Procriação Medicamente Assistida
A celebração do segundo contrato de gestação de substituição em Portugal foi autorizada na sexta-feira pelo Conselho Nacional...

Em comunicado, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) anunciou que na reunião plenária realizada sexta-feira foi admitido liminarmente um pedido de autorização prévia de celebração do contrato de gestação de substituição.

“A decisão de admissão liminar do pedido é uma decisão interlocutória, não configurando qualquer autorização de celebração do contrato de gestação de substituição”, explica o regulador desta área.

De acordo com o CNPMA, até ao momento “foi autorizada a celebração de dois contratos de gestação de substituição e encontram-se pendentes sete processos de autorização”.

Destes sete processos, foi solicitada documentação adicional para quatro, para um “será solicitado o respetivo parecer à Ordem dos Médicos” e outros dois “aguardam a comunicação do parecer da Ordem dos Médicos”.

Parceria com VMER
Caldas da Rainha vai passar a ter desfibrilhadores nos pavilhões desportivos e nas principais ruas de comércio, numa parceria...

O Pavilhão da Mata (Campo do Caldas), o Pavilhão Rainha D. Leonor e o Complexo Desportivo são os três primeiros locais a equipar com um dispositivo de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) no âmbito de “uma parceria com a Câmara", que solicitou formação, disse Nuno Pedro, enfermeiro Coordenador da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) das Caldas da Rainha.

A equipa da VMER é, na região Oeste, “a primeira entidade credenciada para dar formação em Suporte Básico de Vida com DAE”, o que lhe permite “dar formação a alguns elementos designados pela Câmara para poderem operar com estes dispositivos que permitem salvar vidas”, acrescentou o mesmo responsável.

Numa segunda fase, “a Câmara já demonstrou interesse em colocar mais dois dispositivos nas ruas mais movimentadas da cidade”, nomeadamente na Rua das Montras e na Praça 25 de Abril (em frente à Câmara), onde poderão ser utilizados “em caso de emergência, por alguém credenciado para o efeito”.

Estes dois últimos dispositivos, “por serem móveis”, podem ainda, segundo Nuno Pedro, “ser mobilizados, juntamente com o responsável capacitado para o operar, para outros locais onde se realizem grandes eventos, como as feiras no Parque”.

A possibilidade de operar dispositivos de DAE era restrita a médicos até 2010, mas a alteração da legislação permite, desde então, iniciar programas de formação “para poderem ser utilizados fora do âmbito hospitalar ou da VMER”.

Nesse sentido, a equipa da VMER das Caldas da Rainha, que já desde 2003 ministrava cursos de Suporte Básico de Vida em escolas e em instituições que os solicitassem, optou por constituir uma associação [a Salvar – Associação Cívica do Oeste] e fazer junto do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) “a acreditação em suporte básico de vida com DAE”.

O primeiro curso de formação para médicos, enfermeiros e leigos teve início na sexta-feira passada, no âmbito do 3.º Congresso da VMER das Caldas da Rainha, que terminou sábado na Expoeste, nas Caldas da Rainha.

O objetivo é “formar o maior número de pessoas”, já que, “em ambiente pré-hospitalar, em ambiente de rua, quando uma pessoa cai para o lado e está inconsciente, sem sinais de vida, maioritariamente o que ela precisa no imediato é de levar um choque para o coração voltar a trabalhar, reorganizar e ter capacidade de comprimir e mandar o sangue para todo o lado”, explicou o enfermeiro coordenador da VMER.

De acordo com o mesmo responsável, numa emergência médica “se esse aparelho for utilizado entre os primeiros três a cinco minutos a possibilidade de recuperar o doente varia entre os 50 e os 80%”.

Na situação contrária, “por cada minuto que não é executada nenhuma manobra de suporte básico de vida ou aplicado o DAE, diminuímos a probabilidade de recuperação daquela vítima em 10 a 12%”, sublinhou o enfermeiro.

A disseminação de desfibrilhadores pela cidade constitui assim “um ganho para a população” que, “com responsabilização e a formação adequada”, poderá contribuir para salvar vidas.

Porém, alertou Nuno Pedro, trata-se de um dispositivo que gera um choque elétrico que “pode reiniciar vida, também pode provocar uma paragem, quando mal utilizado”, exigindo de quem o utiliza a ”responsabilidade de respeitar as regras de segurança, saber o que fazer e quando deve atuar”, já que o DAE só pode ser usado em “vítimas sem sinais de vitais”.

Por isso, o responsável deixa um alerta para quando os dispositivos forem colocados nas ruas: “não brinquem, respeitem-nos e não os roubem", apelou o enfermeiro, lembrando que “já houve um aparelho destes no Pavilhão da Mata e foi roubado.

Mas sobretudo, vincou, “saibam-no usar, porque podem salvar uma vida”.

Os DAE a colocar na cidade terão um custo entre os 600 e os 2000 euros por aparelho e serão adquiridos pela autarquia.

Dia Mundial da Voz 2018
“A voz é uma das extensões mais fortes da nossa personalidade, estabelece o sentido de inter-relação

A voz é o instrumento que nos permite comunicar com os outros, permitindo-nos expressar as nossas emoções na nossa vida de relação. É elemento fundamental na maioria das profissões como por exemplo os professores, actores, cantores, locutores, mas também recepcionistas, operadores de telemarketing, profissionais de saúde, jornalistas e tantas outras.

Como é gerada a voz?

