Iniciativa pretende assinalar o Dia Mundial do Rim
A DaVita Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, vai promover uma iniciativa de rastreio à doença renal no dia...

“O nosso principal objetivo é consciencializar todas as pessoas para a importância da prevenção da doença renal nos seus estádios iniciais, quando ainda é possível retardar ou atrasar a sua progressão. Desta forma, através dos rastreios e dos ensinamentos da nossa esquipa esperamos conseguir incentivar as pessoas a proteger a saúde dos rins, com pequenas mudanças no seu comportamento e estilo de vida”, explica Paulo Dinis, Diretor-Geral da DaVita Portugal.

O rastreio à doença renal consiste na avaliação da tensão arterial, frequência cardíaca, glicemia capilar, peso e altura, e presença de proteínas na urina.  São fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crónica a hipertensão arterial, a doença cardiovascular, a diabetes, o excesso de peso ou a obesidade.

Estas avaliações serão realizadas por equipas de médicos nefrologistas e enfermeiros de diálise das Clínicas DaVita Benfica e DaVita Sacavém que, “considerando o seu nível de perícia na área, vão também realizar ensinos, sensibilização e aconselhamento sobre outros fatores de risco e hábitos de vida saudável que contribuem para a saúde renal”, conclui Paulo Dinis.

A doença renal crónica é provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Nas fases mais avançadas, as pessoas com esta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o transplante renal.

 
Revela inquérito da GSK
Quase metade dos adultos acredita que é pouco provável vir a desenvolver infeção por herpes zoster, vulgarmente conhecida por...

O estudo, que envolveu 3500 adultos com 50 anos ou mais de 12 países, avaliou a compreensão dos inquiridos relativamente ao herpes zoster, analisando também os meios preferenciais dos adultos para obterem informações relacionadas com a saúde. Os resultados mostram que um grande número de pessoas com 50 ou mais anos de idade recorre frequentemente a meios menos tradicionais para aceder a informações sobre saúde, com 90% dos inquiridos a afirmarem que utilizariam motores de busca na Internet, como o Google.

"Não há dúvida de que estes resultados mostram a clara necessidade da educação e sensibilização da população para os riscos e o impacto deste vírus. Esta é uma doença que não pode ser subestimada, principalmente em pessoas acima dos 50 anos”, afirma Neuza Teixeira, Diretora Médica da GSK.

Uma percentagem bastante elevada dos inquiridos não compreende o risco de vir a desenvolver herpes zoster, com 86% a subestimá-lo. Um quarto (26%) estima que uma em cada 100 pessoas corre o risco de vir a desenvolver herpes zoster durante a sua vida, quase um quinto (17%) estima que pode afetar 1 em cada 1000 pessoas. Os dados revelam assim algumas lacunas significativas na compreensão do risco de herpes zoster entre as pessoas com 50 anos ou mais, um grupo que já se encontra em risco de vir a desenvolver a doença.

Os resultados do inquérito evidenciam também uma falta de sensibilização para a dor que o herpes zoster pode causar. A doença, que normalmente se apresenta como uma erupção cutânea, com bolhas dolorosas no peito, no abdómen ou na face, é frequentemente descrita como uma sensação de dor, ardor, picada ou choque. No entanto, 1 em cada 10 adultos inquiridos não conhece os sintomas mais comuns do herpes zoster e mais de um quarto (28%) acredita que o herpes zoster é "essencialmente inofensivo".

O herpes zoster é causado pela reativação do vírus varicela-zoster (VZV), o mesmo que causa a varicela. À medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunitário vai diminuindo a sua função, aumentando a probabilidade de reativação deste vírus que se encontrava "adormecido" no organismo, e colocando, assim, as pessoas com 50 anos ou mais em risco acrescido de vir a desenvolver herpes zoster.

Após a erupção cutânea característica do herpes zoster, existem casos em que pode surgir uma complicação associada ao Herpes Zoster, a nevralgia pós-herpética (NPH), que consiste numa dor nervosa de longa duração que pode durar semanas ou meses e, ocasionalmente, persistir durante vários anos. Esta é a complicação mais comum do herpes zoster, ocorrendo em 5% a 30% de todos os casos, de acordo com os resultados de vários estudos.

"É muito importante que continuemos os nossos esforços, ao lado da Federação Internacional sobre o Envelhecimento, para aumentar a consciencialização sobre o risco de herpes zoster em adultos com mais de 50 anos. Estas novas descobertas revelam uma falta de conhecimento sobre a doença e quem está em risco. O herpes zoster pode ser uma doença debilitante com um impacto significativo na qualidade de vida quotidiana das pessoas afetadas. Na terceira Semana de Sensibilização para a Zona, pedimos às pessoas que falem com um profissional de saúde sobre esta doença tão dolorosa que poderá afetar-nos ao longo da nossa vida.", conclui Neuza Teixeira.

Uma avaliação dos dados de pesquisa global do Google ao longo de 12 meses a partir de setembro de 2022 mostra que pode ser necessária mais clareza sobre a doença, tal como evidenciado pelas pesquisas online. Foi registado um aumento de 600% nas pesquisas por "fases da erupção cutânea da zona em imagens", o que evidencia um interesse crescente pelo herpes zoster, bem como uma maior prevalência de fontes online que fornecem informações relacionadas com a saúde.

‘Looking today at tomorrow’s immunotherapy’
O papel emergente das terapias celulares nas doenças hemato-oncológicas vai estar em análise na Conferência ‘Looking today at...

Os recentes avanços científicos levaram ao desenvolvimento de opções de tratamento que vão mais além das mais conhecidas, tais como a cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapêuticas dirigidas. O tratamento através de células T com recetores de antigénio quimérico (CAR) é uma forma de tratamento individualizado que pode ser administrado a doentes com linfomas agressivos, leucemias agudas e mieloma múltiplo. Este é uma forma de imunoterapia, o que significa que utiliza o próprio sistema imunitário do doente para combater o cancro.

Manuel Abecassis, presidente da APCL, explica que “A imunoterapia, na sua vertente celular, é uma das armas mais eficazes no tratamento do cancro, com especial destaque para as neoplasias hematológicas. O tratamento com células CAR-T tem apresentado resultados consolidados, demonstrando o seu potencial curativo.” Relativamente à importância do evento, o presidente da Associação, refere que “Ao dinamizarmos um evento desta natureza, que junta especialistas de várias partes do mundo, estamos não apenas a informar, mas a capacitar aqueles que lidam com a doença. Cada nova descoberta, cada debate, são um passo em direção a um futuro onde o acesso a terapias inovadoras será uma realidade para todos os que enfrentam a batalha contra as doenças hemato-oncológicas”.

