De 6 a 9 de novembro
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) vai organizar o seu 43º Congresso Nacional de Ortopedia e...

“Estamos a preparar um programa científico abrangente, global e de elevado nível científico de forma a tornar o nosso congresso cada vez mais forte e reconhecido. Para esta edição, e pela primeira vez na história da SPOT, vamos ter como sociedade convidada a American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS), a maior sociedade científica de ortopedia do mundo” afirma João Gamelas, Presidente da SPOT.

A 43º edição do CNOT terá como tema central “Sustentabilidade dos seguros de saúde: o desafio dos custos crescentes”. A nível científico destacam-se no programa áreas como anca, biomecânica, coluna, joelho, novas terapias e tecnologias em ortopedia, ombro e cotovelo, ortopedia geriátrica, ortopedia infantil e traumatologia desportiva e tumores do aparelho locomotor, entre outras.

As inscrições e submissão de resumos abrem dia 15 de março.

 
De 10 a 16 de março assinala-se a Semana Mundial do Glaucoma
A propósito da Semana Mundial do Glaucoma, e com o mote ‘No glaucoma, tempo é visão’, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia ...

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da  cegueira relacionada com o glaucoma pode ser evitável com um diagnóstico e tratamento precoces.[2] No entanto, o glaucoma é uma doença ocular silenciosa, muitas vezes sem sintomas óbvios nas suas fases iniciais. Por esse motivo, as consultas regulares com um médico oftalmologista são fundamentais para ajudar a detetar precocemente esta patologia.

Teresa Gomes, médica oftalmologista e coordenadora do Grupo Português de Glaucoma da SPO, enfatiza que o glaucoma “é a doença que avança silenciosamente, quase sem sintomas. O diagnóstico precoce é determinante e há fatores de risco, como a história familiar, que devem alertar para a doença. O glaucoma pode ser dez vezes mais frequente quando existe um familiar direto (mãe, pai, irmão ou irmã) portador da doença. Neste caso, sempre que haja alguém na família com glaucoma, a avaliação por um médico oftalmologista é fundamental.”

Paralelamente, o rastreio do glaucoma é recomendado a partir dos 40 anos de idade, ou mais cedo, caso existam outros fatores de risco, como hipertensão ocular, alta miopia ou uso prolongado de corticoides. A população afrodescendente também está em maior risco. Neste sentido, consultas regulares com um oftalmologista para avaliação ocular completa, incluindo medição da pressão ocular e avaliação do nervo ótico, são essenciais para o diagnóstico precoce e prevenção do glaucoma.

Durante a Semana Mundial do Glaucoma, que ocorre de 10 a 16 de março, a SPO vai promover diversas atividades educacionais e informativas, destacando-se:

Webinar ‘Prescrição de fármacos e glaucoma: receios e a realidade’, no dia 11 de março, às 21h30, direcionado a profissionais de Oftalmologia, Medicina Geral e Familiar, Psiquiatria, Neurologia e Farmacologia Clínica;

Sessão informativa para doentes e cuidadores – ‘Glaucoma: O ladrão silenciosa da visão’ – no dia 12 de março, no hotel Mouco no Porto, entre as 14h00 e as 17h30;

Masterclass em Cirurgia de Glaucoma, nos dias 14 e 15 de março, em Óbidos, destinada a internos da especialidade de oftalmologia e recém especialistas com interesse na área;

Reunião Anual do Grupo Português de Glaucoma, nos dias 15 e 16 de março, onde serão discutidas as mais recentes novidades sobre esta doença.

 
Dados do relatório "Closing the Gap in Women's Health: Economic Implications and Opportunities"
A redução das disparidades na saúde das mulheres poderia não só melhorar a qualidade de vida de milhares de milhões de mulheres...

De acordo com o estudo, este valor poderia ser reduzido em quase dois terços com investimentos direcionados para colmatar as lacunas nas condições de saúde das mulheres, o que levaria também a um aumento da economia global em cerca de mil milhões de dólares por ano até 2040. O relatório quantificou o fosso na saúde em termos de anos de vida limitados pela incapacidade - o número de anos perdidos devido a doença, incapacidade ou morte prematura - e em que medida esta diferença resulta das barreiras estruturais e sistémicas que as mulheres enfrentam.

De acordo com a McKinsey, cada dólar investido na melhoria das condições de saúde das mulheres pode gerar três dólares para a economia, uma vez que ao proporcionar uma maior qualidade de vida as mulheres têm a oportunidade de poder participar mais ativamente no mercado de trabalho. Por outro lado, este cenário significa acrescentar sete dias de saúde por ano a cada mulher, ou mais de 500 dias ao longo da sua vida, que poderia beneficiar mais de 3,9 mil milhões de mulheres em todo o mundo.

O relatório centra-se nas lacunas e deficiências, especificamente na forma como a melhoria da saúde das mulheres não só beneficia as próprias mulheres, mas também tem um impacto positivo na economia global, impulsionando a produtividade e o crescimento. Os governos, as organizações de saúde e outros stakeholders relevantes devem colocar a saúde das mulheres no centro do debate para criar um futuro mais saudável e mais equitativo para todos.

Diagnóstico tardio e falta de dados

Estudos realizados na Dinamarca demonstram que as mulheres são diagnosticadas mais tarde do que os homens relativamente a um conjunto de doenças, por exemplo até 2,5 anos mais tarde no caso do cancro. Se olharmos para as doenças metabólicas, como a diabetes, estas foram diagnosticadas, em média cerca de 4 anos e meio mais tarde.

O relatório conclui também que a saúde das mulheres é frequentemente simplificada para incluir apenas a saúde sexual e reprodutiva, o que sub-representa os encargos com a saúde das mulheres. Mostra também que os dados sobre o seu estado de saúde são frequentemente inexistentes ou incorretos e que o financiamento da investigação sobre doenças específicas é escasso.

Para dar resposta a estas disparidades entre homens e mulheres em termos de saúde, o estudo sugere uma abordagem holística que envolva várias partes interessadas. Em particular, é essencial agir em quatro áreas principais para avançar na direção certa: ciência, dados, prestação de cuidados e investimento.

