Inquérito
Três em cada quatro portugueses consideram que a saúde não é uma prioridade para o Governo, apontando para pouca preocupação...

Um inquérito feito a mais de 600 adultos portugueses, tendo em conta a estratificação da população, mostra que 74% dos inquiridos diz que a saúde não é uma prioridade para o Governo em Portugal. O inquérito foi realizado no âmbito do projeto ‘3F - Financiamento, Fórmula para o Futuro’, liderado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e apoiado por empresas da indústria farmacêutica e das tecnologias em saúde.

Os que entendem que não é uma área prioritária para o Governo dão como indicador a “pouca preocupação com a saúde dos utentes”, os “tempos de espera longos”, a “falta de médicos/profissionais de saúde” e também um “baixo investimento na saúde”.

Os inquiridos criticam sobretudo o tempo de espera para cirurgias e para primeiras consultas, sendo que os portugueses que moram no interior são mais críticos do acesso ao Serviço Nacional de Saúde do que os que vivem no litoral.

Na sua última visita ao hospital, quase noves em cada dez inquiridos recorreram ao serviço público, mas quase 30% diz que escolheu uma unidade do Serviço Nacional de Saúde por ser mais barato do que o privado,

Aliás, os inquiridos caracterizam os hospitais privados como mais rápidos e com melhor atendimento e avaliam-nos melhor em vários critérios.

Contudo, na competência e conhecimentos dos profissionais de saúde a diferença entre público e privado é quase nula.

É no item dos tempos de espera para consultas e exames que os hospitais públicos surgem mais penalizados na avaliação comparativa com as unidades privadas.

Quanto ao financiamento, os inquiridos consideram que a saúde é a segunda área a receber mais financiamento estatal, seguida da segurança social. Ainda assim, 70% entendem que o valor atribuído à saúde é insuficiente.

É preciso agir nas primeiras fases da doença
A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) pediu hoje que os medicamentos contra o excesso de peso sejam...

Antecipando o Dia Mundial da Obesidade, que se assinala na quinta-feira, defende que é preciso "acabar com o estigma da obesidade e para a urgência de tratar a obesidade nas primeiras fases da doença, possibilitando-se acesso à terapêutica farmacológica, que até hoje não é comparticipada em Portugal".

Estereótipos como a pessoa obesa "por ser 'preguiçosa' ou não ter autocontrolo" não se devem aplicar a uma doença que é "crónica e complexa" e que afeta 1,4 milhões de pessoas em Portugal, seis milhões se se contar as pessoas com pré-obesidade, o número de afetados poderá chegar aos 06 milhões.

A presidente da SPEO, Paula Freitas, afirmou que "é urgente que a terapêutica farmacológica seja comparticipada e, assim, acessível a todos" e que seja combatido o estigma relacionado com a doença, que "só contribui para o aumento dos níveis de obesidade e para o atraso e insucesso do tratamento".

Já é mais fácil chegar à cirurgia indicada para a obesidade mórbida, mas antes disso importa agir na fase inicial, aos primeiros sinais da doença, salienta a Sociedade.

Assim, poupar-se-iam alguns dos 300 mil euros gastos em cuidados de saúde a complicações relacionadas com a obesidade, salienta a Sociedade, que quer mostrar o "impacto económico da obesidade" em custos diretos e indiretos às "entidades de saúde competentes e aos políticos".

Portugal é um dos países "com maior taxa de obesidade na União Europeia", num mundo em que a obesidade se tornou uma pandemia, com mais de 600 milhões de obesos, ou seja, com um índice de massa corporal acima de 30 quilos por metro quadrado, entre 1,9 mil milhões de pessoas com excesso de peso, segundo dados da Organização Mundial de Saúde citados pela SPEO, num comunicado divulgado hoje.

No dia 11, o problema vai ser dissecado num encontro que junta políticos, médicos, nutricionistas, juristas e representantes de outros setores na reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

"Ambiente Obesogénico" é o nome do debate em que se analisará a obesidade, dos fatores de risco aos custos que implica, à partida os 237.000 anos de vida que poderiam ser poupados "se os portugueses melhorassem os seus hábitos alimentares".

Refrigerantes todos os dias, sal a mais e verduras a menos são alguns dos hábitos que devem mudar, segundo os especialistas.

Com a obesidade costumam surgir diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, dos ossos e articulações, psicológicas e alguns tipos de cancro.

Mas até uma perda de 05 a 10% de peso pode ajudar, reduzindo o risco de doenças do coração e diabetes, melhorando a tensão arterial, o que se pode conseguir com "inibidores de apetite".

Reabilitação respiratória não chega a todos
No âmbito do Dia Europeu da Doação de Órgãos e Transplante, que se assinala a 13 de outubro, a Associação de Transplantados...

A associação sem fins lucrativos, com sede no Hospital de Santa Marta, formada por um grupo de transplantados pulmonares, revela que há muitos profissionais de saúde que, por não fazerem parte de centros de referência de transplantação e tratamento de doentes pulmonares, ainda não sabem os cuidados que é necessário ter na presença de transplantados pulmonares. A população em geral tem ainda menos consciência dos riscos a que pode expor os transplantados.

“Os transplantados, e em especial os que fizeram transplante de pulmão – um órgão que está em constante contacto com o exterior -, têm um risco muito aumentado de infeções. Portanto, erros que à partida seriam insignificantes, como visitar um transplantado mesmo quando se está com uma pequena constipação ou servir-lhe uma refeição que foi transportada sem tampa ou proteção, podem gerar infeções num transplantado pulmonar, pondo o seu novo pulmão e a sua vida em risco”, destaca Maria Manuela Santos, vice-presidente da ATPP.

O próprio transplantado também deve ter uma série de cuidados pessoais e na interação com os outros, como:

  • seguir à risca o seu plano terapêutico,
  • afastar-se de quem possa ter doenças infeciosas,
  • usar sempre a máscara de proteção em locais públicos, fechados ou quando em contacto com pessoas que não são próximas,
  • não comer carne ou peixe mal cozinhados,
  • evitar a ida a piscinas,
  • não fumar e praticar exercício físico dentro das suas possibilidades.

“A Reabilitação Respiratória também é um tratamento e cuidado recomendado no pré e no pós-transplante, mas algo a que nem todos os transplantados pulmonares têm acesso, uma vez que a oferta no SNS é reduzida e nem sempre completa e adaptada para estes doentes com necessidades tão especiais”, conclui a vice-presidente da ATPP

Desde 2001 foram realizados em Portugal 172 transplantes Pulmonares, todos efetuados no Hospital de Santa Marta em Lisboa, o único centro de referência de Transplantação Pulmonar em Portugal. Atualmente estão cerca de 50 pessoas em lista de espera para transplante pulmonar. 

