre uma surpresa e um choque”

O diagnóstico é sempre uma surpresa e um choque. Tanto mais que, geralmente, não estamos nem preparados nem bem informados sobre o que nos vai acontecer e como vai ser afectada a nossa vida. E ao falar em informação tocamos num dos pontos essenciais dos nossos problemas. Voltarei a referir-me adiante.

No meu caso mantinha uma réstia de esperança de não ficar completamente “mudo”. Por isso ao tentar emitir algum som, logo após a operação, e ao verificar que nada saía…não foi fácil.

Passado pouco tempo, e por razões de segurança, fiz radioterapia. Este tratamento dificultou-me a deglutição e a Terapia da Fala.

A Terapia da Fala é a abertura de uma janela para a comunicação na medida em que permite voltar a falar ou, pelo menos a “falajar”. (Bem hajam as - ou os - Terapeutas da Fala e não só por isso). De facto, pela sua experiência e bom conselho, a minha Terapeuta da Fala foi uma ajuda decisiva e um apoio extraordinário na fase pós-operatória em que se tenta um regresso a uma vida tão normal quanto possível.

Por outro lado é necessário admitir que o factor tempo é importante. Nada de pressas…O tempo vai ajudar em muitos aspectos. Demos-lhe tempo!

Mas, apesar de tudo, ainda há algumas dificuldades…Falar ao telefone, manter uma conversa num automóvel em movimento, conversar num grupo numeroso e num local com muito barulho de fundo, responder a um intercomunicador… Não dramatizemos estes problemas. Pessoalmente tenho encontrado sempre pessoas compreensivas e dispostas a um esforço para me entenderem. Mesmo reconhecendo que há pessoas com mais facilidade do que outras para nos entenderem. (Não consegui até agora perceber porquê).

Prometi acima voltar a falar da importância da informação e é o reconhecimento dessa importância que me leva, assim como a outros colegas, a gostosamente colaborar com o Movimento de Apoio aos Laringectomizados (MovApLar) do Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

E termino com uma nota optimista… Do alto dos meus (quase) 79 anos continuo a praticar desporto com regularidade, algum mesmo um pouco radical.

Henriques Dominguez

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
16 de Abril – Dia Mundial da Voz
Assinala-se hoje o Dia Mundial da Voz que tem como primeiro objectivo alertar para os cuidados a ter

O Terapeuta da Fala é o profissional de saúde responsável pela prevenção, avaliação, intervenção e investigação das perturbações da comunicação humana. Este profissional poderá intervir nas várias faixas etárias, começando na neonatologia (comunicação e alimentação), passando pela idade pré-escolar (competências linguísticas e de comunicação), idade escolar (perturbações da leitura e da escrita, gaguez e comunicação) e adultos (perturbações da linguagem adquiridas, patologias da voz, da deglutição e promoção das competências vocais e comunicação em profissionais). Deste modo, poderá também exercer funções em diversos tipos de instituições e em equipas multidisciplinares: hospitais, unidades de cuidados continuados, centros de medicina física e reabilitação, instituições sociais e de reinserção, creches, escolas, estabelecimentos privados, universidades, consultórios, clínicas e domicílio.

Mais especificamente abordam-se de seguida todas as áreas de intervenção do Terapeuta da Fala:

Comunicação: doenças degenerativas, perturbações do espectro do autismo e outras síndromes que possam impossibilitar o uso das diversas formas de linguagem são intervencionadas pelo profissional na medida em que este implementa sistemas aumentativos e alternativos de comunicação.

Linguagem oral: é a forma de comunicação mais importante e única no ser humano, visto que possibilita a troca de ideias, interacção, expressão de sentimentos e aprendizagem. Compreende quatro aspectos linguísticos: semântica, morfossintaxe, fonologia e pragmática, que podem estar afectados no decorrer do desenvolvimento infantil ou por perturbações neurológicas. Neste caso a intervenção centra-se na aquisição ou melhoria das áreas linguísticas afectadas.

Linguagem escrita: intervenção nos casos em que exista dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita.

Articulação: consiste na produção oral dos sons de uma língua; esta poderá estar afectada no decorrer de imaturidade ou alterações anatómicas ou neurológicas nas estruturas, músculos e órgãos orais e faciais.

Fluência: quando adequada permite um discurso com ritmo e cadência adequados, se tal não acontece podem existir bloqueios, repetições e prolongamentos de sílabas e pausas excessivas.

Voz: mecanismo que permite a emissão de som durante a fala. Alterações na qualidade vocal (disfonia/rouquidão) remetem-nos para alterações estruturais ou de movimento ao nível das cordas ou pregas vocais, sendo diagnosticadas pelo Otorrinolaringologista e avaliadas e intervencionadas pelo Terapeuta da Fala.

Deglutição: capacidade de ingestão de alimentos que tem globalmente quatro fases. Quando uma ou mais fases estão afectadas, a nutrição e hidratação seguras ficam comprometidas, o que pode ter causas neurológicas ou mecânicas. A intervenção centra-se na reabilitação desta capacidade vital.

Motricidade orofacial: reabilitação e desenvolvimento da motricidade dos órgãos que têm um papel importante nas funções denominadas de estomatognáticas – sucção, respiração, mastigação e fala.

Intervenção

O tipo de abordagem em Terapia da Fala é muito variável e depende de múltiplos factores que são avaliados inicialmente. O tratamento é individual, com uma periodicidade que pode ser desde diária a mensal ou ainda em regime de orientação periódica. As sessões geralmente têm a duração de 30 a 45 minutos por sessão, dependendo do protocolo da instituição.