“Prevê-se que as terapias celulares venham a desempenhar um papel determinante na abordagem terapêutica dos cancros hematológicos a nível mundial” afirma a Elisabete Gonçalves, Diretora de Assuntos Regulatórios e Científicos da Europa na CTI Clinical Trial and Consulting Services. “As oportunidades de partilha de conhecimento e experiências sobre a aplicação destas terapias constituem uma ocasião valiosa para dar um passo em frente no sentido de aumentar o acesso dos doentes a estas ferramentas terapêuticas inovadoras”, acrescenta a oradora convidada.

Arnon Nagler, Presidente do Centro de Hemato-Oncologia do Sheba Medical Center, em Israel, Didier Blaise, Chefe do Departamento de Hematologia e Terapia Celular do Instituto Paoli-Calmettes de Marselha, em França, J. Chang, Presidente do Instituto Médico Geno-Imune de Shenzhen, Fernando Leal da Costa, Maria Gomes da Silva, João Raposo, Gilda Teixeira, José Mário Mariz e Manuel Guerreiro, são outros dos especialistas convidados que se destacam nas áreas da hematologia e/ou oncologia que vão marcar presença no evento. A destacar ainda a participação de Margarida Serra investigadora no iBET e de Sérgio Chacim, Eduardo Espada, Ana Carolina Freitas e Ximo Duarte, hematologistas que apresentarão os resultados nacionais.

A participação é livre, mediante inscrição prévia até dia 15 de março.

 
Défice de Alfa-1 Antitripsina
No âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras, que se assinala a 29 de fevereiro, o Grupo de Estudos de Défice de Alfa-1...

“Este encontro proporcionará uma interação entre a pessoa com Deficiência de Alfa-1 Antitripsina (DAAT) e o profissional de saúde, permitindo o esclarecimento de dúvidas, entender os desafios do dia-a-dia do doente e dos seus familiares e unir esforços para que, juntos, consigamos diminuir o subdiagnóstico e promover os melhores cuidados de saúde”, refere Raquel Marçôa, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e uma das moderadoras da sessão.

A médica pneumologista esclarece que “apesar de considerada uma doença rara, a DAAT é uma das condições genéticas mais prevalentes, encontrando-se subdiagnosticada. A prevalência na sua forma grave na Europa é de cerca de 1/2000-4000 pessoas. Por si só, a DAAT não é uma doença, mas uma  predisposição para o desenvolvimento de doença, sobretudo pulmonar e hepática. O risco de doença depende da interação entre o genótipo e o ambiente e aumenta com a exposição a fatores de risco, como o tabagismo, no caso de doença pulmonar”.

Quanto ao diagnóstico, é simples, iniciando-se pela determinação dos níveis de alfa-1 antitripsina no sangue, “no entanto, além de ser uma condição subdiagnosticada, verifica-se um atraso no diagnóstico em cerca de oito anos em relação ao aparecimento de sintomas”, elucida Raquel Marçôa, reforçando ainda que “um diagnóstico precoce é fundamental pois leva a atitudes preventivas e alterações no estilo de vida, que diminuem a progressão da doença”.

A DAAT e as suas manifestações, o risco de doença de acordo com o genótipo e fatores ambientais, o tratamento - incluindo a terapêutica de substituição de alfa-1 antitripsina  e perspetivas futuras - e os dados do EARCO (European Alpha-1 Research Collaboration) são alguns dos temas incluídos no programa desta reunião.

A acompanhar a médica pneumologista na moderação da sessão estará Catarina Silva, da Associação Alfa-1 de Portugal. Raquel Marçôa reforça a importância desta articulação com as associações de doentes pois estas “têm um impacto importantíssimo na sociedade, ajudando as pessoas a lidarem com a sua doença, dando informação e desempenhando um papel relevante a nível das políticas de saúde. Elas contribuem para o aumento da consciencialização e, consequentemente, para um maior diagnóstico”.

As inscrições para a assistência presencial podem ser feitas para o e-mail [email protected] e para o evento online através deste link.

 
Não somos apenas o que comemos
A microbiota intestinal é composta por triliões de microrganismos.

Mais de metade dos portugueses tem excesso de peso e as previsões a médio prazo não são animadoras. Segundo dados do ano passado de um relatório da Federação Mundial de Obesidade, em 2035, mais de um terço (39%) dos portugueses adultos terão obesidade, com as consequentes complicações de saúde associadas a esta doença.

“A obesidade retira anos de vida saudável aos indivíduos, é uma doença e aumenta o risco de desenvolvimento de outras doenças como, por exemplo, diabetes, doenças cardiovasculares, cancro, doenças autoimunes entre outras”, refere Conceição Calhau, Professora Catedrática da NOVA Medical School e investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, acrescentando ainda que “a microbiota intestinal é essencial na monitorização e controlo do equilíbrio metabólico e dos gastos energéticos. Se a nossa microbiota intestinal estiver desequilibrada (disbiose), torna-se incapaz de regular o apetite, a saciedade e a adiposidade”.

Na última década a investigação científica possibilitou compreender mais sobre os mecanismos de regulação do apetite. Há estudos que comprovam, por exemplo, que as Enterobactérias como a Hafnia alvei conseguem produzir uma proteína, ClpB, capaz de ativar vias neuroniais associadas à saciedade, o que para o controlo do peso é muitas vezes um fator decisivo. Mais, em estudos  de intervenção com a estirpe Hafnia alvei HA4597 foi ainda possível verificar que, além redução da ingestão alimentar por menos apetite, observava-se uma potenciação da perda de adiposidade (gordura).

De facto, alguns tipos de microrganismos que habitam o intestino, ao influenciarem o metabolismo energético de cada indivíduo, podem potenciar a sua vulnerabilidade para o excesso de peso e obesidade. Indivíduos com excesso de peso ou obesidade têm menos abundância de espécies bacterianas benéficas e um aumento de bactérias potencialmente prejudiciais, que contribuem para o aumento de peso. Segundo a investigadora, para garantir que ambos os tipos de microrganismos vivam em harmonia, exercendo os seus papéis fundamentais no corpo humano, “o ideal é garantir a existência de uma microbiota intestinal equilibrada, com riqueza e diversidade, o que reforça a atenção que devemos dar a este órgão, a microbiota intestinal”.

Como otimizar a microbiota e gerir melhor a balança? 

