Este sistema junta-se aos sistemas robóticos da Vinci X e Xi já existentes
Intuitive Surgical, líder mundial em cirurgia minimamente invasiva e pioneira em tecnologia robótica, anuncia a aprovação da...

Implementado a partir de 2018 nos EUA e a partir de 2022 no Japão, o sistema robótico da Vinci SP permite a realização de procedimentos cirúrgicos complexos através de uma única incisão, ou de um acesso natural, integrando tecnologia robótica de ponta, visão 3D e controlo avançado para otimizar a precisão no bloco operatório. Esta inovação não só beneficiará os doentes ao reduzir os tempos de recuperação, cicatrização e internamento hospitalar, como também proporcionará aos cirurgiões instrumentos de vanguarda para melhorar os resultados cirúrgicos.

Pablo Díez, Diretor- Geral da  Excelência Robótica ,em Portugal, acrescenta: "A obtenção da marcação CE para o sistema robótico da Vinci SP marca um antes e um depois na cirurgia europeia. Não estamos a falar apenas de um avanço tecnológico, mas de uma mudança profunda na forma como a cirurgia é concebida e realizada. Para os pacientes, cirurgiões e todo o sistema de saúde, este sistema representará uma melhoria substancial na qualidade, eficiência e resultados dos procedimentos cirúrgicos".

O sistema robótico da Vinci SP apresenta uma precisão melhorada, instrumentação flexível e um design inovador que facilita o acesso e a visibilidade em áreas cirúrgicas complexas. Além disso, a formação e o desenvolvimento de competências para os cirurgiões e as equipas cirúrgicas garantem a máxima eficiência e segurança na sua utilização.

Os sistemas de saúde europeus preparam-se, assim, para dar um significativo passo em frente, consolidando a sua posição de vanguarda na medicina mundial e reafirmando o seu compromisso com a inovação e a excelência nos cuidados de saúde.

 
Pós-Graduação passa também a ser acreditada pela Ordem dos Psicólogos
A 1ª Pós-Graduação em Comunicação Integrada em Saúde, da Universidade Europeia, conta com o patrocínio científico da Sociedade...

Mas as novidades relativamente ao Programa em Comunicação Integrada em Saúde, coordenado pelo Professor Ricardo Mena e pela Professora Teresa Santos, não ficam por aqui já que passou também a ser acreditado pela Ordem dos Psicólogos, que atribui um reconhecimento de excelência da qualidade científico-pedagógica.

O Protocolo de Colaboração prevê a promoção de estratégias, iniciativas e ações que contribuam para a literacia em saúde individual, organizacional e pública, e, além disso, assenta nas parcerias, na rede colaborativa e no investimento nas pequenas comunidades (juntas de freguesia) com ativação de todos os cidadãos.

“A Universidade Europeia congratula-se com o presente Protocolo através do qual se pretende atingir uma sociedade com maior literacia em saúde, sobretudo da comunidade escolar (estudantes, docentes e discentes) criando e fortalecendo mais competências para a tomada de decisão, promovendo, por isso, uma sociedade mais inclusiva e equitativa, com a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, sublinha Hélia Gonçalves Pereira, Reitora da Universidade Europeia.

"Este é um momento de grande relevância para a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde [SPLS]. Sabemos que através da educação, associada à literacia em saúde, as pessoas adquirem competências maiores que lhes permitem desenvolver e vivenciar uma melhor qualidade de vida. Num ecossistema que conjuga cada vez mais uma intervenção para uma saúde única (One Health - ambiente - pessoas – animais) esta parceria vai reforçar estratégias e ações destinadas a fortalecer as redes de parcerias entre os vários stakeholders onde a SPLS e a Universidade Europeia serão sem dúvida, fortes catalisadores de melhores resultados em saúde e de bem-estar das populações visadas", afirma a Presidente da SPSL, Professora Cristina Vaz de Almeida.

O Protocolo assenta em 5 eixos de atuação, nomeadamente: formação e sensibilização da comunidade escolar ao longo do ciclo de vida, promoção de experiências sensoriais sobre estilos de vida saudável (projeto RITMO), projetos de intervenção comunitária em associação com a comunidade escolar (Projeto ATIVAR), cuidados seguros de saúde e Suporte Básico de Vida e melhoria da rede de conexões dos cidadãos.

A Universidade Europeia, a SPLS e a ANESC vão estabelecer formas de cooperação como a realização de campanhas de promoção da literacia em saúde, organização conjunta de eventos, seminários, conferências e colóquios, bem como cursos de formação, sensibilização, ações de aprendizagem ao longo da vida, sobre temas de interesse para ambas as Instituições, com a possibilidade da disponibilização de profissionais e especialistas para a realização de atividades de interesse comum.

O intercâmbio de informações e de outra natureza, provenientes de levantamentos e investigações que possam resultar num aproveitamento de sinergias, a divulgação de atividades de interesse comum e a construção de parcerias visando a resolução de problemas concretos indicados pelas 3 entidades são as outras formas de colaboração previstas no Protocolo, que tem a duração de 1 ano.

23 de março
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada três adultos sofre de hipertensão arterial o que aumenta o risco de...

O compromisso da Agenda 2030 visa enfrentar desafios críticos, tendo um dos seus objetivos de desenvolvimento sustentável foco na saúde e outro nas parcerias. A deteção precoce de alterações na saúde é fundamental para prevenir doenças e promover um estilo de vida saudável. Nesse contexto, os rastreios de glicemia, tensão arterial e índice de massa corporal (IMC) desempenham um papel crucial. A ação destina-se a pessoas de todas as idades, sendo sinalizadas situações para vigilância e apelo a adoção de hábitos saudáveis, concretamente no que diz respeito a factores de risco como o tabagismo e o sedentarismo.

A ação que irá decorrer no piso zero do Meeting Place, entre as 10h00 e as 19h00, faz parte de um projeto de prevenção e monitorização de doenças cardiovasculares, que está a operacionalizar em território nacional. Os rastreios serão conduzidos por alunos que receberam formação certificada pela Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Centro, garantindo desta forma a qualidade e a confiabilidade dos resultados. Os serviços serão gratuitos e acessíveis a todos.

