Cuidados a ter
Em Portugal as dores nas costas continuam a ser um dos principais motivos para ir ao médico, estiman

As dores na coluna vertebral, dores nas costas ou raquialgias são um dos principais motivos de ida ao médico e de ausência no trabalho. “Os segmentos cervical e lombar são os mais sacrificados e estima-se que 60 a 80% da população portuguesa é afetada pelo menos uma vez na vida por uma crise de dor ao longo da coluna lombar”, começa por explicar Valdemar Marques, coordenador da Unidade de Neurocirurgia da Clínica de Santo António. “São responsáveis por esta sintomatologia causas degenerativas, traumáticas, infeciosas, inflamatórias, neoplásicas e até de stress”, diz ainda o especialista.

De acordo com os indicadores disponíveis, são cerca de 150 mil os portugueses que sofrem de lombalgia, sendo esta queixa mais prevalente nas mulheres, principalmente depois dos 45 anos. “O constante uso de sapatos de salto alto, o volume e peso mamário, o sedentarismo, as más posturas no dia-a-dia, a gravidez, o stress e a osteoporose”, estão entre as causas mais frequentes.

Apesar de “as consequências da dor não tratada dependerem da patologia subjacente”, Valdemar Marques adianta que a médio/longo prazo estas podem resultar na cronicidade da dor, instalação de défices neurológico e “até morte precoce em caso de patologia tumoral”. Daí que seja tão importante proceder ao seu diagnóstico. “Sempre que, com ou sem causa real aparentes, se instale uma dor em algum segmento da coluna cervical, essa situação deve ser investigada”, aconselha o coordenador da Unidade de Neurocirurgia da Clínica de Santo António. “Se a dor da coluna irradia para os membros superiores ou inferiores ou ao longo de um arco costal, impõe-se uma consulta de especialidade”, acrescenta.

A verdade é que para além do impacto que tem na saúde, também a nível social e económico, a dor afeta de forma negativa a sociedade. “A evolução para a dor crónica tem grande impacto socioeconómico negativo por ocasionar incapacidade não só para o trabalho habitual, mas também para a realização, em muitas situações, das atividades da vida diária, necessitando frequentemente dos cuidados de terceiros”, revela o especialista.

Deste ponto de vista, estudos apontam para custos indiretos da dor crónica “ao longo da coluna vertebral” superiores a 736 mil euros. “Estimados em 2010, pela carga salarial, tendo em conta o absentismo, a redução do emprego e as reformas antecipadas”, justifica.

Mesmo sem associação a qualquer patologia da coluna vertebral a verdade é que a dor pode condicionar, e muito, a qualidade de vida de quem dela padece. Muitas vezes provocada por hábitos e posições incorretas que adotamos no dia-a-dia, a dor pode ser prevenida com a alteração de alguns comportamentos. “São vários os erros que diariamente cometemos… Os erros posturais, o levantamento de pesos, os grandes movimentos de flexão e rotação do tronco, o sedentarismo, o tabagismo e o uso abusivo do sofá onde ninguém se senta mas se ‘enrosca’”, indica Valdemar de Matos quanto aos gestos que prejudicam a nossa coluna.

Assim, se pretende evitar a dor nas costas saiba que deve começar por prestar atenção à forma como se senta, como conduz, como pega ou transporta os sacos das compras.

Evite ainda passar muitas horas sentado. No trabalho faça pequenas pausas e aproveite para alongar. Uma boa «espreguiçadela» é bastante eficaz.

Quando está de pé, evite deixar todo o peso apenas numa perna e não levante do chão objetos pesados sem fletir os joelhos. 

“A prevenção deve ser feita no dia-a-dia com uma alimentação saudável, boa correção postural e exercício físico apropriado”, recomenda este especialista.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“(H)á conversa na FMUP”
A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto discute na quinta-feira “A saúde que interessa”, uma tertúlia incluída no...

Em declarações, Paula Silva, responsável pela organização do ciclo de tertúlias, explicou hoje que “esta troca de ideias permitirá ajudar a construir uma visão mais completa das diferentes realidades em debate, cuja diversidade abarca vários aspetos do quotidiano”.

“O objetivo da iniciativa é criar um espaço informal de debate multidisciplinar sobre temáticas diversas”, sublinhou.

Paula Silva considerou ainda que “uma das missões das universidades é a de partilhar as suas atividades com a sociedade civil”.

“Esta iniciativa foi criada nesse sentido. Em cada tertúlia tentaremos articular várias perspetivas do saber, desde o mais experiencial ao mais técnico”, acrescentou.

Para fomentar a discussão, as sessões, que contam com o apoio da Junta de Freguesia de Paranhos e da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina do Porto, contarão com a participação de especialistas de várias áreas do saber.

O ciclo “(H)á Conversa na FMUP” acontecerá mensalmente no Centro de Investigação Médica daquela faculdade, com início às 17:30.

A debater o tema “A saúde interessa”, agendada para quinta-feira, estarão Fátima Vieira, vice-reitora para a Cultura da Universidade do Porto, Hugo Sousa, cirurgião geral e especialista em obesidade, Eduarda Ferreira, representante do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional do Norte, José Pedro Dias da Silva, especialista em saúde oral, e a psiquiatra Isabel Brandão.

Ainda em 2018, o ciclo abordará a “Literacia em Saúde” (22 de novembro) e as “Doenças do cólon: uma abordagem multidisciplinar” (13 de dezembro).

As sessões são públicas, com entrada livre.

 

Estudo
A alimentação e educação dos pais influência a aquisição de hábitos alimentares na infância, refere um estudo do Instituto de...

Em declarações, Sofia Vilela, autora do estudo e investigadora da Unidade de Investigação em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), explicou que o estudo, desenvolvido desde 2014, evidenciou “o papel fundamental” dos pais como “atores principais” na educação alimentar e criação de hábitos nas crianças.

“Os pais são os atores principais nesta questão e nem sempre percecionam que os laços que estabelecem e o que cedo ensinam a estas crianças se vai manter ao longo da vida. É importante que os pais entendam que o desenvolvimento da criança está relacionado com uma maior e melhor nutrição ao longo do dia”, afirmou Sofia Vilela.

O estudo, desenvolvido no âmbito do Programa Doutoral em Saúde Pública da Universidade do Porto (UP) e intitulado “Tracking the acquisition of eating habits in children and its effects on behaviours related to appetite and on adiposity”, focou-se na evolução dos hábitos alimentares de cerca de cinco mil crianças, com quatro e sete anos, da cidade do Porto.