Governo promete reforço nas contratações
O ministro da Saúde admitiu hoje que Portugal está muito atrasado na área da saúde mental, que tem sido uma “área esquecida e...

A propósito do Dia da Saúde Mental, que hoje se assinala, Adalberto Campos Fernandes reconheceu que há “um enorme trabalho a fazer” nesta área em Portugal, que foi esquecida nos últimos 20 ou 30 anos.

“Tem sido uma área esquecida, negligenciada, pouco visível e onde os cidadãos têm ainda muito poucas respostas”, assumiu o ministro em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência em Lisboa.

Campos Fernandes frisou que o Governo está ciente do “enorme trabalho que há pela frente” no campo da saúde mental e comprometeu-se a continuar o reforço de contratação de psicólogos para os cuidados de saúde primários.

Além das 40 contratações de psicólogos que estão em curso para os centros de saúde, o ministro estima que faltarão entre 80 a 90 profissionais para que “as necessidades mínimas fiquem asseguradas”.

O objetivo do Governo é, segundo sublinhou, ter uma cobertura nacional “que seja adequada”, continuando o reforço de contratações na área dos cuidados de saúde primários.

“A doença mental em Portugal é endémica, tem prevalência muito elevada e continuamos a consumir medicamentos acima da média da OCDE”, recordou Adalberto Campos Fernandes.

Doença Bipolar: o que é?
Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis ou irritabilidade extrema, por um lado, e perda de int

A Doença Bipolar, antes designada por Psicose Maníaco Depressiva é uma doença mental caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão, «mania» ou mistas (ou seja, alternando rapidamente entre mania e depressão). Qualquer dos tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves.

Estas alterações de humor dão muitas vezes origem a problemas com a gestão do quotidiano, arruinam relacionamentos pessoais e levam a tentativas de suicídio.

Os sintomas da doença bipolar dependem da fase da doença. Um episódio maníaco caracteriza-se por um humor expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. Com a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir alguns ou todos os seguintes sintomas:

Irritabilidade extrema;

  • Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, com aceleração do pensamento e do débito do discurso e incapacidade de manter um discurso focado num só tema;
  • Reacção excessiva a estímulos, interpretação errada de acontecimentos, irritabilidade fácil;
  • Aumento de interesse em diversas e novas actividades, gastos excessivos, dívidas e ofertas exageradas;
  • Grandiosidade. A pessoa sente-se melhor e mais poderosa do que os outros;
  • Energia excessiva, com hiperactividade;
  • Diminuição da necessidade de dormir;
  • Aumento do desejo sexual, comportamento desinibido e por vezes de risco;
  • Incapacidade de aceitar que está doente, recusando apoio médico;
  • Abuso de álcool e de outras substâncias.

 Os episódios depressivos caracterizam-se fundamentalmente por tristeza e desesperança. No entanto surgem outros sintomas durante esta fase da doença:

Ruminações depressivas (pensamentos negativos permanentes e persistentes e incapacidade para os afastar);

  • Diminuição grave da auto-estima;
  • Sentimentos de inutilidade, desesperança e culpabilidade;
  • Lentificação do pensamento, dificuldades na concentração e memória e incapacidade na tomada de decisões;
  • Perda de interesse nas actividades que antes davam prazer (trabalho, hobbies, convívio social);
  • Preocupação excessiva com queixas físicas, como por exemplo obstipação;
  • Agitação e inquietação ou perda de energia, cansaço e inacção;
  • Alterações do apetite e do peso;
  • Alterações do sono: insónia ou hipersónia;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Choro fácil ou incapacidade de o fazer;
  • Ideias de morte, de suicídio e tentativas de suicídio;
  • Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substâncias.

Durante episódios graves de Mania ou Depressão podem surgir sintomas psicóticos. Estes sintomas podem ser:

  • Alucinações - em que habitualmente se ouvem vozes que não existem;
  • Ideias delirantes - Crenças inabaláveis de situações que não são reais.

Os sintomas psicóticos na Doença Bipolar refletem o estado de humor. Por exemplo, num episódio maníaco o doente acredita que tem poderes especiais ou é um profeta enviado por Deus. Num episódio depressivo, o doente pode sentir-se extremamente culpado por algo que acredita que fez.

A Hipomania é um estado semelhante à Mania, com sintomas sobreponíveis mas de menor intensidade. Não existem sintomas psicóticos.

Tipos de Doença Bipolar

Doença Bipolar tipo I

Existência de episódios maníacos, que podem alternar com episódios depressivos.

Doença Bipolar tipo II

Existência de episódios depressivos intercalados com episódios hipomaníacos.

Ciclotímia

Existência de sintomas hipomaníacos e depressivos regulares. Os sintomas depressivos não são tão graves como na Depressão Major, contudo afectam significativamente o dia-a-dia do doente.

Ciclos Rápidos

Existência de quatro ou mais episódios depressivos, maníacos, mistos ou hipomaníacos num período de 12 meses.

As alterações de mania para depressão podem ser mensais, semanais ou mesmo diárias. Esta situação tem o nome de Ciclos Ultra Rápidos.

Estados Mistos

Coexistência de sintomas maníacos e depressivos no mesmo doente.

O diagnóstico de doença bipolar é exclusivamente clínico e assenta na elaboração de uma história clínica completa tendo em conta os sintomas atuais e pregressos, a personalidade prévia e os antecedentes familiares.

A Doença Bipolar afeta cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo e encontra-se entre as 20 principais causas de incapacidade. Até cerca de 2% dos europeus virão a ter Doença Bipolar num dado momento da sua vida, e destes cerca de metade, acabarão por desenvolver Doença Bipolar tipo I. Aproximadamente 200 mil pessoas sofrem de Doença Bipolar em Portugal. A Doença Bipolar tipo I ocorre com igual frequência nos homens e nas mulheres, enquanto a Doença Bipolar tipo II é mais comum nas mulheres. Não existe nenhuma associação entre a raça/etnia, estrato socioeconómico, naturalidade ou local de residência (rural/urbano). A prevalência de Doença Bipolar é superior nos indivíduos que vivem sozinhos.

O risco de desenvolver Doença Bipolar é mais elevado no final da adolescência ou no início da idade adulta, sendo que pelo menos metade dos casos surge antes dos 25 anos de idade. As pessoas com Doença Bipolar encontram-se em risco de desenvolver também outras doenças em simultâneo (co-morbilidade). Um estudo recente da Organização Mundial de Saúde revelou que dois terços das pessoas com doença bipolar também sofriam de perturbações de humor e ansiedade, e mais de um terço tinha também problemas de abuso de substâncias. Apesar destas sérias consequências, menos de metade das pessoas que sofrem de perturbações bipolares recebem tratamento para a sua doença.

