Estudo revela
Num tempo marcado pela proliferação de informações nas redes sociais e pelo crescimento do comércio online, os portugueses...

De acordo com os dados recolhidos no novo estudo realizado pelo Produto do Ano, quase metade dos inquiridos (50%) compra produtos farmacêuticos todos os meses, enquanto 25% fá-lo apenas quando necessário. 18% dos inquiridos compra quinzenalmente.  

A confiança nos produtos vendidos em farmácia é elevada, com uma média de 4,43 (numa escala de 1 a 5 - onde 1 significa "Nenhuma confiança" e 5 “Total confiança"), e assenta essencialmente na recomendação médica ou farmacêutica, fator apontado por 70% dos inquiridos como determinante na escolha. Seguem-se a certificação por entidades reguladoras (13%) e o preço acessível (8%).  

No que diz respeito aos hábitos de consumo consciente, 56% dos inquiridos afirmou verificar sempre a data de validade e a bula antes de tomar medicamentos. 35% assuem que apenas às vezes, enquanto 9% admite fazê-lo raramente.

A opinião sobre a fiscalização e controlo de qualidade dos produtos farmacêuticos é globalmente positiva: 43% considera-a muito rigorosa e eficaz e 42% reconhece rigor, embora com margem de melhoria. Apenas 4% avalia o controlo como pouco rigoroso. 

“Olhe pelas suas Costas”
Campanha “Olhe pelas suas Costas” alerta para impacto do peso excessivo das mochilas escolares na saúde da coluna.

No arranque de mais um ano letivo, a campanha “Olhe pelas suas Costas”, iniciativa dedicada à prevenção e sensibilização para as dores nas costas, alerta para um problema cada vez mais frequente entre crianças e adolescentes, o transporte diário de mochilas escolares com excesso de peso.

Segundo Rui Duarte, médico ortopedista e coordenador da campanha Olhe pelas Suas Costas: “Na hora de escolher uma mochila, os pais devem considerar vários fatores. A mochila deve ser leve quando está vazia, ter alças largas, acolchoadas e ajustáveis, bem como uma faixa de apoio lombar para ajudar a distribuir o peso. A mochila não deve ultrapassar 10% a 15% do peso corporal da criança. Deve ainda ser proporcional ao tamanho da criança, sem ser maior que o seu tronco”.

E acrescenta: “Além de escolher a mochila adequada, é importante ensinar as crianças a distribuírem o peso de forma equilibrada dentro da mochila, utilizando ambos os ombros para carregar a mochila e ajustando as alças para que a mochila fique próxima ao corpo. Os objetos mais pesados devem estar colocados mais próximos da coluna. Evitar o transporte de materiais desnecessários também é crucial. Quanto à postura, os pais e educadores devem promover a importância de uma postura correta, tanto na sala de aula como em casa, e incentivar pausas regulares durante os períodos de estudo para evitar longas horas numa posição sedentária.”, conclui Rui Duarte.

Os pais devem estar atentos a sinais como dores nas costas, ombros ou pescoço, alterações na postura (por exemplo, inclinação para a frente), marcas vermelhas nos ombros causadas pelas alças da mochila, dificuldades em colocar ou retirar a mochila, assim como queixas frequentes de cansaço ou desconforto. Se a criança começar a evitar carregar a mochila, ou a queixar-se frequentemente, é importante investigar a causa.

A campanha reforça que mochilas leves, bem ajustadas e usadas corretamente são a chave para proteger não apenas a postura e a saúde da coluna, mas também a qualidade de vida das crianças no futuro.

 

Dia Mundial do Coração assinala-se a 29 de setembro
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) volta a comemorar o Dia Mundial do Coração, que se assinala...

De acordo com Joana Delgado Silva, presidente da APIC, “esta iniciativa é uma oportunidade para reforçarmos junto da população a importância da prevenção das doenças cardiovasculares. As últimas edições foram muito participadas, pelo que nesta terceira edição vamos voltar a reunir doentes, famílias e profissionais de saúde em torno de um objetivo comum: reduzir o impacto das doenças cardiovasculares em Portugal, ao falar da atuação correta da população em caso de sintomas sugestivos de Enfarte Agudo do Miocárdio, bem como da importância da Reabilitação Cardíaca pós-Enfarte Agudo do Miocárdio”.

A caminhada nacional “Rehab for life – Passo a passo por um coração saudável” é uma iniciativa da APIC, que teve início em 2023, e que conta com o apoio do Grupo de Estudo da Reabilitação Cardíaca (GEFERC), da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC). Desta farão parte todos os hospitais públicos que integram a via verde coronária e que têm programas de reabilitação cardíaca ativos.

Os participantes serão sobretudo doentes pós-Enfarte Agudo do Miocárdio, porém, a iniciativa está aberta a todos os doentes cardíacos que integram programas de reabilitação.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo. Após um enfarte, o comportamento e os cuidados pós-enfarte são cruciais para a recuperação e prevenção de futuros problemas cardíacos.

Podcast
O novo episódio do podcast “À Conversa sobre Diálise” recebe Pedro Caetano, doente renal crónico que vive há 38 anos em...