O estudo analisa as condições de saúde que afetam de forma única ou desproporcional as mulheres, observando que a comunidade científica tem, historicamente, abordado as mulheres como se fossem homens. O relatório vem salientar a necessidade de desenvolver a compreensão da saúde das mulheres de uma forma muito mais específica para colmatar o fosso existente. A publicação do relatório coincidiu com o lançamento da Global Alliance for Women’s Health do World Economic Forum, uma plataforma global multissectorial destinada a melhorar o investimento na saúde das mulheres. Pelo menos 42 organizações inscreveram-se para apoiar a aliança, prometendo um investimento de 55 milhões de dólares.

 
Grupo Lusíadas Saúde reforça aposta em sistema de última geração
O Hospital Lusíadas Porto acaba de realizar a primeira cirurgia robótica ao cancro da próstata em Portugal com recurso à...

A intervenção foi dirigida pelo cirurgião Luís Osório, coordenador da especialidade de Urologia do Hospital Lusíadas Porto, com o apoio do médico urologista Frederico Branco, e consistiu numa prostatectomia radical, técnica cirúrgica utilizada para a remoção total da próstata.

O Hospital Lusíadas Porto é o primeiro hospital em Portugal a disponibilizar o robot cirúrgico Versius® do fabricante CMR, o qual será utilizado em vários campos de aplicação, sobretudo nas especialidades de Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia e Cirurgia Torácica. Uma aposta que vem reforçar, uma vez mais, o compromisso da Lusíadas Saúde com a inovação, através do investimento contínuo nas mais recentes tecnologias e procedimentos clínicos, em linha com os mais elevados padrões de qualidade internacionais.

Para a Equipa clínica, os benefícios desta tecnologia de última geração centram-se na possibilidade do sistema Versius® reproduzir em tempo real os movimentos da mão do cirurgião, permitindo-lhe realizar todo o procedimento com maior detalhe cirúrgico e maior segurança.

Este equipamento proporciona uma experiência mais humanizada no decurso da intervenção, facilitando ao cirurgião o contacto visual com toda a Equipa graças ao novo conceito de consola aberta, e caracteriza-se ainda por ser mais compacto, flexível e manobrável.

“Faz parte nossa missão, enquanto Grupo que contribuiu há 26 anos para o sistema nacional de saúde, garantir a disponibilização das mais inovadoras tecnologias, bem como cuidados de saúde de excelência, que permitam dar continuidade à abordagem personalizada que adotamos com quem nos procura.

O sistema Versius® é um passo importante que damos nesse sentido e que coloca o Hospital Lusíadas Porto – e o Centro de Cirurgia Robótica – na vanguarda da inovação do País. Os nossos especialistas têm agora nas suas mãos um sistema pioneiro para cuidar ainda melhor dos nossos Clientes”, refere Joana Menezes, Administradora do Hospital Lusíadas Porto.

 
Condição impacta negativamente a vida dos doentes
A incontinência urinária é uma condição que afeta cerca de 600 mil pessoas em Portugal e acarreta consequências físicas,...

Esta condição pode ter origens diferentes, tendo sido identificados três tipos diferentes: a incontinência urinária de esfoço, que ocorre quando se dá um aumento abruto na pressão intra-abdominal, como por exemplo, ao tossir ou espirrar, ao dar uma risada, fazer uma flexão ou levantar peso; a incontinência urinária de urgência, que, tal como o nome indica, acontece quando a pessoa tem uma necessidade repentina e inadiável de urinar; e a incontinência urinária mista, que ocorre quando o especialista diagnostica tanto a incontinência urinária de esforço, como a de urgência.

Apesar de afetar um número significativo de indivíduos, de ambos os géneros e de todas as idades, já que se pode detetar em crianças, adultos, mas também idosos, a incontinência urinária ainda gera muita vergonha em quem a experiencia e, por isso, apenas 10% dos afetados procuram ajuda médica especializada.

Segundo Joana Oliveira, Presidente da APDPI “Queremos aproveitar este momento para promover o diálogo sobre incontinência e disfunção pélvica. É fundamental que os doentes não se sintam sozinhos e que saibam que há tratamentos que os podem ajudar a recuperar a sua qualidade de vida.”

Por se tratar de uma condição com um impacto bastante negativo na vida dos doentes e daqueles que lhe são mais próximos, mas também com elevados custos económicos e ambientais, é de extra importância a educação pública para uma maior sensibilização para o tema. Neste sentido, a cofundadora e Presidente da APDPI declara que “é necessário que se compreendam as ligações que a incontinência tem com o envelhecimento, a saúde da mulher e outras patologias como a obesidade.”

Em Portugal, qualquer pessoa afetada por incontinência pode procurar apoio junto da APDPI, uma associação que pretende ser um veículo no qual tenham confiança para abordarem o seu problema.

 
Rede europeia vai permitir reutilizar dados para investigação clínica em oftalmologia
A Rede Europeia de Centros de Investigação Clínica em Oftalmologia (EVICR.net), coordenada a partir de Coimbra pela AIBILI,...

Os datasets são constituídos essencialmente por ficheiros de imagem que irão formar uma grande base de dados que pode ser consultada por investigadores na área da oftalmologia através de uma plataforma, Eye Platform, criada para o efeito. 

“A Eye Platform  é um projeto que muito nos orgulha, tal como a obtenção dos 1.000 datasets do primeiro estudo, o que nos diz que os centros clínicos da rede percebem a importância de um projeto que permite a recolha, organização e reutilização de dados oftalmológicos anonimizados, a nível europeu”, afirma Conceição Lobo, Presidente da AIBILI. “A existência de uma base de dados estruturada com um número significativo de imagens e patologias permite a realização de mais investigação, nomeadamente no desenvolvimento e validação de modelos de inteligência artificial, com o propósito de melhorar os cuidados de saúde”, conclui. 

A rede europeia EVICR.net é composta por 95 centros de 16 países e tem como objetivo reforçar a capacidade da União Europeia para estudar doenças oftalmológicas e desenvolver e otimizar a utilização de estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento em oftalmologia. Para este primeiro estudo, a AIBILI, como coordenadora, recebeu dados de 25 centros. 

Um dos conceitos chave desta plataforma é a recolha e a reutilização de dados que permite evitar a duplicação de estudos e otimização de recursos ao mesmo tempo que responde aos requisitos de privacidade, segurança e regulatórios associados à partilha de dados.