É possível trazer bactérias “boas” para o organismo e enriquecer a microbiota para favorecer o seu funcionamento adequado. Alguns exemplos são:

  • Consumir mais alimentos ricos em fibra: hortícolas, fruta e leguminosas. Contêm um baixo valor energético e conferem saciedade. A fibra, que é um prebiótico, contribui para alimentar os probióticos presentes na nossa microbiota. Além disso, são alimentos ricos em fitoquímicos, muitos deles com importantes funções na regulação da microbiota, de forma benéfica, e ainda na regulação do metabolismo, como por exemplo facilitando a degradação de gordura.
  • Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, que normalmente têm valores energéticos mais elevados e intensificadores de sabor, adoçantes artificiais não calóricos, emulsionantes, entre outros, que podem provocar o consumo de maiores quantidades de alimentos. Os aditivos podem alterar a microbiota intestinal e ter um impacto metabólico não desejável.
  • Escolher gorduras de boa qualidade. Privilegiar o azeite como gordura de adição e reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura saturada. Dentro das gorduras polinsaturadas, privilegiar as gorduras Ómega-3, presentes sobretudo na gordura do peixe.
  • Limitar o consumo de açúcar e sal. O açúcar leva à libertação da insulina, hormona implicada não só na regulação do apetite, como também em processos metabólicos que gerem a forma como armazenamos energia (gordura) no organismo. Facilita a disbiose. O sal está associado à obesidade. Em alternativa, podemos usar ervas aromáticas e especiarias e utilizar métodos de confeção da dieta Mediterrânica para garantir refeições saborosas.
  • Beber água. A água é fundamental para o funcionamento do organismo. Beba água e chás não açucarados e coma sopas. As reações químicas do organismo ocorrem em meio aquoso. A ingestão de água é essencial para que todo o metabolismo funcione.
  • Ingerir alimentos fermentados, em que a disponibilidade diária de alimentos probióticos será fundamental para a manutenção do equilíbrio da microbiota intestinal. A toma de probióticos na forma de suplemento é relevante quando enquadrada num contexto clínico, numa identificação do efeito que se pretende e sobretudo devem ser considerados os que mais evidência científica apresentam. Muitas vezes temos a venda de probióticos sem qualquer evidência associada ou mesmo investigação. Os probióticos não são todos iguais nem são todos adequados a todos os indivíduos.
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Janssen Portugal passa a ser conhecida como Johnson & Johnson Innovative Medicine
Portugal vai ser o novo hub da equipa global de Medical Safety da Johnson & Johnson Innovative Medicine, a empresa...

A equipa que vai trabalhar de Portugal para o mundo, será composta por médicos e cientistas responsáveis por garantir a utilização em segurança dos medicamentos da J&J em todo o mundo. Entre as diferentes necessidades está o objetivo de fornecer conhecimento médico e cientifico na avaliação de dados de segurança dos medicamentos da Johnson & Johnson, pós-comercialização. 

Este hub vai centralizar os serviços de medical safety da Johnson & Johnson espalhados pelo mundo e a sua equipa estará em estreita colaboração com os parceiros globais do grupo, visando o cumprimento rigoroso dos processos da companhia em prol dos doentes.

“Esta oportunidade demonstra o interesse e reconhecimento do nosso grupo pelas qualificações e o talento português. Um investimento que significa oportunidades de emprego altamente qualificado e o reforço do nosso compromisso com o país”, afirmou Filipa Mota e Costa, diretora-geral da Johnson & Johnson Innovative Medicine Portugal.

O recrutamento desta equipa já teve inicio e, no curto prazo a Johnson & Johnson Innovative Medicine conta contratar duas dezenas de profissionais altamente qualificados.

"A qualidade dos recursos humanos nacionais e o posicionamento da Johnson & Johnson Innovative Medicine Portugal foram dois contributos importantes para a captação deste investimento para o país", explica a empresa em comunicado. 

A Global Medical Safety faz parte da Organização Médica Global da J&J integrando a estrutura do Chief Medical Officer. Este organismo também trabalha para promover evidências e tomadas de decisões baseadas na ciência, orientadas por princípios e valores bioéticos.

Janssen Portugal passa agora a Johnson & Johnson Innovative Medicine

A Janssen Portugal passa, a partir de agora, a denominar-se Johnson & Johnson Innovative Medicine Portugal, acompanhando a transformação que está a ocorrer a nível mundial. Com o seu foco exclusivo na inovação em saúde e na abordagem dos mais difíceis desafios de saúde, o Grupo Johnson & Johnson mantém a sua missão: liderar o  rumo da medicina. 

 
Alerta é dado pelo Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses durante uma vista à ULS Guarda
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Francisco Miranda Rodrigues, alertou esta segunda-feira para a falta de...

“O distrito da Guarda precisa de mais psicólogos com urgência”, avisou o Bastonário. “Há pouco mais de dois psicólogos nos centros de saúde para os 147 mil habitantes do distrito. Isto significa que fazem uma avaliação a uma pessoa só dois meses depois é que talvez consigam ter uma consulta”.

À falta de recursos juntam-se as particularidades geográficas do território. “Um psicólogo pode ter de ir da Guarda até Foz Coa. São duas horas de viagem que seriam importantes para dar assistência a quem precisa”.

O Bastonário da OPP e a vice-presidente Sofia Ramalho visitaram a Unidade Local de Saúde da Guarda, onde foram recebidos pelo presidente do Conselho de Administração, João Pedro Barranca, e pela Diretora Clínica, Fátima Cabral. Reuniram-se depois com os profissionais do Serviço de Psicologia daquela ULS.

A direção da OPP está a visitar os vários serviços de psicologia das Unidades Locais de Saúde do país, já instalados, para acompanhar as dificuldades que podem estar a ser sentidas pelos psicólogos nesta fase de adaptação e mudança no SNS.

 
Reflexão decorreu esta segunda-feira
A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) debateu, esta segunda-feira, 26 de fevereiro, as preocupações do setor...

O encontro levou a APJF, que representa os farmacêuticos com menos de 35 anos, a refletir sobre o envolvimento dos jovens nas políticas de saúde. Tendo em conta que quase metade da classe profissional é composta por profissionais com menos de 35 anos, a associação desafiou os partidos a reestruturarem a sua dinâmica interna, garantindo que os profissionais de saúde e os jovens se possam rever na vida pública e contribuir para a política do país. 

Do lado dos partidos, os representantes focaram-se no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e no papel do farmacêutico. À direita, a Aliança Democrática defendeu a referenciação das pessoas para a farmácia comunitária a partir dos centros de saúde, o Chega afirmou que as farmácias e os farmacêuticos devem reforçar a sua intervenção em situações  clínicas ligeiras e a Iniciativa Liberal debateu sobre a monitorização das pessoas com doenças crónicas nas farmácias, o alargamento dos serviços farmacêuticos e sua remuneração adequada. 

À esquerda, o PS defendeu a figura do farmacêutico como produtor de informação em saúde e a necessidade de reforçar o acompanhamento dos  doentes crónicos e a prestação de serviços a estes utentes, como é exemplo o serviço de renovação da prescrição médica. O Bloco de Esquerda considerou que é necessário aumentar a capacidade de resposta e a comparticipação dos medicamentos, já a CDU reafirmou a sua luta pela contratação de mais profissionais e valorização das carreiras do SNS. O Livre focou-se no reforço da investigação clínica dentro do SNS.  

No encerramento da iniciativa, o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe, destacou a sustentabilidade do sistema de saúde como o grande desafio da política do medicamento e de saúde. "Os gastos com medicamentos representam mais de um quarto dos gastos totais dos hospitais", afirmou, sublinhando a importância de um maior envolvimento e intervenção do farmacêutico na tomada de decisão e na prestação de cuidados. 

