APEF realiza sessões de esclarecimento no dia 19 de março, na Pampilhosa da Serra
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai realizar duas sessões de esclarecimento sobre a doença hepática...

Esta iniciativa conta com a colaboração da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, tendo como objetivo consciencializar e alertar os jovens para as consequências que o elevado consumo de álcool traz para a saúde do fígado.

“O elevado consumo de álcool traz graves consequências para a saúde, principalmente para o fígado. Com estas sessões de esclarecimento esperamos contribuir de forma positiva para o Programa de Educação em Saúde da escola e do Município de Pampilhosa da Serra, bem como prevenir e reduzir a incidência das doenças hepáticas crónicas, que são a quarta maior causa de morte precoce no país e, em grande parte, derivadas do consumo de álcool”, explica Arsénio Santos, presidente da APEF.

E acrescenta: “O consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, sobretudo relacionado com a vida social e noturna, é muito preocupante. Segundo os dados do relatório do SICAD, podemos verificar que, no ano de 2022, em cada 10 jovens de 18 anos, 9 beberam álcool”.

De acordo com o relatório “Comportamentos Aditivos aos 18 anos. Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional – 2022: Consumos de Substâncias Psicoativas”, realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), o consumo de bebidas alcoólicas está a aumentar entre os jovens com 18 anos, em Portugal, sendo a sua prevalência mais expressiva no sexo feminino (86%), do que no sexo masculino (84%).

O relatório do SICAD demonstra também que em 2021 foram registados 39.874 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 29.965 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2020, morreram 2.544 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 26% das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado.

 
Estudo ‘Doença Renal Diabética (DRD) em Portugal – A visão dos doentes’
Dados do estudo ‘Doença Renal Diabética (DRD) em Portugal – A visão dos doentes’, realizado recentemente, demonstram que três...

Os resultados mostram também que 2/3 dos inquiridos desconhecem o estadio da sua doença e que 32% das pessoas com doença renal diabética ‘não sabem nada ou quase nada sobe a doença’ aquando do diagnóstico. Para além da preocupação demonstrada pela maioria dos doentes com o facto de terem de realizar diálise, um procedimento artificial que remove os resíduos e a água em excesso no sangue, 86% dos inquiridos atribuem uma elevada relevância à realização das análises relacionadas com a sua função renal, contudo, cerca de 11% admitem não ter realizado análises aos parâmetros renais no último ano, conforme preconizado pelas recomendações clínicas.

A DRD é uma doença com um impacto na vida dos doentes nas diferentes esferas, mas de acordo com os resultados deste estudo destaca-se a esfera pessoal em que 43% consideram que a doença teve um impacto muito elevado na sua vida. Existem vários fatores que contribuem para o impacto da doença renal diabética na gestão do dia-a-dia destes doentes, tais como necessidade de acompanhamento médico muito regular; restrições alimentares; instabilidade emocional; perda de qualidade de vida e autonomia após o diagnóstico. A maioria dos inquiridos afirmam ter necessidade de algum tipo de apoio quer seja na adoção de uma alimentação saudável, apoio financeiro, na compra de medicação ou alerta para a monitorização da sua função renal.

O estudo destaca ainda o papel dos profissionais de saúde como fonte de informação privilegiada pelos doentes (95% das respostas), apesar de os canais digitais terem também um papel importante em 13,4% dos casos. O maior desafio para os doentes com DRD é aceitarem o diagnóstico e a principal frustração, para além do diagnóstico, é o controlo da doença. Por seu turno, o principal sucesso é a não progressão da doença, em linha com o principal desejo e expectativa que é manter a doença controlada.

“É importante tirarmos conclusões relevantes dos resultados deste estudo sobre como se sentem as pessoas com doença renal diabética. A esmagadora maioria encara a sua doença como ‘má’ e sente que o seu estado geral de saúde não é bom. Por outro lado, existe também um grande receio do agravamento da doença o que obriga a um acompanhamento muito rigoroso e a um diagnóstico precoce por parte dos profissionais de saúde que seguem estes doentes”, afirma Carla Gonçalves, Diretora Médica da Bayer Portugal.

Para este estudo foram inquiridos cerca de 180 portugueses com doença renal diabética, representativos da população nacional com 50 ou mais anos, dos diferentes estadios da doença renal crónica. 52% eram do género masculino e a grande maioria (73%) em situação profissional não ativa (reformado/desempregado), com 65% destes diagnosticados há pelo menos 5 anos.

A doença renal diabética (DRD) afeta 700 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a um risco três vezes maior de mortalidade por todas as causas quando comparada a pessoas sem DRD.

ULS Coimbra e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro)
O Curso de Equipas de Trauma, da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra), teve, a semana passada a sua vigésima edição....

Também presentes estiveram médicos reguladores do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Esta formação tem como objetivo “melhorar a preparação, comunicação e coordenação das equipas multidisciplinares de trauma dos serviços de urgência hospitalares, e entre estas e o CODU”, explica Henrique Alexandrino, médico especialista em cirurgia geral, diretor do Curso de Equipas de Trauma e membro da Comissão de Trauma desta instituição.

Esta foi a 20ª Edição do Curso de Equipas de Trauma, uma formação inserida na Escola de Trauma da ULS Coimbra, que teve início em 2021 por iniciativa da Comissão de Trauma desta instituição. As atividades da Escola de Trauma contribuem para a afirmação da ULS Coimbra como Centro de Trauma de Nível I, bem como polo de formação, investigação e inovação nesta área. As atividades da Escola de Trauma de Coimbra incluem ainda a realização de reuniões multidisciplinares de casos clínicos.

 
Mayo Clinic
Há mais de 60 anos, um investigador pioneiro demonstrou como um impulso de eletricidade no cérebro de um touro podia ser...

"A toxicodependência é uma necessidade médica enorme e urgente", afirma o Professor Kendall Lee, que publicou quase 100 artigos científicos sobre a PCE juntamente com os seus colegas. A chave para o tratamento, diz ele, é cortar o "efeito" prazeroso que vem com a dependência - o que a PCE é capaz de fazer.

"De momento, temos vários estudos iniciais que se revelam promissores no fornecimento do rápido aumento de dopamina que faz com que as pessoas se sintam pedradas", afirma Lee, neurocirurgião da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota.