 
Dicas a ter em conta na infância, idade reprodutiva, gravidez e menopausa
Tal como nos restantes âmbitos da saúde de uma mulher, também a saúde oral apresenta alterações ao l

Conscientes do impacto que a saúde oral exerce e os diferentes cuidados que cada uma das fases exige, neste Dia da Mulher, a Impress, alerta para os cuidados a ter em conta, para uma rotina diária cuidada em cada uma dessas fases:

  • Infância - De pequenina é que a dentição se ilumina: Durante o período de amamentação, é crucial iniciar os cuidados com a saúde bucal do bebé. A língua pode ser higienizada com uma escova de dentes de silicone, pois ao remover a camada de leite sob a língua, a mãe cria uma rotina de higiene oral desde cedo. O surgimento do primeiro dente, por volta dos seis meses, marca o momento ideal para a primeira consulta odontológica. Segundo a Ordem dos Médicos Dentistas, a primeira consulta deve ser realizada, no máximo, até a criança completar o primeiro ano de vida, de modo a estabelecer um programa preventivo de saúde oral e intercetar hábitos que possam ser prejudiciais. Hábitos estes que devem ser incutidos desde a infância, pois estima-se que 59% das crianças de seis anos apresentem cáries dentárias, e 47% escovam os dentes apenas uma vez por dia, destacando a necessidade de investir na prevenção e literacia em saúde infantil.
  • Idade reprodutiva - Corpo a crescer, saúde a florescer: Durante a adolescência, as raparigas podem vivenciar a erupção dos dentes permanentes e a possível necessidade de aparelho ortodôntico para corrigir dentes tortos ou desalinhados. Além disso, a adolescência, período em que o consumo de açúcar e alimentos processados pode aumentar, aumenta o risco de cáries e doenças gengivais. Durante a idade reprodutiva, as mulheres podem experimentar mudanças hormonais significativas durante a gravidez, menstruação e menopausa. Essas mudanças podem aumentar o risco de doenças periodontais, cáries e outros problemas orais. É importante manter uma rotina diária de cuidados adequados e visitar regularmente o dentista durante essas fases.
  • Gravidez - Sorriso materno, cuidado eterno: Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas mudanças, tanto hormonais como físicas, que impactam o sistema complexo do organismo. O aumento da vascularização dos tecidos é comum para se adaptar ao crescimento do bebé ao longo dos nove meses. Como consequência, pode causar relaxamento muscular e mobilidade dentária devido à lassidão dos ligamentos periodontais, condição agravada por náuseas, vómitos matinais e alterações no padrão de sono, aumentando os níveis de placa bacteriana. Os vómitos frequentes podem levar à erosão dentária devido à diminuição do pH na boca, resultando na desmineralização do esmalte e da dentina. Assim, é crucial que a futura mãe preste atenção à sua dieta, pois o peso e a ingestão de alimentos ricos em açúcares desempenham papéis significativos no desenvolvimento de cáries. Além disso, manter uma higiene oral rigorosa e consultar o dentista para orientação sobre produtos adequados, como dentífrico e colutório, são passos essenciais para esta fase.
  • Menopausa - Mudanças em cascata, saúde renovada: A menopausa, fase que ocorre tipicamente entre os 45 e 55 anos, marca o fim do ciclo menstrual na vida da mulher. Aqui, a diminuição dos níveis de estrogénio, desencadeia diversas alterações na saúde oral, como ondas de calor, suores noturnos e alterações de humor. Impactos na saúde da boca, como aumento do risco de cáries devido à redução da produção de saliva e presença de bactérias, também podem ocorrer. Além disso, há um maior risco de desenvolver doença periodontal devido à diminuição da proteção das gengivas. Para minimizar esses efeitos na dentição, além de manter bons hábitos de higiene oral, as mulheres na menopausa devem adotar uma alimentação equilibrada, evitando alimentos ricos em açúcar ou ácidos e considerar a suplementação com cálcio e vitamina D, após aconselhamento médico, pode prevenir a perda óssea. Além disso, aconselhar-se com o médico ou ginecologista, quais os benefícios das terapias hormonais pode ser uma opção para reduzir o impacto da diminuição dos níveis de estrogénio.

Susana Fontes, CEO da Impress em Portugal, refere que “as mulheres atravessam mudanças hormonais em cada fase da sua vida, que podem afetar a saúde dos seus dentes e gengivas. É fundamental estarem  vigilantes e adotem uma rotina diária meticulosa, incluindo escovação, uso de fio dental e consultas regulares ao dentista. Começando na infância, para um cuidado preventivo, passando pela gestação, com cuidados com o que ingerem, até à menopausa, onde a redução dos níveis de estrogénio pode levar à perda óssea e atrofia das gengivas, aumentando o risco de doenças periodontais e perda dentária. É crucial manter uma rotina diária de cuidados orais adequados.”

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação sobre a doença anti-IgLON5
Entender as alterações celulares e bioquímicas que ocorrem nos neurónios e que levam à acumulação de neurofibrilas (pequenas...

O projeto Unraveling anti-IgLON5 disease-associated tauopathy with neuroproteomics – que vai estar em curso entre junho de 2024 e dezembro de 2025 – vai estudar mais concretamente a doença anti-IgLON5, uma patologia autoimune rara, muito pouco estudada e com elevada taxa de mortalidade. Nas fases iniciais, manifesta-se como uma doença do sono e do movimento, em que, ao nível celular, ocorre acumulação de neurofibrilas, que consistem em agregados proteicos no interior dos neurónios, que levam à sua degeneração. Com este estudo, os cientistas esperam também perceber de forma mais geral como é que o cérebro é afetado em doenças caracterizadas por neuroinflamação, perturbações do sono e disfunção cognitiva.

“Até agora não foi possível entender as alterações bioquímicas e celulares iniciais que levam à neurodegeneração em tauopatias (doenças neurodegenerativas, como as doenças Alzheimer, Parkinson e anti-IgLON5)”, contextualiza o investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC), Luís Ribeiro.

Neste contexto, para compreender melhor o processo destas alterações, a equipa vai criar “um modelo de doença em que vai usar autoanticorpos obtidos a partir de pacientes com a doença anti-IgLON5”, sublinha o também líder do projeto. Luís Ribeiro elucida que as pessoas portadoras desta patologia “desenvolvem autoanticorpos contra uma proteína da superfície neuronal – a IgLON5 –, que se julga levarem à formação de neurofibrilas neuronais e, consequentemente, à morte neuronal, mas, no entanto, o mecanismo não é conhecido. Estes autoanticorpos proporcionam-nos, portanto, a ferramenta ideal para estudar estes mecanismos”.