Diagnosticado ainda em criança, após uma pneumonia que afetou irreversivelmente os rins, iniciou tratamentos de hemodiálise aos oito anos de idade. Aos 11, recebeu um transplante renal, mas o corpo rejeitou o órgão, obrigando-o a regressar à hemodiálise apenas um ano e meio depois.

No episódio, Pedro Caetano fala abertamente sobre a sua decisão de, por agora, não se submeter a um novo transplante. Ainda assim, reforça que essa escolha não o impede de ter uma vida ativa, contrariando muitos dos estigmas associados à doença renal crónica.

“A pessoa que entra em hemodiálise não acabou a vida, tem é que recomeçar. Olhar para a vida de uma outra forma! Isto não é um acabar, é um recomeçar”, refere.

Pedro destaca também as melhorias nas unidades de diálise, referindo a evolução da tecnologia e da medicação ao longo dos anos. Embora nunca tenha recorrido a apoio psicológico, graças ao suporte familiar, reconhece a importância deste acompanhamento e recomenda-o a outros doentes.

No final do episódio, apresenta o movimento “Acredita+ e Segue”, uma iniciativa que visa apoiar pessoas com doença renal crónica na sua reintegração no mercado de trabalho, promovendo a autonomia e a autoestima.

O podcast “À conversa sobre Diálise” comemora o 40.º aniversário da ANADIAL e tem como objetivo abordar a evolução do tratamento da doença renal crónica ao longo das últimas quatro décadas. Convida mensalmente um especialista para debater temas relevantes para doentes renais, profissionais de saúde e o público em geral.

O episódio já está disponível nas plataformas YouTube e Spotify

 

Opinião
O Dia Internacional das Lesões da Coluna Vertebral celebra-se, desde 2016, a 5 de setembro, por inic

Em Portugal, continuam a existir obstáculos significativos neste percurso. O acesso célere e adequado aos cuidados hospitalares após uma lesão vertebromedular é limitado, e a continuidade de cuidados, particularmente no que diz respeito à reabilitação, está longe de ser garantida. São ainda poucos os hospitais com equipas preparadas e disponíveis 24 horas por dia para responder a este tipo de trauma específico. Além disso, a referenciação dos doentes para centros especializados revela-se muitas vezes complexa, dependente de vagas que não estão prontamente disponíveis, o que obriga a prolongar a permanência hospitalar em unidades que não têm, por norma, os recursos ideais para assegurar uma reabilitação adequada. Isto implica uma ocupação prolongada de camas cirúrgicas, com impacto direto na resposta hospitalar global e na recuperação dos doentes.

Apesar dos esforços contínuos das administrações hospitalares e dos profissionais de saúde, que fazem o melhor possível com os meios disponíveis, a verdade é que é necessário fazer mais. É essencial que haja um reforço do investimento nesta área crítica, mas também um maior envolvimento da sociedade civil. Todos nós podemos contribuir, seja através do apoio financeiro a associações de hospitais e centros de reabilitação, seja pelo voluntariado junto dos doentes ou, de forma ainda mais impactante, promovendo a consciencialização para comportamentos de risco que podem ser evitados.

A prevenção continua a ser a forma mais eficaz de reduzir o número de lesões da coluna vertebral. Pequenas atitudes no quotidiano fazem toda a diferença. Na condução, é fundamental cumprir as regras de segurança rodoviária, respeitando os limites de velocidade, utilizando sempre o cinto de segurança e evitando o uso do telemóvel. No verão, os mergulhos são uma das principais causas de lesões graves na coluna, e devem ser sempre feitos com precaução: é indispensável verificar a profundidade da água, evitar saltos em zonas desconhecidas ou com visibilidade reduzida, e nunca consumir bebidas alcoólicas antes de mergulhar. No mar, deve entrar-se sempre de forma progressiva, e nas piscinas é importante escolher bem o local e cumprir todas as indicações de segurança.

Outro aspeto essencial prende-se com a prevenção de quedas, sobretudo entre a população mais idosa, onde a osteoporose aumenta a fragilidade óssea. Medidas simples como retirar tapetes soltos, substituir banheiras por bases de duche ou evitar subir a bancos ou móveis altos podem prevenir acidentes. Também em ambientes rurais, é importante evitar subidas a árvores. Em casos de marcha instável, o recurso a auxiliares como bengalas ou andarilhos deve ser incentivado, e escadas ou degraus devem merecer atenção redobrada.

Importa ainda lembrar que nenhum traumatismo deve ser desvalorizado. Se as queixas persistirem após uma queda ou acidente, deve procurar-se apoio médico especializado, de forma a garantir um diagnóstico precoce e evitar agravamentos. Paralelamente, manter uma vida ativa é um dos melhores investimentos na saúde da coluna. A prática regular de exercício físico, adequado à idade e à condição física de cada pessoa, contribui para o fortalecimento muscular e a mobilidade das articulações. Entre os mais velhos, atividades como caminhadas, pilates ou hidroginástica são particularmente benéficas, promovendo não só a saúde física, mas também o bem-estar geral.

Neste Dia Internacional das Lesões da Coluna Vertebral, o apelo é claro: é urgente apostar mais na prevenção, no acesso equitativo aos cuidados e na promoção de uma cultura de responsabilidade partilhada. Cuidar da coluna é, afinal, cuidar da nossa qualidade de vida.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
UMinho
Gercílio Chichava denuncia ausência de regulamentação e perigos para a saúde pública em Moçambique.

