Procriação Medicamente Assistida
O Tribunal Constitucional identificou normas inconstitucionais na lei da gestação de substituição, mas estas declarações de...

O acórdão do Tribunal Constitucional (TC), divulgado na terça-feira, responde a um pedido de fiscalização da constitucionalidade formulado por um grupo de deputados à Assembleia da República.

Em relação à gestação de substituição, o TC entendeu que esta, “com o perfil traçado pelo legislador português, ou seja, enquanto modo de procriação excecional, consentido autonomamente pelos interessados e acordado entre os mesmos por via de contrato gratuito previamente autorizado por uma entidade administrativa, só por si, não viola a dignidade da gestante nem da criança nascida em consequência de tal procedimento nem, tão-pouco, o dever do Estado de proteção da infância”.

No entanto, o TC pronunciou-se sobre “aspetos particulares da disciplina legal na matéria”, decidindo que “se encontravam lesados princípios e direitos fundamentais consagrados na Constituição”.

Até 13 de abril, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) tinha autorizado dois contratos de gestação de substituição e sete estavam pendentes.

Para o TC, a lei tem uma “excessiva indeterminação” em relação “aos limites a estabelecer à autonomia das partes do contrato de gestação de substituição, assim como aos limites às restrições admissíveis dos comportamentos da gestante a estipular no mesmo contrato”.

“A concretização de tais limites é indispensável tanto para o estabelecimento de regras de conduta para os beneficiários e para a gestante de substituição, como para balizar a definição pelo Conselho Nacional da PMA dos critérios de autorização prévia do contrato a celebrar entre os primeiros e a segunda”, lê-se no acórdão.

O TC considerou que a Lei da PMA “não oferece uma medida jurídica com densidade suficiente para estabelecer parâmetros de atuação previsíveis relativamente aos particulares interessados em celebrar contratos de gestação de substituição nem, tão-pouco, estabelece critérios materiais suficientemente precisos e jurisdicionalmente controláveis para aquele Conselho exercer as suas competências de supervisão e de autorização administrativa prévia”.

O Tribunal decidiu que se encontravam lesados princípios e direitos fundamentais consagrados na Constituição na “limitação da possibilidade de revogação do consentimento prestado pela gestante de substituição a partir do início dos processos terapêuticos de PMA (…), impedindo o exercício pleno do seu direito fundamental ao desenvolvimento da personalidade indispensável à legitimação constitucional da respetiva intervenção na gestação de substituição até ao cumprimento da última obrigação essencial do contrato de gestação de substituição, isto é, até ao momento da entrega da criança aos beneficiários”.

Na mesma situação está, segundo o TC, “a insegurança jurídica para o estatuto das pessoas gerada pelo regime da nulidade do contrato de gestação de substituição (…), decorrente de tal regime impedir a consolidação de posições jurídicas – como progenitores ou como filho ou filha – que resultam da execução de tal contrato e não diferenciar em função do tempo ou da gravidade as causas invocadas para justificar a declaração de nulidade”.

O TC, considerando que “a eliminação das normas declaradas inconstitucionais com força obrigatória geral levaria a que todos os contratos já apreciados favoravelmente pelo Conselho da PMA fossem considerados como não autorizados, com as legais consequências, em especial no respeitante à legitimidade dos processos terapêuticos de PMA (incluindo a recolha de gâmetas e a criação de embriões) e ao estabelecimento da filiação de crianças nascidas em consequência de tais tratamentos”, decidiu, “por unanimidade, com fundamento em imperativos de segurança jurídica e em cumprimento do dever do Estado de proteção da infância, limitar os efeitos da sua decisão, de modo a salvaguardar as situações em que já tenham sido iniciados os processos terapêuticos de PMA (…), em execução de contratos de gestação de substituição já autorizados pelo Conselho Nacional da PMA”.

“Relativamente a tais situações, as aludidas declarações de inconstitucionalidade (…) não terão qualquer efeito”, prossegue o acórdão.

Um dos pedidos a que o CNPMA deu 'luz verde' é o de um casal em que a mulher não pode ter filhos e que a sua mãe aceita ser gestante de substituição.

Em fevereiro, o então presidente do CNPMA, Eurico Reis, classificou como "violação dos direitos humanos" a possibilidade de o Tribunal Constitucional chumbar a lei da gestação de substituição.

A lei que regula o acesso à gestação de substituição nos casos de ausência de útero, de lesão ou de doença deste órgão que impeça de forma absoluta e definitiva a gravidez, foi publicada em Diário da República em 22 de agosto de 2016.

A legislação foi publicada depois de introduzidas alterações ao diploma inicial, vetado dois meses antes pelo Presidente da República, que o devolveu ao parlamento para que a lei fosse melhorada e incluísse "as condições importantes" defendidas pelo Conselho de Ética.

Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa justificou a decisão com o argumento de que faltava na lei "afirmar de forma mais clara o interesse superior da criança ou a necessidade de informação cabal a todos os interessados ou permitir, a quem vai ter a responsabilidade de funcionar como maternidade de substituição, que possa repensar até ao momento do parto quanto ao seu consentimento".

A lei de gestação de substituição foi aprovada, com alterações após o veto presidencial, em 20 de julho de 2016, com os votos favoráveis do BE (partido autor da iniciativa legislativa), PS, PEV, PAN e 20 deputados do PSD, votos contra da maioria dos deputados do PSD, do PCP, do CDS-PP e de dois deputados do PS e a abstenção de oito deputados sociais-democratas.

As alterações introduzidas pelo BE estabelecem essencialmente a necessidade de um contrato escrito entre as partes, "que deve ter obrigatoriamente disposições sobre situações de malformação do feto ou em que seja necessário recorrer à interrupção voluntária da gravidez".

Estudo
Um total de 96,3% de 2.000 portugueses inquiridos num estudo defende que todas as vacinas com indicação para administração em...

Esta é uma das conclusões do estudo, promovido pela Apifarma - Associação Portuguesa Da Indústria Farmacêutica, destinado a avaliar a perceção do valor das vacinas, a importância e satisfação com o Programa Nacional de Vacinação (PNV), bem como com as vacinas não incluídas no PNV.

O estudo resultou de entrevistas ‘online’ realizadas entre 19 de março e 8 de abril de 2018 a uma amostra de 2.000 pessoas de um universo de população entre os 18 e os 64 anos, residente em Portugal continental, com e sem filhos até aos 10 anos de idade.

O estudo “Perceção do Valor das Vacinas”, da iniciativa da Comissão Especializada de Vacinas (CEV) da Apifarma, assinalou a Semana Europeia da Vacinação, que decorre entre segunda-feira e o próximo domingo.

O estudo revela ainda que 76,5% dos inquiridos estão disponíveis para adquirir vacinas não incluídas no PNV, quando recomendadas pelos médicos.