Além de entender estes mecanismos, esta investigação pode permitir identificar, de forma mais global, “princípios sobre a forma como o cérebro é afetado em geral por doenças caracterizadas por neuroinflamação, perturbações do sono, e disfunção cognitiva”, avança o investigador da UC. No caso particular das perturbações do sono, os pacientes com a doença anti-IgLON5 apresentam este tipo de problema de forma muito vincada e, como tal, “acredita-se que a proteína IgLON5 possa também ter um papel importante no controlo do sono”, refere o líder do projeto. Por isso, “identificar as proteínas que interagem com a IgLON5 vai permitir perceber as vias de sinalização que são controladas por esta proteína, que, por um lado, poderão regular o sono; e, por outro, poderão estar comprometidas nas tauopatias”, acrescenta.

A entidade financiadora, a Chan Zuckerberg Initiative, apoia investigadores de diferentes universidades e as suas equipas para que, em conjunto, explorem abordagens inovadoras e interdisciplinares para enfrentar desafios críticos nos domínios das doenças neurodegenerativas e da neurociência fundamental. A parceira da UC neste projeto é a Northwestern University, dos Estados Unidos da América, através da equipa liderada por Jeffrey Savas, que vai igualmente receber mais de 90 mil euros para conduzir a investigação.

Na UC, o projeto vai envolver também a investigadora do CNC-UC e docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Ana Luísa Carvalho; as investigadoras do CNC-UC, Beatriz Marques, Jeannette Schmidt e Maria Ester Coutinho; e a estudante de doutoramento do CNC-UC, Beatriz Ribeiro.

 
Apresentação Pública decorre dia 8 de março
O Programa Integrar+ é uma iniciativa da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) para incentivar e implementar as...

Depois da fase de Bootcamp, que serviu para estruturar e avançar com os projetos, o Programa Integrar+, segue agora com a apresentação pública dos 12 projetos semifinalistas e com a seleção dos dois projetos vencedores que verão o seu projeto implementado no terreno. A sessão de apresentação final dos projetos do programa Integrar+ é já na próxima sexta-feira, dia 8 de Março, no Auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), às 14h30.

O Júri do Integrar+ será composto por Cláudia Nazareth, Diretora Clínica para a Área dos Cuidados Hospitalares da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra); Almerinda Rodrigues, Diretora Clínica para a Área dos Cuidados de Saúde Primários da ULS Coimbra, e Áurea Andrade, Enfermeira Diretora da ULS Coimbra. Os critérios que servirão de base à avaliação dos projetos por parte do júri serão: 1) Sucesso esperado – Qual é o problema atual e o que é que esperam alcançar? 2) Como é o novo percurso proposto? – Quem será impactado pelo novo percurso e de que forma? 3) Qual a estratégia para a implementação? – O que vai ser preciso fazer para mobilizarmos as pessoas para esta mudança?

“O Programa Integrar + foi criado para ouvir, explorar e implementar as ideias mais inovadoras de quem trabalha diariamente com os doentes. Com a nova reforma das ULS, os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares estão mais integrados e este projeto permite aos profissionais de saúde explorar novas abordagens que impulsionem a integração de cuidados centrados no doente”, explica Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, acrescentando: “foi uma satisfação ver surgir tantas ideias tão boas e tão bem estruturadas, que depois de implementadas vão aportar muitas mais-valias ao percurso do utente e à integração de cuidados. As pessoas aderiram em número e em qualidade a esta iniciativa e estamos muito satisfeitos com os projetos que vamos apresentar, pelo que convidamos todos e todas a juntarem-se a nós na sua apresentação pública”.

“Como criar percursos integrados na ULS?”. Foi este o desafio lançado às equipas que se candidataram ao programa Integrar+, constituídas por elementos hospitalares e de cuidados de saúde primários. O objetivo foi “reforçar, desde o início da ULS, uma cultura de colaboração entre os vários profissionais e serviços e estimular a construção de projetos de integração na ULS, construídos pelos profissionais”, explica Alexandre Lourenço.

“Estamos no início da implementação de um novo modelo de cuidados, as ULS, que procuram facilitar a colaboração e articulação entre os diferentes níveis e tipos de cuidados. A ideia faz todo o sentido e a sua implementação na prática depende da mobilização e envolvimento de todos profissionais de saúde, de todas as unidades. É exatamente esse o objetivo do Programa Integrar+, ao procurar apoiar os profissionais a pensar, construir e implementar projetos de integração de cuidados”, destaca o cofundador da nobox e médico especialista em Saúde Pública, Diogo Silva.

No próximo dia 8 serão apresentados publicamente os doze projetos semifinalistas. Entre estes serão selecionados dois projetos vencedores, que terão acesso a um programa de apoio e consultaria com a nobox para a implementação do projeto no terreno. Através desta bolsa, a ULS Coimbra espera “criar espaço e dar apoio aos profissionais de saúde para desenvolverem e implementarem as suas ideias para uma ULS mais integrada e centrada no utente”.

 
MulherEndo espera conseguir maior apoio do Governo
Portugal, representado pela associação MulherEndo, marcou presença na discussão sobre Endometriose que decorreu, 5 de março, no...

Decorreu esta terça-feira, dia 5 de março, uma reunião no Parlamento Europeu com a presença de alguns deputados e de várias Associações representantes de doentes da Europa.

O convite de Bruxelas para participar no evento feito à MulherEndo — Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose, decorre do reconhecimento do trabalho ativo e de relevo que a Associação tem vindo a desenvolver em Portugal. 

Susana Fonseca, fundadora e presidente da direção da MulherEndo, foi convidada a discursas no evento para partilhar a experiência recente junto do Parlamento português, através da Petição Pública que a Associação entregou, em 2022, e que deu origem à instituição do Dia Nacional da Endometriose e Adenomiose e a uma recomendação ao governo para a criação de um grupo de trabalho sobre as patologias, que, até ao momento, não teve qualquer desenvolvimento. 