A voz é produzida na laringe pela vibração das cordas vocais durante a expiração do ar contido nos pulmões. Essa vibração ressoa na faringe, fossas nasais e boca, sendo articulada na boca com a ajuda da lingua, permitindo este conjunto de acções a produção da infindável variedade de sons que conseguimos emitir.

As cordas vocais são duas e abrem durante a respiração, fechando e vibrando durante a produção de som. O seu bordo é muito liso e regular; qualquer inflamação ou irregularidade como quistos, nódulos, pólipos ou tumores gera um som diferente do habitual, sendo percebido como rouquidão.

Alterações a outros níveis podem também mudar a qualidade da voz, como sejam a obstrução nasal ou os problemas respiratórios de origem pulmonar.

Quais são os principais inimigos da voz?

Muitos dos problemas que podem ocorrer com a nossa voz são gerados por nós próprios, seja por consumos de substâncias nocivas, seja por mau uso ou abuso da voz. As substâncias mais frequentemente envolvidas são o tabaco e o álcool, sendo a sua associação particularmente nociva e potencialmente geradora de lesões malignas. Os irritantes químicos e infecções laríngeas são outros dos inimigos da nossa voz. O mau uso e abuso vocal – gritar, falar alto, tossir, pigarrear – são das situações mais frequentes que afectam muitos de nós, particularmente nalgumas profissões das quais o melhor exemplo são os professores.

Sinais de Alarme

Quais são os sinais a que devemos estar atentos e que nos levem a pensar que podemos estar a desenvolver um problema na voz? A presença de uma rouquidão persistente, sensação de esforço ao falar, cansaço ao falar, falhas ou perdas de voz, dor ou ardor na garganta, pigarreio frequente, dificuldade a engolir.

Mas note-se que, apesar destes serem sinais de alarme e que nos devem levar a procurar um otorrinolaringologista se persistirem por um período superior a duas semanas, não são necessariamente indicadores de doença grave.

Então que cuidados devemos ter com a nossa voz?

  1. Falar baixo, de forma pausada, respirando de modo adequado;
  2. Fazer exercícios de aquecimento vocal – como inspirar enchendo os pulmões de ar e expandindo o diafragma – quando sabe que vai falar durante um longo período de tempo;
  3. Beba água regularmente – 7 ou 8 copos de água por dia em pequenos golos - . Se estiver em ambientes com ar condicionado, reforce a hidratação;
  4. Não se automedique: existem fármacos como anti-histamínicos, diuréticos, descongestionantes nasais, antidepressivos, que podem afectar a voz;
  5. Não ingira bebidas demasiado quentes ou frias e evite bebidas alcoólicas ou com cafeína; Evite alimentos demasiado condimentados ou gordurosos, derivados do leite e achocolatados pois podem causar azia, digestão difícil e refluxo com inflamação laríngea;
  6. Durma entre 7 a 8 horas por dia, pratique exercício físico e não fume;
  7. Evite usar roupas apertadas  na zona do pescoço e da cintura, já que limitam os movimentos para a respiração e a fonação.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo
O Governo autorizou o Centro Hospitalar São João, no Porto, a assumir encargos plurianuais até 15 milhões de euros, mais IVA,...

Em comunicado de hoje, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte refere que para a aquisição de serviços de tratamento por radioterapia, a unidade hospitalar pode assumir um encargo até 6,8 milhões de euros.

Para a remodelação da ala sul central – 1.ª fase, pisos 7 e 8 a empreitada pode ascender aos 5,5 milhões de euros e para a compra de equipamentos de ressonância magnética o montante pode rondar os 1,8 milhões de euros, acrescenta.

A ARS recorda ainda que em 2016 foram igualmente alocadas verbas para a adaptação da sala de angiografia, remodelação com fornecimento de elevador e sistema de climatização do centro ambulatório.

Já no ano passado foram autorizados os investimentos respeitantes a empreitada de beneficiação do interior, impermeabilização dos reservatórios de água, remodelação da sala de radiologia do centro de ambulatório.

Fundação Contra a Sida alerta
A presidente da Fundação Comunidade Contra a Sida, Filomena Frazão de Aguiar, alertou hoje que os cortes no financiamento para...

Segundo a responsável, que falava no âmbito das 7.ª jornadas ético-jurídicas da infeção VIH/Sida, a decorrer hoje no Porto, houve “uma redução de mais de 35% no financiamento para o tratamento das pessoas que vivem com VIH” no início do ano.

“Isso vai condicionar muito várias áreas, não só a qualidade de vida dos doentes, como também o acesso aos cuidados, a liberdade dos próprios médicos em prescreverem as terapêuticas para os doentes”, sublinhou Filomena Frazão de Aguiar.

Os cortes, acrescentou, “condicionam também o número de consultas e os exames”.

“Há que fazer um alerta, porque se não se falar das coisas elas caem no esquecimento”, disse.

A presidente da fundação afirmou também que os cortes no financiamento “põem em causa as metas da Organização Mundial de Saúde 90–90-90”, que visam conseguir que, até 2020, 90% das pessoas infetadas sejam diagnosticadas, 90% das pessoas com o diagnóstico de infeção por VIH estejam em tratamento e que 90% das pessoas em tratamento estejam controladas.

“A parte em que os doentes possam não ser tratados com os medicamentos que garantem a melhor qualidade da vida” é o que “preocupa mais” a fundação, frisou Filomena Frazão de Aguiar.

Para esta tarde está programado um debate sob o tema “Um Financiamento Adequado na Saúde”, no qual participarão o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e a presidente do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Maria do Céu Machado, entre outros profissionais.

