Fisioterapeuta é coordenador da Clínica FisioRque
Exigente com a sua saúde e ciente da importância do bem-estar, Pedro Roque, coordenador da clínica FisioRoque, que acompanha...

“Sendo profissional de saúde a minha exigência face a procedimentos relacionados com saúde acaba por ter em consideração inúmeros aspetos que a maioria das pessoas desvaloriza, mas que são muito importantes para alcançar os melhores resultados. Foi por isso mesmo que escolhi a Insparya para fazer o meu transplante capilar, algo que me trazia um pouco de insegurança face à minha imagem. Para o nosso bem-estar é fundamental sentirmo-nos bem com a nossa imagem, o que acaba por se refletir a nível psicológico”, esclarece o profissional de saúde.

Para Carlos Portinha, médico, Diretor Clínico do Grupo Insparya, "a queda de cabelo pode ter um impacto intenso na nosso bem-estar pois para além de alterar a nossa fisionomia (muitas vezes vista pelo próprio como menos atraente), a nossa autoestima e humor também podem ser afetados". Sofrer de alopécia, em alguns casos, é muito incapacitante do ponto de vista psicológico. A insegurança sentida por estas pessoas pode levar à ansiedade e/ou à depressão. "É por isso que a alopécia é mais do que um problema estético, é um problema de saúde", acrescenta o médico.

Sobre a experiência com a Insparya, Pedro Roque revela que “a escolha não poderia ter sido a melhor. Desde o acompanhamento na receção, até ao acompanhamento atual, que se mantém passados 3 meses, há toda uma tranquilidade e confiança, assegurada por uma vasta equipa médica que me acompanha desde o início.” Confiante na sua escolha considera que a recuperação foi tranquila porque seguiu todas as indicações que são dadas pela equipa médica. “Se seguirmos as instruções que são dadas tudo se resolve da forma mais espetacular. Estou muito satisfeito com o desfecho deste transplante cujo bom resultado e o aspeto natural é possível comprovar passados 3 meses”, acrescenta o fisioterapeuta.

 
Programas chegam a menos de 10% dos doentes
O Dia Nacional do Doente Coronário, criado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia, comemora-se a 14

A Aterosclerose é uma doença vascular crónica, progressiva ao longo de anos, que se manifesta na idade adulta com inflamação crónica das artérias e placas ateroscleróticas, que diminuem o seu calibre e reduzem o fluxo de sangue e oxigénio às células. A Doença Coronária, resultante dessa redução de oxigénio, pode dar sintomas graduais ou ter início súbito (como por exemplo a dor no peito em aperto, irradiada para o braço esquerdo, pescoço e queixo, com náuseas, vómitos, suores frios, falta de ar, e cansaço com pequenos esforços), podendo causar Enfarte Agudo do Miocárdio ou até morte súbita.

São muitos os fatores de risco cardiovasculares identificados em Portugal, desde colesterol e triglicerídeos elevados em mais de 60% da população adulta; hipertensão arterial em cerca de 43% da população adulta; obesidade, em quase metade da população; tabagismo, com mais de 2 milhões de fumadores ativos; diabetes com mais de 1 milhão de doentes identificados; baixa atividade física regular; hábitos alcoólicos elevados ou stress emocional não controlado, entre muitos. Mas sabe-se que 65% destas doenças crónicas são evitáveis, desde que se adote estilos de vida mais saudáveis, desde comer melhor ou praticar exercício físico regular, no fundo evitando muitos destes fatores de risco.

Em Portugal, a Doença Coronária aguda é uma das principais causas de morte e atinge cerca de 10 mil pessoas/ano, com anos de vida perdidos pela mortalidade prematura ou vividos com incapacidade com consequente aumento dos recursos e custos na Saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a sexta causa de perda de anos de vida saudável.

Os doentes com doença coronária beneficiam de programas de reabilitação cardíaca porque a reabilitação cardíaca é um direito fundamental de todos e na saúde do Séc. XXI. Aliás, a Resolução da Assembleia Geral da OMS, de maio de 2023, determina a necessidade do “Reforço da Reabilitação nos Sistemas de Saúde”.

Estudos científicos mostram que após um evento coronário agudo, a reabilitação cardíaca reduz a mortalidade em 25%, diminui as hospitalizações, apressa o retorno laboral, diminui o risco de novos eventos comparativamente com aqueles que não a realizaram. Vai ter impacto muito significativo na Qualidade de Vida destes doentes.

Realiza-se numa intervenção multiprofissional em equipa (Cardiologista, Médico Fisiatra, Fisioterapeuta, Enfermeiro, Nutricionista, Psicóloga, Psiquiatra, Pneumologista, entre outros), visando a recuperação e manutenção da condição física, psicológica, social e laboral, após um evento cardíaco agudo ou na Doença Coronária crónica.

A reabilitação cardíaca inclui exercício físico adaptado e individualizado, mudanças positivas de hábitos de vida, redução e controlo dos fatores de risco, para reverter ou atrasar a progressão da Doença Coronária.  É realizada no internamento hospitalar, ou em meio hospitalar com doente externo ou até em centros extra-hospitalares, obrigando a uma equipa de profissionais de saúde qualificados, coordenados e supervisionados por Médico Cardiologista ou Fisiatra, com condições próprias de espaço e equipamentos.

Em Portugal, os programas de Reabilitação Cardíaca têm uma baixa taxa de doentes com menos de 10% dos Enfartes Agudo do Miocárdio elegíveis, comparativamente a uma taxa média europeia superior a 30 %! A grande maioria dos doentes e familiares não têm conhecimento destes programas, acesso ou são referenciados. Atendendo ao impacto das Doenças Coronárias, é urgente que o Sistema de Saúde crie respostas adequadas às necessidades de Reabilitação Cardíaca, melhore o acesso e a equidade, aumente os serviços com qualidade, segurança e eficiência clínica e de custos, nas várias instituições da Saúde (intra e extra hospitalares).

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Equipamentos, acessórios e descartáveis
A Linde Saúde acaba de lançar a sua nova plataforma de compras online no mercado português. Dedicada à venda de equipamentos,...

Implementado com sucesso em diferentes países do mundo, nomeadamente em Espanha, este modelo de negócio chega agora a Portugal, com o objetivo de alargar a oferta da Linde Saúde, uma necessidade que foi identificada pela própria companhia junto dos clientes. A segurança é uma das prioridades desta aposta estratégica da empresa. Jimena Bellver, Manager IPS Homecare Iberia, reforça: “Queremos alargar a nossa oferta de produtos de saúde para os utentes em Portugal, proporcionando-lhes compras online, de forma segura, a partir do conforto do seu domicílio”.

Com mais de 35 anos de experiência em cuidados de saúde respiratórios ao domicílio, a companhia acredita que o lançamento deste novo canal vai alavancar o seu posicionamento enquanto plataforma segura de compras online de produtos de saúde. O novo espaço de aquisição de produtos diversos, integrado no website oficial da Linde Saúde – www.lindesaude.pt –, apresenta uma configuração user-friendly e uma área de cliente.