Em linha com o Presidente da APJF, Helder Mota Filipe manifestou a total disponibilidade da profissão farmacêutica em participar ativamente na discussão e construção de novas soluções, “sempre fundamentadas na melhor evidência disponível”, que beneficiem os cidadãos e o sistema de saúde. 

Com a presença de mais de 100 espectadores e de sete partidos com assento parlamentar, a associação fez ainda um balanço da aplicação do Livro Branco "A Visão dos Jovens Farmacêuticos Portugueses para a Década", que resultou da reflexão e discussão que envolveu mais de 100 jovens farmacêuticos.  

“Os jovens farmacêuticos estão conscientes de que o caminho é desafiador, mas não pretendemos ficar de fora da discussão: pretendemos ser ativos, colaborar e possibilitar sinergias na formação destas políticas. Foi com estes ideais que construímos este Livro Branco, cujas ações são um farol orientador para um futuro mais saudável e sustentável para a sociedade”, afirmou o presidente da APJF. 

A iniciativa contou ainda com a participação da Federação Internacional Farmacêutica e de representantes de Associações de Pessoas que Vivem com Doença. 

 
Investigação publicada na revista científica Biochimica et Biophysica Acta (BBA) - Molecular Basis of Disease
Conseguir um diagnóstico mais precoce da Doença de Alzheimer (DA) e, ao mesmo tempo, uma possível alternativa terapêutica para...

Publicado na revista científica Biochimica et Biophysica Acta (BBA) - Molecular Basis of Disease, o trabalho, coordenado pelo grupo de investigação tRED , do Instituto de Biomedicina (iBiMED) da Universidade de Aveiro (IBIMED), através das cientistas Marisa Pereira, Diana Ribeiro e da líder do grupo Ana Raquel Soares, contou ainda com a colaboração da Universidade de Frankfurt (Alemanha), da Universidade de Stanford (USA) e da Universidade de Indiana (USA).

“Descobrimos que a expressão de uma enzima chamada ELP3, responsável por fazer alterações químicas específicas em moléculas de tRNA, se encontra reduzida no cérebro de pacientes com DA, assim como em modelos animais e celulares da doença”, explicam as investigadoras da UA.

Esta redução da expressão da enzima, apontam, “leva concomitantemente a uma redução no nível das modificações químicas que esta enzima cataliza, em tRNAs específicos”. Esta hipomodificação dos tRNAs provoca, consequentemente, problemas na produção de proteínas.

A chave pode estar na manipulação dos níveis de tRNAs e das suas modificações

As investigadoras descobriram que aumentando os níveis de tRNAs afetados pela diminuição da ELP3 é possível restaurar a produção normal de proteínas em células neuronais. “Estes resultados sugerem que as modificações nos tRNAs podem desempenhar um papel importante na progressão da DA, abrindo novas possibilidades de abordagens de diagnóstico e terapêutica para esta condição neurodegenerativa devastadora”, apontam as investigadoras.

Os resultados obtidos até o momento, asseguram, “têm implicações significativas tanto no diagnóstico quanto no tratamento da DA”.

No diagnóstico, “a identificação da redução da expressão da enzima modificadora de tRNA, ELP3, e das suas correlações com modificações específicas de tRNA, pode servir como um biomarcador potencial para a doença, mesmo em fases iniciais”. A deteção precoce desta doença é crucial, “uma vez que permite intervenções terapêuticas mais eficazes antes que os sintomas se tornem severos”.

No que diz respeito ao tratamento, “os resultados sugerem que a manipulação das modificações de tRNA, por meio da modulação da expressão de ELP3, pode representar uma nova e promissora estratégia terapêutica para a DA”.

Corrigir essas anomalias na síntese proteica, esperam as investigadoras, “pode contribuir para a restauração da homeostase proteica neuronal, comprometida na doença, potencialmente preservando a função neuronal e retardando a progressão dos sintomas”.

Ainda há caminho a percorrer

Apesar dos resultados promissores já alcançados, avisam as investigadoras, o tempo necessário para que estes resultados sejam traduzidos em aplicações clínicas pode variar significativamente. No futuro, a equipa de investigação quer validar estas descobertas iniciais e compreender melhor todos os mecanismos envolvidos.

Além disso, qualquer terapia derivada destes resultados “precisa de passar por extensos testes pré-clínicos e ensaios clínicos para garantir sua eficácia e segurança”.

Portanto, sublinham, “é difícil prever um prazo exato, mas, se bem-sucedidos, estes resultados podem eventualmente levar a avanços significativos no diagnóstico e tratamento da DA”.

No seguimento da investigação, a equipa recebeu já um reconhecimento significativo pela Alzheimer's Association com o financiamento do projeto AD-EpiMark. Este financiamento permitirá prosseguir com a investigação nesta área, contribuindo para o desenvolvimento de novas terapias e ferramentas de diagnóstico para a DA. Este projeto abre ainda portas para parcerias com outros investigadores e instituições que trabalham na área da DA, “ampliando assim o alcance e a influência do projeto e que certamente trará esperança para muitos afetados pela doença e para as suas famílias”. 

 
Estudo piloto de reabilitação auditiva
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) e o Rotary Club de Coimbra vão iniciar, em maio...

Trata-se do primeiro projeto a implementar no âmbito de um protocolo assinado ontem entre o presidente da ESTeSC-IPC, Graciano Paulo, e o presidente do Rotary Club de Coimbra, Luís Filipe Silva. O acordo prevê a cooperação entre ambas as entidades, nos domínios científico, pedagógico, tecnológico e formativo, nomeadamente no âmbito de estágios, estudos ou investigações.

Coordenada pela docente Carla Matos Silva, esta primeira ação vai mobilizar estudantes e docentes da licenciatura em Audiologia, que farão o diagnóstico auditivo de um grupo de 30 estudantes da UTL.

 
Foram ministrados 28 cursos a profissionais de medicina dentária
A Malo Clinic formou mais de 230 profissionais de medicina dentária de todo o mundo durante o ano de 2023, através da sua...

Entre os formandos estiveram representadas mais de três dezenas de nacionalidades, com Polónia, França, Canadá, Estados Unidos da América e Sérvia a liderarem no número de participantes nos cursos da Malo Clinic Education. Em termos de repartição geográfica, 77% vieram de países da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), 15% da América do Norte e Central e 8% da Ásia e Oceânia.

Miguel de Araújo Nobre, diretor de Investigação, Desenvolvimento e Educação da Malo Clinic , realça que “o sucesso da área de Educação da Malo Clinic traduz o investimento contínuo na inovação, investigação e desenvolvimento realizado pela Malo Clinic , o qual nos permite ser uma referência mundial em casos complexos de medicina dentária. A atual equipa da Malo Clinic conta com décadas de trabalho na procura de encontrar as melhores soluções para os seus pacientes, tendo mais de uma centena de artigos científicos publicados e originado várias patentes que fazem parte do portefólio da empresa. Este trabalho é reconhecido por médicos e profissionais de medicina dentária de todo o mundo, que nos procuram para desenvolver conhecimento e contactar com as mais inovadoras e pioneiras técnicas, nomeadamente na área da implantologia e da técnica All-on-4”.

