Estudo
A eutanásia e os cuidados paliativos coexistem e não se excluem, segundo um estudo que demonstra que muitos dos casos de...

Segundo um estudo publicado no ano passado na revista internacional Palliative Medicine, a percentagem de pessoas que teve acesso a cuidados paliativos na Bélgica é superior entre os que solicitaram eutanásia do que na restante população que não morre de morte repentina.

Um dos autores deste estudo, o sociólogo belga Joachim Cohen, refere que, na Bélgica, a eutanásia acontece depois de os doentes terem acesso a cuidados paliativos com qualidade.

O estudo, publicado em 2017 e que analisou a realidade belga, mostra que, de todos os utentes de cuidados paliativos, houve 14% que solicitaram eutanásia.

Em resposta escrita à agência Lusa, o sociólogo, que trabalha num centro dedicado às questões de fim de vida, refere ter estudos e análises de dados que demonstram que as pessoas que procuram a eutanásia são sobretudo doentes mais informados e com níveis de educação elevados.

Os doentes oncológicos e pessoas entre os 65 e os 79 anos estão também entre os grupos mais relevantes quanto aos pedidos de eutanásia, segundo o estudo, após análise a mais de 6.800 casos de vários tipos de mortes na Bélgica.

Os autores destacam ainda que, no país, as federações de cuidados paliativos aceitam que a eutanásia aconteça no contexto de bons cuidados paliativos.

“Num contexto de eutanásia legalizada, a eutanásia e os cuidados paliativos não surgem como práticas contraditórias. Uma proporção substancial de pessoas que realizou pedido de eutanásia era seguida por serviços de cuidados paliativos”, refere uma das conclusões do estudo.

Joachim Cohen e a equipa do End-of-Life Care Research Group analisaram também a posição das sociedades e dos países relativamente à eutanásia e à morte medicamente assistida.

“A aceitação pública aumentou ao longo do tempo, mas com variações consideráveis entre os países”, concluiu o investigador.

Nesta análise coube ainda a procura pelas razões desta variação, sendo que a religiosidade surgiu como um dos fatores que influencia a posição sobre a eutanásia.

De acordo com Joachim Cohen, um “declínio na religiosidade” explica em parte um aumento da aceitação da eutanásia” na Europa Ocidental.

Outro dos fatores que influencia a posição sobre a eutanásia é a tolerância à autonomia e à liberdade de escolha.

Num outro artigo científico em que Joachim Cohen participou, de 2016, mostra que nem sempre as opiniões dos cidadãos e dos médicos sobre a eutanásia são coincidentes, podendo ser mais fácil despenalizar a eutanásia quando essa diferença de opinião não é tão significativa.

Resultados de estudo
A Agência Europeia de Medicamento recomenda que não sejam prescritos medicamentos com dolutegravir, usado no tratamento do HIV,...

Segundo uma nota publicada na página da Internet do Infarmed, o Comité de Avaliação e Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) adianta que iniciou a avaliação dos resultados preliminares de um estudo em que foram identificados quatro casos de defeitos à nascença, como espinha bífida em bebés nascidos de mães que engravidaram enquanto tomavam o dolutegravir.

O dolutegravir é usado para o tratamento da infeção por HIV (vírus da imunodeficiência humana). Em Portugal, existem dois medicamentos contendo dolutegravir: Tivicay (contém apenas a dolutegravir) e Triumeq (que contém dolutegravir, abacavir e lamivudina).

Na nota, o Comité recomenda que enquanto decorrer a avaliação e como precaução os profissionais de saúde não devem prescrever Tivicay e o Triumeq a mulheres em idade fértil que estejam a tentar engravidar.

É também recomendado que antes do início do tratamento com o Tivicay ou o Triumeq seja excluída a possibilidade de existência de gravidez.

As mulheres em idade fértil devem ser alertadas sobre a necessidade de utilização de métodos contracetivos eficazes durante todo o tratamento.

“Em mulheres a tomar Tivicay ou Triumeq, caso seja confirmada a gravidez no decurso do primeiro trimestre de gestação, deverá ser considerado um tratamento alternativo”, é referido.

No que diz respeito aos doentes, o Comité e o Infarmed pedem que os doentes sejam informados sobre os possíveis riscos da toma do medicamento.

As mulheres em idade fértil devem utilizar um método contracetivo eficaz durante o tratamento com dolutegravir, recomendam.

É também aconselhada a não interrupção do uso do medicamento sem consultar o médico.

O Comité e o Infarmed esclarecem que o estudo, cujos resultados finais deverão ser apresentados daqui a um ano, analisou bebés nascidos de 11.558 mulheres do Botsuana infetadas pelo HIV.

Os resultados preliminares mostram que 0,9% dos bebés (4 em 426) cujas mães engravidaram enquanto tomavam dolutegravir apresentavam um defeito no tubo neural, em comparação com 0,1% dos bebés (14 de 11173), cujas mães tomavam outros medicamentos para o HIV.

 

Uma equipa de cientistas desenvolveu uma nova técnica para detetar mosquitos infetados com o vírus zika, que afirma ser 18...