Ao aceder à loja Linde Saúde, os utilizadores conseguirão encontrar o que procuram de forma simples e intuitiva, uma vez que os equipamentos encontram-se organizados em cinco categorias principais: oxigenoterapia; terapia do sono – equipamentos e acessórios; terapia do sono – máscaras e complementos; treino respiratório e gestão de secreções e avaliação e monitorização. Visite a plataforma aqui: http://www.lindesaude.pt/shop.

 
 
Opinião
O Dia Nacional do Doente Coronário celebra-se a 14 de fevereiro, dia de São Valentim.

A doença coronária resulta do processo de aterosclerose nas artérias coronárias que irrigam o músculo cardíaco. Quando estas artérias sofrem uma obstrução significativa causada por uma placa ou um coágulo, dão origem ao enfarte agudo do miocárdio (EAM), vulgarmente conhecido por ataque cardíaco, que resulta da morte de células do músculo cardíaco.

O EAM está entre as principais causas de morte em Portugal, sendo essencial um rápido reconhecimento da sua ocorrência, para que o doente seja encaminhado de forma célere para uma unidade hospitalar, onde possa realizar um cateterismo cardíaco e terapêutica fibrinolítica (para dissolver o coágulo), sempre que indicado, com a maior brevidade.

Os principais sintomas que podem indicar doença coronária são a dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao membro superior esquerdo ou à mandíbula, a sudorese intensa, a sensação de náuseas ou vómitos, a falta de ar, tonturas ou mesmo a perda transitória de consciência (síncope).

A forma de se confirmar o diagnóstico, numa fase aguda, passa pela realização de um electrocardiograma, de uma análise ao sangue denominada troponina e, se disponível e indicado, de ecocardiograma e/ou coronariografia. Na doença coronária crónica, que se manifesta mais frequentemente por dor no peito associada a esforços físicos, pode estar indicado realizar prova de esforço, ecocardiograma de sobrecarga farmacológica ou angio-tomografia das coronárias.

Não menos importante do que tratar atempadamente um enfarte agudo do miocárdio, é reconhecer os seus factores de risco e agir preventivamente, com a cessação dos hábitos tabágicos, adopção de uma dieta saudável, redução do consumo excessivo de álcool, prática regular de exercício físico, gestão do stress físico e mental, controlo do peso, além da utilização do tratamento adequado para a hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, diabetes e para a hipertensão arterial.

Atualmente, é reconhecido o papel de outros factores de risco não tradicionais para as doenças cardiovasculares, como a poluição ambiental, incluindo a matéria particulada e as alterações climáticas, nomeadamente as temperaturas extremas, que são cada vez mais frequentes.

Em todo o mundo existem 200 milhões de pessoas com doença coronária isquémica. Estima-se que em Portugal, todos os anos ocorram 10 mil enfartes, pelo que é fundamental adoptar medidas para a prevenção individual e populacional, mas também diagnosticar e tratar de forma atempada para evitar sequelas permanentes e minimizar as complicações do enfarte.

A insuficiência cardíaca é a complicação mais problemática, dado que pode condicionar sintomas crónicos como falta de ar, incapacidade para realizar esforços, dor torácica recorrente (angina de peito), acumulação de líquidos no corpo (edema) e, por isso, maior necessidade de re-hospitalização.

Os programas de reabilitação cardíaca, apesar de reconhecidamente úteis, ainda têm baixas taxas de participação em Portugal. Nestes programas, os doentes que tiveram um enfarte são integrados num conjunto de intervenções que visam recuperar e optimizar a sua capacidade física, psicológica e social. Deste modo, é possível reduzir as complicações cardiovasculares, reduzir os níveis de ansiedade e depressão, melhorando globalmente a sua qualidade de vida.

Neste Dia de São Valentim, lembre-se de como é importante saber cuidar do seu coração.

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Portugal está no nível zero na prevenção do cancro do pulmão
Em dezembro de 2022 o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos...

A denúncia foi feita no sábado passado, por parte do presidente da associação dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI), João Varandas Fernandes que, em declarações à agência Lusa, referiu que “tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação teve, a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão”. Indignado, o especialista afirma "há um trabalho empenhado de uma equipa de especialistas, maioria das vezes pro bono, e acaba por não haver consequências". Segundo João Varandas Fernandes, “não se podem desperdiçar estas linhas de financiamento europeu”, sobretudo numa doença como o cancro do pulmão, cujo sucesso terapêutico e probabilidade de maior sobrevivência estão dependentes de um diagnóstico precoce.

Para António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), “a confirmar-se tal informação, estaremos perante uma maior demora do início de um processo cujo objetivo é a implementação de um programa de rastreio do cancro do pulmão”. O presidente da SPP recorda que, por ano, o cancro do pulmão é causa de 4000 óbitos, em Portugal, sendo o tipo de tumor mais fatal, mas também, mais prevenível.

Também em matéria de prevenção, o Governo tem falhado na implementação de medidas antitabágicas mais restritivas que protejam os fumadores passivos e que evitem a iniciação tabágica nos mais jovens.

“Esta situação, conjuntamente com a não aprovação da proposta à alteração da lei do tabaco, significa um revés muito significativo na tomada de medidas que contrariem este problema de saúde pública que se traduz no tumor associado a maior mortalidade”.

 
Saúde Auditiva
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Rádio (13 de fevereiro) falamos sobre saúde auditiva e

1. A perda auditiva só afeta os idosos. 

Este é um dos mitos mais comuns sobre a surdez. O nosso sistema auditivo vai-se desgastando ao longo dos anos e é natural que qualquer um de nós venha a sofrer de perda auditiva com a idade. No entanto, o facto de ser mais comum em idosos, não significa que não possa surgir noutras faixas etárias. Segundo a OMS, existem cerca de 1,5 mil milhões de pessoas que sofrem de perda auditiva, das quais 34 milhões são crianças.2 A surdez pode ser causada por infeções virais ou bacterianas, medicamentos, exposição a níveis elevados de ruído ou doenças genéticas, pelo que qualquer pessoa, em qualquer altura da vida, pode sofrer de perda de audição. 

2. Ouvir música alta pode causar perda de audição. 

É verdade. A exposição a níveis elevados de ruído, especialmente durante períodos prolongados, danifica as células sensoriais do ouvido interno e, em casos mais recorrentes, os nervos associados à audição. E uma vez danificados, estas células e nervos não se regeneram. Para preservar a saúde dos seus ouvidos é importante que não ultrapasse os 85 decibéis de nível de ruído.  

3. A mudança de altitude pode causar surdez. 

Pode acontecer, mas apenas quando a mudança de pressão é demasiado brusca, causando uma lesão que pode originar surdez (barotrauma). Se não for o caso, a mudança de altitude acaba por originar um desconforto temporário, como o que sentimos quando um avião faz a sua descolagem ou aterragem, e que podemos resolver, por exemplo, bebendo um copo de água lentamente. 