A produção artesanal de aguardentes em Moçambique pode representar um sério risco para a saúde pública. A conclusão é de Gercílio Luís Chichava, que analisou na Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) amostras de aguardente tradicional – nipa, sope ou xindere – recolhidas nas províncias de Manica, Sofala e Gaza.

Produzidas sem regulamentação, controlo e garantia de segurança, aquelas bebidas apresentaram níveis elevados de cobre, um metal que, se ingerido em excesso, pode causar problemas neurológicos, hepáticos e renais. “Quem as consome tem em geral bochechas inchadas, irritações nos olhos e na pele, envelhece depressa e já não trabalha para sustentar a família, mas para obter bebida”, referiu o investigador, nos laboratórios do Departamento de Química da ECUM, vindo ao abrigo do Programa Erasmus+.

Aquelas aguardentes são frequentemente produzidas em tambores corroídos, com utensílios contaminados, água não tratada e resíduos alimentares, o que contribui para elevados níveis de contaminação química e microbiológica, explicou. A ausência de um procedimento padronizado leva a que cada produtor utilize proporções variáveis de ingredientes – como cana-de-açúcar, melaço, caju ou outras frutas e restos de comida –, para “acelerar a fermentação e aumentar o teor alcoólico”.

Os limites legais recomendados de álcool no produto final, que devem variar entre 37,5% e 50%, dependendo da origem da aguardente, não são respeitados em geral. “Analisei aguardentes com teores fora deste intervalo”, explicou o autor de 21 anos, que foi tutorado pela professora Dulce Geraldo.

 

Aprovado com 20 valores

Proveniente de uma família de baixo poder económico, Gercílio foi criado pela mãe, professora do ensino básico, de quem herdou uma forte determinação para estudar. Aos 5 anos já a acompanhava até à escola onde esta trabalhava e depressa se destacou como excelente aluno. Para ajudar a custear os estudos, realizava pequenos trabalhos e vendia esteiras artesanais. Já no ensino superior, dava explicações a colegas em troca do empréstimo de um computador ou de algum dinheiro para comida. “Sei o que é passar o dia sem saber o que ia comer”, relatou.

Apesar dos contratempos, foi distinguido três vezes como o melhor estudante da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Púnguè. Conseguiu depois uma bolsa de mobilidade na UMinho para fazer o projeto de investigação da sua licenciatura em Ensino de Química. Obteve a nota máxima (20 valores) ao apresentar a monografia “Qualidade das Aguardentes Artesanais Moçambicanas (Nipas): Caracterização Físico-Química e Determinação Eletroanalítica de Cu(II)”.

“O que verdadeiramente distingue o Gercílio é o seu espírito resiliente e a sua postura inabalável perante as dificuldades”, afirmou Dulce Geraldo, para acrescentar: “Nunca se negou a um desafio, por mais exigente que fosse e aceitou sempre o que lhe foi pedido, com entusiasmo e responsabilidade, é um vencedor”.

Em Braga, o jovem participou ainda em jornadas científicas e com comunicações orais, reforçando o percurso académico. “Estar aqui resulta de muita fé, persistência e gratidão à minha mãe, que fez tudo para eu estudar”, afirmou. Gercílio Chichava já regressou às origens, mas espera voltar em breve, com uma bolsa de estudos, para prosseguir a formação na ECUM.

 

UMinho
Agostinho Carvalho obteve 450 mil dólares de uma fundação dos EUA para estudar esta doença inflamatória rara.

O investigador Agostinho Carvalho, da Universidade do Minho, garantiu um financiamento superior a 450 mil dólares (cerca de 390 mil euros) da Ann Theodore Foundation, dos EUA, para liderar um estudo de dois anos focado nos mecanismos da sarcoidose, uma doença inflamatória rara e ainda mal compreendida, que afeta por ano até 40 em cada 100.000 pessoas no mundo.

A pesquisa está a ser realizada no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da UMinho, em estreita colaboração com o pneumologista Hélder Bastos e o consórcio FIBRALUNG, que em Portugal é o maior registo de doentes e maior biobanco dedicado a doenças pulmonares intersticiais.

O novo projeto avaliará como os macrófagos (células do sistema imunitário) mudam de comportamento na resposta a certas agressões, como bactérias ou partículas estranhas. Ou seja, esses macrófagos decidem aglomerar-se como barreira e isso gera inflamação, que pode ser crónica e grave. Os cientistas vão atentar em especial ao papel de pequenas “bolsas” no interior dos macrófagos que engolem e digerem as partículas estranhas. A ideia é perceber se a dinâmica das “bolsas” impacta o funcionamento daquelas células do sistema imunitário e, nesse sentido, o desenvolvimento da inflamação que causa a sarcoidose.

“Através da combinação de modelos celulares, metodologias de ponta e amostras de doentes, pretendemos clarificar como estes mecanismos influenciam o início e a evolução clínica da sarcoidose”, explica Agostinho Carvalho. Esta doença rara apresenta sintomas como fadiga persistente, falta de ar, tosse, febre, perda de peso e inchaço dos glânglios. Como afeta em geral pessoas em idade ativa e compromete a sua qualidade de vida, o impacto socioeconómico sublinha a importância de continuar a investir na investigação.

