Federação Nacional dos Médicos
A Federação Nacional dos Médicos aconselhou ontem os médicos a remarcarem consultas caso subsistam falhas informáticas nos...

A recomendação surgiu num comunicado em que a estrutura sindical alerta, sem especificar, para o "aumento do número de casos" de falhas no sistema informático dos serviços de saúde, em particular nos centros de saúde.

Face ao "risco acrescido de erro médico" que representa a ausência de meios que permitam ao médico "fazer o diagnóstico ou determinar a terapêutica adequada", a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) aconselha o médico a "remarcar a consulta dentro das disponibilidades das marcações já efetuadas".

As situações que exigem cuidados médicos prementes terão de ser encaminhadas para as urgências hospitalares, disse João Proença, membro da comissão executiva da FNAM.

A Lusa procurou uma reação, aguardando uma resposta, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, entidade responsável pelos sistemas e tecnologias de informação e comunicação do Serviço Nacional de Saúde.

Já em novembro a Ordem dos Médicos e a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar tinham avisado para "sucessivas falhas" informáticas que penalizavam médicos e doentes nas consultas.

Estudo
Cientistas do Centro Champalimaud concluíram, numa experiência com moscas-da-fruta, que a morte de neurónios (células cerebrais...

O estudo, cujas conclusões terão de ser validadas em pessoas com a doença de Alzheimer, foi hoje publicado na revista científica Cell Reports.

Na experiência, as moscas-da-fruta foram geneticamente modificadas para reproduzir os sintomas da doença de Alzheimer humana, neste caso expressarem no seu cérebro a proteína beta-amiloide que forma placas no cérebro dos doentes.

Segundo uma das investigadoras, Christa Rhiner, citada em comunicado da Fundação Champalimaud, a moscas transgénicas apresentavam "perda de memória de longo prazo, um envelhecimento acelerado do cérebro e problemas de coordenação motora, que pioravam com a idade".

Quando uma outra cientista, Dina Coelho, primeira autora do estudo, bloqueou a morte de neurónios no cérebro das moscas, estas "desenvolveram problemas de memória e coordenação motora ainda piores, morreram mais cedo e o seu cérebro deteriorou-se mais depressa".

Em contrapartida, quando acelerou a morte dos neurónios, em que os mais aptos desencadeavam o 'suicídio' dos menos aptos, isto é, mais disfuncionais, as moscas que expressavam a proteína beta-amiloide associada à doença de Alzheimer recuperaram.

"As moscas comportavam-se quase como moscas normais no que diz respeito à formação de memórias, ao comportamento locomotor e à aprendizagem", sustenta Christa Rhiner no mesmo comunicado, que salienta que a recuperação ocorreu quando os insetos já estavam muito afetados pela doença de Alzheimer.

O estudo sugere que a morte de neurónios "é benéfica porque remove dos circuitos cerebrais os neurónios afetados por agregados tóxicos de beta-amiloide, e que manter esses neurónios disfuncionais é pior do que perdê-los", defende o investigador Eduardo Moreno, que também participou na investigação.

Para os autores do estudo, os resultados poderão ter implicações no tratamento da doença de Alzheimer, uma vez que, de acordo com Eduardo Moreno, "algumas substâncias experimentais" que bloqueiam substâncias inibidoras da morte celular, acelerando a morte de neurónios, "existem e estão a ser testadas".

O comunicado da Fundação Champalimaud lembra que a tese que tem prevalecido sobre a doença de Alzheimer é que a morte de neurónios "é responsável pelo caos cognitivo" gerado pela doença, e não, como aponta o novo estudo, "um mecanismo protetor", que "tenta proteger o cérebro da acumulação de neurónios disfuncionais".

Estudo
Investigadores desenvolveram nos Estados Unidos um anticorpo que atua nas reservas de gordura, combatendo o aumento de peso e...

Os investigadores conseguiram obter o efeito "antiobesidade", primeiro em ratinhos e depois em macacos. Sabendo de antemão pela literatura científica que o recetor do peptídeo inibidor gástrico (GIP), ou peptídeo insulinotrópico dependente de glicose, é promotor da obesidade, os cientistas desenvolveram um anticorpo dirigido especificamente a esse recetor.

Uma versão humana do anticorpo (denominada hGIPR-Ab) promoveu a perda de peso em macacos obesos, um efeito que foi melhorado quando foi adicionado um tratamento aprovado para a diabetes de tipo 2. Segundo os autores do estudo publicado na revista Science Translational Medicine, escreve o Sapo, esta poderá ser uma potencial terapia para a obesidade, embora o estudo esteja ainda numa fase preliminar.

Elizabeth Killion, investigadora no Departamento de Distúrbios Cardiometabólicos na biofarmacêutica norte-americana Amgen, coordenou o trabalho. Os cientistas "administraram este anticorpo a modelos ratos obesos e descobriram que os roedores apresentavam uma redução média na massa de gordura de 37%, assim como níveis mais baixos de glicose no sangue e triglicerídeos (frequentemente um indicador de doença hepática gordurosa)", lê-se no resumo do artigo.

Perda de peso também em macacos
A versão humana do mesmo anticorpo (a hGIPR-Ab) promoveu uma perda de peso em macacos obesos, um efeito que foi melhorado quando se adicionou nesta receita um ingrediente chamado "dulaglutida", um tratamento aprovado para diabetes.

Essa perda de peso não provocou danos no organismo deste modelo animal, nomeadamente ao nível do funcionamento do pâncreas que continuou a apresentar função normal.

Voltando à "dulaglutida", este ingrediente é descrito no artigo como um promotor da ação do recetor de GLP-1, um regulador natural da glicose.

De acordo com os cientistas, "os dados fornecem uma validação pré-clínica de uma abordagem terapêutica para tratar a obesidade com anticorpos anti-GIPR".

A obesidade é um problema de saúde pública que afeta cerca de 650 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que pelo menos 30% da população tenha excesso de peso.

Ministra da Saúde
As obras da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de São João, no Porto, deverão arrancar em 2019 e ficar concluídas em 24...

“Estamos em condições de dizer que as datas que temos em cima da mesa são abril [de 2019 a] conclusão do projeto, depois um período de um mês/um mês e meio para a revisão do projeto (é algo que face a um projeto deste valor o Código dos Contratos Públicos exige por razões de segurança, não tem nada a ver com as questões da despesa), depois o ajuste direto para a realização da obra, esperando-se que seja possível que ainda nesse ano possa avançar e depois o prazo previsível para a obra são 24 meses”, afirmou a ministra no final de uma visita aos serviços pediátricos do Hospital de São João, onde acompanhou o Presidente da República.