Com o objetivo de perceber “se os hábitos se mantinham ou alteravam ao longo da infância”, a investigadora analisou questões como a qualidade alimentar, o consumo de alimentos energéticos, o número de refeições, a variedade alimentar e ainda os fatores que influenciam a aquisição de hábitos alimentares.

Segundo Sofia Vilela, o estudo revelou existir “uma estabilidade nos comportamentos alimentares das crianças”, algo que acredita estar relacionado com “uma maior variedade alimentar”.

“Concluímos que as crianças que são expostas a uma maior variedade de alimentos, como diferentes tipos de fruta, vegetais, carnes e peixes, têm uma melhor relação com a comida, visto que têm maior prazer e se tornam menos seletivas”, salientou.

O estudo, que incluiu também a participação de cerca de 500 crianças num inquérito alimentar nacional e de atividade física (IAN-AF), revelou que as crianças que praticam “menos de seis refeições por dia (entre refeições principais e lanches) apresentam um maior risco de vir a ter excesso de peso e obesidade”, questão que a investigadora acredita merecer “uma maior atenção por parte pais”.

“Muitas das vezes os pais não percecionam que a criança tem excesso de peso e isso resulta na conservação dos mesmos hábitos alimentares. Esta é uma questão que merece a atenção dos pais, porque tem impacto quer na alimentação das crianças, quer no risco de poderem vir a ter excesso de peso”, acrescentou.

Nova lei
O Canadá será o segundo país a permitir o consumo de canábis para fins recreativos, a partir de quarta-feira, com legislação...

Para a maioria dos cidadãos, contudo, apesar da medida ser quase inédita (por agora, apenas o Uruguai tem legislação idêntica, relativa ao consumo de canábis para fins recreativos), nada será muito diferente a partir de quarta-feira: o Canadá tem vindo a fazer, desde 1972, um longo trajeto em direção à descriminalização da posse de canábis; em 2000 o Supremo Tribunal já tinha permitido o consumo para fins medicinais; e o processo de regulamentação da nova lei promete ser moroso e obrigará ainda a muitas clarificações.

O Governo federal vai permitir legislação específica para cada Província: cada governo provincial pode definir a idade mínima para a sua compra (sempre a partir dos 18 anos, podendo ir aos 19 anos, que é a idade mínima para o consumo de álcool), bem como se o canábis pode ser comprado em lojas privadas, ou apenas em estabelecimentos geridos pelo Estado.

Seja como for, com a legislação aprovada na quarta-feira, os residentes no Canadá poderão comprar canábis pela Internet, através de portais administrados pelas autoridades de cada Província - um recurso útil para consumidores de cidades onde possam existir maiores restrições à sua venda.

De acordo com a agência Associated Press, a maioria das províncias terá pelo menos algumas lojas abertas já na próxima quarta-feira: seja as 20 em New Brunswick ou uma única loja na Colúmbia Britânica.

Em termos económicos, a legislação terá visível impacto, com o negócio a gerar entre 750 milhões a mil milhões de euros anuais, sem contar com as inevitáveis receitas do mercado negro, segundo contas do Governo federal citadas pela agência France Presse.

Os empresários mostram-se otimistas quanto ao negócio que se abrirá com a nova lei.

“Cada grama produzida será vendida”, afirmou ao The Economist Chuck Rifici, presidente da Auxly, uma das empresas que se dedicará à comercialização de canábis.

A nova lei estabelece um limite de 30 gramas para aquilo que as pessoas podem comprar de uma só vez ou possuir em público, e permitirá que os moradores cultivem até quatro plantas em casa, embora duas províncias - Quebeque e Manitoba - tenham anunciado que optarão por proibir a produção doméstica.

Uma preocupação aliada à nova lei prende-se com a segurança nas fronteiras, onde ao longo dos últimos 12 meses as autoridades têm tomado medidas de precaução sobre o controlo de tráfico.

Em declarações à estação pública de radiotelevisão, CBC, o ministro da Segurança Fronteiriça do Canadá, Bill Blair, garantiu que 880 polícias foram treinados para detetar condutores sob efeito de canábis.

Outra preocupação vem da comunidade médica, com o Jornal da Associação Médica do Canadá a denunciar, na segunda-feira, que a legalização de canábis para fins recreativos é “uma experiência descontrolada”.

“A 17 de outubro, o governo do Canadá lançará uma experiência descontrolada, opondo os lucros dos produtores de canábis e as receitas fiscais, de um lado, e a saúde dos canadenses, do outro”, escreveu a diretora do Jornal, Diane Kelsall, em editorial.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, reconhece que esta medida já está a ser alvo de grande atenção pela comunidade internacional, tendo afirmado à France Presse que responsáveis de outros países lhe têm transmitido a ideia de que esta é uma lei arrojada.

Em Portugal, o ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, chegou a defender, em junho passado, que a utilização da canábis para outros fins sem ser terapêuticos é uma questão que “carece de ponderação” e de avaliação de experiências em curso noutros países.

A Lusa questionou o Ministério da Saúde sobre se e que tipo de acompanhamento será feito ao caso da nova legislação no Canadá, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

O Presidente da República promulgou a 10 de julho a utilização de canábis, mas apenas com fins medicinais, que a Assembleia da República tinha aprovado em junho.

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis foi aprovada pela Assembleia da República em 15 de junho na votação final global de um texto da comissão parlamentar de saúde originado por projetos de lei do Bloco de Esquerda e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

Estudo
A região norte realiza 46% das cirurgias à coluna nos hospitais públicos em Portugal, enquanto o Alentejo e o Algarve apenas...

O estudo, apresentado no Dia Mundial da Coluna, identificou ainda “fortes assimetrias regionais” na realização de cirurgias à coluna, de acordo com Manuel Tavares de Matos, presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral.

A região Norte realizou 46% de todos os procedimentos cirúrgicos feitos entre 2011 e 2016, período em que os hospitais do Serviço Nacional de Saúde trataram mais de 42 mil doentes.

Em parte, estes dados do Norte espelham um maior número de acidentes de trabalho na região, onde o trabalho secundário é uma causa frequente de hérnias discais agudas.

Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com 37% dos procedimentos e o Centro, com 15% das cirurgias.

O Alentejo e o Algarve registam apenas 2% das cirurgias feitas no SNS.

“São evidentes as assimetrias regionais, que podem em parte ser explicadas com as dificuldades da medicina geral e familiar em referenciar as patologias da coluna”, disse à agência Lusa Manuel Tavares de Matos.

A Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, também promotora do estudo, considera que faltam linhas de orientação sobre cirurgia de coluna, que definam a referenciação de doentes e que estejam alinhadas com as necessidades da população.

