Dia Mundial da Terceira Idade assinala-se a 28 de outubro
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) alerta para a importância de prevenir, valorizar os sintomas das...

A doença valvular cardíaca é uma doença que afeta as válvulas, que constituem o coração, responsáveis por regular o fluxo sanguíneo neste órgão. “Muitas vezes mortal e mais frequente com a idade, a doença valvular cardíaca é ainda uma realidade que bate à porta quando menos desejamos, especialmente quando ignoramos que o envelhecimento exige maiores cuidados no que diz respeito à manutenção da saúde”, alerta Rui Campante Teles, coordenador nacional da iniciativa Valve For Life/Corações de Amanhã, da APIC.

“É importante que a população idosa esteja atenta a sintomas como cansaço, falta de ar e incapacidade para realizar as tarefas que faziam anteriormente e que os transmitam ao seu médico assistente. Desta forma, é possível fazer-se um diagnóstico atempado e uma atuação precoce por parte da equipa de Cardiologia de Intervenção. Muitas pessoas continuam a desvalorizar os sintomas, por considerarem que advêm da longevidade, levando a que só procurem o médico quando já está instalada alguma gravidade, o que pode ser um pouco tarde”, explica Rui Campante Teles.

A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, maioritariamente pessoas acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida. Na presença de estenose, a válvula aórtica não abre completamente, vai ficando cada vez mais estreita e isso impede o fluxo sanguíneo para fora do coração. Se não for detetada atempadamente esta doença pode ter um desfecho letal.

A insuficiência mitral é a segunda doença valvular mais comum, em todo o mundo e leva a uma menor quantidade de sangue bombeado para a circulação geral a cada batimento cardíaco e, simultaneamente, a um aumento de pressão na circulação pulmonar, comprometendo a sua função. Estes mecanismos de doença provocam falta de ar e cansaço de agravamento progressivo. É mais comum em homens e aumenta com a idade.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) criou, em março de 2025, o Núcleo de Ligação ao Doente Valvular. Esta iniciativa tem como objetivos consciencializar para a doença valvular cardíaca e oferecer um apoio mais próximo aos doentes valvulares cardíacos.

Este Núcleo, coordenado por um cardiologista de intervenção e três representantes dos doentes valvulares cardíacos, surge como um espaço de escuta atenta e partilha de conhecimentos sobre a doença valvular cardíaca.

A adesão é exclusiva a doentes valvulares cardíacos, sendo necessário o preenchimento de um formulário que está disponível através do link: https://www.apic.pt/nucleo-de-ligacao-ao-doente-valvular/

Para mais informações sobre o Núcleo de Ligação ao Doente Valvular, da APIC, consulte o website: www.apic.pt

Dia 29 de outubro
O 113.º aniversário da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho (ESE) vai ser assinalado no dia 29 de outubro,...

A cerimónia conta com as intervenções do presidente da Associação de Estudantes de Enfermagem (AEEUM), José Almeida, da presidente da ESE, Ana Paula Mascedo e do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro. Segue-se a atribuição de prémios a estudantes e um agradecimento aos supervisores clínicos em contextos de prestadores de cuidados de saúde.

Prevê-se ainda a mesa-redonda “Desafios da Saúde Mental no Ensino Superior”, com a presença de Lucília Nunes (professora da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal), Francisco Sampaio (membro da Coordenação Regional de Saúde Mental do Norte) e a moderação de Adriana Sampaio (coordenadora institucional da UMinho do Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior). Os momentos musicais estão a cargo de um grupo de estudantes do Departamento de Música da UMinho e, no encerramento, da Literatuna.

A ESE-UMinho é considerada uma referência na Enfermagem, tendo já sido premiada pelo Conselho Ibero-Americano em Honra da Qualidade Educativa, pela Organização das Américas para a Excelência Educativa e pelo Município de Braga. Esta unidade politécnica nasceu em 1912 sob a dependência da Santa Casa da Misericórdia de Braga, com o nome Escola de Enfermagem do Hospital de São Marcos, que mais tarde passou a Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Braga, até ser integrada na UMinho em 2004. Possui o Centro de Investigação em Enfermagem e um núcleo da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde. A sua oferta educativa inclui licenciatura, mestrados e cursos breves, promovendo o desenvolvimento científico, técnico, cultural e ético dos seus estudantes. O portal oficial é www.ese.uminho.pt.

 

Combater a resistência aos antibióticos
A Universidade do Minho anuncia a criação de um Laboratório de Produção de Fagos Terapêuticos, reafirmando o seu compromisso...

Este projeto pioneiro surge como resposta à crescente necessidade de soluções inovadoras para enfrentar a crise global da resistência aos antibióticos, um dos maiores desafios de saúde pública da atualidade. A terapia fágica, uma alternativa terapêutica emergente, tem vindo a ganhar relevância como uma abordagem promissora no combate a infeções bacterianas resistentes.

Nos últimos anos, o Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho tem desempenhado um papel de destaque a nível nacional nesta área. Em colaboração com o Queen Astrid Military Hospital, em Bruxelas (Bélgica), investigadores do CEB contribuíram de forma decisiva para a recente autorização do uso hospitalar da terapia fágica pelo INFARMED, apoiando o tratamento de vários doentes em Portugal.

O Laboratório será dedicado à produção de fagos terapêuticos, essenciais para o avanço desta abordagem terapêutica, e posicionará a Universidade como uma referência nacional e internacional no combate à resistência aos antibióticos. A criação deste laboratório reforça o compromisso da Universidade do Minho com a inovação científica e a transferência de conhecimento, promovendo o desenvolvimento de soluções com impacto direto na saúde.

 

Em Vilamoura
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) vai realizar o 44.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia ...

“Ao longo destes 75 anos, temos contado com um apoio fundamental para a realização do nosso congresso, que constitui a reunião magna da Ortopedia e Traumatologia nacional. Este ano, escolhemos como tema do congresso “Navegação e robótica em cirurgia ortopédica” e como Mesa Redonda “Pegada ecológica na Ortopedia”, dois temas atuais e transversais à atividade de todos os colegas, independentemente da área anatómica a que se dedicam”, explica Paulo Felicíssimo, presidente da SPOT.

O programa abrange uma ampla variedade de temas nas especialidades de Ortopedia e Traumatologia, com a participação das sociedades afiliadas da SPOT: Sociedade Portuguesa de Ortopedia Pediátrica (SPOP) ,  Sociedade Portuguesa do Ombro e Cotovelo (SPOC), Sociedade Portuguesa para o Estudo da Patologia do Joelho (SPEJ) e Sociedade Portuguesa de Infeção Osteoarticular (SPIO); assim como as secções da SPOT: Anca, Biomecânica, Coluna, Punho e Mão, Tornozelo e Pé, Tumores do Aparelho Locomotor, Estudo de Novas Terapias e Tecnologias em Ortopedia; Trauma, Medicina Legal, Ortopedia Geriátrica, e ainda o Grupo de Estudo de Modelos Organizacionais e de Gestão.