Segundo a governante, o anteprojeto da ala pediátrica “foi entregue na semana passada e agora cumpre desenhar todas as especialidades de arquitetura em cima do pré projeto, concluir o projeto até ao final de abril e a partir daí lançar o concurso para a obra, não esquecendo que há um aspeto técnico que é relevante, que é a própria revisão do projeto”.

“Riscos [de derrapagem nos prazos] existem sempre, mas aquilo que estamos apostados em fazer é em cumprir este cronograma e em minimizar todos os riscos possíveis no sentido de garantir que esta obra acontece”, sustentou.

Paralelamente, a ministra destacou a “aposta” do Ministério da Saúde, do Conselho de Administração do Hospital de São João e da Administração Regional de Saúde em “tentar minimizar as condições em que as crianças, daqui até à conclusão da obra, vão estar a ser tratadas”.

“Há aspetos que no curto prazo é possível resolver (já foram feitos alguns melhoramentos nos pavilhões [onde funciona atualmente a pediatria]), há outros que no médio prazo será possível resolver (pôr algumas áreas mais sensíveis sob o ponto de vista da assistência pediátrica no interior do São João) e, depois, é tentar que o prazo normal de realização desta obra corra o mais rápido possível”, afirmou.

A acompanhar a visita da ministra e do Presidente da República à pediatria do São João, o presidente do Conselho de Administração do hospital disse aos jornalistas ter ficado “esclarecido que as decisões estão tomadas e que agora é uma questão de tempo” até à construção da nova ala pediátrica.

“Não consigo dizer a data exata, isto depende da reformulação do projeto, que deverá estar pronto em abril. A Assembleia da República aprovou o Orçamento do Estado em que permite uma forma mais lesta de contratação da obra, portanto temos a noção que no fim do primeiro semestre, início do segundo semestre do próximo ano será possível fazer o concurso direto para ajuste da obra”, afirmou António Oliveira e Silva.

Segundo o administrador do São João, o ano 2021 é “o tempo expectável para o término da obra”, mas “entretanto há outras coisas que se podem ir fazendo”, nomeadamente a transferência a partir de março/abril de 2019 das crianças “de maior risco” para o edifício central e a criação de condições “para que as instalações provisórias aguentem mais três ou quatro anos em condições dignas”.

“Mas a obra em si é um fim que está definitivamente dado como certo e isso para nós, para as crianças, para os pais e para os profissionais que tomaram esta causa como sua é muito importante”, rematou.

Já o porta-voz da Associação Pediátrica Oncológica (APOHSJ) considerou a visita do Presidente da República “uma boa notícia”, que “veio dar força à contestação” dos pais das crianças internadas no São João, e assegurou que estes vão estar “vigilantes” quanto ao andamento do projeto da nova ala.

“Veio verificar com os próprios olhos aquilo que nós andamos a reclamar há meses, talvez há anos. Veio perceber a realidade, que é má, portanto estamos numa fase seguinte. O ajuste direto está aprovado, vamos ver agora se não derrapa no tempo”, afirmou Jorge Pires, avisando: “A nossa função vai ser a de sermos vigilantes para ver se cumprem aquilo que prometeram”.

Há dez anos que o Hospital de São João tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica, anunciando um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

O parlamento aprovou a 27 de novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da Ala Pediátrica, cuja obra o diretor clínico do São João prevê arrancar em 2019 e concluir em 2021.

Presidente da República
O Presidente da República disse ontem estar-se numa “nova fase”, com “calendários muito precisos”, na “causa” da construção da...

“Queria sublinhar que estamos no início de uma nova fase e isso é bom. E essa nova fase tem calendários muito precisos e teve uma ajuda fundamental dos deputados à Assembleia da República, porque permitiram neste caso excecional o ajuste direto, sem concurso, para ser mais rápido, permitiram a escolha da entidade contratante sem os limites que normalmente existem e permitiram que não houvesse sequer visto prévio do Tribunal de Contas”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa no final de uma visita aos serviços pediátricos do Hospital de São João.

Segundo o chefe de Estado, concretizando-se os prazos avançados pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pelo presidente do Conselho de Administração do São João, António Oliveira e Silva – que o acompanharam na visita – “o que é necessário para haver o ajuste direto respeita ao primeiro semestre de 2019, porventura antes de junho de 2019, o que significa que há condições para a obra poder arrancar até ao fim do ano”.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda a “solução transitória” que permitirá que a partir de março de 2019, com a conclusão das obras em curso nos pisos sete e oito do hospital, as crianças da pediatria oncológica e da pediatria cirúrgica sejam transferidas para espaços do edifício central.

“Está pensado o esquema para uma solução transitória que permita alterar de uma maneira apreciável aquilo que suscitou tanta preocupação, tanto reparo – justo – da parte de familiares das crianças, da parte da sociedade civil como um todo e, obviamente, sempre da parte do próprio hospital. E isso é bom, estamos no começo de um processo e isso dá-me uma alegria particular porque estive aqui em 2010, quanto a causa estava no seu início, e estamos a entrar em 2019 e o ser possível agora em 2019 este passo em frente decisivo é uma razão de alegria para todos nós”, sustentou.

“É bom que neste dia de Natal, em que nós vivemos tempos em que normalmente as notícias são mais más do que boas, haja uma notícia boa e esta é boa em relação à nova fase de uma causa que é uma causa de tanta gente”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Hospital de São João tem há 10 anos um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica, anunciando um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

O parlamento aprovou a 27 de novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da Ala Pediátrica, cuja obra o diretor clínico do São João prevê arrancar em 2019 e concluir em 2021.

Ásia
O parlamento da Tailândia aprovou ontem a legalização do uso de marijuana com fins medicinais e de investigação.

A medida faz com que se torne no primeiro país do sudeste asiático a unir-se ao Canadá, Austrália, México, Brasil e alguns estados dos Estados Unidos da América.

A alteração apresentada pelo Governo à lei de estupefacientes de 1979 foi aprovada com 166 votos a favor e 13 abstenções dos deputados da assembleia escolhida pela junta militar no poder desde o golpe de Estado de 2014.

A modificação contempla também a legalização com fins medicinais do kratom, uma árvore do sudeste asiático cujas folhas se usam como estimulante, analgésico ou narcótico.

A Assembleia Nacional aprovou também aumentar de 17 para 25 o número de elementos do comité de controlo de narcóticos que se encarrega de aprovar a produção, importação, exportação e posse de canábis e de kratom.

Segundo a reforma, a posse das duas substâncias será legal em quantidades necessárias para tratamentos juntamente com uma prescrição ou certificado emitidos por médicos, dentistas ou especialistas de medicina tradicional e indígena.

A câmara remeteu ao executivo o diploma, que entrará em vigor quando for publicado no boletim do Governo.

A Tailândia legalizou a marijuana em 1935 e até agora castigava-se com até cinco anos de prisão a posse ou transporte de até 10 quilos, enquanto para quantidades superiores as penas ascendiam a 15 anos de prisão.