"Podemos identificar rapidamente os mosquitos que estão infetadas com o vírus zika para que as autoridades de saúde pública possam tratar as áreas afetadas antes do virus se espalhar para os seres humanos” explicou, em comunicado, a investigadora cientifica Maggy Sikulu-Lord, da Universidade de Queensland, Austrália.

Os cientistas Sikulu-Lord e Jill Fernandes descobriram que a tecnologia Espetroscopia no infravermelho próximo (NIRS) é mais eficiente na deteção do vírus, já que "envolve apenas a projeção de um raio de luz sobre os mosquitos de forma a determinar se estão infetados”, lê-se no comunicado.

Até ao momento, a utilização da tecnologia NIRS tem demonstrado ser bastante eficaz na identificação de mosquitos infetados. Durante um estudo realizado em condições de laboratório no Brasil os resultados obtidos tiveram uma taxa de sucesso entre os 94% e os 99%.

Os investigadores estão agora a analisar o nível de precisão desta ferramenta em condições naturais, no Rio de Janeiro, na esperança que esta técnica possa ajudar a detetar outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue ou a malária.

A infeção pelo vírus zika transmite-se aos humanos pela picada de um mosquito e tem sido associada a microcefalia (tamanho do cérebro e da cabeça mais pequeno) em fetos e recém-nascidos.

Um surto atingiu em 2015 vários países da América Latina, sobretudo Brasil.

 

Estudo
O acesso e a qualidade dos serviços de saúde melhoraram no mundo entre 2000 e 2016, um período que viu tornarem-se mais comuns...

Segundo o estudo, divulgado pela revista médica científica The Lancet, os países com mais altos níveis de acesso à saúde e qualidade dos serviços são a Islândia, a Noruega e a Holanda, enquanto os países com pior pontuação são a Somália, a Guiné-Bissau e a República Centro-Africana.

Os autores do trabalho salientam que as melhorias registadas nos últimos 16 anos se devem em parte à evolução em muitos países de baixo e médio rendimento da África subsaariana e do sudeste asiático.

Segundo o documento os países que mais melhoraram no período em análise foram a Etiópia, o Ruanda, a Guiné Equatorial, Birmânia e Camboja. No entanto nos Estados Unidos e em países da América Latina como Porto Rico, Panamá e México o progresso diminuiu ou estagnou.

Essa estagnação ou retrocesso, segundo os autores do estudo (“Global Burden of Disease”), pode ser um aviso para esses sistemas de saúde, que não estão a evoluir na mesma proporção das necessidades da população, especialmente porque as doenças não contagiosas e os cancros se tornaram mais comuns.

“Estes resultados enfatizam a necessidade urgente de melhorar quer o acesso quer a qualidades dos cuidados de saúde, caso contrário os sistemas de saúde podem criar um grande fosso entre os serviços de saúde e as necessidades da população”, disse um dos autores do estudo, Rafael Lozano, da Universidade de Washington.

“Agora é o momento de investir para ajudar a levar os sistemas de saúde à próxima geração, e acelerar o progresso na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, acrescentou.

O estudo utilizou um índice para medir a qualidade da prestação de cuidados de saúde e a acessibilidade aos mesmos, baseado em 32 causas de morte evitáveis com uma assistência médica eficaz. Foram analisados 195 países e a média global foi de 54,4 pontos, mais do que os 42,4 pontos em 2000. As disparidades entre países mantiveram-se semelhantes, com uma diferença de 78,5 pontos entre os melhores e os piores: 18,6 pontos na República Centro-Africana e 97,1na Islândia.

 

Dados OMS
Países da Europa do Sul como Portugal, Espanha ou Malta têm as taxas mais altas de obesidade infantil, embora haja uma...

"Em países como Itália, Portugal, Espanha e Grécia, embora as taxas de obesidades estejam altas, houve uma diminuição importante que se deve ao esforço significativo que estes países fizeram para gerir e prevenir a obesidade infantil", afirmou João Breda, o diretor do departamento europeu da OMS para o controlo e prevenção de doenças não comunicáveis, em Moscovo.

Portugal está entre os países com sinal positivo em áreas como o consumo de fruta, que três quartos ou mais das crianças comem todos os dias ou entre quatro a seis dias por semana.

Com a Irlanda, Dinamarca, Albânia, Montenegro, Itália, São Marino, Rússia ou Turquemenistão, Portugal é também dos países em que houve redução no consumo de pizzas, batatas fritas, hambúrgueres, salsichas ou empadas, comidas entre uma a três vezes por semana.

"É crucial aumentar o consumo de fruta e vegetais entre as crianças, reduzindo o seu consumo de doces e especialmente bebidas açucaradas. É também muito importante aumentar a consciência dos pais e famílias para o problema da obesidade infantil, uma vez que os nossos dados mostram que muitas mães não reconhecem que os seus filhos têm peso a mais ou são obesos", acrescentou.

De acordo com os números divulgados hoje, compilados entre 2016 e 2017, em Itália, Espanha, Grécia, Malta e São Marino, um em cada cinco rapazes é obeso.

Por outro lado, França, Noruega, Irlanda, Letónia e Dinamarca apresentam taxas de 5% a 9% de obesidade infantil para ambos os sexos.

A tendência geral entre os 38 países observados pela OMS é de descida das taxas de obesidade.

A investigação da OMS abrangeu 250.000 crianças entre os seis e os nove anos, que fizeram testes padronizados de peso e altura.