“Acreditamos que este envolvimento do Parlamento Europeu poderá ajudar-nos a conseguir que o Governo português demonstre maior interesse e participação na criação de uma estratégia efetiva e necessária de apoio às cerca de 350 mil mulheres que sofrem de Endometriose em Portugal. Esta reunião permitiu-nos criar laços e unir esforços com diversas Associações congéneres de outros países. Deste envolvimento conjunto sairá um modelo para uma Estratégia Europeia para a Endometriose a ser apresentada ao Parlamento Europeu.”, avança Susana Fonseca. 

 
Para promover saúde mental e bem estar
Segundo a edição de 2023 do Perfil de Saúde dos países europeus, publicado pela Comissão Europeia, em colaboração com...

Esta primeira edição do Brain Gym materializa-se em várias atividades interativas, incluindo jogo da memória, pintura invertida, “Descobrir o Código”, “Sentir e Descobrir”, “Parede da Lógica”, xadrez gigante, entre outras, que convidam os visitantes a manter o cérebro ativo, algo fundamental para alcançar uma vida longa e saudável. A iniciativa promete, assim, oferecer uma experiência imersiva, revelando os vários caminhos para elevar a aptidão mental, desde jogos de estimulação cognitiva até mind games e jogos sensoriais, sendo um verdadeiro espaço de diversões para mentes de todas as idades.

Na agenda de atividades do Brain Gym no MAR Shopping Algarve estarão disponíveis atividades como o “Jogo da Memória”, “Resolve o Código”, “Sentir e Descobrir”, entre outros, complementados pelos workshops interativos como “O Teu Cérebro Colorido”, “A Mente Indica o Caminho”, a “Torre que não Cai” entre muitos outros. Já no MAR Shopping Matosinhos, os visitantes poderão desfrutar de atividades como Quebra-Cabeças, “Sentir e descobrir”, “Descobrir o código”, “Labirinto invertido”, “Cheirar a imagem” e “Escape para a natureza”. Cada atividade abordará uma forma diferente de aumentar a capacidade cognitiva dos participantes, através da concentração, do tato e da sensação, da lógica, do relaxamento, do olfato, do paladar e ainda da criatividade.

"Estamos muito entusiasmados por receber o Brain Gym nos meeting places do Algarve e de Matosinhos. O nosso compromisso é, não só, entreter, mas também educar e inspirar. Acreditamos que a saúde mental é uma parte vital do bem-estar geral e, com esta iniciativa, estamos a reforçar o nosso compromisso em proporcionar oportunidades significativas de crescimento pessoal e interação comunitária", afirma Mário Barros, South Cluster Operations Manager da Ingka Centres. “Esperamos que este evento seja não apenas uma forma de exercitar o cérebro de uma forma divertida, mas também uma maneira de passar mais tempo de qualidade em família”, conclui.

O responsável acrescenta ainda que este programa se insere no âmbito da iniciativa global Health & Wellbeing que a Ingka Centres desenvolve anualmente, estendendo-se a vários meeting places da empresa em vários países e seguindo os passos das iniciativas All Inclusive e Step Store, lançadas em 2021 e 2022/2023, respetivamente.

Este evento conta ainda com a participação da ASPESM - A Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, e da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro (APPC Faro).

 
O projeto já passou por várias cidades
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) vai promover, esta quinta-feira, 7 de março, mais uma edição do Projeto...

Com um foco especial na participação e na cocriação, o Projeto ATIVAR visa proporcionar aos participantes uma voz ativa nas discussões e decisões relacionadas com a sua saúde. A SPLS espera que, no final do evento, os idosos se sintam capacitados e informados para tomar decisões conscientes sobre a sua saúde, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida e bem-estar.  

“Esta edição do Projeto ATIVAR representa mais um passo na missão da SPLS de promover a literacia em saúde e fortalecer o papel ativo dos cidadãos no cuidado com a sua própria saúde”, explica a presidente desta sociedade científica, Cristina Vaz de Almeida. “Nesta edição contamos ainda com a especial participação da Dra. Patrícia Cavaco, Presidente da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, que se junta ao Projeto ATIVAR, reforçando-o, através de uma ação de sensibilização sobre medicação”. 

“Acreditamos que, ao proporcionar um espaço para a discussão e a cocriação, estamos a fortalecer não apenas a saúde individual, mas também a saúde da comunidade como um todo. Esperamos que os participantes saiam do evento mais informados e motivados para cuidar da sua saúde de forma proativa", continua.  

Com o apoio da GSK e da Ordem dos Farmacêuticos, este projeto tem como objetivo a sensibilização e a motivação através do diálogo e da arte, baseado em conhecimentos aprendidos sobre vacinação e medicação e na cocriação de materiais de comunicação. A RUTIS — Rede de Universidades Séniores é parceira do projeto.   

O projeto ATIVAR tem tido resultados muito positivos ao longo do tempo, promovendo cuidados mais seguros e a envolvência de pessoas mais velhas. Esta iniciativa já passou por outros locais, como o Funchal, na Madeira, Casa Animada, em Massamá, e Universidade Sénior NovAtena, em Linda-a-Velha.  

A página do projeto pode ser consultada aqui

 
20 de abril
Com o apoio da Fundação AEP e da Associação Zero, o evento "Rotura e Continuidade | A Saúde Bem Inestimável, decorre no...

Dividida em vários momentos, a iniciativa da GIRO HC, uma associação de pessoas com pré-diabetes com sede em Viseu, inclui, além de alguns momentos culturais, duas palestras que pretendem alertar para saúde e ambiente. 

A iniciativa arranca com as visitas livres à exposição permanente do Museu do Coa e  à exposição temporária de Paula Rêgo. 

As palestras "A importância dos rios em Portugal e no Mundo" e "Inteligência Artificial e a monitorização contínua em saúde" abre espaço para à reflexão, logo após a um almoço que dá a experimentar os sabores locais. 

Durante a tarde vai ser possível visitar as pinturas rupestres. 

Para participar neste iniciativa basta preencher o formulário de inscrição

Associação avança com declaração pública
Com base no atual contexto do setor de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), e dos processos de...

Partindo de princípios fundamentais previstos na Constituição da República Portuguesa, como a dignidade humana, a igualdade, a liberdade e o respeito, a ANL acaba de publicar uma declaração pública sobre os direitos individuais dos utentes, que espelha o compromisso da associação para com estes mesmos direitos. Para Nuno Marques, diretor-geral da ANL, “esta declaração é crucial para que os utentes estejam conscientes dos seus direitos no que respeita ao acesso aos cuidados de saúde num Estado de Direito como é Portugal, da mesma forma que esta declaração expressa o compromisso da ANL em assegurar que todos os utentes recebem os cuidados de que necessitam e quando necessitam. É essencial continuar a proteger os direitos dos utentes", salienta.

