Sociedade Portuguesa de Pneumologia e Praxair apresentam
A sede da Sociedade Portuguesa de Pneumologia recebeu a cerimónia de entrega da estatueta correspondente ao 1º lugar do Prémio...

A ocasião contou com a presença da Prof.ª Paula Pinto e do Dr. Fernando Menezes, em representação da Direcção da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Eng.ª Mónica Duarte, da Praxair Portugal Gases SA, que aproveitaram o momento para anunciar a realização de um Curso de Cough Assist, dirigido pelo Prof. Miguel R. Gonçalves, no âmbito do trabalho vencedor.

“É cada vez mais difícil levar a cabo projectos de investigação no nosso país, pelo que este tipo de prémios assumem grande importância no incentivo e apoio aos investigadores, especialmente numa área como os Cuidados Respiratórios Domiciliários. Este prémio é o reflexo do trabalho realizado em equipa, em que não posso deixar de agradecer ao Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar São João e à Faculdade de Medicina da Univesidade do Porto.”, diz Miguel R. Gonçalves, considerado um dos mais diferenciados especialistas em protocolos de Ventilação Mecânica Não Invasiva e extubação difícil em doenças neuromusculares a nível internacional, tendo sido moderador e palestrante convidado de cerca de 400 conferências e congressos científicos, em mais de 30 países.

O trabalho demonstra a eficácia da aplicação de um protocolo de tosse mecanicamente assistida no domicílio, na resolução de episódios de insuficiência respiratória aguda em pacientes com doenças neuromusculares. Concluiu-se ainda que esta terapia poderá ser um forte complemento ao suporte ventilatório, visto ser uma técnica eficaz no alívio de secreções brônquicas, promovendo uma maior eficácia terapêutica ventilatória e uma melhor resolução da exacerbação respiratória, reduzindo assim a taxa de internamentos hospitalares. 

Macedo de Cavaleiros
Um casal de enfermeiros e a superior hierárquica começaram a ser julgados em Bragança por cobrarem, durante quatro anos, mais...

O casal tinha cargos de adjuntos da antiga enfermeira directora, à época dos factos, em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Macedo de Cavaleiros, e foi apanhado, segundo a acusação, numa auditoria, e alvo de um processo disciplinar e procedimento criminal.

Os três arguidos são acusados de dois crimes continuados de peculato e dois crimes continuados de falsificação de documento e incorrem em penas que podem ir até três anos de prisão.

Segundo o Ministério Público (MP), o arguido foi nomeado adjunto da enfermeira directora no hospital de Macedo de Cavaleiros e a arguida adjunta na Unidade de Cuidados Continuados, também naquela localidade.

Na altura dos factos, os três hospitais (Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros) desta região estavam integrados no Centro Hospitalar do Nordeste, que veio a ser substituído pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, que actualmente gere todas as unidades de saúde, incluindo os cuidados primários.

A enfermeira directora é acusada de ter proposto sem o conhecimento do Conselho de Administração a atribuição de horas extraordinárias aos dois adjuntos.

De acordo ainda com a acusação, o casal registou e recebeu, pelo menos entre 2008 e 2011, um total superior a 13.500 euros de horas extraordinárias “sem que tivesse prestado trabalho efectivo, nem comparecendo ao serviço”.

As quantias - prossegue o MP - “foram autorizadas pela enfermeira directora” que “não tinha poderes para propor e autorizar tais pagamentos”.

“A competência era do Centro Hospitalar a quem não foi dado conhecimento”, acrescenta.

O casal de enfermeiros, com 52 e 49 anos, repôs parte do dinheiro, cerca de seis mil euros, segundo a acusação, quando foi alvo de um processo disciplinar, na sequência da auditoria que detectou a alegada fraude.

Crianças e adultos com mais de 50 anos estão mais susceptíveis a contrair infecção por Streptococcus pneumoniae
O avançar da idade traz consigo o enfraquecimento do sistema imunitário.

“O envelhecimento torna o ser humano mais vulnerável a bactérias como o pneumococo, o grande responsável pela pneumonia. Crianças e adultos com mais de 50 anos estão mais susceptíveis a contrair a doença mas, se no caso das primeiras há um forte investimento na imunização, no que toca à idade adulta, a prevenção acaba por ser relegada para segundo plano. A vacinação antipneumocócica não deve ser um exclusivo das crianças. Os adultos também devem ter essa preocupação”, explica Carlos Robalo Cordeiro, pneumologista, Diretos do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e presidente eleito da European Respiratory Society (ERS)

O que previne a vacinação antipneumocócica?

Prevenível através de vacinação, a infecção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma causa comum de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Para além da pneumonia, a vacina antipneumocócica previne formas graves da infecção por pneumococos, como a meningite e a septicémia, e outras menos graves como a otite média aguda e a sinusite.

Apesar da maior incidência na época das gripes, há mortes e internamentos durante os 12 meses do ano. É por isso, fundamental que se faça a vacinação, independentemente do mês ou da estação em que se está. “A vacinação pode ser feita em qualquer altura do ano”, explica o ex-presidente da SPP. “Ao contrário do que se pensa, a pneumonia não é sazonal, pelo que consideramos que a prevenção deve constituir um acto contínuo na relação médico-doente”.

Grupos de risco

As crianças e os adultos a partir dos 50 anos, são os mais afectados pela doença pneumocócica, bem como grupos de risco que incluem pessoas com doenças crónicas associadas como a diabetes, doenças respiratórias ou cardíacas, e que tenham hábitos como o alcoolismo e ou o tabagismo.

O que é a pneumonia?

A pneumonia é uma infecção do pulmão que afecta sobretudo os alvéolos. Trata-se de uma doença com consequências graves para o doente, e elevados custos para a sociedade.

Pode afectar doentes de todas as idades, em especial os mais jovens e os mais idosos. São várias as formas de pneumonia, sendo a mais frequente a adquirida na comunidade.

O Streptococcus pneumoniae é a principal causa de pneumonia em todo o mundo, estimando-se que seja responsável por cerca de 30-50% dos casos de pneumonia adquirida na comunidade com necessidade de hospitalização.

Apesar de não ser sazonal, a pneumonia tem maior incidência na época das gripes. Estima-se que a interacção entre o vírus da gripe e o principal agente causador de pneumonias (pneumococo) aumente o risco de pneumonia pneumocócica cerca de 100 vezes.1

Sabemos que o pneumococo é o responsável por, aproximadamente, 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

Sensibilização e prevenção

Devemos agir, não só no âmbito do diagnóstico e da terapêutica, mas também em relação a factores controláveis pelo próprio.  A sensibilização e a prevenção são a melhor forma de evitar a Pneumonia.

