Oncologia
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro disponibiliza aos doentes oncológicos um serviço de apoio médico...

"Havia uma falha no que diz respeito a este apoio muito ligado com o dano corporal e relacionado com questões dos sobreviventes [à doença oncológica] relativamente ao trabalho e Segurança Social, entre outras", disse à agência Lusa Carlos Oliveira, presidente da estrutura.

O novo serviço, que vem complementar o apoio jurídico já prestado, visa a orientação do doente em relação aos pedidos e procedimentos técnico-administrativos resultantes do dano corporal, consequência da doença ou de efeitos secundários dos tratamentos.

Segundo o especialista Carlos Oliveira, muitas vezes os doentes não estão munidos dos relatórios clínicos necessários "para garantir a promoção da proteção e defesa" da sua situação.

O núcleo regional pretende o "acesso privilegiado dos doentes oncológicos a um relatório pericial célere, isento e rigoroso, que pode servir vários propósitos, nomeadamente ser um suporte no requerimento inicial de processos de atribuição de incapacidade ou invalidez".

"Os relatos que nos chegam mostram um sistema que não tem em conta as condições de saúde dos doentes, com indeferimentos sem fundamentação circunstanciada, com disparidades de decisões para a mesma situação, nas juntas médicas do Norte, Centro e Sul", refere Carlos Oliveira.

O novo serviço permite que os doentes tenham acesso a avaliações periciais, através de uma empresa especializada, em condições financeiras "muito favoráveis".

"No caso de doentes com dificuldades financeiras, é a Liga que paga (total ou parcialmente) as despesas com as avaliações, adotando a mesma filosofia de apoio com que suportamos outras despesas", salientou o presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

As explicações da nutricionista
Os chamados superalimentos como as frutas, legumes ou sementes têm vindo, nos últimos anos, a ganhar

É importante ter em conta que a oferta alimentar que nos chega através das vastas prateleiras das superfícies comerciais é, na maioria das vezes, pobre em nutrientes e vitaminas, com alimentos cujos princípios nutricionais não são recomendados, como é o caso dos alimentos processados, pré-cozinhados, refinados, etc. Os doces, salsichas, ou açúcares são exemplo disso, onde teor de sal ou gorduras saturadas é aumentado relativamente aos alimentos frescos.

Na hora de encher o carrinho, ainda há algumas dúvidas sobre o que devemos ou não trazer para potenciar a nossa saúde e bem-estar.

O que têm de especial sobre os superalimentos?

Caracterizados pela presença de princípios nutritivos, como vitaminas, minerais, fibras, antioxidantes e fito nutrientes, os superalimentos vêm da natureza e não passam pelos processos industriais onde os seus princípios ativos são perdidos. Vários estudos afirmam que, por exemplo, os pigmentos nas frutas e vegetais não só dão cor, como também contêm muitos dos compostos que atuam como antioxidantes, desintoxicantes, fortalecendo o sistema imunológico e ajudando na prevenção de certas doenças como o cancro, além da forte contribuição de vitaminas e minerais. 

Como conseguimos tirar todo o partido destes alimentos?

O tipo de cozedura de um alimento é um dos fatores mais importantes a reter quando queremos tirar o maior partido nutricional, vitamínico e mineral dele. As altas temperaturas tendem a levar a uma perda de nutrientes maior do que ingestão dos alimentos crus, como é o exemplo da vitamina C que é perdida quando cozinhada ou oxidada se não for ingerida num curto espaço de tempo – o sumo de laranja deve ser bebido logo após as laranjas serem espremidas, caso contrário, perde a sua importância vitamínica.  Por isso, recomendo sempre a cozedura a vapor que além de mais saudável, pois que preserva a maioria dos nutrientes, é mais rica em sabor e textura dos alimentos. Cozinhar a vapor é uma alternativa mais económica e ecológica porque utilizamos menos quantidade de água e energia do que a necessária na cozedura tradicional.

Os superalimentos curam?

A ingestão dos alimentos certos é muito importante na prevenção e controle da nossa saúde e bem-estar e no fortalecimento dos nossos sistemas (imunológico, respiratório, circulatório, cardiovascular ou digestivo), para um correto funcionamento. 

Deve-se consumir só superalimentos e abandonar os que não são?

Todos os alimentos têm propriedades e vantagens. Está comprovado que só com uma dieta variada podemos fornecer ao nosso corpo toda a variedade de macro e micronutrientes necessários e que os alimentos naturais, que são a nossa fonte principal, os contêm, como proteínas, vitaminas, minerais, ácidos gordos etc. Por exemplo, os cítricos, ricos em vitamina C, não têm ferro e as carnes em geral fornecem ferro em quantidade e qualidade adequadas, mas não a vitamina C.

Devemos evitar ou controlar o consumo de doces, salgados, comida pré-cozinhada, bebidas gaseificadas, que favorecem problemas como a obesidade, hipertensão, diabetes ou aumento do colesterol.

Qual seria o Top 5 dos superalimentos e porquê?

Destacar apenas cinco 5 alimentos com altas propriedades nutricionais seria errado, estaria a deixar de lado muitos outros, igualmente importantes. Por isso, organizei-os por grupos de alimentos: legumes, frutas, sementes, verduras, peixes e dentro dessa classificação, mencionar alguns.

Frutas e verduras

Consumir mais frutas e vegetais diminui o risco de doenças cardiovasculares, cancro, hipertensão, obesidade ou diabetes. Escolha aqueles de cor intensa que trarão maiores benefícios.

Brócolos: é um ótimo antioxidante e anticancerígeno. Este legume contém fibras, o que ajuda a regular o trânsito intestinal, minerais e vitaminas Grupo B, como o ácido fólico.

Alho/Cebola: têm uma ação diurética, bactericida e fungicida.

Frutos vermelhos: ricos em antioxidantes que neutralizam os radicais livres, também possuem propriedades anti-inflamatórias.

Abacate: contém gorduras monoinsaturadas, especialmente ácido oleico, também presentes no azeite, amendoins ou nozes, que ajudam a aumentar o colesterol bom e prevenir a aterosclerose (doença vascular crónica).  Além disso, este fruto possui um forte antioxidante - vitamina E, ideal para a pele e o cabelo. Atenção: o abacate contém mais calorias que as restantes frutas, por isso, devemos moderar a sua ingestão.

Nozes: considerado um fruto seco, a noz contém as chamadas gorduras boas, como o Omega 3, que ajuda a regular o colesterol e tem efeito anti-inflamatório. Contudo, não devemos abusar do seu consumo por causa das calorias, sendo que o seu consumo ideal é o de um punhado de nozes (ou frutos secos variados), por dia.

Sementes de Chia: contêm fibra solúvel para reduzir o colesterol e regular a glicose no sangue e fibras insolúveis, ambos ajudam a regular a função intestinal.

Peixe azul: com múltiplos benefícios pelo tipo de gordura que possuem. O Omega 3 é benéfico para regular a pressão arterial e aumentar o bom colesterol. É ainda um excelente anti-inflamatório e ótimo na circulação sanguínea.