 

 

Relatório
O número de novos casos de cancro deve aumentar 58% em 2035, à medida que mais países adotam estilos de vida “ocidentais”,...

O documento junta recomendações sobre a prevenção do cancro baseadas em evidências, muitas delas relacionadas com o excesso de peso e os hábitos alimentares.

Segundo o documento, o excesso de peso ou a obesidade estão na origem de pelo menos 12 tipos de cancro, mais cinco do que o Fundo referia há uma década. Ao cancro do fígado, ovários, próstata, estômago, boca e garganta (boca, faringe e laringe) junta-se o cancro do intestino, mama, vesícula biliar, rins, esófago, pâncreas e útero.

Beber regularmente bebidas com açúcar aumenta o risco de cancro, mas ser fisicamente ativo pode ajudar a proteger contra três tipos de cancro (intestino, mama e útero) e ajuda a manter um peso saudável, refere-se no relatório, no qual se salienta a importância de uma dieta rica em legumes e frutas e pobre em carnes vermelhas e processadas.

E nele alerta-se ainda para que o consumo de álcool está fortemente ligado ao risco de contrair seis tipos de cancro (estômago, intestino, mama, fígado, boca e garganta e esófago).

Os autores do trabalho notam que estilos de vida sedentários e com uma alimentação rápida e processada estão a levar a “aumentos dramáticos” de casos de cancro em todo o mundo, e salientam que uma em cada seis mortes no mundo se deve ao cancro.

“À medida que mais países adotam estilos de vida ocidentais o número de novos casos de cancro deverá aumentar 58% para 24 milhões de pessoas no mundo em 2035”, diz-se no relatório.

Com o título “Dieta, Nutrição, Atividade Física e Cancro, uma Perspetiva Global”, o documento providencia um pacote de comportamentos que sendo seguidos podem permitir uma vida mais saudável e menos probabilidade de cancro.

Com mais de 3,7 milhões de casos e 1,9 milhões de mortes por ano, o cancro representa a segunda causa de morte e morbilidade na Europa.

 

 

 

Bastonária
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, mostrou-se satisfeita com o anúncio do primeiro-ministro que a...

“Vi com satisfação, mas com alguma expectativa. O primeiro-ministro transmite que vai haver autorização do ministro das Finanças para que finalmente o concurso para os 40 nutricionistas no SNS possa ter andamento, mas é ver para crer”, disse em declarações à agência Lusa.

O primeiro-ministro anunciou hoje a abertura de concursos de admissão de nutricionistas, afirmando que já tinha confirmação que “está concedida a autorização do Ministério das Finanças” e que o concurso podia ser aberto de imediato.

Alexandra Bento referiu que está expectante até ver “preto no branco”, ou seja, até ver a abertura do concurso em Diário da República.

“São 40 nutricionistas para os cuidados de saúde primários, onde temos poucos mais de 100, o que é muito relevante. Os nutricionistas vão desenvolver atividades importantes na promoção da saúde, na prevenção da doença e também no tratamento precoce de algumas patologias, como a obesidade, diabetes ou hipertensão, todas estas doenças com uma elevada prevalência na atualidade e relacionadas com os hábitos alimentares dos portugueses”, afirmou.

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas lembrou que em 2017 estava prevista a entrada de 55 nutricionistas, o que não se verificou, explicando que esperava que a abertura do concurso para este ano ocorresse mais cedo.

“Passar de 100 para 140 é melhor do que o que temos, mas a Ordem aponta um rácio para os cuidados de saúde primários de um nutricionista por 20 mil habitantes, ou seja, 500 nutricionistas. Temos de ir aumentando de forma progressiva e sustentável todos anos até chegarmos a este rácio”, concluiu.

 

 

Bastonários dos médicos
O atual bastonário Ordem dos Médicos e cinco antigos detentores do cargo manifestaram ontem ao Presidente da República a sua...

A posição foi transmitida aos jornalistas em Lisboa, após uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que falou em nome do grupo.

Miguel Guimarães, José Manuel Silva, Pedro Nunes, Germano de Sousa, Carlos Ribeiro e Gentil Martins entregaram ao chefe de Estado "um documento assinado há muito tempo" a defender "em todas as circunstâncias" o Código Deontólogico dos Médicos, que, vincou o atual bastonário, proíbe a eutanásia, a distanásia e o suicídio assistido.

O bastonário da Ordem dos Médicos disse que a sociedade civil "não sabe o que está em causa com esta matéria, não consegue distinguir conceitos, não está preparada se tiver que ser chamada a pronunciar-se".

Miguel Guimarães frisou que, caso a eutanásia seja legalizada em Portugal, "qualquer ação disciplinar" que seja aplicada a médicos pela Ordem, por prática da eutanásia, "vai ser anulada" porque "a lei sobrepõe-se ao Código Deontólogico".

"Se a lei do país legalizar a eutanásia significa que as pessoas ficam despenalizadas por aquilo que fizeram", acentou o bastonário, reforçando que o Código Deontológico dos Médicos não vai ser alterado.

Quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal vão ser debatidos e votados, na generalidade, em 29 de maio na Assembleia da República.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi o primeiro a apresentar um projeto, ainda em 2017, seguido pelo BE, pelo PS e o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).