A vacinação antipneumocócica é a melhor forma de prevenção contra a Pneumonia e pode ser feita em qualquer altura do ano.

Na União Europeia, está indicada para todas as pessoas a partir das seis semanas de vida. São vários os esquemas vacinais, atribuídos de acordo com a idade.

No caso dos recém-nascidos, a vacinação deve ser feita a partir das 6 semanas e, para que a protecção seja eficaz, é fundamental cumprir o esquema de vacinação de quatro doses. Nos restantes casos, pessoas a partir dos 6 anos que ainda não tiverem sido vacinadas, podem receber uma dose única.

O adulto, quer seja saudável ou tenha doença associada, deve também fazer uma única dose acima dos 50 anos.

Para além da Pneumonia, a Vacina antipneumocócica previne formas graves da infecção por pneumococos, como a Meningite e a Septicémia, e outras menos graves como a Otite Média Aguda e a Sinusite.

Para além da vacinação antipneumocócica, a prevenção inclui a vacinação anti-gripal, a redução do consumo de tabaco e o tratamento de doenças associadas que possam susceptibilizar as pessoas para o aparecimento de pneumonias.

É importante, especialmente no Inverno, época de maior infecção gripal, evitar ambientes com grande aglomeração de pessoas. Igualmente importante, é a protecção contra o frio, hidratação e alimentação correctas.

Carlos Robalo Cordeiro, presidente da SPP, afirma “A Pneumonia pode ser mortal. É uma doença com consequências graves para o doente, elevados custos para a sociedade, e uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. 

Estudo desenvolvido pela Comissão de Infecciologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia

É cada vez maior o número de casos de Pneumonia Adquirida na Comunidade. Entre 2000 e 2009, ocorreram cerca de 8 milhões de episódios de internamentos de adultos em instituições do Serviço Nacional de Saúde em Portugal continental. 294.027 desses episódios tinham a Pneumonia como diagnóstico principal.

O estudo desenvolvido pela Comissão de Infecciologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia revelou que 3,7% do total de internamentos de adultos no nosso país tem como causa a Pneumonia Adquirida na Comunidade. Em apenas 10 anos, houve um aumento de 27,6% em internamentos. Os adultos com mais de 50 anos são a grande maioria – representam 89,6% dos internados.

Entre 1998 e 2000, a relação da média de internamentos de adultos por Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal continental versus outras causas era de 2,9%. Um número que, na década seguinte, aumentou 27,6%, situando-se, actualmente, nos 3,7%.

De acordo com o estudo, a percentagem de internamentos por Pneumonia sobe drasticamente a partir dos 65 anos: 7,1% dos internamentos nesta faixa etária são por Pneumonia. A partir dos 75 anos, o valor sobe mais de 2 pontos percentuais, situando-se nos 9,4%.

A idade é um factor de risco. 89,6% dos internados por Pneumonia, entre 2000 e 2009 em Portugal, tinha mais de 50 anos. 77,6% tinham idade igual ou superior a 65 e 58,1% já havia feito 75 anos. Não é, por isso, de estranhar, que a média de idades dos internados seja de 73 anos.

Também o sexo influencia a percentagem e a média de idade dos internamentos. 55,6% do total de internados eram homens, a maioria mais novos que as mulheres. A média de idades durante o período de análise foi de 71,2 para os homens e 75,2 para as mulheres.

A letalidade intra-hospitalar por Pneumonia Adquirida na Comunidade já se revelava preocupante no período 1998-2000, sobretudo a partir dos 50 anos. Se entre os 18 e os 50 anos, era de 4,5%, subia para os 19,4% até aos 65 anos, para 21,5% até aos 75 e para 24,8% a partir dessa idade. Em média, morriam 17,3% de internados por Pneumonia da Comunidade entre 1998 e 2000.

A tendência mantém-se e a letalidade intra-hospitalar por Pneumonia Adquirida na Comunidade subiu para os 20% na última década. Morrem, diariamente, nos hospitais, 16 adultos internados com o diagnóstico principal de Pneumonia da Adquirida na Comunidade. Verificam-se óbitos em todos os grupos etários, mesmo em indivíduos jovens e previamente saudáveis. O risco relativo de falecer no decurso do internamento aumenta 4,4 vezes depois dos 50 anos de idade.

A média das idades dos falecidos é de 79,8 anos, 78 nos homens e 82,1 nas mulheres. 97,4% tem idade igual ou superior a 50 anos, 91,7% igual ou superior a 65 e 76,6% tem, no mínimo, 75 anos.

1Shrestha S, et al. Identifying the interaction between infl uenza and pneumococcal pneumonia using incidence data. Sci Transl Med 2013. 5(191):191ra84.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Um velho Tabu… ou talvez não!!!
Desde há longas décadas que a controvérsia envolve treinadores, preparadores físicos, médicos e joga

Desde há longas décadas que a controvérsia envolve treinadores, preparadores físicos, médicos e jogadores. Sexo antes do jogo - sim ou não? A resposta a esta questão “atormenta” todos estes intervenientes, dada a impossibilidade (ainda na actualidade), de dar uma resposta cabal baseada em evidência científica. Mas é bom ou é mau? De que testemunhos dispomos?

NÃO ao SEXO – Já de acordo com Platão, nas Olimpíadas, os atletas deviam evitar actividade sexual antes da competição. António Miguel, antigo jogador de futebol e actual Responsável dos Serviços Médicos do Club Universidad Nacional Plumas (primeira divisão mexicana) afirma: “nos anos 60, os treinadores davam-nos nitrato de potássio porque diziam eles que inibia o desejo sexual, o que fazia da utilização deste produto um hábito em prisões, conventos e casernas (para além dos balneários) ”. Já o todopoderoso pugilista Muhammad Ali (Cassius Clay) afirmava: “sexo antes do combate está proibido para mim nas seis semanas anteriores porque me drena a energia do corpo.” Será?

SIM ao SEXO – De acordo com Edson Arantes do Nascimento (Pelé) – para muitos considerado o melhor futebolista do mundo, o testemunho não podia ser mais diferente – “NUNCA suspendi a actividade sexual com a minha esposa antes de um jogo. Esta coisa de que o sexo ajuda a relaxar é uma verdade comprovada”. Já Juan Carlos Medina, coordenador do Departamento de Desporto da Universidade de Monterrey utiliza o exemplo da Selecção Nacional Holandesa – “Na Copa do Mundo em 1978, na Argentina, vários jogadores estavam acompanhados pelas esposas – só ganharam o 2º lugar… não me venham dizer que não há redução da ansiedade”. Para George Best, considerado o melhor jogador que alguma vez vestiu a camisola da selecção de futebol da Irlanda do Norte – “o sexo antes de um jogo é uma rotina para mim – acreditem que nunca me fez mal”.