Os cursos da Malo Clinic Education destacam-se por terem a participação dos médicos da Malo Clinic , que são especialistas nas áreas onde ministram formação, mas também pela sua uma forte componente prática. Os participantes têm a oportunidade de acompanhar e visualizar cirurgias reais e de treinar em bloco operatório.

 
Infeção viral transmitida por picada de mosquito infetado
Cerca de metade da população mundial vive em zonas vulneráveis à dengue, uma infeção viral potencial

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a incidência global de dengue está a aumentar. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que a região das Américas registou um recorde de mais de 4,2 milhões de novos casos no ano passado. O Brasil foi o país que liderou a incidência de casos  tendo-se registado 2,9 milhões. Seguiu-se o Peru, com 271.279 e o México, com 244.511 novos casos de infeção.  Nesta região, apenas o Canadá, sublinha a OMS, está livre da doença e do mosquito transmissor.

Os recentes surtos de dengue no Brasil levaram as autoridades de saúde pública a lançar uma campanha de imunização destinada a crianças entre os 10 e os 11 anos.

Segundo Stacey Rizza, especialista em doenças infeciosas na Mayo Clinic, em Rochester, "quatro subtipos diferentes do vírus podem causar infeções nos seres humanos". 

"Sempre que há um número significativo de mosquitos em ambientes quentes, é aí que se verifica a transmissão da dengue", alerta sublinhando, deste modo, que "as pessoas que vivem em zonas tropicais e subtropicais quentes e húmidas são particularmente vulneráveis à dengue".

"É por isso que a vemos em partes do mundo como o Sudeste Asiático, a América do Sul, as Caraíbas e até mesmo em algumas partes do sul dos Estados Unidos, como na Florida e no Louisiana", explica. 

Outro facto que importa sublinhar é que as pessoas podem ter dengue mais do que uma vez. O principal transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, conhecido por picar tanto de dia como de noite. Cerca de 1 em cada 4 pessoas infetadas com o vírus apresenta sintomas que variam de ligeiros a graves.

"As pessoas normalmente sentem febre, dores no corpo, dores nos ossos e nos músculos. Muitas vezes até descrevem uma dor atrás dos olhos", explica a médica. "Podem sentir algumas náuseas, vómitos e até diarreia", acrescenta. 

Embora a maioria das pessoas recupere em cerca de uma semana, os casos graves podem levar a situações de emergência com risco de vida.

Os sintomas de dengue grave podem incluir:

  • Dores de estômago fortes;
  • Vómitos persistentes;
  • Sangramento das gengivas ou do nariz;
  • Sangue na urina, fezes ou vómito;
  • Hemorragia sob a pele, que pode parecer uma nódoa negra;
  • Dificuldade em respirar ou respiração rápida;
  • Fadiga;
  • Irritabilidade ou inquietação.

Infelizmente, não existe tratamento para a dengue.

"Não existe nenhum antiviral ou tratamento para a dengue", afirma a especialista. "Existe apenas aquilo a que chamamos de terapia de suporte. É importante os doentes manterem-se bem hidratados. Podem tomar paracetamol para tratar a febre, reduzir a temperatura e depois certificarem-se de que bebem líquidos e ainda conseguem comer alguma coisa."

"Se ficarem gravemente doentes e desidratados, devem ir ao hospital para receber cuidados hospitalares", explica Stacey Rizza . As pessoas com dengue grave podem necessitar de fluidos e electrólitos por via intravenosa, monitorização da tensão arterial e transfusão para substituir o sangue perdido.

Em muitos países, foi aprovada uma vacina para crianças com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos que já tenham apresentado indícios de infeção por dengue.

"A vacina destina-se a pessoas que já tenham tido evidência imunológica de uma infeção anterior por dengue, para ajudar a evitar que sejam novamente infectadas", afirma. A vacina ainda não foi aprovada nos Estados Unidos.

Prevenir as picadas de mosquito é vital para evitar a dengue, revela a médica que deixa alguns conselhos: 

  • Utilize repelentes com DEET, picaridina ou óleo de eucalipto-limão para evitar as picadas de mosquito;
  • Remova qualquer água parada onde os mosquitos possam pôr ovos;
  • Elimine os objetos que acumulam água, como vasos de flores e pires;
  • Certifique-se de que as telas das janelas estão intactas e as portas estão fechadas para manter os mosquitos afastados;
  • Use vestuário de proteção, como calças e camisas de manga comprida.

"O mosquito Aedes aegypti é responsável por várias infeções virais, incluindo a dengue, a febre amarela, a chikungunya e o Zika", alerta ainda. 

Referências:

https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2023-DON498

https://www.paho.org/en/documents/situation-report-n1-dengue-epidemiological-situation-americas-14-december-2023

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/fevereiro/ministerio-da-saude-inicia-distribuicao-de-vacinas-contra-dengue

 
Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial das Doenças Raras assinala-se a 29 de fevereiro
No dia 29 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial das Doenças Raras, iniciativa que visa aumentar a c

De acordo com a declaração da Comissão Europeia de Saúde Pública, as doenças raras são um grupo de doenças potencialmente fatais ou cronicamente debilitantes que têm uma prevalência tão baixa que são necessários esforços especiais para serem devidamente valorizadas pela Sociedade. Uma doença é considerada rara quando afeta menos de 1 em cada 2 mil pessoas.

São muitas e diversas estas patologias, que podem ter origem genética, autoimune, infecciosa ou neoplásica. Muitas delas surgem logo ao nascimento ou na infância, enquanto outras se manifestam na idade adulta, e é grande a variedade de sintomas. Atualmente, cerca de 7 mil doenças diferentes são reconhecidas como raras, afetando, no seu conjunto, cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 6% da população apresente o diagnóstico de uma doença rara, o que significa que em Portugal existirão cerca de 600 mil pessoas com uma destas patologias. Muitas destas condições requerem atenção especializada e pesquisa contínua para melhor compreender as suas causas e desenvolver os tratamentos adequados.

Este é um domínio da Medicina que abrange todas as especialidades médicas e cirúrgicas, incluindo a área da Hepatologia. De acordo com a European Liver Patients’ Association (ELPA), as doenças hepáticas raras afetam entre 1 por 50 mil e 1 por 100 mil nascimentos, em todas as áreas geográficas. 

Algumas das doenças hepáticas raras são a Colangite Biliar Primária, a Síndrome de Alagille, a Porfiria Hepática Aguda, a Atresia Biliar, a Síndrome de Crigler-Najjar, a Galactosemia, as doenças de armazenamento de glicogénio, a Deficiência de Lipase Ácida Lisossomal,  a Colangite Esclerosante Primária e a Doença de Wilson. A maioria delas têm já tratamento eficaz pelo que é indispensável que os doentes sejam identificados e referenciados em tempo oportuno para centros especializados com capacidade para confirmar o diagnóstico e realizar o tratamento.