Algas: a Spirulina apresenta um perfil nutricional bastante rico. Apesar da sua utilização ser milenar, é considerado como um alimento do futuro. É muito utilizado como um suplemento dietético e a ONU e OMS recomendam que esta seja a solução para aliviar a deficiência nutricional do mundo.

Leite: não podemos deixar de falar deste superalimento, vital nos primeiros meses de nossa vida, embora não seja considerado tão importante quando começamos a comer os restantes alimentos sólidos. Vamos pensar sobre o desenvolvimento físico, emocional e psicológico que ocorre nesta primeira fase da vida. Durante os primeiros meses, o leite materno ou leite preparado representa a base nutricional para o desenvolvimento, sendo o único alimento que pode ser processado no sistema digestivo de uma criança. Após 6 meses, aquando a introdução gradual dos alimentos sólidos pode reduzir-se o seu consumo, porém o leite é a principal fonte nutricional no primeiro ano de vida de um ser humano.

Azeite extra virgem: é considerado o melhor óleo para ser consumido, pelo seu conteúdo de ácidos gordos essenciais (Omega 3 e Omega 6, com alto teor de antioxidantes, como a vitamina E, polifenóis com poder anti-inflamatório, o que o torna um alimento benéfico para a prevenção de doenças cardiovasculares. Para a sua ingestão calórica, são recomendadas 3-4 colheres de sopa por dia, tanto para temperar como para cozinhar.

Por que é que só agora estamos a revelar alguns alimentos qualificados como superalimentos, quando sempre estiveram ao nosso alcance?

O termo superalimento é uma definição mais trendy que científica. Possivelmente esta valorização e o retorno às origens deve-se por causa do aumento do consumo de alimentos processados e do fast-food e todas as consequências negativas que isso tem trazido para a saúde mundial.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
28 de outubro | Dia Mundial da Terceira Idade
A falta de dentes naturais é uma realidade frequente entre a população portuguesa. Os dados são referidos pelo III Barómetro da...

A propósito do Dia Mundial da Terceira Idade que se assinala no próximo dia 28, o Professor Doutor João Caramês, director clínico do Instituto de Implantologia, centro do Best Quality Dental Centers em Portugal, alerta para as limitações de saúde oral da população sénior também reconhecida em outros países: “De acordo com dados europeus, a percentagem de pacientes com mais de 70 anos a requerer tratamentos dentários aumentou consideravelmente ao longo dos últimos 13 anos. Considerando as necessidades de reabilitação oral da população em geral, estimou-se que aproximadamente 21% dos pacientes candidatos a reabilitação oral com implantes tenha uma idade igual ou superior a 70 anos”.

“A ausência de dentes naturais na população espelha uma realidade histórica sombria da saúde oral em Portugal”, afirma o especialista. “Durante várias décadas, o acesso a cuidados primários e secundários era muito reduzido, não apenas pela pouca informação e sensibilização dos pacientes para a importância da saúde oral, como também por um limitado número de profissionais capazes de um exercício clínico conservador e esclarecido. Creio terem sido estas algumas das principais razões que determinaram no presente uma estimativa tão elevada de desdentados na população. Em particular, em pacientes mais idosos, cuja 2ª geração foi vivida neste período.”

Hoje, o cenário alterou-se com uma classe de médicos dentistas maior em quantidade e qualidade. Contudo, os indicadores de saúde oral em Portugal estão ainda abaixo da média europeia. Como refere o Professor Doutor João Caramês “na análise realizada pela Nova Healthcare em trabalho publicado em 2016, observa-se que a limitação económica da população continua a ser um dos principais obstáculos a uma melhor saúde oral, em particular na população idosa. Enquanto clínico, considero fundamental que a classe prestigie a sua atividade clínica por forma a que junto do paciente este reconheça a saúde oral como uma prioridade. É importante continuar a educar os nossos pacientes para este princípio.”

A ausência de dentes naturais, traz consigo várias consequências, explica o médico: “Todos os pacientes deveriam ter direito a partilhar um sorriso sem receio da sua condição dentária. Infelizmente, observo que a maioria dos pacientes mais idosos não o faz por deterioração da sua saúde oral.”

Para além de uma perda da autoestima que, “muitas vezes inconscientemente, altera a sua forma de estar e comunicar com quem os rodeia”, o médico salienta também que “a sua expressão facial sofre alterações significativas em função do aprofundamento de sulcos cutâneos, colapso dos tecidos labiais e ou perda de dimensão vertical de oclusão”.

A questão da mastigação não pode ser esquecida, uma vez que a ausência dentária se traduz “quase sempre uma perda significativa da função mastigatória e um ajuste na sua dieta, que em alguns casos conduz a malnutrição, problemas do sistema digestivo, ou a um pior controlo da glicemia na situação de pacientes diabéticos. As próteses removíveis embora possam minimizar algumas destas condições, tornam-se desadaptadas e desconfortáveis à medida que o maxilar e a mandíbula se vão atrofiando. A sua utilização ao longo de vários anos contribui para uma insatisfação crónica do paciente”.

Situação que se pode evitar “fomentando uma cultura preventiva junto do paciente. A realização de consultas de Higiene Oral e ou visita ao seu Médico Dentista, com uma periodicidade variável consoante o perfil e os fatores de risco do paciente devem permitir um diagnóstico precoce e tratamento de lesões de cárie dentária e ou da doença periodontal”. No máximo, reforça o médico, “estas consultas deverão ocorrer de seis em seis meses”, mesmo que não existam queixas. No que diz respeito ao tratamento, o Professor Doutor João Caramês é da opinião que, “tanto quanto possível, se devem optar por abordagens minimamente invasivas que salvaguardam a saúde e a preservação dentária, sempre que possível”.

Ainda que o paciente geriátrico possa apresentar uma maior fragilidade física ou várias doenças crónicas, que exigem a toma de medicação diversa, “raramente estes são contraindicação para a realização de tratamentos dentários ou de cirurgia para a colocação de implantes. Contudo, é frequente ajustar a dose e o tipo de anestesia em situações de doença cardiovascular ou endócrina, detetar eventuais interações medicamentosas evitando a prescrição de certos fármacos como anti-inflamatórios não esteroides ou, em situações de maior complexidade clínica, estabelecer contacto direto com o médico da especialidade que acompanha regularmente o paciente”. O especialista acrescenta ainda que “na reabilitação oral com implantes o recurso a um fluxo de trabalho digital com cirurgia guiada possibilita ao paciente sénior o conforto inerente a uma intervenção mais rápida, com menor morbilidade e um período de cicatrização mais curto”.

Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu aprovou ontem, em Estrasburgo, uma proposta de revisão das regras europeias que regulamentam a água...

A proposta de alteração à diretiva (lei europeia) sobre a água potável - aprovada por 300 votos a favor, 98 contra e 274 abstenções - terá de ser negociada com o Conselho da União Europeia (UE), onde estão representados os governos nacionais, para um acordo sobre a legislação final.