Em 2023, um número recorde de 112 000 pessoas morreram nos EUA após uma overdose de drogas, incluindo drogas ilícitas e opiáceos sujeitos a receita médica. Em 2019, cerca de 600 000 mortes em todo o mundo foram atribuídas ao consumo de drogas. Embora estejam disponíveis vários tratamentos psicológicos e farmacêuticos para a toxicodependência, cerca de 75% a 98% dos doentes têm uma recaída.

"O que é único na dependência é o facto de criar um padrão no cérebro que se auto-perpetua", explica o psiquiatra da Mayo Clinic, Tyler Oesterle. "Basicamente, este comportamento reforça-se a si próprio, tornando-o muito mais resistente à intervenção."

O cérebro está preparado para fazer do prazer uma prioridade. O sistema de recompensa do cérebro liga duas pequenas regiões: a área tegmental ventral, que liberta a dopamina, uma substância química que provoca sensação de bem-estar, e o núcleo accumbens, que controla a memória e o comportamento. A primeira é a razão pela qual sentimos uma sacudidela de prazer depois de mordermos um hambúrguer. É por isso que a nossa boca saliva sempre que sentimos o cheiro de alguém a acender um grelhador. As drogas podem sobrecarregar este sistema, inundando-o de dopamina e reforçando as ligações que sustentam a dependência.

Mas e se fosse possível provocar um curto-circuito no sistema de recompensa? Se as drogas deixassem de provocar o estado de euforia, seria mais fácil deixar de as consumir? Investigações preliminares realizadas em modelos animais e em seres humanos sugerem que é possível reduzir o comportamento de procura de drogas estimulando eletricamente as regiões do cérebro associadas à recompensa.

"Os resultados são promissores, mas ainda não sabemos como funciona", diz Hojin Shin, engenheiro biomédico doutorado da Mayo Clinic. "O que realmente precisamos é de uma técnica que nos permita ver como o cérebro funciona e como o cérebro muda em resposta à estimulação, para que possamos usar essa informação para melhorar o tratamento."

Como parte do Laboratório de Engenharia Neural da  Mayo Clinic, Shin e o seu colega, o doutorando Yoonbae Oh, têm estado ocupados a desenvolver novas técnicas para medir os químicos do cérebro - como a dopamina e a serotonina - em tempo real. As versões mais recentes utilizam eléctrodos constituídos por fibras de carbono flexíveis, mais finas do que um fio de cabelo humano, ligadas remotamente a um circuito eletrónico que pode estimular simultaneamente os neurónios e detetar substâncias neuroquímicas.

Os investigadores utilizaram as suas inovações para obter informações importantes sobre os mecanismos da PCE e da dependência. Num estudo, utilizaram a PCE para ativar a área tegmental ventral, produtora de dopamina, no cérebro de roedores. De seguida, administraram uma dose de um estimulante altamente viciante. O tratamento experimental com PCE reduziu para quase metade o fluxo de dopamina para o núcleo accumbens, o centro de recompensa do cérebro.

Num outro estudo, a equipa testou a abordagem num modelo de roedores com dependência de opiáceos. Quando deram aos modelos um opióide potente, observaram um aumento dos níveis de dopamina. Mas quando trataram os modelos com PCE antes de administrar a droga, este pico nunca ocorreu. O tratamento experimental também pareceu inibir a depressão respiratória, as dificuldades respiratórias responsáveis pela maioria das mortes por overdose de opiáceos. 

A equipa recebeu recentemente uma subvenção dos Institutos Nacionais de Saúde para obter a aprovação de uma isenção de dispositivo de investigação da Food and Drug Administration (FDA), um passo necessário para futuros estudos pré-clínicos e ensaios clínicos deste tratamento experimental.

"Ver a dependência como um problema biológico e abordá-la com tratamentos biológicos como este é uma mudança de paradigma", explica Oesterle. "Sabemos que as intervenções comportamentais ou farmacêuticas padrão não funcionam para toda a gente. Estamos a ir muito além dos limites porque sabemos que precisamos de fazer algo diferente, verdadeiramente diferente, para ajudar as pessoas a reconstruir as suas próprias vidas."

 
De 18 a 22 de março
Entre os dias 18 e 22 de março, o GaiaShopping volta a transformar-se num Hospital dos Pequeninos através da simulação de um...

Em parceria com as Associações de Estudantes da Faculdade de Nutrição e de Medicina Dentária, a iniciativa do Hospital dos Pequeninos está de regresso ao GaiaShopping para uma experiência educativa e divertida que pretende desmistificar o medo da bata branca das crianças. Esta atividade, que acontece na Praça Central do Piso 0 do Centro e tem entrada livre, convida as crianças entre os 3 e os 7 anos a trazerem os seus bonecos e assumir com eles o papel de médico, passando por todos os passos do diagnóstico ao tratamento.

Com inauguração marcada para o dia 18 de março, o Hospital dos Pequeninos vai estar a funcionar entre as 10h00 e as 17h30, exclusivamente para escolas, e entre as 18h00 e as 20h00 para todos os visitantes do Centro.

O Hospital dos Pequeninos recria assim um hospital real onde os mais pequenos podem acompanhar os seus bonequinhos desde a consulta até ao tratamento. Durante o percurso as crianças são sensibilizadas para a importância de manter hábitos de vida saudáveis, higiene oral e até cuidados com animais. 

A entrada é gratuita. 
E coloca o tema da menopausa na agenda
No mês em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, a Wells, marca especialista em saúde e bem-estar, reforça o seu...

De acordo com o McKinsey Health Institute, embora as mulheres tenham uma esperança de vida superior à dos homens, em comparação, passam em média mais 25% das suas vidas com problemas de saúde. Na origem desta discrepância estão fatores como a não equidade de investigação, informação ou investimentos na saúde, que permitam melhorar a saúde das mulheres.

A partir de março e ao longo de 2024, a Wells irá abordar grandes temas, da puberdade à maternidade, do envelhecimento à menopausa, assentes em quatro grandes pilares:

Sensibilizar a população, através de uma grande campanha Multimeios – através da expressão Não fica bem, reforçando a assinatura da marca “fica bem contigo”. A Wells defende que o bem-estar mais que uma imposição da sociedade deve ser encarado na sua dimensão individual, dando o poder às mulheres de definirem quem são, em todos os momentos da sua vida.

Normalizar a conversa, com o lançamento do Podcast “Não Fica Bem falar de…” com Jessica Athayde, que trará para a discussão temas relacionados com as diferentes fases da vida da mulher que incomodam, perturbam ou simplesmente precisam de novas abordagens. Diferentes figuras públicas e especialistas de várias áreas darão semanalmente o seu testemunho no podcast, que tem estreia marcada para o próximo dia 21 de março.