Este ano, a sociedade internacional convidada é a Sociedade Romena de Ortopedia e Traumatologia (SOROT).

O congresso oferece ainda várias atividades formativas, incluindo cursos de ecografia, trauma, cirurgia percutânea do pé, tumores, apresentações de casos clínicos e comunicações livres, entre outras.

Este evento, o maior das especialidades em Portugal, reforça o compromisso da SPOT com a excelência médica e a colaboração internacional, proporcionando aos profissionais uma plataforma para a partilha de conhecimento e experiências.

Para mais informações sobre o programa detalhado e inscrições, consulte o site: https://congresso.spot.pt/.

 

"Como brincam hoje as crianças em Portugal”
Na 6.ª Conferência Estrelas & Ouriços, pais, especialistas e provocadores da brincadeira vão entrar numa missão ousada:...

Porque brincar é essencial para crescer e aprender, a Estrelas & Ouriços, o Instituto de Apoio à Criança (IAC) e a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) juntam-se, no Edifício Impresa, para explorar barreiras e as respetivas oportunidades que envolvem o tema “Como brincam hoje as crianças em Portugal”.

O painel de provocadores da brincadeira vai desafiar o tempo, o espaço e os ecrãs, para inspirar novas formas de pensar a infância. São alguns dos nomes presentes: Patrícia Castanheira (investigadora da LEGO Foundation), Hugo Rodrigues (pediatra), Cristina Ponte (NOVA FCSH), Ana Lourenço (IAC), Inês Morais de Alarcão (criadora de conteúdos e mãe de 3).

Um dos momentos mais originais do encontro será a experiência “Todos a Brincar”, guiada por facilitadoras LEGO®, num convite à participação ativa e divertida da audiência.

Os minirrepórteres Expressinho e SIC Explica.me vão acompanhar os vários momentos do evento, entrevistar oradores, explorar os LABs e apresentar, no encerramento, a sua própria peça noticiosa.

“Queremos criar dinâmicas inéditas e lançar boas provocações, que se transformem em estratégias aplicáveis ao dia a dia das famílias e das escolas. Só reinventado o poder do brincar, conseguiremos criar condições para que as crianças tenham experiências mais ricas na infância”, defende Madalena Nunes Diogo, diretora-geral da Estrelas & Ouriços.

A conferência vai ser transmitida em direto no site da SIC Notícias, do Expresso e da Estrelas & Ouriços.

Mais informações e programa completo AQUI.

 

29 de outubro | Dia Mundial do AVC
A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos, alerte que a acesso ao internamento especializado em Unidades de...

Em Portugal, registam-se cerca de 30 mil episódios de AVC todos os anos, o equivalente a mais de três novos casos a cada hora. Num trabalho recente que abrangeu dados de 19 países da União Europeia, Portugal está na cauda da Europa na cobertura de internamento diferenciado, apenas acompanhado por Grécia e Roménia.

Estes números evidenciam a necessidade urgente de medidas concretas e estruturais, que passam, não só, por expandir a rede de unidades de AVC, aumentar significativamente o número de camas dedicadas e fortalecer as equipas multidisciplinares. O AVC continua a ser a primeira causa de morte em Portugal, além de ser a maior causa de incapacidade adquirida.

O internamento em unidades de AVC é considerado o padrão-ouro da prática clínica, existindo forte evidência científica de que este modelo de cuidados reduz a mortalidade, limita a incapacidade e acelera a recuperação funcional. Ou seja, também a reabilitação, não só imediata, mas também de médio e longo prazo, depende muito deste tratamento especializado inicial, tem muito mais hipóteses de acontecer de forma coordenada e multidisciplinar, com mais qualidade e eficácia.

“A reabilitação, que é imperioso que aconteça numa autêntica Via Verde, com possibilidade de intervenção também da Fisioterapia, da Terapia da Fala, da Terapia Ocupacional, da Neuropsicologia, e outras, pode e deve começar nas primeiras 48 horas” – afirma António Conceição, presidente da associação Portugal AVC. Que afirma também que “essa coordenação tem que existir também com as Unidades de Reabilitação”.

Porque, recorda ainda, “este é um aspeto fulcral em todos os sentidos: não só nas vidas salvas e qualidade de vida após o AVC, mas também na diminuição de custos enormes para o próprio, a família, a sociedade, e o próprio Estado! Não é um custo, mas um investimento com rápido retorno!”.

 

Portugal AVC reforça Prémio de Jornalismo sobre o AVC

A associação lembra igualmente que estão abertas as candidaturas ao Prémio de Jornalismo sobre o Acidente Vascular Cerebral, promovido pela Portugal AVC com o apoio da AbbVie, que distingue os melhores trabalhos jornalísticos sobre esta temática. Sendo especialmente valorizados trabalhos que abordem a continuidade da vida de pessoas que sofreram AVC.

O prémio atribui 3.000 euros ao 1.º lugar, 2.000 ao 2.º e 1.000 ao 3.º, reconhecendo o papel essencial do jornalismo na sensibilização para o AVC e na promoção de informação rigorosa e humanizada.

Podem concorrer peças publicadas ou transmitidas entre 1 de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2025, em imprensa, rádio, televisão, podcast ou videocast. As candidaturas devem ser enviadas até 15 de dezembro de 2025 para [email protected].

 

Dia Mundial do AVC | 29 de outubro de 2025
Monumentos e espaços emblemáticos vão brilhar em vermelho e azul, numa ação de consciencialização e prevenção do AVC.

No Dia Mundial do AVC, celebrado anualmente a 29 de outubro, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) promove, pela primeira vez, a iniciativa “Luzes que Salvam Vidas”, que iluminará monumentos e edifícios emblemáticos em várias cidades portuguesas. O objetivo desta ação é sensibilizar a população para o impacto do AVC em Portugal e reforçar a importância de reconhecer rapidamente os sintomas, contribuindo para desfechos mais favoráveis em casos de AVC.

“Com esta iniciativa, queremos levar a mensagem de prevenção e alerta a um público amplo, mostrando que o AVC é um problema de saúde pública que nos afeta a todos”, explica a Dr.ª Cristina Duque, Embaixadora Nacional da SPAVC para o Dia Mundial do AVC. “A iluminação de edifícios emblemáticos, com as cores azul e vermelho, é uma forma simbólica e impactante de lembrar a população sobre os riscos do AVC e a importância de agir rapidamente quando surgem sinais de alerta”, acrescenta a neurologista da ULS Matosinhos.