Segundo o estudo, mais de metade dos doentes operados à coluna encontram-se em idade ativa e 54% das cirurgias feitas entre 2011 e 2016 foram em mulheres.

A análise, que é apresentada no Dia Mundial da Coluna, foi promovida pela Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, pela Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.

OE2019
O Governo vai rever os tempos máximos de resposta garantidos em consultas e cirurgias para diminuir os tempos de espera,...

Haverá “alterações significativas” nos tempos de espera nos cuidados de saúde primários e redução dos tempos máximos de resposta em algumas áreas hospitalares.

Segundo o documento, serão ainda introduzidos tempos máximos de espera para os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, uma iniciativa que já tinha sido iniciada pelo antigo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Os tempos máximos de resposta são aplicados em consultas ou cirurgias sem caráter de urgência. Caso não sejam cumpridos deve haver referenciação do doente para outras unidades do SNS ou para outras entidades com acordos ou convenções com o Estado.

De acordo com a proposta de OE2019, haverá “redefinição dos tempos máximos de resposta garantidos para todo o tipo de prestação de saúde sem caráter de urgência, que representam alterações significativas ao nível da definição de tempos de espera nos cuidados de saúde primários, redução dos tempos máximos em algumas áreas de cuidados hospitalares e introdução de tempos de espera” para exames.

Na proposta de Orçamento para a área da Saúde, o Governo promete ainda alargar o recurso à ‘telesaúde’, sobretudo na área da dermatologia, para aumentar os diagnósticos precoces.

O alargamento das consultas de medicina dentária nos centros de saúde é para continuar, diz o documento, que traça o objetivo de ter consultas de dentista em pelo menos 60% dos municípios durante o próximo ano.

Um objetivo mais alargado é o de abranger todos os municípios no ano seguinte, em 2020.

OE2019
O Governo compromete-se a rever a lista de utentes atribuída a cada médico de família quando for alcançada a cobertura de 99%...

Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2019 entregue na noite de segunda-feira no parlamento, o Governo irá rever “a dimensão da lista de utentes inscritos por médico de família”, quando “a taxa de cobertura total de utentes com médico de família for igual ou superior a 99%”.

A redução da lista de utentes por médico de família tem sido uma das principais reivindicações dos sindicatos médicos. Atualmente, os médicos têm listas até 1.900 utentes cada e os sindicatos advogam uma redução até aos 1.500 utentes.

A proposta do Orçamento do Estado refere ainda que no próximo ano o Governo vai tomar “as medidas adequadas para que todos os utentes tenham um médico de família atribuído”.

O documento do Governo indica que se passou de uma cobertura de 89,7% de portugueses com médico de família em 2015 para um valor estimado de 96% no fim de 2018, estando abrangidos com médico de família 9,4 milhões de pessoas.

O Ministério da Saúde terá no próximo ano 10.922 milhões de euros para gastar, o que corresponde a um aumento de 5%, mais 523 milhões de euros face ao estimado para 2018.

A despesa total consolidada para a Saúde é de 10.922,9 milhões de euros.

Quanto ao investimento no Serviço Nacional de Saúde, é destacado na proposta do Orçamento que “o investimento no SNS” deve crescer 27% em 2018 e 15% em 2018, registando “um dos níveis mais elevados dos últimos anos”.

A proposta de Lei do OE2019, aprovada pelo Governo no sábado, foi entregue na segunda-feira à noite no parlamento, onde será discutida e votada na generalidade a 29 e 30 de outubro. A votação final global está agendada para 29 de novembro.

Na proposta de OE2019, o Governo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB.

No documento, o executivo mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.”

Modelar a expressão dos genes através da alimentação
Com a chegada do Dia Mundial da Alimentação é importante relembrarmos a importância de uma alimentaç

Quando comemos de forma adequada às nossas necessidades estamos emocionalmente estáveis, fisicamente ativos e temos menos problemas de saúde.

Mas a procura pela alimentação ideal é ainda mais importante quando não nos preocupamos em apenas suprimir as nossas necessidades nutricionais gerais, mas sim, quando nos nutrimos de acordo com as nossas necessidades específicas e que fazem de cada um de nós um ser único. Para isso não basta apenas contar calorias e quantificar macronutrientes. É necessário ser um pouco mais pormenorizado e falar em nutrigenética.

Este tipo de alimentação corresponde a uma forma de comer com objectivo de otimizar o funcionamento do nosso organismo para podermos disfrutar de uma vida longa e saudável.

O que é a Nutrigenética?

Antes de mais convém relembrar que os genes são os segmentos de ADN que contêm a nossa informação genética. Durante toda a nossa vida o nosso ADN vai sendo replicado para gerar novas células e é durante este processo de “cópia” que surgem erros (mutações).  

Sabemos também que os genes são responsáveis por mais de 50% de alterações nos níveis de colesterol HDL e LDL, nos níveis de triglicéridos, na densidade óssea, na propensão de adição ao álcool e nicotina, bem como no envelhecimento biológico. Por isso mutações no nosso código genético podem ter consequências desastrosas, mesmo que apenas a médio/longo prazo.

A nutrigenética representa uma área da epigenética, que se foca na modulação da expressão dos nossos genes, através da alimentação correta. Hoje em dia já são disponibilizados no mercado vários testes de avaliação nutrigenética, realizados em laboratórios de análises clinicas credenciados. Para isso basta apenas proceder a uma recolha de amostras biológicas, como por exemplo sangue ou células da mucosa oral.

De todos os fatores ambientais a alimentação é aquela que mais influencia a expressão dos nossos genes. Mas não apenas a alimentação que fazemos atualmente. A alimentação que nos define inicia-se ainda dentro da barriga da nossa mãe.

Os principais fatores nutricionais que regulam a epigenética são os relacionados com o processo de metilação da molécula de ADN e o consequente encurtamento dos telómeros.

Sendo assim os alimentos que doam grupos metilos são importantes na prevenção das mutações genéticas que provocam doenças, como por exemplo o cancro.

Que nutrientes são esses?

Na prática podemos afirmar que é importante incluirmos na nossa dieta alimentos ricos em ácido fólico, metionina, colina, vitamina B6, vitamina B12 e antioxidantes como o resveratrol e o sulforanato.

Em que alimentos estão presentes?

Ácido fólico: verduras de folhas verdes, fígado, beterraba, leguminosas, sementes de girassol, chia e linhaça.

Metionina: nozes do Brasil, borrego, pescado e ovos.