O sudeste da Ásia conta com algumas das legislações mais duras contra as drogas, que no caso de Singapura, Indonésia ou Malásia preveem a pena de morte para os traficantes de estupefacientes, incluindo a marijuana.

Governo
A ministra da Saúde afirmou, na segunda-feira, que a falta de anestesistas na Urgência da Maternidade Alfredo da Costa, em...

"[A anestesia] é, de facto, uma área onde o Serviço Nacional de Saúde tem sofrido uma perda de profissionais que optam por trabalhar noutros setores. É importante que nós percebamos como é que conseguimos captar, reter, voluntariamente, estes profissionais e é um trabalho que vamos continuar a desenvolver", afirmou Marta Temido aos jornalistas, quando questionada sobre a falta de anestesistas na Urgência da Maternidade Alfredo da Costa (MAC).

A ministra falava no final de uma visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Para a governante, este problema mostra aquilo que o Governo tem sublinhado: a necessidade de se ter "cada vez mais um Serviço Nacional de Saúde com profissionais que estão nele em dedicação exclusiva".

A Urgência da MAC está hoje e na terça-feira em funcionamento apenas com um anestesista de serviço. Os casos urgentes ficarão naquela unidade de saúde, os restantes serão reencaminhados para outros hospitais.

Segundo a ministra da Saúde, o conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central tem feito um esforço "no sentido de maximizar os anestesistas" do próprio mapa daquela estrutura, mas esse esforço não impediu que nestes dias em concreto "houvesse apenas a possibilidade de recrutar um prestador de serviços".

Marta Temido assegurou que o conselho de administração pagaria os 500 euros à hora pedidos para a prestação de serviços de anestesia, "mas sucede que não foi possível recrutar um segundo elemento" para a MAC.

Apesar da falta de anestesistas na MAC, a ministra salientou que, graças à rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS), é garantido "o atendimento necessário nesta área", frisando que, na região de Lisboa e Vale do Tejo, está tudo a funcionar "dentro da normalidade”.

Na visita ao CHUC, Marta Temido quis deixar uma palavra de agradecimento aos profissionais do SNS que asseguram o seu funcionamento durante a quadra natalícia - uma tradição "que caiu um pouco em desuso", mas que considera valer a pena retomar.

Instituto de Administração da Saúde
O Instituto de Administração da Saúde da Madeira informou segunda-feira que foram confirmados, laboratorialmente, dois casos de...

"Trata-se de dois indivíduos do género feminino que se encontram internados no Serviço de Saúde da Madeira com quadro clínico estável", referiu, em comunicado.

A nota distribuída acrescenta que "o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, em articulação com a unidade de saúde privada de proveniência e as autoridades de saúde, está a implementar os procedimentos necessários, de acordo com as normativas em vigor".

A Autoridade de Saúde Regional, em colaboração com as restantes estruturas do Sistema Regional de Saúde, diz estar a investigar e a acompanhar a situação, de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo.

O Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE) explica que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar, quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes estão em fase de contágio desde quatro dias antes e até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea (exantema).

Os sintomas do sarampo aparecem habitualmente entre 10 e 12 dias depois de ser infetada e começam geralmente com febre, erupção cutânea (exantema que progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores, tosse, conjuntivite e corrimento nasal).

O IASAÚDE recomenda à população que verifique o seu boletim de vacinas e, se necessário, se vacine. Se uma pessoa esteve em contacto com um caso suspeito de sarampo e tem dúvidas ou apresenta sintomas sugestivos de sarampo, pode contactar telefonicamente os serviços de saúde (serviço de urgência hospitalar/centros de saúde) para aconselhamento.

Jornal de Notícias
O INEM tem quatro helicópteros ao serviço e só dois cumprem os requisitos técnicos exigidos no contrato de 38,7 milhões de...

Segundo o jornal, dos dois que não cumprem os requisitos técnicos exigidos, "um tem pior 'performance' e outro ultrapassa o limite de idade".

A fornecedora, a Babcock, garante que estas duas aeronaves estão a voar com autorização do INEM.

Uma das regras do contrato, assinado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pela Babcock, em agosto deste ano, define que as aeronaves não deverão ter "mais de 20 anos sobre a sua data de fabrico à data da sua utilização".

Todavia, escreve o jornal, "desde a entrada em vigor do contrato, o aparelho colocado em Évora viola os requisitos técnicos (...). A empresa colocou ali um Bell 412, construído em 1997. Ou seja, a completar os 21 anos".

Já quanto ao héli destacado para Macedo de Cavaleiros, que veio substituir o que ficou destruído no acidente de Valongo em 15 de dezembro, "não cumpre os requisitos de 'performance'", escreve o Jornal de Notícias (JdN).

Questionada pelo JdN, fonte oficial da empresa diz que está a atuar com o acordo do INEM quanto "à substituição temporária do helicóptero que opera a partir de Évora" e que "previsivelmente em março de 2019" chegará um novo helicóptero à base alentejana.

Quanto ao aparelho que substituiu o destruído em Valongo, a mesma fonte referiu ao jornal que a prioridade foi "a reposição urgente do serviço" e assegurou que será "oportunamente" substituído por um aparelho com as características exigidas. Neste caso, também tem o acordo do INEM, assegurou.

O JN questionou também o INEM e os SPMS, mas não obteve resposta.

Presidente
O presidente do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, João Oliveira, afirmou que a construção do novo edifício junto à...

As obras do novo edifício, orçadas em 30 milhões de euros e que permitirão garantir o funcionamento do Instituto Português de Oncologia (IPO) no centro de Lisboa num horizonte temporal de 15 a 20 anos, estavam previstas arrancar este ano na sequência da assinatura em janeiro de 2017 um protocolo entre a instituição e a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Em entrevista, a propósito dos 95 anos do IPO de Lisboa, que se assinalam no sábado, o novo presidente da instituição, João Oliveira, disse que seria “uma espécie de presente centenário” a sua construção, que já está planeada e que “tem vindo a merecer conversações” com a autarquia, que já integrou o edifício no “arranjo que está previsto para o enquadramento da praça de Espanha”.

No edifício a construir, o IPO pretender reunir consultas externas, serviços de atendimento não programado, central de colheitas, laboratórios, hospital de dia de adultos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, fisioterapia, laboratórios, unidades técnicas de gastroenterologia, pneumologia, urologia, dermatologia e ainda a dádiva de sangue.

“É uma construção que esperamos que seja uma realidade e para a qual já existe uma parte do financiamento avançada, mas ainda precisa de mais elementos para se concretizar”, disse o presidente do instituto, que assumiu o cargo em novembro.

Segundo João Oliveira, “já existem diversos contactos”, mas “há partes do financiamento que ainda não estão asseguradas”, sendo esse “o principal problema a resolver”.