A cultura dos rastreios está cada vez mais presente na sociedade que se familiariza com a importância da prevenção precoce enquanto “agente” de saúde. A realização de rastreios num espaço neutro como o Meeting Place pode ajudar a contornar e anular o estigma associado à realização destas atividades em unidades médicas e hospitalares. Ao proporcionar um ambiente acolhedor e acessível a todos, o MAR Shopping Matosinhos tem como objetivo contribuir para que mais pessoas participem e beneficiem destas avaliações de saúde, de forma gratuita, reforçando junto da comunidade a importância de transmitir conceitos preventivos relativamente à saúde.

 
Estudo ‘Estado de Saúde Geral da população portuguesa’
Amanhã celebra-se o Dia Mundial da Saúde Oral, uma iniciativa da World Dental Federation que tem como objetivo aumentar a...

Segundo um estudo recente, realizado pela Marktest para a Medicare, a saúde oral é a 2ª especialidade mais consultada, reflexo das preocupações de saúde dos portugueses, destacando-se entre as especialidades médicas mais consultadas: Medicina Geral e Familiar, Oftalmologia e Ginecologia.

De acordo com os resultados do estudo, 77% da população portuguesa realiza visitas médicas de forma regular, com 26,2% a optar por consultas anuais e 31,2% a frequentar consultas semestrais.

Os dados mostram ainda que 94% dos portugueses tiveram pelo menos uma consulta de especialidade no último ano, e  que a Saúde Oral foi a segunda especialidade médica mais procurada, com 42,3% dos inquiridos a revelarem terem tido uma consulta nesta área. Este dado sublinha a crescente preocupação da população com a sua saúde oral e a importância atribuída aos cuidados dentários.

Estas são algumas das principais conclusões do estudo - ‘Estado de Saúde geral da população portuguesa”. Paralelamente, as conclusões também revelam que, entre os utilizadores exclusivos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a consulta de especialidades como a Saúde Oral ou Ginecologia é bastante inferior à média global, com 31% e 9,8%, respetivamente.

Segundo a Ordem dos Enfermeiros, a saúde oral desempenha um papel vital no bem-estar geral, sendo que atualmente as doenças orais são altamente prevalentes a nível global, podendo afetar até 90% da população mundial, desde cáries dentárias até cancro oral, especialmente entre jovens, o que representa um significativo impacto socioeconómico. A saúde oral constitui um fator crucial para o bem-estar das pessoas, não apenas esteticamente, mas também para funções vitais do quotidiano, como mastigação e prevenção de doenças.

No `Blog Mais Saúde´ destaca-se a importância de hábitos de higiene oral, alimentação saudável e visitas regulares ao dentista, na qual se recomenda práticas essenciais como:

  • Evitar fumar, beber refrigerantes ou alimentos com excesso de açúcar
  • Fazer uma escovagem suave 
  • Não palitar os dentes
  • Escolher uma escova e pasta dentífrica adequadas
  • Usar fio dental
  • Escovar a língua e bochechar com elixir (que nunca substitui a escovagem)
 
“Semana da Atividade Física e da Saúde”
A campanha “Olhe Pela Suas Costas” esteve presente na “Semana da Atividade Física e da Saúde”, dinamizada pelo Instituto de...

Nesta iniciativa de sensibilização, que decorreu esta manhã, os jovens alunos das turmas do 7.º e do 8.º anos receberam a visita do neurocirurgião, Francisco Rebelo, que lhes explicou como podem prevenir as dores de costas.

Aprender a estar sentado na sala de aula ou em frente de dispositivos eletrónicos, quais as melhores posturas ao longo das fases de crescimento e a importância da prática de exercício físico foram algumas das mensagens transmitidas por Francisco Rebelo, no decorrer da manhã. Dicas e boas práticas para prevenir as dores nas costas.

“Iniciativas como esta são muito importantes, porque é na escola que estes jovens passam a maior parte do tempo e, por isso, é importante que mantenham uma boa postura em sala. As doenças da coluna, geralmente, não apresentam sintomas, acabando por passar despercebidas, sendo que na maioria do casos, estas patologias só são diagnosticadas depois de ter sido realizado um raio X à coluna”, afirmou Francisco Rebelo. “Alem disso, é fundamental que os mais novos falem com os seus pais e professores sobre algum desconforto que possam sentir na coluna, para que obtenham um diagnóstico atempado”, acrescentou.

Segundo a Sociedade Portuguesa da Patologia da Coluna Vertebral, em Portugal, cerca de 15% dos adolescentes sofrem de dores nas costas e estima-se que 60% das crianças e jovens já tenham sofrido deste tipo de dores em algum período da sua vida. Dados que podem ser explicados devido a maus hábitos adotados pelos mais jovens.

 
Prazo para consignar IRS termina a 31 de março
Embaixador da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) há vários anos, Ricardo Araújo Pereira volta a doar a sua imagem e o seu...

Para Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, as campanhas de sensibilização e esclarecimento que instituições como a LPCC realizam anualmente continuam a ser muito importantes. “Uma fatia considerável da população contribuinte em Portugal desconhece ou permanece indiferente à possibilidade de doar, gratuitamente, 0,5% do imposto, devido ao Estado, a instituições de cariz social como a Liga Portuguesa Contra o Cancro. É muito importante, por isso, insistirmos nesta comunicação e podermos contar com o inestimável apoio de Ricardo Araújo Pereira”.

Francisco Cavaleiro de Ferreira acrescentou ainda que a consignação do IRS constitui um contributo valioso para a luta contra a doença “doar à Liga Portuguesa Contra o Cancro uma parte do imposto que reverteria a favor do Estado não tem qualquer custo e representa uma ajuda muito importante para quem precisa. A Liga Portuguesa Contra o Cancro enfrenta várias frentes e muitas necessidades, tanto no que diz respeito ao acompanhamento dos doentes oncológicos e seus cuidadores, como à prevenção e ao diagnóstico precoce, à formação e também à investigação em oncologia. Precisamos muito da ajuda de todos”.

Para doar 0,5% do IRS liquidado à Liga Portuguesa Contra o Cancro - não tem qualquer custo e não é necessário pagar mais ou receber menos IRS –, no decurso do preenchimento do modelo 3 da declaração de IRS, no portal das finanças, basta inscrever no campo 1101 (quadro 11), ​o NIF 500 967 768, até ao dia 31 de março.