Informar, com a criação do maior site sobre a menopausa em Portugal, desenvolvido em colaboração com o médico ginecologista Dr. Joaquim Neves e vários especialistas, disponibilizando informação útil, credível e acessível. Um espaço seguro que permite às mulheres que enfrentam esta fase de vida acederem a artigos, informação e vídeos de especialistas e inclusive fazer o download de um guia de preparação de consulta médica, para que nada seja esquecido. Disponível em https://wells.pt/menopausa a partir de hoje.

Aceder a produtos e serviços adequados a todas as fases. A Wells desenvolveu consultas de nutrição, adaptadas às várias fases da vida da mulher, da maternidade ao pós-parto e à menopausa, uma vez que o excesso de peso é um dos 30 sintomas que as mulheres mais sentem na menopausa. A pensar nas clientes que estão nessa fase da vida, a Wells formou as equipas para conseguirem dar apoio e assinalou nas lojas todos os produtos adequados à menopausa.

“É com muito orgulho e entusiasmo que assumimos este compromisso. O trabalho que a Wells está a fazer é um caminho muito necessário para as mulheres de hoje e queremos contribuir para um futuro diferente para as próximas gerações. Queremos sensibilizar, normalizar e informar, para que seja natural falar e procurar informação sobre alguns assuntos que põem em causa o bem-estar das mulheres e que hoje ainda são tabu”, refere Marta Castro, Head of Brand & Marketing da Wells.

Na campanha institucional que se inicia nesta quarta-feira e que reforça esta atuação da marca, a Wells risca todos os “Não” da expressão “não fica bem”, ouvida ao longo da vida, da puberdade à menopausa, contribuindo para alertar e ajudar a reduzir a pressão e a ansiedade, relembrando todas as mulheres que não estão sozinhas. A artista Marisa Liz dá voz a esta campanha que estará a partir desta quarta-feira nas diferentes plataformas (televisão, rádio, online e redes sociais).

Este compromisso da marca é transversal a todas as fases da vida da mulher, no entanto este ano a ação da Wells terá um foco maior na menopausa, por ser um tema tabu e onde a informação em Portugal é ainda muito reduzida.

A Wells está também a desenvolver um Grande Estudo sobre a Menopausa em Portugal, com apresentação pública agendada para breve. “Sabemos que 4 em cada 5 mulheres dizem que se fala pouco sobre a menopausa em Portugal, 80% das mulheres a passar pela menopausa não conhece as suas várias fases. É fundamental haver mais informação e falar-se mais sobre a menopausa. É por isso que criámos o maior site com informação especializada, e em breve, apresentaremos publicamente um grande estudo, contribuindo para a informação sobre este tema tão relevante na vida das mulheres”, explica Marta Castro, Head of Brand & Marketing da Wells.

O investimento da Wells previsto para esta área em 2024 é de 3 milhões de euros, sendo que para além destas iniciativas, a Wells irá apresentar e promover outras ações ao longo do ano, que contribuam para a promoção da saúde e do bem-estar feminino. 

 
Investimento em formação contínua
A Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) pretende que a cultura de melhoria contínua seja assimilada por toda a...

“É estrategicamente importante para a ULS Coimbra o investimento na formação em Lean Six Sigma, promovendo uma cultura de melhoria contínua da qualidade dos serviços de saúde integrados, prestados ao cidadão”, frisa Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, acrescentando que, nesta formação, “a metodologia enfatiza a importância da tomada de decisão com base em dados e análises, permitindo escolhas mais informadas e resultados mais previsíveis”.

Estão inscritos 20 formandos neste curso, que arrancou hoje de manhã, nos Hospitais de Universidade de Coimbra. Entre os formandos, encontram-se líderes de serviços clínicos, de gestão e logística, abrangendo toda a organização. A formação inicial, com a duração de 48 horas, distribuídas por vários dias de março, tem como principal objetivo preparar os profissionais para a substituição dos tradicionais métodos de gestão por estratégias e abordagens inovadoras, que suportem o crescimento e a competitividade das organizações, aumentando a eficácia e eficiência dos processos e reduzindo custos operacionais, com melhoria da qualidade e satisfação dos utentes.

O principal foco do curso é a eliminação de desperdício, a melhoria contínua de processos e a eliminação das causas de variabilidade. “O envolvimento, capacitação e potenciação dos nossos colaboradores é determinante para alcançar melhores resultados para os doentes”, destaca Alexandre Lourenço.

“Criação de uma mentalidade sustentável e orientada para a melhoria contínua”, “Compreender o Lean e o Six Sigma como filosofias de gestão”, “Aplicação de metodologias e ferramentas Lean” e “Liderar projetos e equipas de melhoria contínua” são alguns dos módulos que constituem esta formação. O curso inclui uma avaliação final (2 horas), certificação internacional e, ainda, um workshop de seleção e priorização de projetos DMAIC (define, measure, analyze, improve e control) estratégicos.

A Unidade Local de Saúde de Coimbra tem como missão prestar cuidados de saúde integrados, de elevada qualidade e centrados nas pessoas, para melhorar a saúde e bem-estar da comunidade. Esta empresa pública, que integra as respostas do Serviço Nacional de Saúde na região de Coimbra, conta com perto de 10200 colaboradores.

 
Na liderança das equipas de marketing, vendas e acesso
Juan Carlos Portasany assume o cargo de Diretor Comercial em Portugal na Bristol Myers Squibb. Com mais de 20 anos de percurso...

Durante o seu percurso profissional, Juan Carlos Portasany ocupou vários cargos comerciais em empresas de grande consumo, como a Pepsico e a Heineken. Em novembro de 2017, juntou-se à Bristol Myers Squibb como National Sales Manager de Cardiovascular em Espanha e Portugal. Três anos mais tarde, passou para a sua posição até agora como Associate Marketing Director de Cardiovascular, também para Espanha e Portugal, onde tem contribuído para a consolidação da liderança da empresa na área da cardiologia.

Nesta nova etapa que inicia como Diretor Comercial, irá estabelecer a visão de negócio para o mercado português com o objetivo de otimizar as oportunidades nas áreas de Oncologia, Hematologia e Innovative Medicines. Irá também procurar implementar metodologias de trabalho inovadoras, de modo a proporcionar aos clientes uma experiência diferenciada, através da digitalização e de uma abordagem omnicanal em todo o país.

