Aula aberta
Inserida no Plano de Estudos da Licenciatura em Ciências da Nutrição, a unidade curricular de Comunicação em Saúde é, pela...

Com convidados de renome no panorama nacional, a formação em Comunicação em Saúde é coordenada pelos professores Alexandra Bento, Coordenadora do Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e Francisco Goiana da Silva, membro da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, e conta com temas como Comunicação de Crise, Literacia em Saúde, Comunicação Política, Marketing Estratégico/Campanhas de Comunicação em Saúde, Redes Sociais e novos formatos de Comunicação, Desinformação em Saúde - Inteligência Artificial/Chat GPT e regulação, entre outros.

Entre os oradores, destacam-se nomes como Álvaro Beleza, Ana Paula Martins, Maria de Belém Roseira, Miguel Poiares Maduro, Dulce Salzedas, Diana Duarte, Carlos Daniel ou Vera Lúcia Arreigoso, que partilharão insights valiosos e as melhores práticas nestas áreas.

Priorizando a relação da escola com a sociedade, no próximo dia 16 de maio, das 17h30 às 19h20, realiza-se uma aula aberta à comunidade, sob o tema “Desinformação em saúde – Inteligência artificial/ chat GPT e regulação”. Os convidados desta sessão são Cristina Fonseca (Indico Capital), Francisco de Abreu Duarte (The Legal Place) e João Guedes Marecos (OMS). A aula decorrerá online.

 
Psoríase e Artrite Psoriática
A Associação Portuguesa da Psoríase pretende avaliar as dificuldades no acesso ao tratamento da psoríase e da artrite...

Ao longo dos últimos anos têm aumentado os casos de doentes que reportam à PSOPortugal diversas dificuldades no acesso ao tratamento nos hospitais. Neste contexto, a PSOPortugal irá realizar um estudo junto dos doentes por forma a identificar a origem desta situação.

Este estudo como objetivo conseguir avaliar as dificuldades no acesso ao tratamento da psoríase e da artrite psoriática, e mais especificamente no acesso aos medicamentos biológicos de dispensa hospitalar, bem como o impacto que o protelar do tratamento ou a não disponibilização desses medicamentos tem nas diversas esferas na vida dos doentes.

Entre as diferentes terapêuticas para a doença psoriática, prescritas pelos médicos de acordo com o caso específico de cada doente, estão os medicamentos normalmente chamados de Biológicos. Estes são medicamentos imunomoduladores, ou seja, o seu mecanismo de atuação consiste em inibir a reação das substâncias e processos do sistema imunitário envolvidos no processo inflamatório da doença psoriática. Estas terapêuticas mostraram ser mais seguras do que terapêuticas sistémicas convencionais, permitindo tratamento eficaz a longo prazo.

Jaime Melancia, Presidente da PSOPortugal deixa o apelo, “Gostaria de incentivar todos os doentes com psoríase e/ou artrite psoriática a participar neste estudo, respondendo ao inquérito disponível no website da PSOPortugal. Esta é a forma de percebermos as dificuldades no processo de acesso ao tratamento e de tomarmos medidas para fazer face aos desafios encontrados junto das entidades competentes”.

O inquérito destina-se a todas as pessoas a quem lhes tenha sido diagnosticada psoríase e/ou artrite psoriática e a quem tenha sido prescrito tratamento para a doença, e encontra-se disponível aqui e também no website, Facebook e Instagram da PSOPortugal.

 

Desvendar o mistério
Quando o relógio bate a meia-noite na véspera de Ano Novo, inúmeras pessoas em todo o mundo comprome
  • Abordagem "tudo ou nada": Uma das principais razões pelas quais as resoluções de Ano Novo para o ginásio falham é a tendência para adotar uma mentalidade de tudo ou nada. As pessoas estabelecem expectativas irrealistas de ir ao ginásio todos os dias e, de passar horas no ginásio, o que leva ao esgotamento e ao eventual abandono dos seus objetivos de treino. Por isso, tente ir ao ginásio pelo menos 3 a 4 vezes por semana, por exemplo Segundas, Quartas e Sábados, ou Terças, Quintas e Sábados e saboreie essa conquista inicial.
  • Objetivos demasiado ambiciosos: Outra armadilha em que as pessoas caem frequentemente é a definição de objetivos demasiado ambiciosos sem um plano realista para os atingir. Em vez de procurar transformações drásticas num curto espaço de tempo, concentre-se em estabelecer objetivos mais pequenos e alcançáveis que contribuam para o progresso a longo prazo. Defina objetivos SMARTER: Específicos (S), Mensuráreis (M), Alcançáveis (A), mas desafiantes, Revistos (R) periodicamente, traçados no tempo (T), que transmitam motivação e energia (E) e, defina uma recompensa (R) por alcançar o objetivo.
  • Falta de compromisso e responsabilidade: Sem compromisso e responsabilidade é fácil deixar que as desculpas façam fracassar a sua rotina de treinos. Encontre um companheiro de treino, inscreva-se numa aula de grupo ou melhor contrate um personal trainer (PT) para o responsabilizar e apoiar no seu percurso e processo de treino. Para ser honesto, o que precisa é de alguém que o eleve para outro patamar e para isso deve contratar um PT e mencionar-lhe os três objetivos que quer, que deve e quando os gostaria de alcançar.
  • Monotonia: Fazer o mesmo tipo de treino e a mesma rotina de exercícios todos os dias pode levar rapidamente ao tédio e à perda de motivação. Mantenha as suas sessões de ginásio diferentes e estimulantes, incorporando uma variedade de exercícios, aulas de grupo, atividades ao ar livre e hábitos de alimentação saudáveis na sua rotina diária.

Voltando à pergunta inicial: porque é que este ciclo de desilusão persiste ano após ano? Para se libertar do ciclo de resoluções de Ano Novo falhadas, é necessário mudar o mindset, assumir o compromisso e simplesmente fazê-lo. Muitas pessoas estabelecem metas, mas não estão dispostas a fazer o esforço, sacrifício e treino que estas implicam e arranjam sempre desculpas. Por isso, o meu conselho é que se realmente querem o que desejaram na véspera de Ano Novo, enquanto falavam convosco próprios, deixem de ouvir a voz das desculpas (e procrastinação) e ouçam a vossa voz da ação. Sejam corajosos, decidam e tenham atitude. Estejam no ginásio quando este abrir (se treinar logo de manhã já não há desculpa), 3 a 4 dias por semana, e sintam-se orgulhosos de vós próprios, porque garanto-vos, não é fácil, mas é possível. Se alguém vos disser que é fácil, mentem-vos. Repitam isto durante 4 semanas e prometo-vos que sentirão alguma coisa de diferente.

Evitando os erros comuns e implementando as estratégias acima pode finalmente fazer com que as suas resoluções de treino de Ano Novo se mantenham e começar uma viagem para uma versão 2.0 de si mesmo, mais saudável e feliz.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Unisana Hospitais nasce com cinco unidades em Almada, Torres Vedras, Santarém e no Porto
O setor português de cuidados de saúde conta com um novo grupo de saúde. A nova marca Unisana Hospitais reúne os investimentos...

No último ano, as unidades sob gestão do grupo Unisana Hospitais realizaram cerca de 130 mil consultas, 362 mil exames e cerca de cinco mil cirurgias, registando uma faturação agregada superior a 26 milhões de euros. O grupo apresenta, atualmente, uma capacidade instalada de 10 salas de bloco operatório, 79 gabinetes de consulta e 173 camas de internamento.

Eduardo Moniz, CEO da Unisana Hospitais, afirma: A Unisana pretende, a prazo, consolidar uma rede nacional, de identidade local, em colaboração e complementaridade com os setores público, segurador e social, para levar cuidados de saúde de qualidade a um número crescente de portugueses. Temos uma oferta alargada de cuidados de saúde hospitalar, desde consultas e exames até cirurgias e internamento, contando com uma equipa médica experiente e reconhecida nas suas áreas de especialidade”.