 
Dia 7 de abril
O Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP), em parceria com o programa ONCOMOVE da AICSO – Associação de Investigação de...

A iniciativa, que se insere nas comemorações do Dia Mundial da Atividade Física, tem como objetivo principal sensibilizar para a importância da prevenção, dos programas de rastreio e do diagnóstico precoce do cancro do pulmão, bem como destacar a relevância da adoção de um estilo de vida saudável para toda a população com e sem cancro. O evento destina-se a pessoas de todas as idades, desde os 0 aos 100 anos, e convida toda a comunidade a juntar-se numa demonstração de apoio à causa.

Ana Barroso, pneumologista, coordenadora da Unidade Multidisciplinar de Tumores Torácicos, na Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho e membro da direção do GECP, salienta a importância desta iniciativa, referindo que “é mais do que um simples evento desportivo, sendo uma oportunidade valiosa para sensibilizar a população para a prevenção do cancro do pulmão e para a promoção de estilos de vida saudáveis”.

Praticar exercício físico regularmente fortalece o corpo e a mente, estando associado a uma redução do stress, melhoria do sono e aumento da autoestima. Ao participar nesta caminhada, estamos a investir no nosso bem-estar global. Ao não fumar estamos a investir na nossa saúde e na felicidade dos que nos são mais queridos.

As inscrições são gratuitas, porém obrigatórias, e podem ser feitas até ao dia 20 de março no site do GECP. Todos participantes irão receber um kit de oferta, que inclui uma t-shirt do evento e uma peça de fruta fresca para desfrutar durante ou após a caminhada.

A 1.ª Caminhada no Ritmo da Saúde conta com o apoio da Câmara Municipal de Gaia, Águas de Gaia, Douro Marina e Solinca, que se juntam ao GECP, ao programa ONCOMOVE e à NORTORAC - Associação Norte de Apoio Ao Estudo dos Tumores Torácicos para tornar este evento num verdadeiro sucesso.

 
Especialista da Mayo Clinic esclarece
Existe uma ligação entre a soja e o cancro da mama?

Dawn Mussallem, médica especialista da Mayo Clinic, afirma que o consumo moderado de produtos de soja pode até "ser benéfico".

Muitas pessoas gostam de consumir produtos de soja, como tofu, nozes de soja e edamame. Por isso a especialista, tenta assegurar que esta proteína vegetal não aumenta as probabilidades de desenvolver cancro da mama.  

"Há muitos anos que tento desfazer o mito em torno da soja e do cancro da mama. E parece que a mensagem ainda não passou, porque praticamente todos os dias, todas as pacientes com quem falo estão preocupadas com o seu consumo de produtos de soja", explica Dawn Mussallem.

Segundo a especialista, "a soja contém muitas isoflavonas, um tipo de estrogénio vegetal (fitoestrogénio) conhecido pelas suas propriedades benéficas. Tem uma estrutura química semelhante à dos estrogénios humanos, mas a soja adere de forma diferente aos receptores de estrogénios no tecido mamário, além de poder atuar como supressor de tumores".

"O consumo de soja após o diagnóstico de cancro da mama não só é uma excelente forma de obter proteínas vegetais, como também melhora os resultados do cancro da mama", afirma a médica da Mayo Clinic. 

No âmbito da prevenção deste tipo de cancro a especialista refere que  é importante evitar alimentos ultra-processados, incluindo carne processada, e limitar a ingestão de carne vermelha e de carne com elevado teor de gordura. "Comer uma grande variedade de frutas e vegetais coloridos, cereais integrais, legumes, nozes e sementes pode ser útil para prevenir e sobreviver ao cancro da mama", conclui. 

 
Referências bibliográficas: 
 
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 20 de março
A presença e o apoio do pai são essenciais desde a gravidez, passando pelo nacimento do bebé, até aos primeiros anos de...

Ao longo da gravidez, a presença física do pai em consultas médicas é importante. Além de fortalecer o vínculo entre o casal, proporciona ao pai uma compreensão mais profunda sobre o desenvolvimento do bebé. No entanto, não é suficiente. Cultivar uma comunicação aberta com a parceira, disponibilizando-se para ouvir as suas preocupações, é outra das responsabilidades dos futuros pais. Para abordar esta e outras formas de paternidade ativa, incluindo o momento do parto e pós-parto e pós-parto, vai estar presente a enfermeira e conselheira em aleitamento materno Raquel Fonseca.

Os desafios e as responsabilidades aumentam significativamente para os pais no pós-parto, tornando a divisão de tarefas domésticas e de cuidados com o bebé essencial e uma das formas de promover um ambiente familiar mais saudável e equilibrado. Para orientar as famílias na distribuição desses cuidados, a médica dentista Inês Guerra Pereira vai explicar como os pais podem ser uma mais-valia para assegurar a higiene oral dos bebés. A autora do Blog Dente a Dente partilhará o passo a passo para começar desde cedo a cuidar da dentição e das gengivas dos bebés.

O desenvolvimento dos dentinhos é apenas um dos marcos do crescimento do bebé. Sorrir, descobrir as mãos, mexer a cabeça na direção das vozes, sentar ou gatinhar são algumas das capacidades que o bebé vai adquirindo nos primeiros meses de vida e que serão ainda aprofundadas por um profissional da FisioKids, clínica especializada na reabilitação pediátrica.

Também a Crioestaminal estará presente com a conselheira em células estaminais Sofia Figueiredo, para dar a conhecer aos pais a importância da criopreservação das células estaminais do cordão umbilical do bebé para a sua saúde futura. Estas células têm o potencial para substituir outras células que vão morrendo no nosso corpo ao longo da vida e reparar tecidos danificado. Atualmente, são utilizadas no tratamento de mais de 90 doenças.

Uma das grávidas participantes nas sessões de março vai ainda receber uma mala de maternidade. As inscrições estão disponíveis na plataforma.

Destinado a profissionais das várias áreas da sexologia
A sexualidade e as diferentes formas de vivenciar as relações afetivas representam aspetos fundamentais da experiência humana...