Colina: gema de ovo, fígado, soja, carne, frango, vitela e peru

Vitamina B6: carne, cereais integrais, espinafre e avelã

Vitamina B12: carne, fígado e marisco

Resveratrol: vinho tinto, uvas pretas, mirtilos

Sulforafano: brócolos e outras brassicas como couves de bruxelas, repolho, couve branca, couve lombarda, couve roxa, grelos, rúcula, entre outras.

Não nos podemos esquecer também de outros nutrientes como o zinco, o selénio, o magnésio, as vitaminas C, A, D e E e as gorduras insaturadas como ómega 3 e 9.

Em suma, podemos conseguir modelar a expressão dos genes menos bons e evitar ou retardar o aparecimento de doenças. Para isso é necessário uma alimentação cuidada e restringir fatores externos que induzem alterações epigenéticas negativas, como o stress, o tabaco e o álcool.

O papel da alimentação na nossa saúde é mais importante do que se possa pensar à partida. Não interessa apenas comer bem. É preciso comer de acordo com a nossa genética e é necessário escolher alimentos que nos nutram e não apenas que nos saciem. É relevante também ter em conta que devemos optar sempre por alimentos biológicos, sem químicos, sejam de origem vegetal ou animal.

Feliz Dia Mundial da Alimentação!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
OE2019
Onze hospitais públicos vão ter um novo modelo de financiamento que passa por responsabilizar os gestores mediante o seu...

Segundo a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019, haverá um grupo de 11 hospitais identificados como mais eficientes que terão um reforço orçamental, uma verba mais alinhada com a sua dimensão.

Com estes hospitais, não identificados no documento, vai ser assinado até fim do próximo ano um contrato de gestão para responsabilizar os gestores dos hospitais, com incentivos ou penalizações baseados no seu desempenho assistencial e económico-financeiro.

No âmbito de um projeto piloto que divide os hospitais em três grupos, haverá ainda um segundo grupo de hospitais, com eficiência considerada “média”, que terá um “acompanhamento regular através da monitorização dos objetivos”. O objetivo é que melhorem a sua eficiência e venham a ser elegíveis para ter um reforço orçamental no futuro.

Num terceiro grupo de hospitais, com eficiência considerada “baixa”, o seguimento e acompanhamento será “mais sistemático” e feito por peritos de gestão hospitalar no terreno.

O objetivo é quebrar ciclos de endividamento e “identificar e apoiar a implementação de medidas concretas de melhoria da eficiência”.

Neste sentido, o Governo vai preparar um sistema de acompanhamento mensal da situação económico-financeira de todos os hospitais, em colaboração com a Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental e a Administração Central do Sistema de Saúde.

A proposta de Orçamento para 2019 prevê ainda que a receita obtida com imposto sobre as bebidas não alcoólicas seja destinada à sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e dos serviços regionais de saúde da Madeira e dos Açores.

As bebidas não alcoólicas com mais açúcar vão ser novamente penalizadas fiscalmente, com a introdução de dois novos escalões de tributação.

A proposta de Orçamento do Estado destaca ainda na Saúde o investimento em cinco novos hospitais: Évora, Lisboa Oriental, Madeira, Seixal e Sintra, investimentos que o antigo ministro Adalberto Campos Fernandes vincava com frequência.

É também apontado o alargamento das redes de cuidados continuados e de cuidados paliativos e o “fortalecimento da rede nacional de veículos de emergência”.

A proposta de Lei do OE2019, aprovada pelo Governo no sábado, foi entregue na noite de segunda-feira no parlamento, onde será discutida e votada na generalidade a 29 e 30 de outubro. A votação final global está agendada para 29 de novembro.

“Na proposta de OE2019, o Governo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB.

No documento, o executivo mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.”

OE2019
O Ministério da Saúde terá no próximo ano 10.922 milhões de euros para gastar, o que corresponde a um aumento de 5%, mais 523...

Segundo a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019, a despesa total consolidada para a Saúde é de 10.922,9 milhões de euros.

O documento refere que se trata de um aumento de 5% face ao estimado para 2018, ou seja, mais 523,3 milhões de euros.

A proposta de Lei do OE2019, aprovada pelo Governo no sábado, foi entregue na noite de segunda-feira no parlamento, onde será discutida e votada na generalidade a 29 e 30 de outubro. A votação final global está agendada para 29 de novembro.

Governo
A Ordem dos Nutricionistas propôs ao Governo um conjunto de medidas para melhorar a oferta alimentar nas escolas, evitar o...

A proposta teve como base um projeto-piloto de intervenção alimentar que a Ordem dos Nutricionistas desenvolveu durante um ano na Escola Básica 2,3 de Amarante e teve resultados muito positivos junto das crianças, disse a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, num encontro ontem com jornalistas para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, que se comemora hoje.

Uma das vertentes do projeto era alertar os alunos para o desperdício alimentar, desafiando-as a deitar num saco de plástico transparente a comida que sobrava para depois ser pesada. O objetivo era que as crianças terem consciência da comida que estavam a deitar fora, explicou Alexandra Bento.

Também fez parte do projeto a elaboração da ementa por um nutricionista, a decoração da cantina, tabuleiros e tigelas novas para comer a sopa, entre outras iniciativas, que contribuíram para que no final as crianças estivessem “mais conscientes” sobre a importância de fazer escolhas saudáveis na alimentação e “o desperdício alimentar tivesse baixado imenso”.

Para melhorar a oferta alimentar nas escolas, a Ordem dos Nutricionistas entregou em fevereiro ao Ministério da Educação uma proposta com várias medidas, entre as quais a inclusão de 30 nutricionistas nas escolas do país e a presença de um professor no refeitório para acompanhar os alunos na hora da refeição, que ainda não teve resposta, apesar de a secretária de Estado da Educação já ter dito que era uma excelente proposta, segundo Alexandra Bento.

“Em fevereiro deste ano enviámos uma proposta bem construída [ao Governo] sobre o que a escola deve fazer”, para assegurar refeições adequadas, aumentar a literacia face à alimentação, trabalhando com os professores, auxiliares, os pais e os encarregados de educação, mas também criar regras para melhorar a oferta alimentar em torno das escolas.

O objetivo é “auxiliar o Governo no desenho de políticas na área alimentar”, disse a bastonária, defendendo que é preciso pensar “a alimentação como algo que é estratégico para a população”.

“Se tivermos crianças melhor alimentadas vamos ter ganhos positivos. Se não o fizermos estamos a desperdiçar saúde e dinheiro”, vincou Alexandra Bento, salientando que “a solução para se comer bem é ter dinheiro e literacia”.

A bastonária saudou o facto de o primeiro-ministro já ter anunciado a contratação de nutricionistas, considerando que é um “compromisso importante” no sentido de dizer que é preciso mexer na gestão alimentar das escolas, mas é insuficiente.