"Também se avaliou o nível de conhecimento dos portugueses a respeito do PNV. Apesar de apenas 59,2% dos inquiridos afirmarem conhecer a calendarização do PNV, 88,4% dos entrevistados dizem saber quais as próximas vacinas a serem administradas. Este indicador, de `cumprimento de calendário, pode explicar os 84,7% dos inquiridos que afirmaram ter as vacinas em dia", indica uma nota sobre as conclusões do inquérito.

O estudo inquiriu também os profissionais de saúde a exercer em Portugal nas especialidades médicas de Pediatria e Clínica Geral e Enfermagem, que observem em média, pelo menos, 20 crianças até aos 10 anos, por mês.

Neste domínio, as entrevistas ‘online’ foram realizadas entre 19 de março e 22 de abril a uma amostra de 100 Pediatras, 175 Clínicos Gerais e 200 Enfermeiros.

As vacinas extra PNV mais recomendadas pelos profissionais de saúde são contra a gripe, meningococo, rotavírus, papilomavirus humano (HPV) e hepatite A e B.

De acordo com a Apifarma, o estudo evidencia que os portugueses têm um "conhecimento sólido" quanto aos benefícios e à importância da vacinação.

Assim, a maioria dos inquiridos - quer a população em geral, quer os profissionais de saúde - afirma dar muita importância à vacinação e reconhece que as vacinas têm contribuído para a erradicação de doenças a nível mundial.

O estudo indica igualmente que a maioria dos inquiridos concorda que quem está vacinado está mais protegido de doenças do que quem não se vacina.

"Talvez por isso defendem que as vacinas deveriam ser gratuitas para crianças e grupos de risco, como idosos ou portadores de doenças crónicas", conclui o estudo da Apifarma.

Perante os dados obtidos, a Comissão Especializada de Vacinas da Apifarma reitera a importância da imunização e os benefícios das vacinas para a saúde pública, lembrando que as vacinas representam “uma das maiores histórias de sucesso da medicina moderna” e são um investimento na saúde e bem-estar das populações.

"A maioria das crianças e adultos do continente europeu estão vacinados contra o sarampo, rubéola, papeira, difteria, tosse convulsa, tétano e poliomielite. Cada vez mais crianças estão também vacinadas contra o pneumococo, vírus do papiloma humano (HPV) e vírus da hepatite B", enfatiza a comissão especializada.

A Apifarma refere, contudo, que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os benefícios das vacinas estão distribuídos de forma desigual na Europa e existem ainda muitas crianças desprotegidas.

Em 2016, uma em cada 15 crianças na Europa não foi vacinada contra o sarampo e uma em cada 21 crianças não tomou todas as doses recomendadas das vacinas contra a difteria, tétano e tosse convulsa. Em alguns países, a taxa de vacinação contra o HPV ainda é inferior a 50%, alerta a Apifarma, observando que coberturas vacinais baixas são uma porta aberta para doenças infecciosas.

A Comissão Especializada de Vacinas da Apifarma salienta que, além de salvarem vidas, os projetos de vacinação sustentada e em grande escala, como é o caso do PNV em Portugal, são uma das intervenções mais custo-efectivas na área da Saúde Pública, representando menos de 0,5% do orçamento anual para a saúde.

Malaria é provocada pelo "Plasmodium falciparum"
Febre, dores de cabeça e vómitos são os principais sintomas da Malária, uma doença infeciosa transm

A Malária é uma doença infeciosa  transmitida  pela picada do mosquito (Anopheles) infetado por um parasita designado Plasmodium.

Quando a doença é adquirida pelo homem se não for tratada pode ser fatal.

É uma doença endémica que existe em 107 países dos cinco continentes. A distribuição e o risco de aquisição não é uniforme dentro do mesmo país.

Em 2015 Moçambique registou 8.3 milhões de novos caos, sendo que 15 milhões de pessoas morreram nesse ano  devido à Malária

Moçambique e Angola encontram-se entre os oito países em que o número de mortes  é mais elevado.

Em termos globais a taxa de mortalidade nestes dois países é 7%.

Desde 2010, a taxa de mortalidade por Malária tem  vindo a diminuir numa percentagem aproximada de 30%, sendo explicada esta diminuição pelas medidas adotadas para a sua prevenção.

Constatou-se que em Moçambique mais de 60% da população começou a usar redes mosquiteiras tratadas com inseticidas.

Por sua vez em Angola em 2015, surgiram 3,1 milhões de  novos casos dos quais faleceram  14 mil pessoas devido à doença.

Em Timor e Cabo Verde o atingimento da doença tem vindo a diminuir havendo um investimento muito grande no uso de mosquiteiras.

Em Cabo Verde, Zâmbia e Zimbabué, mais de 80% da população  em risco dorme com mosquiteiras  ou vaporização residual.

Prevê-se que em 2025 a irradicação seja uma realidade  (este dados foram retirados do  Relatório da OMS), nestes dois países, o que demonstra claramente a eficácia de adoção de medidas profiláticas simples mas importantes.

Porém, em 2015 e com base  no relatório anual da OMS o número de mortes em todo o mundo, causado por esta doença ainda foi muito elevado tendo sido registadas 429 mil  óbitos devidos ao paludismo.

De acordo com o mesmo documento, aproximadamente 75% das mortes provocadas pela Malária  centraram-se em 13 países, com o foco mais elevado na Africa Subaariana.

A Nigéria  é o país com maior taxa de mortalidade  (26%  do total de mortes)estando em segundo lugar a Republica do Congo com 10% , seguida da India, com 6%, o Mali com 5%, a Tanzânia e Moçambique com 4% cada um,  Burquina Faso, Angola e Costa do Marfim, Uganda e Quénia com 3%.

Ainda não existem vacinas para prevenir esta doença ( prevê-se que seja uma realidade a curto prazo), sendo imprescindível  sensibilizar a população para  a implementação de medidas preventivas  gerais e especificas, designadamente  o alargamento na utilização de mosquiteiras impregnadas de insecticida,  pulverização  do domicilio  e  instituição de fármacos que irão proteger e  minimizar o risco do aparecimento do paludismo.

A nível farmacológico são  usados os anti-malários na prevenção e tratamento da doença.  

Os primeiros sintomas da doença são febre, dores de cabeça e vómitos que surgem entre 10 a 15 dias depois da picada do inseto infetado.

A melhoria das condições sanitárias (água potável, saneamento básico, medidas de higiene) e das condições precárias em vivem alguns residentes destes países são determinantes para a irradicação da doença. 

Nos países africanos,  malaria é provocada pelo "Plasmodium falciparum", que é o mais perigoso para o homem e que provoca cerca de 90% da mortes. Este parasita é  altamente mortífero.

Por sua vez no Brasil  é o Plasmodium vivax  que provoca cerca de  80% dos casos de doença.

Aconselha-se  a profilaxia da Malária a todos os viajantes cujo destino esteja abrangido pela endemia da doença, mesmo que a permanência e a estadia nestes países seja pequena.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas
O investigador do BioISI – Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas, Paulo Martinho, foi o grande vencedor do prémio...