Esta nova obra aborda a sexualidade e todas as suas envolvências nas diversas fases da vida humana, tendo como objetivo oferecer uma perspetiva dinâmica e multidisciplinar sobre o tema. Ao longo do livro são exploradas as diferentes formas de como intervir na satisfação da sexualidade e são apresentadas questões relacionadas com a saúde sexual, desde a infância até à terceira idade.

“Cuidar da Sexualidade ao Longo da Vida” contribui também para um melhor entendimento das diferenças entre os conceitos de sexo, orientação sexual e identidade de género, permitindo uma adequada intervenção na área da sexualidade, independentemente da vertente a abordar.

“O objectivo deste livro é claro – “a melhoria dos cuidados prestados aos utentes” (a frase é de um dos coordenadores do projeto). Na minha opinião consegue-o de um modo sólido, mas ao alcance de todos. Aborda a Doença e o Curar sem se deixar por eles hipnotizar, privilegia o Cuidar e a Educação ao longo da vida, toma posições firmes em defesa dos Direitos de Cidadania, escreve Júlio Machado Vaz no Prefácio.

“Cuidar da Sexualidade ao Longo da Vida” apresenta diversos temas, dos quais destacamos: “Questões éticas na abordagem da sexualidade”, “Sexualidade do casal na gravidez”, “Disfunções sexuais no feminino e masculino”, “Disforia de género”, “Minorias sexuais e de género: compreender para intervir”, “Cuidados à comunidade LGBTQI+”, “Violência e Sexualidade”, entre muitos outros.

A obra destina-se a profissionais das várias áreas da sexologia, desde enfermeiros a médicos e investigadores, pois a sua leitura transmite informações científicas, enriquecedoras e, sempre que possível, muito práticas, que levarão os profissionais a identificar mais facilmente algumas das problemáticas comuns e, consequentemente, quais as terapias adequadas para as cuidar/tratar ou contribuir de alguma forma para uma melhor qualidade da vida sexual dos utentes.

Problemas da região perianal causam constragimento
Parece inacreditável, mas ainda temos estigmas quando falamos de alguma patologia da área da colopro

No consultório, encontro muitas pessoas que sofrem há vários anos e não procuram ajuda. A doença hemorroidária é uma dessas situações, em que as pessoas acabam por se acostumar a algo que não é, de todo, normal, como ter pequenas quantidades de sangramento após as evacuações. Depois, se há períodos de melhoria da situação, as pessoas esperam simplesmente que o problema desapareça.

Por se tratar de uma doença lenta e progressiva, esta agrava-se cada vez mais. No fim de tudo, o que as pessoas mais perdem é a sua qualidade de vida. A maioria das doenças coloproctológicas não são difíceis de identificar pelo especialista.

A informação médica é muito importante. As pessoas têm de saber o que se passa e conhecer os seus problemas. Nas redes sociais, a informação médica é uma realidade e está a ganhar terreno, mas as pessoas devem ter o bom senso de saber quem ouvir e onde procurar as informações. Acredito que seja papel dos médicos disponibilizar conteúdo de qualidade e confiança para a população.

A doença mais frequente da área de coloproctologia é a doença hemorroidária, no entanto, a mais perigosa é o cancro de intestino. Um facto importante é que os sintomas de uma hemorroida podem mascarar um cancro e, assim, atrasar o diagnóstico. Por isso, é importante que os pacientes conversem com o médico sobre qualquer sintoma, mesmo quando acreditem ser relacionado com hemorroidas.

Atualmente, temos técnicas minimamente invasivas que curam o problema de forma simples, com recuperação rápida e menos dor. A minha abordagem enquanto coloproctologista engloba a visão clínica e cirúrgica. Vejo o doente como um todo, procurando perceber as causas do problema e a melhor abordagem. Assim, o segredo dos bons resultados é a individualização e a técnica certa.

Hoje já é possível fazer cirurgia das hemorroidas sem cortes ou corrigir diversos problemas com o auxílio de dispositivos médicos modernos, como o laser, por exemplo. São diversas as possibilidades de tratamento, tanto no que diz respeito às hemorroidas, como às fístulas e quistos pilonidais.

Outras doenças muito comuns são fissura anal, fístula anoretal e quisto sacrococcígeo ou pilonidal. Em todo o caso, as pessoas devem ter em atenção que, ao menor sintoma (como sangramento, alteração do padrão intestinal ou presença de tumefações na região perianal), devem a procurar um médico.

De acordo com a minha experiência, consigo avaliar a necessidade ou não de cirurgia e, muitas vezes, indico e faço tratamentos não cirúrgicos, pois acredito ser o melhor para o paciente. Ter uma visão clínica e cirúrgica da doença é fundamental para o sucesso, sobretudo quando a principal preocupação das pessoas é saberem se terão ou não de passar por uma cirurgia. Ao descobrirem que as podemos ajudar com técnicas muito mais simples do que imaginavam, ficam muito felizes.

A prevenção das doenças coloproctológicas é possível em grande parte dos casos. Tudo começa num funcionamento intestinal regular e, para isso, existem três atitudes que podemos ter. A primeira, é mantermos o nosso corpo hidratado, com a ingestão mínima de água de dois litros por dia. A segunda, está na alimentação adequada, com o consumo de fibras naturais e evitando alimentos processados. Por último, está o exercício físico regular. Nós temos que fazer a nossa parte para ter uma vida com saúde e, quando for preciso, contar com a ajuda dos médicos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
22 de março na Porto Business School
O Fórum Road – XIII Fórum de Oncologia e Trombose – organizado pela LEO Pharma, com o apoio científico do Grupo de Estudos de...

Com início às 14h, na Porto Business School, o Fórum Road 2024 conta com um painel composto por especialistas em Oncologia, Imunohemoterapia, Medicina Interna e outras especialidades médicas para debater diversos temas, num formato único. O primeiro painel - “A Inspiração - “Conversas sobre Trombose e Cancro” será transmitido em live-streaming.

Neste primeiro momento, estará em destaque o papel da Inteligência Artificial na previsão do risco de TEV e risco hemorrágico, um tema trazido pelo Professor Tiago Taveira Gomes. Ainda neste bloco, a Dra. Raquel Dias e o Dr. José Miguel Rocha, ambos do Hospital de Braga, abordarão “Os Benefícios e Desafios nos Serviços Dedicados ao TEV no Doente Oncológico em Portugal”.