“Pode-se considerar um começo, mas é insuficiente”, disse, esperando que esta medida seja integrada no Orçamento do Estado.

Gripe
Começa esta semana o período em que há mais propensão para a Gripe e, com ele, o risco de Pneumonia aumenta quase 100 vezes....

Embora se registem casos de Pneumonia ao longo de todo o ano, é na época da Gripe que ocorre o maior número de episódios. A interação entre o vírus da Gripe e o pneumococo aumenta o risco de Pneumonia Pneumocócica em quase 100 vezes(1). A vacinação anti-pneumocócica é a melhor forma de prevenir a Pneumonia, doença que, todos os dias, mata 23 pessoas no nosso País.

«Só por si, a Gripe intensifica o risco de Pneumonia.», explica José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. «A prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença».

Os sintomas da Gripe podem ser semelhantes aos da Pneumonia e a maioria da população tem dificuldade em distingui-los podendo, por isso, subvalorizar situações potencialmente graves.

«O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos e sobretudo a sua prevenção, com a vacinação contra a gripe e a vacinação anti-pneumocócica poderão fazer toda a diferença», continua Rui Costa, coordenador do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF.

Os quadros de Pneumonia e Gripe uma vez confundidos, podem atrasar a procura de ajuda médica. Tosse com expetoração, febre, calafrios, falta de ar, dor no peito quando se inspira fundo, vómitos, perda de apetite e dores no corpo são sintomas possíveis da Pneumonia, que podem surgir como complicação de uma Gripe. Devemos estar particularmente atentos a quadros de Gripe que não apresentem melhorias, ou que vão piorando de forma continuada.

No entanto, mais do que tratar uma Pneumonia, devemos preveni-la. Podemos fazê-lo em qualquer altura do ano e, no caso dos adultos, basta uma dose única. Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e por isso têm particular indicação para a imunização.

A Pneumonia é responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

Em Portugal, os custos em tratamentos e internamentos são uma média de 80 milhões de euros por ano, o que significa que, por dia, se gastam 218 mil euros. Custos indiretos, como o absentismo laboral, não estão contemplados nestes cálculos.*

(1) Shrestha S, et al. Identifying the interaction between infl uenza and pneumococcal pneumonia using incidence data. Sci Transl Med 2013. 5(191):191ra84.

*Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013

Ordem
A Ordem dos Nutricionistas considerou hoje que Portugal tem 40 anos de atraso em matéria de promoção da alimentação saudável,...

“Portugal tem que impor mais ritmo e mais intensidade àquilo que são as medidas para promover a alimentação saudável”, defendeu a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, num encontro com jornalistas para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, que se comemora na terça-feira.

Considerando um “marco histórico” a criação da estratégia integrada para a promoção da alimentação saudável em 2017, porque é a definição ‘preto no branco’ do que o país deve fazer para melhorar os hábitos alimentares, Alexandra Bento salientou que o importante agora é que “saia do papel com um grande ritmo e intensidade” e que sejam colocadas no terreno as medidas preconizadas.

“Portugal acordou muito tarde em relação àquilo que têm sido os reptos de organizações internacionais, como é o caso da FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação] que em 1974 dizia que todos os países deviam traçar uma política alimentar e nutricional para o seu país”, sublinhou.

Passaram mais de 40 anos até que Portugal traçasse essa política e esse atraso é visível na prevalência da obesidade (22,3%), da diabetes (13%), da hipertensão arterial (40%), disse a bastonária, observando ainda que mais de metade da população tem peso a mais, que uma em cada dez crianças é obesa e um terço tem peso a mais, o que “lhes vai condicionar uma série de doenças”.

“Isto faz-nos ver que acordámos muito tarde, mas se despertamos para o problema então temos que pôr medidas em ação com muita força e esta força exige a continuidade daquilo que está desenhado. Não podemos abrandar de maneira nenhuma”, defendeu.

Por outro lado, também é preciso que se pense que, para resolver a questão alimentar, deve constar do Orçamento do Estado uma série de medidas e iniciativas, disse Alexandre Bento, sublinhando que o Governo, à semelhança da maior parte dos países da OCDE, deve dedicar no próximo OE 3% dos custos associados à saúde em prevenção da doença, em vez dos atuais 0,2%.

“É preciso gastar dinheiro hoje para se poupar amanhã”, frisou.

“Um país, quando aumenta o seu produto interno bruto, se não apostar em literacia e se não controlar a oferta alimentar, as doenças crónicas não transmissíveis vão surgir”, uma situação que aconteceu em Portugal e que se traduziu na duplicação da disponibilidade de carne e na triplicação da disponibilidade de gordura.

A Ordem dos Nutricionistas lembra que, em Portugal, a prevalência de doenças crónicas associadas a desequilíbrios nutricionais “assumem níveis preocupantes”, sublinhando que, segundo a Direção-Geral da Saúde, metade das causas de doença e de morte no país tem relação direta com a alimentação.

Relação com o peso
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a pandemia do tabagismo foi responsável pela morte de 100 mi

A promoção da cessação tabágica é a abordagem que pode permitir a redução do número de mortes por doenças associadas ao tabaco nos próximos anos.

Nas pessoas que querem deixar de fumar o ganho de peso é o principal motivo para não avançarem. Está demonstrado que os ex-fumadores ganham em média 4 a 5 kg após 1 ano. No entanto, note-se que, em média, os fumadores pesam menos 3 a 5 Kg do que os não fumadores. Isso acontece porque a nicotina presente no tabaco provoca um aumento no metabolismo basal em 5 a 10 por cento, promove uma maior oxidação lipídica e acarreta diminuição da ingestão energética. Após a abstinência, e com a ausência da nicotina, há uma queda no metabolismo para os valores normais.

Por outro lado, verifica-se ainda que os ex-fumadores aumentam a ingestão de alimentos, essencialmente de elevada carga energética e baixo valor nutricional, como procura do prazer, em substituição do tabaco. Tanto os alimentos, principalmente os ricos em gordura e açúcares, como a nicotina, levam à libertação de substâncias idênticas com ação no cérebro, tais como a serotonina e a dopamina, que proporcionam uma sensação de prazer e recompensa. Assim, quando se deixa de fumar, os alimentos podem ser usados também como um substituto do ato de fumar.