Todos os diplomas preveem que só podem pedir, através de um médico, a morte medicamente assistida pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável, sendo necessário confirmar várias vezes essa vontade.

A posição manifestada ao Presidente da República pelos antigos e atual bastonário da Ordem dos Médicos recupera a expressa numa declaração conjunta de setembro de 2016 e que foi assinada pelos mesmos médicos, com exceção de Miguel Guimarães, que só foi eleito para o cargo em 2017.

A declaração refere que, "em nenhuma circunstância e sob nenhum pretexto, é legítimo a sociedade procurar induzir os médicos a violarem o seu Código Deontológico e o seu compromisso com a vida e com os que sofrem", definindo a eutanásia como "morte intencionalmente provocada por um problema de saúde".

"Não é mais do que tirar a vida, seja qual for a razão e a idade", assinala o documento, condenando também o suicídio assistido, por "igualmente tirar a vida", e a distanásia, "em que se prolonga a vida, sem esperança de recuperação".

 

Entrada Livre
No âmbito do seu 92º aniversário a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza, no próximo dia 26 de maio,...

Dirigido a pessoas com diabetes de todas as idades, familiares e amigos, o programa do Encontro inclui uma peça de teatro sobre educação terapêutica e um espaço de debate sobre a importância da alimentação: a sessão «À volta da Mesa», com a participação do Chef Fábio Bernardino e dos nutricionistas Manuel Laginha e Vera Dias, na qual serão abordados entre outros temas a escolha e a confeção dos alimentos na diabetes.

O Grande Encontro da Diabetes promete ainda, momentos de emoção como a entrega de medalhas, uma homenagem feita a pessoas que vivem há 50 ou mais anos com diabetes.

A parte da tarde é dedicada a um espetáculo de música e poesia e contará com a presença de Rão Kyao, José Barata Moura, José Fanha, Jorge Baptista da Silva, Elsie Rosa da Cunha, Horácio Negrão e Luís Nazaré.

Paralelamente estão previstas atividades variadas, como a realização de uma aula de Chi Kung, Jogos Tradicionais e a Hora do Conto.

“Ao realizar o Grande Encontro da Diabetes, a APDP tem como objetivo criar um momento de partilha de experiências entre pessoas que têm em comum o facto de viverem com a diabetes, dando-lhes a possibilidade de em ambiente descontraído, poderem trocar experiências e obter mais informação através dos profissionais de saúde aí presentes», explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

 

Estudo
A vitamina D é essencial na regulação do cálcio e a falta deste oligoelemento no organismo é tradicionalmente associada a...

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade VU e da Faculdade de Medicina da Universidade de Leiden, ambas na Holanda, revelam que níveis altos de gordura abdominal estão relacionados com défices de vitamina D, um oligoelemento produzido pela nossa pele quando está em contacto com o sol.

A vitamina D, lipossolúvel e essencial ao equilíbrio mineral do corpo, é obtida através da alimentação, embora a exposição solar seja a única forma de a ativar no organismo através de um processo de reações bioquímicas.

A equipa liderada pelo investigador Rachida Rafiq mediu os níveis de gordura corporal total e os níveis de gordura abdominal de um conjunto de participantes que integraram um estudo sobre a Epidemiologia da Obesidade nos Países Baixos.

Após os ajustes de fatores influenciadores como doenças crónicas, consumo de álcool e níveis de atividade física, a equipa detetou que a quantidade de gordura total e de gordura abdominal estava associada a níveis inferiores de vitamina D nas mulheres.

Nos homens, eram a gordura abdominal e a gordura no fígado que estavam associadas a níveis mais reduzidos de vitamina D. Em todos os casos, quanto maior era a gordura abdominal, menores eram os níveis detetados de vitamina D, conclui o estudo.

"Verificámos que quanto maior era os nível de gordura abdominal dos pacientes, maior era o risco de desenvolver uma deficiência de vitamina D", diz Rafiq. "Devido à natureza observacional deste estudo, ainda não conseguimos concluir a causa desta associação entre os valores de vitamina D e a obesidade", concluiu Rafiq.

A equipa pretende agora investigar os mecanismos subjacentes à relação observada: se é a vitamina D que aumenta a predisposição para armazenar gordura ou se são os níveis mais elevados de gordura que fazem decrescer os níveis daquela vitamina.

SNS
A Ordem dos Médicos denunciou hoje que o Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) vai deixar de receber novos doentes oncológicos...

“Aquilo que nós fomos informados é que a partir de junho o hospital vai deixar de receber os novos doentes oncológicos e essa situação quanto a nós é uma situação de enorme gravidade”, afirmou à agência Lusa o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, insistindo que “um hospital daquela dimensão” não poder tratar novos doentes oncológicos “a partir de 15 de junho é uma situação gravíssima”.

Carlos Cortes esteve na terça-feira reunido com diretores de serviços, de unidades e coordenadores do CHTV, um dia depois destes terem apresentado a suspensão de funções em protesto contra a “degradação progressiva de vários serviços” na unidade de saúde.

Na segunda-feira, os responsáveis dos diferentes serviços do CHTV apresentaram, formalmente, “a suspensão imediata” das suas funções na direção dos serviços”, por diversas razões “alicerçadas nos inúmeros problemas particulares de cada serviço”, afirmam num documento a que a Lusa teve acesso.