 

Parlamento
O parlamento aprovou hoje um diploma que permite a mudança de género a partir dos 16 anos, sem relatório médico, com votos...

A deputada do PSD Teresa Leal Coelho votou também a favor da mudança da lei, violando a disciplina de voto contra no seu partido.

A votação foi aplaudida no plenário e por cidadãos presentes nas galerias.

De acordo com uma contagem feita pela mesa da Assembleia da República, votaram a favor 109 deputados e contra 106, uma vez que, como não foi requerida a votação uninominal, foi contabilizada a totalidade dos parlamentares por bancada, apesar de não estarem presentes a totalidade dos deputados.

Somando o total de deputados das bancadas que votaram favoravelmente e contra o resultado seria de 108-106, mas a mesa contabilizou também do lado do ‘sim’ o voto desalinhado de Teresa Leal Coelho.

O texto final, que resulta de uma proposta do Governo e de projetos do BE e PAN, vai permitir que maiores de 16 anos possam alterar o seu género e nome próprio no registo civil, apenas mediante requerimento e sem necessidade de recorrer a qualquer relatório médico.

Entre os 16 e os 18 anos, este procedimento terá de ser autorizado pelos representantes legais.

O diploma proíbe ainda, “salvo em situações de comprovado risco para a saúde”, intervenções cirúrgicas ou farmacológicas que impliquem alterações do corpo ou características sexuais dos bebés e crianças intersexo.

No final da votação, todas as bancadas, à exceção da do PCP, que se absteve, fizeram declarações de voto orais.

Pelo PS, a deputada Isabel Moreira confessou-se emocionada e classificou a aprovação deste diploma como “um passo histórico no reconhecimento ao direito da autodeterminação de género e proteção de características sexuais de cada pessoa”.

“O grupo parlamentar do PS honra todas as pessoas ‘trans’, a conquista é em primeiro lugar deles”, afirmou Isabel Moreira, que assegurou que a bancada socialista continuará a prosseguir o caminho iniciado pela lei “nas escolas, serviços de saúde e mudança de mentalidades”.

Pelo Bloco de Esquerda, a deputada Sandra Cunha saudou os cidadãos presentes nas galerias e assinalou a aprovação do diploma como “mais um avanço no respeito pelos diretos humanos fundamentais”.

“A descida da idade para os 16 anos para o acesso da alteração de género no cartão de cidadão significa que reconhecemos que o sofrimento que jovens atravessam no seu dia a dia não é tolerável neste parlamento e neste país”, salientou.

A deputada lamentou que não tenham sido integradas outras propostas do partido – como o acesso da lei a imigrantes e requerentes de asilo – à semelhança do que fez o deputado único do PAN, André Silva, partidos que tinham projetos que foram substituídos, tal como a proposta do Governo, por um texto único.

“Hoje, mesmo com resistências, demos mais um passo histórico, na árdua luta pelos direitos das pessoas LGBT”, salientou André Silva, destacando ainda a proteção às características sexuais dos bebés e crianças intersexo.

Para o deputado do PAN, Portugal teve hoje “nota positiva no mapa arco-íris” que quer ver mais alargado na Europa e no mundo.

Pelos Verdes, Heloísa Apolónia justificou o voto favorável do seu partido com o “respeito pelos direitos humanos, dignidade na vida das pessoas e respeito pela sua autodeterminação e identidade”.

Do lado oposto, a deputada do PSD Sandra Pereira considerou que a lei aprovada “enferma de radicalismo ideológico” e vai gerar “situações de incerteza e insegurança jurídica”.

“O que está em curso é uma agenda de desconstrução social com a qual o PSD não pactuará”, afirmou, provocando protestos no plenário e nas galerias, de onde foram retiradas parte das pessoas que assistiram à votação.

Salientando que o PSD “não é contra a autodeterminação de género”, Sandra Pereira lamentou que não tenha sido considerada a proposta “mais moderada” dos sociais-democratas que previa um acompanhamento médico para que pudesse ser feita a alteração de género no registo civil.

A social-democrata insurgiu-se ainda contra a proibição de cirurgias a crianças intersexo, considerando que o parlamento “desprezou a medicina e o papel das famílias”.

“Esta lei não tem a adesão da maioria dos portugueses”, afirmou.

Pelo CDS-PP, a deputada Vânia Dias da Silva salientou que, se aos 16 anos os jovens não podem beber álcool nem guiar, “não devem poder tomar uma decisão com consequências tão decisivas” nas suas vidas e apontou que muitos médicos colocam a “maioridade clínica” nos 24 anos.

“Para nós este tema não nos é indiferente, não ignoramos que há pessoas que vivem dramas pessoais intensos, mas há um outro caminho que deve ser seguido no Serviço Nacional de Saúde e na sensibilização nas escolas”, defendeu.

Imuno-Hemoterapia
O Serviço de Imuno-Hemoterapia do Centro Hospitalar de Lisboa Norte vai passar a colher, analisar, processar, criopreservar e...

De acordo com um comunicado do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), a Unidade de Hemato-Oncologia do Centro Clínico Champalimaud, que trata doentes com Síndromes Linfoproliferativos e Mieloma Múltiplo, tem registado “um crescimento significativo”.

Por esta razão, a fundação reforçou as condições técnicas e logísticas nesta área, através da assinatura de um memorando assinado na quinta-feira entre as administrações do CHLN e a Champalimaud.

Trata-se do primeiro acordo específico no domínio da especialidade hospitalar de Imuno-Hemoterapia que se regista após dois anos em que, informalmente, estas duas instituições têm vindo a desenvolver ações de cooperação clínica.