A equipa da Unisana Hospitais conta com a colaboração de mais de 360 médicos, além de enfermeiros e outros profissionais de saúde dedicados. O grupo oferece uma vasta gama de cuidados de saúde de ambulatório, disponibilizando consultas, exames de diagnóstico e terapêutica das mais diversas especialidades médicas e cirúrgicas. Nas unidades hospitalares, disponibiliza ainda cuidados de saúde como atendimento urgente e atendimento permanente, para além de cirurgia e internamento.

Administração da ULS Coimbra acompanhou o processo
Começou hoje, ao final da tarde da passada sexta-feira, a transferência dos primeiros utentes do antigo edifício das Urgências...

“É uma enorme satisfação ver os primeiros utentes serem transferidos para este novo edifício, uma semana antes da data com que nos tínhamos comprometido”, frisa o Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, Alexandre Lourenço, acrescentando: “o nosso deadline era o dia 21 de março, mas graças ao trabalho de muita gente, muito dedicada, foi possível antecipar o início da transferência dos primeiros doentes uma semana, algo que nos deixa com um sentimento de missão cumprida e ainda com mais vontade de passar à fase seguinte”.

Elsa Gaspar, Adjunta do Diretor do Serviço de Urgência de Adultos, afirmou que a transferência andou a bom ritmo, "como previsto".  A enfermeira Helena Fernandes, Enfermeira Gestora do Serviço de Urgência de Adultos, reiterou esta informação frisando, também, a “enorme satisfação que é poder dar início ao processo de transferência dos utentes para as novas instalações”.

Os primeiros utentes começaram a ser transferidos sexta-feira, por voltas das 17 horas, tendo a transferência começado pelos utentes triados com pulseiras azuis, verdes e amarelas. “Correu tudo muito bem, com esta primeira fase da transferência”, sublinha Alexandre Lourenço, que deixa um compromisso: “estamos a trabalhar para ter toda a Urgência renovada até ao final de setembro, antes do período sazonal de outono-inverno. É esse o compromisso do Conselho de Administração em relação às novas instalações das Urgências”.

A transferência de utentes decorreu durante a noite de sexta e sábado de manhã

Dias da Psicologia regressam à Faculdade de Educação e Psicologia
Estudantes, antigos alunos, investigadores, docentes e profissionais da área da Psicologia, a nível nacional e internacional,...

Nas últimas décadas, tem-se debatido, entre os psicólogos, a importância de ajustar o saber da psicologia às rápidas mudanças sociais, culturais, ambientais e tecnológicas, que têm grande impacto no dia a dia das pessoas, nos seus modos de pensar e de agir. Nesse debate não se equacionava, inicialmente, questionar as teorias mais clássicas da psicologia, a maioria das quais com raízes no último século. Embora sempre se tenha assumido que essas teorias podiam ser sujeitas a reinterpretações e revisões, decorrentes da evolução do conhecimento empírico e da reflexão académica sobre a evolução da realidade, nunca, como agora, se pensou que tantas e tão rápidas transformações podiam exigir transformar também o conhecimento teórico e prático sobre o comportamento humano.

“Antecipando-se que os 3/4 que restam do século XXI vão trazer transformações que não conseguimos antecipar, este debate urge. É esse o mote para a edição de 2024 dos Dias da Psicologia,” refere Raquel Matos, diretora da Faculdade de Educação e Psicologia, acrescentando que “ao longo de 3 dias, estudantes, professores, investigadores, psicólogos e outros profissionais, nacionais e internacionais, vão juntar-se à conversa para debater os desafios que, antecipam, se vão colocar à psicologia no século XXII.”

Entre três conferências, seis workshops e conversas, são muitos os momentos de debate ao longo destes três dias. Na conferência inaugural, do dia 19 de março, o consultor sénior no Human Neurobehavioral Laboratory (HNL), Frederick (Ted) Scharf, irá falar sobre o que se aprende na universidade e que, de facto, se utiliza no mercado de trabalho. Logo de seguida, existirá uma mesa-redonda dedicada aos desafios para a psicologia, onde participarão convidados internacionais.

No segundo dia do evento (20 de março), haverá espaço para o já habitual “Café com Psis”, moderado por António Fonseca (FEP/UCP), seguindo-se uma conversa com Sofia Ramalho, vice-presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses, que trará reflexões sobre os desafios para a Psicologia. Já no período da tarde, Luís Scorzafave, Professor na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto / USP, falará sobre os fatores associados à participação dos jovens em gangues, apresentando também as motivações que levam os jovens a entrarem neles. 

Último dia dedicado à Conferência Internacional de Estudantes de Licenciatura

No dia 21 de março, Raúl Manarte, Psicólogo Humanitário, abrirá o dia dedicado ao CIEL – Conferência Internacional de Estudantes de Licenciatura, com a Conferência “Estou farto de Psicólogos”. Pouco depois, estudantes da licenciatura em Psicologia participarão nas designadas FEP Talks. Já no período da tarde, realizar-se-ão seis workshops, abertos aos estudantes da licenciatura e mestrados em Psicologia da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, sobre temas tão diversos como: “Aprender a inovar com os estudantes a ensinar”; “Ano Profissional Júnior”; como ser bom psicoterapeuta; e “Permite-te: Vive a tua sexualidade livremente!”. Também existirá espaço para um workshop dedicado ao Human Neurobehavioral Laboratory (HNL) e outro ao Heroic Imagination Project.

A edição de 2024 dos Dias da Psicologia é organizada pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, em parceria com a Associação de Estudantes da Faculdade, e realiza-se entre 19 e 21 de março, na Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

 
Dia Mundial do Sono assinala-se no dia 15 de março
Hoje, dia 15 de março, sexta-feira, comemora-se o Dia Mundial do Sono, uma data promovida pela World

O tema de trabalho para este ano é “Sono de qualidade para todos, por uma melhor saúde global’” e pretende alertar para as diferenças da qualidade de sono na população mundial, respetivos desafios e acentuação da desigualdade na saúde.

O sono é essencial à vida e à nossa saúde, sendo fundamental para o bem-estar físico, mental e social. No entanto, é muitas vezes menosprezado, sendo a privação de sono considerada uma epidemia global de saúde pública. As exigências laborais e sociais, aliadas à intrusão tecnológica na nossa vida, podem prejudicar não só a quantidade, mas também a qualidade do sono, com impacto significativo na saúde e bem-estar.

Sabemos que a privação de sono diminui a capacidade de atenção e tomada de decisão, afeta a produtividade e o humor, aumenta o risco de acidentes e, a longo prazo, está também associada a um risco aumentado de desenvolver doenças, nomeadamente cardiovasculares, metabólicas e neurodegenerativas (como a demência de Alzheimer).

Neste Dia Mundial do Sono lembre-se de priorizar o seu sono e a sua saúde. Tenha em conta algumas destas dicas que podem fazer a diferença para uma boa noite de sono:

  • Tente manter um horário regular para se deitar e levantar, incluindo nos dias livres;
  • Mantenha um ambiente acolhedor no quarto (escuro, silencioso e com temperatura adequada);
  • Deixe o telemóvel e outros ecrãs fora do quarto;
  • Não leve problemas por resolver para a cama;
  • Reserve o final do dia para si, procurando atividades que o relaxem cerca de 2 horas antes de se deitar;
  • Implemente medidas para retomar o sono se acordar durante a noite: evite acender luzes fortes, olhar para o relógio. Se não consegue dormir, levante-se e faça alguma atividade relaxante fora do quarto. Tente praticar técnicas de relaxamento;
  • Apanhe luz natural pela manhã;
  • Pratique exercício físico de forma regular;
  • Mantenha uma dieta saudável e evite refeições pesadas, com excesso de açúcar, bebidas alcoólicas e café/ou chás, ao final do dia.

Se tem queixas frequentes relacionadas com o sono, como:

  • Dificuldade em adormecer ou em manter o sono;
  • Despertares frequentes;
  • Ressonar e/ou paragens da respiração durante a noite;
  • Sono muito agitado;
  • Sonhos vívidos;
  • Incómodo nas pernas ou no corpo que dificultam o adormecer;
  • Sensação de sono não reparador;
  • Queixas de sonolência, cansaço, fadiga durante o dia.