“O desaparecimento completo da atividade do diretor clínico” e a “completamente inaceitável” (e “mais grave”) substituição, “em manifestações públicas da vida clínica hospitalar pelo vogal executivo [do conselho de administração]”, engenheiro [Francisco] Faro” é outro dos motivos apontados pelos subscritores do documento, dirigido ao diretor clínico que é, também, o presidente da administração do CHTV, Cílio Correia.

Hoje, Carlos Cortes considerou que esta foi uma decisão de “enorme coragem, de grande responsabilidade dos diretores de serviço que puseram o seu lugar à disposição, demitiram-se das suas funções, porque o caminho que estava a ser tomado pelo hospital” nada “tem a ver com opções clínicas, com opções na defesa da qualidade dos cuidados de saúde, na defesa dos doentes”.

Declarando-se “deveras impressionado com aquilo que lhe foi relatado” na reunião, o dirigente da Ordem dos Médicos destacou “o impacto que as decisões neste último ano do conselho de administração têm tido”.

A este propósito referiu-se à situação da oncologia médica, “que é um serviço completamente esquecido daquele hospital”, onde a partir de junho serão apenas dois médicos, além de que os espaços para o tratamento dos doentes oncológicos “são extremamente reduzidos, sem nenhuma condição” para os receber.

Carlos Cortes adiantou que a Ordem foi informada pelos diretores das especialidades cirúrgicas que “todos os meses estão a sair à volta de cem doentes em média daquele hospital simplesmente por razões economicistas”.

“Significa que existe a capacidade técnica dos cirurgiões para intervencionar esses doentes, mas por decisão do conselho de administração, que entende que é mais barato esses doentes serem operados fora daquele hospital, esses doentes não são operados” no CHTV, adiantou.

Para Carlos Cortes, quando se começa “a pensar desta forma o serviço público de saúde então significa que é o princípio do fim do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos abordou igualmente a “situação transversal a todos os serviços”, a dos equipamentos, que “estão todos obsoletos, já não funcionam convenientemente”.

“Deram-me a informação que não foi renovado nenhum contrato de manutenção dentro do hospital”, referiu Carlos Cortes, exemplificando com o mamógrafo, “onde as doentes estavam a ter mais radiações do que aquelas que deviam ter”, porque aquele não funcionava e as utentes “tinham de repetir várias vezes o exame”.

O dirigente da Ordem sublinhou que os médicos recusaram-se a continuar nesta situação, pelo que as mulheres que necessitam de fazer mamografias “já não as fazem no hospital”, mas noutras unidades públicas ou privadas.

Na sequência do pedido de suspensão de funções dos diretores de serviço do CHTV, o Sindicato Independente dos Médicos considerou esta “situação lamentável e irregular”, criando um “prejuízo sério para a atividade clínica e para a segurança dos doentes”.

Já o PSD de Viseu disse que os serviços CHTV estão próximos da rutura e acusou a administração de ignorar os problemas da instituição, enquanto o Bloco de Esquerda perguntou ao Governo que medidas vão ser desencadeadas na sequência da apresentação da demissão.

Por seu turno, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou que as ameaças de demissões no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu são “um grito de alerta” ao Governo pelo desinvestimento no SNS, tendo o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmado que a situação no CHTV será resolvida a breve prazo.

 

Diplomatas
A embaixada norte-americana na China emitiu hoje um alerta depois de um funcionário do seu Governo ter sofrido uma lesão...

As autoridades norte-americanas e chinesas estão atualmente a investigar o caso do funcionário, que trabalhava em Cantão, sul do país, onde os EUA têm um consulado, e que foi diagnosticado com lesão cerebral traumática leve, segundo Jinnie Lee, porta-voz da embaixada.

O alerta de saúde foi enviado via correio eletrónico para cidadãos norte-americanos residentes na China. A embaixada diz desconhecer o motivo dos sintomas, ou se há outros casos no país.

No ano passado, os Estados Unidos anunciaram que 24 diplomatas e respetivos familiares estacionados em Cuba experimentaram misteriosos "ataques acústicos", que provocaram sintomas como perda auditiva, náuseas, tonturas, dor facial, dor abdominal, problemas cognitivos e danos cerebrais.

Também o Canadá reportou dez pessoas com sintomas semelhantes.

"Não podemos relacionar (o incidente na China) com o que aconteceu em Havana, mas estamos a estudar todas as possibilidades", disse um representante da embaixada dos EUA, que pediu anonimato, aos jornalistas em Pequim.

"Um funcionário do Governo dos EUA reportou recentemente sensações subtis e vagas, mas anormais, de ruído e pressão", diz o alerta de saúde.

"O governo dos EUA leva esta informação muito a sério e informou o seu corpo diplomático na China sobre este incidente", lê-se na mensagem.

O funcionário sofreu "vários sintomas físicos", entre o final de 2017 e abril de 2018, segundo Jinnie Lee, tendo sido diagnosticado nos EUA, em 18 de maio, com uma lesão cerebral traumática leve.

"O governo chinês garantiu-nos que também está a investigar e a tomar as medidas apropriadas", acrescentou a porta-voz.