Em locais como Lisboa, Porto, Leiria, Famalicão, Guarda, Amarante, Loures, Benfica, entre outros aderentes à iniciativa, será possível encontrar edifícios “pintados” com as cores da SPAVC para assinalar esta data de projeção mundial.

O envolvimento da sociedade civil nestas iniciativas é fundamental para amplificar o alcance das mensagens de prevenção e fazer chegar a informação a todos.

Para além dos edifícios públicos, a SPAVC convida todos os cidadãos a acender a luz da sua casa ou do seu edifício e a juntar-se a este movimento de prevenção e consciencialização. Cada luz acesa torna-se um símbolo de alerta e esperança, lembrando que o AVC pode ser prevenido e que agir a tempo salva vidas.

Enquanto Embaixadora Nacional da SPAVC para a celebração das efemérides alusivas ao AVC, a Dr.ª Cristina Duque partilha o desejo de ver “um compromisso coletivo da sociedade civil, maior mobilização das instituições, mais investimento na prevenção, no diagnóstico e no tratamento, e cada cidadão capacitado para reconhecer os sinais de alarme”.

Para mais informações sobre como envolver-se na iniciativa envie um email para [email protected].

 

25 de outubro
A iniciativa decorre no GaiaShopping, este sábado, no âmbito do Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Prevenção e...

No dia 25 de outubro, entre as 14h00 e as 19h00, a Praça Central do GaiaShopping vai ser palco da iniciativa “Um dia na pele de um Sobrevivente de AVC”, organizada pela Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos, com o apoio do Conselho de Administração do Hospital de Gaia (ULSGE). A ação conta ainda com a participação das equipas de Medicina Física e de Reabilitação, Neurorradiologia de Intervenção, Medicina Intensiva e Medicina Geral e Familiar, bem como da Câmara Municipal de Gaia.

Durante toda a tarde, os visitantes do centro comercial vão poder experimentar, de forma segura e pedagógica, algumas das limitações e desafios enfrentados por sobreviventes de AVC, através de dez stands temáticos que recriam experiências motoras, funcionais, de equilíbrio, sensoriais e comunicativas, bem como espaços dedicados a rastreios de prevenção e informação sobre os recursos e materiais de apoio disponíveis.

O programa inclui ainda testemunhos de sobreviventes, momentos de exercício físico inclusivo e partilhas de profissionais de saúde, numa tarde de aprendizagem, empatia e consciencialização.

Em antecipação ao Dia Mundial do AVC, que se assinala a 29 de outubro, a ação pretende sensibilizar a população para a importância da prevenção, da reabilitação e da inclusão das pessoas que viveram um AVC, a principal causa de morte e de incapacidade em Portugal, responsável por cerca de 30 mil episódios por ano.

“Queremos que o nosso Centro continue a ser um espaço de encontro, de informação e de sensibilização para causas que tocam a vida de todos nós. Ao acolhermos esta iniciativa, mostramos também as mais-valias de um trabalho conjunto entre instituições de saúde, entidades públicas e espaços da comunidade em prol da literacia em saúde e da inclusão social”, refere António Graça, diretor do GaiaShopping.

A Portugal AVC é uma associação nacional composta maioritariamente por sobreviventes de AVC, que tem como objetivo, de acordo com os seus estatutos, “contribuir para a resposta às necessidades sentidas pelos sobreviventes de AVC, familiares, cuidadores, e outros, e a promoção de iniciativas que visem contribuir para a prevenção do AVC e suas consequências”.

 

O Raquitismo hipofosfatémico em livro e filme
Doença rara que se estima que afecte 1 em cada 20 000 pessoas , a XLH, ou raquitismo hipofosfatémico é uma doença genética em...

De forma a sensibilizar a população para esta doença rara que ocorre em média em 1 em cada 20 000 pessoas , foi lançado um livro e filme que relatam de forma simples e directa os efeitos que podem ocorrer nos doentes de raquitismo hipofosfatémico ou XLH.

O livro em forma de conto e banda desenhada, tal como o vídeo, procuram sensibilizar para não apenas as causas, mas também para os efeitos da perda de fosfato, característica fundamental para quem sofre da doença,

A XLH tem uma gravidade diferente de pessoa para pessoa (mesmo dentro da mesma família). As primeiras manifestações surgem habitualmente após o primeiro ano de vida quando a criança começa a andar e os pais relatam deformidades dos membros inferiores (“pernas arqueadas”), quedas frequentes ou alterações precoces nos dentes. Se existe história familiar é extremamente importante um rastreio do recém-nascido por uma equipa especializada. Na ausência de história familiar, nos primeiros sinais de alerta a criança deve ser encaminhada para realização de análises ao sangue e urina para despiste desta doença. Em idade pediátrica é muito importante ter em conta os níveis de fosfato sérico de acordo com a idade pois níveis aparentemente normais num adulto poderão encontrar-se abaixo do esperado para a idade da criança.

Embora numa fase posterior possa ser feito o teste genético, o diagnóstico é realizado com base na história familiar, manifestações clínicas e alterações analíticas detetadas. Em 10 a 30% dos doentes pode não ser identificada qualquer alteração genética.  

Desta forma, a sensibilização da população, de unidades de cuidados primários , bem como de hospitais é fundamental para que possa haver uma referenciação atempada e com isso permitir não só o diagnóstico mas também tomar medidas para que quem sofre da doença tenha os cuidados de saúde que necessita.

O diagnóstico é fundamental tal como a correcta referenciação.

Veja e divulgue, a sensibilização nunca é demais.

 

30 de outubro | Dia Mundial da Saúde Mental
A CAPITI - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil organiza, no próximo dia 30 de outubro, por ocasião do Dia...

A exposição solidária, que já faz parte da agenda cultural da cidade de Lisboa, terá lugar na Sala dos Condensadores do MAAT Central, em Lisboa, entre as 12h e as 19h do dia 30 de outubro, na qual estarão expostas todas as obras doadas, disponíveis para licitação no "Leilão live online", a decorrer até ao dia da exposição, pelas 21h30, no site do Palácio do Correio Velho.