“Com a assinatura deste memorando, duas das mais reputadas instituições do país mostram como entidades públicas e privadas podem cooperar, tendo em vista ganhos de saúde para os portugueses, bem como eficiência no uso dos recursos disponíveis para o crescimento da investigação e para o desenvolvimento da medicina em Portugal”, prossegue o comunicado.

DGS
O número de casos confirmados de sarampo subiu para 108, mais um caso em relação a quinta-feira, havendo 18 situações ainda em...

Dos 108 casos confirmados, 101 já estão curados, segundo o último boletim emitido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado hoje. Há atualmente sete pessoas com a doença e 18 casos a ser investigados.

Ao longo do surto, que maioritariamente infetou pessoas com ligação ao Hospital de Santo António, no Porto, foram ainda analisados 251 casos que se revelaram negativos.

De todos os casos confirmados, 9% tinham esquema vacinal incompleto e 14% não estavam vacinados. A maioria dos casos (86 doentes) registou-se em profissionais de saúde.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Segundo a DGS, “os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal”.

Existe vacina contra o sarampo no Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e 5 anos de idade.

As pessoas com esquema vacinal completo podem contrair a doença, mas de forma leve e não são veículo de transmissão, segundo as autoridades de saúde.

Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença.

KPC
Oito doentes encontram-se em isolamento num serviço de Medicina do hospital de Viseu por estarem colonizados com a bactéria...

“Neste momento, os doentes estão identificados. Temos oito doentes colonizados, não infetados, mas temos que fazer as zaragatoas de segurança”, esclareceu o também presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu, mostrando-se convencido de que poderão ter alta hospitalar nos próximos dias.

O médico explicou que a KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) “é uma bactéria multirresistente que, em muitas circunstâncias, resulta da utilização de antibióticos em doentes que estão comprometidos do ponto de vista imunológico, têm as defesas baixas”.

“Ou porque são idosos ou porque têm doenças de outro tipo e fazem infeções sucessivas, obrigam-nos a utilizar vários tipos de antibióticos, entre os quais as cefalosporinas, que são indutoras do aparecimento destas bactérias”, acrescentou.

Segundo Cílio Correia, o primeiro caso, há cerca de oito dias, foi uma idosa de 96 anos que estava infetada pela bactéria KPC e que colonizou os oito doentes que se encontram isolados.

“A senhora, que já faleceu, teve nos últimos tempos várias entradas no hospital para tratar infeção urinária e infeção respiratória”, contou, acrescentando que a causa da morte não foi a bactéria.

O responsável explicou que foram tomadas “medidas de higienização ambiental, desinfeção e confinamento dos doentes que estiveram em contacto (com a idosa)” para evitar transmissões cruzadas.

“Adotámos uma estratégia de confinamento. Neste momento, temos confinados os doentes que estão à espera da confirmação da zaragatoa para poderem ter alta”, acrescentou.

Cílio Correia disse que, quando cada doente tiver alta e for para casa, leva consigo uma nota informativa.

“Se, por acaso, tiver alguma sintomatologia que o faça vir a uma nova consulta ou a um serviço de urgência deve trazer essa folha informativa para que o médico que o vai ver faça a zaragatoa e o isole desde logo”, afirmou.

As famílias serão informadas que “devem lavar as mãos e o próprio doente, quando vai à casa de banho, deve fazer uma higienização adequada para evitar a transmissão”, acrescentou.

Projeto piloto
Nove hospitais públicos portugueses vão iniciar um projeto piloto para reduzir o número de transfusões de sangue, uma medida...

O médico imuno-hemoterapeuta António Robalo Nunes explica que a ideia de um programa de gestão de sangue do doente “tem vindo a ganhar relevo no panorama científico e médico internacional”, dando agora os primeiros passos concretos em Portugal.

No sábado, especialistas vão juntar-se em Cascais para debater este conceito de ‘patient blood management’ (gestão do sangue do doente) a nível nacional e internacional.

Segundo António Robalo Nunes, o objetivo do programa é “preservar o sangue do doente como recurso único” e criar nos hospitais “estratégias concertadas para poder sinalizar doentes em risco de transfusão, sobretudo em contexto cirúrgico, para reduzir as transfusões”.

O programa permitirá também poupar sangue, que é um bem escasso, mas esse não é o objetivo central. O foco reside na redução da exposição a transfusões e na melhoria de cuidados.

“A transfusão é salvadora de vidas e de maneira alguma é uma terapêutica de risco elevado, mas tem riscos, não está isenta de risco”, afirma Robalo Nunes, lembrando que as transfusões se associam a piores indicadores quanto a taxas de infeção e a aumento de dias de internamento.

Em contexto cirúrgico, que representa metade das transfusões, o objetivo é identificar previamente os doentes com risco de transfusão, como são os casos das pessoas com anemia.

Segundo o especialista, que é igualmente presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia, a existência de anemia é o principal fator de probabilidade para uma transfusão de sangue, num país como Portugal que tem cerca de 20% de população adulta com anemia.

Um dos objetivos deste programa é identificar no pré-operatório e em tempo útil os doentes com anemia, permitindo tratar a deficiência de ferro antes da cirurgia. O mesmo deve acontecer com a avaliação de deficiências de coagulação.

“Isto nem sempre é feito em tempo útil. A ideia deste programa é ir tornando esta gestão de sangue do doente uma cultura institucional e depois nacional”, afirmou o médico imuno-hemoterapeuta à Lusa.