No caso de Cuba, Washington denunciou vários ataques acústicos, mas a imprensa norte-americana escreveu mais tarde que o FBI não conseguiu determinar a causa dos sintomas.

Funcionários do Departamento de Estado insistiram, no entanto, que as pistas apontavam todas para um ataque coordenado.

Os Estados Unidos responsabilizam as autoridades cubanas, por não conseguirem garantir a segurança dos diplomatas. Havana nega qualquer envolvimento.

 

 

Semana Internacional da Tiroide | 21 a 27 de maio
Sintomas como alterações de peso, temperatura irregular, palpitações cardíacas e cansaço excessivo, podem ser indicadores de...

Este ano, a ADTI irá estar presente na Estação Ferroviária do Cais do Sodré, em Lisboa, entre as 09h00 e as 17h00 do dia 25 de maio – Dia Mundial da Tiroide, numa iniciativa de sensibilização onde será possível fazer rastreio ao hipotiroidismo e aprender mais sobre as principais doenças da tiroide. Esta iniciativa conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, da Geração Saudável, da Merck e da Infraestruturas de Portugal.

Estima-se que um milhão de portugueses sofra de distúrbios da tiroide, embora ainda existam um grande desconhecimento das doenças associadas a esta glândula, bem como da forma como estas se manifestam. Falta de concentração, falta de motivação, dificuldades para engravidar ou obstipação podem ser originados pela tiroide mas facilmente confundidos com outras doenças.

Segundo Maria João Oliveira, membro do Grupo de Estudos da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), “Estima-se que pelo menos 5% dos portugueses apresentem alguma forma de disfunção da tiroide, sendo as mulheres dez vezes mais afetadas. O seu rastreio não é ainda universal, contudo é recomendado nalgumas circunstâncias como na história familiar de doença tiroideia, na presença de doenças autoimunes ou certos síndromes (Down), na história de radiação da cabeça e pescoço, na mulher que pretende engravidar, entre outras.”

As doenças da tiroide mais conhecidas são o Hipertiroidismo e o Hipotiroidismo, com maior prevalência junto das mulheres.

“Embora as doenças da tiroide sejam muito comuns, mais de 30% dos portugueses desconhecem os seus sintomas. As campanhas de sensibilização, como é o exemplo da Semana Internacional da Tiroide, revestem-se de grande importância para que possamos esclarecer cada vez mais pessoas”, afirma Celeste Campinho, Presidente da ADTI.

 

Opinião
Um dos maiores avanços que surgiram nos últimos anos no combate ao cancro foi o desenvolvimento de i

Esta ferramenta, que ainda tem muito a evoluir, oferece novas formas de recuperação para àqueles doentes que, não há muito tempo, eram considerados incuráveis. Além disso, tem uma percentagem menor de efeitos secundários do que a quimioterapia e pode ser útil para matar células cancerígenas, interromper ou retardar o seu crescimento e evitar que a doença se espalhe para outras partes do corpo.

Dependendo do caso com o qual tem que lidar, o oncologista tem várias opções que pode avaliar ao tratar um doente. Uma das mais inovadoras é a transferência de células adotivas ou ACT (Adoptive Cell Transfer), que aumenta o número de células T (T-cells) que um doente tem no seu corpo com o objetivo de combater certos patógenos. Geralmente é eficaz para alcançar uma regressão completa e duradoura em casos de melanoma metastático.

Outra opção é a terapia com vírus oncolíticos, injetando vírus geneticamente modificados para matar as células cancerígenas. À medida que morrem, os vírus libertam antígenos que causam uma reação do sistema imunológico do doente, direccionando-se para todas as células cancerosas no corpo de onde esses antígenos se originam. Um exemplo é encontrado na forma injetável do vírus T-VEC que a FDA aprovou em 2015 para o tratamento de lesões de melanoma que não podem ser completamente eliminadas com a cirurgia.

Outra via de imunoterapia é a dos anticorpos monoclonais, que envolve a produção de anticorpos contra antígenos tumorais específicos que são administrados aos doentes. E não podemos esquecer os inibidores dos pontos de controlo imunológico, muito variados e que, devido à sua grande eficácia em alguns doentes, já está a ser colocado nas primeiras linhas de tratamento em diversos tipos de cancro.

Nem sempre os tratamentos são adequados para qualquer caso oncológico: apenas entre 20% e 30% dos doentes respondem à imunoterapia, contudo a grande maioria dos que fazem esta terapia mantém-se livre de doenças por anos e com alta qualidade de vida. Portanto, é conveniente usar ferramentas que nos dizem que opção pode ser mais eficaz em cada caso, e para isso devem ser usados imunogramas específicos, como aqueles usados na OncoDNA. Estes prevêem, através de um estudo do tumor completo, a potencial resposta clínica aos inibidores de pontos de controlo imunológico baseados na análise de marcadores genómicos conhecidos como a expressão de PD-L1 ou a instabilidade de microssatélites, dando ao oncologista uma informação muito valiosa que servirá para personalizar totalmente a terapia que o seu doente tem que seguir, melhorando as suas perspectivas de cura.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Responsável por 500 mil mortes/ano
A Organização Mundial de Saúde recomendou recentemente a eliminação dos ácidos gordos trans produzidos industrialmente do...