A revisão da atual diretiva, que data de 1998, visa alinhar as normas de qualidade da água potável aos dados científicos mais atualizados e adaptar a legislação a novos desafios, como as alterações climáticas e a transição para uma economia circular, contribuindo para reduzir a utilização de garrafas de plástico.

As regras ontem aprovadas pelo Parlamento Europeu, escreve o Sapo, requerem a redução dos limites de concentração de certos poluentes na água, como o chumbo - que terá de baixar para metade -, compostos perfluorados e bactérias, como a ‘Legionella’.

Controlo dos microplásticos e desreguladores endócrinos
Os eurodeputados propõem também a introdução de novos limites para certos desreguladores endócrinos e a monitorização dos microplásticos.

Os eurodeputados querem que os Estados-membros tomem medidas para melhorar o acesso à água nas cidades e nos espaços públicos, por exemplo, instalando e promovendo a utilização de fontes de acesso livre, tendo em conta condições locais específicas, como o clima.

A concessão de incentivos ao fornecimento de água da torneira nos restaurantes, nas cantinas e nos serviços de entrega de refeições, “a título gratuito ou pagando uma taxa de serviço reduzida”, é outra medida proposta.

Esta proposta legislativa dá seguimento à primeira iniciativa de cidadania europeia bem-sucedida, ‘Right2Water’ (Direito à água), que recolheu 1,6 milhões de assinaturas em favor da melhoria do acesso a água potável para todos os europeus.

Uma maior confiança dos cidadãos na água da torneira poderá contribuir para a redução dos resíduos plásticos provenientes da água engarrafada, incluindo o lixo marinho.

Estudo
Cientistas encontraram até nove tipos de plástico diferentes nas fezes de cada pessoa que fez parte de um estudo-piloto a nível...

Cientistas encontraram até nove tipos de plástico diferentes nas fezes de cada pessoa que fez parte de um estudo-piloto a nível europeu. O estudo foi apresentado em Viena, na Semana da UEG – Comunidade Europeia de Gastroenterologia, o maior encontro de especialistas de gastroenterologia nesta área na Europa.

Os investigadores encontraram, em média, 20 partículas de microplástico em cada 10 gramas de fezes, sugerindo que todos consumimos diariamente plástico na comida. As partículas, segundo o Sapo, têm entre 50 e 500 micrómetros, sendo que a maior parte corresponde a macromoléculas que se usam para produzir plástico, silicone ou borrachas sintéticas.

Na semana antes dos testes, todos os participantes afirmaram terem estado expostos ao plástico, tanto por consumirem comida embalada como por beberem líquidos de garrafas de plástico.

Contudo, ter vestígios de plástico nos intestinos não é algo para ser levado de ânimo leve: especialistas acreditam que o sistema imunitário pode ser enfraquecido, levando à transmissão de toxinas e vírus malignos mais facilmente.

Philipp Schwabi, doutor e responsável pela investigação, da Universidade de Medicina de Viena, em Áustria, disse que esta é a principal preocupação da equipa, especialmente no que diz respeito aos pacientes com doenças gastrointestinais.

“Enquanto as maiores concentrações de plástico em estudos com animais se encontraram nos intestinos, as partículas de microplástico mais pequenas podem entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático e podem até chegar ao fígado. Agora que temos evidências de microplásticos dentro dos seres humanos, precisamos de aprofundar a pesquisa para perceber o que é que isto significa para a saúde humana”, reiterou Philipp Schwabi.

O estudo-piloto recrutou oito participantes do Reino Unido, da Finlândia, da Itália, da Holanda, da Polónia, da Rússia e da Áustria. Nenhum deles era vegetariano e seis comeram peixe durante essa semana.

É estimado que até 5% de todos os plásticos produzidos acabem no mar. Uma vez nos oceanos, o plástico é consumido por animais marinhos e acaba por alterar a cadeia alimentar, sendo que já foram encontradas quantidades significativas de plástico em peixes como o atum, a lagosta e o camarão.

A comida, por sua vez, é igualmente contaminada com plástico, por vir, maioritariamente, embalada nesse material para os supermercados e ser assim vendida. Já existem estudos que alertam para o vestígio de plástico nos alimentos que consumimos todos os dias; mas para isso também há alternativas.

Alistair Boxall, especialista na área do Ambiente e professor na Universidade de York, afirma não estar surpreendido com as conclusões do estudo-piloto, uma vez que já foram encontrados microplásticos na água da torneira, na cerveja e em diversos peixes, e acrescenta que mesmo em casa estamos expostos a estas partículas através do pó que se acumula e em todos os alimentos que consumimos no dia-a-dia, sendo inevitável, segundo o especialista, que pelo menos algumas destas partículas vão para os nossos pulmões e para o nosso sistema digestivo.

Assembleia da República
O Parlamento discute hoje um projeto de lei do PAN que pretende proibir a prescrição e administração de medicamentos para a...

O projeto do PAN – Partido Animais Natureza pretende assegurar que não são prescritos a crianças em idade pré-escolar medicamentos que contenham as substâncias metilfenidato e atomoxetina.

O projeto de diploma defende que quaisquer problemas detetados nestas idades, que “poderão ser normais e não associáveis a um diagnóstico de perturbação de hiperatividade com défice de atenção”, devem ser tratados sem medicamentos e antes através de intervenção psicológica.

Nos casos em que crianças com menos de seis anos já se encontrem a tomar medicamentos com metilfenidato e atomoxetina, o PAN propõe que interrompam o tratamento, em termos a definir pelo médico.

A perturbação de hiperatividade com défice de atenção tem uma prevalência estimada entre 5% a 7% em Portugal, sendo uma condição que se caracteriza por sintomas persistentes de hiperatividade, impulsividade e falta de atenção.

O diagnóstico de hiperatividade está muito associado à prescrição de medicamentos que contêm uma substância química usada como fármaco estimulante leve do sistema nervoso central.

Em Portugal, calcula-se que 23 mil crianças estejam medicadas para a hiperatividade com défice de atenção.

No preâmbulo do projeto de lei, o PAN recorda que as próprias bulas dos medicamentos referem que não devem ser usados em crianças com menos de seis anos, uma vez que a segurança e a eficácia não estão suficientemente estudadas neste grupo etário.

Contudo, segundo um relatório de 2015 da Direção-geral da Saúde com dados referentes a 2014, foram administradas mais de 2.900 doses de metilfenidato a crianças entre os 0 e os 4 anos e mais de 1,2 milhões de doses a crianças entre os 5 e os 9 anos.

Entre todas as crianças e jovens até aos 19 anos, foram consumidos num ano mais de 6,6 milhões de doses de metilfenidato, sendo entre os 10 e os 14 anos o grupo etário que mais consome aqueles fármacos.

Também hoje no Parlamento será debatido um projeto de resolução do Bloco de Esquerda que defende a prevenção de consumos excessivos de estimulantes do sistema nervoso central para tratamento da perturbação de hiperatividade com défice de atenção.

O PAN recomenda ainda, num outro projeto de resolução da sua autoria, que o Governo proceda a estudos sobre o diagnóstico da hiperatividade e sobre o consumo de fármacos.