Não se identificou ainda uma causa única para a Doença Bipolar, mas acredita-se que tanto fatores biológicos, como psicológicos ou sociais possam contribuir para tal, levando a alterações neuroquímicas no cérebro. Cerca de 80-90% dos indivíduos com Doença Bipolar tem um familiar com esta doença ou com depressão. Os fatores ambientais também têm grande influência: stress oxidativo, perturbações do sono, abuso de álcool e drogas podem desencadear episódios em indivíduos vulneráveis.

Não existe cura para a Doença Bipolar, mas com um tratamento eficaz, a maioria das pessoas podem voltar a conseguir controlar as suas alterações de humor e os sintomas a elas associados.

O tratamento para a Doença Bipolar tem de responder com eficácia tanto aos episódios maníacos como aos depressivos, bem como aos momentos de humor misto e aos ciclos rápidos. Também é muito importante conseguir evitar que surjam recaídas. O tratamento da doença bipolar inclui habitualmente a utilização de fármacos estabilizadores de humor e por vezes de antidepressivos e de antipsicóticos. Em situações resistentes a electroconvulsivoterapia é também uma opção terapêutica. O acompanhamento psicológico, quer individual (com particular enfoque na terapia cognitivo-comportamental) quer familiar é fundamental.

A ideia de Doença Mental, na opinião pública, é habitualmente confusa e pouco correta. Considera-se a doença mental qualitativamente diferente das doenças físicas, desvalorizam-se alguns sintomas, temem-se outros e atribui-se um grau de incurabilidade a grande parte dos doentes psiquiátricos.

A literacia em psiquiatria e particularmente na Doença Bipolar permite que estas ideias preconcebidas sejam ultrapassadas facilitando o reconhecimento da doença tanto ao próprio como aos que com ele convivem, possibilitando uma maior ajuda a quem necessita e permitindo um tratamento médico atempado e adequado bem como uma visão humana e solidária da doença.

*este artigo não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, por opção do autor

Bibliografia
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition, Revisão de Texto, DSM-IV-TR. Washington, DC: 2000.
World Health Organisation. The global burden of disease. Actualização de 2004. Consultado em 06/09/11.
Merikangas KR, Jin R, He JP, et al. Prevalence and correlates of bipolar spectrum disorder in the world mental health survey initiative. Arch Gen Psychiatry 2011; 68 (3): 241–251.
Pini S, de Queiroz V, Pagnin D, et al. Prevalence and burden of bipolar disorders in European countries. Eur Neuropsychopharmacol 2005; 15 (4): 425–434.
Kessler RC, Berglund P, Demler O, et al. Lifetime prevalence and age-of-onset distributions of DSM-IV disorders in the National Co-morbidity Survey Replication. Arch Gen Psychiatry 2005; 62 (6): 593–602.

www.adeb.pt
www.lundbeck.com/pt/

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
4% dos adultos sofre desta perturbação
A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra lançou hoje junto dos estudantes do ensino superior de todo o país uma campanha de...

A iniciativa foi lançada no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental e tem como objetivo alertar os estudantes do ensino superior para a importância do diagnóstico precoce desta doença.

Segundo os promotores, a campanha vai decorrer com o apoio de doze associações de estudantes do ensino superior que, através das redes sociais e distribuição de panfletos, irão informar alunos, professores e não docentes para a correta identificação dos sinais de alerta mais comuns da referida doença.

A iniciativa vai decorrer ‘online', tanto nas páginas de redes sociais da Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra, como das associações envolvidas, "através de uma rubrica de literacia para a PHDA com várias publicações ao longo do mês, nas quais serão tratados temas como o conceito da doença, sintomas mais comuns e formas de tratamento", referiu a fonte à agência Lusa.

A principal mensagem que a organização da campanha pretende passar "é a de que o diagnóstico e tratamento precoces da PHDA permitem uma melhoria da qualidade de vida do indivíduo, bem como do seu desempenho académico".

A PHDA é uma doença neuropsiquiátrica crónica na qual se verificam alterações no funcionamento cerebral e cognitivo, que resultam na desatenção, agitação motora e impulsividade invulgares para a idade do indivíduo.

"Estima-se que cerca de quatro por cento dos adultos sofre desta perturbação atualmente", referem os promotores em comunicado.

Segundo a nota, entre os sintomas mais comuns estão "a desorganização e incapacidade de foco, a inquietação motora, a tomada de decisões precipitadas, a dificuldade em realizar atividades que requeiram calma e esforço mental e a comunicação excessiva".

"Dado que o PHDA em jovens adultos se pode manifestar em contexto escolar/profissional, importa trabalhar no sentido de consciencializar as comunidades académicas para a correta identificação de uma doença que, quando não tratada, pode levar ao insucesso escolar, baixa autoestima, isolamento social, propensão para comportamentos de risco (consumo de drogas e álcool, gravidez não planeada, etc.), bem como ao risco de desenvolver outras doenças, como depressão ou transtornos de personalidade", explica no comunicado Joaquim Cerejeira, diretor clínico da UPPC.

A campanha envolve as associações académicas da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, do Instituto Politécnico de Portalegre, da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria e da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Abrange ainda as associações da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, da NOVA Information Management School, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra e o Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra.

Redução da taxa e a incidência de eventos
Para as pessoas com diabetes, os primeiros meses de tratamento com insulina de ação prolongada são fundamentais para a...

As pessoas com diabetes que apresentam episódios de níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia) durante os primeiros meses de tratamento com insulina basal, tendem a utilizar mais recursos de saúde e são mais propensas a interromper o tratamento do que as que não registam este evento.

A hipoglicemia pode ter impacto significativo nas pessoas com diabetes e representa um custo elevado para os sistemas de saúde e para a sociedade2, sendo que o medo da hipoglicemia por parte dos profissionais de saúde e das pessoas com diabetes pode levar a uma dose “subótima”3 e, consequentemente, a complicações de saúde graves a longo prazo.

É no período inicial do tratamento, o chamado período de titulação, que são realizados a maioria dos ajustes de dose e do controle de açúcar no sangue. Portanto, é importante garantir que as pessoas com diabetes, que necessitam de insulina, começam o tratamento da melhor forma, evitando pausas ou a interrupção do mesmo.

As vantagens da injeção de insulina glargina foram avaliadas através de vários Ensaios Clínicos controlados aleatorizados c e de Evidência do Mundo Real (RWE) para obter uma visão ampla de como esta terapêutica realmente afeta pessoas com diabetes aquando do início do tratamento com insulina basal.

Segundo os estudos, a insulina glargina proporciona um risco igual ou inferior de baixar o nível de açúcar no sangue em comparação com a insulina Degludec em pessoas com diabetes tipo 2 que iniciaram tratamento com insulina

No primeiro ensaio controlado aleatorizado head-to-head que compara a eficácia e segurança de insulinas basais de segunda geração, este tipo de insulina demonstrou, nos resultados primários, um controlo semelhante do valor de açúcar no sangue versus a insulina degludec.