4. Utilizar aparelhos auditivos torna o ouvido “preguiçoso”. 

Mito. O ouvido não fica “preguiçoso” com a utilização do aparelho auditivo. Aliás, é o oposto, umas das principais vantagens da reabilitação auditiva precoce é repor a corretar estimulação para que este fique mais ativo. Assim, é importante procurar ajuda profissional o mais cedo possível para evitar que o seu quadro clínico se agrave e para iniciar a sua reabilitação auditiva atempadamente. 

5. Nem todas as pessoas que sofrem de perda de audição se apercebem disso. 

Sim, é verdade. Tal acontece porque a audição vai piorando de forma progressiva ao longo do tempo, sendo que muitas pessoas só se apercebem que ouvem mal quando a perda auditiva já é muito significativa. Por vezes, os primeiros a reparar que se passa algo são os familiares ou amigos próximos. 

6. Os aparelhos auditivos só estão indicados para casos graves. 

Mais um mito em que não deve acreditar. O uso de aparelhos auditivos tem o propósito de melhorar significativamente a saúde dos ouvidos e a qualidade de vida de quem tem perda de audição, independentemente da gravidade do seu quadro clínico. Seja qual for o nível de perda de audição, é importante agir rapidamente e procurar ajuda profissional. 

7. O aparelho auditivo não cura a perda de audição, mas pode compensar essa perda. 

É verdade. Os aparelhos auditivos não curam as lesões nos ouvidos, mas têm um papel chave na vida de quem os usa, pois acabam por ajudar a corrigir ou compensar a perda de audição. 

Para cuidar da saúde dos ouvidos e prevenir problemas auditivos, recomenda-se a redução de tempo de exposição, ou o uso de protetores, em locais de ruído intenso; a utilização de auriculares ou auscultadores de forma segura; a adoção de um estilo de vida saudável e a realização de exames auditivos com regularidade. 

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Abordagem integrada às doenças cérebro-cardiovasculares
A Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil e a Novartis Portugal vão oficializar, na próxima 4ª feira, um protocolo para a...

Trata-se de programa pioneiro de longevidade e inovação cardiovascular que tem como objetivos promover a prevenção das DCCV, a redução do seu impacto e a deteção precoce dos eventos a elas associados, nomeadamente acidentes vasculares cerebrais (AVC) e enfarte agudo do miocárdio, respetivamente a primeira e segunda causas de morte em Portugal.

A implementação deste programa vai assentar em três pilares com impacto na comunidade, nos cuidados de saúde e na longevidade: Data Intelligence – posicionar a Madeira como uma referência na utilização de dados e na Investigação Clínica; Inovação Tecnológica combinada com Inovação Terapêutica – Identificação automatizada e intervenção urgente nos doentes em risco iminente de evento cardiovascular e Criação de uma Unidade Avançada de Longevidade Cardiovascular assente nas melhores práticas internacionais.

Este protocolo enquadra-se na Estratégia Regional de promoção de políticas públicas para a longevidade e do Plano Regional de Saúde 2021-2030.

O protocolo vai assinado no Dia Nacional do Doente Coronário, data instituída pela Fundação Portuguesa de Cardiologia para relembrar a população para a problemática da doença coronária e dos fatores de risco. A iniciativa vai contar com a presença do secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, e do Presidente da Novartis Portugal, Simon Gineste.

 
Investigação da Fundação Champalimaud
Um estudo realizado por uma equipa da Fundação Champalimaud (FC) lançou nova luz sobre o colículo su

Imagine-se a ver um filme. As imagens em movimento que vê são, na verdade, uma série de fotogramas estáticos mostrados rapidamente. Esta é a ilusão de continuidade em ação, em que o nosso cérebro perceciona uma sequência de flashes rápidos como um movimento contínuo e fluido. Trata-se de um fenómeno que é não apenas vital para o nosso prazer de ver filmes, mas que é também um aspeto fundamental da forma como todos os mamíferos, desde os humanos aos ratos, percebem o mundo dinâmico que os rodeia. Este estudo do laboratório da FC liderado por Noam Shemesh, publicado na revista Nature Communications, investiga a forma como esta ilusão é codificada no cérebro.

A velocidade a que os flashes têm de ocorrer para que o nosso cérebro os veja como constantes e não como intermitentes é conhecida como “frequência crítica de fusão da intermitência” (Flicker Fusion Frequency threshold ou FFF na sigla em inglês). Este limiar varia consoante os animais; por exemplo, as aves, que precisam de ver movimentos rápidos, têm um limiar mais elevado do que os seres humanos, o que significa que podem continuar a ver a luz como intermitente, em vez de contínua, mesmo quando está a piscar muito rapidamente. O limiar de FFF é também importante na natureza, nomeadamente nas interações predador-presa, e pode ser afetado por certas doenças, como as perturbações hepáticas, ou por problemas oculares, como as cataratas.

Curiosamente, diferentes métodos de medição deste limiar, como a observação do comportamento animal ou o registo da atividade elétrica nos olhos ou no córtex (a parte do cérebro que processa o que vemos), dão resultados diferentes. Isto sugere que outras partes do cérebro também desempenham um papel na forma como percecionamos a luz intermitente. Neste estudo, os investigadores combinaram imagens de ressonância magnética funcional (IRMf), experiências comportamentais e registos elétricos da atividade cerebral para compreender como funciona este processo. As suas descobertas sugerem que o CS é vital na transição da visão de flashes individuais para o movimento contínuo, e que poderá ser um componentechave na criação da ilusão de continuidade.

Um ataque em três frentes

"Este projeto foi realmente um trabalho de fundo e começou com uma conversa entre duas estudantes de doutoramento da FC", observa Shemesh, líder do estudo. "Rita Gil, uma aluna do meu laboratório, estava a explorar as respostas do cérebro do rato a diferentes frequências de luz com ressonância magnética (RMN). As suas conversas com Mafalda Valente, do laboratório de Alfonso Renart, levaram ao desenvolvimento de uma tarefa comportamental em que os ratos foram treinados a reportar se viam uma luz intermitente ou contínua. Utilizando os dados da RMN e do comportamento, as investigadoras também registaram a atividade elétrica do cérebro dos animais durante a estimulação luminosa. Esta abordagem permitiu-lhes medir e comparar os limiares de FFF utilizando três métodos distintos: RMN, experiências comportamentais e eletrofisiologia. Esta abordagem multimodal é bastante rara e é, de facto, o que distingue este estudo. Estamos também gratos a Alfonso Renart pelas interessantes discussões que contribuíram para esta investigação".