Sobre os 95 anos do instituto, que nasceu do sonho e do trabalho do médico Francisco Gentil, João Oliveira disse que são “uma data que não pode deixar de ser celebrada” e que vai servir de preparação e de lançamento das celebrações dos 100 anos do IPO.

“Temos a intenção de rodear estas comemorações de diversas iniciativas de caráter científico, mas também marcar a renovação que tem vindo a ocorrer, e que queremos intensificar, das instalações e das estruturas do instituto, acompanhadas de algumas formas organizacionais que pretendemos melhorar”, adiantou.

As iniciativas previstas são a constituição de uma Comissão Organizadora, com personalidade do IPO e da sociedade civil, a criação do Prémio Científico de Investigação em Oncologia Francisco Gentil, uma conferência internacional sobre cancro, a modernização da Imagem do IPO e o lançamento de um novo ‘website’ e materiais informativos dirigidos aos doentes

Várias obras estão a decorrer no IPO de Lisboa para melhorar a resposta aos doentes, como a construção de um novo bloco operatório e de uma nova Unidade de Transplante de Medula, que estarão concluídas em 2019.

“O edifício novo é importante, mas todas estas obras que temos em curso ou projetadas são desafios, porque nos dias de hoje não é fácil manter os prazos, manter os custos, manter a funcionalidade das instalações durante as obras, porque não podemos parar”, e sem prejudicar os doentes”.

Além das instalações, existem “objetivos relacionados com a sustentabilidade económica, financeira, social e até ambiental” com “o aprofundamento do caráter de referência do instituto em relação ao Serviço Nacional de Saúde, com o reforço do reconhecimento e da maneira como o IPO é visto pelos restantes membros da sociedade”.

“É para nós muito importante criar formas de organização no atendimento dos doentes que sejam simples e eficazes porque tudo o que hoje existe para pôr ao serviço dos doentes com cancro rodeia-se de uma enorme complexidade que obriga a gerir-se bem as trajetórias dos doentes, a subsidiariedade de uns atos em relação a outros, sem nunca perder de vista a utilidade que tenham efetivamente para os doentes”, disse João Oliveira.

João Oliveira
O presidente do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, João Oliveira, reconheceu que tem sido “muito difícil” fixar os...

Em entrevista, a propósito dos 95 anos da instituição, que se assinalam no sábado, o novo presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa disse que “tem havido sempre uma certa drenagem de profissionais para o privado”, defendendo que é preciso encontrar formas mais eficazes para os reter.

“Não é novidade para ninguém que os serviços públicos neste momento têm dificuldades em manter os seus quadros, nomeadamente na saúde, a competição com o setor privado é muito grande e os argumentos para retermos os melhores profissionais não são muitos e isso obriga-nos a ser imaginativos e sobretudo a tratarmos bem as pessoas”, adiantou.

João Oliveira lembrou as “muitas restrições à remuneração e às condições de trabalho dos servidores públicos” ocorridas durante os anos da crise.

“A evolução das carreiras nas diversas profissões teve tempos diversos que criaram uma complexidade enorme, o que associado às restrições, que foram sempre muito cegas, cria problemas até legais na forma como remuneramos, premiamos e reconhecemos o labor dos nossos profissionais”, adiantou.

Mas, apesar das dificuldades e de “um desfavorecimento muito grande em relação aos setores privados, segundo aquilo que nos dizem, nunca nenhum profissional regateou a sua colaboração, com a maior das dedicações, apesar de se sentir injustiçadamente mal compensado do ponto de vista remuneratório”.

“Isso é uma riqueza que este instituto tem e que gostaríamos de continuar a premiar, podendo encontrar formas de fixar os nossos profissionais de maneira mais eficaz”, defendeu.

O oncologista, que exerce funções no IPO há 27 anos, apontou ainda as dificuldades que existem para recrutar profissionais para substituir os que saem e a sua integração, que “leva tempo e consome esforço”.

“Os profissionais das diferentes áreas da nossa atividade têm qualificações que se adquirem ao longo de vários anos e não são facilmente substituíveis por quem recrutamos de novo. Portanto, esta integração leva tempo e consome esforço e muitas vezes para fixarmos uma pessoa temos que recrutar várias”, lamentou.

Por outro lado, quase todos os recrutamentos precisam de ser autorizados pelos ministérios da Saúde e das Finanças, o que cria dificuldades e consome “muito esforço” interno.

“Nós compreendemos que têm que ser bem justificadas as necessidades de mais profissionais, mas muitas vezes acabamos por ter que justificar coisas que são óbvias e isto não é rentável do ponto de vista do esforço dos administradores e dos médicos e dos profissionais que têm de elaborar essas justificações”, adiantou.

Questionado sobre como se gere um aumento de doentes com falta de recursos humanos, João Oliveira disse que é “com dificuldade”, tentando “hierarquizar muito bem as coisas que são indispensáveis daquelas que possam ser menos necessárias, mas o que tem acontecido é um grande aumento da carga de trabalho a todos os níveis”.

Falando sobre as listas de espera, o presidente do IPO disse que a instituição tem conseguido cumprir os tempos máximos de resposta parcialmente, não com todos os doentes.

“Lutamos para que o consigamos, lutamos todos os dias para diminuir a lista de espera” essencialmente cirúrgica, o que exige uma “gestão muito rigorosa” dos recursos humanos no bloco operatório.

Com o novo bloco operatório, o IPO vai “ter mais capacidade e maior agilidade na utilização” dos recursos, “mas vai ser difícil nos próximos anos livrarmo-nos da lista de espera que também existe um pouco por todos os países da Europa, embora isso não nos conforte”.

João Oliveira explicou que uma parte das listas de espera também está relacionada com a capacidade de recobro pós-operatório, de cuidados intensivos, e de unidades de vigilância mais apertada que são necessárias devido à complexidade das cirurgias.

“Se há coisa que mudou na cirurgia do cancro é a complexidade das operações, que justificam maior diferenciação e complexidade dos cuidados pós-operatórios”, sublinhou.

Em 30 de junho, o número de inscritos em lista de espera para cirurgia no IPO era de 1.339 doentes e apresentava um tempo médio de espera de 106 dias. A mediana do tempo de espera é de 57 dias.

Encontravam-se nessa data 63 doentes há mais de 12 meses a aguardar cirurgia (5% no total de doentes em lista de espera).

A percentagem de propostas registadas que ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido (TMRG) era de 41%, mas, apesar desta percentagem, para cerca de 13% desses doentes o prazo foi ultrapassado em dez dias e para cerca de 20% em 15 dias, segundo dados do IPO.

João Oliveira
A despesa com medicamentos tem “crescido muito depressa”, representando cerca de um milhão de euros por semana no Instituto...