A investigação recorreu a métodos sintéticos e também a técnicas mais complexas, tais como a eletroquímica, química computacional, espectroscopia de Mössbauer e estudo de citotoxicidade. Os resultados alcançados demonstraram que alguns dos compostos identificados são citotóxicos, ou seja, são capazes de destruir outras células através da libertação de certas substâncias nocivas. Estes resultados são particularmente relevantes pois, os fármacos citotóxicos são um dos pilares do tratamento do cancro.

Paulo Martinho é Investigador do BioISI e do Centro de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e Professor Auxiliar Convidado do Departamento de Química e Bioquímica da mesma Faculdade. Este prémio vem reconhecer o importante contributo que o artigo representa para avanço das técnicas utilizadas atualmente e a investigação na área da Bioquímica, bem como para o Journal of Coordination Chemistry.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
Milhares de pessoas vão caminhar em simultâneo nos 78 concelhos da região Centro, no dia 27 de maio, numa iniciativa solidária...

O presidente do núcleo regional do Centro da Liga, Carlos Oliveira, disse hoje que a candidatura ao Livro Guinness dos Recordes assenta “no número de comunidades que participam” nesta ação da luta contra a doença oncológica, sob o lema “O que nos Liga”, que assinala também os 50 anos do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), que integra 1.500 voluntários.

“Esperamos 30 mil pessoas a caminhar em simultâneo nos 78 municípios” do Centro de Portugal, percorrendo mais de 400 quilómetros, acrescentou o catedrático de Medicina.

A caminhada começa às 09:30, assinalando o Dia do Voluntariado Comunitário, “numa ação que visa estabelecer o recorde mundial pela maior mobilização comunitária na luta contra o cancro”, segundo uma nota da organização.

O Dia do Voluntariado Comunitário, 27 de maio, foi instituído pela Liga Portuguesa Contra o Cancro para homenagear os 1.500 voluntários “que atuam de forma coordenada e descentralizada em toda a região Centro do país, tendo em vista a efetividade da ação” da LPCC na comunidade.

A caminhada visa igualmente reforçar “a consciencialização para a doença oncológica”, bem como promover “estilos de vida saudável, nomeadamente pela prática de exercício físico”.

Em cada município, a Liga prevê que serão percorridos cinco quilómetros, ou mais, nalguns casos.

“O evento inédito, pela sua ampliação a todos os concelhos da região Centro”, deverá reunir milhares de participantes, incluindo “figuras públicas de várias áreas da sociedade portuguesa”, salienta a nota.

A angariação de fundos desse dia “permitirá apoiar o doente oncológico e seus familiares, bem como a investigação científica, na área do diagnóstico, tratamento e prevenção do cancro”.

Cada caminheiro paga cinco euros pela sua inscrição, o que lhe dá direito a uma 't-shirt', água, fruta e folhetos informativos da LPCC.

No dia 22 de maio, os CTT lançam um postal ilustrado, pelo preço de 53 cêntimos, comemorativo dos 50 anos do Núcleo Regional do Centro Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Estudo
Sem opções de tratamento aprovadas, as crianças com esta doença de envelhecimento rápido, muito rara e fatal morrem de doença...

Um novo estudo, publicado no Journal of American Medical Association (JAMA), revela que lonafarnib, um inibidor da farnesiltransferase (FTI), ajudou a prolongar a sobrevida em crianças com Síndrome de Hutchinson-Gilford ou Progeria, uma doença muito rara e fatal, que causa um envelhecimento precoce. As crianças com Progeria vivem em média até aos 14,5 anos e morrem vítimas de doenças cardíacas tipicamente associadas à velhice. Os investigadores do Boston Children’s Hospital e da Brown University acompanharam mais de 250 crianças de vários continentes para demonstrar uma ligação entre o tratamento com lonafarnib e uma sobrevida prolongada.

A Progeria é provocada por uma mutação genética, que resulta no excesso de uma proteína denominada progerina. A acumulação de progerina no interior de uma célula é tipicamente observada no envelhecimento normal, mas a taxa de acumulação é altamente acelerada na Progeria, causando danos celulares progressivos, o que tem como resultado doença cardíaca aterosclerótica.

Originalmente desenvolvido como uma potencial terapêutica para o cancro, Lonafarnib inibe a farnesiltransferase, uma enzima que facilita a produção de progerina. A FTI impede que a proteína mutante se incorpore na parede celular onde provoca muitos dos seus danos.

No ensaio clínico, 27 crianças com Progeria receberam lonafanib oral (150 mg/m2), duas vezes ao dia, em regime de monoterapia. O braço de controlo deste estudo consistiu em crianças com Progeria, com idade, sexo e continente de residência semelhantes aos dos doentes tratados que não fizeram parte do ensaio clínico e, portanto, não receberam lonafarnib. Os resultados demonstraram que o tratamento isolado com lonafarnib, comparando com a ausência de tratamento, foi associado a uma taxa de mortalidade significativamente menor (3,7% vs. 33,3%) após uma mediana de 2,2 anos de seguimento.

O estudo foi financiado pela The Progeria Research Foundation (PRF), uma organização sem fins lucrativos

"O meu laboratório fez algumas das investigações originais sobre modelos celulares e de ratos que mostraram o potencial benefício desta classe de medicamentos para a Progeria", afirma Francis S. Collins, diretor do National Institutes of Health. “Foi encorajador ver esses resultados traduzidos num ensaio clínico. E, mais ainda, demonstrar a eficácia dos tratamentos nesta pequena população de crianças com esta doença fatal rara é um grande desafio. Assim, estou especialmente entusiasmado com estas descobertas mais recentes”, acrescenta Collins.

"Este estudo, publicado no JAMA, mostra pela primeira vez que podemos começar a travar o processo de envelhecimento rápido nas crianças com Progeria", confirma Leslie Gordon, co-fundadora e diretora médica da PRF, e principal autora do estudo. "Estes resultados dão novas promessas e geram otimismo para a comunidade da Progeria", afirma.

Até ao momento, a PRF financiou quatro ensaios clínicos e centenas de estudos científicos destinados a descobrir novos tratamentos e a cura para crianças com Progeria. Estudos anteriores patrocinados pela PRF associaram o lonafarnib a melhorias nos desfechos clínicos associados à aterosclerose e ao acidente vascular cerebral, duas características da Progeria.

A Progeria ocorre numa em cada 20 milhões de pessoas, com quase 110 crianças identificadas através do Registo International da Progeria da PRF (www.progeriaresearch.org/international-progeria-registry/), estimando-se a existência de mais de 250 não diagnosticadas em todo o mundo. A PRF procura encontrar e ajudar todas as crianças com Progeria.