Da declaração constam os seguintes pontos:

  • Direito à livre escolha: o utente tem o direto de escolher livremente o laboratório de análises clínicas, de acordo com as suas preferências, necessidades e condições específicas, e o direito à emissão de uma credencial.
  • Direito de acesso: o utente tem o direito ao acesso equitativo e não discriminatório aos laboratórios de análises clínicas, independentemente da sua condição socioeconómica, geográfica, étnica, religiosa, ou qualquer outra condição pessoal, bem como o direito à emissão imediata e sem espera de uma credencial para realizar os seus exames.
  • Direito à qualidade: o utente tem o direito a que as suas análises clínicas sejam realizadas com minucioso cumprimento dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis aos laboratórios clínicos, incluindo todas as regras do licenciamento, boas práticas e normas de qualidade e de segurança.
  • Direito à prevenção da doença e à promoção da saúde: o utente tem o direito à realização de análises clínicas, quer como meio de diagnóstico e terapêutica, quer como meio essencial de prevenção da doença e de promoção da saúde.
  • Direito de queixa e de reclamação: o utente tem o direito a reclamar e a apresentar queixa sempre que veja que um laboratório de análises clínicas desrespeita os seus direitos, assim como se uma instituição de saúde, ou profissional de saúde, dificultar a emissão de uma credencial ou recomendar postos de colheita e laboratórios que não possuam licença de funcionamento.
  • Outros direitos: o utente tem o direito a ser tratado e acompanhado com prontidão, humanidade, correção e respeito. Os seus dados médicos e pessoais devem ser tratados com o máximo sigilo e só podem ser divulgados com o seu consentimento e quando exigido por lei. Todas as informações sobre os atos que vão ser prestados devem ser devidamente transmitidas ao utente antes da sua realização, bem como os resultados dos seus exames.

“Estamos ao dispor para colaborar com as entidades responsáveis na procura de soluções que fortaleçam o sistema de saúde português sem comprometer a liberdade de escolha dos utentes, bem como o acesso ao serviço de análises clínicas de qualidade e em conformidade com os seus direitos fundamentais”, afirma Nuno Marques.

A decorrer a 11 de março, 20 de março e 17 de abril, na Universidade Católica no Porto
“Da ciência da felicidade pública à sua prática”, “Desafios do Sistema de Saúde” e “Inclusão social no mercado de trabalho” são...

“Anualmente organizamos as Tertúlias na Biotecnologia onde procuramos trazer a debate temas da atualidade que intrinsecamente estão interligados com as áreas para as quais formamos os nossos estudantes,” refere Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia.

“Da ciência da felicidade pública à sua prática: propostas para o campo da educação, num mergulho pela poesia da vida”, será o tema de conversa de Helena Marujo, professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, que se realiza a 11 de março, às 13h. Helena Marujo, doutorada em Psicologia, coordena a cátedra Unesco em Educação para a Paz Global Sustentável, e está envolvida, desde 2011, num inquérito internacional que tem procurado medir as esperanças de pessoas e povos. Na sua palestra irá abordar como a ciência da felicidade tem tentado conhecer a fundo a possibilidade de vivermos vidas com qualidade e elevação, perante a imprevisibilidade de tudo, bem como, no espaço complexo da educação - em alunos, docentes, atores escolares em geral - é possível e desejável viver vidas que valham a pena ser vividas.

 Já a 20 de março, às 16h, a Escola Superior de Biotecnologia receberá Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde e professor da Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa, para falar dos “Desafios do Sistema de Saúde”, um tema necessário e de grande atualidade. Caberá a Bento Amaral, Wine inspiring executive da Humanwinety, a 17 de abril, às 16h, fechar o 13º Ciclo de Tertúlias na Biotecnologia, com o tema “Inclusão social no mercado de trabalho”. Uma temática que interessa a todos, trabalhadores ativos, estudantes e comunidade. Nesta sessão, o orador ira falar sobre a sua experiência pessoal na Humanwinety que promove a sustentabilidade social através da inclusão de pessoas pertencentes a grupos minoritários nos setores do vinho e da hotelaria.

 
Programa Ativa’mente é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)
O Programa Ativa’mente, em 2022, teve como objetivos principais aumentar a literacia no âmbito da saúde mental e reduzir o...

O último tema abordado na 1ª edição foi o da promoção de estilos saudáveis, que permitiu construir a ponte para a próxima etapa, do Programa (2024 e 2025), sob o mote - “Ativa’mente: o teu lugar saudável”.

Nesta nova fase, o projeto pretende investir na mudança de comportamento, através da adoção de estilos de vida saudáveis, ao longo de todo o ciclo de vida e abrangendo os diferentes papéis que cada pessoa desempenha no seu dia a dia e na comunidade em que está inserida. Isto implica a abordagem de diferentes competências e áreas de vida, em que a população é desafiada a encontrar, com o apoio do Ativa’mente, o seu lugar saudável.

Para 2024, o Programa Ativa’mente propõe os seguintes temas:

  • Empatia (relembrar a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro);
  • Relações (focar na relação que desenvolvo comigo e com os outros);
  • Desafio(-te) (as pessoas serão convidadas a saírem da sua zona de conforto);
  • Viver de forma equilibrada (um olhar sobre a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional);
  • Desenvolver o cérebro (uma visão científica sobre a importância da estimulação cognitiva);
  • Olhar para o meu corpo (aprender a olhar para o corpo como lugar saudável);
  • Fazer uma pausa (saber como aproveitar as férias de forma saudável e equilibrada);
  • Gerir emoções (reconhecer a capacidade de identificar e lidar com as suas emoções e com as dos outros);
  • Riso (saber como utilizar o humor no dia a dia);
  • Parentalidade (refletir sobre o que implica uma parentalidade responsável);
  • Sentido (promover o sentido de propósito e a definição de objetivos e estratégias para os atingir).