Para as experiências de IRMf, os ratos receberam estímulos visuais com frequências que variavam de baixas a altas. De forma a minimizar os movimentos dos animais e garantir a estabilidade das imagens cerebrais, estes foram ligeiramente sedados. "A IRMf é uma técnica não invasiva que deteta alterações no fluxo sanguíneo, que são indicativas da atividade neural no cérebro", explica Gil. "Uma das vantagens da IRMf é a sua capacidade de mapear a atividade cerebral ao longo de toda a via visual, captando simultaneamente a atividade de várias regiões". O objetivo era observar como o cérebro passa da perceção de flashes de luz individuais (visão estática) para um fluxo contínuo de luz (visão dinâmica) e identificar as regiões cerebrais envolvidas.

"Quando olhámos para o CS", diz Gil, "encontrámos respostas marcadamente diferentes em função da frequência dos estímulos visuais. À medida que a frequência do estímulo visual aumentava, avançando para a perceção de luz contínua, verificou-se uma mudança na resposta do CS, com os regimes de sinais de IRMf a passarem de positivos para negativos". Os sinais positivos refletem um aumento da atividade neural, enquanto os sinais negativos significam potencialmente o oposto. Com base nestas observações, começou a formar-se uma hipótese: talvez a transição da visão estática para a visão dinâmica na ilusão de continuidade envolvesse a supressão da atividade no CS?

Para responder a esta questão, os investigadores recorreram em seguida a experiências comportamentais. Os ratos foram treinados numa caixa especialmente concebida para o efeito, onde aprenderam a ir para uma porta lateral se percebessem que a luz estava a piscar, e para outra se a percebessem como contínua. As escolhas corretas eram recompensadas com água para reforçar a aprendizagem. Variando as frequências de luz apresentadas, a equipa registou o momento em que os ratos percebiam a luz intermitente como contínua. Quando compararam os dados comportamentais com os dados de IRMf, fizeram uma descoberta surpreendente: a passagem de sinais positivos para sinais negativos de IRMf no CS, acontecia no mesmo intervalo de frequências em que o comportamento dos ratos indicava que tinham passado da perceção da luz como intermitente para a sua perceção como contínua.

Dado que o CS apresentava a correlação mais forte entre o comportamento e os dados de IRMf, em comparação com outras áreas cerebrais de processamento visual, os investigadores realizaram registos eletrofisiológicos no CS, medindo diretamente a atividade elétrica dos seus neurónios. Também aqui, utilizaram uma sedação ligeira para manter a coerência com as condições da IRMf. O seu objetivo era compreender melhor os mecanismos neurais específicos envolvidos quando os ratos percecionam a luz intermitente em comparação com a luz contínua. Será que os sinais positivos e negativos detetados na IRMf correspondiam à ativação e à supressão neurais, respetivamente, tal como previa a hipótese que tinham formulado?

Em baixas frequências de luz, em que os ratos distinguiam flashes individuais, os investigadores observaram um aumento da atividade neural correspondente a cada flash. Em frequências mais elevadas, percecionadas como luz contínua, as respostas neurais a estes flashes individuais diminuíram e, em vez disso, houve respostas mais pronunciadas tanto no início como no fim da estimulação luminosa. De notar que, neste último caso, se verificou uma supressão acentuada da atividade neural, entre os picos, inicial (onset) e final (offset).

Valente observa: "As nossas medições da atividade elétrica no CS alinham-se bem com os nossos dados de IRMf, que exibem picos de início e de fim em torno dos sinais negativos a frequências mais elevadas. Estes registos eletrofisiológicos sustentam a noção de que os sinais positivos e negativos registados na IRMf representam, de facto, atividade e supressão neurais, respetivamente. O que parece estar a acontecer é que esta supressão acontece quando os animais entram num modo dinâmico de visão, servindo potencialmente como um fator-chave para a fusão das intermitências e a ilusão de continuidade".

Refletindo sobre o estudo, Valente acrescenta: "O que realmente nos surpreendeu foi a nítida correspondência entre os sinais de IRMf no CS e as observações comportamentais – que se revelou ainda mais acentuada do que no córtex, que é tipicamente visto como a principal área de processamento visual nos mamíferos. Igualmente surpreendente foi encontrar os mesmos padrões no CS mesmo depois de termos desativado intencionalmente o córtex, o que sugere que estes sinais têm origem no próprio CS e não são apenas o resultado da atividade do córtex".

Gil diz por seu lado: "Isto aponta para o papel do CS como detetor do que é ‘novo’. Por exemplo, em frequências de luz mais baixas, cada flash parece ser processado como um novo evento pelo CS. Quando a frequência aumenta para além de um certo ponto, cada flash de luz já não é espaçado o suficiente para ser considerado uma novidade e apenas as diferenças de luminosidade (antes e depois do estímulo) são percecionadas como tal. Isto poderia explicar o padrão de aumento da atividade no início e no fim da estimulação de alta frequência, com períodos de supressão pelo meio".

Implicações e direções futuras

"Os nossos resultados oferecem uma direção para a forma como as experiências de neurociência poderão ser conduzidas no futuro", conclui Shemesh. "Ao utilizar inicialmente a IRMf para apresentar os estímulos, os investigadores podem identificar eficazmente as regiões do cérebro em que devem concentrar os seus estudos eletrofisiológicos mais detalhados. Esta abordagem não só poupa tempo e recursos, como também tira proveito da força da IRMf em refletir a atividade neural populacional das regiões cerebrais. Embora não ofereça o detalhe granular da atividade de cada célula individual, a capacidade da IRMf para mostrar o panorama geral – se há mais ativação ou supressão no cérebro – torna-a um primeiro passo valioso para orientar experiências subsequentes".

Os autores acreditam que as suas descobertas têm relevância para aplicações clínicas. Em casos de indivíduos com deficiências visuais, doenças do nervo ótico, vítimas de AVC ou com distúrbios como o autismo, este estudo oferece novas vias para a avaliação e o potencial tratamento de disfunções visuais. Ao determinar e comparar os limiares de FFF nestes indivíduos com os de populações saudáveis e ao observar a evolução destes limiares, pode ser possível avaliar a adaptabilidade de regiões cerebrais específicas. Isto poderá levar a uma compreensão das áreas do cérebro que continuam a ser passíveis de tratamento, abrindo caminho para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas direcionadas.

Olhando para o futuro, os investigadores pretendem identificar quais os tipos específicos de células do CS responsáveis pelas atividades observadas. O seu objetivo mais amplo é aprofundar a nossa compreensão do papel de várias regiões cerebrais na via visual, combinando técnicas experimentais, como lesões específicas ou privação visual, com estudos de ressonância magnética. Estas estratégias prometem fornecer uma visão mais profunda da adaptabilidade e da função das regiões visuais, aperfeiçoando o nosso modelo e entendimento atual de como cada área contribui para a percepção visual. Por isso, da próxima vez que estiver a ver um filme, experimentando a ilusão de um movimento fluido devido à rápida sucessão de fotogramas, lembre-se dos intrincados processos que estão a ocorrer no seu cérebro e dos esforços de investigação em curso para os desvendar.