“Na PRF, estamos a trabalhar de forma incansável para financiar novos avanços científicos para crianças que vivem com a Progeria. Este estudo mostra que os ensaios clínicos realizados hoje são a nossa melhor esperança de salvar estas crianças no futuro”, refere Meryl Fink, presidente e diretora executiva da PRF. “Com base nos resultados promissores desse estudo com lonafarnib, temos uma sensação de urgência mais forte do que nunca. O marco de hoje assinala um novo começo para estas crianças e as suas famílias. Todos os dias e todos os momentos contam. O objetivo da PRF é encontrar a cura para a Progeria e este estudo dá mais um passo na direção dessa meta.”

Estudo
Um estudo da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) concluiu que, ao contrário daquilo que acontece com a diabetes, a pré...

Os resultados do estudo, surgem na sequência de outros projetos focados em analisar a relação entre doenças endócrinas, renais e cardiovasculares e são especialmente importantes para a prática clínica por salientarem que, em doentes com pré-diabetes, o risco de doença renal parece estar mais associado a outros fatores de risco, particularmente a hipertensão.

“Estava já estabelecido que a diabetes é um dos principais fatores de risco para a doença renal. No entanto, até à data, era incerto o papel da pré-diabetes na patologia”, explicou Sérgio Neves, primeiro autor do estudo

Tendo em conta este estudo clínico, “reforçamos a ideia de que, neste grupo populacional, o principal foco de intervenção deverá passar pelo adequado controlo dos fatores de risco para doença renal e pela prevenção da progressão da diabetes”, sublinhou o investigador.

A chamada pré-diabetes corresponde a um conjunto de alterações dos valores de glicemia (açúcar no sangue) que ainda não são suficientes para se considerar diabetes, mas que também já não são níveis normais. As pessoas com estas alterações têm um risco mais elevado de vir a ter diabetes nos próximos meses e anos.

A investigação – que contou com o apoio do Centro Hospitalar São João (CHSJ) e orientação dos endocrinologistas Ana Oliveira (CHSJ) e David Carvalho (CHSJ/FMUP) – valeu a Sérgio Neves um prémio Young Investigator Award, galardão atribuído pela Sociedade Europeia de Endocrinologia aos melhores trabalhos desenvolvidos por jovens investigadores.

A entrega do prémio realizar-se-á na edição deste ano do Congresso Europeu de Endocrinologia, que decorrerá de 19 a 22 de maio, em Barcelona.

Durante dois dias
Investigadores, oncologistas e representantes da indústria vão reunir-se na quinta e sexta-feira no XXV Porto Cancer Meeting...

Os diferentes desenvolvimentos da imuno-oncologia “permitem personalizar, isto é, aplicar a cada doente a versão terapêutica mais adequada à sua situação concreta. De forma simplificada, pode dizer-se que a imuno-oncologia veio personalizar a chamada medicina de precisão”, explicou Sobrinho Simões, presidente do Ipatimup e vice-diretor do i3S.

Organizado pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto - Ipatimup/i3S, o Porto Cancer Meeting (PCM) é nesta edição subordinado ao tema “Cancer Wars: The Immune Force Awakens”.

Em comunicado enviado à Lusa, o oncologista Júlio Oliveira, da organização do encontro, salienta que “a comunidade médica e científica trabalha no sentido de continuar a inovar nesta área, procurando oferecer aos doentes tratamentos mais personalizados, diminuindo os efeitos tóxicos e aumentando a sua eficácia”.

Na base da imuno-oncologia, explica a organização, está a “utilização de estratégias terapêuticas que ativam o sistema imunitário do doente, que atua como mecanismo de combate às células neoplásicas”.

Apesar dos recentes avanços científicos, que levaram a uma melhor compreensão dos mecanismos que regulam a interação entre o sistema imunitário e o cancro, “existem ainda obstáculos importantes no campo da imuno-oncologia, nomeadamente a necessidade de desenvolver medicamentos que sejam consistentemente eficazes na maioria dos doentes e nos diferentes tipos de cancro”, salienta.

É igualmente fundamental, acrescenta, “prever de forma mais precisa a resposta ao tratamento, encontrando biomarcadores e integrando-os na prática clínica, superar os mecanismos de resistência à imunoterapia e desenvolver medicamentos inovadores, assim como estudos clínicos que permitam otimizar estratégias terapêuticas, por exemplo, mediante a combinação de imunomodeladores com terapias celulares ou com tratamentos antineoplásicos já conhecidos”.

O primeiro Porto Cancer Meeting realizou-se em 1992 e agora que se assinala a sua 25.ª edição, Manuel Sobrinho Simões sublinha o “orgulho” por ter conseguido que se tenha mantido “sempre vivo e de boa saúde ao longo de tantos anos”.

“Durante este período, testemunhámos a aplicação à oncologia de uma série de ‘novidades’, desde a medicina baseada na evidência até, mais recentemente, a medicina de precisão a partir da capacidade de articular a genómica com os ‘big data’”, sustentou o presidente do Ipatimup.

Ordem dos médicos
A Ordem dos Médicos decidiu que o Hospital Santa Maria, em Lisboa, fica impedido de formar internos na especialidade de...

Artur Condé disse que, “até nova avaliação”, está suspensa a idoneidade para formar novos internos de otorrino no Santa Maria, por não estarem reunidas as condições exigíveis.

A notícia foi hoje avançada pelo Diário de Notícias, que teve acesso a um despacho da Ordem dos Médicos que indica que dentro de 12 meses será realizada uma nova avaliação.

Em julho do ano passado, o bastonário da Ordem dos Médicos tinha realizado uma visita ao serviço de otorrinolaringologia do hospital, concluindo que os internos estavam a dar consultas sozinhos, incluindo os que estavam no início do internato.

“Os internos têm consultas em nome deles que aparentemente asseguram sozinhos desde que entram em otorrinolaringologia", afirmou na altura o bastonário Miguel Guimarães.

O serviço de otorrino do Santa Maria tem estado envolvido em polémica desde que, em 2016, foi nomeado Leonel Luís como diretor de serviço.

Em finais do ano passado, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul apresentou uma denúncia no Ministério Público e autoridades de saúde contra o diretor do serviço de otorrinolaringologia, que acusa de irregularidades e perseguição.

Já este ano, o diretor do serviço entregou no Ministério Público uma queixa crime por difamação e denúncia caluniosa contra a direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e contra cinco colegas otorrinolaringologistas.

Na queixa, o diretor do serviço, Leonel Luís, considera que a direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul divulgou vários comunicados que “representam um atentado” ao seu bom nome, à sua honra e à sua imagem e credibilidade.

Em causa está o que o médico considera ser uma campanha difamatória do sindicato, que considerou ilícita a sua nomeação e deu a entender que o diretor do serviço foi nomeado “por ajuste direto”, sem ter qualificações suficientes e aludindo a “mecanismos clientelares e comissariado político” nalgumas situações no serviço de otorrino.

Estudo
Cientistas do Cincinnati Children Cancer e Blood Diseases Institute, nos Estados Unidos, usaram uma terapia molecular...