Em 2016, o instituto gastou 37 milhões de euros em medicamentos, em 2017, 40 milhões e este ano vai aproximar-se dos 50 milhões de euros, ou seja, cerca de um milhão de euros por semana em medicamentos, afirmou em entrevista o novo presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, João Oliveira, que assumiu o cargo em novembro.

“A despesa com os medicamentos tem crescido muito depressa, e não é só no instituto de oncologia, mas na oncologia particularmente, e tem sido muito difícil uma previsão feita agora é muitas vezes falseada nos meses que se seguem de uma maneira completamente imprevisível”, adiantou o médico oncologista.

João Oliveira advertiu que esta tendência vai continuar “se não houver possibilidade, tanto a nível nacional como a nível interestadual na Europa, de criar algumas regras à forma como o preço dos novos medicamentos vem aumentando, nem sempre em correspondência com a valia que eles têm”.

“Existe uma noção que não tem sido contrariada de que tudo o que é novo é forçosamente muito bom e, portanto, merece ser muito caro, mas não é verdade”, frisou na entrevista a propósito dos 95 anos do IPO de Lisboa, que se assinalam no sábado.

No seu entender, “é muito importante” que “uma grande instituição, como é o Serviço Nacional de Saúde, tenha capacidade para distinguir o que é de facto uma grande inovação e uma terapêutica, que merece um preço elevado, e coisas que vão à boleia das inovações só porque apareceram na mesma altura e que não justificam uma despesa tão grande”.

“Mas isto é uma capacidade que tem que ser criada intrinsecamente, não é uma coisa que se beba na Europa, cada país e quase que cada instituição tem as suas particularidades e tem que ter a sua capacidade de avaliação”, sustentou.

Questionado se há pressão por parte da indústria a da própria sociedade para os hospitais adquirirem medicamentos inovadores, o administrador afirmou: “Claro que há pressão”.

“Há pressão” porque as pessoas dão “muito valor aos medicamentos e, por isso, é muito fácil que se crie uma opinião de que, ao considerar que determinado medicamento não é tão bom como as expectativas o davam, se está a ter uma atitude ‘financeirista’, mas não é o caso, é mesmo uma questão de distinguir as pressões de caráter comercial das pressões de caráter médico e isso não é sempre fácil”.

Para o administrador, é preciso separar o que “é imperativo usar porque vai de facto mudar a vida das pessoas” do que está “a ser promovido de uma maneira puramente comercial”.

“Mas essa é uma distinção que precisa de ‘know-how’ médico e de outras profissões e que tem que ser consignada e reconhecida” e que “não se resolve a nível de uma instituição única”, disse, defendendo que terá de ser o SNS, com a escala e a dimensão que tem e com a sua capacidade de avaliação, “distinguir o essencial do acessório”.

Se fica alguma coisa por fazer devido ao crescimento da despesa com medicamentos, João Oliveira afirmou que não, mas “cria-se défice e cria-se dívida”.

“É preciso ter uma grande capacidade e uma capacidade que tem que ser sistémica do Serviço Nacional de Saúde para perceber onde é que se gasta bem o dinheiro, e isso acho que temos a nível nacional algum caminho por fazer”, e "uma capacidade grande para distinguir o acessório do essencial e vontade para contrariar algumas expectativas comerciais que sendo justas contribuem para desequilibrar".

Acha que sabe tudo sobre o Natal?
Os especialistas de uma empresa líder em tratamentos médicos para emagrecimento para pacientes com s

Será que tudo o que dizem da relação entre o Natal e a obesidade é verdade?

1.O Natal pode fazer ganhar peso até 4 kg.

Verdadeiro: Precisamente, a Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição tem alertado há anos que especificamente causa um aumento médio de 2 a 4 kg de peso. Para uma pessoa que perdeu peso recentemente, estas datas são algumas das mais stressantes, porque é preciso encarar os compromissos sociais que giram à volta do consumo de doces e comida.

2.Não fazer atividade física no Natal tem as mesmas repercussões que não fazer em qualquer outra época do ano.

Falso: Tendo em conta que no Natal as refeições são mais abundantes e é comum comer muitos doces, é ainda mais importante fazer atividade física. Está cientificamente provado que 30 minutos de exercício por dia, cinco dias por semana, e seguir uma dieta variada e completa, favorece o controlo do peso, pressão arterial e glicemia.

3.No Natal, você está com fome antes, apesar de comer compulsivamente.

Verdadeiro: Devido ao alto consumo de açúcar que ocorre na altura do Natal é fácil para o corpo sentir fome mais rapidamente e é uma das formas que o organismo tem para detetar se precisa comer por causa da quantidade de glicose no sangue. Portanto, o corpo irá consumi-los muito rapidamente no formato de glicose, e isso fará com que, após o consumo, os níveis sejam muito altos por algum tempo, mas depois desça rapidamente, o que gere uma sensação de fome mais rapidamente do que com outro alimento.

4.Uma única refeição de Natal pode exceder a ingestão diária recomendada de calorias para um adulto homem ou mulher.

Verdadeiro: Durante os feriados somos dominados pela fome do prazer, um fator que pode ser estabelecido como uma das causas fisiológicas do ganho de peso no Natal. Isso pode causar, a ingestão de entre 2.500 e 3.000 calorias em cada uma das refeições ou jantares de Natal, excedendo a ingestão de calorias recomendadas para um homem ou uma mulher num dia todo.

5.No Natal aumentam os enfartes.

Verdadeiro: A taxa de pessoas que sofrem ataques cardíacos nesta época do ano é tão significativa, que existe o chamado "enfarte de Natal". Isso pode ocorrer devido a vários fatores, como aumento do consumo de gorduras, álcool, stress emocional ou frio. Esses fatores podem ser decisivos no momento de sofrer um ataque cardíaco, por isso os especialistas recomendam manter uma dieta saudável também nestas datas e realizar atividades físicas.

6.No Natal, o melhor treino para queimar gordura e compensar os excessos de comida é fazer exercícios físicos cardiovasculares.

Falso: O músculo é o órgão principal para favorecer um ambiente hormonal adequado para queimar gordura, sendo o alvo terapêutico com o qual devemos trabalhar para evitar um aumento no peso após a ingestão acima da nossa Kcal diária recomendada. Tendo em conta que um treino cardiovascular queima uma grande quantidade de calorias, mas também reduz o músculo, se quisermos fazer atividade física, o ideal é realizar um treino de musculação / tonificação, pois além de melhorar a regulação da glicemia no sangue e controlar o colesterol,  reduz os triglicerídeos, melhora a sensibilidade à insulina e aumenta o metabolismo basal até 48 horas após o treino.

7.Contar as calorias do que comemos faz perder peso.