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Encontro organizado pela Fundação Rui Osório de Castro (FROC)
Ao longo dos últimos 10 anos, muita coisa mudou na área da Oncologia Pediátrica em Portugal. A evolução acompanhou, segundo...

Este encontro decorre numa altura em que a FROC celebra os seus 15 anos e tem como objetivo, segundo Mariana Mena, Diretora-Geral da FROC, “oferecer informação séria e credível sobre o cancro pediátrico às famílias de crianças e adolescentes. Num ambiente informal e fora dos corredores dos hospitais, famílias, sobreviventes, voluntários e profissionais de saúde reúnem-se anualmente para partilharem conquistas e desafios, num encontro único em Portugal. Este ano, desafiámos ainda os quatro diretores de serviço dos centros de referência nacional a fazerem um balanço dos últimos 10 anos e identificarem os desafios para os próximos”. 

Apesar da evolução que a passagem de uma década confirmou, há coisas que permanecem iguais, como a necessidade de tratar da melhor forma possível as cerca de 400 crianças e jovens que, todos os anos, são diagnosticadas com cancro em Portugal, sendo a doença com maior impacto nestes números a leucemia linfoblástica aguda. 

São necessárias mudanças a outros níveis, como o da investigação. “A investigação académica em oncologia pediátrica é essencial, é o motor da evolução, mas estamos ainda bastante aquém do desejável por falta de recursos humanos e financeiros”, alerta Ana Lacerda. Por isso, acrescenta Manuel Brito, “a abertura de ensaios clínicos nos centros portugueses ainda não ocorrer de forma generalizada, por dificuldades de apoio na instituição”.

Falta ainda, salienta Ana Lacerda, “mais apoio psicossocial e melhor coordenação e integração de cuidados”. Manuel Brito concorda que “os apoios são notoriamente insuficientes, dada a quebra de rendimento quando um dos progenitores fica de baixa por assistência aos filhos”, chamando a atenção para a importância das famílias, consideradas “essenciais. Sem o apoio da família seria impensável conseguirmos levar a cabo a nossa tarefa”.

Dividido em três painéis temáticos (Nutrição, Fertilidade e Cuidadores) e moderado por Fernanda Freitas, o Seminário de Oncologia Pediátrica FROC celebra em 2024 uma década de vida, o que é, segundo Mariana Mena, “a confirmação de que o nosso trabalho tem tido impacto junto da comunidade”.

Este ano, à semelhança do que tem acontecido desde a pandemia COVID-19, o seminário será gravado para ser disponibilizado mais tarde no portal de informação da FROC (www.pipop.pt), “o que permite chegar aqueles que não têm possibilidade de estar connosco presencialmente. Queremos que este seja um momento de encontro e por isso a presença de toda a comunidade é fundamental. O feedback que temos tido tem sido muito positivo e tem-nos motivado a fazer cada vez mais e melhor pela oncologia pediátrica no nosso país”.

 
Programa de formação
A CUF, através da CUF Academic Center, integra o INTERACT-EUROPE 100, um consórcio liderado pela European Cancer Organisation,...

Enquanto única entidade portuguesa integrada neste consórcio, a CUF irá fazer parte de uma rede de profissionais empenhada na construção de um programa europeu de formação multidisciplinar na área do Cancro, promovendo uma abordagem centrada no doente e orientada para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde. 

As atividades dirigem-se a especialistas de Oncologia Médica, Cirurgia Geral, Radioterapia, Enfermagem Oncológica e outras áreas dedicadas ao tratamento do cancro, no desenvolvimento de um programa de formação que torna central a estreita colaboração entre equipas clínicas de diferentes especialidades, a fim de melhorar o acompanhamento e tratamento das pessoas com cancro. Este programa promove, igualmente, o trabalho em equipa através do conhecimento profundo das funções de cada um dos profissionais, assim como dos objetivos comuns, permitindo-lhes adquirir valiosas aprendizagens a aplicar nos cuidados diários ao doente oncológico, considerando as suas reais necessidades.

 
Dia Mundial do Doente assinalou-se a 11 de fevereiro
A demência, alteração de múltiplos domínios cognitivos incluindo da memória, com prejuízo da autonom

A doença de Alzheimer, principal causa de demência, cursa com perda da memória (sobretudo a recente), desorientação no tempo e no espaço, dificuldade no reconhecimento de pessoas e alteração da linguagem. Trata-se de uma doença degenerativa, progressiva e até ao momento incurável.

Para o diagnóstico destas patologias é fundamental a história clínica relatada e/ou confirmada pelo acompanhante e implica exclusão de causas tratáveis. Socorremo-nos para este efeito, e também para melhor caracterização da síndrome demencial de alguns exames complementares de diagnóstico como análises, TAC ou ressonância, estudo neuropsicológico, eletroencefalograma e em alguns casos punção lombar e PET.

A demência afeta todo o agregado familiar, sobretudo o cuidador principal. A procura de ajuda médica, a aceitação do diagnóstico e sua compreensão são fundamentais para ajustar expectativas e definir planos a curto e longo prazo. Não é invulgar o cuidador precisar de alterar os seus hábitos de trabalho, hobbies e até residência de modo a poder prestar apoio. Numa fase inicial, o cuidador vê-se obrigado a não permitir que o doente, sobretudo para sua segurança, continue a executar determinadas tarefas (condução de veículos, cozinhar, gerir a toma dos medicamentos, controlar as contas bancárias), o que nem sempre é bem aceite.

Em estadios intermédios, as dificuldades modificam-se e o cuidador depara-se com necessidades como higiene, vestir, continência de esfíncteres, preparação das refeições e orientação no tempo e no espaço. É maioritariamente nesta fase que surgem os problemas relativos ao controlo do comportamento e à insónia. O profissional de saúde tem um papel fulcral quer no ajuste farmacológico, quer na transmissão de estratégias que permitam minimizar os períodos de confusão e agitação – manter um ambiente tranquilo, com hábitos/horários bem definidos, luminosidade adequada e uma atitude compreensiva. Nas fases finais da doença, somam-se problemas de mobilidade e dificuldade em deglutir os líquidos e os alimentos.

A exaustão do cuidador deve ser diagnosticada, aceite e abordada precocemente.

Dado o conhecido envelhecimento da população, a alta prevalência desta doença representa um elevado peso social, económico e emocional. Devemos por isso estar cientes de algumas estratégias que podem ajudar na prevenção da deterioração cognitiva em todas as idades: exercício físico aeróbico de intensidade moderada; controlo de fatores de risco para doença vascular como a hipertensão, colesterol, diabetes e excesso de peso; evitar o tabagismo; dieta saudável; sono eficaz; tratar a síndrome de apneia obstrutiva do sono; evitar o stress e a sintomatologia depressiva; corrigir a visão e audição; socializar e manter-se cognitivamente ativo.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
29 de fevereiro, 1 e 2 de março
O Serviço de Reumatologia da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) vai realizar nos dias 29 de Fevereiro, 1 e 2 de...