Num estudo publicado na Molecular Cancer Therapeutics, os investigadores testaram a molécula 6-thio-dG em células estaminais de cancro cerebral derivadas de células tumorais doadas pelos pacientes.

Os especialistas também testaram o tratamento em modelos de ratos modificados para terem cancro cerebral pediátrico, incluindo glioma pontino intrínseco, glioma de alto grau e meduloblastoma de alto risco.

Em testes laboratoriais pré-clínicos, escreve o Sapo, a terapia molecular direcionada cruzou a barreira hematoencefálica do corpo nas cobaias, o que causou danos extensivos no ADN em células cancerígenas e interrompeu dois tipos de cancro cerebral pediátrico intratáveis. A terapia não afetou células não cancerígenas e os benefícios terapêuticos continuaram nos animais após o término do tratamento.

"Estas descobertas mostram que a 6-thio-dG é uma nova abordagem promissora para tratar tumores cerebrais pediátricos resistentes às terapias atuais e fornece uma justificativa para o teste clínico deste tratamento em crianças com tumores cerebrais", disseram os investigadores.

Embora a molécula não pareça entrar em células não-cancerígenas, os investigadores acreditam que são necessárias mais pesquisas para garantir a segurança do composto antes de se iniciarem testes clínicos em pacientes humanos.

Apesar de décadas de esforços de pesquisa e avanços tecnológicos, estes tipos de cancro cerebrais pediátricos de alto risco continuam a nem sequer responder aos tratamentos; mas este estudo mostrou que após a injeção, a molécula funcionou, ao cruzar primeiro a barreira hematoencefálica das cobaias, um avanço significativo que elimina um grande obstáculo ao tratamento de cancros cerebrais. A barreira hematoencefálica protege o órgão de patogénicos que passam pelo sistema circulatório, tornando-o farmacologicamente impenetrável.

O composto atua provocando danos extensivos ao ADN de células cancerígenas cerebrais e células estaminais cancerígenas. Para conseguir isso, ele interrompe a função dos telómeros nos cromossomas das células do cancro cerebral, de acordo com os investigadores.

Os telómeros são sequências repetidas de ADN nas extremidades dos cromossomas que impedem ou minimizam a instabilidade genética nas células. À medida que as células envelhecem, os telómeros diminuem e a instabilidade genética ajuda a matar as células que estão a envelhecer. Mas as células cancerígenas cerebrais tornam-se imortais porque o comprimento dos seus telómeros continua a ser mantido por uma enzima, o que as torna difíceis ou impossíveis de eliminar.

De acordo com a equipa de investigação, a telomerase ajuda as células cancerígenas a manter o comprimento dos seus telómeros. Este facto levou os investigadores a utilizar um protocolo de tratamento com a molécula, que já está a ser testado em pesquisas pré-clínicas.

Canadá
O tratamento, que se baseia nos princípios da homeopatia, é legal no Canadá e custa apenas sete euros. No seu blogue pessoal,...

Anke Zimmerman, naturopata canadiana, assumiu, no seu blogue pessoal, ter tratado problemas de comportamento de um menino de quatro anos com saliva de cão raivoso. A substância é legal no Canadá, onde pode ser adquirida por apenas sete euros e tem, até, um nome comercial, Lyssinum. O anúncio surpreendeu a comunidade médica internacional, que reagiu de forma negativa, escreve o Sapo.

Muitos órgãos de comunicação social fizeram eco das críticas de especialistas de várias partes do mundo, que afirmaram que este tratamento não só não traria qualquer alteração comportamental à criança como até poderia tê-la colocado em risco. Segundo Anke Zimmerman, a criança teria sido já anteriormente mordida por um cão raivoso, o que justificaria a sua conduta.

Dificuldades em dormir, um mau comportamento na escola, grunhidos recorrentes e uma aversão à água seriam, no entender da naturopata, sintomas que confirmavam que o menino tinha contraído a doença. No entanto, face à polémica, a especialista acabaria por apagar a publicação, alegando, para além de uma cobertura mediática que apelidou de "salaz", "o respeito pela família da criança".

Em entrevista à edição canadiana do jornal Huffington Post, Phillipa Stanaway, vice-presidente do Colégio de Médicos Naturopatas da Colúmbia Britânica, confirmou a licenciatura em naturopatia de Anke Zimmerman e também o facto do Lyssinum, facilmente acessível através de uma pesquisa em qualquer motor de busca online, ser, efetivamente, um tratamento legalmente permitido.

O cientista francês Louis Pasteur foi o primeiro a desenvolver uma vacina antirrábica em 1885. Na altura, além de extrair o vírus do tecido nervoso de coelhos mortos, que usou como cobaia para criar o tratamento de vacinação, administrou ao mamífero saliva de uma criança que tinha sido mordida por um cão raivoso, mas na altura o animal acabaria por morrer, refere o jornal El Español.

Doença inflamatória
Também conhecida por eczema atópico, a dermatite atópica é a doença inflamatória da pele mais comum

Mais frequente durante a infância, estima-se que a Dermatite Atópica atinja entre 2 a 5% da população geral e cerca de 15% das crianças e adolescentes. Comichão intensa, sensação de ardor e pele muito seca são os principais sintomas de uma doença que, embora seja muito desvalorizada, pode acarretar outras complicações.

“A dermatite atópia é a doença inflamatória crónica cutânea mais comum e é caracterizada por uma pele muito seca que apresenta frequentemente inflamação e um intenso prurido. Quando persiste no adulto tende a ser mais grave”, começa por explicar Cristina Lopes Abreu, Coordenadora do Grupo de Interesse de Alergia Cutânea da Sociedade Portuguesa de Alergia e Imunoalergologia Clínica.

De acordo com a especialista, a doença parece resultar de uma combinação de fatores. “Fatores genéticos – muitos doentes quando nascem já estão predispostos para ter uma pele mais frágil e sensível, com tendência a desenvolver reações exageradas contra compostos inócuos do meio ambiente (alergia) -, e ambientais”, descreve referindo que a exposição à poluição atmosférica ou ao fumo de tabaco podem estar na sua origem.

Apesar de poder afetar todas as idades, o ínicio da doença é mais frequente durante a infância, sobretudo, no grupo etário abaixo dos cinco anos. “Pensa-se que poderá estar relacionada com maior imaturidade da pele nesta faixa etária, produzindo menos substâncias que a impermeabilizam, permitindo um contacto precoce com alergenios e bactérias invasoras que promovem a inflamação”, justifica a responsável pelo Grupo de Interesse de Alergia Cutânea da SPAIC.

Por outro lado, esta patologia é, habitualmente, a primeira manifestação de doença alérgica “precedendo o aparecimento de rinite ou asma alérgica”.

Quanto ao diagnóstico, este é feito mediante a observação de manifestações cutâneas sugestivas “em localizações típicas e que variam de acordo com a idade”.