A edição deste ano conta com a colaboração de 40 artistas contemporâneos e, uma vez mais, com o imprescindível apoio da Fundação EDP e da Leiloeira Palácio do Correio Velho, apresentando diversas novidades. Pela primeira vez, a CAPITI desafiou alguns artistas que já conhecem o projeto a criarem obras inspiradas no mundo e missão da CAPITI, aproximando a criação artística da realidade das crianças acompanhadas. Esta aproximação resultou, ainda, na cocriação de duas obras, pelos artistas Mariana Horgan e o Diogo Muñoz, em conjunto com duas crianças apoiadas pela CAPITI, transformando cada obra num encontro de expressão artística em prol da saúde mental.

São vários os artistas que aderiram à causa solidária e, entre eles, contam-se nomes de destaque, nomeadamente, Alexandre Farto (Vhils), Ana Pérez-Quiroga, Diogo Muñoz, Diogo Pimentão, Fernanda Fragateiro, Gonçalo Ghira, Graça Paz, João Queiroz, Maísa Champalimaud, Manuel Caeiro, Mariana Horgan, Miguel Palma, Miguel Telles da Gama, Paulo Brighenti, Rui Sanches e Sofia Aguiar.

No âmbito da iniciativa, e à semelhança das últimas duas edições, a CAPITI desafiou artistas emergentes a doarem uma obra, através de uma campanha lançada no Instagram, avaliada posteriormente por um júri composto por João Pinharanda, Diretor Artístico do MAAT, Sebastião Pinto Ribeiro, CFO do Palácio do Correio Velho e Mariana Saraiva, Presidente da CAPITI. Como resultado deste desafio, foram selecionadas as onze obras que irão integrar a 9.ª edição da exposição e leilão solidário “CAPITI Art Mind”.

Em oito anos de atividade, a CAPITI apoiou mais de 560 crianças e jovens, garantindo um total de mais de 17.700 atos clínicos, incluindo avaliações de diagnóstico, consultas médicas e sessões de acompanhamento. A CAPITI apoia, anualmente e de forma regular, cerca de 200 crianças em 13 clínicas parceiras, distribuídas por 17 localidades do país. Em 2024, a iniciativa permitiu a angariação de 78.560 euros com a venda de 40 peças de arte, contribuindo para o acompanhamento médico e terapêutico anual de 78 crianças e jovens de famílias carenciadas, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento.

Estudos recentes reforçam a urgência e a importância desta resposta. De acordo com os dados revelados no Livro Branco sobre o Bem-Estar Mental dos Jovens na Europa, divulgado pela Fundação Z Zurich, quase metade dos jovens na União Europeia (49%) afirma ter necessidades de cuidados de saúde mental não satisfeitas. No contexto português, este cenário agrava-se à luz de dados da OCDE, que revelam que Portugal é o quinto país europeu com maior prevalência de questões de saúde mental, com uma estimativa de 18,4% da população. Perante o sistema público atual, que se revela incapaz de responder atempadamente ao tratamento e diagnóstico dos problemas e dificuldades em que grande parte das crianças e jovens se encontra, muitas famílias com necessidades económicas não têm acesso a consultas sem o apoio da CAPITI.

Neste contexto, Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, afirma que “cada obra leiloada representa mais do que uma expressão artística. É uma forma concreta de garantir que uma criança tenha acesso ao acompanhamento médico e terapêutico de que necessita. Num contexto difícil para muitas famílias, o apoio de artistas e entidades parceiras é imprescindível à nossa missão de promover o crescimento saudável e a autonomia de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade”.

 

25 de outubro a 1 de novembro | Semana Internacional do Tumor Cerebral
Falta de informação, acesso desigual ao diagnóstico, falta de apoio a nível emocional… Os desafios que os doentes com cancro...

“A principal dificuldade que estes doentes, bem como os seus familiares, atravessam é, sem dúvida alguma, a falta de informação e a falta de acesso fácil àquilo que são os passos a seguir, sobretudo tendo em conta que estamos a falar de um cancro e na cabeça, que é o órgão mais nobre e que, portanto, acarreta logo e imediatamente consigo uma sensação muito provável de medo, insegurança e até mesmo de incerteza face ao desconhecido”, refere Renato Daniel, fundador da Associação Portuguesa de Cancro no Cérebro (APCCEREBRO).

Paulo Gonçalves, presidente da RD-Portugal, União das Associações das Doenças Raras de Portugal, concorda com a importância do reforço da informação e chama a atenção para outro dos desafios que estes doentes são obrigados a enfrentar: “o tempo até ao diagnóstico é, por vezes, bastante longo e é sobretudo desigual. Se a pessoa vive mais próximo do litoral ou de Lisboa, Porto ou Coimbra, que é onde existem os IPO e centros de referência com as capacidades para diagnóstico e tratamento, o tempo é inferior. É tempo de cérebro!”, alerta.

Nesse sentido, chama a atenção para a necessidade de definição “de um Percurso de Cuidados Integrados para as doenças raras, que inclui os tumores cerebrais e que, apesar de já ter sido prometido, continua a não existir. Temos estado, por isso, a insistir para que ele seja rapidamente iniciado, ou pelo menos trabalhado o mais breve possível, porque temos de mitigar esta diferença, esta desigualdade, esta iniquidade entre o litoral e o interior”.

Por se tratar de doenças mais raras, os tumores cerebrais tendem a ser menos conhecidos. Por isso, Paulo Gonçalves defende que “as pessoas com sintomas têm de os comunicar aos profissionais de saúde. Sabendo que os profissionais de saúde estão, provavelmente, mais treinados para aquilo que é mais comum, os cidadãos têm de ser persistentes e reforçar os sintomas que têm, exigindo melhores respostas”.

Renato Daniel confirma que as necessidades são muitas para estes doentes, “dificuldades de reintegração no seu seio familiar, de reintegração no seu trabalho e, acima de tudo, dificuldades do foro da saúde mental, não só dos doentes, mas também dos seus familiares. Esta sim é uma área muito importante, porque é aqui que efetivamente o nosso Serviço Nacional de Saúde falha, no apoio à saúde mental dos doentes, também na reabilitação, no que diz respeito à fisioterapia, que muitas das vezes é necessária no período pós-cirurgia”.

Portugal está, ainda, defende o fundador da APCCEREBRO, “muito atrás em termos de inovação tecnológica. Apesar de termos muito boa produção científica, temos de dar um passo a seguir, que é o de conseguir estimular o País a ser pioneiro não só em matéria de ensaios clínicos, mas também na produção deste tipo de tratamentos, muito essenciais para doentes oncológicos e para pessoas com doenças raras. Ou seja, temos muito boa produção científica, mas uma grande dificuldade em colocá-la cá fora, ao dispor da sociedade sob a forma ou de medicamentos ou de novas terapêuticas”.