Este estudo, designado de BRIGHT, publicado na Diabetes Care, demonstrou também uma redução na ocorrência de episódios de descida a dos níveis de açúcar no sangue nas primeiras 12 semanas de tratamento. 

LIGHTNING PM, um amplo estudo de RWE, demonstrou que a insulina glargina tende a reduzir a taxa de eventos previstos de descida do nível de açúcar no sangue em comparação com a insulina degludec em pessoas com diabetes tipo 2 que estão a iniciar o tratamento com insulina.

Os dois estudos, que utilizaram diferentes metodologias, mostraram resultados semelhantes ou superiores para insulina glargina (300 Unidades/mL), insulina basal de segunda geração, em comparação com a insulina degludec 100 Unidades/mL. Ambos os estudos foram apresentados na Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), no 54º Encontro Anual em Berlim, Alemanha.5,6

O estudo head-to-head BRIGHT demonstrou um controlo comparativo dos níveis médios de açúcar no sangue (HbA1c) com insulina glargina versus insulina degludec. Durante as primeiras 12 semanas de terapêutica (período de titulação), a insulina glargina reduziu a taxa e a incidência de eventos confirmados de níveis baixos de açúcar no sangue (≤70 mg/dL) em 23% e 26% respetivamente, em comparação com a insulina degludec.7 Durante as últimas 12 semanas de tratamento (período de manutenção: 13-24 semanas), os dois tratamentos mostraram uma incidência e uma taxa de eventos comparável de níveis baixos de açúcar no sangue.5

“A hipoglicemia é uma preocupação geral para pessoas com diabetes, profissionais de saúde e serviços nacionais de saúde”, afirma Alice Cheng, professora associada de endocrinologia da Universidade de Toronto, Canadá, e principal investigadora do estudo BRIGHT. “Sabemos que viver episódios hipoglicémicos é um problema particularmente desafiador para os doentes que usam pela primeira vez uma insulina basal.”

O estudo LIGHTNING PM (RWE) demonstrou que a insulina glargina previu uma redução na taxa de episódios graves de níveis baixos de açúcar no sangue em 25% em comparação com a insulina degludec em adultos com diabetes tipo 2 a iniciar terapêutica com insulina, embora essa diferença não fosse estatisticamente significativa. O estudo também mostrou reduções versus duas insulinas basais de primeira geração (insulina detemir e insulina glargina 100 U/mL).6

Em Portugal, estima-se que a artrite reumatóide afete cerca de 1% da população
Os resultados de um ensaio clínico recente revelam que as células estaminais mesenquimais (MSCs, Mesenchymal Stem Cells) do...

O ensaio pretendeu avaliar a tolerância, segurança e eficácia da utilização das MSCs do sangue do cordão umbilical no tratamento da artrite reumatoide, tendo os doentes sido divididos em três grupos, aos quais foram administradas doses celulares diferentes. Imediatamente antes e quatro semanas após a infusão das MSCs, foram avaliados vários parâmetros indicadores dos níveis de inflamação associados à doença. Não foram demonstrados efeitos secundários ou sinais de intolerância associados à infusão celular.

“Os tratamentos convencionais têm contribuído para a melhoria dos sintomas da artrite reumatoide, no entanto, são poucos os doentes que não evidenciam sinais da doença sem a utilização de fármacos. Para além disso, são tratamentos dispendiosos e que, em alguns casos, provocam efeitos secundários adversos. Por estes motivos, é importante que novas estratégias para o tratamento desta doença sejam desenvolvidas, nomeadamente para aqueles que não respondam aos tratamentos convencionais”, afirma Maria João Rocha, Investigadora no Departamento de I&D da Crioestaminal.

Com base nos resultados alcançados, os autores do estudo sugerem que, no futuro, poderá ser possível tratar a artrite reumatoide com recurso a células estaminais mesenquimais. Contudo, são ainda necessários mais estudos, envolvendo um maior número de doentes, seguidos por um período mais longo, de forma a compreender se esta terapêutica poderá tornar-se, efetivamente, uma opção de tratamento para esta doença.

A artrite reumatoide é uma doença crónica, autoimune em que o sistema imunitário ataca as articulações de forma anormal. Este ataque desencadeia um processo inflamatório, causando dor, inchaço, dano articular e incapacidade. É uma doença crónica, mas se convenientemente tratada, tem bom prognóstico vital e funcional. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a prevalência da artrite reumatoide varia entre 0,5 e 1,5% na população nos países industrializados e estima-se que afete 0,8 a 1,5% da população portuguesa. A ocorrência global da doença é duas a quatro vezes maior em mulheres do que em homens. O pico de incidência nas mulheres é após a menopausa, mas pessoas de todas as idades podem desenvolver a doença, incluindo na adolescência.

Denunciada falta de condições de segurança clínica
Miguel Guimarães visita esta quinta-feira, dia 11 de outubro, o Hospital de Braga para avaliar as condições de trabalho no...

A Ordem dos Médicos (OM) visita amanhã o Hospital de Braga na sequência de várias denúncias de falta de condições de segurança clínica no serviço de Ginecologia e Obstetrícia e no Bloco de Partos. O hospital possui um serviço de Apoio Perinatal Diferenciado, de grande relevância na Referenciação Materno-Infantil na região norte, mas funciona com um número insuficiente de especialistas, situação que preocupa os médicos e a OM.

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, será acompanhado por António Araújo, presidente do Conselho Regional do Norte da OM, e por João Bernardes, presidente do Colégio da Especialidade. Após reunião com os responsáveis do hospital, segue-se uma visita ao serviço de Ginecologia e Obstetrícia e ao Bloco de Partos.

 

Idade média de início dos sintomas da doença é de 22 anos
As doenças psicóticas, entre elas a esquizofrenia, afetam cerca de 50 mil pessoas em Portugal. Para compreender melhor esse...

Segundo Marques Teixeira, Presidente da SPPSM: “o principal objetivo do estudo é termos um conhecimento real e concreto do problema nacional neste tipo de doentes e deste modo contribuirmos para o desenvolvimento de políticas e programas que sejam baseados na evidência”.

Além de reunir informação de caráter socioeconómico, o estudo realizado com uma amostra da população portuguesa pretende realçar a importância do apoio ao doente enquanto pessoa, nomeadamente, os apoios laborais (igualdade de oportunidades de emprego), os apoios sociais (reformas, pensões, estruturas comunitárias) e a criação de sistemas de saúde com vista a satisfazer as necessidades dos doentes (no caso da acessibilidade e diferenciação de cuidados).