Um despacho do Ministério da Saúde publicado este mês determina que este ano vão ser iniciados projetos pilotos de programa de gestão do sangue do doente em nove unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O objetivo é que em 2019 estes projetos piloto sejam alargados a todos os hospitais do SNS, refere o despacho.

Foi realizado já um estudo para estimar o impacto desta gestão de sangue do doente em Portugal, prevendo-se que, se fosse aplicada ao mesmo tempo em todo o território, poderia reduzir para metade as transfusões e ainda poupar num ano 67 milhões de euros, de acordo com Robalo Nunes.

Estudo
As dores nas costas são a primeira causa de perda de anos de vida em Portugal. A conclusão é do relatório "Global Burden...

O estudo, que vai na sua 4ª edição, é descrito pela revista científica como "o maior estudo epidemiológico de sempre".

O documento aponta as dores na coluna, nas regiões lombar e cervical, como sendo responsável por 7,86% do total de anos de vida perdidos pelos portugueses por morte prematura, incapacidade ou saúde condicionada, escreve o Sapo.

As dores nas costas surge à frente da doença vascular cerebral (6,35%), doença cardíaca isquémica (6,52%), diabetes (3,31%), depressão (3,2%) ou cancro do pulmão (2,85%).

"As patologias associadas à coluna são uma verdadeira epidemia no mundo ocidental", explica Luís Teixeira, médico ortopedista e presidente da Asssociação Sem Fins Lucrativos Spine Matters. "Este é um enorme sinal de alerta sobre a frequente desvalorização que é feita sobre as doenças relacionadas com a coluna", acrescenta.

"Infelizmente, Portugal não está sozinho nestas estatísticas, mas o que estudo demonstra é que o impacto que este problema tem no estado de saúde do país tem vindo a agravar-se ano após ano", realça o médico.

O ortopedista alerta para a necessidade de se começar a atuar preventivamente para se combater eficazmente esta realidade: "muitas vezes as pessoas precisam de ser confrontadas com estes números para se questionarem sobre se a dor que sentem é normal e sobre se devem continuar a adiar uma consulta com um especialista".

O risco de procurar um médico em último recurso
"Muitos dos doentes que me entram no consultório vêm em último recurso, depois de anos e anos a adiar o tratamento e a desvalorizarem a dor que as condicionava todos os dias. Quando mais cedo se atuar, mais fácil será prevenir que os problemas de coluna se transformem em incapacidade temporária ou permanente", alerta.

Segundo o médico, sensibilizar e promover hábitos saudáveis e uma postura vigilante em relação à coluna é fundamental: "Se hoje, felizmente, as pessoas estão mais alerta em relação, por exemplo, às doenças cardiovasculares ou à importância de um diagnóstico precoce no tratamento de cancros, devemos conseguir faze-lo também em relação à coluna. Os números demonstram que se dermos mais atenção a esta patologia, os portugueses poderão usufruir de mais anos de vida com melhor qualidade".

Estudo
As pessoas que ficam acordadas até mais tarde e se levantam muito depois do que a maioria são mais propensas a morrer mais cedo...

Uma investigação que envolveu mais de 430 mil pessoas no Reino Unido descobriu que os notívagos tinham um risco 10% maior de morrer prematuramente - no período de 6,5 anos - do que as pessoas diurnas, escreve o Sapo.

"Esta é uma questão de saúde pública que não pode ser ignorada", comenta o coautor do estudo Malcolm van Schantz, da Universidade de Surrey.

"Os notívagos que tentam viver num mundo diurno podem sofrer consequências", disse ainda Kristen Knutson, da Universidade Northwestern, em Chicago. A dupla reuniu informações sobre quase meio milhão de pessoas entre os 38 e os 73 anos.

Os participantes categorizaram-se: "definitivamente uma pessoa da manhã" (27%), "mais uma pessoa da manhã do que uma pessoa da noite" (35%), "mais uma pessoa da noite do que da manhã" (28%) ou "definitivamente uma pessoa da noite" (9%).

Os voluntários também indicaram o seu peso, os hábitos tabágicos e o seu status socioeconómico. As mortes no grupo - pouco mais de 10.500 no total - foram documentadas durante seis anos e meio.

Menos horas de sono e mais problemas de saúde
Os investigadores descobriram que o grupo dos notívagos tinha um risco 10% maior de morrer no período estudado do que as pessoas do grupo mais extremo dos diurnos.

Por outro lado, as pessoas do grupo "definitivamente uma pessoa da noite" tinham maior probabilidade de sofrer de distúrbios psicológicos, diabetes e problemas de estômago e dormiam menos horas por noite.

Essas pessoas, as do grupo da noite, também eram mais propensas a fumar, beber álcool e café e consumir drogas ilegais.

Segundo a investigação, esse risco acrescido de morte prematura pode dever-se ao facto de as pessoas que estão acordadas até tarde terem "um relógio biológico interno que não corresponde ao seu ambiente externo", disse Knutson.

"Isso poderia resultar em mais stress psicológico, comer à hora errada para o corpo, não fazer exercício o suficiente, não dormir o suficiente, ficar acordado à noite sozinho, talvez consumir drogas ou álcool".

O grupo de estudo pede, por isso, que os notívagos recebam um tratamento especial e mais flexível. "Se pudermos reconhecer que essas pessoas noturnos são, em parte, geneticamente determinadas (...), os empregos e as horas de trabalho poderiam ser mais flexíveis para os notívagos", disse Knutson. "Não deveriam ser forçados a levantar-se para um turno das 08h00", concluem os cientistas.