A propósito desta Semana Internacional, Paulo Gonçalves defende uma mensagem em forma de tempo verbal: “esperançar. É um verbo que não existe, mas que basicamente é esperança com resiliência, isto é, termos esperança de que as coisas vão melhorar, até porque a ciência nos está a ajudar a encontrar mais soluções; mas temos de ter como foco a resiliência, porque precisamos de ser muito persistentes em encontrar, em diagnosticar o mais depressa, e persuasivos, no sentido de encontrar a razão pela qual temos alguns sintomas, insistir para que se façam os tratamentos, em particular utilizando este mecanismo das associações de doentes, que dão voz a quem sozinho não a tem”.

Até porque, reforça Renato Daniel, “a jornada com o diagnóstico de uma doença rara, seja ela qual for, seja um tumor cerebral ou de qualquer outro tipo, é sempre uma jornada que deve ser feita em conjunto. E as associações de doentes existem exatamente para tornar esta jornada não tão solitária e, acima de tudo, para disponibilizar apoio, serviços e um ombro amigo que acompanhe os doentes, os seus familiares e também os seus cuidadores nesta jornada que sabemos que, apesar de difícil, não precisa de ser tão solitária”.

 

Ação educativa
No próximo dia 25 de outubro a VALORMED celebra o seu 26º aniversário de forma especial, com uma experiência que vai fazer os...

Assim, nos próximos dias 25 e 26 de outubro no Centro Comercial, e a 8 e 9 de novembro no MAR Shopping Matosinhos, a VALORMED vai estar presente e instalar uma estrutura visual única que desafia os visitantes a refletir sobre os seus hábitos ambientais com a pergunta "E tu, o que fazes com os teus medicamentos fora de uso e de prazo?", uma experiência imersiva através da qual se pretende combinar consciencialização ambiental e participação ativa.        

Os participantes são convidados a retirar uma bola de um recipiente e depositá-la no tubo correspondente à sua resposta, escolhendo entre opções como "Deito no lixo comum", "Deito na sanita", "Guardo em casa", "Entrego num ponto de recolha da VALORMED" ou "Não sei/Nunca pensei nisso".

"Esta ação por ocasião de mais um aniversário da VALORMED visa dar uma 'dose de realidade' a quem é exposto à iniciativa, reforçando a ideia que temos de que a maioria das pessoas ainda não dá o destino adequado aos seus medicamentos fora de uso e de prazo. É a nossa forma de celebrar com impacto e promover mudanças reais de comportamentos", explica Luis Figueiredo, diretor-geral da VALORMED.

 

Educação e sensibilização em primeiro lugar

Durante estes dias, entre as 10h00 e as 18h00, duas hospedeiras apoiarão os participantes e distribuirão material educativo, como folhetos sobre práticas corretas e sacos para transporte deste tipo de resíduos para os contentores VALORMED que existem nas farmácias e parafarmácias em todo o país.

A instalação vai também permitir fazer uma avaliação genérica e em tempo real das práticas da população relativamente ao descarte de medicamentos fora de uso e de prazo, criando um momento de consciencialização coletiva.

 

Impacto ambiental e de saúde pública

A eliminação descuidada e incorreta de medicamentos representa uma séria ameaça ao ambiente e à saúde pública. Quando deitados no lixo comum ou na sanita, nos ecopontos ou no lixo comum, os medicamentos podem contaminar solos e águas, criam resistências bacterianas e afetam a biodiversidade dos ecossistemas.

A VALORMED disponibiliza já cerca 3.000 pontos de recolha nas farmácias e em cerca de 500 parafarmácias de todo o País, pelo que os portugueses não podem hesitar e devem nestes locais fazer a entrega das embalagens e medicamentos de origem doméstica que já não necessitam ou se encontram fora do prazo de validade.

 

Em parceria com o Hospital de São João
O MaiaShopping, em parceria com o Hospital de São João (HSJ), assinala o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC) com...

No dia em que se assinala esta doença, 29 de outubro, decorrerá uma ação de rastreios gratuitos, conduzida por médicos e enfermeiros especialistas do hospital, que estarão disponíveis para avaliar fatores de risco, prestar esclarecimentos e alertar para a importância de agir rapidamente perante os sinais de alarme. Os rastreios terão lugar no Piso 1 do centro comercial, junto ao Café Sical, das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h00.

A iniciativa inclui ainda, até 31 de outubro, uma exposição educativa sobre o tema, no mesmo local. A mostra apresenta informação sobre os sinais de alerta do AVC, os principais fatores de risco – como hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo – e as medidas que cada pessoa pode adotar para reduzir a probabilidade de ocorrência.

“Através deste tipo de ações, reforçamos o compromisso com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da comunidade envolvente, promovendo, em parceria com entidades de referência, informação, consciencialização e acesso a cuidados preventivos que podem fazer a diferença. O centro comercial pretende assumir, assim, um papel ativo na educação para a prevenção e na promoção de estilos de vida mais saudáveis”, refere Miguel Castro, Diretor do Centro Comercial.

 

Agenda

Exposição educativa – Prevenção do AVC

  • Data: até 31 de outubro

Rastreios gratuitos

  • Data: 29 de outubro
  • Horário: 10h00-12h00 e 15h00-17h00
  • Local: Maia, MaiaShopping, Piso 1 junto do Café Sica

 

Novembro, mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão
A PULMONALE assinala o Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão com o lançamento de uma campanha sob o mote “Se fuma até...

Segundo Isabel Magalhães, Presidente da PULMONALE, “temos de lutar para que o rastreio ao cancro do pulmão seja disponibilizado, incidindo na população elegível, fumadores e ex-fumadores”. E acrescenta: “Esta campanha nasce da necessidade imperativa em implementar o rastreio do pulmão, seguindo o bom exemplo de outras áreas oncológicas. O diagnóstico precoce é o método mais promissor para reduzir a mortalidade devido ao cancro do pulmão no nosso país, que é, das diversas patologias oncológicas, a mais mortal, entre os portugueses”. 

Isabel Magalhães congratula-se com o anúncio do Ministério da Saúde sobre os dois projetos-piloto, que estão identificados para acontecer em Cascais, numa iniciativa conjunta com a autarquia, e na ULS de Santo António, no Porto, ainda que para já não se conheça qualquer desenvolvimento desde o anúncio público em Junho deste ano. “Neste momento, os Portugueses continuam a não dispor de um rastreio de índole populacional”, declara. “A promoção e prevenção da saúde, com todos os ganhos associados, tem de deixar de ser um tema de conversa, ou uma notícia de jornal, e passar a ser uma estratégia evidente do SNS. A nossa campanha quer precisamente afirmar a urgência na implementação do rastreio do cancro do pulmão no SNS.”