 

Referência na imunogenética

Agostinho Carvalho obteve financiamento através da “Breakthrough Sarcoidosis Initiative”, promovida pela Ann Theodore Foundation, em parceria com o Milken Institute. Este programa apoia desde 2021 os melhores projetos interdisciplinares submetidos por candidatos de todo o mundo que visam identificar as causas, a variabilidade e possíveis tratamentos da sarcoidose, recorrendo a métodos avançados. Neste âmbito, a escolha do projeto do ICVS reforça a crescente projeção internacional da UMinho na ciência biomédica translacional, nomeadamente em imunologia e doenças inflamatórias crónicas.

Agostinho Carvalho tem 45 anos e é natural de Fafe. Doutorou-se em Ciências da Saúde pela UMinho e pós-doutorou-se pela Universidade de Perugia (Itália), regressando em 2014 ao ICVS, no qual é vice-diretor e investigador principal. Soma 150 publicações científicas, uma patente e o Prémio Jon van Rood pelos seus contributos na imunogenética. Já obteve bolsas do Programa Horizonte 2020, da Fundação "la Caixa", da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e até da indústria, como a Gilead e a Mérieux. Está no conselho editorial de diversas revistas e foi consultor de agências ligadas à Comissão Europeia e a vários países, como o Wellcome Trust (Inglaterra) e a Agence Nationale de la Recherche (França).

Interrogation of the immune-microenvironment of T-cell malignancies
É com o objetivo central de melhorar o diagnóstico/prognóstico e, consequentemente, o tratamento de leucemias/linfomas de...

Atualmente, perante a raridade e heterogeneidade dos linfomas de células T maduras – que surgem de mutações que ocorrem neste tipo de glóbulo branco, que tem um papel crucial na defesa do organismo –, “as abordagens terapêuticas existentes revelam-se frequentemente inadequadas no que diz respeito às caraterísticas biológicas específicas dos diferentes subgrupos de linfomas de células T maduras, não permitindo o controlo da doença a longo prazo”, explica a equipa de investigação do ImmuneT-ME, que em Portugal é liderada pela docente e investigadora da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), Ana Bela Sarmento Ribeiro.

Neste contexto, em que não há evidente melhoria da terapêutica para este tipo de linfoma raro –que pode ter vários subgrupos – este projeto “pretende identificar e validar novos biomarcadores e alvos terapêuticos clinicamente direcionáveis ao microambiente tumoral imunológico deste tipo de linfoma, com vista ao desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas na medicina personalizada/precisão – procurando diagnosticar, monitorizar e tratar a doença -  em função das características de cada pessoa”, avançam os investigadores.

Em Portugal, será efetuada a validação em amostras de doentes dos potenciais biomarcadores identificados por outros parceiros do consórcio, e serão desenvolvidas metodologias aplicáveis à prática clínica com vista à sua implementação clínica.

O ImmuneT-ME – que está em curso até abril de 2028 – é liderado pela Universidade de Leipzig (Alemanha), contando, além da UC, com a participação de mais seis instituições oriundas de cinco países. Em Portugal, tem também a colaboração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra e do Instituto Portugal de Oncologia (IPO) de Lisboa. É financiado pela EP PerMed – Parceria Europeia para a Medicina Personalizada, sendo o financiamento nacional atribuído pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

A equipa clínica e de investigação do projeto inclui médicos especialistas em hematologia, anatomia patológica e imunologia, e ainda investigadores na área da biologia/genética e bioinformática, e associações de representantes de doentes, “representando uma oportunidade única para o estudo das leucemias/linfomas de células T maduras”, sublinha a equipa do ImmuneT-ME.

Integram a equipa portuguesa do ImmuneT-ME: Ana Bela Sarmento Ribeiro, Ana Cristina Gonçalves, Raquel Alves e Catarina Geraldes, da FMUC; Marília Gomes e Sara Petronilho, da ULS Coimbra; e Maria Gomes da Silva, José Cabeçadas e Sara da Mata, do IPO Lisboa.

 

AEPAD
Acaba de ser criada em Portugal, uma Associação que surge com o propósito de defender e representar o setor privado de cuidados...

Num contexto de envelhecimento acelerado da população e crescente pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o apoio domiciliário é hoje uma resposta estratégica às novas necessidades de cuidados continuados e hospitalização no domicílio. Empresas privadas certificadas e devidamente licenciadas têm desempenhado um papel crucial ao proporcionar cuidados personalizados, próximos e eficazes, um contributo que agora ganha estrutura e representação institucional com a criação da AEPAD. 

A AEPAD nasce da urgência de dar voz, força e legitimidade a centenas de empresas que todos os dias cuidam de milhares de portugueses nas suas casas. Queremos ser mais do que uma associação: pretendemos ser um motor de transformação para o setor a nível nacional”, afirma Nuno Afonso, Presidente da AEPAD. 

A AEPAD é uma associação sem fins lucrativos que reúne prestadores privados de cuidados domiciliários, com a finalidade de representar o setor junto das autoridades públicas e reguladores, promover boas práticas, formação contínua e inovação, defender uma regulação justa e equilibrada, criar redes de partilha e cooperação entre os seus associados e reforçar a sustentabilidade dos cuidados domiciliários em Portugal.  