Face, tronco e abdómen são as áreas mais atingidas no lactente. “Na criança e adolescente, as pregas cutâneas nos braços e atrás dos joelhos, atrás das orelhas e dobra do pescoço; no adulto as mãos, nuca, também as pregas podendo ser generalizadas”, acrescenta.

Os testes cutâneos alergológicos que comprovam atopia ou alergia, bem como outras manifestações como rinite, asma ou alergia alimentar são também importantes para concluir a presença da patologia. No entanto, “é importante fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças de pele como a psoríase ou dermatite seborreica”, salienta a especialista.

A aplicação de cremes específicos que fomentam a restauração da barreira cutânea são a primeira “arma” contra a Dermatite Atópica. Seguem-se os cremes com corticóides e outros compostos que têm como objetivo desinflamar pele. “Nos casos mais graves é necessária medicação mais abrangente (sistémica) sob a forma de comprimidos imunossupressores”, explica Cristina Lopes Abreu quanto à terapêutica recomendada para o seu tratamento.

“Recentemente, têm surgido novos medicamentos de utilização apenas hospitalar que parecem ser promissores porque poderão atuar de forma mais específica na desregulação do sistema imunológico que caracteriza a dermatite atópia”, acrescenta.

No âmbito da Semana Mundial da Alergia, a Coordenadora do Grupo de Interesse para  Alergia Cutânea, reforça a importância do diagnóstico e o seu acompanhamento especializado. “A Dermatite Atópica pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias e por isso não deve ser subvalorizada”, afirma adiantando que, nos casos mais graves, esta doença pode condicionar o aparecimento de sentimentos depressivos e de ansiedade.

Por outro lado, “devido à importância que a alergia pode desempenhar na Dermatite Atópica, é indispensável que seja feito um diagnóstico preciso e que haja seguimento por um médico especialista nesta área”. É que, de acordo com Cristina Lopes, com o aumento significativo das doenças alérgicas nos países em vias de desenvolvimento, a dermatite atópica passou a ser vista não apenas como uma doença cutânea “mas parte de um processo mais abrangente conhecido como a marcha alérgica”.

Não sendo possível de apontar uma forma de prevenção da doença, aconselha-se sobretudo à manutenção dos níveis de hidratação da pele. “Pensa-se que a aplicação de cremes protetores da barreira cutânea possa prevenir o desenvolvimento da dermatite atópica em crianças de risco (história familiar de doença alérgica significativa) mas é um conceito ainda em estudo”, conclui.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estados Unidos
Médicos da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, anunciaram terem concluído com êxito o primeiro transplante total de...

A cirurgia de 14 horas de duração foi feita a 26 de março por uma equipa de nove cirurgiões plásticos e dois cirurgiões urologistas, anunciou a Universidade Johns Hopkins (JHU) numa nota de imprensa. "Estamos otimistas. Este transplante vai ajudar a restabelecer as funções urinária e sexual para níveis próximos do normal neste jovem homem", disse W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva na Escola de Medicina da JHU.

Segundo os médicos, o rapaz deverá voltar a urinar pelo pénis nas próximas semanas e, por fim, deverá recuperar sensibilidade e desenvolver uma ereção. Ainda assim, escreve o Sapo, a extensão da sua função sexual só será conhecida em cerca de seis meses.

O paciente ficou gravemente ferido há alguns anos na sequência da explosão de um artefato artesanal no Afeganistão, explicou Lee.

Todo o pénis, o escroto sem os testículos e parte da parede abdominal foram obtidas a partir de um dador falecido.

O militar pediu anonimato, mas divulgou uma nota em que diz esperar deixar o hospital na próxima semana. "É um ferimento realmente incompreensível, não é fácil de o aceitar", disse. "Quando acordei, finalmente senti-me mais normal", acrescentou.

Já tinham sido feitos transplantes penianos, mas a transplatação do escroto representa um avanço adicional para a medicina. Embora também tenha perdido os testículos na explosão, os médicos não os restauraram no transplante.

Questões éticas
"Os testículos não foram transplantados porque nós tomamos uma decisão no início do programa de não transplantar tecido que produza esperma porque isto traria uma série de questões éticas", explicou o cirurgião plástico da JHU, Damon Cooney.

"A capacidade do recetor do transplante em ter filhos resultaria na transmissão do material genético do dador do tecido transplantado", prosseguiu Cooney.

Embora tenha preservado a próstata na explosão, como perdeu os testículos, não conseguirá ejacular.

O primeiro transplante de pénis do mundo foi feito na China, mas foi removido posteriormente devido "a um severo problema psicológico no recetor e esposa", explicaram os médicos.

Até hoje, foram apenas realizados com sucesso quatro transplantes penianos, incluindo o anunciado esta segunda-feira.

Dois foram feitos na África do Sul, país onde foi realizada a primeira cirurgia bem sucedida, em 2015. Os Estados Unidos fizeram o primeiro transplante peniano com êxito em 2016.

Indústria farmacêutica
Ordem dos Médicos diz que Ministério da Saúde entregou formação de quem trabalha nos hospitais e centros de saúde às empresas...

Os profissionais de saúde são os maiores beneficiários dos patrocínios da indústria farmacêutica. No ano passado, 2017, os valores registados na plataforma de transparência do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) atingiram um recorde: 80,9 milhões de euros, entre eles 42 milhões para os profissionais de saúde.

Os números fornecidos à TSF revelam que nos últimos três anos o grupo dos médicos, farmacêuticos, enfermeiros ou dentistas foi sempre o maior beneficiário dos apoios das empresas do setor: 31,3 milhões em 2015, 38,5 milhões em 2016 e agora 42 milhões em 2017.

Ao todo, nos últimos três anos foram 112 milhões de euros para os profissionais da área, mais de metade do total de patrocínios da indústria farmacêutica registados pelo Infarmed, ou seja, 220 milhões.

Os segundos maiores beneficiários dos apoios da indústria são as sociedades médicas ou associações de investigação (17 milhões em 2017), seguindo-se as associações de doentes ou profissionais (7,5 milhões no mesmo ano).

Em 2017 os donativos subiram para todas as entidades, no entanto, esse aumento pode estar relacionado com uma nova lei que entre outras mudanças passou a obrigar, além da indústria farmacêutica, as empresas de material médico a divulgar onde e quanto gastam com patrocínios.

Médicos falam em alerta para o Governo
Reagindo a estes números, o bastonário da Ordem dos Médicos admite que são valores muito elevados, mas garante que não colocam em causa a independência dos profissionais nas decisões que tomam, sublinhando que esta é a única área onde se tem de declarar ao Infarmed, publicamente, os apoios que recebem.

Miguel Guimarães acusa, contudo, o governo de entregar a investigação e formação dos médicos quase exclusivamente à indústria farmacêutica algo que, na sua opinião, não faz sentido.