“A apresentação e discussão interativa de casos clínicos, o foco na aplicação clínica de evidência científica e a partilha de experiência entre colegas de diversas especialidades tornam este curso numa mais-valia reconhecida por todos”, frisa o especialista acrescentando que “a avaliação de conhecimentos, com menção no diploma, se desejado, é muito valorizada pelos que frequentam o curso”.

Os dias 29 de Fevereiro e 1 de Março estão reservados para o curso online, sendo o dia 2 de Março dedicado ao workshop presencial de exame objetivo reumatológico (que implica inscrições em separado). Quem participar no curso online e no workshop presencial terá direito a um certificado de formação com duração de 30 horas. Os Internos de Medicina Geral e Familiar têm direito a 50% de desconto na inscrição no curso online. Para os internos de Reumatologia a inscrição é gratuita.

No dia 1 de Março terá lugar a Sessão de Enfermagem, a decorrer em paralelo com o restante curso online. Nesta sessão serão abordados diversos aspetos dos cuidados de Enfermagem aos doentes reumáticos.

Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, destaca que “este curso existe desde o final da década de 70 e tem contribuído de forma indelével para a formação e a melhoria contínua dos cuidados de saúde prestados na área da Reumatologia em Portugal”. O responsável recorda que “nos últimos anos o curso tem vindo a acompanhar as necessidades formativas dos Médicos de Família, uma vez que é aos Cuidados de Saúde Primários (CSP) que, por norma, os doentes com queixas do foro reumatológico se dirigem”.

“Na ULS Coimbra entendemos e valorizamos a importância dos CSP e este evento formativo, desenhado com a colaboração de Médicos de Família, em que cada mesa é co-dirigida por um Médico de Família, é mais um sinal disso”, destaca Alexandre Lourenço, deixando um apelo aos especialistas em Medicina Geral e Familiar para que “participem neste curso”.

O Curso de Reumatologia – Ciência na Prática, realizado anualmente pela ARCo - Associação de Reumatologia de Coimbra, pelo Serviço de Reumatologia do CHUC e pela CURE é a mais antiga realização científica regular dedicada à Reumatologia em Portugal, tendo tido início em 1979. Ao longo dos últimos anos, passaram por este curso os maiores nomes da Reumatologia nacional e internacional, dando um forte contributo à formação e atualização de gerações de Reumatologistas, Médicos de Família e outros especialistas envolvidos na prestação de cuidados a doentes reumáticos.

 
Dia 28 de fevereiro
O Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira e o Departamento de Desporto da Universidade da Beira...

Esta iniciativa destina-se a alunos e profissionais de saúde e de desporto e outros interessados. Para além da habitual certificação de presença no evento, esta iniciativa está creditada pelo IPDJ, enquanto formação para técnicos de desporto, exercício e saúde.

Recorde-se que o Projeto Pró-Lúdico, iniciativa destinada a incentivar o exercício físico e os bons hábitos alimentares nas crianças e jovens da Cova da Beira resultou de uma parceria entre o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (agora designado ULSCBEIRA) e a Universidade da Beira Interior, a qual se estendeu a várias instituições cooperantes da região, nomeadamente às autarquias da Covilhã, Fundão e Belmonte, ao Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira e aos Agrupamentos Escolares da região, alcançando desta forma, cerca de 1000 jovens de escolas da Cova da Beira.

Entre as atividades desenvolvidas para colocar o problema da obesidade na ordem do dia registaram-se ações de incentivo à realização de exercício físico e criação de bons hábitos alimentares, ao mesmo tempo que foi feito o levantamento do estado físico dos mais novos.

Os interessados devem efetuar inscrição em chcbeira.up.events.

 
Nutrição e suplementação
A manutenção de um cabelo saudável e cheio de vitalidade tornou-se uma prioridade para quem procura

As vitaminas são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. No entanto, é importante ter em consideração que o nosso corpo, em geral, não tem a capacidade de as produzir por si próprio. Além disso, "a falta de vitaminas pode ser prejudicial à saúde do cabelo, causando desidratação, perda de brilho e, consequentemente, a sua queda", afirma Carlos Portinha. Assim sendo, descobrir como incorporar as vitaminas através da alimentação e, em alguns casos, de suplementos, pode fazer a diferença no bem-estar e na vitalidade do nosso cabelo. O diretor clínico do Grupo Insparya destaca quais as vitaminas que não podem faltar no dia a dia:

  • Vitamina A: previne o envelhecimento do cabelo e mantém-no hidratado, regulando a produção de sebo. Segundo Carlos Portinha "é um ótimo antioxidante, fundamental para o sistema imunitário, promove o crescimento do cabelo e ajuda a prevenir a sua queda. A vitamina A está presente em vegetais como a alface, a cenoura e os brócolos. Também pode ser encontrada em alimentos como leite, ovos e peixes gordurosos".
  • Vitamina B: em geral, as vitaminas do complexo B têm influência na melhoria da saúde dos cabelos. "Dentro desse grupo, destaca-se a biotina (B7), essencial para a síntese de queratina e encontrada em alimentos como nozes e atum", esclarece o especialista. Outras vitaminas relevantes são a niacina (B3), encontrada nos ovos e na beterraba, que melhora a circulação sanguínea e contribui para o crescimento do cabelo.  Há ainda que não esquecer as vitaminas B2 e a B9 como "essenciais para a regeneração do cabelo". Para estimular o crescimento do cabelo, retardar o aparecimento de cabelos brancos e regular a oleosidade e a caspa, a B5 é a vitamina estrela: "é fácil introduzi-la na sua alimentação porque se encontra em alimentos como a aveia, o abacate, os lacticínios e a manteiga de amendoim, pelo que pode começar o dia com um pequeno-almoço rico em B5".
  • Vitamina C: Essencial para a correta absorção do ferro, a vitamina C, constitui, também, um importante antioxidante e produtor de colagénio. Alguns dos alimentos que a potenciam no nosso organismo são os citrinos, como a laranja, a toranja, o limão ou a tangerina, os morangos ou os kiwis.
  • Vitamina D: uma das mais conhecidas devido à sua relação com a exposição solar. Presente em peixes como a sardinha ou a truta, a vitamina D possui um importante papel na saúde capilar, pois "não só é relevante pela sua relação com o sistema imunitário ou com os nossos músculos e ossos, como também favorece a circulação e a estimulação das unidades foliculares, o que acaba por conduzir a um cabelo mais forte e saudável".
  • Vitamina E: constitui um importante elemento para aumentar o crescimento do cabelo e acabar com os cabelos secos. "Estimula a produção de sebo, atua como um condicionador natural e promove a circulação sanguínea. Neste caso, é recomendável o consumo de frutos secos, sementes ou óleos vegetais".