Não hesite em procurar ajuda. Existem profissionais de saúde dedicados às Patologias do Sono que o podem ajudar.

Cuide do seu sono e dos que lhe são próximos. Juntos podemos dormir melhor e contribuir para uma melhoria da saúde global.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Neste Dia Mundial do Sono
A expressão comum "durmo quando estiver morto", pode parecer inofensiva, mas reflete uma t

Assim, e para ajudar a alcançar um sono de qualidade, a Impress, destaca três mandamentos que representam mais do que simples conselhos, mas sim compromissos que, quando adotados, podem transformar a experiência noturna de qualquer pessoa e elevar a qualidade do descanso. Segui-las pode ser a diferença entre uma noite de sono tranquila ou passar a noite às voltas na cama:

  1. Evitar o sedentarismo: É sabido que o exercício físico reduz o risco de doenças cardíacas, cancro do cólon, osteoporose, hipertensão, colesterol alto e uma série de outros distúrbios. Mas qual é a sua ligação com a saúde oral? Um relatório do Journal of Dentistry comprovou que as pessoas que praticam exercício físico regularmente tinham um risco 54% menor de contrair periodontite. Também o Journal of Periodontology demonstrou que as pessoas com um índice de massa corporal mais baixo e que praticam a quantidade recomendada de exercício tinham 40% menos probabilidades de desenvolver doenças gengivais. Posto isto, a prática regular de exercício físico durante o dia é benéfico tanto para a saúde oral como para o sono, pois promove o relaxamento e está relacionada com um menor número de episódios de apneia durante a noite, o que contribui para um sono mais tranquilo e revigorante. Contudo, é de notar que, para garantir um sono eficaz, é de evitar a prática de exercício físico próximo da hora de dormir. Neste horário, é preferível recorrer a técnicas como meditação e acupuntura, que demonstraram ser eficazes na modulação do sistema nervoso, promovendo assim um sono mais tranquilo e reparador. 
  2. Evitar o tabaco, o álcool e a cafeína: O bruxismo noturno, caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono, pode causar danos aos dentes e à mandíbula, além de perturbar o sono, levando a despertares frequentes durante a noite, deixando a pessoa cansada pela manhã. Este problema está associado a diversos fatores, entre eles, o tabagismo e o consumo de cafeína ou álcool, razão pela qual se recomenda que seja evitado, sobretudo para quem é mais sensível ao seu efeito estimulante, contribuindo assim para uma melhor qualidade do sono. 
  3. Informar-se junto de um profissional: A má oclusão, um problema de saúde oral comum, pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de distúrbios do sono, como o ronco, a apneia do sono e a insónia. Quando os dentes não estão alinhados corretamente, causam pressão na língua e na garganta, obstruindo a passagem do ar durante o sono. Como resultado, é comum ocorrerem roncos altos e frequentes interrupções no sono, o que pode levar a noites mal dormidas e à redução da qualidade do descanso. Nestes casos, é aconselhável procurar a ajuda de um profissional para encontrar o equilíbrio certo para as necessidades de descanso e manter uma boa saúde oral, física e mental. 

Alina Pereira, Medical Regional Manager da Impress em Portugal, refere que “a relação entre a saúde oral e a qualidade do sono é um tema fascinante, mas muitas vezes subestimado, fazendo com que os seus efeitos para a saúde sejam ignorados. O facto é que cuidar dos dentes e das gengivas garante um sorriso bonito, mas também pode ter um impacto significativo na qualidade do sono. Infeções na gengiva, como a periodontite, podem resultar em inflamação crónica, que por sua vez, está associada a problemas de sono, incluindo insónia e sonolência excessiva durante o dia. E claro, qualquer tipo de dor na boca, como cáries não tratadas, abcessos ou feridas na mucosa, podem dificultar o sono, pois a dor constante pode dificultar ou mesmo impedir o descanso.”

“A negligência dos cuidados de saúde oral, como a higiene oral inadequada e a falta de visitas regulares ao dentista, pode resultar em cáries, doenças gengivais e outras condições que podem causar dor e desconforto, interferindo com a qualidade do sono.” acrescenta.

Fonte: 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Reconhecimento pelo Grupo Espanhol de Transplante de Progenitores Hematopoiéticos e Terapia Celular
Manuel Abecasis, Presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), foi homenageado ontem, 14 de março, em Málaga ...

O Professor Manuel Abecasis, membro distinto do GETH-TC, foi homenageado em virtude da sua notável dedicação à promoção da colaboração entre profissionais portugueses e espanhóis no campo do transplante de células. Além do momento de homenagem, também foi convidado a participar nas demais atividades da reunião, criando uma oportunidade única de troca de conhecimento e experiências com outros profissionais da área.

Além de presidente da APCL, Manuel Abecasis foi Diretor do Departamento de Hematologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa e do Programa de Transplantação de Medula Óssea. É, desde Fevereiro de 2021, Diretor do Registo Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE). Atualmente conta já com várias distinções, nomeadamente o Prémio SEAT para a Ciência (1987), o Prémio Nacional de Oncologia (1994), a Medalha de Prata por Serviços Distintos do Ministério da Saúde (2007), o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito da República Portuguesa (2010) e a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos (2015). Recebeu ainda a distinção Clinical Achievement Award 2021 da Sociedade Europeia de Transplantação de Medula Óssea e é sócio honorário da Sociedade Portuguesa de Hematologia.

O GETH-TC trabalha para melhorar a qualidade de vida dos doentes submetidos a transplantes hematopoiéticos através da investigação e desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Tem como objetivos a promoção, tanto em Espanha como no estrangeiro, da difusão do conhecimento científico relacionado com a transplantação hematopoiética e a terapia celular, fomentar e promover estudos de cooperação entre as equipas que realizam este tipo de transplantes e proporcionar informação clara sobre o TCTH e a TC, os centros que realizam estas técnicas aos doentes e às suas famílias.

 
Doença genética rara
Imagine que adormece e deixa de respirar?

Também conhecida por Síndrome de Hipoventilação Central Congénita, esta doença é causada por mutações num gene chamado PHOX2B, localizado no cromossoma 14, estimando-se que afete "um em 150.000 ou um em 200.000 recém-nascidos", o que a torna uma condição bastante rara. No entanto, admite-se "que a incidência desta síndrome esteja subestimada" uma vez que os casos de apresentação tardia que podem estar por diagnosticar.

Segundo a pediatra Núria Madureira, esta síndrome caracteriza-se por "uma falência no controlo autonómico da ventilação, caracterizando-se por hipoventilação central e ausência da normal resposta à diminuição do oxigénio e acumulação de dióxido de carbono". "A maior parte destes doentes tem uma respiração normal quando estão acordados, mas quando adormecem, e o único controlo da ventilação é o autonómico, deixam de respirar ou respiram mais lentamente do que é necessário. Com isso, há diminuição do oxigénio e acumulação de dióxido de carbono no sangue e o suposto seria respirar mais depressa e, eventualmente, acordar. Nestes doentes isso não acontece, havendo risco de morte", começa por explicar. 

Na maioria dos casos, acrescenta, "a síndrome manifesta-se nos primeiros dias de vida com apneias,  ou paragens na respiração, durante o sono ou acordados, episódios de cianose e alteração nos gases do sangue com acumulação de dióxido de carbono. A gravidade da situação justifica a necessidade de ventilação mecânica, ou seja, os bebés têm de ser entubados e respirar com a ajuda de um ventilador". 

Quando a síndrome só se manifesta depois do 1º mês de vida denomina-se síndrome de hipoventilação central congénita de apresentação tardia ou Late-Onset SHCC. "Estes doentes têm uma forma mais ligeira da síndrome, em que a hipoventilação só se manifesta quando há um desafio respiratório, ou seja, quando há infeções respiratórias graves, ou numa anestesia. Nestas circunstâncias, estes doentes podem apresentar uma insuficiência respiratória grave com necessidade de suporte ventilatório e eventual risco de vida", esclarece quanto às formas de manifestação. 