No segundo momento, ”A Imersão”- “Cafés com os Especialistas” com início a partir das 15h45, será debatido o perfil molecular tumoral no risco de trombose, tema apresentado pelo Dr. João Godinho, membro do GESCAT; o papel da anticoagulação parentérica no tromboembolismo no doente oncológico, pela da Dra. Carolina Guedes, membro do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) e Dra. Luciana Ricca Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Trombose e Hemostase (APTH). O Dr. Ricardo Pinto, membro do GESCAT, será responsável pelo tópico sobre a literacia e a capacitação do doente; e, para o final, a utilidade atual e futura dos novos biomarcadores da doença tromboembólica, um tema a cargo da Dra. Joana Pimenta, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e da Dra. Valéria Tavares, do IPO Porto.

O último painel – “A Prática” – que decorre entre as 18h e as 19h, é dedicado à partilha de casos clínicos, orientado pelo Dr. João Gramaça e pelo Dr. Sérgio Barroso.

O Fórum Road 2024 arranca no dia 14 de março na cidade de Sevilha, em Espanha, passando depois por Zaragoza (20 de março), seguindo para Barcelona (21 de março), Porto (22 de março), Bilbao (10 e 11 de abril), Valência (20 a 26 de abril), e termina em Madrid (9 de maio).

Cátedra Floriani em Cuidados Paliativos financiada pela Fundação Floriani
Apoiar e potenciar a educação e a investigação em cuidados paliativos em Portugal é o objetivo central da nova cátedra que a...

A nova cátedra, que vai estar em curso até fevereiro de 2027, vai ser liderada pela investigadora coordenadora da Faculdade de Medicina da UC (FMUC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Bárbara Gomes. As áreas prioritárias que norteiam as atividades a desenvolver no âmbito deste financiamento vão ser apresentadas na próxima sexta-feira, dia 22, num evento que vai decorrer no Auditório da Subunidade 3 da FMUC, das 15 às 17 horas.

“Esta nova cátedra vai apoiar atividades de formação, investigação e sensibilização na área dos cuidados paliativos, iniciativas que pretendemos que tenham impacto não apenas nas instituições prestadoras de cuidados de saúde na Região Centro, mas também em serviços de saúde de todo o país, através das atividades formativas e científicas que vamos desenvolver”, destaca Bárbara Gomes.

Durante três anos, a equipa envolvida na cátedra vai promover diversas ações formativas presenciais e remotas (como conferências, cursos ou seminários) direcionadas para profissionais de quatro áreas prioritárias: cuidados de saúde primários, pediatria, oncologia e apoio à família.

No âmbito da investigação científica, a cátedra pretende impactar a produção de conhecimento nesta área em Portugal, nomeadamente através da criação de novos projetos de investigação em colaboração com serviços clínicos, da produção de artigos científicos e do envolvimento de jovens médicos na área dos cuidados paliativos.

Já na área da sensibilização, a equipa pretende desenvolver campanhas que sublinhem a importância dos cuidados paliativos e os grandes desafios desta área, contribuindo para uma sociedade mais informada sobre a importância do acompanhamento no fim de vida para doentes, suas famílias e profissionais de saúde. A organização de eventos públicos para debater o tema está também prevista no plano de atividades.

“Os cuidados paliativos são absolutamente fundamentais na diminuição do sofrimento dos doentes e das suas famílias, sendo, por isso, essencial que os profissionais de saúde estejam preparados para prestar apoio neste domínio aos doentes e familiares”, sublinha a coordenadora da cátedra. 

“A Cátedra Floriani em Cuidados Paliativos que vamos ter na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra vai permitir formar mais profissionais nesta área, contribuindo, desta forma, para que as pessoas possam viver até ao fim com a melhor qualidade de vida possível e de acordo com a sua vontade”, acrescenta. “A comunidade científica tem um papel essencial na evolução desta área, para fornecer informação baseada na evidência que permite formar todos – sobretudo os profissionais de saúde e as famílias – para que melhor possam acompanhar os doentes”, remata. 

O evento de lançamento da nova cátedra vai contar as intervenções do Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão; do Diretor da Faculdade de Medicina da UC, Carlos Robalo Cordeiro; do Presidente e do Coordenador da Fundação Floriani, Paolo Floriani e Mateo Crippa; e da coordenadora da cátedra, Bárbara Gomes.

Segue-se a conversa Porquê esperar, o que podemos mudar já?, que vai contar com a participação da enfermeira Telma Vidinha, através do seu testemunho pessoal sobre cuidar de um familiar com doença oncológica; do Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Coimbra, Alexandre Lourenço; da Presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Margarida Ornelas; e da Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Catarina Pazes. O encerramento da sessão vai ser feito pelo Presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, Rui Silva.

A cátedra vai contar com a colaboração da assistente convidada da FMUC, pediatra e coordenadora da equipa de cuidados paliativos pediátricos da Unidade Local de Saúde de Coimbra, Cândida Cancelinha; do assistente convidado da FMUC e médico da especialidade de medicina geral e familiar, Carlos Seiça Cardoso; da doutoranda da FMUC e médica oncologista, Judy Paulo; e da investigadora da FMUC e psicóloga clínica, Mayra Delalibera. 

Maior feira de educação e formação em Portugal decorre de 20 a 23 de março na FIL
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) vai estar presente na Futurália, a maior feira de educação e formação...

Durante os três dias de feira, o stand da FMUL contará com a presença de estudantes e colaboradores que estarão totalmente disponíveis para tirar dúvidas sobre os cursos e a vida académica, bem como para dar a conhecer os projetos de acolhimento oferecidos pela Faculdade e pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa. A FMUL tem cerca de 2400 alunos, mais de 800 docentes e investigadores, e conta com mais de 3500 publicações científicas, tratando-se da maior escola médica portuguesa.