Governo
Prevenção de acidentes e deteção de viciados em jogo na Internet são alguns dos objetivos dos projetos que o governo hoje...

A ministra da Presidência e Modernização Administrativa disse que a ideia é "melhorar os serviços públicos", conseguindo usar a informação para "prevenir em vez de remediar".

Com quatro milhões de euros serão apoiados 19 projetos que juntam organismos públicos, autoridades, universidades e instituições científicas, que trabalharão dados disponibilizados à comunidade científica, mas só depois de serem "protegidos previamente" num projeto com o Instituto Nacional de Estatística.

Maria Manuel Leitão Marques indicou que entre outros projetos está uma colaboração entre o ministério da Saúde e a Universidade Nova para detetar "padrões anormais de prescrição de antibióticos" no Sistema Nacional de Saúde.

Outra, que envolve a GNR e a Universidade de Évora, dedicar-se-á a estudar os padrões de acidentes para identificar "pontos críticos" e prevenir a sinistralidade.

O INE, a Universidade Nova e o Turismo de Portugal vão também colaborar para identificar "padrões de adição em jogo 'online'", enquanto o Ministério da Saúde e a Fundação Gulbenkian vão trabalhar juntos para tentar identificar e prever a procura de urgências hospitalares.

A ministra afirmou que até ao fim do ano será lançada a segunda fase do programa, cujos financiamentos são coordenados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e a expectativa é que haja o dobro do dinheiro para apoiar projetos.

Candidatos não faltarão, afirmou Maria Manuel Leitão Marques, apontando "os muitos e bons projetos que ficaram de fora" da primeira fase, cujo concurso foi decidido por um júri internacional.

Todos os projetos que serão apoiados estão "na fase inicial", embora alguns já tenham passado a fase de protótipos.

O ministro da Ciência, Manuel Heitor, disse que, como outros setores da economia e da sociedade, a administração pública vai passar por uma "transformação digital".

Essa é uma "área crítica" e é preciso investir na "capacidade científica em áreas como o processamento massivo de informação", seguindo princípios de "ética institucional" no tratamento dos dados que dizem respeito a várias áreas da vida dos cidadãos.

A ministra da Presidência salientou que "não é a técnica que vai dominar" os mecanismos de decisão, que serão sempre humanos, embora se possam basear nas conclusões tiradas do tratamento dos dados através de inteligência artificial.

A apresentação dos 19 projetos apoiados vai ser feita hoje de manhã no Instituto Nacional de Estatística.

No último ano
A Liga Portuguesa Contra a Sida realizou no último ano 1.209 rastreios e aconselhamento preventivo a mais 593 utentes, tendo...

Segundo os resultados preliminares da atividade da Unidade Móvel de Rastreios (UMR) – Saúde + Perto, hoje apresentados pela Liga, entre 17 de outubro de 2017 e 16 do mesmo mês deste ano, do total de 1.802 utentes que recorreram (1.209 rastreios e 593 aconselhamentos informativos), a maioria foram homens (1.071 – 59,4%), seguidos por 722 mulheres (40,1%) e nove transexuais (0,5%).

Realizaram testes rápidos de deteção ao VIH 1.203 utentes, sendo que 1.173 destes pediram também rastreio a pelo menos uma outra Infeção Sexualmente Transmissível (IST).

Trinta e cinco pessoas pediram testes apenas ao VIH, enquanto 1.168 fizeram-no ao VIH e a outras IST e seis somente às Infeções Sexualmente Transmissíveis e não ao VIH.

Dos 1.209 rastreios às IST, a Liga explica que 214 “não levantaram ainda os seus resultados”, “melhor do que o ano anterior, relativamente ao ‘follow up’ realizado pela equipa técnica da ‘Saude + Perto’, em que 995 utentes (82%) levantaram os seus resultados

Foram distribuídos cerca de 25.000 materiais informativos e preventivos.

Pagamento a fornecedores
Os ministérios das Finanças e da Saúde estão a diligenciar a libertação da segunda parcela de 500 milhões de euros para os...

O presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), João Gonçalves, apelou na segunda-feira ao Ministério da Saúde para que desbloqueie de imediato esta verba para aliviar a situação das empresas, que estão a ter problemas relacionados com a falta de liquidez nas suas tesourarias provenientes dos atrasos no pagamento por parte dos hospitais públicos.

João Gonçalves adiantou que a libertação da primeira tranche de 500 milhões de euros, ocorrida entre abril e maio, permitiu uma recuperação ligeira no segundo trimestre do ano. Contudo, a retenção da segunda tranche do mesmo valor, está a agravar a situação.

"O que temos vindo a verificar neste segundo semestre é que a dívida hospitalar tem vindo a aumentar, essencialmente porque há uma expectativa de uma verba especial de 500 milhões de euros que era para ter ocorrido já antes das férias de verão e não ocorreu", não havendo notícia de quando essa verba será desbloqueada, explicou o presidente da associação.

O Ministério da Saúde afirmou, numa resposta escrita, que "o Ministério das Finanças e o Ministério da Saúde encontram-se a diligenciar no sentido de se proceder à libertação da segunda tranche, que irá contribuir para diminuir a dívida a fornecedores externos".

Segundo os dados mais recentes, referentes a agosto e que refletem o inquérito que a APORMED faz mensalmente às empresas de dispositivos médicos, a dívida total situava-se nos 288,5 milhões de euros e a dívida vencida a mais de 90 dias rondava os 182,2 milhões de euros.

Quanto aos prazos médios de recebimento, João Gonçalves disse que ultrapassaram já os 330 dias (334 dias) nos últimos meses, uma situação que a associação considera "inaceitável e francamente penalizadora" para as empresas.

A associação considera de "vital importância" que o Ministério da Saúde não retenha esta verba até ao final do ano, como tem sucedido em anos anteriores, porque "iria agravar mais a situação atual".

Além do apelo para as autoridades libertarem esta verba, João Gonçalves apelou também para que sejam criadas "medidas estruturais" que permitam resolver a questão da dívida dos hospitais públicos, "uma situação crónica" em Portugal.

Francisco George
O presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George, disse ontem que a nova equipa do Ministério da Saúde é "muito...

"A equipa do Ministério da Saúde é diferente, mas é muito competente, da mesma maneira que a anterior equipa também teve mérito. São ciclos. Acontece sempre assim. Ao fim de três, quatro anos as equipas ficam com problemas até de imagem, que muitas vezes não têm explicação. As remodelações são, no plano democrático, normais e têm de ser lidas com normalidade", apontou Francisco George, que em outubro de 2017 terminou a sua carreira de 44 anos na administração pública, 12 dos quais como diretor-geral da Saúde.

Francisco George falava, em Angra do Heroísmo, nos Açores, à margem de uma conferência sobre os "Desafios para a saúde dos portugueses nos próximos cinco anos", promovida pelo jornal Açoriano Oriental, a propósito da substituição há uma semana, de Adalberto Campos Fernandes por Marta Temido, no Ministério da Saúde.