Todos os conteúdos serão apresentados e dinamizados nas redes sociais próprias do Ativa’mente e da Câmara Municipal de Matosinhos e cada tema estará associado a um evento ou uma iniciativa, que por sua vez procurará captar a atenção e a participação do público que se identifica com o tema específico. O Programa será pautado de experiências imersivas e atividades experienciais, para que o público se sinta completamente envolvido, seja num ambiente virtual ou físico, e que desfrute ao máximo das experiências oferecidas.

Para estar a par de todos os eventos e iniciativas realizados, no âmbito desta edição do Programa Ativa’mente, acompanhe-nos através das redes sociais Facebook e Instagram.

O Programa Ativa’mente é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do Plano das Operações Integradas dos Territórios de Intervenção (PAOITI).

Projeto nacional de investigação destaca a importância da literacia em saúde
O projeto “Saúde que Conta”, uma iniciativa de investigação nacional que pretende contribuir para o debate público através da...

Coordenado por Ana Escoval, investigadora da ENSP NOVA, com a participação científica de Ana Rita Pedro, investigadora também da ENSP NOVA, o “Saúde que Conta” foi nomeado como um dos quatro finalistas na categoria “Literacia em Saúde”, entre 148 candidaturas recebidas e segmentadas entre Literacia em Saúde; Integração de Cuidados; Tecnologia e Dados ao Serviço da Saúde e Sustentabilidade Social.

O “Saúde que Conta” é uma iniciativa que, desde 2010, aborda temas com impacto na comunidade, nos custos em saúde e na economia, contribuindo para uma maior informação, acompanhamento, apoio e literacia em saúde.

No passado dia 20 de fevereiro, Ana Rita Pedro teve a oportunidade de reunir com o júri e defender o projeto eleito para possível vencedor desta primeira edição dos TOP Health Awards, numa cerimónia de entrega de prémios agendada para o próximo dia 21 de março, na Associação Comercial de Lisboa.

Os Top Health Awards têm como missão reconhecer e premiar o talento e projetos desenvolvidos em saúde que contribuam para criar mais valor de forma inovadora e colaborativa entre os vários interlocutores da saúde, como os doentes, a sociedade e os profissionais de saúde. Contam com a parceria da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Convenção Nacional da Saúde; Universidade do Porto; Ordem dos Médicos; Ordem dos Farmacêuticos; APIFARMA (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica); Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH); Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB); Instituto de Medicina Molecular (iMM); Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM); RD-Portugal, Doenças Raras de Portugal; IQVIA; AMROP; Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET); Nova School of Business and Economics; Universidade Católica Portuguesa; VdA – Vieira de Almeida, Sociedade de Advogados e Microsoft.

 
 
 
7 a 17 de março
Cruz Vermelha regista aumento de 73% nos pedidos de apoio em 2023 e lança Campanha Solidária em grandes superfícies.

O sistema de proteção social da Cruz Vermelha Portuguesa registou um aumento de 73% de pedido de ajuda em 2023. Estas solicitações surgiram ao abrigo do programa Mais Feliz, que presta apoio a famílias em situação de grande vulnerabilidade, auxiliando-as no pagamento das rendas das casas e outras despesas básicas, como água, luz, consultas médicas ou compras de alimentos e bens de primeira necessidade.

Estes números confirmam a tendência, já registada nos anos anteriores, de aumento expressivo dos pedidos de apoio e levam a CVP a lançar mais uma campanha solidária em 340 lojas de grandes superfícies de todo o país. Com esta campanha, a CVP, que está presente em todo o território nacional graças às suas 159 delegações, pretende reforçar capacidade de resposta e expandir ainda mais a sua ação.

Assim, entre 7 e 17 de março, todos são convidados a contribuir através da aquisição de vales monetários ou alimentares (que se traduzem em azeite, bolachas, esparguete, grão-de-bico e salsichas).

No próximo fim-de-semana, de 9 e 10 de março, voluntários da CVP estarão presentes em várias lojas El Corte Inglès, E’leclerc, Lidl, Pingo Doce e Sonae (Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia) para dinamizar uma campanha de recolha de bens alimentares e de produtos de higiene.

Os números de 2023: mais pedidos de ajuda e mais famílias beneficiárias 

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) voltou a registar, em 2023, um aumento no número de pedidos de ajuda, superando as 50 mil famílias que já beneficiavam de apoio social, através dos diversos serviços prestados pelas Estruturas Locais presentes em todo o território nacional e ilhas.

No âmbito da sua ação, a Cruz Vermelha desenvolve programas sociais, em todo o território, que visam mitigar as vulnerabilidades das pessoas e famílias, através de mecanismos de apoio como sejam o Cartão Dá CVP e o Mais Feliz. Em 2023, ambos registaram um aumento dos pedidos.

O Cartão Dá CVP registou um aumento de 59% no número de pessoas apoiadas. Três quartos dos beneficiários eram mulheres, tendo mais de metade idade compreendida entre 30 e 50 anos. Este mecanismo de apoio permite a cada pessoa ou família fazer compras com maior dignidade, promovendo a autonomia e reconhecendo a sua individualidade, ao permitir a escolha e seleção dos produtos de que necessita, respeitando as diferentes dietas, cultura e recursos.

As equipas sociais executoras do Cartão Dá CVP têm registado um número significativo de famílias monoparentais (35%) a requererem esta ajuda, como também, numa percentagem equiparada (34%), têm surgido solicitações de casais com filhos. Entre os titulares deste apoio, 44% estão desempregados, sendo que 27%, apesar de trabalharem por conta de outrem, não conseguem fazer face às despesas mensais e procuraram ajuda da CVP. 

Quanto ao Mais Feliz, registou-se um aumento de 53% no valor disponibilizado para os apoios económicos, comparativamente a 2022. Este programa apoia famílias em situação de grande vulnerabilidade, auxiliando-as economicamente, suprindo as necessidades mais básicas em défice, mas acima de tudo, ajudando-as a construir um plano de intervenção individual, tendo como objetivo a capacitação para a autonomia,

Também no domínio do acompanhamento das pessoas em situação de sem-abrigo, prestado em 10 estruturas locais da CVP, houve um crescimento de 80% face a 2022. Em 2023, a CVP reforço a sua capacidade de dar respostas como acolhimento, distribuição de bens alimentares e produtos de higiene pelas equipas de rua, ajuda na definição de projetos de vida, impactando a vida de 1.986 pessoas, sendo que 69% delas são homens.