Para além da alimentação

A alimentação é um dos melhores aliados para introduzir estas vitaminas essenciais e conseguir a melhor versão do cabelo a partir do interior. No entanto, também é necessário cuidar do cabelo com produtos adequados que contenham estas vitaminas ou com tratamentos específicos como a mesoterapia capilar.

O MesoHAir+ da Insparya é um tratamento indolor que contém até 50 ingredientes ativos na sua formulação, incluindo vitaminas como a biotina, que estimula o crescimento do cabelo, proteínas e minerais, fatores de crescimento e anti-oxidantes. Inclui também ácido hialurónico ou aminoácidos de queratina, para um cabelo mais brilhante e mais resistente.

Em suma, a saúde do cabelo é afetada por uma multiplicidade de fatores, mas a alimentação é um dos principais aspetos para ter um cabelo forte e saudável. Embora a alimentação seja uma fonte fundamental de vitaminas para o cabelo, os suplementos também podem ser tomados com o aconselhamento de um especialista. Seja qual for a preocupação ou questão relacionada com o cabelo e a saúde, a melhor opção é procurar sempre profissionais que possam aconselhar e tratar cada caso individual.

 
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Grupo investe mais de 10 milhões de euros e reforça cuidados de saúde no Algarve
O Hospital Lusíadas Vilamoura abre hoje as suas portas ao público, reforçando a oferta de cuidados de saúde a sul do País.

Esta unidade é a primeira dedicada à cirurgia de ambulatório na região do Algarve. Com atendimento 24 horas, o Hospital tem mais de 20 gabinetes de consultas, salas de tratamentos, bloco operatório, sala de pequena cirurgia, unidade de Gastrenterologia e área de Imagiologia.

O Hospital Lusíadas Vilamoura diferencia-se pelo seu projeto clínico, transversal a todas as especialidades médicas e cirúrgicas mais relevantes, e introduz novas valências e unidades multidisciplinares diferenciadoras no mais extenso e populoso município algarvio. Estes projetos são assegurados por um corpo clínico especializado e experiente e por equipamentos tecnológicos de vanguarda, tais como ressonância magnética, tomografia computorizada (TAC), Raio-X, mamografia ou ecografia, promovendo a prevenção, diagnóstico e tratamentos inovadores.

“O compromisso com a saúde dos portugueses e com o futuro da saúde em Portugal faz parte do Visão da Lusíadas Saúde. Ao investirmos na criação de uma nova unidade hospitalar nesta região do País, onde já temos uma forte presença, estamos a reforçar este nosso compromisso com a saúde e bem-estar quer da população nacional, quer dos estrangeiros a residir no Algarve, e a concretizar mais um passo importante no projeto de expansão do nosso Grupo.

O Hospital Lusíadas Vilamoura vem, desta forma, melhorar o acesso à saúde e vai, seguramente, contribuir para o desenvolvimento socioeconómico desta região, de uma forma duradoura e sustentável”, refere Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

Construído de raiz, o Hospital exigiu um investimento de 10 milhões de euros e envolve a criação de cerca de 250 novos empregos. Na criação desta unidade, a Lusíadas Saúde reabilitou o icónico edifício Lusotur, da Vilamoura World, desenhado pelo arquiteto Francisco Keil do Amaral.

O Hospital Lusíadas Vilamoura vai garantir a humanização e a excelência na prestação de cuidados de saúde, mantendo os mais elevados padrões internacionais de qualidade, segurança e satisfação dos Clientes, transversal a todas as unidades da Lusíadas Saúde.

 
Via Verde Coronária comemora o seu 25.º aniversário em 2024
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a consciencializar para o enfarte agudo do miocárdio. A...

“Com esta iniciativa pretendemos reforçar a consciencialização para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, com ênfase no enfarte agudo do miocárdio. As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo, pelo que é primordial que o tratamento ocorra o mais rapidamente possível, após o início dos sintomas. Além disso, queremos que as pessoas saibam que a Via Verde Coronária e os laboratórios de hemodinâmica estão a funcionar 365 dias por ano, 24 horas por dia, de forma a assegurar o tratamento, por angioplastia primária, de doentes com enfarte agudo do miocárdio”, explica Rita Calé Theotónio, presidente da APIC.

De acordo com João Brum Silveira, Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life e da Campanha Cada Segundo Conta (APIC), “após serem identificados os sintomas do enfarte agudo do miocárdio, o mais importante é atuar com a rapidez necessária. Atualmente, existem 23 hospitais públicos que integram a Via Verde Coronária. É preciso alertar a população de que não devem ter medo de pedir ajuda. Quando não tratado, o enfarte agudo do miocárdio pode trazer consequências graves para a saúde ou ser, até, fatal. É importante não adiar o tratamento”.

“Os sintomas mais comuns de enfarte agudo do miocárdio são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 – e esperar pela ambulância”, acrescenta médico cardiologista.

Segundo os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), em 2022, foram realizadas 4.361 angioplastias primárias, para o tratamento de enfarte agudo de miocárdio, em Portugal. Este número tem aumentado, desde 2002 (data de início do registo), reflexo do aumento da abrangência da Via Verde Coronária no território nacional.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.

Com os objetivos de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a APIC desenvolveu a campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta”, que conta com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), do Alto Patrocínio do Presidente da República e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt

 
Opinião
Neste Dia Mundial do Doente (11 fevereiro), instituído pelo Papa João Paulo II em 1992, concentramos

A Medicina Interna desempenha um papel central na coordenação de cuidados aos doentes com condições médicas complexas ou múltiplas. No entanto, é essencial otimizar a eficiência desse processo, garantindo acesso rápido a consultas, exames e tratamentos. Em situações agudas, que, pela gravidade, impliquem cuidados hospitalares, os internistas continuam a receber os doentes nos serviços de urgência externa de todo o país. No entanto, nos últimos meses, vivemos situações que colocam em causa a segurança dos doentes e profissionais, com a escassez de recursos humanos, com urgências fechadas ou sem o número de profissionais adequado, como se evidenciou pelos tempos de espera desadequados e possivelmente em aumento de mortalidade. Iniciativas que corrijam estes défices, que fortaleçam a comunicação entre os especialistas hospitalares e os médicos de família, que promovam uma abordagem integrada, que evitem a descompensação sem aviso das doenças crónicas e a orientação célere das situações agudas, podem melhorar significativamente a experiência e prognóstico do doente. Também aos doentes de todas as outras especialidades, internados em meio hospitalar, os internistas dão apoio permanente, quer seja em urgência interna, quer seja de forma programada e organizada, em projetos já implementados e que pretendemos expandir, de partilha de prestação de cuidados médicos com outras especialidades, cuja vocação não lhes permite abordar toda a complexidade dos doentes com várias patologias em simultâneo. 