Principais conclusões do estudo de uma perspectiva sociodemográfica:

  • A grande maioria dos doentes é solteiro (74,6%).
  • Mais de 39% dos doentes incluídos vive em casa própria ou arrendada. Por outro lado, um terço dos doentes habita numa residência protegida ou está internado numa instituição de saúde mental.
  • Apenas 29,9% dos participantes no estudo afirmam usufruir de Apoios Sociais. O apoio alimentar é mencionado por 9% dos doentes.
  • Em termos de habilitações literárias, o ensino secundário (29,9%) é o mais referido pelos inquiridos, sendo que só 12,7% dos doentes tem formação superior. De realçar igualmente que 4,5% dos doentes não sabe ler ou escrever.
  • Relativamente à situação profissional, a maioria dos inquiridos (63,4%) refere que se encontra Reformado por Invalidez e mais de 21% está desempregado.
  • Para a maior parte dos doentes Reformados ou Reformados por Invalidez, o valor mensal bruto da pensão situa-se entre os 200 e 300€ mensais.

Principais conclusões do estudo de uma perspectiva socio-clínica:

  • A idade média de início dos sintomas da doença é de aproximadamente 22 anos.
  • A maior parte dos doentes (48,5%) considera que o seu estado de saúde atual é razoável, sendo de referir que a perceção dos cuidadores é mais negativa que a dos doentes: 26,1% das respostas dos cuidadores indicam um estado de saúde ‘Fraco’.
  • Em média decorreram 2,3 anos desde o início dos sintomas até ao acompanhamento em consulta da especialidade, e 1,3 anos desde o início do acompanhamento à instituição de terapêutica farmacológica.
  • O valor médio gasto na compra dos medicamentos prescritos é bastante variável, e 28% dos doentes não sabe quanto gasta com a medicação.
  • Aproximadamente 38,1% dos doentes esteve internado nos últimos 2 anos.
  • Para além da doença psiquiátrica, 38,8% dos doentes afirmam ter outras patologias diagnosticadas, nomeadamente depressão (10,4%, n=14), obesidade (9,7%, n=13) e outras patologias (14%).

Principais conclusões do estudo de uma perspectiva socio-clínica:

  • 17,2% dos doentes participa em algum tipo de organização.
  • No que respeita à participação ativa na vida política, expressa pelo exercício do direito de voto, 48,5% dos doentes refere ter parte ativa.
Qualidade deixa a desejar
O Ministério da Educação vai multar a empresa que serve refeições à Escola Básica e Secundária da Batalha, após denúncias de ...

"Tivemos um contacto imediato da senhora secretária de Estado, doutora Alexandra Leitão, que se mostrou preocupada com o assunto, que envolve não só as crianças, mas um incumprimento grave de um contrato que foi celebrado entre o Ministério da Educação e uma empresa privada", afirmou o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos (PSD).

O autarca revelou que, depois de ter denunciado à tutela "graves deficiências no fornecimento de refeições na Escola Básica e Secundária da Batalha, foram tomadas medidas de reforço das equipas e a empresa foi notificada pela intenção de aplicação de multas contratuais, uma vez que o contrato não estava a ser cumprido".

Mas, "mais importante que isso, foi reforçar o acompanhamento da DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] Centro no refeitório escolar".

Paulo Batista Santos prometeu que irá "dar uns dias", mas que esse é um "tempo muito curto, não mais do que uma semana, para ver se a situação normaliza".

Se não melhorar, o presidente vai propor ao Governo que "mande abaixo aquele contrato, que a Câmara está disponível para assumir a responsabilidade do fornecimento das refeições" e "seguramente com mais qualidade".

Apesar de não ser sua obrigação, a Câmara da Batalha reforçou o apoio às refeições com recursos humanos e com equipamentos: "O contrato é recente e de facto nunca prestou muito bom serviço, mas agora entrou numa rotura total. Perderam manifestamente o controlo. As funcionárias não têm experiência, as refeições começam a ser fornecidas muito tarde, há muitas crianças que não comem, o que é muito grave, porque entram em 'stress' assim que ouvem o toque para irem para as aulas de tarde e vão-se embora", relatou.

Além disso, revelou ainda, a "qualidade da refeição e dos produtos confecionados também deixa muito a desejar".

Na quinta-feira, o Município da Batalha pediu uma intervenção urgente do Governo junto da concessionária responsável pelas refeições da escola básica e secundária local, denunciando "graves deficiências" no fornecimento.

Numa nota de imprensa, a autarquia informa que remeteu para a secretária de Estado Adjunta e da Educação o pedido de "intervenção urgente junto da concessionária de refeições escolares na Escola Básica e Secundária da Batalha, com fundamento no incumprimento grave do contrato realizado pelo Ministério da Educação e a empresa".

Segundo a Câmara, desde o início deste ano letivo, "sucedem-se ocorrências de falta de comida, atrasos sistemáticos no fornecimento das refeições por ausência de recursos e falta de qualidade dos alimentos confecionados, o que tem conduzido a uma situação de ‘caos e insuportável', conforme é qualificado pela Direção do Agrupamento".

O Município da Batalha, no distrito de Leiria, acrescenta que a "Direção do Agrupamento de Escolas tem reportado para a Direção de Serviços Regional do Centro, do Ministério da Educação, as crescentes falhas e dificuldades do serviço de refeições, inclusive graves lacunas ao nível da limpeza e salubridade nos espaços de manuseamento dos alimentos, situação que é incompreensível quando a empresa já está a utilizar um novo refeitório equipado com as melhores condições e equipamentos".

"A ICA [empresa concessionária] recebeu um espaço de cozinha e de refeitório novos que, em apenas 15 dias, acusam o efeito da falta de manutenção e limpeza adequadas. Temos reiterado que a quantidade de pessoal disponibilizado para a Batalha e a coordenação e liderança do mesmo têm deixado muito a desejar. Quando alertámos para a sujidade no final de cada dia no refeitório, foi-nos respondido que o chão do mesmo só era lavado uma vez por semana, à sexta-feira", lê-se na nota.

A autarquia salientou que também a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha já intercedeu junto da Direção de Serviços Regional do Centro da Educação, solicitando intervenção para resolução da situação.

Os pais, segundo a Câmara, consideram "incomportável" e referem que "parece evidente é que esta empresa de fornecimento de refeições apresenta diversas deficiências de base graves, sobretudo por falta de organização do pessoal, por falta deste (pois há trabalhos que não são feitos na véspera, para permitir haver mais tempo nas horas de "rush"/mais utilizadores), e por falta de formação e de espírito de equipa".

"A escola tem colaborado e ajudado para minimizar os problemas, mas cabe à empresa e ao Ministério da Educação rapidamente resolver os problemas graves que ocorrem no fornecimento das refeições", acrescentou o presidente, citado na nota de imprensa.

Efeitos colaterais
O ministro da Saúde australiano, Greg Hunt, pediu hoje desculpas em nome do país às mulheres afetadas pelos efeitos colaterais...