Atualmente, centenas de empresas privadas prestam cuidados a milhares de cidadãos em todo o país, empregando profissionais qualificados como auxiliares, enfermeiros e terapeutas. Contudo, enfrentam diversos desafios como ausência de reconhecimento institucional, concorrência informal, barreiras burocráticas e escasso apoio público. A AEPAD propõe-se a preencher esta lacuna, com uma atuação estruturada e ética.  

A esmagadora maioria da população idosa prefere permanecer no seu lar, perto da família e da comunidade. Os serviços domiciliários promovem não apenas maior conforto emocional, mas também resultados clínicos mais seguros e económicos. A AEPAD defende, por isso, a construção de uma rede mista e complementar entre setor público, privado e social, garantindo que envelhecer em casa seja uma escolha viável para todos. 

UMinho
Kindness & Care é primeira spin-off da Escola Superior de Enfermagem da UMinho e apoia 24h por dia o bem-estar integral de...

Chama-se Kindness & Care e é a nova spin-off (empresa académica) da Universidade do Minho. Parte dos recentes avanços na enfermagem para levar cuidados de saúde diferenciados a casa de pessoas idosas dependentes e dar ainda apoio direto às suas famílias. A equipa multidisciplinar está ao dispor 24 horas por dia e, para já, na região de Braga. Há mais detalhes em kindnesscare.pt.

Esta é a primeira spin-off da Escola Superior de Enfermagem da UMinho (ESE), o que reconhece o seu percurso de inovação e empreendedorismo, bem como os contributos para o impacto socioeconómico no território e o conhecimento científico e técnico nesta área. O novo projeto visa uma abordagem contínua, integrada e focada no bem-estar físico, emocional e social da pessoa, em aspetos como a reabilitação e gestão da vulnerabilidade, a capacitação de cuidadores e o desenvolvimento de metodologias para a melhoria da qualidade dos cuidados e da tomada de decisão clínica.

O estatuto de spin-off foi agora atribuído pela vice-reitora para a Investigação e Inovação, Sandra Paiva, numa sessão que contou também com os mentores da jovem empresa, Cláudia Augusto e Armando Augusto, e a coordenadora de Empreendedorismo da TecMinho, Clara Silva. O processo teve pareceres positivos prévios dos professores Fernando Petronilho e Manuela Machado, da ESE, e da diretora do Centro de Investigação em Enfermagem, Rafaela Rosário.

No desenvolvimento do projeto, a equipa fundadora participou no Laboratório de Empresas da TecMinho (interface para a inovação e transferência de conhecimento da UMinho), o que permitiu validar o modelo de negócio, apoiar a estruturação da proposta de valor e identificar necessidades do mercado. A UMinho tem meia centena de spin-offs nas mais diversas áreas, nomeadamente das engenharias e ciências.

 

Estudo
As microglias são células do sistema nervoso central, que assumem um papel essencial na defesa imunológica do cérebro,...

Perante o contributo vital destas células, uma equipa de investigação internacional, liderada pela investigadora da Universidade de Coimbra (UC) Vanessa Coelho-Santos, procurou perceber como é que se comportam ao longo da vida, desde o nascimento e durante o envelhecimento. Os cientistas conseguiram desvendar que, com o avançar da idade, as microglias se alteram e comportam de forma diferente perante lesões no cérebro, acreditando que as conclusões desta investigação podem abrir caminho a abordagens terapêuticas ajustadas à idade e ao tipo de lesão cerebral.

“Neste estudo, em modelo animal, usámos um laser de alta precisão para causar danos localizados no tecido cerebral e, com a mesma potência, simular lesões vasculares que bloqueiam temporariamente o fluxo sanguíneo. Isso permitiu comparar as respostas microgliais a diferentes tipos de lesão ao longo da vida, concluindo-se que a idade tem um impacto marcante na morfologia e dinâmica das microglias em resposta a diferentes tipos de lesões cerebrais”, explica Vanessa Coelho-Santos. “Esta variabilidade ajuda a explicar vulnerabilidades distintas ao longo da vida, como mecanismos associados a doenças do neurodesenvolvimento, quando há resposta inflamatória nas fases iniciais de vida, assim como défices de resposta em idades avançadas”, acrescenta a investigadora do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da UC.

Embora as microglias sejam determinantes para o funcionamento do cérebro, ainda há diversos aspetos sobre o seu comportamento ao longo do tempo que permanecem desconhecidos. Foi neste contexto que Vanessa Coelho-Santos – em conjunto com uma equipa do Seattle Children’s Research Institute [Instituto de Investigação Infantil de Seattle] – estudou “a evolução morfológica e funcional destas células, desde o nascimento até à idade sénior”. A equipa de investigação procurou ainda “caracterizar a resposta das microglias a duas formas de lesões localizadas, em diferentes idades ao longo da vida, um aspeto que até agora permanecia pouco explorado”, partilha a neurocientista.