Outra característica, é poder afetar outros sistemas para além do respiratório. "A maioria dos doentes com síndrome de hipoventilação central congénita apresenta outras manifestações de desregulação no sistema nervoso autónomo. Estas manifestações podem ser cardíacas (há risco de arritmias potencialmente fatais), gastrointestinais (com a possível associação à doença de Hirschprung), espasmos do choro com risco de paragem cardiorrespiratória, alterações na regulação da temperatura corporal com sudorese excessiva ou ausência de febre nas infeções, problemas oftalmológicos como estrabismo, ou dificuldades escolares", enumera a pediatra adiantando que, em alguns doentes, há um risco acrescido de desenvolvimento de neuroblastomas ou ganglioneuromas. 

O seu diagnóstico é realizado através de teste genético, "para saber se há mutações no gene PHOX2B", quando há suspeita da presença desta síndrome. No entanto, a especialista admite que sendo esta uma patologia rara, o desafio inicial é, muitas vezes, ter a suspeita deste diagnóstico. "Ainda assim, com os avanços no conhecimento médico, a maioria dos casos graves e típicos já tem um diagnóstico muito precoce. Antes da identificação do gene envolvido nesta síndrome, o diagnóstico era difícil, implicava a exclusão de outras doenças e a realização de uma polissonografia. Atualmente, o diagnóstico através de testes genéticos é relativamente fácil e rápido", refere.  

Núria Madureira, salienta, ainda que "as mutações ocorrem na maior parte dos casos de novo, isto é, os pais não têm a mutação e ela ocorre durante a formação das primeiras células do futuro bebé", pelo que não é possível o diagnóstico pré-natal. "Só quando já há um irmão, ou um dos pais atingidos pela síndrome, é que este diagnóstico se pode equacionar. Estas situações devem ser orientadas em consulta de genética para melhor esclarecimento da necessidade, ou possibilidade, de testes genéticos pré-natais", explica a médica. 

No que diz respeito ao tratamento, esta síndrome leva à necessidade de viver com suporte ventilatório. "Estes doentes vão depender de suporte respiratório durante o sono e, eventualmente, acordados, durante toda a vida. Na maioria dos casos, o suporte ventilatório inicia-se logo nos primeiros dias de vida e os bebés ficam internados até terem condições de manter esse suporte ventilatório em casa", revela Núria Madureira. 

De acordo com a especialista, "as recomendações internacionais preconizam que o suporte ventilatório seja através de traqueostomia e ventilação invasiva nos casos graves e nos primeiros anos de vida. A traqueostomia consiste num orifício na traqueia supraesternal, onde se coloca uma cânula que se vai conectar ao ventilador quando a criança está a dormir". Em idade escolar, explica, "habitualmente, encerra-se a traqueostomia e passa-se para ventilação não invasiva, ou seja, com o ventilador ligado a uma máscara que se coloca no nariz, ou no nariz e na boca". 

Este é um processo desafiante que envolve muitas adaptações, quer para as famílias quer para as equipas médicas que os acompanham, ao longo das várias etapas do crescimento. 

"Os principais desafios no tratamento estão relacionados com a total dependência do suporte ventilatório durante o sono. Sem ele, os doentes podem morrer. Este suporte ventilatório representa uma sobrecarga muito importante para os pais que, além de terem de tratar de um bebé, têm de garantir cuidados especializados de saúde", revela.  

Para os médicos, "o desafio é garantir que o suporte ventilatório é o mais adequado; ter particular atenção quando há doenças agudas, porque a hipoventilação pode agravar-se e condicionar risco de vida; e garantir o diagnóstico e orientação adequada das outras possíveis manifestações da síndrome". 

"À medida que a criança cresce, vão-se colocando outros desafios. O principal é explicar à criança, e depois ao adolescente, as limitações relacionadas com a sua doença e garantir uma vida o mais próxima do normal possível", acrescenta a pediatra. 

"Tal como em todas as outras doenças crónicas, é fundamental explicar aos pais em que consiste esta síndrome e quais as suas implicações. O internamento destes bebés é prolongado, para que se atinja a estabilidade clínica e, durante esse período, devem ser várias as conversas com os pais.  Assim que possível, começam os ensinos aos pais sobre a traqueostomia, os ventiladores, a necessidade de vigilância com monitores cardiorrespiratórios e até as manobras de reanimação cardiorrespiratória. A alta só é possível quando os pais estão preparados para assegurar o suporte ventilatório em casa", afirma quando questionada sobre como se preparam os pais para a convivência com esta síndrome. 

«Não sabia como iria ser o futuro da minha bebé»

Foi após descobrir que a filha sofria de Síndrome de Hipoventilação Central Congénita, "uma síndrome muito rara sobre a qual não sabia nada", que Daniela Rosa e Lourenço sentiu que tinha o dever de "colocar em contacto as pessoas e famílias portuguesas que vivem com esta síndrome". A SINGELA, uma associação que se foca "na participação em atividades de divulgação e consciencialização da síndrome, junto da comunidade, incluindo a comunidade médica e científica" e que fomenta "o contacto entre as famílias portuguesas que lidam com a síndrome", nasce com esta missão. Entando presente "em redes nacionais de saúde e doenças raras, bem como em redes internacionais de partilha de conhecimento sobre síndrome de Ondine, com o intuito de estar a par de todos os desenvolvimentos científicos e clínicos nesta área". 

"Não conhecia ninguém que tivesse passado pelo que estava a passar com a minha família. Não sabia como iria ser o futuro da minha bebé. Com sorte, através de um amigo, tive contacto com a mãe de uma menina portuguesa, o que foi muito importante para mim", recorda a presidente da associação que enumera os vários desfios que as famílias destas crianças enfrentam: 

"Principalmente nos primeiros anos de vida, as pessoas com Síndrome de Hipoventilação Central Congénita estão dependentes de uma vigilância constante e de cuidados específicos e exigentes. É comum que um dos pais se veja obrigado a fazer uma pausa na sua carreira profissional, de forma a assegurar os cuidados da criança, que, muitas vezes, não tem possibilidade de frequentar uma creche ou jardim de infância. Há uma tendência para o isolamento e um acumular de cansaço físico e psicológico decorrente dos cuidados constantes, da possível necessidade de terapias, da ida a várias consultas e dos frequentes internamentos hospitalares. Penso que a grande alteração na vida familiar, profissional, económica e social, é um dos principais desafios das famílias", revela. 

"É importante reiterar que grande parte das famílias com crianças que têm Síndrome de Hipoventilação Central Congénita (principalmente, as que estão dependentes de ventilação invasiva) estão condicionadas na vertente social, quer pelas dificuldades de mobilidade com os aparelhos necessários, quer pelo risco acrescido de infeções graves. Normalmente, as crianças não frequentam a creche e o jardim de infância e passam grandes períodos de tempo no hospital, o que condiciona a sua socialização", sublinha, afirmando que "de momento, nestes estabelecimentos, é praticamente impossível assegurar a presença de um profissional qualificado e em exclusivo para as crianças com Síndrome de Hipoventilação Central Congénita". 

No que diz respeito ao tratamento, e uma vez que este doentes estão dependende do uso de dispositivos de ventilação, "no geral" a comparticipação dos materiais e aparelhos para esse fim, é um aspeto muito importante, "caso contrário, seria muito difícil que uma família pudesse assegurar tudo isso, principalmente, quando um dos membros tem de parar a sua atividade profissional, vendo o rendimento familiar diminuir". "Economicamente, é importante referir a dependência de apoios da Segurança Social e do Sistema Nacional de Saúde", reforça. 

Por todos estes motivos, Daniela Rosa e Lourenço, quer mostrar a pais e familiares que lidam com esta síndrome rara que "não estão sozinhos". "A SINGELA tem uma rede que pretende auxiliar-vos e representar-vos, pelo que estamos ao dispor para esclarecer qualquer dúvida. As famílias, ou qualquer pessoa, podem entrar em contacto connosco". 