"Em nome do Governo australiano, peço desculpas a todas as mulheres que historicamente sofreram dores e agonia pelos implantes pélvicos que geraram consequências horríveis", disse Hunt em entrevista transmitida pela cadeia australiana ABC.

Estes dispositivos são implantados cirurgicamente para tratar o prolapso vaginal e a incontinência urinária, mas causaram danos a milhares de mulheres (entre três e 30 mil), de acordo com o Senado.

"A minha mensagem é que as suas vozes foram ouvidas e não apenas se ouviu, mas também se agiu", sublinhou o ministro antes do Governo responder a uma investigação sobre estes casos promovida pelo Senado.

Hunt disse que o Governo federal vai trabalhar com os estados e territórios do país para criar um registo nacional voluntário de mulheres afetadas por este implante até ao final do próximo ano.

O ministro também disse que o Governo vai subsidiar a remoção desses aparelhos e os tratamentos associados a esses implantes, além de solicitar aos estados e territórios que realizem as auditorias.

No ano passado, um tribunal federal abriu um processo na sequência de uma ação coletiva movida por mais de 700 mulheres contra a farmacêutica Johnson & Johnson por efeitos colaterais causados por um implante vaginal.

 

 

Iniciativa arranca no concelho de Cascais
Os primeiros testes rápidos de rastreio do VIH/sida e dos vírus da hepatite em farmácias começam a partir de hoje a estar...

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, explicou que Cascais é a primeira localidade em Portugal a aplicar os testes rápidos de rastreio da infeção por VIH e por vírus da hepatite C e B nas farmácias comunitárias e nos laboratórios de patologia e análises clínicas.

Hoje à tarde, o secretário de Estado Adjunto e o diretor executivo do programa da ONU para o VIH, Tim Martineau, visitam uma farmácia em Alcabideche, Cascais, onde estão disponíveis os testes rápidos de rastreio.

A generalidade das farmácias de Cascais já teve a formação ministrada pela Ordem dos Farmacêuticos que permite aos profissionais estarem preparados para realizar os testes, fazer aconselhamento diferenciado e identificar fatores de risco.

Perante o resultado reativo de um teste (que ainda não significa positividade), a farmácia ou o próprio utente poderão entrar em contacto com a linha SNS 24, que fará o encaminhamento para o hospital que o doente escolha a fim de repetir o teste e, caso se confirme, passar a ser seguido.

Fernando Araújo lembrou ainda que o Ministério da Saúde mantém o objetivo de, até final do ano, ser possível comprar estes testes nas farmácias e realizá-los em casa.

Segundo o governante, a proposta legislativa que avança com a possibilidade dos testes em casa já foi aprovada em Conselho de Ministros e promulgada pelo Presidente da República.

Com estas medidas, o Ministério da Saúde pretende aumentar a deteção precoce da infeção por VIH e das hepatites virais, com o objetivo de transformar Portugal "num país livre da epidemia VIH/sida" em 2030.

O Ministério da Saúde vai ainda hoje assinar com mais sete cidades o compromisso "via rápida para eliminar o VIH", que já tinha sido assinado por Cascais, Lisboa e Porto.

Este compromisso, com medidas para que as localidades erradiquem o VIH/sida, vai ser hoje estendido a seis cidades da área metropolitana de Lisboa e a uma do Algarve.

Almada, Amadora, Loures, Oeiras, Odivelas, Portimão e Sintra são os municípios que hoje assinam este compromisso.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde lembrou a importância de reduzir a incidência das infeções sobretudo na Grande Lisboa, que tem metade de todas as novas infeções por VIH do país.

Fernando Araújo salienta que Portugal assistiu nos últimos anos a uma importante redução da incidência da doença, mas que continua com um número de casos superior à média europeia.

Reforço dos cuidados primários
Portugal precisa de criar uma rede de suporte ao doente que já não está hospitalizado, para evitar deterioração do estado de...

“O sucesso do tratamento do doente fora das instalações físicas” dos hospitais “apenas é possível quando é assegurada uma continuidade da prestação através de uma rede de suporte ao doente e à sua família no seu regresso à comunidade”, considera o relatório final do projeto 3 F – Financiamento, Fórmula para o Futuro, que vai ser hoje apresentado em Lisboa e a que a agência Lusa teve acesso.

Esta rede de suporte ao doente na comunidade deve ser iniciada no momento do internamento hospitalar e contemplar uma intervenção clínica e outra não clínica, “fundamental para garantir a adequada gestão da doença”.

O grupo de peritos do projeto 3 F considera que o “regresso do doente à comunidade é, por norma, realizado sem supervisão”, cabendo apenas à rede de cuidados continuados acompanhar alguns doentes crónicos ou em situações de dependência.

A falta de acompanhamento na comunidade, indica o relatório, suscita uma deterioração do estado de saúde, reinternamentos desnecessários e excessivo recurso às urgências, traduzindo-se num desperdício de profissionais e de meios materiais.

A rede de suporte ao doente na comunidade deve assegurar a participação de profissionais de saúde, famílias, cuidadores informais, associações de doentes, autarquias, farmácias e instituições de solidariedade social.

Esta rede de suporte é uma das 10 recomendações do relatório final do projeto 3 F, que defende ainda que o cidadão tem de ser o elemento central da prestação de cuidados de saúde.

Contudo, os peritos consideram que nesta matéria há ainda “um longo caminho a percorrer”. Por isso sublinham que é importante capacitar o doente para gerir a sua própria patologia.

“É fundamental que o cidadão conheça as medidas de prevenção da doença, de promoção da saúde e de gestão da doença. É igualmente importante que o cidadão conheça o sistema de saúde e a forma como aceder à prestação de cuidados”, indica o documento que hoje será apresentado em Lisboa.

O projeto 3 F defende ainda um reforço do papel dos cuidados de saúde primários e uma maior interligação entre os vários níveis de cuidados (centros de saúde, hospitais e cuidados continuados).

Relatório
Os hospitais públicos vivem em “estrangulamento de tesouraria”, com um endividamento crónico e a fazer um “esforço inglório”...

O relatório final do projeto 3 F – Financiamento, Fórmula para o Futuro vai ser hoje apresentado em Lisboa e contém um conjunto de dez recomendações para melhorar o modelo de organização e de financiamento do Serviço Nacional de Saúde.

O documento recorda que o período da ‘troika’ motivou uma “forte restrição da despesa pública” cujas medidas resultaram numa “suborçamentação da saúde”, com “estrangulamento de tesouraria” nos hospitais, que vivem dependentes da decisão do poder ministerial.

“Esta situação limita a gestão e a autonomia das instituições hospitalares, resultando num endividamento crónico destas instituições e materializando-se num esforço inglório pela manutenção de níveis adequados de prestação de serviços”, refere o relatório, a que a agência Lusa teve acesso.