A grande questão passa muito pela personalidade do atleta e pelo desgaste físico envolvido. Como afirmava o lendário treinador dos New York Yankees – Casey Stangel “não é o sexo na véspera que faz mal aos rapazes, mas sim ficarem a noite toda acordados à procura dele”. A moderação é a chave – tudo o que vai envolver o sexo – festas, tabaco, álcool e a falta de descanso devem ser evitados. Já não parece haver problema para o atleta em ter actividade sexual desde que prevaleça o descanso necessário, esteja bem hidratado e evite o tabaco e bebidas que alterem a concentração. Também as crenças são importantes – se um atleta pensa que o sexo lhe vai fazer mal, provavelmente é mesmo isso que vai acontecer. No final, é o cérebro quem comanda mais uma vez…

Há que atender às necessidades individuais – para cada atleta há um padrão de ansiedade/concentração ideal antes de uma competição. Se o atleta está demasiado ansioso, a actividade sexual pode ser um factor importante de relaxamento e bom repouso. Já para o atleta que está perfeitamente relaxado, ou com pouco interesse sexual antes da competição, então o mais certo é precisar de uma boa noite de sono – Há que respeitar sempre as preferências individuais porque a consistência dos hábitos é a chave para um bom dia seguinte.

De qualquer forma, em termos fisiológicos, os poucos estudos disponíveis efectuados após 6 dias de abstinência e comparados com o dia seguinte após sexo, demonstraram que actividade sexual não altera funções relacionadas à força de preensão palmar, tempo de reacção, prova de esforço, equilíbrio e poder aeróbico. De acordo com John Bancroft, antigo Director do Instituto Kinsey para a Investigação em Sexualidade, o sexo na noite anterior não altera a “performance” desportiva, mas cuidado com o período refractário. De facto, a libertação de prolactina durante o orgasmo (apontada como principal responsável do estado de relaxamento pós-orgásmico), implica que nas primeiras duas horas após o sexo, a actividade desportiva pode estar algo comprometida – no entanto, não existe qualquer evidência que este estado se prolongue para o dia seguinte.

A questão da “agressividade” ligada à testosterona merece comentário, dado que ainda prevalece a teoria de que a abstinência promove o aumento da testosterona e o orgasmo “drena” esta mesma hormona do organismo. Desta forma, a abstinência levaria a melhor concentração nos momentos decisivos e o sexo levaria a um maior cansaço no dia seguinte. Ora, de facto esta crença não está certa. O facto é que está hoje demonstrado que, após 3 meses de abstinência, as taxas de testosterona plasmática baixam dramaticamente e que a actividade sexual aumenta a produção de testosterona, o que pode permitir a obtenção de um bom patamar atlético no dia seguinte. É uma realidade que os níveis de testosterona são reconhecidamente mais elevados nos homens que apresentam uma vida sexual activa… As conclusões pertencem a cada um…

 

Pedro Vendeira MD, PhD, FECSM - Médico Especialista em Urologia. Responsável do Núcleo de Urologia da Clínica do Dragão-IFA Medical Centre of Excellence - Porto

Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia.

Competência em Sexologia pela Ordem dos Médicos

Investigador Coordenador da ISEX

Membro da Comissão Executiva da Sociedade Europeia de Medicina Sexual

Fellow of the European Committee of Sexual Medicine

Editor-Chefe do Website da Sociedade Europeia de Medicina Sexual

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Infarmed
A lista dos Grupos Homogéneos e dos preços de referência unitários a vigorar no 2º trimestre de 2015, aprovada pela Deliberação...

De acordo com o estabelecido na alínea b) do n.º 1 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 48-A/2010, de 13 de Maio, na sua redacção actual, o Infarmed define e publica até ao 20º dia do mês, para produzir efeitos no 1º dia do mês seguinte, os novos grupos homogéneos criados após a comercialização de novos medicamentos genéricos, quando a criação do novo grupo ocorra em mês diferente do último mês de cada trimestre civil.

Assim, o Infarmed divulga a Deliberação do Conselho Directivo, disponível aqui, que aprova o aditamento à lista do 2º trimestre de 2015 dos novos Grupos Homogéneos, o qual entra em vigor no dia 1 de Maio de 2015.

Na X Semana Europeia da Vacinação, a SPP adverte
Comemorada entre os dias 20 e 25 de Abril, a X Semana Europeia da Vacinação tem como mote a renovação do compromisso com a...

O avançar da idade traz consigo o enfraquecimento do sistema imunitário. E se nos primeiros anos de vida há uma forte aposta na imunização das crianças, medidas preventivas como a vacinação são relegadas para segundo plano na idade adulta. A vacinação antipneumocócica é disso exemplo, entre os adultos, a quem a Sociedade Portuguesa de Pneumologia deixa o apelo.

“O envelhecimento torna o ser humano mais vulnerável a bactérias como o pneumococo, o grande responsável pela pneumonia. Crianças e adultos com mais de 50 anos estão mais susceptíveis a contrair a doença mas, se no caso das primeiras há um forte investimento na imunização,  no que toca à idade adulta, a prevenção acaba por ser relegada para segundo plano. A vacinação antipneumocócica não deve ser um exclusivo das crianças. Os adultos também devem ter essa preocupação”, explica Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Uma nova vacina antipneumocócica está indicada na União Europeia para a prevenção da pneumonia causada pelos 13 serotipos nela incluídos, em adultos a partir dos 18 anos. Um avanço significativo no combate à pneumonia e um importante reforço da qualidade da Saúde Pública no nosso país. Parcialmente prevenível através de vacinação, a pneumonia é uma das doenças que mais mata em Portugal.

A decisão da União Europeia baseou-se nos resultados do estudo CAPiTA, ensaio que demonstrou a eficácia desta vacina na prevenção da Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e da Doença Invasiva Pneumocócica (DIP) em adultos com idade igual ou superior a 65 anos. “O aconselhamento da vacinação antipneumocócica por parte da União Europeia será fundamental na redução do número de casos”, acrescenta Robalo Cordeiro.

Prevenível através de vacinação, a infeção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma causa comum de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Para além da pneumonia , a vacina antipneumocócica previne formas graves da infecção por pneumococos, como a meningite e a septicémia, e outras menos graves como a otite média aguda e a sinusite. As crianças e os adultos a partir dos 50 anos, são os mais afetados pela doença pneumocócica, bem como grupos de risco que incluem pessoas com doenças crónicas associadas como a diabetes, doenças respiratórias ou cardíacas, e que tenham hábitos como o alcoolismo e ou o tabagismo.