Assim, neste estudo – que está agora publicado na revista científica Cell Reports – é revelado que, na idade adulta, as microglias são bastante eficazes na resposta a lesões. Já no período neonatal – os primeiros 28 dias de vida –, embora sejam mais dinâmicas, apresentam uma reação tardia e exagerada à lesão. Já no envelhecimento, as microglias perdem complexidade e respondem a lesões de forma mais lenta. “Ao percebermos como é que as microglias se distribuem e atuam na defesa do cérebro em diferentes fases da vida, acreditamos que podemos, futuramente, criar terapêuticas mais personalizadas”, remata Vanessa Coelho-Santos.

Esta investigação foi desenvolvida com recurso a uma técnica de captação de imagem de ponta, chamada microscopia de dois fotões, que permite captar imagens de alta resolução do cérebro ao longo do tempo.

O artigo científico Physiological and injury-indued microglial dynamics across the lifespan está disponível em www.cell.com/cell-reports/fulltext/S2211-1247(25)00762-4

 

Opinião
Já alguma vez sentiu que a comida “fica parada” no estômago durante horas após a refeição?

Quem pode ter gastroparésia?

Esta doença afeta maioritariamente mulheres entre os 40 e os 60 anos e pode ter várias causas: diabetes mal controlada (especialmente a tipo 1), algumas cirurgias abdominais (como bypass gástrico ou fundoplicatura), medicamentos que atrasam o esvaziamento gástrico (como opiáceos), doenças autoimunes ou neurológicas, entre outras. No entanto, em muitos casos, não se identifica nenhuma causa clara, denominando-se gastroparésia idiopática.

Sintomas e impacto

Os sintomas mais comuns incluem náuseas, vómitos (frequentemente de alimentos ainda mal digeridos), sensação precoce de saciedade, enfartamento após as refeições, inchaço abdominal e, por vezes, dor na parte superior do abdómen. Estes sintomas tendem a surgir em conjunto e podem ser persistentes ou flutuantes. Além do impacto físico, a gastroparésia afeta fortemente o bem-estar psicológico, a vida social e a produtividade profissional. Há estudos que comparam a sua carga emocional à da depressão ou de outras doenças crónicas graves.

Como se diagnostica?

O diagnóstico exige três condições fundamentais: (1) presença de sintomas típicos, (2) exclusão de obstrução mecânica, geralmente por endoscopia e imagiologia, e (3) comprovação de esvaziamento gástrico atrasado através de testes específicos — o mais comum é a cintigrafia de esvaziamento gástrico com uma refeição-padrão.

Como se trata?

O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Começa-se por mudanças na alimentação:

  • Refeições pequenas e frequentes;
  • Evitar gorduras e alimentos ricos em fibras insolúveis;
  • Preferir alimentos triturados, em puré ou líquidos;
  • Controlar rigorosamente a glicemia em doentes diabéticos;
  • Reduzir o consumo de álcool e evitar o tabaco.

Além disso, existem medicamentos que estimulam a motilidade gástrica (procinéticos) ou aliviam as náuseas (antieméticos). Contudo, cerca de um terço dos doentes não melhora com a medicação. Nestes casos mais graves, pode recorrer-se a sondas de alimentação, estimulação elétrica do estômago, cirurgia do piloro ou procedimentos endoscópicos inovadores como o G-POEM.

Um diagnóstico que merece atenção

Apesar de relativamente desconhecida, a gastroparésia é cada vez mais diagnosticada, em parte graças a uma maior sensibilização e melhores exames. Ainda assim, continua muitas vezes confundida com outras condições, como a dispepsia funcional. Se sofre de náuseas persistentes, vómitos recorrentes ou se sente “cheio” durante horas após comer, fale com o seu médico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a probabilidade de controlar os sintomas e recuperar qualidade de vida.

Agosto é o Mês da Consciencialização para a Gastroparésia. Saiba mais em www.saudedigestiva.pt.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Rafael Aroso
Rafael Aroso, investigador do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC),...

De acordo com o especialista, «a investigação propõe uma alternativa mais segura aos agentes de contraste atualmente utilizados, que recorrem ao gadolínio, um metal raro. Em alternativa, serão explorados compostos à base de ferro, um metal abundante, sustentável e biocompatível, com potencial para reduzir significativamente os riscos para os pacientes e melhorar a qualidade das imagens».

Integrado no projeto PRR–PRODUTECH R3 e a desenvolver investigação no Laboratório de Catálise & Química Fina do Centro de Química de Coimbra (CQC), coordenado por Mariette Pereira, Rafael Aroso irá colaborar, ao longo dos próximos dois anos, com a equipa do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Orleães (França), sob a orientação da professora e investigadora Eva Tóth.

«Este reconhecimento europeu reforça o papel de liderança da FCTUC e do CQC na investigação de soluções inovadoras e sustentáveis na área da saúde», conclui.

 

Opinião
A coluna vertebral é o “pilar” do corpo.

Estas lesões podem ser catastróficas e afetar todas as dimensões do indivíduo (física e psicologicamente, socialmente, profissionalmente e sexualmente). Como tal, devemos adotar medidas de prevenção, manter um estilo de vida saudável e fazer exercício físico regularmente.

As lesões da coluna vertebral podem ter origem em acidentes de viação, quedas, acidentes desportivos, desgaste, tumores, etc.