"Reconhecemos a importância crucial da escolha do percurso académico na área da Medicina. A decisão de abraçar esta profissão não só moldará o futuro dos alunos, como terá também um impacto decisivo na saúde e bem-estar da população em geral”, refere o diretor da FMUL, o Professor João Eurico Cabral da Fonseca, que reforça ainda o compromisso da instituição com uma formação de excelência. “A nossa missão é continuar a oferecer uma educação de elevadíssima qualidade, que prepare os nossos estudantes para os desafios e responsabilidades que enfrentarão como profissionais de saúde”, conclui.

Reconhecimento com unidade integrada no SNS
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) recebe esta terça-feira, às 11 horas, o Ministro da Saúde, Manuel...

“Aquilo que defendemos é um modelo de cuidados intermédios integrados, entre os cuidados de urgência e complexos dos hospitais e os cuidados primários de maior proximidade. E este modelo pode servir para todas as doenças crónicas”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A APDP é a associação de diabetes mais antiga do mundo e, quase cem anos depois, continua a prestar apoio a pessoas com diabetes, através de um serviço integrado, com equipas multidisciplinares e foco na educação para uma maior autonomia das pessoas com diabetes e sua inclusão social. Possui ainda um laboratório próprio, onde são realizados vários ensaios clínicos.

“A APDP é uma associação ímpar a nível mundial. E hoje, mais do que nunca, faz sentido criar um modelo fora dos hospitais e dos cuidados agudos, mas que permita prestar um apoio com maior proximidade, enquanto ajuda a retirar dos hospitais milhões de pessoas que podem passar a ser acompanhadas em estruturas intermédias muito mais próximas dos cuidados primários”, congratula-se o médico, rematando: “A grande arma no tratamento na diabetes é o acompanhamento. Mais do que tratar, importa ensinar as pessoas a tratarem-se a si próprias, mantendo o acesso multidisciplinar no acompanhamento e nas intercorrências.”

Oferta abrange Engenharia, Gestão e Enfermagem
As candidaturas às ofertas formativas da Atlântica – Instituto Universitário e da ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica...

Orientado para os alunos que não tenham completado o ensino secundário, mas que pretendam ingressar no ensino superior, o concurso Maiores de 23 apresenta-se como uma solução que permite que estes estudantes possam fazer prova da sua capacidade para a frequência de uma licenciatura. A avaliação da capacidade dos alunos é feita através de três momentos, iniciando-se com a apreciação do currículo escolar e profissional do candidato, a que se segue uma entrevista e, finalmente, uma prova escrita e oral, na qual o estudante deve comprovar competências relevantes para a área de formação pretendida. As candidaturas para este regime já estão abertas, havendo cinco fases, com a última a terminar em setembro.

ESSATLA aposta em formação diferenciada

O ano letivo 2024/2025 ficará marcado pela nova licenciatura em Farmácia da ESSATLA, que pretende formar profissionais habilitados na área da farmácia, do medicamento e dos produtos de saúde. Já no que diz respeito ao novo Mestrado – Enfermagem Médico-Cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica –, a ESSATLA destaca a pertinência deste ciclo de estudos no seguimento das estimativas que apontam que, em 2050, mais de um terço da população residente em Portugal tenha 65 anos ou mais – um total de 3,3 milhões de pessoas – sublinhando-se ainda o facto de 41 por cento dos portugueses com 16 anos ou mais comunicarem sofrer de pelo menos uma doença crónica, segundo dados de 2019.

O objetivo do Mestrado é, assim, dotar os profissionais de enfermagem de conhecimentos científicos e técnicos conducentes a um exercício profissional especializado, centrando-se nas respostas humanas aos problemas de saúde e aos processos de vida, e reafirmar a relevância do papel desempenhado pelos enfermeiros.

Atlântica: Opções formativas distintivas nos diferentes ciclos de estudo

Marcados pela forte ligação à vertente empresarial, os cursos de 2º ciclo das áreas da Gestão e Engenharia da Atlântica apresentam planos de estudo desenhados para responder às necessidades do mercado e dos empregadores, aliando uma forte componente prática à partilha de conhecimentos teóricos. Nas áreas da Aeronáutica e dos Materiais, a Atlântica potencia, por exemplo, oportunidades de estágio com os parceiros industriais que fazem parte da AED - Cluster Aeronáutico Português, além da FIDAMC/Airbus – Espanha.

Situada em Oeiras, a Atlântica, que conta com oferta formativa há quase três décadas, apresenta mais de 10 licenciaturas que abrangem as áreas da Engenharia, das Ciências Empresariais e da Saúde. Entre elas, a Licenciatura em Engenharia Aeronáutica, a única numa instituição privada em Portugal.  As candidaturas podem ser realizadas através da plataforma da instituição, com diversas fases que encerram a 13 de setembro, para os cursos inseridos na ESSATLA, e a 11 de outubro para os restantes. 

Opinião
A Diabetes é uma condição crónica grave associada a complicações difusas e a um risco acrescido de m

Em Portugal, em 2021, existiam cerca de 2,7 milhões de portugueses com Diabetes ou em risco de desenvolver esta patologia. Sendo, a Diabetes responsável ainda neste ano por 6,7 milhões de mortes devido a complicações agudas (ou seja, cetoacidose diabética, coma hiperosmolar e hipoglicemia grave) e insuficiência renal precoce. Podendo estas complicações ser prevenidas através de um conjunto mínimo de ações centrais, que incluem o acesso a cuidados de saúde (incluindo monitorização da glicose e serviços prontamente disponíveis para descompensação aguda) e literacia em saúde, incluindo o diagnóstico precoce de Diabetes Mellitus tipo 1 e cetoacidose. Desde que os cuidados de saúde em países de elevado rendimento provaram ser eficazes na redução da mortalidade devido a estas complicações, é razoável supor que reduções importantes poderiam ser vistas a nível global se fossem prestados melhores cuidados, incluindo maior acessibilidade aos cuidados de saúde, de forma mais generalizada (Global Burden of Disease 2019, Diabetes Mortality Collaborators, 2022).

AS Nações Unidas (ONU) (2021), salienta ainda que a Diabetes é a única das doenças crônicas cujo risco de morte precoce tem aumentado. Pelo que lançou um novo Pacto Global de Combate à Diabetes com o objetivo de melhorar as ações de prevenção diagnóstico e tratamento, bem como aumentar as ações e compromissos para criação de medicamentos mais baratos.