Apesar da maior incidência na época das gripes, há mortes e internamentos durante os 12 meses do ano. É por isso, fundamental que se faça a vacinação, independentemente do mês ou da estação em que se está. “A vacinação pode ser feita em qualquer altura do ano”, explica o presidente da SPP. “Ao contrário do que se pensa, a pneumonia não é sazonal, pelo que consideramos que a prevenção deve constituir um acto contínuo na relação médico-doente”.

Infarmed
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. irá proceder a um inquérito nacional aos serviços e...

Cada serviço e estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deverá assegurar a resposta ao questionário electrónico, acessível através de uma ligação electrónica que será enviada por e-mail.

A recolha de dados irá decorrer entre 22 e 30 de Abril, tendo o questionário um tempo máximo previsto para o seu preenchimento completo de cerca de 10 minutos.

Qualquer instituição que não receba a referida ligação para o questionário e pretenda dar o seu contributo, poderá solicitá-lo através do endereço electrónico [email protected], para onde poderão ser dirigidas todas as dúvidas adicionais sobre este processo.

Estudo
A maioria dos irmãos de crianças e adolescentes autistas inquirida num estudo considera que tem uma qualidade de vida...

A conclusão consta do estudo “Qualidade de vida dos irmãos de crianças/adolescentes autistas”, elaborado por Inês Bonito Pais, no âmbito da sua tese de mestrado em Ciências da Educação na Universidade Católica Portuguesa - Centro Regional das Beiras.

O estudo, que será apresentado no VI Congresso Internacional de Psicologia da Criança e do Adolescente, que decorre na quarta e na quinta-feira na Universidade Lusíada, em Lisboa, envolveu 68 crianças e adolescentes irmãos de autistas inscritos na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Viseu.

Em declarações, a orientadora da investigação, Rosa Martins, explicou que o estudo surgiu da necessidade de estudar a qualidade de vida dos irmãos de crianças e adolescentes com autismo.

O estudo concluiu que “67,51% dos irmãos de crianças com autismo tem uma qualidade de vida satisfatória”. Contudo, não se podem esquecer os restantes e, nessa perspectiva, pode considerar-se que “a qualidade de vida é mediana”, observou.

Os valores mais positivos apontados foram as questões económicas, a provocação e o estado de humor, enquanto os aspectos mais afectados foram os tempos livres, as amizades e o ambiente escolar.

A investigadora adiantou que os valores positivos apontados foram “uma surpresa” e contrariam de alguma forma os resultados de outros estudos realizados.

“Verificámos que os adolescentes têm capacidade para gerir o problema de modo a não sentirem solidão e depressão”, disse Rosa Martins, realçando também que 78% dos inquiridos consideram suficiente o dinheiro que os pais lhes dão para as suas actividades.

Disse ainda que “muitas vezes estes adolescentes são sujeitos a chacota pelos seus pares”, mas o estudo revelou que têm uma grande capacidade de ultrapassar estas provocações.

A dimensão mais negativa foi a ocupação dos tempos livres. “Eles sentem que têm uma sobrecarga relativamente ao irmão e que têm uma vida limitada em termos exteriores”, porque a família “isola-se um bocadinho pelas consequências sociais”.

Também consideram que têm uma limitação em termos de grupos de amigos por causa de terem um irmão com autismo, adiantou.

Questionados sobre se tiveram de assumir responsabilidades especiais por terem um irmão autista, 85% afirmaram que sim, sentido que têm uma sobrecarga em relação aos colegas.

As implicações acrescidas mais referidas são “o ter de o acompanhar frequentemente” o “ ter de o ajudar em tudo” e o ter “de o compreender”. As raparigas expressam mais implicações na vida pessoal do que os rapazes

Já 40% sentem que os pais lhes dão muito pouca atenção, concentrando a atenção no irmão que tem problemas.

O estudo defende que tem de haver maior sensibilização dos pais no sentido de dedicarem a devida atenção à criança autista mas sem esquecer os irmãos e uma colaboração na escola.

É essencial também que os profissionais de saúde estejam atentos às dificuldades e necessidades dos irmãos ao longo de todo o processo de acompanhamento das crianças autistas.

Em Lisboa
O Hospital Veterinário Solidário da associação sem fins lucrativos SOS Animal, no Bairro da Horta Nova, em Lisboa, está pronto...

De acordo com Sandra Duarte Cardoso, presidente daquela organização não governamental (ONG), legalmente constituída há dez anos, só falta que a Ordem dos Médicos Veterinários reconheça o director clínico da instituição. A Lusa contactou a Ordem para tentar perceber porque ainda não foi passada a acreditação do responsável, mas até ao momento não recebeu qualquer esclarecimento.

O hospital, onde há duas salas de consultas, uma de raio-x, um laboratório de análises, um bloco de cirurgia e três enfermarias (uma para gatos, outra para cães e uma outra para os casos infectocontagiosos), ocupa uma loja do Bairro da Horta Nova, arrendada à Câmara Municipal de Lisboa.

As obras de recuperação e adaptação do espaço, que estava “em muito más condições”, demoraram cerca de três anos e meio, contou Sandra Duarte Cardoso.

As intervenções foram sendo feitas “aos poucos” com recurso a verbas da associação, dinheiro arrecadado em acções pontuais, doações do “maior mecenas” da SOS Animal (um hotel em Lisboa) e até da família de Sandra.

Quando funcionar, o hospital, cujo modelo “existe em vários pontos do mundo”, terá quatro tabelas de preços: uma normal, para o público em geral, uma outra para os associados, associações e colaboradores da SOS Animal e duas para pessoas carenciadas, devidamente sinalizadas.

“Essas pessoas vão ter acesso aos cuidados médico-veterinários com preços controlados (pagarão o preço de custo) ou se não tiverem rendimentos não pagam nada”, explicou a responsável.

O facto de este ser “um bairro muito carenciado”, vizinho de outro em condições semelhantes, o Bairro Padre Cruz, fez com que a SOS Animal optasse por instalar ali o hospital, “não só para dar apoio médico-veterinário e de saúde pública (neste bairros há situações de adultos e crianças com doenças passadas pelos animais), mas também para trabalhar com os moradores no aspecto de formação cívica e respeito pelos animais”.

Além disso, a associação pretende “criar postos de trabalho e também bolsas de estudo, para fomentar vontade e gosto em trabalhar com os animais”.

Moradores do bairro lamentaram que o equipamento, que “faz tanta falta”, esteja de portas fechadas.

“Não se admite que esteja aqui uma coisa tão perfeita e tão perto de nós e esteja fechada, que haja uns entraves para não deixar isto abrir”, disse Albano de Almeida, que tem uma cadela e um gato que resgatou da rua.