O seu percurso profissional sólido e conhecimentos do sector irão reforçar o papel de liderança da empresa no desenvolvimento de tratamentos transformadores para as principais doenças que afetam os doentes em Portugal.

 
Opinião
Estima-se que a Doença Renal Crónica possa afetar 1 em cada 10 portugueses.

Em Portugal, mais de 90% dos doentes em hemodiálise realizam os seus tratamentos numa extensa rede de prestadores privados ao abrigo das convenções do SNS. Ou seja, o SNS paga aos prestadores um valor semanal por doente, que por sua vez assumem a responsabilidade financeira de todos os custos associados à hemodiálise. Este modelo de financiamento (conhecido como “preço compreensivo”) foi considerado inovador quando foi introduzido em 2008. Ao longo das últimas décadas, esta parceria entre o SNS e o setor privado tem-se traduzido no aumento da qualidade da hemodiálise, com reflexos diretos em múltiplas dimensões – incluindo na sobrevivência dos doentes.

Do ponto de vista do SNS, verifica-se que o aumento do número de doentes em hemodiálise tem levado a um aumento da despesa com hemodiálise do SNS - apesar de representar apenas 1,8% da despesa pública em saúde. Porém, esse aumento de despesa tem sido inferior ao crescimento do número de doentes. Tal implica que a despesa do SNS por doente tem estado em queda. De facto, entre 2010 e 2022, verificou-se uma redução expressiva da despesa do SNS por doente em hemodiálise de 12% (no mesmo período, a despesa pública em saúde per capita subiu 37%). Tal implica que a receita dos prestadores privados por doente do SNS está também em queda.

Em sentido inverso, existe uma tendência generalizada de aumento dos custos para prestação de cuidados de saúde – à qual a hemodiálise não é exceção. De facto, apesar de se ter verificado um esforço de maior eficiência dos prestadores nos anos que sucederam a introdução do modelo do preço compreensivo, constata-se também uma pressão crescente para aumento dos custos em anos mais recentes. Por exemplo, a escassez de profissionais de saúde ou o impacto da pandemia, traduzem-se numa pressão para aumento dos custos de prestação de hemodiálise.

A conjugação do aumento dos custos para os prestadores com a redução do valor pago pelo SNS implica que, do ponto de vista financeiro, os prestadores privados de hemodiálise tenham uma crescente pressão. Tendo em consideração o caráter multinacional de muitos destes prestadores, tal pressão contribui para reduzir a atratividade relativa do setor em Portugal.

Em 2008, a introdução do modelo do preço compreensivo foi considerada uma inovação, com ganhos para os doentes, para os prestadores, e para o SNS. Contudo, desde 2008 o modelo permanece cristalizado, sem acompanhar a evolução dos custos da hemodiálise, da prática clínica e das necessidades dos doentes. Torna-se por isso importante considerar uma adaptação do modelo atual, que permita manter os incentivos à eficiência, dar previsibilidade ao SNS, e garantir a sustentabilidade dos prestadores. A introdução de um modelo dinâmico de preço compreensivo, e a eventual revisão do modelo de gestão integrada da Doença Renal Crónica, serão instrumentos cruciais para garantir a continuidade da excelência dos cuidados de hemodiálise prestados aos doentes em Portugal, com reflexos na sua longevidade e na sua qualidade de vida.

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Na companhia há 13 anos
Alicia de Castro acaba de ser nomeada como Diretora-Geral da Lilly Portugal, posição antes ocupada por António Leão, que...

Na companhia há 13 anos, Alicia de Castro entrou para a Lilly Espanha como Brand Manager em 2010, após terminar um MBA no Instituto de Empresa, que se seguiu ao curso de Administração de Empresas na Universidade Carlos III (Madrid).

Para além de Espanha, onde desempenhou funções como Black Belt Six Sigma e Brand Leader de Imunologia, a nova Diretora-Geral passou por Indianápolis (2018), para liderar um lançamento na área da Dermatite Atópica, por Miami (2021) para desempenhar a função de District Sales Manager, pela Suíça (2022), para liderar a Unidade de Negócio de Biomedicine, chegando agora a Portugal para liderar a filial portuguesa da Lilly.

«Sinto-me muito grata por todas as oportunidades e desafios que acumulei até agora. Tenho a certeza de que não me ajudaram apenas a desenvolver profissionalmente, mas também me moldaram enquanto pessoa. Gosto muito de desafios, de fazer coisas novas, aprender e ser exposta a diferentes ambientes, estilos e culturas de trabalho. Gosto igualmente de causar impacto nas pessoas com quem trabalho, mas especialmente nos doentes, que é o que me motiva todos os dias!» afirma Alicia de Castro. A nova Diretora Geral acrescenta ainda: «Estou muito impressionada com o que observei até agora na Lilly Portugal. Há um verdadeiro trabalho em equipa multifuncional, notam-se conhecimentos muito sólidos e um forte empenho em fazer a diferença para os doentes portugueses.»

Com um estilo de liderança baseado na confiança, transparência e em elevados patamares de integridade e excelência, Alicia de Castro tem-se revelado uma profissional extremamente competente e inquestionavelmente alinhada com os valores da companhia, principalmente no que respeita à preocupação com os doentes. «Temos objetivos muito ambiciosos para atingir nos próximos anos, mas estou muito confiante da nossa capacidade enquanto equipa em Portugal» remata a nova Diretora Geral da Lilly Portugal.

 
Dia 14 de março, em Lamego
Para chamar a atenção para a importância da prevenção e diagnóstico precoce, a DaVita Portugal realiza, no próximo dia 14 de...

O rastreio, que será realizado por equipas de médicos nefrologistas e enfermeiros das Clínicas DaVita, inclui a avaliação da pressão arterial, frequência cardíaca, glicemia capilar, peso e altura e presença de proteínas na urina e ainda a partilha de informação, nomeadamente em relação aos fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crónica, como a hipertensão arterial, a doença cardiovascular, a diabetes, o excesso de peso ou a obesidade.

A doença renal crónica é um problema de saúde que, segundo as estimativas, afeta 8% a 10 % da população mundial. Em Portugal, segundo os dados do último relatório do Gabinete do Registo da Doença Renal Crónica da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, referentes a 2021, Portugal é o país europeu com mais doentes a entrar em diálise por ano e o 8.º país do mundo com os piores números.