O bastonário afirma que hoje o apoio à formação médica vem quase exclusivamente da indústria, sobretudo dos patrocínios das empresas de medicamentos, sendo valores que deviam chamar a atenção do Ministério da Saúde que "não aposta nada" na investigação e formação dos profissionais de saúde e em especial dos médicos.

Desde março de 2013 que médicos, farmacêuticos, enfermeiros e associações de doentes estão obrigados a declarar todos os patrocínios, subvenções e outros prémios que recebem das farmacêuticas, desde que o valor seja superior a 25 euros.

O Pequeno Buda
Yoga, arte, dança, mindfulness, storytelling, nutrição e música ao vivo são algumas das atividades do evento.

Acontece no dia 2 de junho, sábado, para celebrar de uma forma única o Dia da Criança. O Mini Festival Pequeno Buda, é um evento inovador, de entrada livre e vai acontecer no Anfiteatro Keil do Amaral, no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa.

Idealizado por Tomás de Mello Breyner - responsável pelo projeto de meditação nas escolas, O Pequeno Buda, - e por Gonçalo Sardinha - diretor geral da Iswari, que criou o pequeno-almoço biológico para crianças com o mesmo nome, - o Mini Festival O Pequeno Buda é organizado em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa.

A decorrer entre as 10 h e as 19 horas, este evento inédito conta com diversas atividades divertidas, holísticas e conscientes ao longo de todo o dia. Yoga, dança, pinturas faciais, mindfulness, jogos, storytelling, práticas desperdício zero e música ao vivo são algumas das atividades que as crianças vão poder experimentar ou assistir no Mini Festival O Pequeno Buda.

Uma zona dedicada ao tema da alimentação e educação alimentar, assegurada pela Iswari, completa a experiência deste pequeno grande festival. Workshop’s para os mais novos porem a mão na massa e sessões de Show Cooking para os adultos – de pequenos-almoços e snacks saudáveis, chocolates, nice cream’s, gelados e outros truques e receitas para repor energia - são algumas das propostas desta ilha dedicada à nutrição.

Pensado para toda a família e para um dia de sábado animado e preenchido, este evento zen de miúdos que também é para graúdos, conta ainda com palestras, uma zona de street food para repor energias e com um mercado de artesanato para umas compras giras e diferentes com o selo sustentável. Mais informações sobre o Mini Festival O Pequeno Buda e novidades ao minuto disponíveis em www.facebook.com/minifestivalopequenobuda.

Projeto EMERTOX
Um centro de investigação do Porto está a liderar um projeto internacional para estudar a ocorrência de toxinas marinhas...

Através do projeto EMERTOX, liderado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR), o grupo está a estudar as toxinas emergentes presentes nos microrganismos (bactérias e microalgas) que compõem as marés vermelhas, disse o presidente da direção do CIIMAR e coordenador deste projeto, Vítor Vasconcelos.

De acordo com o investigador, ainda que essas toxinas não tenham um impacto negativo nas espécies de bivalves, peixes e invertebrados nos quais se acumulam, em contacto com humanos podem originar efeitos diversos.

"No Mediterrâneo, em especial em Itália, têm sido descritos inúmeros casos de intoxicação humana decorrentes de atividades recreativas junto ao mar, devido à aspiração do ar contaminado pelos organismos produtores e pelas suas toxinas", contou.

Vítor Vasconcelos frisou, contudo, que o maior risco para a saúde humana decorre da ingestão de invertebrados contaminados com estas toxinas, como moluscos e peixes.

A ingestão dessas toxinas pode causar problemas gastrointestinais (vómitos, diarreia e dores de cabeça) e, dependendo do tipo de toxina, perdas de memória, paralisia muscular que pode conduzir à morte, diarreia intensa e promoção de tumores.

O investigador acrescentou que não há qualquer alteração visível nos animais e só uma análise química é capaz de diferenciar os contaminados dos não contaminados.

Neste projeto, além das toxinas emergentes, como as tetrodotoxinas, as palitoxinas e as ciguatoxinas, o grupo está a estudar as toxinas já monitorizadas pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), nomeadamente o ácido domóico (ASP), o ácido ocadáico (DSP) e as saxitoxinas (PSP).

Embora as toxinas emergentes estejam normalmente associadas a águas quentes, de zonas tropicais do Pacífico, Índico e Atlântico, as mesmas têm vindo a ser detetadas em águas mais frias, através de episódios de intoxicação humana ocorridos em Portugal, Espanha e Itália, e de estudos realizados pelo CIIMAR.

Apesar da introdução de novas espécies e do crescimento dessas toxinas emergentes em zonas costeiras e oceânicas pouco habituais, originadas pelo aquecimento global e pelas rotas marítimas dos grandes navios, as mesmas não são obrigatoriamente monitorizadas em países europeus, incluindo Portugal.

Com este projeto, pretende-se mapear as toxinas e os organismos produtores em águas do Atlântico Norte e Mediterrâneo, bem como desenvolver modelos de previsão da sua evolução, em vários cenários de aquecimento global.

"O conhecimento adquirido será fundamental para assessorar as autoridades nacionais e europeias, como a Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), no sentido de sugerir alterações legislativas e novas necessidades na monitorização destas toxinas", disse ainda o professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

O EMERTOX, que iniciou a 15 de abril, em Cabo Verde, e terá a duração de quatro anos, é financiado pelo Horizonte 2020 e envolve um consórcio de 15 centros de investigação e empresas de Espanha, França, Reino Unido, Itália, Republica Checa, Cabo Verde, Marrocos e Tunísia.

Opinião
A correria do dia-a-dia deixa-nos sem tempo para nos preocuparmos com a nossa saúde.

Se sente dor no antepé saiba que essa dor pode ser provocada por uma compressão mecânica dos ramos digitais dos nervos plantares e pode dever-se a uma lesão caracterizada por neuroma de Morton – lesão não neoplásica com formação de fibrose perineural do nervo plantar.

A predileção da dor é pelo 3º espaço metatarsal, pois é aqui que se dá a união dos ramos lateral e medial dos nervos digitais plantares, é mais frequente nas mulheres com mais de 50 anos e pode estar relacionada com o uso de sapatos “anti-fisiológicos”, caracterizados pela estreita largura de antepé que favorecem a compressão dos metatarsos contra o ligamento intermetatarsico, ou seja, uma maior pressão no pé.

O neuroma de Morton apresenta-se clinicamente pela dor ao nível do ante-pé com irradiação para os dedos, acompanhada muitas vezes por fenómenos parestésicos.

O diagnóstico desta lesão, a maior parte das vezes, é clínico principalmente se os neuromas apresentarem dimensões de 5mm de diâmetro. Durante o exame físico nomeadamente durante a palpação encontramos o sinal de Mulder com uma mão, enquanto a outra mão do podologista comprime o espaço acometido na região plantar. A deteção da lesão pode ser confirmada através de uma ecografia (exame complementar mais solicitado onde é evidenciada uma lesão circular ou ovoide, hipoecóide localizada justa proximal à cabeça metatarsal), de uma ressonância nuclear magnética é (importante no diagnóstico de neuromas menores de 5mm de diâmetro e em neuromas múltiplos) e com recurso à radiografia do pé (essencial para despistar outras doenças).