Dentro das lesões mais comuns da coluna vertebral destacam-se:

  • Hérnia discal
  • Fraturas
  • Estenose da coluna Vertebral
  • Espondilolistese
  • Discopatia

 

Hérnia discal

O disco é uma estrutura circular que está entre as vértebras, constituída por uma parte externa mais espessa (ânulo fibroso), que no seu interior contém um núcleo que é gelatinoso (núcleo pulposo) e tem como função permitir a mobilidade da coluna, bem como suportar a carga. Quando este anel fibroso rompe, a parte gelatinosa sai para dentro do canal medular e empurra a medula espinal ou o nervo. Consequentemente, causa dor cervical ou lombar forte, formigueiro nos membros, perda da sensibilidade e em casos graves perda da função motora. Quando as hérnias são na zona lombar e a dor irradia para perna, usamos o termo comum - ciática.

 

Fraturas

Resultam normalmente de acidentes de viação, quedas de altura e traumas desportivos. Não são mais do que fraturas nas peças ósseas que constituem a coluna - as vértebras. Não sei se vos disse que a coluna é formada por vértebras (osso) e entre elas estão os discos (a tal estrutura circular formada por um anel fibroso e um núcleo gelatinoso). As fraturas podem ser simples e não causar nenhuma lesão na medula espinal ou graves e causar lesões irreversíveis. Os sintomas podem variar entre dor, formigueiro, alterações sensitivas e alterações motoras, dependendo da severidade da fratura.

Estenose da coluna vertebral

É um aperto no canal que contém a medula espinal. Estão a ver quando uma mangueira tem um aperto e a água sai com menor intensidade? Passa-se o mesmo com o canal vertebral: fica estreito e a espinal medula sofre um aperto, causando sintomas como dor cervical ou lombar, dor irradiada para os membros, fraqueza muscular nos braços ou pernas e, em casos graves, alterações do equilíbrio. As causas são maioritariamente devido a um desgaste natural do envelhecimento, espessamento dos ligamentos da coluna vertebral e espondilolistese. No canal estenótico lombar, as queixas mais frequentes acontecem quando os doentes permanecem períodos prolongados em pé e têm necessidade de se sentar ou apoiar o tronco para diminuir os sintomas, ou após caminhadas de alguns minutos, iniciarem os sintomas e sentirem a necessidade de se sentarem.

Espondilolistese

Acontece quando uma vértebra “desliza” sobre a outra ou quando uma vértebra não está alinhada com a outra. Como a espondilolistese é uma das causas da estenose da coluna vertebral, os sintomas são muito semelhantes: dor, fraqueza muscular nos membros, formigueiros e sensação de instabilidade na coluna. As causas mais comuns são, desgaste dos discos vertebrais, desgaste das articulações das vértebras e alterações genéticas.

Discopatia

Ainda se lembram dos discos vertebrais e da sua anatomia? Os discos vertebrais algumas vezes “rompem” e causam hérnias discais, outras vezes vão sofrendo alterações degenerativas, ou seja, desgaste, como um amortecedor de um carro. Com o tempo, vão perdendo as suas propriedades de suporte e de mobilidade, o que causa dor crónica, mais comum na região lombar. Normalmente, a dor não irradia para os membros, não há formigueiro nem alterações da sensibilidade.

As lesões da coluna vertebral são muito frequentes na população e podem ser muito limitativas, tanto a nível físico como psicológico. Embora hoje em dia existam diversos procedimentos muito eficazes no tratamento destas lesões, a prevenção é a melhor forma de evitar este tipo de lesões. Manter um estilo de vida saudável, cumprir as normas e regras de trânsito, usar proteção adequada na prática desportiva e fazer exercício regularmente são os pilares fundamentais na prevenção de lesões da coluna vertebral.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
19 de setembro
APCL promove seminário sobre direitos e apoios para doentes hemato-oncológicos.
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) vai realizar, no dia 19 de setembro de 2025, às 18h00, o seminário “Direitos e Benefícios para Doentes Hemato-Oncológicos”, um encontro informativo e gratuito que pretende esclarecer doentes e famílias sobre os apoios sociais, legais e financeiros disponíveis.  
 
O evento decorre no Espaço Heden – Terminal de Cruzeiros de Lisboa e contará com a presença de especialistas em segurança social, finanças, direito e apoio social. A entrada é livre, mas sujeita a inscrição obrigatória através do formulário online.  
 
Mais informações e inscrições: https://forms.gle/6j3c16LAZNNSRZuHA
5 a 7 de setembro, no INATEL
De 5 a 7 de setembro, o INATEL, em Lisboa, volta a ser palco daquele que é o maior evento nacional dedicado às terapias...

Durante três dias (sexta-feira, das 15h00 às 23h00, sábado, das 10h00 às 23h00, e domingo, das 10h00 às 21h00), será possível participar em palestras, workshops, aulas, concertos, massagens, leituras de aura, entre outras iniciativas, desenhadas para promover uma vida mais consciente e equilibrada.

Os vários stands e atividades abrangem diversas áreas ligadas ao bem-estar e às terapias complementares, como Reiki, Acupunctura, Reflexologia, Feng Shui, Terapia de Som, Cromoterapia, Florais, Mesa Quântica, Numerologia, Cristaloterapia, entre muitas outras. Estarão igualmente bem representadas outras vertentes ligadas à cosmética natural, nutrição, alimentação saudável, artesanato e esoterismo.