A iniciativa assinala também o lançamento de uma petição destinada a sensibilizar as entidades oficiais para a necessidade da abertura da nova e funcional clínica de hemodiálise DaVita em Lamego. Esta decisão permitirá evitar deslocações desnecessárias e lesivas para os doentes renais crónicos da região que, em muitos casos, mesmo com a abertura em 2023 do Centro de Responsabilidade Integrada em Diálise, na Unidade Hospitalar de Lamego, ainda têm de fazer hemodiálise longe do local onde vivem.  A petição está disponível aqui e o apelo deixado é simples: mais assinaturas aumentam a força desta voz coletiva.

 
Causa de cegueira irreversível
O glaucoma é uma doença ocular crónica e silenciosa que, se não for tratada, pode levar a perda perm

Quando falamos em glaucoma falamos de um grupo de sinais caracterizado por uma pressão intraocular elevada, associada a danos no nervo óptico e perda de campo visual. No entanto, descobriu-se que um bom número de casos, vulgarmente conhecidos como glaucoma de baixa tensão, apresentava evidências definitivas de danos no nervo óptico e alterações nos campos visuais, apesar de terem uma pressão intraocular normal. Assim, além da PIO elevada, acredita-se que vários outros fatores, como o fornecimento inadequado de sangue às células ganglionares da retina e às fibras do nervo óptico devido à aterosclerose ou alterações avançadas do tecido conjuntivo relacionadas à idade, desempenhem um papel importante na progressão do glaucoma. Esta possível teoria vasculogénica levou a que passasse a falar de uma “neuropatia óptica vascular”.

É importante saber que o glaucoma é a terceira causa mais frequente de cegueira em todo o mundo, depois da catarata e do tracoma. Mas quando falamos de causas de cegueira irreversível, o glaucoma é a primeira causa. É mais importante ainda sabermos que na grande maioria dos casos a perda de visão e a cegueira podiam ter sido evitadas.

Calcula-se que haja cerca de 70 milhões de pessoas com glaucoma em todo o mundo. Destes, cerca de 7 milhões estão cegos de um olho e cerca de 1 milhão estão cegos dos dois. Em cerca de 20% dos casos os doentes cegaram antes de terem acesso ao diagnostico ou tratamento. Portugal tem cerca de 200 000 pessoas com glaucoma, metade das quais desconhece que tem a doença. A prevalência do glaucoma aumenta com a idade. Dos 40 aos 49 anos é de cerca de 1%, mas sobe para os 3% entre os 60 e os 69. Depois dos 70 anos é de 5%. Alem da idade há outros fatores de risco. A existência de história familiar de glaucoma, raça africana ou hispânica, alta miopia, diabetes, hipertensão arterial e o uso de corticoides aumentam o risco de glaucoma.

A prevenção do glaucoma envolve principalmente a deteção precoce e o tratamento adequado. Exames oftalmológicos regulares são essenciais, especialmente para pessoas com fatores de risco. O diagnóstico do glaucoma, efetuado pelo médico Oftalmologista,  geralmente envolve uma combinação de medições de pressão intraocular, avaliação do nervo óptico e dos campos visuais. É de notar que a forma de glaucoma mais comum – o glaucoma de angulo aberto – pode cursar sem qualquer sintoma até uma fase muito avançada da doença. Nessa altura a perda de visão e de campo visual é irreversível. É por isso que o glaucoma é muitas vezes referido como sendo “o ladrão silencioso da visão”. É muito importante que as pessoas façam consultas regulares com o medico Oftalmologista sobretudo depois dos 40 anos.

O tratamento do glaucoma geralmente começa com a colocação de gotas – colírios que ajudam a diminuir a pressão intraocular. Em alguns casos raros podem ser prescritos medicamentos orais. Em situações mais avançadas ou quando os medicamentos não são eficazes, pode ser necessário recorrer a cirurgia a laser ou cirurgia convencional para diminuir a pressão intraocular. É de realçar que não se deve interromper a colocação das gotas porque na sua ausência o glaucoma continua a progredir sem que a pessoa tenha qualquer sintoma. É igualmente importante que a pessoa com glaucoma se certifique de que as gotas estão a ser colocadas corretamente. Muitas vezes a falta de eficácia tem a ver com a deficiente colocação destas. As gotas devem ser colocadas no fundo de saco conjuntival inferior do olho afetado (o fundo de saco conjuntival é a área entre a pálpebra inferior e o globo ocular). Para aplicar as gotas corretamente, a pessoa inclina levemente a cabeça para trás, puxa suavemente a pálpebra inferior para criar um pequeno espaço (o fundo de saco conjuntival) e aplica a gota nesse espaço. Deve evitar tocar a ponta do frasco nos olhos ou nas pálpebras para evitar a contaminação. É aconselhável manter a mão a segurar a pálpebra inferior para ela permanecer afastada do globo ocular mais um ou dois minutos após colocar a gota de forma a que ela seja completamente absorvida. É igualmente importante colocar as gotas o número de vezes ao dia indicado pelo médico e deixar um intervalo de cerca de 5 minutos entre diferentes gotas.

Embora atualmente não exista uma cura para o glaucoma, os avanços na deteção precoce, tratamentos mais eficazes e uma melhor compreensão da doença oferecem esperança para um futuro onde a perda de visão devido ao glaucoma seja minimizada. A conscientização, a educação e o acesso a cuidados oftalmológicos adequados são cruciais para alcançar esse objetivo.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa vai percorrer várias cidades de norte a sul do país
A Sociedade Portuguesa de Oncologia acaba de lançar o Clube de Oncologia dos Grupo de Trabalho Patients' Advocate da...

O Clube de Oncologia irá ter a sua primeira edição de muitas, através de um programa itinerante que vai percorrer vários pontos do país. Esta ação procurará ser um momento presencial de partilha entre profissionais de saúde - Oncologistas Médicos, Radioncologistas, especialidades cirúrgicas, Enfermeiros, Assistentes Sociais - que lidam diretamente com o cancro, e doentes oncológicos, seus cuidadores ou a população em geral com interesse nesta temática.

Susana Sousa, médica oncologista e coordenado do grupo, sublinha que «o Clube de Oncologia pretende a cada edição discutir os mais variados temas que façam sentido nesta área tão abrangente, duma forma isenta, adequada, precisa, clara e que a audiência capte, entenda e valorize. Em destaque vamos ter assuntos tão diversos desde rastreio, diagnóstico, tratamento, seguimento, cuidados paliativos ou outros que fizerem sentido e a audiência estiver disposta a conversar sobre o grande tema que é a Oncologia.»