Recomenda-se assim que deixar de fumar deve ser acompanhado de apoio de uma equipa multidisciplinar, para que possa ser feito um maior controlo de todas as situações novas que a pessoa terá de experienciar. É aconselhado que durante os primeiros 3 meses de cessação, período normal do aparecimento dos sintomas de abstinência, o fumador se concentre na cessação tabágica e não no controlo do peso. Os benefícios para a saúde decorrentes da cessação tabágica excedem quaisquer outros riscos associados ao aumento médio de 4 a 5 kg ou outros efeitos psicológicos que possam surgir depois da cessação.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
Comemora-se, hoje, o Dia da Bengala Branca, uma data criada pela Federação Internacional de Cegos, e

Num mundo em que a cada segundo uma pessoa adulta fica cega e a cada minuto uma criança fica cega, e onde a OMS estima existirem entre 40 a 45 milhões de pessoas cegas e outros 135 milhões com limitações severas de visão, impõe-se refletir sobre as causas e os porquês de tão elevado número. Ainda mais quando se estima que entre 60% a 70% dos casos de cegueira são resultantes de causas previsíveis ou tratáveis. E quando as ações para a prevenção e/ou tratamento precoce ou educação da pessoa não estão a ser suficientes.

De um modo sumário, as causas da cegueira dividem-se em dois grupos. A cegueira curável, cuja causa maior é a catarata, mas que uma cirurgia com recurso a novas tecnologias, Facolaser, pode reverter com enorme margem de segurança e eficácia, e a cegueira irreversível, cujas causas são, no adulto, a retinopatia diabética (RD), a degenerescência macular da idade (DMI) e o glaucoma.

Aqui constata-se algo terrível. Em primeiro lugar, depois de surgir a patologia, o processo é irreversível. Em segundo lugar, a maior parte destes casos podia e devia ter sido evitada. Na RD é essencial a educação do doente para um melhor controlo metabólico e para uma deteção precoce da doença. Um tratamento adequado e atempado, repito, adequado e atempado, é essencial na redução dos casos de cegueira por RD.

Na DMI, o que se referiu para a RD, aqui tem ainda mais expressão, pois o controlo metabólico, o controlo da tensão arterial e a educação para uma vida saudável são de uma importância essencial, pois a “fatura” paga-se mais tarde. Essenciais são também a deteção precoce e o tratamento adequado.

O glaucoma, o “assassino silencioso” da visão só se combate com a educação, entenda-se, com a informação das pessoas, pois só a sua deteção precoce, o tratamento adequado e a compliance do doente permitem controlar a doença e evitar a cegueira.

Na criança, as causas mais importantes de cegueira são a catarata e o glaucoma congénitos e a retinopatia do prematuro. Só a deteção e tratamento precoce permitem melhorar os resultados de intervenção terapêutica nestas crianças.

A OMS estima que em 2020, se não forem tomadas medidas de âmbito mundial e regional, haverá no mundo 75 milhões de cegos e 225 milhões de grandes amblíopes.

É fundamental que, não descurando a medicina curativa, colocando ao dispor dos doentes as novas metodologias de diagnóstico e tratamento, é fundamental investir fortemente na deteção precoce das doenças, através de rastreios e em campanhas de educação das pessoas.

Neste campo, deveria ser manifesta a responsabilidade social dos órgãos de comunicação social: jornais, revistas, rádio e televisão, não se excluindo a responsabilidade dos órgãos oficiais, como o Serviço Nacional de Saúde e a medicina privada.

É importante ainda a existência de consultas de subvisão para apoio a pessoas com baixa visão.

Baixa visão significa não conseguir ver o suficiente para ler uma carta, ver televisão ou realizar agilmente as tarefas diárias, mesmo após tratamentos, cirurgias, correção com óculos ou lentes de contacto. Como tal, a consulta de subvisão é dirigida a todos que apresentem dificuldades na realização destas ou de outras tarefas da vida diária.

Esta é uma forma de aproveitar o potencial máximo da visão residual e explorar o campo visual. Um treino bem adequado e a adaptação a ajudas ópticas/técnicas (tal como lupas) pode ser bastante eficaz.

Ter baixa visão não deverá, nunca, ser razão para pôr de parte as atividades que sempre foram realizadas. É sim, um desafio, mas em que não se está sozinho… com equipamentos e treino adequados é possível melhorar a autonomia e qualidade de vida.

A luta contra a cegueira é de todos e também nossa, que trouxemos para este campo de batalha o que de melhor há em inovação no diagnóstico e no tratamento, e com décadas de campanhas de rastreios e educação junto da população, para bem da janela que nos liga ao mundo, a visão.

Autores:
Prof. Doutor Eugénio Leite - Médico oftalmologista e Diretor Clínico das Clínicas Leite
Vera Pereira - Ortoptista nas Clínicas Leite
Mariana Coimbra - Assessora de Comunicação

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Universidade de Coimbra
Um consórcio europeu desenvolveu um colete inovador para monitorização contínua da doença pulmonar obstrutiva crónica, anunciou...

A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) será em 2030 a quarta causa de morte e a sétima de morbilidade no mundo, de acordo com previsões da Organização Mundial de Saúde.

Desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos, o projeto teve como “grande objetivo desenvolver um sistema tecnológico que mude o paradigma no tratamento e acompanhamento dos pacientes que sofrem de DPOC com comorbilidades (designadamente insuficiência cardíaca, ansiedade, depressão e diabetes)”, apostando na designada ‘medicina P4’ (“preditiva, preventiva, personalizada e participativa”), refere uma nota da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Denominado WELCOME (acrónimo de wearable sensing and smart cloud computing for integrated care to COPD Patients with Comorbiditie), o projeto dispõe de um financiamento de seis milhões de euros do 7.º programa-quadro de investigação (FP7) da União Europeia, que, entretanto, já aprovou a concessão de mais quatro milhões de euros.

O consórcio, que envolve também pneumologistas, terapeutas respiratórios, farmacêuticos e a indústria, conseguiu, “pela primeira vez, produzir um colete”, incorporando “um sistema de tomografia de impedância elétrica, equipamento que permite obter, de forma não invasiva, imagens dos pulmões geradas através da passagem de uma corrente elétrica”.

Esta foi “a grande inovação do projeto, mas o colete – que é apenas uma parte da solução tecnológica desenvolvida – integra tecnologia diversa, concretamente um vasto conjunto de diferentes tipos de sensores para monitorização contínua de sinais fisiológicos (eletrocardiograma, saturação de oxigénio, sons respiratórios, frequência respiratória e atividade física)”, descreve Rui Pedro Paiva, docente do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC e coordenador da equipa portuguesa.

O WELCOME Vest “efetua a aquisição em tempo real de um imenso volume de dados muito díspares e envia-os para um dispositivo do paciente (‘tablet’ ou ‘smartphone’), onde é realizado o pré-processamento da informação recolhida para validar a sua qualidade”, esclarece, citado pela FCTUC, Rui Pedro Paiva.

