Dor crónica é a segunda doença mais prevalente em Portugal

Dor crónica afeta mais as mulheres do que os homens

À semelhança do que acontece na maioria dos países da Europa, em Portugal, a dor crónica continua a ser mais prevalente nas mulheres do que nos homens. E especialistas alertam para a disparidade na prevalência e no seu tratamento.

Entre os tipos de dor que afetam o género feminino e que têm um impacto global significativo, destaca-se a fibromialgia, caracterizada por dor crónica generalizada, em que 80 a 90% dos casos diagnosticados são mulheres. Lombalgia, artrite reumatoide, osteoartrite, disfunção da articulação temporomandibular, dor ginecológica e cefaleias são também muito prevalentes no sexo feminino.

Apesar da elevada prevalência, a IASP – International Association for the Study of Pain – refere que as mulheres continuam a ter menos acesso ao tratamento. Fatores psicossociais e biológicos, em conjunto com as barreiras económicas e políticas ainda existentes, influenciam a forma como a dor é percecionada e deixam milhões de mulheres a viver sem o tratamento adequado.

Segundo Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “são, de facto, reconhecidas as disparidades de género na saúde e nos cuidados médicos em geral e na gestão da dor em particular. No Dia Internacional da Mulher, é importante relembrar que há necessidade urgente de eliminar essa disparidade, capacitando as mulheres para que elas possam proteger e melhorar a sua saúde e qualidade de vida e que um tratamento eficaz só é possível através de um acompanhamento médico adequado”.

A dor é crónica quando, de modo geral, persiste após o período estimado para a recuperação normal de uma lesão. Esta pode surgir no contexto de várias doenças (cancro, artrose, diabetes, zona, etc.), ser agravada por traumatismos ou posições forçadas ou incorretas, estar associada a um período pós-operatório ou surgir sem causa aparente. A dor crónica é a segunda doença mais prevalente em Portugal e é causadora de morbilidade, absentismo e incapacidade temporária ou permanente, gerando elevados custos aos sistemas de saúde, com grande impacto na qualidade de vida do doente e das famílias.

 

 

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