Falso: Nem todas as calorias são as mesmas. As contribuições calóricas são diferentes dependendo de que comemos, por exemplo, 1 copo único de vinho fornece 120 kcal "vazio". Ou seja, o álcool, além de não fornecer nenhum nutriente, aumenta a ingestão calórica na nossa digestão. Mas por outro lado o salmão ou o abacate, também são ricos em calorias, mas fornecem um tipo de gordura cardio-saudável, que é muito necessário para o nosso corpo. A melhor recomendação é manter o hábito de fazer 5 refeições por dia, distribuindo a ingestão calórica total ao longo do dia, em vez de concentrar toda a ingestão calórica de um dia apenas numa refeição.

O objetivo é ajudar a consciencializar a população sobre a importância de não exagerar nas refeições de Natal e não deixar de lado uma dieta saudável.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministério da Saúde
O Governo aprovou um financiamento de 10 milhões de euros por ano para o “primeiro medicamento” destinado a tratar “várias...

“O Ministério da Saúde autorizou o financiamento do primeiro medicamento para a atrofia muscular espinhal 5 q, uma doença neuromuscular rara que causa atrofia e fraqueza muscular”, pode ler-se no comunicado do ministério.

A mesma fonte esclareceu que em causa está “o medicamento Spinraza”, que vai poder ser utilizado pelos “doentes dos tipos I, II e III” que padecem desta doença neuromuscular rara.

O ministério orçou o investimento em “cerca de 10 milhões de euros por ano” e quantificou genericamente que está prevista a “inclusão de várias dezenas de doentes no tratamento”.

“A aprovação deste medicamento antecipa e alarga a proposta aprovada no parlamento em sede de Orçamento do Estado, que determina o tratamento de todos os doentes de tipo I e II nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde”, realçou o ministério.

A tutela da Saúde considerou ainda que, com este investimento, está a dar “um sinal claro” do seu “empenho em garantir o acesso aos medicamentos de que os cidadãos necessitam” e que está “na primeira linha do investimento em inovação”.

A mesma fonte referiu que a avaliação feita ao fármaco pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) detetou “benefícios adicionais face aos anteriores tratamentos”, que apenas se destinavam aos sintomas da doença, como a atrofia ou a fraqueza muscular.

O ministério sublinhou que a Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) foi envolvida” neste processo e que os doentes que integrara a fase de avaliação foram “tratados através de autorizações de utilização especial (AUE), parte das quais no âmbito de um Programa de Acesso Precoce (PAP)", num processo "sem custos para o Estado”.

“A equidade no acesso a este tratamento fica garantida, bem como a monitorização contínua da sua efetividade pelo Infarmed, à semelhança do que aconteceu com a hepatite C e através de financiamento centralizado”, considerou o organismo governamental.

Saiba quais são:
Há vários sintomas de gravidez que podem apontar para a possibilidade de estar grávida.
Mulher deitada no sofá a ilustrar os sintomas de gravidez

A gravidez traz mudanças radicais para o organismo, que se manifestam em alguns sintomas muito característicos e perceptíveis desde o começo da gestação, como seios mais sensíveis ou a necessidade de ir mais vezes à casa de banho em especial à noite. No entanto, o primeiro sintoma de uma possível gravidez é o atraso menstrual. Para comprovar a gravidez pode fazer o teste de gravidez, a partir de uma semana de atraso, embora a prova mais evidente seja dada pela ecografia.

As alterações sofridas, as sensações vividas vão variando ao longo da gravidez, pelo que cedo se torna necessário escolher o médico que será seu aliado, seu orientador, seu ajudante, nesta maravilhosa viagem, que é a sua gravidez. Pode notar um ou mais dos sintomas e não é provável que os sinta todos ao mesmo tempo. Também não deve preocupar-se se não sentir nenhum deles. É perfeitamente possível estar grávida sem se aperceber de nenhum dos clássicos sinais de gravidez abaixo referidos.

Sintomas clássicos de gravidez:

Falta do período menstrual. Este é o primeiro e o mais fiável sinal, se o seu ciclo mensal for regular. Embora seja possível que lhe apareçam manchas de sangue ou um sangramento ligeiro perto do dia previsto para começar o período, mesmo estando grávida.

Se o seu ciclo menstrual não for regular, pode notar algum dos outros sintomas de gravidez antes de dar pela falta da menstruação.

Cansaço

Pode sentir um cansaço invulgar nas primeiras semanas de gravidez. Isso deve-se, provavelmente, à subida dos níveis de progesterona.

Enjoos

Pode sentir enjoos e até vomitar, aproximadamente entre a 2ª e a 3ª semanas de gravidez. Embora seja muitas vezes designado como enjoo matinal, pode acontecer a qualquer hora do dia ou da noite.

Alterações no peito

Pode notar que o peito está maior, mais sensível, mais dorido (como algumas mulheres sentem antes de aparecer a menstruação), nas primeiras semanas de gravidez. Além disso, as veias do peito podem ficar mais visíveis e os bicos mais escuros.

Ir à casa de banho mais vezes

Cerca de 6-8 semanas depois de engravidar, pode ter de levantar-se de noite para ir à casa de banho. Algumas grávidas têm também pequenas perdas quando tossem, riem ou espirram.

Stress e alterações de humor

Pode sentir alterações de humor rápidas durante o início da gravidez, chegando por vezes a chorar sem saber porquê. Isto deve-se, provavelmente, às alterações dos níveis hormonais no seu organismo.

Alteração de gostos alimentares

Pode descobrir que enjoou coisas como chá, café ou alimentos gordos. Algumas mulheres também sentem desejo de certos tipos de alimentos que, normalmente, não apreciam.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em Lisboa
Mais de 780 pessoas em situação de sem-abrigo foram vacinadas contra a gripe numa campanha promovida pela Câmara de Lisboa, e...

De acordo com o gabinete do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), “foram vacinadas 782 pessoas” na campanha que decorreu entre 03 e 07 de dezembro.

Esta campanha de vacinação foi anunciada no final de novembro, e, segundo o vereador, este é já “o terceiro ano consecutivo” em que esta campanha acontece, com o objetivo de “melhorar as condições de saúde desta população”.

Em declarações, Manuel Grilo afirmou que “tal como previsto, os números foram muito semelhantes ao ano anterior”.

“Isto prova que conseguimos abranger uma maior fatia da população em situação de sem abrigo, tanto em situação de rua como em respostas socais permanentes”, considerou o eleito.

A vacinação aconteceu nos centros de acolhimento e através de equipas móveis e fixas durante o dia e noite.

Em novembro, Manuel Grilo apontava que a iniciativa iria permitir também realizar uma nova contagem dos sem-abrigo e atualizar os respetivos diagnósticos.

Na altura, o vereador adiantou que o número de pessoas a dormir na rua diminuiu para metade desde 2015 até hoje, passando de 700 para 350 as pessoas em situação de sem-abrigo na capital.