Na conferência, o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa considerou prioritário o combate às desigualdades no acesso aos serviços de saúde, apelando para uma mudança de estilos de vida para responder aos desafios futuros do setor.

"Temos de pôr à frente, antes de mais nada, as questões ligadas à redução das desigualdades. Nós não podemos conviver com desigualdade, não podemos conviver com a iniquidade. O acesso aos serviços de saúde, às prestações, quer preventivas, quer curativas, deve ser igual para as famílias com rendimentos altos e para as famílias com rendimentos baixos", apontou.

Segundo o presidente da Cruz Vermelha, a igualdade de acesso aos serviços de saúde só é garantida às mães e às crianças, o que, na sua opinião, justifica a baixa taxa de mortalidade infantil em Portugal.

"As mães têm acesso fácil às consultas pré-natais e aos blocos de partos. As crianças nascem em condições muito iguais", frisou, no início da conferência, acrescentando que Portugal está entre os cinco países do mundo com melhores indicadores referentes a mães e crianças.

No entanto, salientou que ao longo da vida os portugueses deparam-se com "disparidades inaceitáveis" no acesso aos serviços de saúde, dando como exemplo o facto de algumas famílias terem dinheiro para comprar vacinas e outras não.

"Foi comprovado por estudos científicos que há um fosso entre famílias com rendimentos altos e famílias com rendimentos baixos e que se essas famílias com rendimentos baixos receberem abonos adequados este fosso deixa de existir", frisou, apelando para a mobilização de governantes e da sociedade em geral para combater este problema.

Francisco George defendeu, por outro lado, que Portugal tem de combater três problemas nos próximos cinco anos, caso contrário terá uma situação "muito preocupante".

Um dos problemas identificados por Francisco George prende-se com a aceleração das alterações climáticas, que, por um lado, aumentam o risco de cancro de pele e, por outro, promovem o aparecimento de mosquitos que podem transmitir doenças como a febre amarela, o dengue e o zika.

"Frequentar praias e o campo durante as horas em redor do almoço é absolutamente proibitivo. A proteção do sol é obrigatória. É uma questão fundamental", frisou.

Portugal terá de se debater também nos próximos anos com as "resistências dos microrganismos que provocam doenças em relação aos antimicrobianos", como os antibióticos, os antivirais e o tratamento do paludismo, segundo o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa.

Francisco George alertou ainda para as doenças crónicas, como o cancro, as doenças cérebro e cardiovasculares, a diabetes e as demências, que têm contribuído para que 20% da população portuguesa não atinja os 70 anos.

Nesse sentido, defendeu uma mudança de estilos de vida, que passe pela redução do consumo de sal, açúcar e gorduras, pela redução do tabagismo e pelo aumento da prática de exercício físico.

"Tem havido uma evolução positiva, mas é preciso continuar. É como as batalhas napoleónicas. Isto não para. É preciso batalhar, batalhar, batalhar, chamar à atenção para estes problemas e são, antes de mais nada, os cidadãos eles mesmos que devem tomar opções a favor do estilo de vida com saúde", salientou.

À beira de completar um ano como presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George fez um balanço "positivo" do início do mandato.

"Foi preciso reorganizar o serviço, que estava, eu diria, a precisar de afinação, de pôr óleo naquela engrenagem, e até agora, olhando para trás, os resultados que tivemos são positivos", frisou, à margem da conferência.

Segundo Francisco George, a Cruz Vermelha Portuguesa tem vindo a trabalhar com as autoridades oficiais nacionais "no sentido de criar condições para mais prosperidade e mais felicidade".

Diário da República
A introdução no mercado dos novos produtos do tabaco notificados desde janeiro está sujeita a parecer prévio da Direção-Geral...

Publicada ontem em Diário da República e com efeitos a partir de quarta-feira, a portaria n.º284/2018 determina “os procedimentos a adotar pelos fabricantes ou importadores sempre que esteja em causa a introdução no mercado de um novo produto do tabaco, incluindo a apresentação de menções de que um novo produto de tabaco é potencialmente menos nocivo do que outros ou apresenta um risco reduzido para a saúde do consumidor”.

Nos termos da portaria, “o fabricante ou o importador deve apresentar à Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE) um pedido de autorização por cada novo produto do tabaco que pretenda introduzir no mercado”, acrescido da descrição do produto e respetivas instruções de uso, assim como de um exemplar de novo produto.

Quando aplicável, deve ser indicado no pedido de autorização “que a notificação inclui menções que alegam que o novo produto do tabaco é potencialmente menos nocivo do que outros ou apresenta um risco reduzido para a saúde do consumidor”.

Em causa estão menções como a de que o produto em causa “reduz o risco de doenças relacionadas com o tabaco nos atuais consumidores e não aumenta a atratividade, a toxicidade e o potencial de criação de dependência, bem como as propriedades cancerígenas, mutagénicas ou tóxicas para a reprodução, em comparação com os produtos do tabaco já existentes no mercado”, ou de que “existe um benefício para a saúde da população como um todo, incluindo os consumidores e os não consumidores, tendo em particular atenção os mais jovens”.

No prazo de 10 dias após a submissão do pedido de autorização de introdução no mercado de um novo produto do tabaco, a DGAE solicita o parecer prévio da Direção-Geral da Saúde (DGS), que deve pronunciar-se “num prazo superior a quatro meses” e “pode solicitar a realização de testes adicionais ou a apresentação de elementos ou informações complementares” do produto.

Tendo em conta o parecer da DGS, a DGAE tem depois 30 dias para decidir sobre o pedido de introdução no mercado, sendo a sua autorização imprescindível para a colocação de novos produtos do tabaco.

De acordo com a portaria ontem publicada, a taxa devida pelo procedimento de autorização é de 2.500 euros, “a pagar previamente”, sendo que 60% deste valor reverte para a DGAE e 40% para a DGS.

Administração Regional de Saúde do Centro
A Administração Regional de Saúde do Centro anunciou hoje o lançamento de um projeto de rastreio do cancro do colo do útero em...

Em comunicado, aquele organismo refere que "está a realizar um estudo que visa aumentar a participação no rastreio do cancro do colo do útero na região Centro, disponibilizando um método de auto-colheita".

"Este estudo, que teve início em outubro, em colaboração com a Infogene, pretende avaliar o nível de aceitação de um método alternativo, baseado na auto-colheita em casa, por parte das mulheres que, por alguma razão, não participam regularmente no programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero na região Centro", lê-se no documento.

Designado "Rastreio do Cancro do Colo do Útero em casa", O projeto de investigação é dirigido a 800 mulheres, "escolhidas aleatoriamente do universo das que não realizam o rastreio há quatro ou mais anos, que são convidadas por carta, em que lhes é explicado todo o processo".

A adesão é livre bem como o abandono do estudo em qualquer fase, adianta a ARSC.

Caso aceitem participar no estudo, as mulheres recebem em casa um estojo para a auto-colheita de fluido cervicovaginal, que é depois enviado para colheita em envelope pré-pago.

Em laboratório, é realizado o estudo da amostra para eventual deteção de papilomavírus humano (HPV) de alto risco.