No contexto de envelhecimento da população, com necessidade de cuidados a longo prazo, a Medicina Interna tem vindo a desenvolver projetos que apoiam a prestação de cuidados domiciliares, em hospital de dia, em lares de idosos ou em unidades de cuidados continuados, alguns deles em articulação com a Medicina Geral e Familiar. São exemplos, a hospitalização domiciliária, as unidades de doentes crónicos complexos, entre outros.  Pretendem garantir uma vida digna aos idosos e seus familiares.

É compromisso dos internistas portugueses continuar a pugnar para que os seus doentes tenham acesso a tratamentos inovadores, mas também ao uso racional de exames e medicamentos, no melhor interesse do doente e de acordo com as suas características particulares.

A Medicina Interna muitas vezes lida com doentes que enfrentam não apenas doenças de órgão, mas também problemas de saúde mental. Integrar abordagens que considerem ambos os aspetos da saúde é crucial. A formação contínua dos médicos internistas em saúde mental e a colaboração com profissionais especializados são passos fundamentais para melhorar o suporte aos doentes nessa área.

A pandemia ressaltou a importância da tecnologia na prestação de cuidados de saúde. Investimentos em soluções digitais, como telemedicina e sistemas de gestão de saúde, podem melhorar a eficiência dos serviços e proporcionar maior conveniência aos doentes, especialmente em áreas remotas, para vigilância das suas doenças crónicas ou orientação de situações médicas de novo.

Dada a rápida evolução do campo médico, os internistas comprometem-se a manter o desenvolvimento profissional contínuo, investindo em formações, congressos, workshops e atualizações regulares. Os internistas participam ainda na formação dos futuros especialistas da sua e outras especialidades médicas.

Neste Dia Mundial do Doente, reconhecemos os desafios que vão persistindo. Ao enfocarmos essas questões, reafirmamos o nosso compromisso com a excelência na prestação de cuidados médicos e trabalhamos juntos para criar um futuro em que todos os doentes em Portugal possam desfrutar de um sistema de saúde robusto e abrangente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
9 de fevereiro
Decorre, amanhã, no Centro de Simulação Biomédica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, da Unidade Local de Saúde de...

O responsável explica que “este curso está pensado para equipas multidisciplinares, de médicos de especialidades como anestesia, cirurgia geral, medicina intensiva e ortopedia, entre outras, e enfermeiros de urgência, que pertencem à equipa de Trauma do hospital”.

O Curso de Equipas de Trauma visa responder à Via Verde do Trauma (VVT), aprovada no final de 2022. Henrique Alexandrino frisa que “na ULS Coimbra a Via Verde do Trauma já se encontra plenamente implementada, graças em grande parte ao esforço formativo que temos vindo a fazer nos últimos três anos”.

Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, destaca que “o investimento em conhecimento e melhoria contínua é uma das linhas estratégicas da ULS Coimbra. A nossa ULS investe continuamente na formação dos seus profissionais, porque sabemos que essa é a melhor forma de assegurar a excelência dos cuidados de saúde que prestamos. Vamos continuar a desenvolver a formação e a transferência de saber dentro da ULS Coimbra”, remata o responsável.

Este curso, que já vai na sua 15ª edição, foi criado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, já contribuiu para a formação de equipas de trauma de Viseu e Leiria, sendo parte integrante do programa da pós-graduação em Catástrofe da Universidade de Coimbra. “Este trabalho de formação contribui para a afirmação da ULS Coimbra como Centro de Trauma de Nível I, tanto a nível regional, como a nível nacional”, conclui Henrique Alexandrino.

 
Em causa as declarações do presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo
A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) expressa surpresa face às recentes justificações de Casimiro Ramos,...

Neste contexto, a ANL recorda o estudo ‘Quantificação de custos de realização de análises clínicas’, conduzido pela consultora Roland Berger, com o apoio do Ministério da Saúde, que analisou os custos de realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) em hospitais públicos, incluindo algumas ULS semelhantes à ULS Médio Tejo que já estavam estabelecidas nessa altura. A principal conclusão obtida nesta análise foi a ausência de racional económico de suporte à tomada de decisões de gestão, especialmente no que concerne à escolha entre internalização e externalização de serviços. 

Nuno Marques, diretor-geral da ANL, reforça: “infelizmente, estamos uma vez mais perante um exemplo de ausência de racional económico em que a poupança é estimada através da simples eliminação da despesa estimada com o setor convencionado, em vez de ser contabilizada a real totalidade dos custos na realização dos atos.” 

A falta de transparência nos cálculos de custeio levanta questões sobre a veracidade das poupanças e a qualidade dos serviços prestados pela ULS Médio Tejo. “Estes cálculos devem abranger vários fatores, desde custos operacionais diretos até custos indiretos e encargos adicionais, como custos com pessoal, infraestruturas, equipamentos e licenças. É importante a conformidade com os regulamentos e normas estabelecidos no regime jurídico do licenciamento previsto no Decreto-Lei n.º 127/2014 aplicáveis à atividade laboratorial e a supervisão independente, a fim de garantir a qualidade e segurança dos serviços prestados à comunidade”, acrescenta Nuno Marques.  

A ANL reitera a importância de transparência e exige à ULS Médio Tejo uma apresentação detalhada dos cálculos de custeio relacionados com a atividade de análises clínicas e anatomia patológica. 

 
Iniciativa decorre no dia 21 de fevereiro
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai promover uma conferência sobre “Centros Privados de Diálise e SNS:...

Na iniciativa será apresentado um estudo desenvolvido pelo Professor Eduardo Costa, Especialista em Economia da Saúde e Professor Auxiliar Convidado na Nova School of Business and Economics, com o título “Preço compreensivo da hemodiálise em Portugal”, que pretende olhar com mais pormenor para a realidade da diálise em Portugal.

O estudo olha para o passado, desde a criação do preço compreensivo, identificando e analisando os custos da prestação de hemodiálise. Dessa análise, afere quais são os fatores que mais condicionam a evolução dos custos para os prestadores de hemodiálise, avançando com uma proposta de um modelo de atualização anual do preço compreensivo que assegure a manutenção dos resultados de qualidade para o utente/doente, traga equilíbrio à relação financiador/prestador, e mantenha a previsibilidade para o financiador.

“Esta conferência será uma excelente iniciativa para debater os desafios e oportunidades da atual parceria entre os centros privados de diálise e o Serviço Nacional de Saúde. Pretendemos assegurar a sustentabilidade dos atuais níveis de qualidade da hemodiálise, que são reconhecidos internacionalmente, e estamos confiantes de que esta conferência será um importante contributo para discutirmos de forma aberta o valor criado pelos centros privados de diálise e o modelo de remuneração destes”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

A conferência iniciará com uma sessão de abertura levada a cabo por Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL. Ao longo da tarde, o programa conta com um painel de debate composto por Edgar Almeida, Presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Eduardo Costa, Professor na Nova School of Business and Economics, José Miguel Correia, Presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, e Rui Filipe, membro da Direção da ANADIAL. A sessão de encerramento será da responsabilidade de Serafim Guimarães, membro da Direção da ANADIAL.

 

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