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, anunciou esta semana, em Genebra, na Assembleia Mundial da Saúde, que o Governo vai iniciar os trabalhos em conjunto com todos os parceiros do setor alimentar tendo como objetivo eliminar a presença de gorduras trans nos alimentos à venda no mercado português, divulga o Governo em comunicado.

«Gostaria de anunciar a nossa intenção, em conjunto com a indústria nacional, iniciar a preparação de medidas que garantam a eliminação da gordura trans em Portugal, à semelhança do que já aconteceu noutros países europeus, nomeadamente na Dinamarca. Este é claramente um problema que Portugal precisa de resolver», revelou o governante, que participou na cerimónia de compromisso de eliminação das gorduras trans, numa sessão a decorrer no âmbito da Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça.

Fernando Araújo frisou que, embora em toda a Europa tenha havido «um bom progresso na redução das gorduras trans nos alimentos, em grande parte impulsionado pelo crescente número de países com limites legais», em países como Portugal, onde esta matéria não foi devidamente aprofundada, «as preocupações permanecem», devido à presença, ainda que reduzida, de gorduras trans «em vários produtos altamente consumidos».

De acordo com a evidência científica disponível, detalhou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o grupo das bolachas e dos produtos de pastelaria, sobretudo os produzidos localmente, são aqueles onde os ácidos gordos trans estão mais presentes.

O governante português, que foi convidado a participar nesta sessão em Genebra, aproveitou ainda o momento para falar da prioridade que o Governo tem dado à promoção da alimentação saudável, destacando a criação da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPS), em dezembro de 2017.

A EIPAS consiste num conjunto de medidas acordadas por um grupo de trabalho interministerial e que se «destina a promover a tradicional dieta mediterrânica saudável, rica em frutas e vegetais, e combater o excesso de ingestão de alimentos ricos em ácidos gordos saturados e trans, açúcares livres e sal».

Fernando Araújo afirmou ainda o apoio de Portugal em relação ao compromisso de eliminação de gordura trans dos alimentos. O pacote de ação REPLACE, com uma estratégia para alcançar a eliminação de gordura trans industrializada nos alimentos até 2023 foi lançado no passado dia 14 de maio e apresentado esta terça-feira em Genebra.

O consumo de gorduras trans está fortemente associado ao aumento do risco de doenças cardíacas e à mortalidade associada a estas. Globalmente, estima-se que o aumento do consumo destas gorduras é responsável por mais de 500 mil mortes por ano.

Investigação publicada na revista Heart
O consumo diário de um ovo pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares, a principal causa de morte no...

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo, especialmente pelas cardiopatias isquémicas e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Ao contrário do resto do mundo, onde é mais frequente a doença isquémica, na China a principal causa de morte prematura é o derrame cerebral.

No estudo lembra-se que os ovos são uma fonte importante de colesterol mas que também contêm proteínas de alta qualidade, muitas vitaminas e componentes bioativos, como os fosfolipídeos (lípidos que contém ácido fosfórico) e os carotenoides (importantes na alimentação e antioxidantes).

A investigação agora publicada refere que estudos anteriores que analisaram a associação entre comer ovos e a saúde foram inconsistentes.

No estudo, uma equipa de investigadores da China e do Reino Unido, liderada pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Pequim, propôs-se examinar as relações entre o consumo de ovos e as doenças cardiovasculares, usando dados de um estudo a decorrer e que junta mais de 500 mil pessoas adultas (30-79 anos) de 10 diferentes regiões da China.

Os participantes, recrutados entre 2004 e 2008, foram questionados sobre a frequência do consumo de ovos e foram acompanhados para determinar a sua morbilidade e mortalidade.

A análise dos resultados mostrou que em comparação com pessoas que não consomem ovos o consumo diário de ovos está associado a um risco menor de doenças cardiovasculares.

Os consumidores diários de um ovo baixaram em 18% o risco de uma doença cardiovascular. Só em relação a um AVC a probabilidade baixou 26%.

O consumo diário de ovos levou também a uma redução de 25% no risco de cardiopatia isquémica.

Os autores notam que o estudo foi de observação, pelo que não se pode tirar uma conclusão categórica de causa e efeito, mas salientam o tamanho da amostra.

“O presente estudo revela que há uma associação entre o consumo moderado de ovos (um por dia) e uma menor taxa de eventos cardíacos”, disseram os autores.

 

 

Distinção
O investigador Nuno Alves, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC)/ Instituto de Investigação e Inovação em Saúde ...

O projeto com o primeiro prémio, com o título "Identification of Thymic Epithelial Stem Cells in vivo", recebe um prémio de 20 mil euros, "um dos mais elevados em Portugal nesta área de investigação", segundo informação dos promotores - a Crioestaminal e a Associação Viver a Ciência.

As duas menções honrosas foram entregues às investigadoras Rita Fior, da Fundação Champalimaud, com o projeto "Molecular mechanisms of innate immune evasion and recognition", e Susana Solá, do Instituto de Investigação do Medicamento da Universidade de Lisboa (iMed.ULisboa), com o projeto "Metabolic Control of Neural Repair by Diet and Gut Microbiome during Aging".