A mais comum é a Colangite Biliar Primária (CBP), estimando-se que afete cerca de 2 mil pessoas em Portugal, com maior prevalência nas mulheres. Esta condição autoimune é silenciosa e, na maioria dos doentes, demora um longo período até se manifestar. Contudo, pode tornar-se visível através de um conjunto de sintomas como comichão na pele, cansaço excessivo, secura dos olhos e da boca, dor na região abdominal direita, nos ossos, nas articulações e nos músculos, náuseas ou diarreia. Mais tardiamente, podem também surgir icterícia (coloração amarelada dos olhos e pele), urina escura, aumento do baço ou ascite (acumulação de líquido no abdómen).

Apesar dos sintomas poderem demorar anos a surgir, é possível o diagnóstico precoce da CBP através de análises ao sangue, ao detetar alteração dos valores hepáticos, principalmente da fosfatase alcalina.

Embora a CBP não tenha cura, existem medicamentos que, tomados ao longo da vida, melhoram as alterações hepáticas e evitam o agravamento da doença. Estes tratamentos, se bem feitos e instituídos precocemente, são extremamente eficazes. Se não for tratada, a CBP pode evoluir para cirrose hepática, importante causa de complicações e de morte.

Foi recentemente criada a "CBP Portugal", uma associação de apoio a doentes com CBP. A APEF congratula-se com esta iniciativa, pela importância que as associações de doentes podem ter na ajuda e na defesa dos interesses dos doentes hepáticos.

Algumas das doenças raras representam um pesado fardo para os doentes e para os seus familiares e não têm ainda a atenção e os apoios que merecem por parte dos serviços de saúde e das instituições de apoio social.

Neste Dia Mundial das Doenças Raras, a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) junta-se ao esforço de todos os que assinalam esta data e com isso pretende aumentar a consciencialização para as doenças hepáticas raras.

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Saúde fecha o ano a ultrapassar a meta dos 3 mil milhões
Os últimos dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), tendo como fonte o Instituto Nacional...

Se durante o ano de 2022 as exportações do setor cresceram uns assinaláveis 35% face ao ano anterior, atingindo 2.4 mil milhões de euros, 2023 mantém a dinâmica com uns 35,8% alicerçados no crescimento nos mercados mais competitivos, sendo o Top 5 os EUA, a Alemanha, a Espanha, a França e a Bélgica.

Para Joaquim Cunha, Diretor Executivo do Health Cluster Portugal, "este marco consolida o trabalho que tem vindo a ser feito ao nível da internacionalização deste setor que assim se afirma como motor do desenvolvimento económico e social”.

Em Portugal a Saúde representa um volume de negócios anual na ordem dos 34 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de 12 mil milhões, envolvendo perto de 105 mil empresas e empregando cerca de 400 mil pessoas.

 
Eugénia Cunha mais de 2000 trabalhos científicos em revistas especializadas
Eugénia Cunha, professora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de...

«Este prémio é gratificante, significa que consegui passar "a mensagem" e que a ciência que faço é, efetivamente, partilhada. Para mim a mensagem é muito mais importante que o mensageiro», considera a premiada.

O galardão foi renomeado como Prémio T. Dale Stewart em 1987 e representa o maior prémio oferecido pela seção de Antropologia Forense para conquistas e carreiras profissionais nesta área científica.

«Andei sempre pelo estrangeiro, mas a Universidade de Coimbra é a minha casa mãe, onde, entre outros, criei cursos, o laboratório de Antropologia Forense, onde fiz e faço investigação e, sobretudo, onde dei aulas. Os alunos são a razão de ser de uma universidade e acho que inspirei alguns. Espero que este prémio também sirva para isso e para mostrar que o que fazemos em Antropologia Forense na FCTUC está ao melhor nível internacional», conclui.

Eugénia Cunha, é desde 2018, diretora do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, Delegação do Sul, Lisboa e vogal do Conselho Diretivo; Professora Catedrática (desde 2003) Convidada (desde 2018) na FCTUC. Professora convidada na Universidade de Stanford (2020); USP, Ribeirão Preto (2017) e Paul Sabatier (2016).

É investigadora do Centro de Ecologia Funcional (CFE) onde é corresponsável pelo grupo de Antropologia Forense e Paleobiologia e co coordena o Laboratório de Antropologia Forense. Tem publicados mais de 2000 trabalhos científicos em revistas especializadas e está no topo 2% dos autores mais citados do mundo no campo das ciências Forenses.

 
“Introdução à Infertilidade” e “Recursos e Encaminhamentos” são os temas da intervenção
O especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Miguel Raimundo, é um dos oradores do curso sobre "Abordagem ao Casal...

Na abertura do curso, às 14h00, Miguel Raimundo irá liderar a sessão "Introdução à Infertilidade", onde fará uma revisão detalhada da fisiologia do ciclo menstrual e da fecundação, abordando o período fértil e estratégias para aumentar a fecundidade natural.

Antes do encerramento do evento, às 18h30, o médico irá participar na sessão "Recursos e Encaminhamentos", dedicada a explorar os recursos disponíveis para médicos e pacientes e as estratégias de encaminhamento para especialistas.

"A infertilidade é uma questão complexa que afeta muitos casais, tendo impactos significativos nas suas vidas. É essencial que os profissionais de saúde estejam equipados com conhecimento e ferramentas necessárias para oferecer um acompanhamento adequado. Este curso é uma oportunidade para partilhar insights e estratégias que podem fazer a diferença na jornada dos casais que procuram uma solução para a infertilidade”, afirma Miguel Raimundo.

 
Opinião
Do ponto de vista psicológico, lidar com uma condição como a XLH em filhos e alunos pode envolver de

Aceitação e Adaptação:

Tanto os pais quanto a criança podem passar por um processo de aceitação da condição de saúde. É essencial reconhecer e permitir sentimentos de tristeza, frustração e preocupação, enquanto trabalham para se adaptarem às mudanças necessárias.

Como o XHL afeta o crescimento e a força óssea, pode ser que a criança comece a andar um pouco mais tarde do que alguns de seus pares ou tenha dificuldades de mobilidade. Para algumas crianças, isso pode ser frustrante, por isso é importante que os pais forneçam segurança e conforto à medida que progridem.

Comunicação Aberta:

Fomentar uma comunicação aberta e honesta é crucial. Encoraje a criança a expressar os seus sentimentos e preocupações, e esteja disposto a partilhar suas próprias emoções também.

Autoestima e Autoimagem:

Crianças com condições médicas crónicas podem enfrentar desafios em relação à autoestima e autoimagem. Reforce as suas qualidades positivas, destacando suas competências e conquistas, independentemente da condição de saúde.