Associação Portuguesa de Fisioterapeutas alerta
A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas alerta que 40% dos cuidados de fisioterapia estão a ser prestados por profissionais...

“O problema mais grave da fisioterapia em Portugal são os atos praticados por não-fisioterapeutas”, afirma em comunicado o presidente da associação, Emanuel Vital, adiantando que o Estado gasta anualmente “mais de 74 milhões de euros em cuidados de medicina física e reabilitação”, que “muitas vezes são praticados por pseudo-fisioterapeutas”.

Em declarações, Emanuel Vital disse que esta situação se deve essencialmente à ausência de regulação da atividade profissional.

“Neste momento, a informação que temos sobre a nossa prática profissional é escassa, não existem estudos com alguma validade que nos permitam conhecer a realidade”, lamentou.

Segundo Emanuel Vital, as situações são relatadas à associação por quem está no terreno e revelam que há clínicas por todo o país em que os cuidados de fisioterapia estão a ser desenvolvidos por técnicos auxiliares e massagistas.

“A nossa preocupação acima de tudo é garantir que as pessoas que necessitam de cuidados de fisioterapia possam aceder aos fisioterapeutas e os fisioterapeutas desenvolveram a sua atividade de forma regulada”, disse à Lusa.

Os relatos que chegam à associação, por parte dos seus associados, apontam para um aumento dos problemas graves originados por más intervenções anteriores, sobretudo em doentes com AVC, com doenças pulmonares obstrutivas crónicas e lombalgias.

Segundo a associação, a maioria desses tratamentos prestados por não-fisioterapeutas é feita com base em “calor húmido”, “ultrassons” e “massagem”, que já são considerados ultrapassados pela comunidade científica.

“Em muitas clínicas em Portugal, a maioria dos tratamentos não segue as novas ‘guidelines’ internacionais”, afirma Emanuel Vital.

A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas alerta para “um problema de saúde pública” que afeta quase quatro milhões de pessoas.

Para garantir a qualidade dos serviços de fisioterapia, Emanuel Vital defende a necessidade de regular a profissão e de uma ordem profissional.

A criação da Ordem dos Fisioterapeutas foi aprovada em 20 outubro de 2017 na Assembleia da República, com a votação na generalidade de projetos de Lei nesse sentido do PS e do CDS.

Na consulta pública que se seguiu, dos quase 300 pareceres nacionais e internacionais que chegaram ao Parlamento, mais de 90% pronunciaram-se favoravelmente à criação da Ordem, refere a associação no comunicado.

“Estamos a falar de regular a atividade de mais de 11 mil profissionais vocacionados para o exercício liberal da profissão, dos quais só uns 1.350 estão no Serviço Nacional de Saúde – todos os outros trabalham no privado, boa parte de forma liberal”, afirma a presidente da Comissão Pró-Ordem dos Fisioterapeutas, Isabel de Souza Guerra.

Estudo
Um estudo internacional concluiu que os adultos não devem beber em média mais do que uma bebida alcoólica por dia, o que...

O mesmo estudo também concluiu que aqueles que bebem mais de sete bebidas alcoólicas por semana morrem mais depressa do que quem bebe menos.

"O que isso diz é que se realmente está preocupado com a sua longevidade, então não deve beber mais do que um copo por dia", afirmou David Jernigan, um investigador da Universidade Johns Hopkins, que não esteve envolvido no estudo.

Enquanto o governo norte-americano recomenda às mulheres não beber mais de sete bebidas alcoólicas por semana, a orientação para os homens é de 14 bebidas. Isto porque estudos anteriores concluíram que as mulheres são afetadas mais rapidamente por pequenas quantidades do que os homens por várias razões, incluindo pesarem menos que o sexo masculino, em média, e por a concentração de álcool no sangue processar-se de forma mais célere.

O novo estudo estima que um homem de 40 anos que beba de acordo com as orientações dos Estados Unidos tem menos um a dois anos de vida do que outro que não beba mais de sete copos por semana.

O Canadá e a Suécia têm orientações semelhantes aos dos Estados Unidos, definidas pelo Departamento de Agricultura, mas há países com tetos maiores, como caso de Espanha e da Roménia, cujo limite para os homens é equivalente a 20 bebidas alcoólicas por semana.

As recomendações no Reino Unido seguiam os padrões norte-americanos de há dois anos, quando as autoridades de Saúde britânicas decidiram baixar o nível recomendado dos homens para o mesmo das mulheres.

O estudo "é um grave alerta para muitos países", afirmou Jeremy Pearson, da Fundação Britânica do Coração, numa declaração.

Esta entidade financiou parcialmente o estudo, que foi publicado hoje pela revista Lancet.

O estudo combina resultados de 83 estudos realizados em 19 países, num universo de quase 600 mil pessoas que bebem álcool.

Os investigadores concentraram-se nos que desenvolveram - e morreram de - acidentes vasculares e diferentes doenças do coração.

Fizeram questão de excluir pessoas que tinham historial de problemas cardíacos na altura em que entraram no estudo.

Cerca de metade dos participantes afirmaram consumir mais de 100 gramas de álcool por semana. Há variação de país para país sobre quantos gramas são encontrados numa bebida padrão.

Inquérito
Os habitantes da região centro são dos que menos fumam e dos que mais comem vegetais e fruta, registando também a menor taxa de...

Os dados relativos à região Centro do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) foram hoje apresentados em Coimbra, num inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

"São resultados estimulantes, mas responsabilizantes para todos. A região centro apresenta resultados que mostram que há um trabalho relevante de várias gerações de profissionais de saúde. Ao longo dos últimos anos, temos indicadores que mostram que a região centro está bem na vanguarda em alguns aspetos", destacou o diretor do Departamento de Saúde Pública da ARSC, João Pedro Pimentel.