Referindo que no bairro há “dezenas de cães”, o morador lamentou ter que ir “a uma clínica longe” de cada vez que os animais precisam de alguma coisa.

“Poupava não só em transportes como em consultas. A gente sabe como são as clínicas privadas, eu sei porque já me tocou no corpo”, disse.

Também Luísa Joaquim, vizinha da Horta Nova, considerou “uma pena” o hospital não abrir, porque “há muita gente que precisa da SOS para os animais que tem”.

“Aparecem muitos animais abandonados porque as pessoas não têm dinheiro para irem para as clínicas. Eu sei porque tive dois animais, foi uma fortuna que eu gastei e ao fim ao cabo eles morreram”, recordou.

Luísa já não tem animais em casa, mas, com a amiga Maria Leopoldina Carolino, trata e alimenta cerca de uma dezena de gatos de rua.

“Há pessoas que nos ajudam, dão-nos ração. Vamos lá tratar deles todos os dias”, contou Maria Leopoldina, referindo que “as pessoas não têm possibilidades de levar os animais ao veterinário, as clínicas privadas são um balúrdio, e acabam por abandoná-los”.

Maria Leopoldina acredita que o hospital “ia facilitar muito”, porque assim, “as pessoas que não têm posses acabavam por não abandonar os animais”.

A presidente da SOS Animal lamentou não poder ajudar a população, referindo que “as pessoas às vezes não compreendem e ficam tristes com a associação”.

“Mas se atendemos temos um problema grave legal. Nós não podemos fazer qualquer tratamento médico-veterinário dentro do hospital até termos licenciamento, senão estamos a recorrer numa contraordenação que implica uma coima muito grande que pode inviabilizar o projecto”, explicou.

45 milhões de euros por ano
A Ordem dos Médicos defende uma maior reutilização de dispositivos médicos e cirúrgicos de uso único, considerando que são...

“A Ordem pretende que nos sectores em que seja possível reduzir os custos sem pôr em causa a qualidade que isso seja efectivado. Um dos sectores tem a ver com o reprocessamento de dispositivos médicos. É possível alargar o âmbito do reprocessamento, reduzindo os custos da saúde e sem pôr em causa a qualidade”, afirmou o bastonário dos Médicos.

A Ordem vai realizar na quinta-feira um debate sobre a reutilização dos dispositivos médicos (como máquinas de sutura, tesouras de corte ou dispositivos cardíacos) considerando que esta prática em Portugal ainda é “muito restrita e está condicionada por um jogo complexo de interesses”.

“Há ainda um grande receio e uma falta de debate, condicionado por interesses, na questão do reprocessamento”, referiu o bastonário José Manuel Silva.

Em Maio de 2013, o Ministério da Saúde publicou em Diário da República um despacho sobre os dispositivos médicos de uso único reprocessados, com o objectivo de “estabelecer condições adequadas de segurança que permitam alcançar poupanças indispensáveis”.

Na altura, a Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações em Portugal contestou este reprocessamento de dispositivos de dose única, considerando-o um “atentado à saúde pública”.

O bastonário salientou que os médicos estão convictos de “que é possível alargar o reprocessamento, mantendo ou até melhorando a qualidade”, com o argumento de que há razões técnicas e científicas para afirmar a segurança do processo.

“Nós actualmente transplantamos órgãos, não há nenhuma razão técnica que possa limitar, em circunstâncias bem definidas, a reutilização/reprocessamento de dispositivos médicos”, declarou José Manuel Silva.

O reprocessamento pode até trazer mais segurança, insiste o bastonário, dado que tem uma “garantia de funcionamento exactamente pelo facto de [o dispositivo] já ter sido usado e demonstrado que não falha”.

Para a Ordem, a decisão de utilização única de um dispositivo, que geralmente cabe à própria indústria, “visa mais os interesses de quem o produz do que motivações técnicas”.

Depois de uma utilização dos dispositivos, eles são enviados para reprocessamento numa fábrica que tem de estar certificada. São retirados todos os contaminantes, depois os dispositivos são limpos, esterilizados, selados e passíveis de rastreabilidade.

Esta prática é já seguida, por exemplo, no hospital de São João, no Porto.

O reprocessamento de dispositivos médicos e cirúrgicos de uso único é corrente noutros países, como o caso dos Estados Unidos, onde 60% dos seus cinco mil hospitais já recorrem a este método.

10.ª edição
Organização Mundial da Saúde assinala a Semana Europeia da Vacinação, entre 20 e 25 de Abril, dedicada ao tema “Prevenir....

Entre os dias 20 e 25 de Abril, celebra-se a 10.ª edição da Semana Europeia da Vacinação, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – Região Europeia. O objectivo desta semana é aumentar a cobertura da vacinação, através da sensibilização para a sua importância, nomeadamente entre os pais, profissionais de saúde, políticos e meios de comunicação.

O tema deste ano é “Prevenir. Proteger. Imunizar” (“Prevent. Protect. Immunize.”) e alerta para a necessidade de imunização de todas as crianças, o que é considerado como um aspecto fundamental para prevenir doenças e proteger a vida.

O sucesso dos programas de vacinação implementados nas últimas décadas nos países industrializados levou a que a maioria das pessoas nunca tenha testemunhado os efeitos devastadores provocados pelas doenças transmissíveis evitáveis pela vacinação.

Por este motivo, algumas pessoas começaram a hesitar no momento de vacinar os filhos. Em alguns países, registou-se uma redução do número de crianças vacinadas o que conduziu ao reaparecimento de surtos de doenças consideradas quase eliminadas, como o sarampo, a difteria e a rubéola. Como consequência, muitas crianças adoeceram, foram internadas com complicações graves ou morreram.

De acordo com a Direcção-Geral da Saúde, Portugal tem tido excelentes taxas de cobertura vacinal, pelo que, até agora, o país tem estado protegido de surtos como os que têm surgido noutros locais da Europa e do Mundo. Em Portugal, o Programa Nacional de Vacinação assegura que as vacinas são administradas nas alturas da vida consideradas adequadas para dar o máximo de protecção, o mais cedo possível.

 

Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego
Nenhuma mulher é obrigada a fazer prova de evidência de leite, para ter direito à amamentação, garantiu a Comissão para a...

A resposta da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) surge na sequência de dois casos dados a conhecer pelo jornal Público, em que duas enfermeiras, uma do Hospital de Santo António e outra do Hospital do São João, no Porto, dizem ter tido de comprovar às entidades laborais que estavam a amamentar, “espremendo leite das mamas à frente de médicos de saúde ocupacional”.