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Desafio 8 Horas de Sono”
Não anda a dormir o que devia? A pensar nisso, e de forma a assinalar o Dia Mundial do Sono, a 15 de março, foi lançado o ...

O processo é simples: se está com uma dívida de sono basta aceder a uma plataforma online – www.dormirdescansado.pt - e responder a perguntas sobre como dorme. Como os problemas não são todos iguais, o resultado do teste do sono “Dormir Descansado” é um plano pessoal, desenhado por um coach especialista neste tema, que irá sugerir rotinas adaptadas ao perfil de sono específico de cada pessoa. Este plano pretende ajudar a população a dormir as 8 horas de sono recomendadas para adultos, de uma forma geral.

Na prática, depois de feito o diagnóstico, é traçado um perfil e enviado um plano de sono individual, que inclui não só sugestão de produtos indicados para o problema específico, como também recomendações personalizadas para dormir melhor.

Esta iniciativa foi lançada pelo laboratório Vemedia. O ”Desafio 8 horas de sono” tem como objetivo promover bons hábitos através de um serviço personalizado adaptado às necessidades específicas do perfil de sono de cada pessoa. No entanto, se os problemas persistirem ou se interferirem com o dia a dia, é recomendada a ida ao médico ou farmacêutico.

É possível fazer o teste do sono “Dormir Descansado” e obter um plano de sono personalizado até ao dia 15 de junho de 2024.

 
“Sono de qualidade, para todos, por uma melhor saúde global” é o mote de 2024
No próximo dia 15 de março celebra-se o Dia Mundial do Sono, uma data que visa sensibilizar a população para a importância do...

"A APS organiza um vasto conjunto de atividades, em várias regiões do país e dirigidas a diferentes público-alvo, tentando impactar diferentes faixas etárias”, refere Daniela Sá Ferreira, Presidente da APS e pneumologista na Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho (ULSGE).

Na cidade do Porto, destaca-se a exibição do documentário “Apneia”, produzido a partir de uma colaboração entre a APS, Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e a companhia de teatro Marionet, que aborda a síndrome da apneia obstrutiva do sono. O filme será exibido no Auditório Porto Innovation Hub, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, entre as 18h30 e as 20h00, proporcionando uma visão direta sobre as causas, consequências e tratamento desta condição.

“Pretendemos transmitir que o bem-estar físico, mental e social é maior se se dormir bem, não importa a idade.”

Em Lisboa, Coimbra e Porto, será lançada a série animada "Um Bom Sono Sob as Estrelas", um projeto que visa reforçar a importância da higiene do sono. Este projeto foi desenvolvido pelo CNC-UC e pelo UC-Exploratório e conta com a participação da premiada ilustradora Cristina Sampaio. Foi financiado pela Resmed Foundation e Gasoxmed e é apresentado em três locais diferentes: no Planetário do Porto (15 de março), UC-Exploratório em Coimbra (15 de março) e Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa (16 de março).

A destacar ainda o inovador concurso de vídeos “Sono de qualidade, para todos, por uma melhor saúde global”, destinado a crianças e jovens a frequentar os 1º, 2º e 3º ciclos e ensino secundário, que tem como objetivo sensibilizar os mais novos para as desigualdades que impedem que todos possam seguir as recomendações de higiene do sono e para a importância da saúde do sono, incentivando a expressão artística e a reflexão sobre o tema. O concurso, promovido pelo CNC-UC e APS, decorre de 15 de março a 15 de abril, podendo o regulamento ser consultado aqui. 

A Câmara Municipal de Lisboa também irá promover um conjunto de atividades entre os dias 12 e 22 de março, onde se enquadra o encontro “Sono de qualidade para todos por uma melhor saúde global”, marcado para o dia 20 de março, entre as 14h e as 17h. Paula Pinto, da Direção da APS, será a palestrante desta apresentação. 

"A qualidade do sono é um dos pilares fundamentais da saúde, a que se juntam a estabilidade emocional, alimentação adequada e a prática de exercício físico. Esta campanha de sensibilização enfatiza que dormir mal causa várias doenças e tem consequências na qualidade de vida presente e futura, pelo que é fundamental adotar uma correta higiene do sono", conclui Daniela Sá Ferreira.

O CNC-UC e a APS têm sido premiados anualmente, desde 2018, pela World Sleep Society, relativamente às iniciativas diferenciadoras que têm sido implementas em Portugal, o que demonstra a criatividade e relevância das ações de sensibilização para a população.

 
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra lançou ferramenta de comunicação há 7 anos
A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), lançou a 50ª edição comemorativa da newsletter VoiceMED. Além dos...

Fausto Pinto (médico, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa), Filipe Froes (médico, coordenador da Unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos do Hospital Pulido Valente e do Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos), Amílcar Falcão (reitor da Universidade de Coimbra), Cristina Vaz de Almeida (presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde) e José Luís Marques (diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra), são alguns dos nomes que deixaram o seu agradecimento à VoiceMED.

Com mais de 10 mil subscritores, a newsletter foi criada por Henrique Girão em 2017 para dar voz a estudantes, técnicos, docentes e investigadores da mais antiga escola de medicina de Portugal.

Henrique Girão, diretor do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra e subdiretor para a Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico da FMUC faz um balanço positivo: “Não podemos planear o futuro sem conhecer o passado, por isso a VoiceMED deu voz a tantos que ajudaram a construir a FMUC, para que os mais novos, ao ouvi-las, se sintam mais inspirados e confiantes no futuro. Ouvimos toda a Faculdade para mostrar do que somos feitos, o que nos distingue, o que nos motiva, o que nos emociona, porque queremos orgulhosamente estar aqui. Damos palco às conquistas alcançadas, e acredito que contribuímos também para uma sociedade mais informada e esperançosa. Passaram já 50 edições, mas devido à grandeza da FMUC, este é um caminho que só agora começa, pois muito há ainda por contar”.

A VoiceMED conta ainda com uma extensa lista de entrevistas ao longo de 7 anos, que inclui personalidades como Tedros Adhanom Ghebreyesus (diretor da Organização Mundial da Saúde), Magda Robalo (ex-ministra da Saúde da Guiné-Bissau), Helena Freitas (detentora da Cátedra Unesco em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável), Filipe Albuquerque (piloto de automóveis), Manuel Sobrinho Simões (presidente do Conselho Nacional dos Centros Académicos Clínicos) e Catarina Resende de Oliveira (neurologista e cientista).

A FMUC convida à subscrição gratuita da VoiceMED, onde também é possível consultar o arquivo das edições anteriores, em https://www.uc.pt/fmuc/voicemed/.

 
Na 2ª Edição do SelfCare MARKET & SUMMIT
No próximo sábado, dia 16 de março, irá realizar-se a 2ª edição SelfCare MARKET & SUMMIT que irá contar com a presença de...

A medicina personalizada é hoje uma das mais importantes estratégias para alcançar uma maior longevidade na área da saúde, tendo sempre em conta a singularidade de cada indivíduo, através de uma avaliação personalizada e integrativa. Esta é uma visão partilhada pela Insparya, seja através do seu trabalho de investigação, desenvolvido no Insparya Science and Clinical Institute, seja através da avaliação da individualidade bioquímica, genética e dos estilos de vidas dos seus pacientes. É neste sentido que o grupo líder em transplante capilar traz para debate no SelfCare MARKET & SUMMIT a questão do enfraquecimento capilar, numa perspetiva multidisciplinar, envolvendo os médicos João e Pedro Barreira. 

São muitas as questões de saúde que comprometem a saúde capilar, sendo o cancro uma das doenças que revelam ter maior impacto, não só a nível físico, mas também mental e emocional. São reconhecidos os vários os efeitos dos tratamentos de quimioterapia que se refletem não só em todo o sistema imunológico como também em aspetos como a pele, unhas e o cabelo, que pode cair praticamente de um momento para o outro.

No caso dos homens, esta situação é socialmente mais aceite, mas para as mulheres esta é uma realidade que poderá ser mais difícil de encarar devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade. O cabelo constitui uma parte significativa da sua imagem e perdê-lo constitui uma preocupação acrescida, na medida em que, muitas vezes, a mulher acaba por se sentir privada da sua feminilidade, expondo à sociedade a sua luta contra a doença.