Em média, a Cruz Vermelha distribuiu 785 refeições por dia no ano passado.

A CVP dá também resposta a vítimas de violência doméstica e aos seus filhos, a idosos a quem acompanha através da teleassistência, centros de dia, lares, apoio domiciliário. Entre muitas outras respostas dirigidas à comunidade, como creches e ATL.

 
Opinião
A Doença de Parkinson (DP) tem uma face visível e mais facilmente identificável por todos (o tremor,

Entre as alterações mais comuns na DP contam-se aquelas que ocorrem ao nível da fala (disartria): a voz torna-se baixa, rouca ou soprada, a articulação dos sons fica mais cerrada e a fala perde a sua entoação característica. É, também, comum que exista um defeito de perceção, isto é, a pessoa com DP não percebe que tem estas alterações ou que são tão marcadas e, como tal, não tenta corrigir-se e tem dificuldade em compreender o porquê de os outros não entenderem o que diz.

A DP afeta também a deglutição, isto é, a capacidade de transportar saliva, líquidos e alimentos desde a boca até ao estômago, de forma segura (sem que haja entrada nas vias aéreas – laringe, traqueia e pulmões). Quando tal não acontece estamos perante uma alteração no processo da deglutição denominada de disfagia. Os primeiros indícios de disfagia são, muitas vezes, o aumento da quantidade de saliva na boca, comprimidos presos na boca ou na garganta e episódios de tosse/engasgamento com saliva, líquidos e sólidos secos e granulosos. Em fases iniciais, acontecem com reduzida frequência e por esse motivo tendem a ser desvalorizados, mas com o avançar da doença passam a ocorrer mais frequentemente e com uma maior variedade de alimentos. O agravamento da disfagia aumenta a probabilidade de engasgamento e de se desenvolver uma pneumonia de aspiração devido à entrada de líquidos ou alimentos nos pulmões, o que acarreta riscos para a saúde e contribui para a diminuição do prazer alimentar.

Em ambos os casos, a intervenção do terapeuta da fala (TF) pode ajudar a minimizar o impacto destas alterações. Quando o foco é melhorar a função, quer seja a fala ou a deglutição, a evidência sugere a aplicação de programas de reabilitação intensivos em que, durante algumas semanas, são realizadas sessões quase diariamente. O acesso a estes programas não está, contudo, ao alcance de todos e em determinadas fases da doença pode fazer sentido um programa menos intensivo, mas de duração mais prolongada. As funções da fala e deglutição, tal como a marcha, implicam o correto funcionamento de um vasto conjunto de músculos e sabemos que a prática de exercício regular e mantida no tempo, parece trazer benefícios para as pessoas com DP. Sabemos também que, para uma boa parte das pessoas, com ou sem doença, a prática regular de um programa de exercício, sem acompanhamento, pode ser difícil e desmotivante. Acredito, por isso, que tal como a marcha, também as funções da fala e deglutição devem ser trabalhadas de forma regular e que um acompanhamento próximo por parte de um TF, não só ajuda a manter a regularidade da prática, mas permite, de forma muito mais precoce, detetar novas alterações e ajustar os programas de exercício.

Para além da reabilitação da função, o papel do TF passa também pelas abordagens compensatórias. Por um lado, aquelas que contribuem para o aumento da funcionalidade comunicativa, como introdução e adaptação de estratégias, dirigidas aos interlocutores ou ao ambiente comunicativo e identificação, adaptação e treino de instrumentos facilitadores da comunicação como os amplificadores vocais. Por outro, as que contribuem para aumentar a segurança da alimentação por via oral, e que podem ser aplicadas à forma como a pessoa se alimenta ou à própria alimentação, como é o caso da modificação das consistências alimentares. A evidência científica, mostra-nos que mudar a consistência dos alimentos é, em muitos casos, suficiente para tornar a deglutição segura. Esta adaptação pode, no entanto, alterar o valor nutricional dos alimentos e resultar em perda de prazer alimentar pelo que é essencial, nesta fase, contar, não só com um TF, mas também com um nutricionista. É por isso que no Campus Neurológico (CNS) disponibilizamos a consulta de alimentação, uma avaliação conjunta por ambas as áreas e da qual resulta uma recomendação que inclui estratégias para uma alimentação segura e um plano alimentar personalizado e ajustado em termos nutricionais.

Acredito, assim, que é importante procurar um TF, assim que seja feito o diagnóstico, mesmo que ainda não se sintam alterações na fala ou deglutição. Desta forma, desde cedo, podem ser realizados ensinos e recomendados programas de exercício que contribuam para manter a comunicação e deglutição na melhor condição possível. Importa salientar que, para que seja bem-sucedida, a intervenção deste profissional deve ser vista como uma parte de um todo, que inclui a participação de outras especialidades e em que a pessoa com DP e a sua família estão no centro dos cuidados de saúde.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para assinalar o Dia Internacional das Mulheres
A conhecida marca do comércio tradicional portuense maquilhará pacientes do Hospital de Dia da ULS de Matosinhos, a 8 de março,...

Se uma imagem consegue valer mil palavras, quanto valerão aqueles gestos que emprestam renovada definição e brilho às feições de cada um de nós, sobretudo em momentos de maior necessidade?

A pergunta é retórica, mas não a ação - muito prática e plena de intenção - que os Armazéns Marques Soares levarão a efeito no Hospital de Dia do Hospital Pedro Hispano/Unidade Local de Saúde de Matosinhos, numa iniciativa para assinalar o Dia Internacional das Mulheres.

Em 8 de março, durante a manhã, e também no período da tarde, aquela que é uma das marcas mais (re)conhecidas do comércio tradicional nacional “arregaçará as mangas para, num dia especial, intensificar as feições e os sorrisos” das utentes em tratamento na unidade hospitalar matosinhense, nas palavras de Elisabete Neves, responsável de marketing da Marques Soares, através de técnicas de maquilhagem, a desenvolver por consultoras de cosmética da empresa.

Para celebrar a efeméride, colaboradoras da cadeia de lojas presentearão ainda as mulheres presentes no Hospital de Dia da ULS de Matosinhos com flores e “pequenos mimos simbólicos, mas cheios de carinho”. No fundo, gestos solidários que pretendem tão simplesmente transmitir uma mensagem de alento num dia importante para o “empowerment” feminino.

 

Páginas