Além destas, existem mais 500 pessoas que já não dormem na rua, estão em centros de acolhimento e são ajudadas através das várias valências que o programa municipal e o NPISA (Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo) oferecem.

Hoje, o autarca bloquista referiu que “esta é uma medida importante”, que teve “uma cobertura quase total do número de pessoas nesta situação vulnerável na cidade”.

É melhor se for bem acompanhado
Mais de um milhão de portugueses e portuguesas querem deixar de fumar.

Os resultados de vários estudos indicam que mais de 70% dos portugueses que fumam querem deixar de fumar, todos os anos cerca de 35% tenta alcançar essa meta, mas menos de 5% consegue sem ajuda. Se esta iniciativa for acompanhada por um médico, a possibilidade de sucesso aumenta substancialmente. No entanto, estima-se que mais de 95% das tentativas para deixar de fumar são espontâneas e não contam com o apoio de profissionais de saúde.

E porque querem tantas pessoas deixar de fumar? Além de procurarem evitar os riscos para a saúde, para muitos a principal fonte de motivação são as vantagens de não fumar: Mais bem-estar, mais confiança em si próprio(a), mais facilidade em respirar e em fazer exercício físico, mais tempo e mais dinheiro disponível e mais liberdade para os usar. Também conta para muitos(as) ser um exemplo mais positivo para os outros, em especial para os filhos, e não poluir o ambiente com o fumo do cigarro, incluindo a casa e o carro onde vivem ou passam tempo as pessoas queridas. Melhorar a aparência e atrasar os sinais da idade são benefícios igualmente valorizados.

O ano novo é o momento do ano mais escolhido para parar de fumar. Ano novo, vida nova! E como podemos aumentar as possibilidades de alcançar este desejado objetivo? A investigação sobre os fatores que promovem o sucesso numa tentativa para deixar de fumar destacam o apoio como o mais importante. O apoio médico, o apoio farmacológico, o apoio dos familiares e amigos, o apoio de outros fumadores que também querem deixar de fumar.

Sabemos que o período que antecede a passagem de ano não é o melhor para procurar apoio profissional e que a maioria das tentativas para parar de fumar nesta altura resultam de impulsos de curto alcance. Estas tentativas falhadas são desvios no sentido da meta. Como evitar esta armadilha? Será melhor adiar? Esperar por um momento mais favorável?

Todas as tentativas para parar e deixar de fumar deverão ser um passo no sentido da meta. Depende de cada um gerir o insucesso, se este acontecer, como fonte de motivação em vez de causa de desânimo. Mas é claro que esta gestão será mais fácil e eficaz quando estamos bem acompanhados. Parar de fumar no ano novo é uma oportunidade que não se deve perder. Procurar os melhores apoios é importante. Primeiro os familiares e os amigos. Talvez seja possível formar um pequeno grupo de pessoas próximas dispostas a participar em conjunto neste desafio, integrando até alguns que não fumam, mas que darão o seu contributo, apoiando os restantes. É sempre mais fácil vencer grandes desafios em grupo. E depois, se for necessário tentar mais uma vez, aproveite a experiência e procure então um profissional de saúde preparado para lhe dar esta vertente de apoio que é única e pode ser determinante para o sucesso.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Parlamento
O parlamento aprovou hoje projetos de lei do PS e do PAN para reforçar a proteção da mulher na gravidez, no parto e após o...

Ambas as iniciativas contaram com a abstenção de PSD e CDS-PP, merecendo voto favorável das restantes bancadas.

O projeto de lei do PS estabelece os princípios, direitos e deveres aplicáveis em matéria de proteção na pré-conceção, na procriação medicamente assistida, na gravidez, no parto, no nascimento e no puerpério, e abrange os serviços de saúde do setor público, privado e social.

Os socialistas propõem um “Plano de Nascimento”, um documento em que a grávida manifesta as suas escolhas para o parto e pós-parto, que deverá ser preferencialmente elaborado até às 36 semanas de gestação, num modelo a definir pela Direção-geral da Saúde.

O Plano de Nascimento deverá ser discutido com a equipa da unidade de saúde onde se prevê que o parto venha a ocorrer, envolvendo os profissionais de saúde, a grávida ou o casal, refere o PS.

Também o PAN – Pessoas-Animais-Natureza pede no seu projeto de lei o reforço dos direitos das mulheres na gravidez e no parto, e defende igualmente a criação de um “plano de parto”, em que devem ser registadas “as preferências da grávida para o trabalho do parto, para o parto e para o pós-parto”.

Neste documento deve constar, por exemplo, se a mulher “quer ou não ser sujeita a analgesia epidural, se pretende que a posição de parto seja a deitada ou outra”, entre outras situações refere o PAN.

“As mulheres devem ser incluídas no processo de parto e deixar de ser entendidas como meras testemunhas do mesmo, mas para isso é necessário mudar o paradigma atual de parto para um mais centrado na mulher e na sua experiência”, afirma o PAN.

O PS defende, no seu diploma, que “a vontade manifestada” pela grávida ou pelo casal no Plano de Nascimento “deve ser respeitada, salvo em situações clínicas inesperadas que o inviabilizem, tendo em vista preservar a segurança da mãe, do feto ou do recém-nascido, as quais devem ser sempre comunicadas à grávida ou ao casal”.

“A grávida pode a todo o tempo, inclusive durante o trabalho de parto, modificar as preferências manifestadas previamente no Plano de Nascimento”, salienta.

Os socialistas defendem que os serviços de saúde devem “garantir, a todas as grávidas, ao pai ou outra mãe, informação em saúde sexual e reprodutiva, cuidados pré-natais seguros e apropriados e acesso cursos de preparação para o parto e a parentalidade, em particular ao nível dos cuidados de saúde primários”.

Devem também assegurar a “monitorização cuidadosa” do progresso do trabalho de parto através de instrumento de registos”, sendo que “a mulher e recém-nascido devem ser submetidos apenas às práticas necessárias durante o trabalho de parto, parto e período pós-natal”.

No caso da realização do parto por cesariana, a indicação clínica que o determinou deve constar no processo clínico e no boletim de saúde da grávida.

Durante o trabalho de parto, os serviços de saúde devem assegurar métodos de alívio da dor, como massagem, técnicas de relaxamento, utilização da água, uso da bola de pilates, deambulação, aplicação de calor, música, segundo as preferências da grávida, mas também devem garantir métodos farmacológicos, como a analgesia epidural.

Os hospitais devem adaptar as unidades existentes à presença do acompanhante da grávida, através da criação de instalações adequadas onde se processe o trabalho de parto e a cesariana para assegurar a sua privacidade.