Como explica João Barreira, médico oncologista, “a alopécia associada a tratamentos de cancro é algo quase incontornável, pelo que, no decorrer dos tratamentos de quimioterapia, não devem ser utilizados cuidados anti queda. A frequência da queda de cabelo é variável e depende dos fármacos utilizados no tratamento. Será necessário aguardar um período de dois a três meses após os tratamentos de quimioterapia para iniciar todo o ritual de cuidados e recuperação da saúde capilar”.

Após a conclusão dos ciclos de quimioterapia, o cabelo volta a crescer lentamente, podendo levar três a seis meses. Para recuperar e manter a saúde capilar há toda uma rotina diária que pode fazer a diferença e que, como defende Pedro Barreira, médico de medicina Geral e Familiar, deve passar pela adoção de estilos de vida saudáveis.

“Qualquer atividade física é benéfica para lidar com momentos de ansiedade. Começar a fazer exercício, não só melhorará a saúde do cabelo, mas também o bem-estar físico e mental geral, libertando ansiedade, endorfinas e promovendo o sono”, acrescenta Pedro Barreira.

Sobre a alimentação, o especialista em medicina geral e familiar considera que “uma alimentação equilibrada é fundamental em todos os aspetos, nos quais se inclui também a saúde capilar. Manter uma dieta saudável, entre outros aspetos, contribui para suprir eventuais défices nos nutrientes essenciais para o cabelo”.

Aliado à alimentação, Pedro Barreira reforça ainda que “existem outros hábitos que podem fazer a diferença como seja adotar rotinas de descanso de qualidade com sonos regulares e sem stress, um dos grandes inimigos da saúde capilar”.

Para Carlos Portinha, Diretor clínico do Grupo Insparya “não há dúvidas de que o cabelo exterioriza muitas variantes e ou circunstâncias porque o próprio corpo atravessa, sem que, muitas vezes, as pessoas se apercebam, nomeadamente o seu estado geral de saúde. As alterações na qualidade do cabelo, bem como várias condições de pele, podem ser indicadores de stress, maus hábitos alimentares, doenças de pele, ou algum desequilíbrio hormonal. Embora a alopécia androgenética seja muito comum, especialmente nos homens, em geral as alterações na saúde capilar, especialmente se forem súbitas, são um indicador para parar e observar o que se passa”.

A par dos cuidados de saúde, neste encontro cujo foco é o autocuidado, a Insparya irá destacar ainda a importância da correta higiene e nutrição capilar, assim como a importância de adequar o champô às necessidades de cada tipo de cabelo e couro cabeludo.

A tecnologia e a medicina capilar têm evoluído rapidamente nos últimos anos e atualmente não só é possível cuidar da saúde capilar com a introdução de corretas rotinas de cuidados diários, como também tratar eficazmente problemas dermatológicos e capilares graças à orientação de médicos especialistas como os da Insparya. Estas e outras questões estarão em debate num painel que cruza várias áreas da medicina para dar a melhor resposta aos problemas de saúde capilar.

Projeto de Gedeon Richter é lançado este fim de semana
No mês dedicado à mulher, torna-se ainda mais crucial abordar os desafios específicos que estas enfrentam ao longo das...

“A introdução do projeto ‘PorEla’ marca um avanço na abordagem da saúde feminina. Para as mulheres, significa ter acesso a recursos fidedignos que abordam as nuances específicas da sua saúde em diferentes etapas da vida. Este projeto não visa apenas fornecer conhecimento especializado, mas também procura criar um ambiente onde as mulheres se sintam capacitadas e compreendidas”,  explica Maria Geraldina Castro, ginecologista e diretora médica da Gedeon Richter Portugal.

São vários os fatores biológicos, comportamentais e psicológicos que podem interferir na saúde da mulher. Torna-se, por isso, fulcral perceber as diversas particularidades de cada etapa da sua vida, para que se consiga acautelar certos problemas e reduzir o risco de complicações que podem advir.

A menopausa, contraceção, fertilidade, endometriose, miomas uterinos, contraceção de emergência, candidíase vaginal são algumas das áreas para as quais irá encontrar mais informação na plataforma do projeto PorEla.

A Gedeon Richter estará presente no SelfCare MARKET & SUMMIT, evento dedicado à saúde e bem-estar, onde será apresentado e lançado no dia 16 de março, este projeto, o PorEla.

19 e 20 de março
O Campus de Carcavelos da Nova SBE vai receber, nos próximos dias 19 e 20 de março, o primeiro evento da organização...

Uma equipa multidisciplinar de mais de 30 especialistas internacionais vai debater formas de potenciar a investigação baseada em tecnologia para apoiar o desenvolvimento de soluções de impacto na vida das mulheres. De entre as várias iniciativas previstas para o dia de evento, destaque para a sessão aberta ao público no dia 20 de manhã (09h-13h), sob o tema Descentralised Science and Tokenisation of IP Asset, onde vários investigadores convidados irão apresentar os estudos que estão a fazer na área da saúde da mulher, no âmbito do trabalho apoiado pela AthenaDAO.

Este evento conta com o apoio da Ripple Blockchain Initiative – uma parceria entre a Nova SBE e a Ripple, desenvolvida pelo Nova SBE Data Science Knowledge Center, para desenvolvimento de atividades de project-based learning, desenvolvimento tecnológico, inovação e promoção de conhecimento nas áreas de blockchain, criptomoedas, cibersegurança e FinTech.

‘Se pensarmos nas inovações que queremos acelerar como parte da nossa iniciativa de blockchain não podíamos estar mais em sintonia com a missão da AthenaDAO, que defende uma abordagem que privilegia a ciência e coloca a comunidade em destaque’, afirma Lénia Mestrinho, Diretora do Data Science Knowledge Center da Nova SBE, acrescentando ‘é exatamente este tipo de pensamento de vanguarda que defendemos e que queremos que apoie a nossa investigação e ensino aqui na Nova SBE’. Por seu lado, Inês Santos Silva da Athena DAO refere ‘o AthenaDAO Summit está a trazer a Portugal e à Nova SBE alguns dos principais investigadores mundiais na área da saúde da mulher, numa oportunidade de pensar o futuro desta área também pela vertente da web3 e blockchain.’

O encontro da Athena DAO apresenta-se como uma experiência coletiva que pretende potenciar e catalisar a forma como a comunidade molda e transforma o futuro da saúde da mulher. As boas infraestruturas, ambiente acolhedor e propício a inovações baseadas em blockchain encontrados na Nova SBE foram decisivos na escolha de Portugal para receber o evento inaugural da AthenaDAO.   

Entrevista | Dra. Cristina Jorge, Nefrologista
Sabia que a anemia é um complicação comum da Doença Renal Crónica?

Estima-se que 95% dos doentes renais crónicos em hemodiálise sofram de anemia. Sendo esta uma complicação comum da DRC, começo por lhe perguntar o que explica esta relação? Que fatores condicionam o desenvolvimento da anemia? 

O rim produz uma hormona, a eritropoietina, que é responsável pela produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. À medida que a doença renal avança, a produção desta substância pelo rim fica comprometida, não respondendo às necessidades e os doentes desenvolvem anemia. Outros fatores que podem contribuir para esta condição na doença renal crónica, incluem a inflamação crónica, alterações do metabolismo do ferro, toxinas urémicas e um tempo de vida mais reduzido dos glóbulos vermelhos (também chamados eritrócitos). Os doentes em hemodiálise (HD) também são propensos a perdas de ferro, nomeadamente pela perda de sangue no circuito extracorporal.  Sendo o ferro um elemento essencial para a produção dos eritrócitos, estas perdas também podem contribuir para a referida anemia. 

Qual o impacto da anemia na vida de um doente com Doença Renal Crónica?

A anemia pode causar cansaço, falta de forças, tonturas ou mesmo desmaios bem como redução da qualidade de vida dos doentes. É também considerado um fator de risco cardiovascular, contribuindo para o desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca e para a mortalidade destes doentes. A própria anemia pode contribuir para o declínio mais rápido da função renal.