Recorde-se que em 2022, a Comissão Europeia recomendou aos seus estados-membros que dessem início a projetos-piloto de rastreio do cancro do pulmão associados a programas de cessação tabágica e posteriormente aprovou a inclusão do rastreio nos planos de prevenção da doença oncológica, entretanto implementado já pela Croácia, Polónia e República Checa, mas ainda não concretizada em Portugal. Decorrem atualmente projetos-piloto em vários países entre os quais, Países Baixos, França, Irlanda e Hungria.

O teste considerado como mais eficaz para detetar o cancro do pulmão numa fase precoce é feito através de uma tomografia computadorizada torácica de baixa dose, com necessidade de articulação com o SNS para acesso ao tratamento de todos os achados no exame. Quando diagnosticado em fase inicial, o cancro do pulmão apresenta taxas de sobrevivência substancialmente superiores às verificadas em estádios avançados.

Sendo o tabagismo o principal fator de risco no cancro do pulmão, cuja causa é em mais de 80% atribuída ao tabaco, a PULMONALE acredita que é fundamental implementar o rastreio junto da população, bem como incentivar a adoção de estilos de vida saudável que podem levar ao abandono de hábitos tabágicos, pois os dados não são animadores:

  • Em Portugal, ocorrem cerca de 5077 mortes por ano (Fonte: GLOBOCAN)
  • O cancro do pulmão é o mais mortal no mundo, com mais de 1,8 milhões (Fonte: GLOBOCAN)
  • Estima-se que o rastreio a esta neoplasia maligna reduza a mortalidade em pelo menos 20%

A campanha nacional agora apresentada pela PULMONALE vai ser divulgada através dos circuitos de comunicação de diversas entidades públicas, nomeadamente autarquias como Coimbra, Oeiras, Vila Pouca de Aguiar, Póvoa do Varzim, Serpa, Penacova, Barcelos, Mesão Frio, Pampilhosa da Serra e Penacova, a Junta de Freguesia de Loures, o Estoril Praia, a Fertágus, o Metro de Lisboa e a NOS, que disponibilizam espaço de divulgação, quer em MUPI’s e redes sociais, quer noutros suportes de comunicação, e ainda a JCDecaux  e a MOP.

 

Programa “Mental Health”
Os cientistas Luísa Pinto e Nuno Dinis Alves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de...

O seu projeto de investigação de dois anos, agora aprovado para financiamento, visa responder a uma necessidade crítica na depressão (perturbação depressiva major): a falta de estratégias terapêuticas de ação rápida e sustentada. Em particular, a equipa vai estudar o potencial de um transportador vesicular neuronal como novo alvo farmacológico para a depressão, com o objetivo de proporcionar tratamentos com efeitos céleres e duradouros, e até servir como biomarcador de diagnóstico precoce.

Este projeto inclui metodologias como engenharia genética, fotometria de fibra, transcriptómica e combina sistemas in vivo e in vitro. O estudo inclui a analise de amostras de pacientes do Reino Unido, Suécia, Portugal, Grécia, França e Turquia. A investigação é coordenada pela equipa Brain Circuits and Neuron-Glia Adaptations do ICVS da UMinho e conta com a colaboração de Sandrine Thuret, do King's College London (Reino Unido).

A Wellcome apoia a investigação que promove a compreensão da vida, da saúde e do bem-estar, com foco em três áreas principais: saúde mental, doenças infeciosas e o impacto das alterações climáticas na saúde. O programa “Mental Health - Advancing Target Validation for Novel Mental Health Drug Discovery” visa apoiar projetos científicos que identifiquem novos alvos para o tratamento precoce de doenças mentais, como ansiedade, depressão e/ou psicose.

 

Estudo revela
O cérebro é um dos órgãos mais misteriosos do corpo humano, permanecendo ainda sem respostas várias questões, nomeadamente...

Neste novo estudo – desenvolvido no âmbito do projeto ContentMap, liderado pela UC e financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC, na sigla em inglês), publicado na revista científica NeuroImage – é introduzido o conceito de mapas conteudotópicos, mapas cerebrais que demonstram como diferentes categorias de informação são organizadas espacialmente no cérebro.

Estes mapas “revelam de que forma o cérebro codifica espacialmente informação – por exemplo, a forma como agarramos e manipulamos ferramentas – e organiza o conhecimento sobre objetos em padrões contínuos, semelhantes a mapas geográficos, ao longo do córtex cerebral”, revela o coordenador da investigação, Jorge Almeida.

O neurocientista clarifica que descobriram que “a informação relacionada com objetos não está distribuída aleatoriamente; pelo contrário, está organizada em mapas estruturados – os referidos mapas conteudotópicos – onde regiões vizinhas do córtex representam objetos com propriedades semelhantes”. “À medida que nos deslocamos pela superfície cerebral, podemos observar uma transição suave e contínua na forma como diferentes aspetos destas propriedades dos objetos são representados”, acrescenta o docente e investigador da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC (FPCEUC) e do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC), que coordena também o Proaction Lab.

Esta descoberta foi espoletada por uma questão: como é que o nosso cérebro sabe que uma caneca é usada para beber, que um martelo serve para martelar e que uma chave encaixa numa fechadura? Embora pareça um processo aparentemente simples, a verdade é que o nosso cérebro precisa de processar diferentes informações: o formato do objeto, o material do objeto e a função do objeto, por exemplo.

Para desvendar este processo, a equipa de investigação usou ressonância magnética funcional (fMRI), uma técnica que permite a recolha de imagens do cérebro com precisão, procurando “perceber como é que o cérebro dos participantes neste estudo processava uma sequência de objetos manipuláveis, apresentados visualmente e ordenados segundo dimensões definidas em estudos anteriores que a nossa equipa realizou”, contextualiza o neurocientista. Depois desta etapa, a equipa de investigação utilizou técnicas de análise de dados avançadas para detetar como a atividade cerebral mudou sistematicamente com diferentes níveis destas dimensões relacionadas com os objetos.

Este trabalho com os participantes conseguiu demonstrar que “os mapas conteudotópicos são contínuos, sendo consistentes entre participantes, uma vez que os mapas de um indivíduo podem ser previstos a partir dos mapas de outros”, destaca Jorge Almeida. Estes mapas “são independentes para cada dimensão, o que significa há mapas distintos para diferentes propriedades de objetos; e são também independentes de características sensoriais simples, já que mapas puramente sensoriais não conseguem explicar completamente estes mapas relativos aos objetos que utilizamos”, partilha ainda o neurocientista.