“Também no ‘tablet’, o paciente dispõe de uma aplicação com um conjunto de tarefas a realizar pelo próprio, tais como resposta a questionários de fadiga, medição de pressão arterial, pesagem ou visualização de vídeos (in)formativos”, acrescenta.

Concluída esta pré-validação, os dados são remetidos para uma ‘central de informação’ instalada na ‘cloud’ (computação na nuvem), onde se encontram todos os algoritmos desenvolvidos pelos cientistas do consórcio, “para o processamento dos diferentes tipos de informação que permita traçar o quadro do paciente e prever exacerbações (episódios de agravamento da doença), fornecendo ao médico, através de um sistema inteligente de apoio à decisão, informação que possibilite atuar atempadamente, evitando internamentos e atuando ao nível da prevenção e mitigação das comorbilidades da DPOC”, realça o investigador.

O sistema é muito complexo do ponto de vista tecnológico – em que o ponto crítico foi a integração das várias tecnologias no Welcome vest –, mas é relativamente simples de utilizar.

“As provas de conceito correram bastante bem, nos testes efetuados com pacientes, onde foi analisada a usabilidade da solução tecnológica, o colete foi considerado confortável e fácil de usar”, afirma Rui Pedro Paiva.

Ainda de acordo com o especialista em informática clínica, esta solução tecnológica “terá um impacto socioeconómico muito elevado não só na qualidade de vida e conforto do doente, mas também nos sistemas de saúde. Apostamos numa abordagem proativa e centrada no paciente, visando a deteção precoce de complicações”.

Comprovado o conceito, a investigação vai agora centrar-se na melhoria da robustez e fiabilidade do sistema tecnológico, tendo a União Europeia aprovado já, como se referiu, um financiamento de quatro milhões de euros para que o projeto prossiga.

Serviço Nacional de Saúde
A vacina da gripe começa hoje a estar disponível, sendo gratuita e sem necessidade de receita médica no Serviço Nacional de...

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) terá 1,4 milhões de doses da vacina para administrar, segundo a Direção-geral da Saúde, que determinou que a vacinação começa este ano duas semanas depois do que tem sido habitual para garantir uma “melhor e maior proteção durante o período da epidemia de gripe”, que em Portugal tem início habitualmente na segunda quinzena de dezembro.

A vacina vai ser este ano também gratuita para reclusos e guardas prisionais, bem como para pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica, que se juntam assim a outros grupos para quem a vacina era já gratuita.

Segundo uma norma da Direção-geral de Saúde (DGS), a vacinação contra a gripe mantém-se como gratuita no SNS e como “fortemente recomendada” para pessoas a partir dos 65 anos, para residentes em lares, doentes diabéticos, pessoas em diálise, pessoas com trissomia 21, em quimioterapia, com fibrose quística e ainda para bombeiros, entre outros grupos.

Nos casos em que é gratuita, a vacina não necessita de receita médica e dispensa também pagamento de taxa moderadora.

A vacinação contra a gripe está “fortemente recomendada” para pessoas com mais de 65 anos, para grávidas, para doentes crónicos e profissionais de saúde. É ainda aconselhada a vacinação de pessoas entre os 60 e os 64 anos.

Além de 1,4 milhões de doses adquiridas para o SNS, haverá também vacinas dispensadas nas farmácias através de prescrição médica, com uma comparticipação de 37%.

As receitas médicas específicas para a vacina da gripe passadas desde o dia 1 de julho terão validade até final do mês de dezembro.

A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.

A DGS considera a vacinação a melhor forma de prevenir as complicações graves e recomenda que as vacinas sejam administradas de preferência até final do ano.

As explicações da especialista
Existe uma nova área da fisioterapia, pouco divulgada, mas que é de extrema importância para a saúde

O pavimento pélvico tem um papel essencial na qualidade de vida pois controla necessidades vitais do nosso bem-estar. A maioria das vezes só nos tornamos conscientes da sua importância quando deixa de funcionar na perfeição. Poucas mulheres o conhecem, sabem quais as suas funções e a importância de cuidar desta região do seu corpo no dia-a-dia.

Então o que é o pavimento pélvico?

É um conjunto de músculos e fascias que formam o “chão” da nossa pélvis. Formam uma ponte de tecido muscular e fascial entre o púbis e o cocxis, circundam a uretra a vagina e o ânus.

Deste modo controlam funções muito importantes, para isso os músculos perineais têm que ser capazes de contrair e relaxar no momento exacto para conter ou esvaziar a bexiga e recto. Desempenham um papel importante de sustentação das vísceras pélvicas (bexiga, útero e recto) para as manter no seu local anatómico durante toda a vida. São fundamentais na satisfação sexual, precisamos de músculos que sejam ágeis e flexíveis, com bom tónus para a tensão ideal de forma a intensificar o prazer da mulher.

Em disfunção estes músculos podem encontrar-se relaxados e fracos, ou muito activos e rígidos.

Idealmente estes músculos têm que ter força muscular e ser capazes de contrair na intensidade adequada a cada situação, e por outro lado ter a capacidade de relaxar totalmente.

Provavelmente já ouviu falar dos exercícios de Kegel, são uma forma básica de tomar consciência e treinar estes músculos para melhorar a sua força, resistência e agilidade. Devemos contrair totalmente e relaxar totalmente também.

O que sentem as mulheres quando este grupo não funciona bem?

Podemos ter diferentes sensações dependendo de qual é a disfunção e como estão os nossos músculos.

Um pavimento pélvico fraco e laxo, frequentemente vai dar origem a sintomas de incontinência urinária, prolapso dos orgãos pélvicos (em que posso sentir algo a sair pela minha vagina, uma sensação de peso genital), dor mais profunda nas relações sexuais ou diminuição das sensações no acto sexual e alterações do orgasmo, incontinência a gases ou fezes. Por outro lado o aumento exagerado de tensão muscular desta região leva a uma rigidez e está muito associado a situações de dor pélvica, dor no esvaziamento da bexiga, incontinência urinária, dor nas relações sexuais, por vezes com muita dificuldade ou impossibilidade de penetração, obstipação ou dor durante a evacuação.

Porque aparecem estas disfunções?

O pavimento pélvico faz parte de um sistema que gere a pressão dentro do abdómen. Podemos fazer a analogia a uma casa em que o chão é o pavimento pélvico, o telhado o diafragma respiratório e as paredes os músculos profundos lombares e o transverso do abdmómen. Para manter uma função correcta temos que manter a casa equilibrada. Assim todas as situações como alterações posturais, obesidade, tabagismo, asma, desportos muito exigentes ou com muito impacto, trabalhos que exijam manusear cargas, muito tempo em pé, tocar instrumentos de sopro, uma obstipação crónica com muito esforço para evacuar podem causar disfunção devido a um aumento de pressão mal gerida pelo sistema.