Integração Social:

Incentive a participação em atividades sociais, desportivas e educacionais, adaptando-as conforme necessário. Isso pode contribuir para o desenvolvimento social e emocional da criança. Existem muitas atividades que pode gostar que não envolvem correr. Aulas de música podem ser uma alternativa, incentive-o a desenhar, pintar ou jogar jogos de tabuleiro, isto proporcionar-lhe-á uma grande variedade de atividades divertidas.

Apoio Profissional:

Medicamentos, exames e visitas ao hospital frequentes, podem afetar até os mais fortes, por isso não é de surpreender que a criança possa sentir fadiga como resultado do tratamento.

Algumas crianças também desenvolvem ansiedade ou mesmo fobia de agulhas como resultado de análises de sangue frequentes. No entanto, existem maneiras de melhorar a situação. Se tem medo da dor associada às agulhas, pode valer a pena discutir o uso de creme anestésico antes do teste.

Converse com a criança sobre como ela se está a sentir e veja se pode apresentar coisas que tornem as visitas divertidas, além de explicar por que o tratamento é tão importante.

Considere a possibilidade de envolver um psicólogo ou terapeuta especializado em questões de saúde crónica. Os psicólogos podem fornecer ferramentas para lidar com o stress, ansiedade e outros desafios emocionais.

Educação sobre a Condição:

Facilite uma compreensão saudável da condição junto da criança, explicando de forma apropriada à sua idade. Isso pode ajudar a reduzir o medo do desconhecido e promover uma atitude proativa em relação à saúde.

Na escola, como a XHL é bastante rara, é provável que os profissionais do estabelecimento escolar não estejam familiarizados com a doença e os seus sintomas. No entanto, as escolas têm frequentemente alunos com uma vasta gama de necessidades médicas e o pessoal deve estar equipado com conhecimentos e compreensão que possam ajudar.

Tente marcar uma reunião com os principais responsáveis envolvidos na educação para explicar como o XHL afeta o seu a criança. Isso reduzirá a ansiedade envolvida em ambos os lados.

Empoderamento:

Encoraje o/a a participar ativamente nas decisões relacionadas com a sua saúde sempre que possível. Isso pode promover um sentido de controlo e empoderamento.

Monitorização da Saúde Mental:

Esteja atento aos sinais de stress, ansiedade ou depressão. Procure a ajuda profissional se necessário, garantindo que tanto a saúde mental quanto a física sejam garantidas.

Lidar com a XHL psicologicamente requer uma abordagem compassiva e centrada na criança. Ao fornecer apoio emocional, construir resiliência e promover uma visão positiva do futuro, os pais podem ajudar a criança a enfrentar os desafios emocionais associados à condição.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
12 equipas finalistas do programa disputaram os três prémios monetários
Já são conhecidos os projetos vencedores da 12.ª edição do Programa de Empreendedorismo da Faculdade de Ciências e Tecnologia...

Depois de cinco semanas intensas de trabalho, durante as quais os mais de mil alunos do programa tiveram acesso a sessões de mentoria com o objetivo de criar projetos tecnológicos e científicos que apresentassem soluções concretas para problemas reais da sociedade, foram finalmente conhecidos os grandes vencedores. O Grande Auditório do Campus de Caparica na NOVA FCT foi o palco onde as 12 equipas finalistas do programa disputaram os três prémios monetários, no valor de 2.000 euros para o 1.º lugar, 1.000 euros para o 2.º lugar e 500 euros para a equipa que ficar em terceiro lugar no pódio; além dos prémios corporativos das empresas parceiras.

O vencedor do primeiro lugar do Programa de Empreendedorismo foi o ‘Malaria Sense’, um teste rápido de diagnóstico para a malária, uma das doenças mais antigas do mundo. Em 2022 foram contabilizados 249 milhões casos e 600 mil mortes. O teste em papel utiliza uma tecnologia de aptâmeros que, com apenas uma gota de sangue, deteta a malária em poucos minutos. A solução de diagnóstico imediata e sustentável convenceu o júri composto por cientistas e empreendedores nacionais.

Em segundo lugar, ‘OperateInSight’ apresentou uma visão do que pode ser o futuro da cirurgia: a equipa de alunos da NOVA FCT sugeriu uma plataforma de planeamento cirúrgico que permite criar modelos de três dimensões adaptados a cada doente e simular cirurgias em realidade virtual.

O terceiro prémio foi entregue à equipa da ‘WasteWise Innovations’, que concebeu uma solução para a economia circular no setor da construção, um dos setores mais relevantes na economia portuguesa com uma considerável pegada de produção de resíduos. Em 2021, o setor da construção era identificado como o principal produtor de resíduos na Europa, segundo dados do Eurostat. Este setor foi o responsável por 34% dos resíduos originados na região ( o segundo setor mais poluente é a Indústria Extrativa com 28%).. ‘WasteWise Innovations’ pretende transformar os resíduos da construção em tijolos reciclados, criando um ciclo de atividade sustentável.

Além dos grandes vencedores, as empresas ASSECO, Deloitte, EY, Jerónimo Martins, MEXT: Mota-Engil Next, NOS e NTT Data, cujos representantes constituíram o painel de júri, premiaram outros projetos com 1.500 euros para cada equipa. Em destaque: uma tecnologia aplicada no joelho que gera energia ao longo do dia; uma faixa que previne a dor lombar com recurso a Inteligência Artificial; uma plataforma de planeamento cirúrgico que permite criar modelos 3D adaptados a cada doente e simular cirurgias em realidade virtual; ou um penso inteligente com biossensores que monitoriza o processo de cicatrização para pacientes em regime de pós-operatório ambulatório.

“O Programa de Empreendedorismo da NOVA FCT demonstrou, novamente, que a faculdade não deve ser apenas um espaço de ensino tradicional, mas um verdadeiro hub criativo e empreendedor, onde nascem os futuros cientistas e engenheiros de Portugal”, reflete Fernanda Llussá, uma das responsáveis pela coordenação do programa. “Apenas neste tipo de atividades extra-curriculares, que neste caso se inserem no Perfil Curricular da NOVA FCT, com processos de mentoria e ligação às empresas, e com critérios rigorosos que ajudam a identificar ao certo qual o potencial, inclusive financeiro, de determinada inovação, é que os alunos podem compreender verdadeiramente o impacto real que podem ter na sociedade portuguesa”. 

 
Prémio distingue projeto de Inclusão Social de indivíduos laringectomizados
O Prémio ‘Empreendedorismo Social | ISPA/CGD’ vai ser atribuído hoje, dia 26 de fevereiro, na Sala de Atos do Ispa-Instituto...

O projeto consiste na implementação de um Modelo Terapêutico de Inclusão Social para indivíduos laringectomizados, que teve como parceiro a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul (LPCC-NRS).

O modelo criado pela investigadora Madalena Soromenho visa promover a qualidade de vida da pessoa laringectomizada, através do fortalecimento da sua rede de suporte social (desde logo a nível familiar e afetivo, mas também a nível laboral e comunitário) e da diminuição de vivências estigmatizantes.