A que sinais devemos estar atentos? 

Num grau ligeiro, a anemia não dá sintomas. Em graus de maior gravidade, as queixas são inespecíficas pois outras doenças podem causar o mesmo tipo de queixas. Em termos de sinais, destacam-se a palidez cutânea, que pode ser difícil de constatar nas pessoas de pele escura e, se houver perdas sanguíneas visíveis, estas devem ser comunicadas ao seu médico. 

Ao longo do tempo a anemia na DRC tem tido diversas abordagens. Qual é o status quo em Portugal?

Em Portugal seguem-se as orientações internacionais nesta matéria. Não vamos entrar em detalhe, mas o tratamento da anemia depende da sua causa. Além da doença renal, outros fatores, tal como na população geral, podem também contribuir para esse diagnóstico nos nossos doentes com DRC. Assim, antes de tudo deve-se investigar e tratar a causa da anemia.

Antes da disponibilidade da eritropoietina farmacológica, a única hipótese de tratamento eficaz para estes doentes, com anemia relacionada com a doença renal crónica, eram as transfusões de sangue. Ocasionalmente, elas ainda são necessárias nestes doentes.

Atualmente, além de assegurarmos depósitos adequados de ferro (o qual pode ser administrado por via oral ou endovenosa) e de outros fatores como o ácido fólico e a vitamina B12, essenciais para a produção de glóbulos vermelhos, podemos ter de administrar também eritropoietina, ou análogos da mesma (os chamados agentes estimuladores da eritropoiese - AEE), a estes doentes. Estes AEE podem ser administrados por via endovenosa ou subcutânea. De forma resumida, esta é a prática clínica padrão atualmente em vigor nos doentes com anemia relacionada com a doença renal crónica. 

Existem outros fármacos que imitam as condições em que a eritropoietina é produzida. Como o fornecimento de oxigénio é a principal função dos eritrócitos, a hipoxia (níveis baixos de oxigénio) tecidual serve como o principal estímulo para a produção da eritropoietina. O fator induzido por hipóxia (HIF) é um fator que regula a expressão do gene da eritropietina. Em condições normais de oxigénio (normoxia), o HIF é degradado por enzimas designadas por prolil-hidroxilases. Em hipóxia, a degradação do HIF é inibida, permitindo-lhe ativar a produção de eritropoietina. Assim, fármacos que, inibindo a degradação do HIF, imitam a perceção de hipoxia pelo nosso organismo, contribuem para o aumento da produção de eritropoietina e podem corrigir a anemia. Estes são uma classe de fármacos mais recentes, inibidores da prolil-hidroxilase do fator induzido por hipóxia (HIF-PHI). Um destes fármacos (roxadustat), que se administra por via oral, foi aprovado para uso no espaço europeu em 2021. Os HIF-PHI não estão ainda ao alcance de todos os doentes. Por um lado, devido ao seu surgimento recente e ao seu custo e por outro, porque na maioria dos doentes que estão submetidos à medicação com os análogos da eritropoietina, esta medida é eficaz. 

Quais os principais desafios associados ao tratamento da anemia nestes doentes?

O principal desafio no tratamento da anemia na DRC é garantir a produção adequada de glóbulos vermelhos. Para isso, os doentes necessitam de um acompanhamento rigoroso, com avaliações regulares da hemoglobina, ferro, ácido fólico, vitamina B12 e outros parâmetros, conforme a necessidade individual.

A monitorização permite ajustar a medicação de acordo com as necessidades de cada doente. Por exemplo, se os níveis de hemoglobina estiverem baixos, poderá ser necessário apenas aumentar a dose do AEE, estando os restantes parâmetros dentro do alvo pretendido.  O acompanhamento regular e o ajuste da medicação são essenciais para otimizar a produção de glóbulos vermelhos e melhorar a qualidade de vida dos doentes com anemia na DRC.

Em matéria de prevenção, que cuidados devem estes doentes ter para prevenir a anemia ou o seu agravamento no decorrer da DRC? 

A prevenção da anemia na DRC consiste em medidas que visam otimizar a produção de glóbulos vermelhos e minimizar os fatores que contribuem para a sua deficiência

Em termos de prevenção, além de um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta rica em ferro, o principal é avaliar de forma regular os níveis dos depósitos de ferro, de outros fatores essenciais à produção dos glóbulos vermelhos como o ácido fólico e a vitamina B12, e, evidentemente, os níveis da hemoglobina no sangue. Em termos de doença renal, como a probabilidade de anemia é mais elevada nos estádios mais avançados da doença, esta monitorização deve ser mais frequente nestes doentes. O acompanhamento nefrológico dos doentes é essencial.

Caso não seja tratada, que outras complicações podem surgir?      

A anemia na DRC é uma doença que, se não for tratada, pode levar a diversas complicações graves, além dos sintomas já mencionados.

A falta de oxigénio nos tecidos, incluindo o coração, pode enfraquecer o músculo cardíaco e levar à insuficiência cardíaca, com sintomas como fadiga, falta de ar, inchaço nas pernas e tornozelos.

A anemia também pode causar fadiga extrema, dificultando a realização de atividades diárias, podendo ser tão intensa que o doente pode ficar impossibilitado de trabalhar ou realizar atividades de lazer.

A falta de oxigénio no cérebro pode causar dificuldades de concentração, memória e aprendizagem, dificultando a realização de tarefas que exigem atenção e foco.

O sistema imunitário também pode ser debilitado pela anemia, tornando o doente mais suscetível a infeções, que podem ser mais graves e difíceis de tratar.

Em casos graves, a anemia não tratada pode levar à morte, devido à falha de oxigénio nos órgãos vitais.

É importante salientar que a anemia na DRC é uma doença grave, mas que pode ser tratada com sucesso. O tratamento precoce e adequado pode prevenir as complicações e melhorar a qualidade de vida do doente.

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curso Online e gratuito
A Mamãs Sem Dúvidas apresenta mais um Curso Flash, um evento imperdível para as futuras mamãs, que irá decorrer em formato...

A alimentação dos bebés, nomeadamente a introdução de novos alimentos, cria por vezes nos pais algumas dúvidas, incertezas e angústias. Sónia Patrício, Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria, abordará este tema com informações e conselhos úteis sobre a evolução natural da nutrição infantil.

“Depois dos seis meses de idade torna-se necessária a introdução de outros alimentos. A oferta alimentar durante esta importante fase deve ser baseada na variedade e qualidade. O primeiro grupo de alimentos que eventualmente poderá ser introduzido será o dos hortofrutícolas ou o dos cereais, ou seja, a sopa de creme de legumes ou a papa. A introdução da fruta pode igualmente ocorrer nesta fase” afirma Sónia Patrício.

Esta sessão conta ainda com a participação de Diana Santos, Formadora Bebé Vida, sobre a importância do momento do parto para a recolha das células estaminais, incidindo nas potencialidades das células estaminais para o tratamento de múltiplas doenças.

Os participantes ficam habilitados a uma Ecografia Emocional 4D My Baby

A inscrição é gratuita.

Empresa de biotecnologia liderada por 3 portugueses
A Asgard Therapeutics, uma empresa privada de biotecnologia fundada por três portugueses, é pioneira na reprogramação celular...

A ronda de investimento foi co-liderada por dois novos investidores, RV Invest e Johnson & Johnson Innovation – JJDC, Inc., com a participação de investidores iniciais existentes, Novo Holdings, Boehringer Ingelheim Venture Fund e Industrifonden. A Asgard Therapeutics foi formada em 2018 como um spin-off da Universidade de Lund na Suécia, sendo a equipa que a lidera e fundou portuguesa: Cristiana Pires, CEO, Fábio Rosa, Head of Research e Filipe Pereira, Head of Innovation. Os fundadores são cientistas portugueses, tendo todos passado pela Universidade de Coimbra, onde as linhas de investigação começaram a ser desenvolvidas.