A Gravidez e parto são também um dos factores de risco mais frequentes, quer pelas alterações posturais durante o processo de gravidez e aumento de pressão intrabdominal, quer pelo parto em si. O parto tem consequências pélvicas quer seja por via vaginal ou cesariana. E adicionalmente muitas vezes existe um pós-parto pouco respeitado, em que se começa a realizar tarefas ou exercício físicos muito exigentes quando o corpo ainda não está preparado para suportar.

O avanço da idade leva a alterações da qualidade do colagénio, levando a mais mobilidade dos ligamentos que suportam as vísceras, se não houver um sistema dinâmico saudável (músculos que contraem na intensidade e altura certa) vamos ter as primeiras manifestações de incontinência, prolapso, ou alteração das sensações sexuais.

Algumas situações disfunção pélvica podem acontecer devido a quadros inflamatórios ou infeciosos recorrentes, por trauma pélvico, ou cirurgia abdominal ou pélvica.

A fisioterapia é indicada por vários organismos internacionais, como a primeira linha de intervenção na maioria dos casos de disfunção pélvica. O fisioterapeuta dispõe de várias técnicas terapêuticas para abordar a incontinência urinária, prolapso dos órgãos pélvicos, algias pélvicas, vaginismo, incontinência fecal. A fisioterapia pode surgir como uma solução para sintomas que interferem na vida diária de tantas mulheres.

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OE2019
A receita obtida com imposto sobre as bebidas não alcoólicas vai ser destinada à sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde...

De acordo com a versão preliminar da proposta de Orçamento de Estado para 2019 (OE2019), que esteve em debate no sábado no Conselho de Ministros, a receita deste imposto vai ser “consignada à sustentabilidade do SNS e dos Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, conforme a circunscrição onde sejam introduzidas no consumo”.

“A afetação às regiões autónomas das receitas fiscais nelas cobradas ou geradas efetua-se através do regime de capitação, aprovado por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças, ouvidos os Governos Regionais”, refere o documento.

Os encargos de liquidação e cobrança incorridos pela Autoridade Tributária (AT) são compensados através da retenção de uma percentagem de três por cento do produto do imposto, a qual constitui receita própria, acrescenta.

As bebidas não alcoólicas com mais açúcar vão ser novamente penalizadas fiscalmente, segundo uma versão preliminar da proposta do OE.

Atualmente, o código dos Impostos Especiais sobre o Consumo (IEC) prevê que as bebidas cujo teor de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro ficam sujeitas a um imposto de 8,22 euros por cada 100 litros. Já aquelas em que o teor de açúcar ultrapassa as 80 gramas por litro são tributadas em 16,69 euros por cada 100 litros.

A proposta de Orçamento para o próximo ano prevê a introdução de dois novos escalões de tributação. No primeiro, para as bebidas cujo teor de açúcar é inferior a 25 gramas por litro, o imposto a pagar será de um euro por cada 100 litros; o segundo escalão prevê que as bebidas com açúcar entre 25 e 50 gramas por litro fiquem sujeitas a um imposto de seis euros por cada 100 litros; o terceiro, onde se enquadram as bebidas cujo teor de açúcar varia entre as 50 e as 80 gramas por litro, o imposto a pagar deverá ser de oito euros por cada cem litros; e o último, para as bebidas com mais de 80 gramas de açúcar por litros, o imposto a pagar será de 20 euros por cada cem litros.

A proposta de Orçamento do Estado para 2019 será entregue na Assembleia da República na hoje, dia 15 de outubro.

Estudo
Mais de 20% da população adulta portuguesa apresenta níveis de vitamina D muito abaixo do normal, que correspondem a situações...

"Cerca 21,2% da população tem níveis abaixo dos 10 nanogramas por mililitro (ng/ml), que corresponde a um risco de deficiência grave, de acordo com as classificações da Sociedade de Endocrinologia", disse a reumatologista Cátia Duarte.

Segundo a especialista, que apresentou o estudo "A carência de Vitamina D em Portugal", "apenas 3,6% da população tem níveis considerados normais, com níveis superiores a 30 ng/ml".

As conclusões apontam para que mais de 60% da população tenha "uma elevada prevalência de deficiência ou, pelo menos, de níveis inadequados de vitamina D", com valores abaixo dos 20 ng/ml.

O estudo, realizado entre 2011 e 2013 pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em colaboração com a Nova Medical School, obteve amostras de 3.092 indivíduos com mais de 18 anos.

"A população com mais idade, a partir de 70 anos e, sobretudo, com mais de 75 anos, tem uma maior carência de vitamina D quando comparado com adulto jovem, entre os 18 e os 29 anos, com um aumento de risco de quase seis vezes de carência de vitamina D, ou seja muito abaixo dos 10 ng/ml", disse Cátia Duarte.

De acordo com a especialista, a inatividade física, a obesidade e o tabagismo são fatores de risco que contribuem para uma maior carência de vitamina D.

"A mudança de estilos de vida é um passo importante", explicou.

Nos grupos de risco "em que não é possível a modificação dos fatores de risco, a suplementação poderá ser indicada, embora no idoso já esteja contemplada pela Direção-Geral da Saúde".

Além dos efeitos nefastos ao nível ósseo, "bem documentada no raquitismo da criança", a falta de vitamina D na população adulta jovem e mais idosa está a associada a diversas comorbilidades, "nomeadamente doença cardiovascular, a diabetes e maior associação a algumas neoplasias e doenças autoimunes".

"São estudos essencialmente transversais que não permitem estabelecer uma causalidade, mas há uma grande ligação entre a deficiência de vitamina D e o aparecimento destas doenças e que podem ter efeitos ao nível de vários órgãos e sistemas, obviamente dependendo do nível de carência que tenhamos", referiu.

No Fórum D, que decorreu sábado em Coimbra, cerca de uma centena de especialistas discutiram também a associação e o efeito da deficiência de vitamina D em diversas doenças, como na saúde da mulher, no crescimento das crianças, no controlo do doente com epilepsia e na doença oncológica.

Os especialistas do Fórum D alertam para a importância da vitamina D e a necessidade de se tomarem medidas ao nível da saúde pública, uma vez que esta é uma vitamina que contribui para o desenvolvimento, crescimento e manutenção do equilíbrio de uma multiplicidade de órgãos e funções do corpo humano, que vão desde o período de gestação até ao fim da vida.

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