Os resultados são transmitidos no prazo de um mês e, "se a análise demonstrar positividade para um HPV de alto risco, será proposta a avaliação médica, por um ginecologista, numa unidade de saúde do SNS com idoneidade reconhecida pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e totalmente livre de encargos".

"O método de auto-colheita proposto no projeto de investigação não tem qualquer risco físico para a mulher, sendo semelhante à colocação de um tampão", garante.

Segundo a ARSC, no caso de um resultado negativo para a presença de HPV de alto risco, a possibilidade de vir a desenvolver um cancro do colo do útero, num período de cinco anos, é muito reduzida.

"Se o resultado foi positivo, pode constituir o primeiro passo para a identificação de potenciais alterações celulares e levar a uma intervenção mais atempada na prevenção do cancro do colo do útero", salienta o comunicado.

 

28 de Outubro | Dia Mundial da Terceira Idade
A insuficiência cardíaca é já considerada uma ameaça à saúde pública. Apresenta uma taxa de mortalidade bastante elevada e...

No Dia Mundial da Terceira Idade, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança a mensagem: A insuficiência cardíaca (IC) é frequente, grave, comum, cansa e mata, mas pode ser prevenida e tratada!

No passado dia 28 de setembro foi lançado, no Parlamento Europeu, e no âmbito de uma sessão dedicada à partilha de boas práticas na área da insuficiência cardíaca, o manual “The Handbook of multidisciplinar and integrated heart failure care”, com o objetivo de promover a prevenção e melhorar a resposta a esta síndrome, que só em Portugal atinge mais de meio milhão de pessoas.

Este manual foi desenvolvido pela plataforma Heart Failure Policy Network, uma plataforma que nasce da necessidade de intensificar a cooperação entre políticos de toda a Europa, profissionais de saúde, doentes e stakeholders, por forma a fomentar a criação de políticas que contribuam para uma melhor qualidade de vida das pessoas com Insuficiência Cardíaca.

De acordo com um dos membros da direção desta plataforma, Professor Jose Ramon Gonzalez-Juanatey "deverão ser promovidas iniciativas em todos os países da União Europeia, incluindo iniciativas a nível político, por forma destacar a importância e magnitude associada à Insuficiência Cardíaca. Dada a extraordinária dimensão e possibilidade de aumento da prevalência desta síndrome, sem uma ação concertada ao nível da prevenção, estaremos a ser responsáveis pelo sofrimento que esta doença causa aos doentes e suas famílias e pelo brutal aumento da sua carga sócio-económica. A nível político, há uma certa sensibilização para o Enfarto Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Cerebral, mas o seu conhecimento, e em especial a sensibilização para a IC é, ainda, muito limitada.

A IC tem um grande impacto na qualidade de vida, é a primeira causa de internamento hospitalar, mas pode ser tratada e prevenida se soubermos quais os seus sintomas e a diagnosticarmos antecipadamente. A falta de conhecimento é grave e pode resultar na desvalorização de sintomas, de fatores de risco e, por consequente, num diagnóstico tardio o que pode levar a maior mortalidade, morbilidade, hospitalizações e custos em saúde. É, por isso, urgente aumentar o reconhecimento dos sintomas da insuficiência cardíaca, para que se possa ajudar todos aqueles que vivem com esta condição. No Dia Internacional da Terceira Idade, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) relembra os mais de 500 000 Portugueses que sofrem de insuficiência cardíaca (IC) e cuja tendência não é decrescente.

De acordo com os dados do relatório do Programa Nacional para Doenças Cérebro-Cardiovasculares as mortes associadas às doenças do aparelho circulatório têm diminuído: em 2010, representavam 31,8% das causas de morte, em 2015 eram 29,7%. No caso do Acidente Vascular Cerebral, registaram-se menos mortes de 2013 (7872) para 2015 (6432). Já no que respeita aos internamentos hospitalares devido a doenças do aparelho circulatório, verificou-se uma quebra de 2011 para 2016, mas nos casos de insuficiência cardíaca, registou-se um aumento: de 15 583 internamentos em 2011 para 18 752 em 2016.

A insuficiência cardíaca tem uma taxa de mortalidade superior a diversos tipos de cancro, tais como o cancro da mama, do cólon, da próstata e a leucemia. Associado à elevada taxa de prevalência desta doença está a subvalorização e desconhecimento do comportamento desta patologia, gestão, seus sinais e sintomas, prognóstico, tratamento e prevenção. A melhoria das condições de vida, a maior qualidade dos cuidados de saúde e o avanço tecnológico, que têm garantido uma melhor prevenção e tratamento de diversas doenças, têm levado a um aumento da esperança média de vida da população Portuguesa. Portugal é hoje um país com uma população envelhecida e, como tal, com elevado risco de desenvolver insuficiência cardíaca (IC).

O que é a IC?
A IC é causada por alterações na estrutura e função do músculo cardíaco, que ao ficar fragilizado compromete o aporte de nutrientes e oxigénio ao organismo. numa fase inicial, a sua progressão pode ser silenciosa, mas tende a manifestar-se por surtos de agudização, isto é, de descompensação da doença, levando a internamentos frequentes e consecutivos.

Os principais sintomas da IC são: falta de ar; inchaço dos pés e pernas; falta de energia e cansaço; dificuldade em dormir à noite devido à dificuldade em respirar; abdómen inchado; perda de apetite, que pode ser acompanhada de náuseas; ganho de peso (devido ao inchaço no corpo); tosse; aumento da frequência e necessidade de urinar à noite; confusão mental e tontura.

No futuro, é expectável que 1 em 5 pessoas venha a desenvolver esta doença ao longo da vida. Cerca de metade dos doentes morre, em média, 5 anos após o diagnóstico. Além disso, o número de internamentos está diretamente relacionado com o aumento da mortalidade, pelo que a redução e prevenção das hospitalizações deve ser uma prioridade. A insuficiência cardíaca é muito debilitante, não só do ponto de vista físico, mas também emocional, o que leva frequentemente a estados depressivos e a outras patologias do foro psicológico, afetando doentes e cuidadores.

Entre as medidas propostas pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia destacam-se:

- Tornar a insuficiência cardíaca uma prioridade na saúde;

- Formar os profissionais de saúde;

- Criar um programa multidisciplinar de manejo integrado da insuficiência cardíaca a fim de assegurar o correto acompanhamento dos doentes;

- Melhorar o diagnóstico precoce através do doseamento de marcadores bioquímicos para exclusão da doença;

- Implementar uma metodologia de recolha de dados, com intuito de atualizar a informação epidemiológica de progressão da síndrome e de avaliar os impactos para a qualidade de vida dos doentes e para a economia do país.

“É urgente aumentar o reconhecimento dos sintomas da insuficiência cardíaca, para que possamos ajudar todos aqueles que vivem com esta condição!” É desígnio da SPC evitar que o número de doentes com insuficiência cardíaca continue a aumentar. Por este motivo, a SPC alerta Profissionais de Saúde, Tutela, Media e Sociedade Civil, para a necessidade de discutir a doença que constitui um grave problema de saúde pública em Portugal, constituindo a principal causa de internamento em doentes idosos, com importantes repercussões socioeconómicas.