Isto revela que “o cérebro prefere organizar a informação de forma a aumentar a eficiência neural”, diz Jorge Almeida. "Tal como os mapas geográficos transmitem de forma eficiente informação complexa sobre o ambiente, estes mapas topográficos do cérebro fornecem leituras rápidas e eficazes do processamento de informação em cada área cerebral," acrescenta.

Jorge Almeida sublinha ainda a relevância destes mapas para a flexibilidade cognitiva, uma vez que “permitem ao cérebro distinguir entre objetos enquanto generaliza para objetos semelhantes – uma característica fundamental da inteligência humana”.

Para o neurocientista, que há quase duas décadas se dedica ao estudo do cérebro, “estes resultados lançam nova luz sobre como a arquitetura interna do cérebro transforma a nossa experiência em conhecimento, revelando que os mesmos princípios de mapeamento que moldam a forma como vemos o mundo também podem sustentar a forma como o compreendemos”.

Jorge Almeida sublinha ainda a importância das descobertas feitas pela ciência fundamental para o avanço do conhecimento: “sem ciência fundamental, não é possível avançar para a ciência aplicável; precisamos de saber primeiro como funciona o cérebro antes de avançarmos para qualquer abordagem terapêutica”.

Este estudo contou ainda com a colaboração de outros cientistas da Universidade de Coimbra e da Universidade de Glasgow.

O artigo científico Contentopic mapping in ventral and dorsal association cortex: the topographical organization of manipulable object informations (Mapeamento de conteúdos no córtex de associação ventral e dorsal: a organização topográfica da informação sobre objetos manipuláveis, em português) está disponível em https://doi.org/10.1016/j.neuroimage.2025.121514.

 

22 de outubro | Dia Mundial da Gaguez
Em outubro assinala-se o dia mundial de sensibilização para a gaguez.

O que é a gaguez

A gaguez é uma perturbação da fluência da fala, em que o discurso é interrompido por repetições de sons/sílabas, prolongamentos, pausas ou bloqueios mesmo sabendo o que se quer dizer.

 

Como se manifesta

  • Repetições de sons/sílabas por ex.: ca-ca-cavalo, eu-eu-eu vou
  • Prolongamentos de sons e silabas por ex.: ...eeeera
  • Bloqueios, o som é interrompido, pausas inesperadas
  • Tensão muscular visível no rosto e pescoço ao tentar falar, por ex.: piscar olhos 
  • Circunlóquios, substituições de palavras difíceis por outras

 

Causas

  • Neurológica, envolve áreas cerebrais responsáveis pelo processamento da fala
  • Genética, histórico familiar presente em cerca de 60% dos casos
  • Fatores ambientais e psicossociais, o meio e o grau de desenvolvimento linguístico pode influenciar a severidade da gaguez

 

Prevalência

  • Existem 100 mil gagos no país.
  • Há mais casos nos rapazes do que nas raparigas
  • Existe uma gaguez transitória entre os 2 e 5 anos, a criança apresenta sinais já supracitados, estes não devem durar mais do que 6 meses, sinal de alerta se em simultâneo houver comportamentos associados (tensão muscular rosto e pescoço)

 

Impacto na vida 

  • Dificuldade na comunicação
  • Impacto emocional
  • Redução de autoestima
  • Isolamento social 

 

Cura

Não há, o terapeuta pode ajudar a adquirir estratégias para diminuir os fatores que estão a interferir no discurso.

 

Quando procurar ajuda

Se a persistência dos sinais for repetitiva e houver sinais de tensão muscular associado enquanto tenta falar, deve procurar um terapeuta da fala.

 

Como lidar

  • Atitude positiva 
  • Não dizer à pessoa para falar devagar
  • Não termine as palavras nem fale pela pessoa
  • Fale com a pessoa devagar
  • Mostre que está atento ao conteúdo da mensagem

 

Os gagos não gaguejam enquanto cantam

Porque a atividade do canto envolve áreas cerebrais diferentes dos mecanismos motores da fala.

Além de que o canto é mais automático e reduz a necessidade do processamento da fala.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conferência Egas Moniz Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) organiza, no próximo dia 24 de outubro, na Aula Magna da FMUL, a...

“A história e a herança científica da nossa faculdade estão profundamente ligadas à figura de Egas Moniz, cuja contribuição para a medicina e para o ensino continua a inspirar gerações. Esta conferência é uma oportunidade de reflexão sobre o seu trabalho”, afirma João Eurico da Fonseca, diretor da FMUL.

O encontro, inserido nas comemorações do Bicentenário da Instituição, reunirá especialistas nacionais e internacionais com o objetivo de revisitar a obra de Egas Moniz e refletir sobre a atualidade e a pertinência do seu legado científico. As confirmações incluem Michel Thiebaut de Schotten, da Universidade de Bordéus, França; Joachim Krauss, da Faculdade de Medicina de Hannover, Alemanha; Albino Maia, da Fundação Champalimaud; Marcelo Mendonça da Fundação Champalimaud; Begona Cattoni, do Serviço de Neurocirurgia na ULS Santa Maria; entre outros.

O programa inclui mesas-redondas e intervenções sobre vários aspetos da vida e trabalho do cientista português, entre as quais: “Egas Moniz – Médico, Professor, Político e Escritor”; “Egas Moniz e a Escola Portuguesa da Angiografia”; “A história da descoberta da angiografia”, “O legado de Egas Muniz”; “Leucotomia: os lobos frontais e a psicocirurgia”; “O desenvolvimento da Leucotomia e o Prémio Nobel”.

Egas Moniz foi o primeiro, e até hoje o único, português a receber o Prémio Nobel da Medicina. Médico, neurologista, cientista, professor catedrático e político, foi uma figura ímpar e incontornável da neurologia e da neurocirurgia portuguesas.

Para mais informações, consulte: https://www.medicina.ulisboa.pt/conferencia-egas-moniz-premio-nobel-da-fisiologia-ou-medicina

 

Opinião
“Novas descobertas mostram que o som vai muito além do ouvido: ele altera células, influencia genes

Há sons que escutamos com os ouvidos.

E há outros — mais subtis, mais íntimos — que o corpo inteiro sente.

Durante décadas pensámos que o som era apenas um fenómeno acústico, uma vibração que atravessa o ar até chegar ao ouvido interno. Mas a ciência do século XXI está a revelar algo surpreendente: o som é também uma força biológica, capaz de influenciar as nossas células, genes e emoções de formas que só agora começamos a compreender.