A estreia desta ação decorrerá na Biblioteca Municipal de Óbidos no dia 6 de abril pelas 17h00, sendo que a segunda edição está agendada para 17 de maio na Biblioteca Municipal de Penafiel.

 
Semana Mundial da Incontinência Urinária assinala-se de 11 a 15 de março
A propósito do Dia Mundial da Incontinência Urinária celebrado a 14 de março, e a ‘Semana Mundial da Incontinência Urinária’...

Estima-se que na Europa cerca de 17 % dos adultos acima dos 40 anos de idade possam sofrer de incontinência urinária.Em Portugal, 1 em cada 5 portugueses acima dos 40 anos sofrem de incontinência urinária, sendo que entre os 45 e os 65 anos a proporção de casos de incontinência urinária é de 3 mulheres para cada homem. 

A bexiga hiperativa define-se por um conjunto de sintomas que têm início num distúrbio do armazenamento de urina da bexiga. O músculo detrusor da bexiga contrai-se mesmo quando não contém um volume considerável de urina e como resultado a bexiga recebe a mensagem de que está cheia, quando na realidade não está. Consequentemente surgem os sintomas da bexiga hiperativa, que incluem a necessidade urgente e frequente de urinar, a noctúria - acordar uma ou mais vezes durante a noite para urinar, e a incontinência urinária. 

Outros fatores como infeções do trato urinário, obstipação, quantidades excessivas de cafeína e bebidas alcoólicas, podem contribuir para os sintomas de bexiga hiperativa. Pessoas que tenham sofrido um AVC ou com distúrbios neurológicos como Parkison e Esclerose Múltipla têm mais propensão para desenvolver esta síndrome.

A plataforma ‘Na Bexiga Mando Eu’ visa clarificar preconceitos, disponibilizar informação sobre os sintomas desta síndrome, partilhar dicas de prevenção e tratamento, e sugere a adoção de alguns comportamentos que podem melhorar a vida de quem vive com esta síndrome. Quem sofre de Incontinência Urinária encontra nesta plataforma um apoio para que se sinta esclarecido e acompanhado nesta jornada.

Existem alguns comportamentos que podem ser adotados para controlar ou aliviar os sintomas da bexiga hiperativa. Mudanças no estilo de vida, como por exemplo na alimentação, a realização de exercícios localizados para fortalecimento do pavimento pélvico e treino da bexiga são algumas das recomendações para melhorar a qualidade de vida. Em alguns casos a ajuda de medicação pode ser fundamental para controlar e aliviar os sintomas.

A bexiga hiperativa é um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, independentemente do sexo ou da idade. Importa reconhecer sintomas para agir atempadamente e realizar um tratamento adequado.

 
APDP e APIR alertam para a importância do tratamento precoce da doença renal
No âmbito do Dia Mundial do Rim, assinalado anualmente na segunda quinta-feira de março, a Associação Protectora dos Diabéticos...

José Manuel Boavida, presidente da APDP, reforça a necessidade de promover junto de todos os profissionais de saúde o seu papel na prevenção da doença renal crónica. “É necessário fomentar o rastreio sistemático da doença renal crónica em pessoas com diabetes e promover outro tipo de atitudes preventivas, como o controlo dos níveis de açúcar no sangue, da tensão arterial e do colesterol, assim como eliminar o consumo de tabaco. Não nos podemos esquecer de que quanto mais tempo se tem diabetes, maior a probabilidade de desenvolver lesões renais”, relembra o presidente da APDP.

A propósito da efeméride, que este ano se assinala a 14 de março, em parceria com vários centros hospitalares e entidades, a APIR realiza ao longo da semana e em todo o País ações de prevenção e sensibilização, incluindo palestras, rastreios e workshops.

“Em Portugal, estima-se que mais de 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica, e todos os anos são registados mais de dois mil e quinhentos novos casos em fase terminal, existindo atualmente mais de 13 mil pessoas dependentes de diálise. Estes dados são preocupantes, mas continua a não existir uma política global de combate à insuficiência renal. Os doentes merecem uma aposta mais significativa na prevenção de patologias como esta”, defende José Miguel Correia, presidente da Direção Nacional da APIR.

Em todo o mundo, estima-se que mais de 850 milhões de pessoas vivam com doença renal crónica, que terá provocado mais de 3,1 milhões de mortes em 2019. É atualmente a oitava principal causa de morte e as previsões apontam para um agravamento dos anos de vida perdidos até 2040.

A diabetes é uma das principais causas da doença renal, uma vez que pode danificar as estruturas que filtram o sangue dentro dos rins. A longo prazo, os elevados níveis de glicose no sangue poderão evoluir para doença renal diabética ou nefropatia diabética, que habitualmente não provoca sintomas ou sinais até se encontrar numa fase avançada.

 
Vírus do Papiloma Humano
O HPV é responsável por "quase todos os casos de cancro do colo do útero, das lesões pré-invasi

Trata-se de uma infeção bastante comum entre homens e mulheres "com menos de 30 anos".  As estimativas apontam para que 80% da população sexualmente ativa adquira o vírus do Papiloma Humano, "em algum momento das suas vidas". E apesar de ser responsável por um leque variado de patologias, a especialista em ginecologia salienta que "maioria das pessoas expostas ao HPV não desenvolverá qualquer doença". 

"O HPV é um vírus que infeta a pele e as mucosas, em particular das áreas genital e oral. A principal via de transmissão é através das relações sexuais, do contacto com a pele e as mucosas", começa por esclarecer Amélia Pedro sublinhando que, como referido acima, não existem grupos de risco. No entanto, apesar de poder afetar qualquer pessoa, a especialista refere que "fatores como a imunossupressão ou pessoas que vivem com o HIV tem um risco acrescido de persitência do vírus".

Habitualmente, esta é uma infeção assintomática. "No entanto, nos casos em que a infeção por HPV não é eliminada pelo sistema imunitário e persiste ao longo do tempo, o que acontece em 10-15% das mulheres, pode levar a uma série de alterações celulares no colo do útero e ao aparecimento de lesões pré-cancerosas", explica a médica sublinhando a importância do diagnóstico precoce. Diagnóstico esse obtido por meio da realização do rastreio do cancro do colo do útero. 