O AT-108 é uma terapia genética inovadora que reprograma diretamente as células tumorais em células dendríticas apresentadoras de antigénios. As células reprogramadas apresentam os antigénios tumorais de cada doente induzindo uma resposta anti tumoral personalizada. Componentes da ciência pioneira da Asgard estão publicados na revista de alto impacto científico Science Immunology e o programa AT-108 alcançou recentemente prova de conceito em modelos pré-clínicos, induzindo forte imunidade anti tumoral em monoterapia.

Cristiana Pires defende que "A abordagem da Asgard vem superar os desafios enfrentados pelas terapias celulares tradicionais, permitindo recriar as células imunitárias funcionais desejadas diretamente no corpo do doente. Acreditamos que esta estratégia inovadora dará origem à próxima geração de terapias celulares. Este financiamento segue a demonstração da prova de conceito do programa AT-108. Gostaríamos de agradecer aos investidores novos e já existentes pelo seu apoio enquanto descobrimos e desenvolvemos imunoterapias inovadoras, e estamos muito entusiasmados por avançar o nosso programa principal AT-108 para a clínica."

Já João Ribas, diretor da Novo Holdings, Seed Investments, e membro do conselho de administração da Asgard, sublinha o entusiasmo perante a entrada dos novos investidores na Asgard Therapeutics e adiciona: “Este é um marco significativo para o novo conceito terapêutico da Asgard, baseado na reprogramação celular direta em oncologia. É com orgulho que continuamos a apoiar a Asgard na sua missão de trazer uma terapêutica pioneira personalizada pronta para utilização clínica. Este financiamento constitui igualmente um marco importante para a ciência e o empreendedorismo desenvolvidos por portugueses, e demonstra a qualidade do trabalho que a CEO Cristiana Pires desenvolveu.”

A AT-108 reprograma as células tumorais no interior do corpo do doente para se tornarem células dendríticas convencionais de tipo 1 (cDC1s), um subgrupo raro de células imunitárias essenciais para a indução de imunidade anti tumoral eficaz. Estas "cDC1s" apresentam ao sistema imunitário os antigénios específicos do cancro do indivíduo, desencadeando uma resposta imunitária personalizada e sistémica. O AT-108 é baseado em três fatores de transcrição - proteínas que regulam a transcrição de genes – que  modificam o perfil de expressão genética de células tumorais, "programando-as" para se tornarem cDC1s imunogénicas.

 
Conferência assinala o Dia Mundial do Rim
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia e ANADIAL assinalam Dia Mundial do Rim com conferência no Centro Cultural de Belém, na...

“Saúde Renal para Todos” é o tema eleito a nível global para assinalar o Dia Mundial do Rim que, este ano, se assinala a 14 de março. Promover a equidade do acesso aos melhores cuidados para a doença renal crónica é uma prioridade mundial, sobretudo porque esta doença afeta cerca de 850 milhões de pessoas em todo o mundo, assumindo-se como a oitava principal causa de morte podendo, em 2040, ser a quinta principal causa de anos de vida perdidos. Para Edgar Almeida, “a equidade começa pelo reconhecimento precoce da doença renal o que, infelizmente, está muito aquém do desejável, mesmo na comunidade dos profissionais de saúde”. Neste contexto, “a Sociedade Portuguesa de Nefrologia apostou na melhoria da identificação precoce da doença renal, nomeadamente pela elaboração de uma Guia de Orientação Diagnóstica e de Referenciação, em colaboração com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, que permitirá um início precoce de medidas que poderão modificar o prognóstico das pessoas com doença renal", explica o presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia.

Na perspetiva de Anabela Rodrigues, “a doença renal crónica é uma epidemia silenciosa, um problema de saúde pública que tem sido subestimado”. De acordo com a presidente da Comissão de Implementação e Monitorização da Estratégia Nacional de Promoção da Saúde Renal e Cuidados Integrados na Doença Renal Crónica, “a doença renal crónica beneficia de um regime de 100% de acessibilidade a tratamentos por hemodiálise e bons programas nacionais de transplantação renal, no entanto, a sua taxa de mortalidade ajustada para a idade é superior à que se tem conseguido noutros grupos de doença que têm acolhido investimento, como é o caso da diabetes ou do cancro”.

A nefrologista considera que “a investigação no setor da doença renal crónica não tem sido priorizada nos programas nacionais, mas é fundamental para que surjam terapêuticas inovadoras”.

Face a este cenário, Anabela Rodrigues defende que a prestação de serviços neste setor tem de se ajustar à carga epidemiológica e económica, com risco de insustentabilidade. São, por isso, “necessárias medidas que otimizem o diagnóstico nefrológico e atrasem a falência renal, com correção das assimetrias de acesso a um painel de modalidades terapêuticas. A Direção Geral de Saúde acolheu as propostas da Comissão Nacional de Acompanhamento da Dialise, que visaram assegurar mais qualidade e segurança no setor da doença renal cronica”. A especialista reforça ainda que “a Estratégia Nacional de Promoção da Saúde Renal e Cuidados Integrados na Doença Renal Crónica convoca a concertação de todos os agentes do Sistema Nacional de Saúde para a proteção do doente, com melhoria dos modelos assistenciais e investimento estratégico”.

Para Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL: “a prevalência da doença renal crónica no nosso país é uma evidência de que devemos apostar na prevenção e na literacia para a saúde renal. É exatamente nestas dimensões que a ANADIAL tem trabalhado, nomeadamente na realização de ações de sensibilização nas escolas, campanhas nas redes sociais, e no desenvolvimento de conteúdos específicos para doentes renais crónicos e seus familiares, como é o caso dos livros de testemunhos de vida reais e de receitas adequadas para toda a família”.

A equidade do acesso aos tratamentos também só é possível se houver equidade no acesso ao diagnóstico precoce. Partindo desta preocupação, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia e a AstraZeneca desenvolveram um estudo de rastreio populacional com o objetivo de detetar a microalbuminúria em tira-teste de urina, e determinar a prevalência desta alteração (presença de proteínas na urina) na população portuguesa. 

De acordo com Ana Carina Ferreira, nefrologista do Hospital de Curry Cabral e membro da equipa de investigação deste estudo, “a doença renal crónica define-se como alteração do débito filtrado glomerular (< 60 ml/min) ou presença de proteínas ou sangue ou outros elementos na urina, com mais de 3 meses de duração”. Assim, “a albuminúria traduz a presença de proteínas na urina. A existir, terá de ser confirmada após 3 meses, e nesse caso deverão ser adotadas estratégicas não farmacológicas e, por vezes, farmacológicas, para evitar a progressão de doença”.

Neste estudo de rastreio “obtivemos cerca de 5% de tiras teste positivas para a microalbuminúria. Os resultados positivos correlacionaram-se com os fatores de risco tradicionais para a presença de doença renal crónica. Parece-nos importante obter um ratio de albumina creatinina na urina em pessoas em risco de doença renal crónica, para início de medidas preventivas de evolução de doença”, acrescenta a nefrologista.

Finalmente, deve-se enfatizar que Portugal continua a ser o país europeu com maior prevalência de doentes sob diálise ou transplante por milhão de habitantes, motivo que reforça ainda mais a necessidade de assinalar o Dia Mundial do Rim no nosso país. Segundo Ana Galvão, “do registo 2023 temos mais 2752 novos doentes a iniciar tratamento substitutivo renal (TSFR), uma incidência de mais de 240 pessoas por milhão”. No final de 2023 havia, no total, 21 690 doentes em TSFR, uma prevalência superior a 2000 pessoas por milhão de habitantes.

Ainda assim, explica a coordenadora nacional do Gabinete de Registo da Doença Renal, “a incidência de novos doentes a iniciar diálise diminuiu 1,3% em relação a 2022, ano em que a incidência em diálise também tinha diminuído em relação a 2021. Em 2023 destaca-se que 28,4% dos novos doentes apresentavam mais de 80 anos e que 8,4% dos doentes incidentes optou por tratamento conservador, sem opção por técnica de substituição renal”.

Importa ainda referir a elevada prevalência de diabetes (31%) como causa de doença renal crónica em doentes incidentes em diálise. 

 

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