Os avanços recentes na investigação e na produção das tecnologias têm vindo a alterar a prestação de cuidados em várias áreas terapêuticas e no percurso dos doentes desde a fase de prevenção, até ao tratamento, em que se pretende que o mais importante, seja a evolução das condições dos doentes e a obtenção de qualidade de vida.

A Inteligência Artificial (IA), é uma das tecnologias que está a ser cada vez mais adotada na área da saúde, suscitando um crescente interesse e pesquisa por Especialistas, Investigadores e Profissionais de saúde. Como qualquer tecnologia poderosa, tem inúmeros benefícios e riscos potenciais, no entanto assume uma enorme importância, uma vez que tem o potencial de transformar diagnósticos, tratamentos e gestão de cuidados de saúde (Ellahham, 2020).

É uma tecnologia que permite que computadores e máquinas simulem a inteligência humana e as capacidades de resolução de problemas (Cabanelas, 2019). Abrange o Aprendizado de Máquina e Aprendizado Profundo que são usados para construir algoritmos para apoiar modelos preditivos do risco de desenvolver diabetes ou as suas consequentes complicações.

De acordo com Júnior (2024), na Diabetes algumas formas pelas quais a IA pode ser vantajosa são:

  • Diagnóstico precoce e prevenção de complicações: Algoritmos de IA podem analisar grandes conjuntos de dados, registos de monitoramento de glicose (MCG), para identificar padrões que possam indicar o desenvolvimento da Diabetes ou complicações associadas. Permitindo desta forma intervenções mais precoces para prevenir complicações graves.
  • Personalização do tratamento: A IA pode ajudar a personalizar o tratamento da Diabetes com base nas características de cada doente (idade, género, perfil genético, padrões de atividade física e resposta à medicação). Estabeler planos de tratamento mais eficazes e reduzir o risco de complicações.
  • Monitorização continua da glicose e automação de insulina: Utilização de Dispositivos de monitorização continua de glicose (MCG) e sistemas de bomba de insulina automatizados estão a tornar-se mais comuns. Algoritmos de IA podem ser usados para interpretar os dados do MCG em tempo real e ajustar automaticamente as doses de insulina, proporcionando um controle glicémico mais estável e reduzindo a carga de autogestão para os doentes.
  • Aconselhamento e apoio ao doente: Chatbots e Assistentes Virtuais baseados em IA podem fornecer ajuda aos doentes com Diabetes, esclarecendo dúvidas, oferecendo lembretes para medicação e estilo de vida saudável, e até mesmo fornecer apoio emocional.
  • Pesquisa e descoberta de novos tratamentos: A IA pode ser usada para analisar grandes quantidades de dados de ensaios clínicos e literatura médica, para identificar alvos terapêuticos, entender melhor os mecanismos subjacentes à Diabetes e desenvolver novos tratamentos mais eficazes.

Importa salientar, que embora a IA ofereça muitas oportunidades promissoras na área da Diabetes, nomeadamente em ajudar o doente a melhorar a autogestão da sua Diabetes, também há desafios a serem superados, levantando questões éticas, de privacidade e segurança dos dados, garantindo a confiabilidade e interpretabilidade dos algoritmos e integrando efetivamente as soluções de IA nos sistemas de saúde existentes.

Para os profissionais de saúde é importante desenvolver competências transversais e clínicas especificas para poderem utilizar da melhor forma esta tecnologia e prestar cuidados com qualidade e eficiência ao doente diabético. Importa reter que a IA nunca irá substituir o cuidado direto do profissional de saúde, no entanto o impacto desta tecnologia exigirá um repensar da prática clínica que incluirá novos conceitos e modelos virtuais de prestação de cuidados.

Por conseguinte, há ainda um longo caminho a percorrer em matérias de regulação, financiamento e comercialização desta tecnologia no sistema de saúde, além de um estudo mais prolongado no tempo sobre a sua eficácia e segurança.

Em suma, aplicação da IA na Diabetes introduzirá uma mudança de paradigma no tratamento, nas estratégias convencionais de autogestão e qualidade dos cuidados de saúde, direcionados e baseados em dados.

 
Referências Bibliográficas
Cabanelas, O. J. (2019). Mercados y Negocios. (40) 5-22. DOI: 10.32870/myn.v0i40.7403.
Ellahham, S. (2020). Artificial Intelligence: The Future for Diabetes Care. Aug;133(8):895-900.doi: 10.1016/j.amjmed.2020.03.033.
GBD 2019 Diabetes Mortality Collaborators (2022). Diabetes mortality and trends before 25 years of age: an analysis of the Global Burden of Disease Study 2019. DOI:https://doi.org/10.1016/S2213-8587(21)00349-1
International Diabetes Fédération (2021). IDF Diabetes Atlas. 10th ed. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation.
Nações Unidas (ONU) (2021). Perspectiva Global Reportagens Humanas. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2021/04/1747602
 
Ana Cristina Almeida Santos Oliveira
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica, na Unidade Local Dão Lafões Viseu, EPE
Mestre em Toxicodependências e Doenças Psicossociais; Pós-Graduação em Gestão e Administração de Serviços de Saúde e Pós-graduação em Cuidados Paliativos e Fim de Vida. Sócia da www.girohc.pt/
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Empresa fará a calibração dos equipamentos
No âmbito das suas atividades de responsabilidade social, o ISQ acaba de assinar um protocolo com o Banco Alimentar contra a...

A ação dos Bancos Alimentares assenta na gratuitidade, na dádiva, na partilha, no voluntariado e no mecenato e o Banco Alimentar desempenha um papel fundamental na luta contra a fome e na promoção da solidariedade em Portugal, contando com o apoio de milhares de voluntários e doadores em todo o país.

Nesta perspetiva, e “no âmbito da nossa política de solidariedade social consideramos que faz todo o sentido prestar o nosso apoio gratuito em atividades que são uteis e necessárias ao bom funcionamento do Banco Alimentar”, realça Pedro Matias, Presidente do ISQ.