"O rastreio do cancro do colo do útero em Portugal, desde 2017 e por decreto lei, utiliza como teste primário, a pesquisa de ácidos nucleicos, dos serotipos oncogénicos, do vírus do papiloma humano (HPV), em citologia vaginal, a realizar de 5 em 5 anos". Este "destina-se à população do sexo feminino com idade igual ou superior a 25 anos e igual ou inferior a 60 anos. No caso de um resultado anormal, a mulher será informada com que frequência deve ser vigiada ou se são necessários testes mais específicos", adianta a presidente da secção de Colposcopia e Patologia do Trato Genital Inferior da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

Em matéria de prevenção, a especialista revela que "a grande arma" é vacinação.  "A utilização de preservativos ou contraceptivos de barreira de forma correcta e consistente durante as relações sexuais. Esta medida, embora não evite completamente a aquisição da infeção, pode reduzi-la se for utilizada desde o início do contacto sexual", acrescenta.

Em Portugal, a vacinação contra o HPV é universal e está incluída no Plano Nacional de Vacinação aos 10 anos, num esquema de 2 doses aos 0 e 6 meses, com a vacina nonavalente. "Atualmente, não há idade limite para a vacinação. Embora as vacinas contra o HPV disponíveis não sejam terapêuticas e o seu maior benefício seja antes do início da vida sexual, existem estudos muito robustos que demonstram que mesmo na idade adulta e mulheres tratadas por lesões de alto grau beneficiam da vacinação. Neste último caso, há menos recidivas, ou seja, as mulheres que se vacinam tem menos risco de voltar a ter doença relacionada com o HPV", explica Amélia Pedro. 

No entanto, a vacinação não substitui ou torna menos importante a realização do rastreio. Este é um dos mitos que a especialista afirma que precisa ser esclarecido. "É essencial participar nos programas de rastreio para um diagnóstico precoce e, mesmo que esteja vacinada contra o HPV, deve continuar a participar" nestes programas. 

Não esquecendo que os homens são também uma peça-chave em matéria de prevenção. O HPV não afeta apenas as mulheres. "O HPV provoca cancros no homem, como o cancro do pénis, da orofaringe, laringe e cavidade  oral e que os homens também beneficiam da vacinação não só como proteção individual, mas também na cadeia de transmissão", explica a especialista em ginecologia Hospital CUF Sintra.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O Passado, o Presente e o Futuro do IPR
O Instituto Português de Reumatologia (IPR) realiza, no próximo dia 16 de março, no Auditório da Ordem dos Médicos, em Lisboa,...

Para assinalar o seu 75.º aniversário, o IPR promove uma conferência para partilha de conhecimento e experiência, de boas práticas e discussão de temas sobre o passado, o presente e perspetivas de futuro na área da reumatologia.

Este evento, destinado a antigos e atuais elementos da instituição, a doentes e a profissionais da área da saúde, tem início marcado para as 9h30 e conta com a presença de oradores reconhecidos na área. O primeiro painel refletirá sobre o passado do Instituto, desde o seu nascimento e implementação até à evolução da Instituição, e o segundo será dedicado a um olhar sobre o presente da instituição, pelos seus responsáveis, em particular o presidente da direção (Augusto Faustino), a diretora clínica (Helena santos) e responsáveis dos vários departamentos do IPR.

Da parte da tarde, o debate incidirá sobre o futuro da Medicina e da Saúde, com um painel sobre “Portugal 2048: Doenças Crónicas e Envelhecimento Populacional”, com a participação de Filipe Costa, professor assistente convidado e investigador da NOVA SBE e Luís Cunha Miranda, reumatologista e presidente do Colégio de Especialidade de Reumatologia da Ordem dos Médicos. Seguir-se-á a conferência plenária “Poderá o sistema nacional de saúde acomodar o envelhecimento populacional?” com a participação de Carolina Santos, postdoctoral researcher in Health Economics, NOVA SBE, e a mesa-redonda “Inovação na gestão e envelhecimento saudável” que contará como convidados com João Sardo Bola da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Laura Silveira, vice-presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e António Vilar, Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

A encerrar o evento, o tema “O envelhecimento populacional e as Doenças Reumáticas” vai juntar António Vilar, reumatologista e presidente da SPR, e Helena Santos, reumatologista e diretora-Clínica do IPR que apresentarão os seguintes temas e intervenientes:

1. Doenças Reumáticas e Envelhecimento – qual a realidade atual? de Ana Rodrigues, NOVA Medical School / Faculdade de Ciências Médicas

2. Doentes Reumáticos e Envelhecimento – o desafio do futuro? de Elsa Frazão, Presidente da LPCDR (Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas)

3. Envelhecimento nas Doenças Reumáticas – fatalidade ou desafio? O papel do IPR na mudança de paradigma de Luís Cunha Miranda, Reumatologista e presidente do Colégio de Especialidade de Reumatologia da Ordem dos Médicos

«Com esta iniciativa, pretendemos reforçar o posicionamento e a história do IPR no nosso país, destacando a sua importância na área da reumatologia, o apoio aos doentes reumáticos e o seu papel no futuro. Trazemos nomes reconhecidos que nos têm apoiado ao longo destes 75 anos, contribuindo para a credibilidade da instituição e para a melhoria dos estudos nesta área que afeta tantas pessoas em Portugal», afirma Augusto Faustino, presidente do IPR.

Este evento será uma oportunidade de reflexão para todos os que têm participação nesta área, aproveitando a longa experiência do Instituto Português de Reumatologia. Reforçando a mensagem do papel vital do IPR no nascimento da Reumatologia em Portugal, da relevância da sua ação atual na abordagem global e integrada de todos os doentes reumáticos e as potencialidades que a instituição tem que lhe permitirão desempenhar um papel fundamental em temáticas tão relevantes como a do envelhecimento populacional e o seu impacto na sustentabilidade dos sistemas de saúde.

As inscrições podem ser efetuadas através do secretariado do IPR: [email protected]

 
Nutrição
Já deve ter ouvido dizer que "uma caloria é uma caloria" quando se trata de perder peso, m

Embora uma caloria "possa" ser apenas uma caloria, quando se trata da equação matemática da perda de peso, não é assim tão simples, diz Schmidt. As calorias são uma unidade de energia. O número total de calorias de um alimento ou bebida depende do número de gramas de hidratos de carbono, proteínas, gorduras e/ou álcool que contém. A quantidade de calorias não define como nos vamos sentir depois.