Caso se justifique o utente poderá ser acompanhado pelos pais, cuidadores e/ou familiares, pois por vezes a intervenção também se direcciona para fornecimento de estratégias e orientação aos mesmos ou outros profissionais/técnicos que interajam com o utente.

Em situações específicas, também poderão existir sessões de grupo, quando tal possa ser benéfico para utentes com a mesma patologia, não deixando de existir orientações a nível individual.

A intervenção do Terapeuta da Fala deverá estar integrada em equipas multidisciplinares, como por exemplo: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, dietistas, professores ou educadores.

O papel do Terapeuta da Fala no doente oncológico

Na área específica da oncologia a intervenção incide principalmente nos doentes com tumores da cabeça e pescoço. O tratamento é específico, com particular relevância nas áreas de voz, articulação, deglutição e motricidade orofacial, e carece de uma abordagem especializada. Esta abordagem está relacionada com o tipo de cirurgia e/ou os outros tipos de tratamento, quimioterapia e/ou radioterapia e ainda com os efeitos adversos dos mesmos.

Estas patologias têm consequências muito graves na qualidade de vida do doente, quer ao nível da comunicação, como da alimentação ou da auto-imagem, acarretando ainda alterações ao nível psico-socio-económico. É fundamental o trabalho do Terapeuta da Fala, inserido na vasta equipa de profissionais, para reabilitar com vista à melhor reintegração do indivíduo na sociedade. Os tempos de acompanhamento são bastante variáveis e relacionados com os factores enunciados anteriormente.

Fonte: http://www.aptf.org/#!reas-de-interveno/c1lx3

 

Maria Filomena Gonçalves e Ana Raquel Sousa, Terapeutas da Fala

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Dia Mundial da Voz
Em plena natureza, entre flores, folhas ou raízes, actores encontram remédios a que recorrem para cuidar e tratar a voz, desde...

Maria Feliz há mais de 20 anos que se dedica à medicina popular. Débora e Silvano são actores da companhia de teatro Filandorra que recorrem a chás para cuidar da voz, cujo dia se assinala hoje a nível mundial.

Maria é alemã e escolheu viver junto ao rio Sôrdo, em Moçães. É preciso descer uma encosta longa e íngreme para chegar a sua casa, e é ao longo deste trajecto que planta e recolhe muito do que precisa para a sua alimentação ou para os remédios naturais que faz.

“A natureza fornece-nos praticamente tudo o que precisamos”, afirmou.

Desde uma pequena infecção a uma doença mais grave, Maria garante que há flores, folhas, raízes ou frutos que ajudam nos tratamentos, aos quais diz que há cada vez mais pessoas a recorrer.

Para a voz e as doenças que podem afectar a garganta, criou algumas receitas que “qualquer pessoa pode fazer em casa”.

Por exemplo, para uma rouquidão ou constipação, preparou um antibiótico caseiro com própolis, uma substância resinosa obtida pelas abelhas, à qual junta álcool e que depois se deve tomar conjuntamente com pólen.

Já para uma laringite crónica criou um chá mais complexo que leva vários ingredientes: perpétua roxa, salva, flor de sabugueiro, violeta, algumas folhas de língua de ovelha, limão e gengibre, e que se deve beber ao longo do dia morno e adoçado com mel.

Algumas destas plantas podem também servir para fazer compressas que depois se colocam junto ao pescoço.

São receitas que tratam os males da voz e que diz que são mais baratas.

Na sede da Filandorra, na cidade de Vila Real, os actores começam por fazer o aquecimento da voz, um passo essencial no cuidado que têm que ter com esta importante ferramenta de trabalho.

“Os espectáculos aqui são muito constantes. Mesmo que não seja espectáculos num teatro são espectáculos de rua, portanto a nossa voz está sempre ‘on fire’. Temos mesmo que cuidar dela senão não há nada”, afirmou Débora Ribeiro.

E, na hora de escolher entre remédios químicos ou naturais, esta actriz disse prefere os naturais e que é ela mesma que faz os chás em casa e que leva para o local de trabalho.

Os seus preferidos são os de perpétua roxa, de gengibre ou até o mais comum, de cidreira.

“Principalmente quando estou afónica o chá de gengibre é aquele que mais efeito faz. No final temos que trincar a raiz e chupar um pouco. É horrível mas tem os seus benefícios”, referiu.

Silvano Magalhães tem voz possante e faz questão de a tratar com o máximo de cuidado. Não fuma, não bebe bebidas geladas ou gaseificadas e protege a zona do pescoço quando está o tempo mais frio.

“E sim, opto por beber chás, principalmente antes dos espetáculos”, sublinhou.

Este actor gosta do chá de perpétuas roxas, mas também do de casca de cebola.

“Falo por experiência própria. Já fiquei afónico na noite de uma estreia e não houve remédio comprado na farmácia que resolvesse a situação. Optei pelos remédios naturais como os chás e naquele momento eu fiquei bem”, referiu.

É também uma ferramenta que se desgasta e por isso diz que, antes de entrar no palco, é preciso não falar muito alto, não gritar, porque isso pode também “romper as cordas vocais”.

“Se não tivermos estes cuidados, mais tarde ou mais cedo vão aparecer nódulos nas cordas vocais e isso é um problema muito grave”, sublinhou.

Este actor garante que consegue actuar apenas com a sua voz e corpo, mesmo sem cenários, figurinos ou palco.

“Na Filandorra há muitos espetáculos com muita palavra, o que nos exige todos estes cuidados”, concluiu.

O Dia Mundial da Voz foi comemorado pela primeira vez em 2003 com o objectivo de dar visibilidade à voz.

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