“É fundamental que a sociedade civil se mobilize e ajude a promover a justiça social, a reduzir o desperdício de alimentos para os entregar a quem mais precisa, a melhorar a saúde das comunidades e a fortalecer os laços dentro da sociedade. Ao redistribuir alimentos excedentes, evitando o desperdício, o Banco Alimentar contribui para práticas mais sustentáveis no sistema alimentar, alinhando-se com objetivos ambientais e económicos mais amplos”, complementa Pedro Matias.

A calibração dos equipamentos do BA irá permitir precisão e confiabilidade nas medições, ajudando a evitar erros. Por outro lado, garante a conformidade regulamentar bem como o controlo de qualidade dos produtos e processos para além da eficiência operacional, evitando medições imprecisas. “O Banco Alimentar tem hoje um nível de profissionalismo muito grande e por isso tem de agir no estrito cumprimento das Leis e das mais exigentes normas e regras e por isso o ISQ está ao lado do mesmo para ajudar neste processo”, conclui Pedro Matias, Presidente do ISQ.

Do Banco Alimentar saem todos os dias 40 toneladas de alimentos para instituições de solidariedade social da Grande Lisboa, sendo hoje o segundo maior da Europa. Da sua rede fazem parte 21 bancos a nível nacional. O BA apoia 380 instituições num total de 80 mil pessoas, só na área da Grande Lisboa, sendo que 4% da população nacional recebe bens do Banco Alimentar.

Na sua missão de luta contra o desperdício, o Banco Alimentar implementa um sistema de separação de resíduos orgânicos e de compostagem, o que permite o aproveitamento total das doações, reduzindo ao máximo as perdas.

De realçar ainda que o Banco Alimentar esteve na génese da criação da “Entrajuda”, instituição que promove a economia circular e a sustentabilidade através de um Banco de Bens Doados. Recuperam, reduzem, reutilizam e reciclam bens e equipamentos que de outra forma seriam destruídos. Caso de roupa de criança, roupa de casa, calçado, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza para a casa, equipamentos em fim de vida (computadores, eletrodomésticos), entre muitos outros. No fundo, distribuem bens e equipamentos que permitem equipar as Instituições, melhorar as condições de vida das famílias e promover a economia circular. Contribui-se assim para a racionalização de recursos e a proteção do ambiente.

Dia 6 de abril
O Serviço de Neurologia/Unidade de AVC da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) vai assinalar o Dia Nacional do...

A caminhada que vai já na sua 10ª edição tem um percurso que se estende por 9km e um grau de dificuldade 2, é aberta à população em geral, gratuita, com ponto de encontro nos Hospitais da Universidade de Coimbra (piso 1), pelas 09:15h.

Recomenda-se o uso de roupa adequada às condições meteorológicas, calçado confortável para caminhada e o necessário suprimento alimentar / água, para o período da manhã. Importa também referir que não há seguro de grupo, pelo que cada participante caminha por sua conta e risco. Cada participante deve conhecer o seu estado de saúde e as suas reais condições de participação e assumir todos os riscos associados ao decorrer do evento.

Em todo o mundo estima-se que, por ano, 15 milhões sofrem um AVC e, desses, seis milhões não sobrevivem. Na Europa Ocidental, Portugal é o país com a mais elevada taxa de mortalidade.

Das diversas atividades assistenciais da Unidade de AVC da ULS Coimbra destacamos que se trata da única unidade de saúde nacional a integrar o projeto europeu HARMONICS, o qual visa a implementação de uma solução digital inovadora focada no acompanhamento e gestão dos cuidados de saúde ao doente com AVC após a alta hospitalar, envolvendo todos os níveis de cuidados de saúde em duas regiões europeias, Coimbra e Catalunha.

O projeto HARMONICS teve início em janeiro de 2023 e pretende contribuir para o aumento de qualidade de vida do doente com AVC e de eficiência dos sistemas de saúde. Na ULS Coimbra incorpora os serviços de Neurologia, Medicina Física e Reabilitação, Psiquiatria, Serviço Social e Unidade de Inovação e Desenvolvimento.

Bolsa de investigação no campo da imunoterapia anunciada no evento organizado pela APCL
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em pareceria com a BataZu Family, vai realizar uma conferência dedicada à...

A conferência conta com palestras e mesas redondas compostas por especialistas reconhecidos para refletir sobre a imunoterapia, bem como espaço para perguntas com os convidados especiais. O programa do evento abre com duas apresentações, a primeira de Arnon Nagler, Presidente do Centro de Hemato-Oncologia do Sheba Medical Center de Israel,  sobre os dilemas do transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas após células CAR-T e a segunda é realizada por Didier Blaise, Chefe do Departamento de Hematologia e Terapia Celular do Instituto Paoli-Calmettes de Marselha (França), que fornecerá informações detalhadas sobre as opções para combater linfomas recidivante/refratário após tratamentos com células CAR-T. A sessão da tarde arranca com J. Chang, Presidente do Instituto Médico Geno-Imune de Shenzhen (China), irá falar sobre o passado, presente e futuro das terapias celulares com células CAR-T, de seguida o Diretor do Instituto de Hematologia e Oncologia do HCP, Álvaro Izpizua, falará  aprofundadamente sobre as células CAR-T.

Os participantes terão a oportunidade de assistir a uma mesa redonda sobre os resultados nacionais das terapias celulares em Portugal, onde especialistas do Instituto Português de Oncologia (IPO) e do Hospital Santa Maria vão debater o estado destas terapêuticas em Portugal. No final da conferência, a Fundação BataZu Family irá lançar uma bolsa de investigação que tenciona apoiar um projeto que promova o desenvolvimento destes tratamentos em Portugal.

A ideia do evento e a criação da bolsa de investigação partiram de Tomás Lamas, médico intensivista, que procurou por todo o mundo uma solução para salvar a vida do filho, que vivia uma leucemia rara. A família juntou em poucos dias 350 mil euros para um tratamento inovador, no entanto o menino acabaria por não resistir ao tratamento na China. Com parte do montante angariado, Tomás Lamas decidiu criar uma bolsa de forma a incentivar a investigação no campo da imunoterepia em Portugal.

A conferência procura ser uma oportunidade de aprendizagem e de promoção do conhecimento sobre esta área, oferecendo um suporte eficaz a doentes e cuidadores. Neste evento, a APCL tem como  parceiro a BataZu Family e conta com o apoio da Gilead e da Novartis.

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