Na dimensão psicológica, a investigadora recorreu à Fotografia Terapêutica para promover a restauração do sujeito laringectomizado. Trata-se de uma abordagem inovadora com base científica, utilizada com sucesso no passado noutras áreas da investigação social e da saúde, nomeadamente em investigação oncológica e de mutilados.

A fotografia terapêutica constitui um forte instrumento político, com um impacto social que assenta no envolvimento ativo da sociedade enquanto agente terapêutico, através da chamada de atenção, informação, apaziguamento social no confronto com estas realidades, aproveitamento e usufruto social das capacidades individuais do laringectomizado. A presente intervenção pretende promover a integração social dos laringectomizados em Portugal, sendo esta uma população física e psicologicamente diminuída e vulnerável.

Enquanto comunidade unida contra a ostracização social é necessário aprender uma nova maneira de falar, por isso, o objetivo final deste projeto é dar uma nova “voz” ao laringectomizado.

Na dimensão da sociedade, pretende-se promover a informação sobre a realidade vivida por estes sujeitos, tendo em vista a integração, responsabilização, inclusão e dignificação do laringectomizado na sociedade.

O ponto de partida para a realização deste projeto, numa dimensão psicológica, está relacionado com o facto de a laringectomia total ser mais traumática emocionalmente do que qualquer outro tipo de cirurgia, devido à deficiência funcional resultante do procedimento cirúrgico. Numa dimensão social (sistema familiar, laboral e comunitário), ocorre um desconhecimento generalizado da realidade do laringectomizado e das formas de agir por parte dos agentes sociais que com ele se relacionam.

O júri do Prémio “Empreendedorismo Social | ISPA/CGD” foi constituído pelos professores do Ispa-Instituto Universitário, Maria João Vargas Moniz e Mariana Miranda e da Caixa Geral de Depósitos, Hélder Pinhão.

 
Celebração dos 20 anos do reconhecimento da Obesidade como doença em Portugal
A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade vai realizar, no âmbito do Dia Mundial da Obesidade que se assinala a 4 de...

"Portugal foi um país pioneiro no reconhecimento da Obesidade como doença crónica, pela Direção-Geral da Saúde, em março de 2004. Apesar disso, nos últimos 20 anos vimos assistindo a um aumento na prevalência desta doença. No último estudo realizado em Portugal, concluiu-se que 28,7% da população adulta portuguesa vive com Obesidade, mas se adicionarmos os adultos com pré-obesidade, a percentagem cresce para uns preocupantes 67,6%. Tal conduz a um aumento na prevalência de outras doenças para as quais a Obesidade constitui fator de risco, como a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares. Além de interferir, marcadamente, na qualidade de vida da população portuguesa, a Obesidade constitui um enorme fardo económico sobre o nosso sistema de saúde. Tal foi evidenciado, recentemente, no estudo desenvolvido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), o Custo e Carga da Obesidade em Portugal", salienta a SPEO. 

Segundo a sociedade científca "está presente um estigma associado à doença que dificulta o seu diagnóstico e a implementação de estratégias para a sua prevenção e tratamento efetivo. O estigma está presente na própria pessoa com Obesidade e na sua família, desvalorizando a condição e evitando procurar ajuda, nos profissionais de saúde que se focam nas comorbilidades associadas à doença e evitam abordar a raiz de todos os problemas, na própria sociedade que considera, muitas vezes, que as pessoas com obesidade apenas não se querem esforçar e não cumprem recomendações de estilos de vida saudáveis". 

Os programas de saúde prioritários da Direção-Geral da Saúde (Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável e Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física) têm dado o seu contributo mediante estratégias de prevenção da doença. No entanto, afirma "apesar da implementação destas estratégias, mais de um quarto da população nacional entre os 25 e os 74 anos de idade apresenta-se com obesidade. Existe um fundo biológico para o desenvolvimento desta doença e não se pode enveredar pela fórmula simplista de “mexer mais e comer menos” como única estratégia eficaz no seu combate". 

Em julho de 2021 , revela a SPEO,  "foi conseguido um importante avanço mediante a publicação de um conjunto de recomendações da Assembleia da República ao Governo de então. Contudo, muitas dessas medidas nunca chegaram a ser implementadas". 

A Obesidade é, "efetivamente, uma doença crónica, extremamente complexa, de carácter recidivante, de etiologia multifatorial e de expressão pandémica em que muito ainda falta fazer para a sua prevenção e para o seu efetivo tratamento. O combate à Obesidade, em Portugal, terá de contar com o esforço conjunto de múltiplos parceiros, pois não existe uma solução mágica para esta doença". Em primeiro lugar, sublinha a SPEO "o estabelecimento de políticas de literacia em saúde eficazes, desde o ensino básico, que possam alertar e sensibilizar as famílias para a importância de estilos de vida saudáveis, mas, também, que apoiem de forma efetiva e continuada a acessibilidade dos mais carenciados a estas medidas."

"A sensibilização de todos os profissionais de saúde para o diagnóstico da doença e a necessidade de uma intervenção atempada e eficaz para todas as pessoas com Obesidade e não apenas para aqueles com formas mais graves da doença ou múltiplas comorbilidades associadas. De seguida, a comparticipação dos fármacos para terapêutica médica da obesidade, que permitam a que as pessoas que realmente precisam tenham acesso ao tratamento da doença e a possam realizar durante o tempo necessário até atingirem sucesso terapêutico. Por fim, a maior acessibilidade a terapêutica cirúrgica daqueles que podem beneficiar desta opção, sem as limitações inerentes ao elevado tempo de espera no Sistema Nacional de Saúde", acrescenta. 

De acordo com a SPEO só é possível mudar o paradigma atual, "atuando tanto ao nível da sensibilização para a doença junto da sociedade civil, como ao célere diagnóstico por parte de todos os profissionais de saúde, implementação de estratégias de prevenção multidisciplinares, modalidades de tratamento acessíveis a todos os que dele carecem", com "esforço conjunto".

Para José Silva Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, "o evento da SPEO será mais uma oportunidade para chamar a atenção da comunidade para este grave problema de saúde pública, que afeta não só o nosso país, mas que é já um flagelo a nível mundial como comprovam os números da World Obesity Federation que estima que, em 2035, o número de pessoas em todo o mundo que viverão com obesidade registará o valor de 1.9 biliões. É urgente, por isso, falarmos de obesidade sem tabus e sem qualquer tipo de estigma, sensibilizando a sociedade para esta doença multifactorial quando se fala em prevalência, assim como os profissionais de saúde, para que reforcem a necessidade de prevenção e tratamento adequado e devidamente acompanhado. Por outro lado, é preciso não esquecer que, e apesar das consequências da obesidade serem já bem conhecidas e definidas, o facto de continuar a existir uma associação, errada, entre obesidade e “falta de força de vontade” da pessoa com obesidade, não apenas entre o público em geral, mas também entre os profissionais de saúde."

 

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