Interpol
Mais de 500 toneladas de medicamentos foram apreendidas numa megaoperação envolvendo autoridades policiais, alfandegárias e de...

Em comunicado, a Interpol, refere que, entre os fármacos apreendidos, estão falsos medicamentos contra o cancro, analgésicos contrafeitos, bem como seringas sem qualidade.

No âmbito da Operação Pangea XI, o material apreendido está avaliado em 14 milhões de dólares (12,1 milhões de euros).

A investigação, prossegue o comunicado, focou-se em serviços de entrega que eram usados por redes criminosas organizadas, que por sua vez operavam através da Internet, em redes sociais e ‘sites’ de compras ‘online’.

Quase um milhão de embalagens foram inspecionadas na semana da operação (entre 9 e 16 de outubro), de uma vasta gama de fármacos: anti-inflamatórios, analgésicos, hipnóticos e sedativos, comprimidos para a disfunção erétil, esteroides anabolizantes, comprimidos para emagrecimento, Parkinson e diabetes, e até para o tratamento de VIH/Sida.

Foram ainda verificados mais de 110 mil dispositivos médicos, como seringas, lentes de contacto, aparelhos auditivos e instrumentos cirúrgicos.

A operação internacional PANGEA XI decorreu entre 09 e 16 de outubro e além das 838 investigações, foram monitorizados 16.218 ‘links’ na internet, tendo sido desligados 3.671.

Destes, 2.688 eram ‘websites’ e 983 eram de páginas em redes sociais com promoção de produtos farmacêuticos ilícitos.

Uma operação idêntica foi realizada em setembro de 2017 (Pangea X) e culminou com a detenção de cerca de 400 pessoas e 25 milhões de unidades de medicamentos falsos, potencialmente letais, apreendidos.

Nesta operação, segundo as autoridades, foi impedida a entrada em Portugal de 6.686 unidades de medicamentos ilegais no valor de 11.337 euros.

1,74 mil ME
A multinacional Johnson & Johnson anunciou hoje que chegou a um acordo para comprar a restante parcela do capital da...

O líder mundial em cuidados de saúde vai pagar 5.900 ienes (45,75 euros) por cada ação remanescente, o que corresponde a um prémio de 55% sobre o valor a que cotaram as ações da empresa nipónica no fecho de hoje da bolsa de Tóquio (3.800 ienes, ou seja, 29,47 euros), refere o grupo empresarial norte-americano em comunicado citado pela agência financeira Bloomberg.

A filial J&J Cilag GmbH International tinha comprado 20% do capital da empresa japonesa em 2016, com o objetivo de participar na distribuição dos produtos da Ci:z fora do Japão.

Os produtos dermatológicos são mais populares na Ásia, nomeadamente na China e no Japão, do que os produtos de maquilhagem, sendo que no Japão o segmento dermatológico de negócios vale aproximadamente mais do dobro do segmento da maquilhagem, segundo dados do Euromoniter.

“Os consumidores da área dos cuidados de saúde e beleza procuram ativamente inovações que permitam melhorar a sua pele”, disse à Bloomberg o presidente da Johnson & Johnson Consumer, Jorge Mesquita.

As vendas anuais da Ci:z atingem os 50,9 mil milhões de ienes, sendo que a empresa oferece aos consumidores, tanto produtos de baixo custo como 'premium', incluindo as marcas Dr.Ci:Labo, Labo Labo e Genomer.

A maior parte dos produtos da empresa japonesa foram desenvolvidos pelo seu fundador e dermatologista, Yoshinori Shirono, sendo que o grupo empresarial nipónico também tem, entre outros, negócios em Taiwan, Hong Kong e nos Estados Unidos.

Em Portugal, a Johnson & Johnson inaugurou em 10 de setembro, uma nova sede em Portugal, no Lagoas Park, parque tecnológico e empresarial no concelho de Oeiras, próximo de Lisboa, num investimento de 5,5 milhões de euros, arrancando também com uma nova unidade de ensaios clínicos.

Em declarações, Filipa Mota, diretora-geral da Janssen Portugal, a companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, disse então que "(..)como grupo, são a maior empresa de cuidados de saúde do mundo”.

“Estamos claramente a apostar no reforço da nossa presença em Portugal [...]. Queremos continuar a crescer e daí precisarmos também de ter esse espaço", salientou a gestora.

 

Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus
O Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar nos dias 26 e...

“Pretendemos com esta Reunião dar continuidade à discussão científica e partilha de conhecimentos respeitantes aos atuais tratamentos e estratégias de acompanhamento do doente diagnosticado com diabetes”, explica Estevão Pape, Coordenador do NEDM.

Desta forma, destaca o Internista, “programámos um conjunto de sessões que contam com a presença de diversas personalidades de renome nacional e internacional no âmbito da Medicina Interna e da Diabetologia, para debater temas que vão desde a insulinoterapia em cuidados de saúde primários, ao transplante enquanto terapêutica inovadora, ou à diabetes diagnosticada em grupos especiais de doentes”.

O evento vai contar também, no dia 25 de outubro, no Santarém Hotel, com dois cursos pré-congresso com avaliação sobre terapêutica oral na diabetes tipo 2, que serão coordenados por Maria Filomena Roque, Internista e membro da comissão científica desta iniciativa.

Durante o final do primeiro dia da Reunião serão apresentados os posters e comunicações orais submetidos por profissionais da área, candidatos a receber os prémios para os melhores trabalhos científicos, que serão entregues na sessão de encerramento do evento.

 

Justiça
O Tribunal de Peniche adiou hoje o início do julgamento de um médico acusado de homicídio por negligência pela morte de uma...

A juíza Carla Ginja solicitou uma nova perícia ao Instituto de Medicina Legal, a pedido do Ministério Público, e um novo parecer à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, já que as anteriores conclusões a que chegaram foram elaboradas sem o conhecimento dos resultados da autópsia.

O arguido veio também juntar aos autos a conclusão do processo disciplinar levantado pela Ordem dos Médicos, que decidiu arquivar o caso.

De acordo com o despacho instrutório, a que a agência Lusa teve acesso, a 05 de janeiro de 2015, a vítima deu entrada na urgência e foi atendida pelas 09:51 pelo médico, queixando-se de "dores no peito e pescoço", motivo pelo qual foi pedido um raio-x (RX) torácico pelas 10:41.

Pelas 11:16, o arguido observou o resultado do exame e "concluiu não haver lesões", afastando a "hipótese de enfarte do miocárdio", apesar de no RX ser visível existir um "alargamento do mediatismo superior".

O problema apontado era indicativo de um eventual aneurisma coronário, que "impunha a realização de uma TAC [Tomografia Axial Computorizada]" e o consequente reencaminhamento da doente para a urgência das Caldas da Rainha, por não haver TAC em Peniche.

A vítima foi mantida em observação na urgência de Peniche, sem ser transferida para as Caldas da Rainha para efetuar o exame e, a confirmar-se o diagnóstico, ser sujeita a intervenção cirúrgica.