Em resposta, a presidente da CITE esclareceu que o direito à dispensa para amamentar está previsto no Código do Trabalho, tendo a mulher de comunicar à entidade patronal com dez dias de antecedência em relação ao início da dispensa.

Na mesma altura, deve apresentar atestado médico comprovativo, procedimento que deve ser igualmente feito caso a dispensa se prolongue para lá do primeiro ano de vida do filho.

“A legislação laboral não prevê qualquer outra comunicação de trabalhadora lactante ao empregador, de modo a comprovar o seu estado”, garantiu Joana Gíria.

O caso, conhecido no sábado, levou, entretanto, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, a desresponsabilizar-se, dizendo não ter conhecimento da metodologia aplicada.

A legislação portuguesa em vigor permite que as trabalhadoras, que estão em período de amamentação, possam ter uma redução horária até duas horas diárias para apoio aos filhos.

Quando os filhos fazem um ano, e se continuarem a ser amamentados, a legislação portuguesa obriga as mulheres que estão a amamentar a entregar uma declaração do médico assistente, na qual este ateste aquela situação.

Erradicação ainda longe
Especialistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe sustentaram que são menos as mortes causadas...

Os investigadores falavam numa mesa-redonda sobre a “Pré-eliminação da malária na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)” do 1º Congresso Lusófono de Doenças Transmitidas por Vectores, que decorre no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa.

Em Angola, segundo o coordenador do Programa de Controlo das Epidemias, Filomeno Fortes, embora a mortalidade tenha caído para metade, de 10.505 casos em 2009 para 5714 em 2014, continua a haver três milhões de casos por ano, de que resultam seis mil óbitos anuais.

E estes são os casos de que há registo, sublinhou o mesmo responsável, recordando que cerca de 40% dos angolanos não tem acesso ao serviço nacional de saúde e que “todo o país é endémico”, tendo mostrado um mapa entomológico de Angola a indicar que cerca de 20 espécies de mosquitos transmitem a doença e que esta continua a ser a principal causa de morte no país, não havendo para este ano financiamento do Governo.

Quanto ao cenário no Brasil, é bastante mais animador. De acordo com Paola Marchesini, coordenadora do Programa Nacional de Controlo da Malária brasileiro, “a doença está erradicada na maior parte do país e só existe na região amazónica, segundo dados de 2014.

A especialista frisou que “o diagnóstico é gratuito e rápido e que o tratamento também é gratuito em casos confirmados”, acrescentando que a malária “é uma doença de notificação compulsória” e que “cada caso gera uma notificação que entra no sistema informático”.

Cabo Verde está, disse Júlio Rodrigues, coordenador do Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo, “em situação de pré-eliminação da doença, o que significa menos do que um caso por mil habitantes”, após várias situações de quase erradicação da mesma, a que se seguiram epidemias, porque “o país desleixou”.

Neste momento, indicou, “Santiago e Boavista são as únicas duas ilhas com malária em Cabo Verde", registando 26 casos em 2014, e que "a meta é a eliminação até 2020, definida na Política Nacional de Saúde”, gastando anualmente o Governo cerca de meio milhão de euros.

Na Guiné-Bissau, o especialista Paulo Djatá, coordenador do Plano Nacional de Luta contra o Paludismo (PNLP), traçou um retrato mais sombrio da actual situação no país.

“Apesar de o número de mortes devidas a malária se ter reduzido para metade entre 2000 e 2011, a malária é um problema de saúde pública na Guiné-Bissau, onde se registam 91% dos óbitos ligados à doença em todo o mundo”, sublinhou, acrescentando que é a principal causa de internamento e mortalidade, sobretudo das crianças com menos que cinco anos”.

Djatá precisou que, segundo dados de 2011, dos 174.986 casos notificados, 38,9% eram de crianças menores de cinco anos e que, dos 472 óbitos ocorridos, 45% foram de crianças menores de cinco anos”.

Para este estado de coisas, contribuem factores como “a insuficiência de recursos humanos no PNLP, a fraca comparticipação financeira do Estado e a falta de coordenação das acções dos parceiros no terreno”, entre outros que enumerou.

Em São Tomé e Príncipe, segundo Hamilton Nascimento, coordenador do PNLP, “a incidência da doença passou de 38,4% em 2009 para 9,3 em 2014 e a mortalidade passou de 14,3% para zero casos”.

“No Príncipe, a incidência é baixa; São Tomé tem maior incidência, mas varia de região para região”, indicou, acrescentando que o país se encontra “na fase de pré-eliminação” e que “o plano estratégico para 2012-2016 é ter menos que um caso por mil habitantes”.

Uma preocupação comum a todos estes países de língua portuguesa é a resistência às substâncias usadas para tratar a doença. A esta, acresce ainda, no continente africano, a contrafacção de medicamentos, que faz com que o número de vítimas aumente, por ausência de tratamento, e a falsificação dos produtos médicos.

Assinado hoje
Protocolo de colaboração no domínio da investigação científica entre o INSA e a FFCUL é assinado hoje em Lisboa.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL) assinam hoje, dia 21 de Abril, pelas 16 horas, na sede do INSA, um protocolo de colaboração no domínio da investigação científica.

Com este protocolo pretende-se aumentar o aproveitamento das potencialidades das duas instituições para o desempenho das respectivas missões, através de actividades de investigação científica, do desenvolvimento tecnológico, da prestação de serviços e da promoção de iniciativas que contribuam para o fortalecimento da intervenção na comunidade. Na prática, este acordo destina-se a definir a participação conjunta em projectos de investigação e desenvolvimento, garantindo ao INSA um estatuto paralelo ao que outras entidades de acolhimento têm com a FFCUL.

Assim, o INSA vai colaborar com a FFCUL nos seguintes domínios:

  • Acolhimento de projectos que decorram sob coordenação ou com intervenção dos seus investigadores;
  • Disponibilização de investigadores e técnicos para desenvolver as acções de interesse comum e que envolvam equipas das duas instituições;
  • Coordenação e responsabilização pelas acções conjuntas, nos termos dos programas de trabalho e contratos estabelecidos com entidades financiadoras;
  • Utilização das suas instalações e de outros recursos técnicos, materiais e informáticos que sejam necessários e adequados à realização de projectos e contratos.

A colaboração científica entre o INSA e a FFCUL é uma realidade desde 1998 em projectos colaborativos e através do BioFIG (Center for Biodiversity, Functional & Integrative Genomics, 2006-2014) e do BioISI (Biosystems and Integrative Sciences Institute, 2015-2020). Tratam-se de duas unidades de investigação associadas à FFCUL e em que o INSA se constituiu como instituição parceira.