Para os peritos, é essencial recuperar a autonomia de gestão dos hospitais, sendo “urgente” adotar uma gestão e uma prestação de cuidados menos dependentes de processos administrativos, através de uma “autonomia e responsabilização dos gestores hospitalares pelos resultados obtidos”.

Quanto ao financiamento, o relatório aponta para uma suborçamentação na área da saúde, indicando que é imperioso repensar o modelo de organização do sistema de saúde.

É preciso desviar a atenção da prestação de cuidados e focar na promoção da saúde e prevenção da doença, integrando cuidados.

Assim, “o orçamento deve ser independente da instituição onde o doente é tratado, promovendo a qualidade do tratamento e não a quantidade de procedimentos realizados”.

A iniciativa 3 F, liderada pela Associação dos Administradores Hospitalares, pretende ainda avançar com dois projetos-piloto que visam uma alteração do modelo de financiamento e de organização dos cuidados.

O projeto-piloto FAROL, que vai ser desenvolvido no Instituto Português de Oncologia do Porto, será direcionado a doentes com cancro do pulmão e pretende medir os resultados em saúde (clínicos e de experiência do doente) ao longo de todo o percurso, para também determinar o custo real de tratamento.

Com este projeto será possível determinar a qualidade assistencial, comparar o custo real de tratamento do doente com cancro do pulmão com o preço atribuído pela administração central da saúde, bem como testar diferentes modelos de incentivos para premiar as instituições com melhores resultados.

Outro projeto-piloto definido pelo 3 F é o POLARIS, que se foca na integração de cuidados e prevenção da doença e que decorrerá no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

Pretende-se com este projeto testar um modelo de financiamento de base populacional, para ser depois comparado com os atuais orçamentos, que são baseados em atividade, quer nas unidades de cuidados de saúde primários como secundários na área do CHTMAD.

Os dois projetos-piloto têm como objetivo abandonar as modalidades de pagamento às instituições de saúde que são baseadas em volume de cuidados prestados.

Desafio da indústria alimentar
Embalagens que evitam o desenvolvimento de micróbios e formas de conservar alimentos com baixo impacto ambiental são algumas...

“Vão ser apresentadas soluções com menor impacto ambiental, mas que ao mesmo tempo mantêm o equilíbrio entre a qualidade, a segurança e o sabor do produto, conciliado com alternativas bioplásticas. O mundo tem de caminhar junto para encontrar alternativas, contudo, sem que a segurança do consumidor seja posta em causa”, contou a investigadora da Escola Superior de Biotecnologia (ESB), Manuela Pintado.

Em declarações à Lusa, a coordenadora do curso europeu “Qualidade e Segurança de Frutos e Vegetais Minimamente Processados” e investigadora na Escola Superior de Biotecnologia (ESB) do Porto, explicou que durante as sessões vão ser apresentadas “soluções que reduzem o impacto ambiental” e que “conservam os alimentos durante mais tempo”, como as embalagens ativas, desenvolvidas pela investigadora Fátima Poças da EBS.

A 9.ª edição do curso europeu, que decorre de quarta a sexta-feira, visa “fazer o ponto da situação” e “analisar toda a cadeia de valor dos frutos e vegetais”.

As condições do solo, os fatores da colheita, a logística do transporte, o armazenamento e as práticas comuns de fertilização são alguns dos temas que vão ser debatidos por 35 oradores nacionais e internacionais convidados.

Para Manuela Pintado, também importantes são “os desafios” que a indústria ainda enfrenta relativamente à segurança e à qualidade dos frutos e vegetais minimamente processados.

“Manter estes frutos com a qualidade mínima necessária, e com segurança, continua a ser um desafio para a indústria, portanto, todo o processo e conhecimento deve estar atualizado para podermos ter no mercado produtos com cada vez mais sabor e segurança”, salientou a investigadora.

Durante os três dias, vai também ser abordado “o armazenamento prolongado dos produtos”, que pode vir a permitir que os consumidores “tenham em sua casa um fruto ou vegetal que dure mais tempo, sem se alterar”.

O curso “Qualidade e segurança de frutos e vegetais minimamente processados” é organizado em cooperação com a Universidade de Foggia, na Itália, e com o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).

 

Paralisação de 6 dias
O Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) alertou hoje os utentes para condicionamentos nos serviços na Região Autónoma...

O SESARAM “informa que a greve dos enfermeiros que decorrerá em todo o território português, nos dias 10 e 11 de outubro, poderá condicionar a prestação de alguns serviços que envolvam o exercício de atividades por parte dos profissionais de enfermagem”, pode ler-se na nota distribuída na Madeira.

No mesmo documento, o SESARAM esclarece que a paralisação na quarta-feira “abrange apenas as unidades hospitalares”, sendo “previsível que afete diretamente a atividade cirúrgica programada no Bloco Operatório e na Unidade de Cirurgia de Ambulatório”.

Na quinta-feira, a greve dos enfermeiros deve afetar a prestação de cuidados nos centros de saúde e hospitais da região.

Para minimizar os efeitos desta greve, o SESARAM apela para que os utentes que necessitem de cuidados prestados por enfermeiros "contactem os serviços antecipadamente para avaliar as condições da viabilidade do atendimento”.

Ainda assegura que “todas as situações urgentes serão atendidas e os serviços mínimos salvaguardados” e que os profissionais do SESARAM vão fazer todos os esforços possíveis, “sem prejuízo do direito à greve, para minimizar os efeitos desta junto dos utentes”.

Os enfermeiros iniciam na quarta-feira uma greve de seis dias para exigir ao Governo a apresentação de uma nova proposta negocial sobre a carreira de enfermagem, cuja negociação deveria ter terminado em junho.

Convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) e a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), a greve irá decorrer na quarta e quinta-feira e nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro, dia em que está marcada uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Os sindicatos exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.

Também reivindicam, entre outras matérias, que a Carreira Especial de Enfermagem seja aplicável a todas as instituições do setor público/SNS e a todos os enfermeiros que nelas exercem independentemente da tipologia do contrato e que sejam consagradas as condições de acesso à aposentação voluntária dos enfermeiros e com direito à pensão completa sejam os 35 anos de serviço e 57 de idade (base inicial para negociação).

 

 

 

Doentes não tinham viajado para zonas de risco
Dois cidadãos espanhóis da mesma família contraíram dengue em Espanha e tiveram já alta do hospital, confirmaram hoje fontes do...

Os três casos abrangem pessoas da mesma família, que estiveram em municípios da província de Cádiz e Murcia durante o período em que poderão ter contraído a infeção, segundo as mesmas fontes citadas pela à agência Efe.

O dengue é uma doença produzida por um vírus (flavivirus) que geralmente tem efeitos ligeiros e que se transmite por picada de mosquitos infetados, e não de pessoa a pessoa.