O tratamento de eleição para a maior parte dos neuromas de Morton é o Ortopodológico: aplica-se uma ortótese plantar cujo objetivo é diminuir a carga na região metatarsal afetada.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Portuguesa de Hipertensão
No dia 17 de Maio assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão e a cidade eleita pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão para...

Neste dia, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) pretende sensibilizar a população para a necessidade de conhecer os valores da pressão arterial (PA), aliando-se assim à campanha mundial cujo lema é: “Conheça os seus valores. Controle a sua pressão arterial”. A SPH relembra a importância de medir a PA frequentemente, cujos valores devem ser inferiores a 14/9. Praticar exercício físico regular, adotar uma alimentação saudável com baixo teor de sal e cumprir a toma da medicação prescrita fazem também parte das mensagens que a SPH quer transmitir neste dia.

“Em Portugal, apesar de quase 75% dos doentes estarem medicados, ainda só se atingiu 42% do controlo da doença, facto que se deve sobretudo ao não cumprimento rigoroso da medicação” refere o presidente da SPH, Dr. Carvalho Rodrigues e explica “o controlo da hipertensão arterial (HTA) faz-se através da medição da PA, mas também através do cumprimento rigoroso da medicação prescrita pelo médico. Infelizmente, muitos doentes não cumprem a medicação ou abandonam a mesma o que, por conseguinte, vai dificultar o controlo da doença. Largar a medicação porque já se está bem ou porque não se sentiu bem com os comprimidos ou ainda porque se sente bem com a tensão alta são alguns do mitos e equívocos responsáveis pelo abandono do tratamento para a HTA. Deve existir, cada vez mais, a preocupação de promover terapêuticas e posologias simples e, simultaneamente eficazes, para aumentar a taxa de adesão ao tratamento. Nunca é demais reforçar a velha máxima de que um comprimido só faz efeito quando é tomado.

A Capital da Hipertensão 2018 vai ter as atividades centradas na Praça da Liberdade, em Almada, com sessão solene no Fórum Romeu Correia, às 11h. Como já é habitual, para assinalar o Dia Mundial da Hipertensão (DMH), médicos e enfermeiros realizam rastreios gratuitos à PA, além de prestarem aconselhamento sobre estilos de vida saudáveis. Os rastreios têm início às 9h30 e terminam às 17h30. O exercício físico será também uma constante neste dia com atividades para miúdos (15h) e graúdos (11h30).

As atividades comemorativas do DMH foram desenvolvidas com o especial apoio da Câmara Municipal da Almada e do Hospital Garcia de Orta.

23 a 29 de abril Semana Europeia da Vacinação
Com a chegada da Semana Europeia da Vacinação, que este ano tem como mote “a vacinação como um direito individual e uma...

No contexto atual, mais do que nunca, é fundamental zelar não só pela nossa saúde, como pela dos que nos rodeiam, que nos informemos e que procuremos em conjunto com os profissionais de saúde as formas de prevenção mais adequadas.

As celebrações da Semana Europeia da Vacinação (23 a 29 de abril), sob o tema "a vacinação como um direito individual e uma responsabilidade partilhada”, servem, mais uma vez de mote para que o Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) se dirija à população, aos profissionais de saúde e aos governantes, para os sensibilizar sobre a importância da vacinação.

“Estamos totalmente sintonizados com as mensagens da Organização Mundial de Saúde. Mais do que um direito individual, a vacinação deve ser uma responsabilidade partilhada .E nunca, como no contexto em que vivemos, estas palavras fizeram tanto sentido”, explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, vice-presidente da Respira e presidente da Fundação Europeia do Pulmão.

Na semana em que comemora um ano de existência, o MOVA continua a lutar contra as barreiras que existem à vacinação, em particular na idade adulta. Considera a vacinação um direito fundamental e lamenta que ainda estejam tantos por vacinar por falta de informação.

Lançado durante a Semana Europeia da Vacinação de 2017, das entidades fundadoras do MOVA fazem parte a Associação Respira, a Fundação Portuguesa do Pulmão e o GRESP.

A vacinação antipneumocócica foi a base do lançamento do MOVA – segundo um estudo recente, 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia1. De acordo com o mesmo estudo, a falta de indicação médica é a principal razão para que estes adultos ainda não estejam imunizados. Isso apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).

Um ano passado sobre este lançamento, é tempo de alargar o MOVA a outras entidades, todos representantes de grupos de risco com indicação para a vacinação.

Para se aproximar da população e facilitar o seu acesso à informação, das comemorações do primeiro ano do MOVA fazem parte a organização de sessões de aconselhamento, com estreia marcada para maio, e o lançamento de um site próprio, www.mova.pt uma plataforma onde os interessados poderão encontrar toda a informação-base sobre vacinação, normas, diretrizes e conselhos de entidades oficiais, bem como os direitos dos doentes.

1PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos. Disponível em https://www.ipsos-apeme.com. (data?)

Centro Social Laura Alves
O primeiro Centro de Apoio à Saúde Oral a abrir em Lisboa foi hoje inaugurado no Centro Social Laura Alves, na freguesia de...

Segundo uma nota enviada pelo presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, o projeto inclui “pessoas em fase de vida ativa, bem como as cerca de 400 crianças que frequentam as duas escolas da freguesia”.

“Para os mais novos, o Dr. Dentinhos chega às escolas no sentido de prevenir e adquirir práticas de higiene oral. Aqui as escolas vão ser envolvidas através de promoção de hábitos de saúde oral, nutrição, bem como hábitos de escovagem diários”, de modo a evitar “graves problemas no futuro”, releva o comunicado.

Nesta primeira fase, adianta, as instalações do Centro Social Laura Alves “estão a ser preparadas com obras de readaptação para instalar um consultório com cadeira médico-dentária, um gabinete de esterilização e um gabinete psicossocial”.

Os utentes vão ser encaminhados pela freguesia de Santo António e por Instituições de Solidariedade Social do concelho que queiram ser parceiras deste centro.

De acordo com o comunicado enviado pela Organização Não Governamental (ONG) “Mundo a Sorrir”, responsável pelo projeto em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Santo António, o serviço pretende abranger mais de 75 utentes até dezembro.

O valor a pagar depende do tipo de tratamento e o preço das consultas “será definido com base no valor de capitação diária”.

Além dos tratamentos médico-dentários, o centro visa fazer “o acompanhamento psicossocial às populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica, tendo em vista a sua reintegração social”.

Este é o terceiro Centro de Apoio à Saúde Oral do país, que já está presente no Porto desde 2009 e em Braga desde 2015.

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