Melhoria das terapêuticas médicas e cirúrgicas
Em cada mil bebés, oito sofrem de cardiopatia congénita e quatro precisarão de ser operados. Maioria fica sem problemas.

Tratar de um bebé com um problema grave no coração é uma batalha para os médicos. Salvar-lhe a vida é a recompensa. Como o caso de Flor, que está quase a fazer dois anos. A menina recebeu um coração novo aos oito meses, em Dezembro de 2013, depois de ter estado quatro meses ligada a um coração artificial até ter encontrado um dador. E quando chegam a adultos criam-se novos desafios. Em cada mil bebés nascidos, oito vão sofrer de uma cardiologia congénita, uma mal formação na estrutura do coração que não tratada leva à morte. Destas oito crianças, quatro vão precisar de ser operadas. A taxa de sobrevivência imediata é de 97%, escreve o Jornal de Notícias na sua edição de hoje.

Bons resultados que estão a levar à criação de nova especialidade: a de cardiologistas pediátricos que se estão a transformar em especialistas de cardiopatia congénita para tratar destas crianças quando chegam a adultos. "Há umas décadas a mortalidade era elevada, mas houve grandes melhorias das terapêuticas médicas e cirúrgicas e estas crianças vão chegar à idade adulta. Têm de existir centros de adultos capazes de tratar esta doença", diz Conceição Trigo, cardiologista pediátrica no Hospital de Santa Marta e que moderou um debate sobre o tema no 36.º Congresso Português de Cardiologia.

A cardiopatia congénita não é a única a lançar o desafio. Existem outras doenças graves, mais raras, como a miocardiopatia dilatada - que impede o coração de bombear sangue para todo o corpo - e que obriga a transplante. Conceição Trigo continua a acompanhar Flor. "Está óptima e a viver no Porto. Vem cá para as consultas de seguimento. Está sem problemas", garante.

 

Em Évora
De 23 a 25 de Abril decorre a 11ª edição dos Encontros da Primavera, que conta com mais de 1.000 profissionais de saúde e a...

“A oncologia é, como sabemos, uma das áreas da medicina com maior desenvolvimento na actualidade, pelo que uma abordagem a partir do “standard” actual, mas virada para os temas de futuro, parece-nos ser uma estratégia adequada”, afirma o Dr. Sérgio Barroso, presidente dos Encontros da Primavera.

Ao longo de todo o congresso são debatidas várias patologias oncológicas como por exemplo o cancro da mama, o melanoma e o cancro da tiróide, com a intervenção de peritos nacionais e internacionais. No dia 23 de Abril realiza-se o Curso Pré-congresso com o mote “Oncologia e cuidados de saúde primários”, dedicado em exclusivo aos Médicos de Clínica Geral.

Neste evento serão também apresentados os resultados de um inquérito realizado aos profissionais de saúde sob o tema “Percepções e preocupações dos profissionais ligados à Oncologia em Portugal”.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A campanha “Hora do Sol Saudável” regressa às escolas portuguesas para ensinar as regras e os riscos da exposição solar em...

Nesta edição, o projecto tem como Embaixador o Cifrão, conhecido cantor e bailarino, que criou a música e videoclip para a campanha. Até 15 de Maio, as crianças serão desafiadas a recriar um vídeo que alerte para os malefícios da exposição solar, em que os critérios de avaliação serão criatividade, originalidade e utilização das mensagens correctas.

“A prevenção do cancro da pele é uma das principais preocupações da Liga Portuguesa Contra o Cancro nas diversas ações de sensibilização que promove. Todos os anos, procuramos informar e sensibilizar toda a população para a necessidade de adoptar comportamentos responsáveis face à exposição solar”, começa por explicar Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). “Projectos como a Hora do Sol Saudável são essenciais para envolver e cativar a comunidade escolar. É primordial garantirmos que as mensagens de prevenção são incorporadas desde logo no processo de crescimento das crianças. Por isso, as escolas e educadores têm um papel importantíssimo”, acrescenta.

Portugal tem, a cada ano, 800 novos casos de melanoma e está na cauda da Europa (apenas à frente da Alemanha) no que respeita à utilização de protectores solares, onde a taxa de penetração é apenas de 67%.

Para Inês Caldeira, Country Manager L’Óreal Portugal, esta mudança de comportamento passa por encontrar projectos e campanhas que envolvam a comunidade. ”A Garnier Ambre Solaire está unida com a LPCC, há cerca de 15 anos, pela mesma causa que é proteger o património solar das nossas crianças. Juntos, queremos levar esta causa a todas as escolas do ensino básico em Portugal para que todas as crianças entre os 6 e os 10 anos adoptem comportamentos solares mais responsáveis e saudáveis. Pretendemos que mais de 1 milhão de portugueses use protector solar até 2020 e que 8 de 10 portugueses passem a estar protegidos do sol. O objectivo é que 7.7 milhões de portugueses usem protector solar!”

A campanha “Hora do Sol Saudável” parte do princípio de que o Sol é indispensável à vida e que os raios solares nos ajudam a fabricar a vitamina D, fundamental para o desenvolvimento ósseo. Por outro lado, pretende também mostrar que o Sol em excesso é maligno e ensinar a população a distinguir entre exposição solar benéfica e exposição solar excessiva e perigosa.

O concurso arranca dia 14 de Abril e as inscrições devem ser feitas até dia 30 de Abril. Após a inscrição, as turmas recebem um kit pedagógico sobre a campanha e têm até dia 15 de Maio para fazer o upload do vídeo na plataforma www.horadosolsaudavel.pt

Os vencedores serão divulgados no dia 1 de Junho e escola vencedora receberá um prémio de 2.500 euros e uma aula de dança com o embaixador. Adicionalmente, o 2º lugar receberá 1.000 euros e para o 3º lugar, um prémio no valor de 500€. Os Prémios monetários deverão ser utilizados no melhoramento e/ou requalificação das instalações das escolas vencedoras. O júri será composto por um elemento representante da LPCC, da Garnier Ambre Solaire e pelo Cifrão.

Especialistas explicam
Logo que se levanta sente-se cansado? Mesmo depois de um fim-de-semana a descansar?

Acontece uma em cada cinco pessoas, escreve o jornal britânico Daily Mail que foi ouvir vários especialistas na área da saúde e explicaram as causas. Porém apesar da elevada frequência com que ocorre, apenas 10% dos indivíduos recorre ao médico por causa desse cansaço. Destes 10%, só metade são diagnosticados com problemas de saúde, como falta de ferro ou hipotiroidismo. Conclusões do mesmo jornal que revela 7 razões que podem estar na origem dessa fadiga.

É perfeccionista?