Entre os infetados, dois deles já com alta hospitalar, dois residem em Murcia e outro, uma mulher de quem ainda se aguardam os resultados, na Comunidade de Madrid.

O Centro nacional de Microbiologia do Instituto de Saúde Carlos III confirmou na passada quinta-feira dois casos de infeção por vírus dengue em adultos residentes em Espanha e que não tinham viajado para zonas de risco.

As três pessoas que começaram a padecer de sintomas na segunda quinzena de agosto evoluíram de forma favorável “e atualmente estão de boa saúde”.

O único vetor que pode transmitir o vírus em Espanha é o ‘Aedes albopictus’ (mosquito tigre), muito propagado em Espanha, particularmente no litoral mediterrânico.

 

Ordem dos Psicólogos
A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) considera que o “atual modelo” da saúde mental “está gasto e não funciona”, defendendo...

“É necessário reforçar-se a aposta na prevenção e no ataque à perturbação mental antes de se tornar grave; caso contrário, torna-se cada vez mais difícil resolver, com mais custos e complicações” para o próprio doente e para a família, afirma o bastonário da OPP, Francisco Miranda Rodrigues, num comunicado divulgado a propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala na quarta-feira.

A ordem dos psicólogos lamenta que mais de 10 anos após a criação do Programa Nacional de Saúde Mental se verifique “a inexistência de uma estratégia integrada para a promoção da saúde mental e para a prevenção das perturbações mentais”, “o aumento da prevalência da depressão e ansiedade na população portuguesa”, a “quase inexistência de seguros de saúde com cobertura para doenças mentais, ao contrário do que acontece em outros países da Europa”.

Para os psicólogos, foram 10 anos de “abandono mental” em Portugal, porque, afirmam, o programa “falhou na melhoria do acesso dos portugueses às respostas na área da saúde mental e na melhoria dos indicadores nacionais”.

“A saúde mental é mais do que psicofármacos”, adverte a OPP, lembrando que “os portugueses gastam 600 mil euros por dia em psicofármacos e continuam com acesso limitado a psicólogos” no Serviço Nacional de Saúde, a serviços de Psicologia na ADSE e outros subsistemas, e nos seguros de saúde.

Apenas em 2016, foram prescritas cerca de 30 milhões de embalagens de psicofármacos, salienta a ordem, que considera que “chegou o momento de assumir que o atual modelo está gasto e não funciona, sendo imperativo delinear-se uma estratégia que privilegie a prevenção, nomeadamente para reduzir o risco”, melhorar a identificação e o tratamento precoce e diminuir o sofrimento das pessoas e os custos associados do Estado.

Segundo o primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, divulgado em 2013, um em cada quatro portugueses sofre de um problema de saúde mental.

Francisco Miranda Rodrigues lamenta a “inexistência de dados relativos a 2017” disponibilizados pelo Programa Nacional, mas crê que pouco se tenha alterado “na medida em que as políticas nesta área, de um modo geral, continuam as mesmas”.

"O Programa Nacional de Prevenção da Depressão continua sem ser aplicado apesar da recetividade do Governo à proposta da OPP", adianta o bastonário, manifestando preocupação com o facto de Portugal ser dos países europeus com maior taxa de prevalência nas perturbações mentais.

Dados divulgados pela OPP referem que, atualmente, Portugal é o segundo país da Europa com maior prevalência de doenças mentais na população (com um valor quase idêntico ao da Irlanda do Norte, que ocupa o primeiro lugar) e que 43% já teve uma perturbação mental durante a sua vida.

Em apenas seis anos o número de portugueses, entre os inscritos nos centros de saúde, com depressões aumentou 43% entre 2011 (6,85%) e 2017 (9,8%), adiantam.

A Organização Mundial de Saúde escolheu como tema este ano "os jovens e a saúde mental num mundo em mudança", pois é nesta fase da vida que aparecem metade das perturbações mentais.

O bastonário apelou para a necessidade de todos fazerem da prevenção em saúde mental “uma prioridade” sob pena de se hipotecar “o futuro das crianças e jovens e de Portugal”.

Em causa está a requalificação da unidade
O diretor clínico demissionário do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) reiterou que mantém a sua intenção...

“A partir de dia 15 de outubro [data de entrega do Orçamento de Estado] se não vier lá algo para o Centro Hospitalar a decisão será abandonar o cargo, mas falo por mim, não pelos outros, mas atenção que não abandono o hospital, nem a sua gestão”, afirmou José Moreira da Silva em conferência de imprensa, na unidade hospitalar.

O clínico salientou que, se no orçamento não vier inscrita a verba necessária para as obras a realizar no hospital, cerca de 50 milhões de euros, irá reunir com os restantes 51 demissionários – diretores e chefes de serviço – para tomar uma decisão, deixando claro que a sua intenção será demitir-se de funções.

José Moreira da Silva sustentou que o “alerta” não é apenas feito ao Governo, mas sim a todos os partidos políticos e deputados da Assembleia da República.

Além disso, o diretor clínico anunciou ter recolhido cerca de 300 assinaturas num abaixo-assinado para entregar ao bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, no final desta semana ou início da próxima.

“As assinaturas são de colegas especialistas onde deixam claro, no documento, estarem solidários com a posição tomada por mim e pelos 51 diretores e chefes de serviço demissionários”, ressalvou.

Questionado pelos jornalistas sobre se entregou ou não um pedido formal de demissão, depois de o presidente do Conselho de Administração do centro hospitalar ter vincado nunca ter recebido nada a não ser uma carta sem remetente e destinatário, o diretor clínico assumiu que houve um “problema burocrático”.

“Nós apresentamos um pedido conjunto de demissão, mas pelos vistos não foi um ofício considerado normal, nós entendemos que o ofício era normal e eles entenderam que não era normal, portanto, apesar de estar demissionários, não estamos demissionários”, disse.

Admitindo que “não existe, de facto, um ofício a solicitar a demissão”, José Moreira da Silva assumiu que o pedido deveria ter sido entregue com remetente e destinatário, o que não aconteceu.

“Não existe um ofício a solicitar a demissão, ao contrário do que foi enviado ao ministro da Saúde, secretário de Estado da Saúde e Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte com o nome de todos os demissionários”, vincou.

A demissão do diretor clínico e dos diretores e chefes de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho foi anunciada a 05 de setembro, nas instalações do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, no Porto.

Os 52 profissionais redigiram uma carta de demissão em julho, altura em que ponderaram demitir-se, mas só no início deste mês concretizaram essa intenção.

Em conferência de imprensa, no Porto, o diretor clínico demissionário José Pedro Moreira da Silva apontou então como causas para a demissão coletiva as “condições indignas de assistência no trabalho e falta de soluções da tutela”.

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