 

Quando o corpo “ouve”: o som que toca as células

Investigadores da Universidade de Kyoto, no Japão, colocaram recentemente células vivas sobre uma placa vibratória e expuseram-nas a diferentes frequências sonoras. O resultado foi extraordinário: 190 genes alteraram a sua expressão — alguns “ligaram-se”, outros “desligaram-se” — apenas em resposta ao som.

Sem químicos, sem cirurgia, sem contacto físico. Apenas vibração.

Mais ainda: em células precursoras de gordura, as ondas sonoras bloquearam a formação de adipócitos (as células que armazenam gordura). Noutras, modificaram a estrutura e o movimento.

Este estudo, que marca o nascimento de uma nova disciplina — a mecanobiologia acústica — demonstra que as nossas células não são surdas. Elas escutam o mundo à sua maneira, reagindo mecanicamente a cada impulso vibratório.

Não é misticismo; é física aplicada à biologia.

O som é feito de ondas de pressão, e essas ondas atravessam tecidos, órgãos e fluidos corporais. A cada batida, a cada nota, o corpo inteiro ressoa — uma verdadeira orquestra molecular em movimento.

 

O poder terapêutico da música: da ciência ao coração

Mas o fenómeno não se limita às células. A música — a forma mais elaborada e emocional do som — atua directamente no cérebro humano.

Numerosos estudos clínicos demonstram que a musicoterapia reduz a ansiedade, alivia a dor, regula o humor e até melhora funções cognitivas em doenças como o Alzheimer, Parkinson ou após AVC.

Quando ouvimos música, ativam-se simultaneamente áreas cerebrais ligadas à emoção, à memória, ao movimento e à recompensa. O cérebro liberta dopamina e endorfinas, enquanto o cortisol — a hormona do stress — diminui.

É por isso que, perante uma melodia que nos comove, o coração abranda, a respiração se ajusta e a tensão arterial desce.

A Organização Mundial da Saúde reconhece oficialmente o papel das artes — e em especial da música — na promoção da saúde mental e do bem-estar.

Em hospitais, unidades de cuidados paliativos e centros de reabilitação de vários países, a musicoterapia já faz parte das equipas multidisciplinares.

 

Beethoven e a biologia da emoção

Entre os compositores mais estudados, Beethoven ocupa um lugar especial.

As suas obras, densas e emocionais, exercem um efeito quase universal. Movimentos como o Adagio da Sonata “Pathétique” ou a Sexta Sinfonia (“Pastoral”) induzem relaxamento profundo e coerência cardíaca; outros, como a Ode à Alegria, elevam o humor e despertam vitalidade.

Estudos de neurociência mostram que músicas com estrutura harmónica complexa e contrastes dinâmicos, típicas de Beethoven, favorecem a sincronização neuronal, melhoram a atenção e podem reduzir crises epilépticas — fenómeno semelhante ao chamado efeito Mozart.

Em doentes com demência, essas mesmas obras ajudam a resgatar memórias e emoções esquecidas.

Beethoven, que compôs as suas sinfonias mais sublimes depois de perder a audição, continua assim a “falar” directamente às células e à alma de quem o ouve.

 

Uma nova era: a medicina do som

Estas descobertas abrem caminho para o que muitos investigadores chamam já de “medicina vibracional de precisão” — terapias baseadas em ondas sonoras, capazes de modular tecidos e processos biológicos sem recorrer a fármacos invasivos.

Imaginemos, por exemplo:

Frequências específicas para estimular regeneração celular;

Vibrações sonoras para reduzir inflamações;

Ritmos cuidadosamente modulados para restaurar o equilíbrio neurovegetativo.

Pode soar futurista, mas a tecnologia médica já caminha nesse sentido.

O ultrassom terapêutico é hoje usado para acelerar a cicatrização de feridas e tratar dores musculares; a neuroestimulação acústica está a ser testada em depressão resistente; e experiências com sonogenética procuram ativar genes sensíveis ao som — sem tocar no corpo.

 

O som é uma linguagem universal

Se o som molda células e emoções, então cuidar do ambiente sonoro é cuidar da saúde.

Vivemos rodeados de ruído — nas cidades, nos transportes, até em casa. O excesso de som desordenado provoca stress, fadiga, ansiedade e até doenças cardiovasculares.

Mas o som pode também ser cura, equilíbrio e beleza — quando o usamos com consciência.

Precisamos de uma nova cultura do ouvir: escutar o silêncio, valorizar a harmonia, respeitar a vibração natural dos espaços e das pessoas.

O som não é apenas entretenimento: é energia vital.

 

Da ciência à consciência

A Semana do Som convida-nos a redescobrir o poder vibrante e transformador que nos envolve desde o primeiro batimento do coração.

Cada célula, cada órgão, cada emoção tem a sua frequência.

Talvez, no fundo, sejamos todos parte de uma mesma sinfonia biológica — onde a ciência, a arte e a vida se encontram em perfeita ressonância.

 

E se é verdade que “tudo o que existe vibra”, então talvez a saúde comece quando aprendemos a escutar melhor.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prevenir a osteoporose é urgente
No Dia Mundial da Osteoporose, a Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) alerta: a saúde óssea é um desafio crescente e...

Portugal é o quarto país mais envelhecido do mundo e já regista cerca de 40.000 fraturas por ano devido à osteoporose, uma doença silenciosa que enfraquece os ossos e compromete a autonomia. Estima-se que 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofra pelo menos uma fratura osteoporótica ao longo da vida. Se nada for feito, a projeção para 2050 indica um aumento de 32% nas fraturas, o que representa mais de 12.000 casos adicionais por ano, colocando em risco milhares de portugueses e uma ainda maior pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde. Estes números reforçam a urgência de adotar hábitos de vida saudáveis desde a infância e estratégias de prevenção ao longo de toda a vida.

“O envelhecimento não é uma coisa de velhos, é uma coisa da vida que se deve preparar, como tudo na vida”, sublinha Henrique Barros, professor catedrático de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e presidente do Instituto de Saúde Pública da mesma instituição, no 12º Encontro científico APO que decorreu este fim de semana, e que incidiu no Envelhecimento Ativo e Saudável e nos três pilares essenciais na prevenção da Osteoporose - nutrição, exercício físico e prevenção, e pico de massa óssea.

A APO promove ainda ações práticas junto da comunidade, tornando a prevenção tangível. Antecipando o Dia Mundial da Osteoporose promoveu, este domingo, sessões informativas e rastreios gratuitos, que terão continuidade nos dias 31 outubro e 1 de novembro, na Alfândega do Porto, integrados na Feira do Desporto, e culmina com a simbólica Corrida e Caminhada dos Ossos Saudáveis, celebrando vitalidade e mobilidade em todas as idades.  

 

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