Por exemplo, "uma maçã com manteiga de amendoim com 200 calorias fá-lo-á sentir-se mais satisfeito do que batatas fritas com as mesmas 200 calorias", explica a nutricionista. "A diferença não está apenas na composição, mas também no volume do alimento. A maçã com manteiga de amendoim fornece fibras, gordura, água e um pouco de proteína. A maioria destes atributos não está presente nas batatas fritas de pacote", sublinha. 

De acordo com a especialista, devemos ter em consideração também o volume. "A maçã alargará o estômago devido ao seu tamanho, enviando o sinal de satisfação ao cérebro. Por outroa lado, as batatas fritas de 200 calorias também vão ser digeridas e sair do estômago mais rapidamente do que a maçã, uma vez que não há muita decomposição a ter lugar no corpo". 

"Também não podemos falar sobre este assunto sem mencionar os resultados para a saúde", alerta Schmidt. "Sabemos que a composição de uma dieta ou padrão alimentar é importante. Uma dieta à base de plantas que contenha cereais, fruta, legumes, gorduras insaturadas e proteínas magras proporciona ao organismo uma nutrição equilibrada que pode reduzir o risco de doenças crónicas."

Há várias formas de o fazer de uma forma saudável, diz Schmidt. Dietas como a mediterrânica, DASH e a dieta da Mayo Clinic são exemplos de padrões alimentares que se centram numa elevada densidade de nutrientes e que têm mostrado resultados positivos para a saúde. Isto também pode ser conseguido através de uma dieta vegetariana bem planeada. Segundo a nutricionista é sempre "importante ter em conta as suas preferências alimentares e os seus problemas ou objectivos de saúde".

E quanto à perda de peso? A nuticionista revela que as calorias são cruciais neste caso. "Por exemplo, mesmo a dieta mediterrânica não garante a perda de peso sem um défice calórico. O azeite e os frutos secos são excelentes fontes de gordura saudável, mas quando consumidos sem ter em conta a ingestão total de calorias, podem provocar um aumento de peso. Ao seguir o melhor estilo de alimentação para si, considere um défice calórico de 250 a 750 calorias por dia. Isto pode significar trocar o seu lanche da tarde por uma peça de fruta ou não beber o seu habitual café açucarado ou bebida alcoólica", revela. 

O corpo precisa de queimar mais do que consome para perder peso, explica a especialista. E "embora o exercício físico seja sempre recomendado, é importante recordar que, para a maioria das pessoas, provavelmente não irá provocar um défice de 500 calorias sem um plano de dieta. A maioria de nós terá mais sucesso na perda de peso com mudanças na dieta", salienta. 

Segundo Schmidt, a maioria das dietas funciona porque a adaptação dos  hábitos alimentares ao protocolo de uma dieta específica vai provavelmente levar a consumir menos calorias. Boas notícias, certo? Talvez. "Isso só beneficiará alguém que consiga manter essa dieta a longo prazo. As dietas que apoiam ou exigem mudanças drásticas e irrealistas não são sustentáveis. E quando uma dieta não é sustentável, a perda de peso também não o será", sublinha. 

Então como começar? 

De acordo com a nutricionista da Mayo Clinic deve seguir estas três dicas: 

  • Escolher uma dieta saudável que corresponda às preferências alimentares e de saúde.
  • Procurar um défice calórico gradual, se possível limitando os excessos (mais do que é preciso) e as calorias vazias (a chamada comida de plástico).
  • E não esquecer que uma estratégia lenta, constante e sustentável será provavelmente mais útil para atingir um peso saudável.
 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Convencionados são responsáveis por mais de 100 milhões de atos médicos
A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) denuncia que, a partir do dia 31 de março de 2024, o Sistema de...

“Em função da entrada em vigor da nova organização do SNS, no dia 1 de janeiro de 2024, foram implementadas 31 novas Unidades Locais de Saúde que sucederam às Administrações Regionais de Saúde nas responsabilidades financeiras relativamente à prestação de cuidados de saúde na sua área de abrangência. Contudo, até ao momento, não está confirmada nem assegurada a adesão ao Sistema de Pagamento a Convencionados por parte das Unidades Locais de Saúde, desconhecendo-se o que irão fazer, a partir do dia 31 de março, no que toca a este sistema de pagamento”, critica António Neves, Secretário-Geral da FNS.

Em termos práticos, a ausência do Sistema de Pagamento a Convencionados resultará em consequências catastróficas, tanto para o Setor, como para os doentes. Além de desregular a transferência de fluxos financeiros para as entidades convencionadas, o fim do SPC trará inevitavelmente um aumento da morosidade nos pagamentos.

“A total indefinição do SNS relativamente a esta matéria terá como efeito imediato o estrangulamento financeiro das unidades do Setor Convencionado, com prejuízos muito gravosos para os doentes, pois cada unidade que não tenha condições financeiras para operar não conseguirá garantir o acesso dos utentes à prestação de serviços de saúde, de meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Além disso, o Setor será colocado em causa, bem como os postos de trabalho, a capilaridade e a proximidade do utente. O avanço e a estabilidade conseguida e mantida pelos sucessivos governos, nos últimos 27 anos, é descartada pelo Ministério da Saúde”, avança António Neves, Secretário-Geral da FNS.

Em 1997, o Estado definiu um regime que estabilizou o pagamento dos serviços de saúde do setor convencionado, sendo que, ao longo de 40 anos, este setor serviu para o desenvolvimento do SNS. Atualmente, com a omissão na preparação e na transferência para a nova realidade organizativa, verifica-se uma desvalorização dos mais de 100 milhões de atos anuais que o Setor Convencionado garante e que o SPC suporta, colocando em causa a satisfação das necessidades dos utentes, dos doentes e o cumprimento do direito constitucional à Saúde.

 
Barrigas Ativas decorre no dia 16 de março
A Mamãs sem Dúvidas organiza no dia 16 de março, às 10H00, em formato online, mais uma sessão de treino diário para grávidas. A...

A sessão estará a cargo da Personal Trainer Joana Pereira, especialista em Exercício na Gravidez e Pós-Parto, que irá promover a prática de exercício físico junto das futuras mães, amenizando assim o desconforto e sinais característicos desta fase.

Além de fortalecer a musculatura e soalho pélvico, este tipo de atividades contribui para a melhoria da postura e flexibilidade na gravidez, assim como na redução de dores, inchaço e produção da hormona do stress (cortisol), que é prejudicial tanto para a grávida como para o bebé.

A inscrição é gratuita mas obrigatória em: https://mamassemduvidas.pt/ciclo/ 

 

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