No inquérito, a região destaca-se na análise aos determinantes de saúde, registando o menor consumo de tabaco na população masculina (23,9%) no país e o segundo menor na população feminina (11,8%).

Também no consumo de vegetais e frutas, o centro aparece em primeiro e segundo lugar, respetivamente.

No caso dos vegetais, 20% da população não consome diariamente vegetais (a média nacional é 26,7%) e 15,4% não consome diariamente frutas (média nacional é de 20,7%), revelam os dados divulgados ontem  na sessão que decorreu no Instituto Português de Oncologia de Coimbra.

Também nos níveis de sedentarismo, a região é destacada, apresentando a menor prevalência no país (33,8%), face a uma média nacional de 44,8%.

Já nos dados relativos ao estado da saúde na região, há uma prevalência de diabetes de 8,7% (segundo melhor registo nacional), cerca de 35% da população adulta é hipertensa (terceiro pior resultado nacional), e cerca de 29% é obesa (terceiro melhor registo nacional).

Nos cuidados de saúde preventivos, a quase totalidade (98,7%) das mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos realizou uma mamografia nos últimos dois anos e uma grande maioria (84,5%) das mulheres fizeram o rastreio do colo do útero.

Já no rastreio do cancro do cólon e do reto, o Centro apresenta um dos piores resultados, com apenas 20,8% da população com idade entre os 50 e os 74 anos a ter realizado esse rastreio nos últimos dois anos.

O inquérito foi realizado em 2015 e abrangeu 4.911 indivíduos com idade entre os 25 e os 74 anos.

Dados oficiais
O Serviço Nacional de Saúde poupou 179 milhões de euros em compras no ano passado, apesar de ter aumentado as aquisições 55%...

O documento refere que a compra de medicamentos, dispositivos e prestações de serviço e outros bens ao abrigo de acordos feitos pelas unidades de saúde em 2017 representou uma poupança global de 62,2 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As compras centralizadas para as instituições do SNS, feitas através dos Serviços Partilhados, representaram uma poupança de 116,9 milhões de euros, quase o triplo do que no ano de 2016.

As poupanças de compras centralizadas representaram 65% do total da poupança, enquanto as compras por acordos feitas diretamente pelas instituições de saúde contribuíram em 35% para o total das poupanças.

Segundo o relatório, isto representa que há mais hospitais e unidades do SNS a “mandatar os Serviços Partilhados para realização de compras, reduzindo as aquisições diretas”.

No global, registou-se uma poupança nas compras do SNS de 179 milhões de euros, que aumentou 39% face a 2016, quando era de 128 milhões.

O volume global de compras em 2017 foi de 1.300 milhões de euros.

Na área dos medicamentos, os que registaram maiores valores de poupança foram os do foro oncológico e os do tratamento da infeção VIH/sida.

A partir deste ano de 2018, os medicamentos para a hepatite C vão também entrar na compra centralizada de fármacos, segundo fonte oficial dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Diretora-geral da Saúde
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que o surto de sarampo está "em fase de controlo", mas não...

Graça Freitas disse que, face às circunstâncias, o surto poderá ser dado como controlado, "no mínimo, dentro de duas semanas".

A diretora-geral da Saúde falava na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, à entrada da "1.ª Conferência Internacional de Emergência Médica".

Segundo Graça Freitas, o número de casos de sarampo confirmados subiu ontem para 107 depois de na quarta-feira ter sido identificado mais um.

A diretora-geral da Saúde referiu ainda, após a sua participação na conferência, que aguarda resultados das análises em curso no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge para confirmar a suspeita de se tratar dois surtos de sarampo, e não um só, suscitados por "duas linhagens diferentes do vírus", com origens distintas, uma proveniente do espaço europeu e outra fora do espaço europeu.

Graça Freitas espera obter os resultados ao fim de duas semanas, "no mínimo".

De acordo com o mais recente balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado ontem, o número de casos de sarampo confirmados subiu para 107, sendo que 24 continuam em investigação pelas autoridades.

Dos 107 casos confirmados, 100 já estão curados.

Ao longo do surto, que maioritariamente infetou pessoas com ligação ao Hospital de Santo António, no Porto, foram ainda analisados 247 casos que se revelaram negativos.

De todos os casos confirmados, nove por cento tinham esquema vacinal incompleto e 14 por cento não estavam vacinados. A maioria dos casos (85 doentes) registou-se em profissionais de saúde.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Segundo a DGS, "os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal".

Existe vacina contra o sarampo no Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e 5 anos de idade.

As pessoas com esquema vacinal completo podem contrair a doença, mas de forma leve e não são veículo de transmissão, de acordo com as autoridades de saúde.

Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença.

 

17 de abril - Dia Mundial da Hemofilia
Por ocasião do Dia Mundial da Hemofilia que se assinala no dia 17 de abril, o Comité de Mulheres da Associação Portuguesa de...

A hemofilia é um distúrbio hemorrágico raro, congénito, no qual uma alteração genética provoca a ausência ou a baixa concentração de uma determinada proteína no sangue (FVIII na hemofilia A e FIX na hemofilia B) o que faz com que o processo da coagulação não ocorra à velocidade normal, pelo que um hemofílico sangra durante mais tempo, até que a hemorragia seja estancada. Enquanto a forma grave da doença afeta quase exclusivamente os homens, os problemas experimentados por mulheres que possuem o “gene alterado” só recentemente começam a ser reconhecidos.