A TAC foi pedida pelas 18:40, assim como um ecocardiograma e uma eletrocardiograma, face à "persistência das dores torácicas".

Os exames "não foram a tempo" e a mulher faleceu pelas 19:30, vítima de "tamponamento cardíaco [rutura de uma veia do coração] decorrente de aneurisma coronário".

O médico "deveria ter-se aconselhado com o médico de medicina interna e solicitado o transporte de urgência para Caldas da Rainha", conclui a acusação, segundo a qual se o médico tivesse agido de forma devida a "morte não sucederia".

O despacho instrutório refere que "a leitura do RX torácico mudaria todo o rumo" dos acontecimentos, concluindo ter havido uma "negligência inconsciente".

O médico está aposentado, mas continua a exercer na urgência de Peniche, através de uma empresa que presta serviços para o Centro Hospitalar do Oeste.

Os hospitais de Peniche e de Caldas da Rainha, assim como o de Torres Vedras, pertencem ao Centro Hospitalar do Oeste.

Linha atendeu cerca de 260 mil chamadas desde que foi criada
A linha SOS Voz Amiga tem um novo espaço em Lisboa para poder continuar a funcionar, depois do apelo que lançou nas vésperas de...

Cansado de esperar por “uma resposta do Governo que tardava em chegar e na iminência de assinalar o 40.º aniversário com o fantasma de encerramento”, o presidente do SOS Voz Amiga, Francisco Paulino, decidiu fazer um apelo na tentativa de encontrar um novo espaço em Lisboa.

“Não temos capacidade financeira para suportar os preços que hoje se praticam em Lisboa, tínhamos ordem de saída até ao final do ano, e resolvemos lançar um apelo à sociedade civil, porque da parte do Governo também não havia resposta, e foi extraordinária essa resposta”, disse Francisco Paulino à agência Lusa.

Poucas horas depois do apelo divulgado na comunicação social, a 06 de outubro, já havia “várias ofertas de instalações”, contou o presidente da SOS Voz Amiga, a primeira linha telefónica em Portugal de prevenção do suicídio e de apoio a situações de sofrimento, que já atendeu cerca de 260 mil chamadas desde que foi criada, a 09 de outubro de 1978, situando-se nos últimos anos numa média de 4.000 chamadas anuais.

Como um dos requisitos apontados estava relacionado com a localização, por “uma questão de facilidade dos acessos de transporte e da própria segurança dos voluntários”, atendendo ao horário dos turnos fazem, terminando quase sempre depois da meia-noite, a oferta mais interessante” foi da empresa Altice, que “assumiu a resolução do problema, tranquilizando assim dirigentes e voluntários”, adiantou Francisco Paulino.

“Já visitámos as instalações, são ótimas, bem situadas, e a nossa preocupação terminou. Vamos continuar a disponibilizar este serviço tão necessário à população e quero deixar publicamente o meu grande obrigado tanto aos responsáveis da Altice Portugal, na pessoa do senhor presidente engenheiro Alexandre Fonseca”, como ao presidente da Câmara de Cascais, ao presidente da Fundação D. Pedro IV, à Câmara Municipal de Lisboa, à Santa Casa da Misericórdia, entre outros, que também fizeram ofertas, salientou.

Na sequência destas diligências, também foi renovado o ‘plafond’ cedido pela Fundação PT que permite continuar a oferecer uma Linha Verde gratuita entre as 21:00 e as 24:00 horas (800 209 899), que ajuda quem “tem dificuldades financeiras (entre outras) e se via impossibilitado de ligar a pedir ajuda”.

Sobre a reação dos voluntários, Francisco Paulino disse que foi excelente: “No encontro em que celebrámos os 40 anos tivemos presentes vários ex-voluntários, que depois de saberem esta boa notícia decidiram regressar”, porque era preciso “muita resiliência e muito boa vontade” para trabalhar nas instalações onde estavam, que “não tinham o mínimo de condições”, mas era o que serviço podia pagar.

“Estamos em crer que daqui para a frente vamos aumentar o nosso grupo de trabalho atendendo às ótimas instalações que nos disponibilizaram”, sublinhou Francisco Paulino.

A Linha SOS Voz Amiga dispõe atualmente de 26 voluntários que diariamente estão das 16:00 às 24:00 a atender quem precisa através dos números 213544545, 912802669, 963524660, e da Linha Verde gratuita (800209899).

Testes em suínos
Uma equipa de cientistas franceses conseguiu tratar tumores digestivos pós-cirúrgicos num porco com sucesso, através de uma...

"O estudo revela que a injeção local em forma de gel nas bolhas fecha os tumores digestivos em 100% dos casos", explicou, em comunicado, o Centro Nacional de Pesquisa Científica de França (CNRS).

Este método de inserção é o "mais simples, mais seguro e mais eficaz" do que os atuais, assegurou.

De acordo com o CNRS, essas bolhas são partículas membranosas que são libertadas por células que têm múltiplas propriedades terapêuticas e contribuem para combater doenças como a de Crohn.

"As bolhas não se dividem e limitam o risco de desenvolver cancro, além disso, já demonstraram o seu potencial terapêutico em animais, na regeneração de danos no coração, fígado ou rim ", disse um investigador.

Os testes foram realizados num animal suíno no Laboratório de Materiais e Sistemas Complexos do CNRS e na Universidade Paris Diderot, no departamento digestivo do Hospital Europeu Georges Pompidou, na capital francesa.

 

Desenvolvimento, estrutura e fisiologia do músculo
Um investigador português do Instituto de Medicina Molecular integra o consórcio que venceu um projeto do Conselho Europeu de...

Edgar Gomes, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, integra um projeto que pretende estudar os processos fundamentais do desenvolvimento, estrutura e fisiologia do músculo, segundo um comunicado hoje divulgado.

Trata-se da primeira vez que um projeto “Synergy” do Conselho Europeu de Investigação é atribuído a um grupo de investigação em Portugal, de acordo com a nota do Instituto de Medicina Molecular.

Este financiamento, que estava suspenso desde 2013, foi desenhado para “tornar possíveis colaborações científicas não convencionais”.

O projeto em causa pretende estudar o desenvolvimento e estrutura do esqueleto celular. Segundo o comunicado do Instituto de Medicina Molecular, a colaboração entre os investigadores deste consórcio poder permitir obter pistas sobre várias doenças, compreendendo a dinâmica do esqueleto das células.

Além de Edgar Gomes, integram este projeto vencedor dois outros investigadores, Michael Way e Carolyn Moores, ambos do Reino Unido.

Já anteriormente, o laboratório de Edgar Gomes e o de Michael Way tinham mostrado que um complexo de moléculas (Arp2/3) é essencial para o correto desenvolvimento do músculo.

O objetivo agora é “expandir este conhecimento” e determinar o papel daquelas moléculas no desenvolvimento, estrutura e fisiologia do músculo.

Cada um dos três laboratórios vai receber cerca de 3,5 milhões de euros durante um período de seis anos.

 

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