Na quarta-feira, os vencedores do Prémio Crioestaminal e das menções honrosas, que este ano teve 72 candidaturas, apresentam os seus trabalhos numa cerimónia, no Porto.

 

EMA deixa o Alerta
A Agência Europeia do Medicamento recomenda que o medicamento Esmya, usado em tratamento pré-operatório e sintomas de miomas...

O Comité de Avaliação e Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informa, numa nota publicada na página da Internet do Infarmed, ter sido notificado de casos de lesões hepáticas graves, incluindo casos de insuficiência hepática aguda que necessitaram de transplante, pelo que iniciou em fevereiro uma revisão do medicamento.

Na nota, o Comité informa que finalizou a revisão de segurança do Esmya, contendo acetato de ulipristale, concluiu que este medicamento não deve ser utilizado em mulheres com problemas hepáticos e que antes de cada novo ciclo de tratamento deverão ser realizados testes da função hepática.

A EMA recomenda também que o tratamento não deve ser iniciado se os níveis de enzimas hepáticas forem superiores ao dobro do limite normal.

“Os testes de função hepática devem ser realizados uma vez por mês durante os primeiros dois ciclos de tratamento e duas a quatro semanas após a interrupção do tratamento. Se o resultado do teste não for normal (níveis de enzimas hepáticas mais de três vezes superiores ao limite normal), o médico deve parar o tratamento e monitorizar a doente”, é referido.

A Agência salienta ainda que o Esmya só deve ser utilizado em mais de um ciclo de tratamento em mulheres sem indicação para cirurgia.

“Em mulheres que aguardam a cirurgia o tratamento com Esmya deverá ser de apenas um ciclo”, é referido na nota.

“As doentes devem ser informadas para a necessidade de monitorização da função hepática e a de contactar o médico caso desenvolvam sintomas de lesão hepática (tais como cansaço, amarelecimento da pele, escurecimento da urina, náuseas e vómitos)”, é ainda recomendado.

Em Portugal, o medicamento Esmya, contendo acetato de ulipristal, está indicado para o tratamento pré-operatório e intermitente de sintomas moderados a graves de miomas uterinos em mulheres adultas em idade reprodutiva.

IPMA
Quase todas as regiões do país apresentam hoje um risco muito elevado e elevado de exposição à radiação Ultravioleta (UV),...

De acordo com o IPMA, em risco muito elevado estão as regiões de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Portalegre e Madeira.

As regiões de Vila Real, Bragança, Leiria, Santarém, Évora, Setúbal, Beja, Faro e São Miguel (Açores) apresentam hoje risco elevado de exposição à radiação UV.

O IPMA colocou ainda Lisboa e as ilhas das Flores, Terceira e Faial (Açores) em risco moderado de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente períodos de céu muito nublado, apresentando-se muito nublado no litoral a sul do Cabo carvoeiro até meio da manhã, períodos de chuva ou aguaceiros a partir do final da manhã e possibilidade de ocorrência de trovoada.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco do quadrante sul, soprando temporariamente de noroeste durante a tarde no litoral oeste, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, pequena subida da temperatura mínima na região Norte e s subida da máxima.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 11 graus (Évora e Leiria) e os 16 (em Lisboa) e as máximas entre os 21 (no Porto e em Viana do Castelo) e os 28 (em Braga e Santarém).

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros, em especial nas vertentes norte e terras altas e vento moderado a forte de noroeste, soprando forte nas terras altas.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre os 16 e os 22 graus Celsius.

Para os Açores prevê-se céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade durante a tarde, períodos de chuva fraca, passando a aguaceiros fracos e vento moderado a bonançoso.

Em Santa Cruz das Flores vão variar entre os 15 e os 23, na Horta entre os 15 e os 21, em Angra do Heroísmo entre os 13 e 20 e em Ponta Delgada entre os 13 e os 20 graus.

 

 

 

Ex-Bastonário
O ex-bastonário da Ordem dos Médicos Germano de Sousa espera que o Presidente da República tenha em conta "o problema&quot...

Germano de Sousa foi um dos ex-bastonários recebidos, no Palácio de Belém, em Lisboa, por Marcelo Rebelo de Sousa  que são “contra a eutanásia e contra a despenalização”.

Os restantes ex-bastonários que vão a Belém são José Manuel Silva, Pedro Nunes, Carlos Ribeiro e Gentil Martins.

Em declarações à agência Lusa, Germano de Sousa afirmou que tem “uma consideração muito grande pela sua capacidade intelectual e ética” e espera que o Presidente tenha em consideração o “problema de ordem constitucional” dos projetos do PAN, BE, PS e PEV.

É preciso ter em conta, afirmou, “se esta lei é ou não constitucional, dado que a Constituição é clara quanto à inviolabilidade da vida humana”.

Questionado sobre se espera um veto presidencial, caso a lei passe no parlamento, o médico apenas afirmou: “Espero que o sr. Presidente da República julgue em consciência”.

Os quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal vão ser debatidos e votados, na generalidade, em 29 de maio na Assembleia da República.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi o primeiro a apresentar um projeto, ainda em 2017, seguido pelo BE, pelo PS e o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).

Todos os diplomas preveem que só podem pedir, através de um médico, a morte medicamente assistida pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável, sendo necessário confirmar várias vezes essa vontade.

 

 

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