Ser perfeccionista pode consumir a energia de qualquer um, pois é capaz de passar o dia todo a questionar as duas decisões.

Segundo Irene Levine da New York University-Langone School of Medicine “os indivíduos perfeccionistas tendem a passar o dia preocupados com o que fazem, questionando se é suficientemente bom”.

Bebe demasiado café?

A cafeína é um estimulante e quando consumida envia uma mensagem às glândulas produtoras do stress, adrenalina e cortisol. Marilyn Glenville, nutricionista e autor de A Bíblia Saúde Natural para as Mulheres explicou que depois de uma chávena de café as pessoas sentem-se cheias de energia e em alerta. Porém a glicemia (nível de açúcar no sangue) desce e começa a sensação de cansaço. Isso faz com que beba outro café e inicie um ciclo de energia-cansaço-energia-cansaço… “A cafeína pode parecer a resposta para o cansaço, mas é um falso amigo”, disse Marilyn Glenville.

Consome demasiados hidratos de carbono?

O nutricionista explicou que pode haver pessoas a apresentar cansaço devido à alimentação demasiado rica em hidratos de carbono e que pensam estar a dar-lhes energia.

Alimentos como a massa, pão, arroz, bolachas ou o chocolate provocam picos e quebras dos valores de açúcar no sangue. Para libertar a energia mais devagar e evitar o cansaço, deve ingerir alimentos com baixo índice glicémico.

A menstruação causa-lhe distúrbios do sono?

De acordo com vários estudos, muitas mulheres têm dificuldade em dormir principalmente na fase lútea do ciclo – 11 dias antes do inicio da menstruação. A razão deve-se à baixa produção hormonal que ocorre nesta fase.

Há inclusive evidências de algumas mulheres que têm distúrbios do sono graves como a insónia (falta de sono), hipersonia (excesso de sono) ou parassonias (que incluem problemas como o sonambulismo, terrores nocturnos, pernas inquietas, etc.).

Não come proteínas em quantidade suficiente?

Acontece a muitas pessoas ter falta de energia algumas horas após o almoço ou antes do jantar. A razão pode ser a falta de consumo de proteínas, revelou Nicola Shubrook, nutricionista da Wellness Urban, em Londres.

As proteínas são aliadas contra o cansaço. Caso não as inclua na sua alimentação, o cansaço poderá ser uma das consequências. Por isso, há que privilegiar alimentos que as contêm, como a carne, o peixe, o feijão, as lentilhas ou as nozes

Tem diabetes de tipo 2 e não sabe?

Cansaço constante, geralmente acompanhado de problemas de visão, uma sede constante e vontade em urinar com frequência? Estes podem ser sinais de diabetes tipo 2 não diagnosticada.

Tem os níveis de testosterona baixos?

Nos homens, o cansaço - acompanhado da perda de pelos no corpo, perda de libido e dificuldade de concentração - pode ser causado por baixos níveis baixos desta hormona sexual.

Se assim for, “há igualmente uma perda da massa muscular e o homem sentir-se-á cansado em qualquer actividade física”, disse Mark Vanderpump, endocrinologista consultor no Royal Free Hospital, em Londres.

Os baixos níveis de testosterona causados por uma condição conhecida como hipogonadismo. Esta condição afecta cerca de 5 mil homens e a causa é desconhecida, embora possa ser genética.

 

Adaptado de http://www.dailymail.co.uk/health/article-3037341/Are-exhausted-perfectionism-lack-protein-coffee-reveal-seven-surprising-reasons-lacking-energy.html

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Cruz Vermelha Portuguesa
Nos próximos dias 24, 25 e 26 de Abril, sexta, sábado e domingo, a Cruz Vermelha Portuguesa vai realizar mais uma campanha...

Durante os três dias, voluntários da Cruz Vermelha Portuguesa vão estar em mais de 200 lojas de todo o país e ilhas, a apoiar na recolha dos alimentos. Todos os portugueses podem aderir a esta causa e contribuir com produtos como papas e produtos para bebés, leite e leite em pó, enlatados diversos, farinha, azeite, cereais, arroz, massa, açúcar, entre outros bens essenciais.

Os bens doados serão posteriormente distribuídos por famílias carenciadas, identificadas pelas cerca de 100 Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa, de acordo com as necessidades mais urgentes de cada região, a nível nacional, com o objectivo de ajudar muitas famílias portuguesas que procuram apoio junto da Instituição.

A Cruz Vermelha Portuguesa convida todos os portugueses a participarem nesta iniciativa e agradece a sua contribuição, em nome das famílias que mais precisam.

Faculdade de Medicina de Lisboa
Em nome da campanha Stop Diabetes, no dia 22 de Abril, os alunos da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa...

Esta campanha de prevenção, informação e divulgação do Programa Nacional para a Diabetes (PND), que conta com o apoio da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal e da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, tem vindo a alertar para a urgência de travar a epidemia da Diabetes que, em 2030, pode atingir um em cada três portugueses.

Com o objectivo de sensibilizar a população para a adopção de estilos de vida mais saudáveis, como forma de prevenir e controlar a Diabetes, a Stop Diabetes levou já a cabo diversas iniciativas: um curso para jornalistas; criação de spots de sensibilização para os grandes painéis de Lisboa, divulgação de informação na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) com frases em displays electrónicos, cartazes e folhetos nos autocarros; distribuição de um Cartão de Identificação da pessoa com diabetes por todo o país; criação de um site e actualização diária de uma página de Facebook; entre outras.

“Com este projecto nacional, que teve início em 2012, temos levado a discussão sobre a diabetes aos mais diversos quadrantes da sociedade. É importante falar sobre esta doença com os familiares, amigos e colegas, desmistificar tabus e propor o tema a dirigentes, representantes ou líderes políticos para que tomem medidas desde já. Prevenir a Diabetes é um dever de todos e começa com cada um de nós”, reforça José Manuel Boavida.

A Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML), uma das mais antigas associações estudantis de Portugal (fundada em 1914), dá o seu apoio à Campanha sensibilizando as pessoas para optarem comportamentos mais saudáveis, concretamente: perder de 5 a 7% do peso, em caso de excesso de peso; fazer 30 minutos de actividade física por dia; comer 5 porções diárias de frutas ou legumes; beber no mínimo 1,5 litros de água por dia.

Em simultâneo, com a venda das maçãs, esta acção está também a apoiar o Núcleo Jovem (NJA) da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP). O NJA foi fundado em 2012 por jovens com diabetes com o intuito de promover actividades em grupo para outros jovens com diabetes. A sua mais recente acção consiste na preparação de uma equipa para participar no Campeonato Europeu de Futsal para pessoas com diabetes (Diaeuro 2015) que acontece em Julho.

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