Os homens com níveis de fator de coagulação superiores a 5% são diagnosticados com hemofilia ligeira; no entanto, as mulheres com índices semelhantes de doseamento de fator são designadas simplesmente como "portadoras" do gene. Esta designação, não aplicada aos homens, tem uma conotação de “não doença”, que aligeira e até menospreza os possíveis sintomas ou complicações hemorrágicos nas mulheres – hemorragia ginecológica (períodos menstruais de duração superior a 7 dias) e obstétrica (parto e puerpério); hemorragia grave após extração dentária, cirurgia ou trauma - havendo tendência a procurar outras causas, que não as associadas à presença de um distúrbio hemorrágico, escamoteando assim a verdadeira origem do problema, e protelando o diagnóstico correto.

“O diagnóstico de um distúrbio hemorrágico na mulher, seja ele associado ao défice de um dos fatores de coagulação, ao défice do FvW (Doença de von Willebrand), a défices de agregação plaquetária (Trombastenia de Glanzmann) ou outras alterações plaquetárias, é o momento decisivo para uma tomada de consciência conjunta (da própria, sua família e médico assistente), de forma a garantir o acompanhamento correto da sua condição, acautelar possíveis complicações e impedir o incorrer em riscos desnecessários”, explica Miguel Crato, Presidente da APH.

Já Ana Pastor, coordenadora do Comité de Mulheres da APH, defende que “a valorização e esclarecimento das portadoras de coagulopatias é um objetivo primordial. Estamos disponíveis para ajudar jovens e mulheres portadoras do gene da hemofilia ou de outros défices de coagulação, disponibilizando o apoio e informações necessários para lidar com o impacto que esta condição pode ter tanto na sua saúde como na qualidade de vida, para que as mulheres com distúrbios hemorrágicos vivam uma vida plena, ativa e segura”.

Para mais informação sobre hemofilia e os distúrbios hemorrágicos nas mulheres, consulte http://aphemofilia.pt/ .

18 de abril - Dia Europeu dos Direitos dos Doentes
No âmbito do Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, que se assinala no próximo dia 18 de abril, a Escola Nacional de Saúde...

Rute Simões Coelho, investigadora principal do estudo, fará a apresentação das recomendações do relatório. Segue-se um debate sobre as perspetivas da informação prestada ao doente na mudança de medicamento que irá contar com a participação de Cláudia Monge, professora auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Elsa Frazão, presidente do Conselho Diretivo da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, Augusto Faustino, médico reumatologista, Fátima Canedo, diretora da Direção de Gestão do Risco de Medicamentos, João Paulo Cruz, Diretor de Serviço de Gestão Técnico-Farmacêutica do Centro Hospitalar Lisboa Norte e um representante da Comissão Nacional de Farmácia Terapêutica do INFARMED. O debate, sob moderação da jornalista Dulce Salzedas, alargar-se-á depois à plateia.

A questão deontológica do dever do médico informar, o papel do doente na tomada de decisão, a diferença entre informar e consentir, a necessidade ou não de um documento de consentimento assinado, o direito e o dever do doente reportar reações adversas serão certamente temas abordados durante este debate.

O relatório “A Perspetiva dos Doentes na Decisão Terapêutica” surge pouco depois da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) ter emitido novas orientações sobre a mudança de medicamento biológico de referência para biossimilar. Orientações que já suscitaram reações por parte de sociedades médicas (Sociedade Portuguesa de Reumatologia), grupos de estudo (Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal) e associações de doentes (Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide, Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas e Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino).

Os biossimilares são, como o próprio nome indica, medicamentos similares aos biológicos de referência, mas não totalmente iguais, ao contrário do que acontece com os genéricos, que são uma cópia fiel dos medicamentos convencionais. Desenvolvidos a partir de células vivas, os medicamentos biológicos passam por um processo extremamente complexo, que impossibilita a reprodução de cópias iguais.

O evento é gratuito e aberto ao público, sendo apenas necessária a inscrição no site da iniciativa.

Campanha alerta para doença valvular em congresso médico
A campanha “Corações de Amanhã” vai estar presente no Update em Medicina, um congresso anual que se realiza de 19 a 22 de abril...

"O primeiro estudo português sobre esta doença indicou-nos que cerca de 82 por cento das pessoas com mais de 70 anos nunca tinha ouvido falar de estenose aórtica, nem de como esta se manifesta. Desta forma, torna-se imprescindível ter a nossa campanha neste congresso, por forma a incentivar o debate sobre a doença junto da comunidade científica, contribuindo para o reforço do reconhecimento dos seus sintomas e importância do diagnóstico precoce”, refere Lino Patrício, Presidente da campanha Corações de Amanhã.

A estenose aórtica é uma doença que afeta mais de 32 mil portugueses, maioritariamente pessoas acima dos 70 anos. Frequentemente os sintomas desta doença (cansaço, dor no peito e desmaios) são desvalorizados pelas famílias portuguesas e o diagnóstico acaba por ser adiado, o que pode até ser fatal. A deteção atempada da estenose aórtica reduz as admissões hospitalares e representa tempo e qualidade de vida ganhos.

A campanha “Corações de Amanhã” pretende aumentar o conhecimento e compreensão sobre estenose aórtica, promovendo o seu diagnóstico e tratamento precoce. Esta campanha conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Para mais informações sobre a campanha “Corações de Amanhã” consulte www.coracoesdeamanha.pt

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular.

Páginas