O diploma do PS estabelece ainda que “não pode ser acompanhante da mulher grávida, parturiente ou puérpera, pessoa contra quem se encontre instaurado procedimento criminal pela prática de crime de violação, de abuso sexual e/ou de violência doméstica, de que a mulher grávida seja vítima”.

Um "hiperhumano" imortal?
Os avanços tecnológicos estão a abrir portas para o transumanismo, um movimento promovido por gigantes como a Google que...

O transumanismo surgiu "quando nos demos conta de que poderíamos tomar decisões para intervir na nossa evolução biológica graças à técnica", explica Marc Roux, presidente da Associação Francesa Transumanista (AFT). Um exemplo recente foi o anúncio polémico de um cientista chinês sobre o suposto nascimento dos primeiros bebés geneticamente modificados, capazes de resistir ao vírus do VIH/Sida.

Quase 40 anos depois do nascimento do transumanismo entre um grupo de futurólogos da Califórnia, escreve o Sapo, o fenómeno parece mais forte do que nunca: a Google, por exemplo, após ter contratado um dos seus ícones mundiais, o engenheiro Ray Kurzweil, criou a filial Calico para investigar o controlo do envelhecimento, enquanto o milionário Elon Musk aposta na pesquisa sobre implantes cerebrais.

"Alguns transumanistas assinam os seus e-mails com slogans como "a morte agora é facultativa" ou "a primeira pessoa que viverá 500 anos já nasceu", diz Blay Whitby, especialista em informática e inteligência artificial da Universidade de Sussex, na Inglaterra. "São claramente mais otimistas do que eu".

Direito à experimentação
A realidade é que, por exemplo, a medicina continua impotente perante doenças neurodegenerativas, com investigações clínicas sobre o Alzheimer a revelar fracassos atrás de fracassos.

Este ano a esperança de vida voltou a recuar nos Estados Unidos. Segundo alguns estudos, a longevidade, após ter aumentado até aos anos 1990, pode ter alcançado já o seu limite máximo.

Continuam a existir verdadeiras barreiras para a nossa compreensão do Homem", segundo Nathanaël Jarrassé, do Instituto de Sistemas Inteligentes e Robótica de Paris. "Diz-se que é uma questão de tempo e dinheiro e nega-se que talvez nunca conseguiremos entender certas coisas, ou seja, nega-se a impossibilidade científica", frisa.

Marc Roux lamenta que os transumanismo se reduza muitas vezes aos seus partidários mais radicais e admite que o recente caso dos "bebés OGM" apresenta falhas de "protocolo científico", mas defende a visão dos transumanistas que não acreditam que modificar as gerações futuras seja "abominável". "Por que é que tem que ser algo mau? Já não há debate sobre esses temas. Condena-se, mas no fundo esquecemos o porquê", afirma o historiador de formação.

O movimento pede o direito de experimentar, em pacientes voluntários, técnicas possíveis de realizar hoje, como implantes de retina que permitem perceber raios infravermelhos, próteses para rotações ilimitadas e implantes que atuam sobre o nervo auditivo com o fim de captar ultrassons. "As teorias transumanistas baseiam-se num conceito muito materialista do corpo, da consciência...", lamenta Edouard Kleinpeter, engenheiro e investigador do Centro Nacional de Pesquisa Científica de França. "Para essas pessoas, não há nenhuma diferença entre um cérebro e um microprocessador", critica.

Mas o "ser humano não é unicamente uma ideia ou um 'espírito', e sim um ser de carne e osso, feito de células vivas, com vasos sanguíneos que nos alimentam", protesta o neurobiólogo Jean Mariani.

Política mercantil dos GAFA
Para Jarrassé, outro problema é que quem insiste na ideia de que as tecnologias salvarão a humanidade são, muitas vezes, as mesmas pessoas que as vendem, como os GAFA (Google Apple Facebook Amazon). O corpo humano representa para estes players um novo mercado.

"As decisões políticas, estratégicas ou económicas não podem ser tomadas em função (...) dos interesses económicos de empresas que prometem um futuro de ficção científica e de 'start ups' que fazem publicidade de produtos incríveis", diz Jarrassé, que adverte que esse setor poderia "indiretamente desviar a pesquisa das necessidades reais".

"O transumanismo é mais o reflexo do homem de hoje em dia do que do homem do futuro", segundo Kleinpeter: "Uma mistura de onipotência que se apoia nos avanços técnicos e de recusa da fragilidade e o azar que supõe o facto de serem seres biológicos que vivem em sociedade".

Mas se há algo que gera unanimidade é a necessidade de refletir sobre como deve ser o futuro e que lugares a tecnologia irá ocupar. "No mundo há cada vez mais desigualdade. Essa tecnologia é o privilégio de um pequeno grupo de pessoas muito ricas. Temo que a utilizem para ganhar ainda mais dinheiro. É esse o futuro que queremos?", questiona Blay Whitby.

Estudo
Falta de sono pode ativar áreas do cérebro relacionadas com o apetite e ativar hormonas que dizem ao organismo que estamos...

A falta de sono aumenta o desejo por "junk food" e, se a ausência de descanso se mantiver, eleva o risco de obesidade, indicou um estudo divulgado esta semana pela revista “Journal of Neuroscience”.

A investigação dos cientistas Julia Rihm e Khan Peters, da Universidade de Colónia, na Alemanha, combina efeitos dos comportamentos com endocrinologia: "em consequência da falta de sono varia a nossa valorização da comida", resumiu Khan Peters.

O estudo analisa como o cansaço pode ativar as áreas do cérebro relacionadas com o apetite e as hormonas que dão a sensação de fome, escreve o Sapo..

Os investigadores recrutaram 32 homens, com idades entre os 19 e 33 anos, e todos receberam o mesmo jantar: massa com carne, uma maçã e um iogurte de morango. Depois, os participantes foram divididos em dois grupos: um foi para casa com um aparelho que regista as horas dormidas e o outro ficou no laboratório a noite inteira, com diversas atividades para entreter e evitar o sono.

No dia seguinte, foram realizados testes de glicose ao sangue e às hormonas responsáveis pelo stress e apetite. Além disso, os grupos viram diferentes imagens de comidas hipercalóricas – como barras de chocolate – e de objetos não comestíveis – como chapéus - e tiveram que avaliar quanto estariam dispostos a pagar por eles numa escala de 0 a 3 euros.

Os resultados mostraram que a falta de sono aumentava o valor subjetivo da comida em relação aos objetos não comestíveis.

As imagens neuronais também revelaram uma maior atividade num circuito que envolve a amígdala – que controla o comportamento que procura a recompensa – e o hipotálamo – vinculado ao apetite nas situações em que os voluntários estavam em situação de privação de sono.

"Estes dados sugerem uma conexão direta entre a falta de descanso e o excesso de comida, com o conseguinte risco de obesidade", concluiu a cientista alemã.

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