O programa destaca-se por quatro grandes momentos, entre eles uma Meditação pela Paz no Mundo, marcada para dia 6, às 17h00, e que reunirá Líderes Religiosos e Espirituais de diferentes entidades e comunidades. Apesar da diversidade de crenças, pretende-se evidenciar a espiritualidade como força unificadora em tempos que exigem diálogo, cooperação e esperança. Desta forma, cada convidado terá alguns minutos para partilhar a sua reflexão sobre a paz, seguindo-se 20 minutos de meditação conjunta e um momento musical ao vivo com os músicos e compositores brasileiros Sílvia Nazário e Cláudio Kumar.

Este momento conta com o apoio da Cátedra UNESCO para a Paz em Portugal, dedicada a promover uma abordagem positiva, que integra a sustentabilidade ambiental, a ciência da felicidade e a construção de uma cultura de paz. Em representação, estará presente Helena Marujo, investigadora e coordenadora da Cátedra UNESCO em Educação para a Paz Global Sustentável da Universidade de Lisboa.

No dia seguinte, pelas 11h30, decorrerá uma Mega Aula de Yoga, dinamizada por instrutores certificados da Federação Portuguesa de Yoga. Visa reunir o maior número de participantes possível, num reflexo do crescente interesse por esta prática em Portugal, que tem atraído não só portugueses como estrangeiros, que se deslocam para realizar retiros e formações.

O festival receberá também Dada Gunamuktananda, monge iogue e professor de meditação norte-americano, que orientará a Palestra “Meditação: A Experiência Suprema”. Através dela, Dada partilhará a sua visão de que a consciência individual está ligada à universal, explorando como essa perceção pode conduzir a mais paz interior, amor e realização pessoal.

O quarto momento principal assentará em duas atividades do projeto Kin Experiences, liderado por Pablo Robles e Anne de Bragança. No Festival de Bem-Estar dinamizarão uma Sessão de Rebirthing (Vibra Renascimento), com foco na respiração consciente (22€ por pessoa), e um concerto gratuito.

Este ano, o festival contará ainda com uma Grande Sessão de Yoga do Riso, orientada por Márcio Fidalgo, cuja missão é contribuir para um mundo mais alegre, amoroso e pacífico, através do poder da gargalhada. A proposta passa por rir, respirar fundo e libertar o stress, despertando a felicidade interior.

Destacam-se, igualmente, as palestras e práticas dedicadas às Constelações Familiares, uma abordagem terapêutica que permite olhar para padrões ocultos e dinâmicas inconscientes presentes no sistema familiar e que podem estar na origem de desafios, bloqueios ou traumas. As sessões ficarão a cargo de facilitadores reconhecidos, como Paula Matos, Maria Gorjão Henriques, Paula Ponce, Susana Oliveira e Hellen Fonseca, sendo uma oportunidade única para aprender e experienciar esta poderosa ferramenta de autoconhecimento.

A nova edição do Festival de Bem-Estar pretende ser um espaço de partilha, descoberta e transformação interior, pensado para todos os que procuram viver de forma mais saudável, consciente e em harmonia com o que os rodeia. “Queremos que cada pessoa que passe pelo festival encontre algo que a ajude a sentir-se mais conectada consigo mesma e com os outros. É um convite a parar, respirar fundo e recordar o que realmente importa”, destaca Jorge Coelho Lopes, responsável pela organização.

Os bilhetes podem ser adquiridos no site da Ticketline. Mais informações sobre o programa aqui.

 

Videocast
Videocast reúne especialistas e pessoas com Esclerose Múltipla em conversas acessíveis, informativas e centradas na vivência...

Atualmente com mais de 127 mil visualizações, o videocast “Vozes da EM – Viver com Esclerose Múltipla” foi criado com o objetivo de contribuir para uma maior literacia em saúde neurológica, combatendo o estigma e dando palco às vivências reais de quem convive a Esclerose Múltipla, uma doença que afeta cerca de 10.000 pessoas em Portugal. Todos os episódios estão disponíveis para serem assistidos, com acesso livre e gratuito, sem necessidade de qualquer registo, em www.esclerosemultipla.info/vozes-da-em.

 

Desenvolvido pela Merck Portugal, em parceria com a Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e a Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), a gravação e disponibilização dos episódios decorreu de forma gradual ao longo do primeiro semestre de 2025. O videocast foi lançado em dezembro de 2024 e disponibilizado de forma faseada ao longo do primeiro semestre de 2025.

Cada episódio dá voz a pessoas com EM e especialistas, que partilham experiências e conhecimento sobre temas concretos do quotidiano da doença: diagnóstico, parentalidade, cognição, saúde emocional ou mitos persistentes. A abordagem conjuga informação clínica validada com testemunhos reais, tornando o videocast um recurso útil tanto para recém-diagnosticados como para cuidadores, profissionais de saúde e o público em geral.

 

Episódios da 1ª Temporada de “Vozes da EM”:

Episódio 1 – Ana Margarida, diagnosticada após ser mãe de três filhos, partilha como mantém os seus planos de vida, sem excluir uma nova gravidez.

Episódio 2 – Filipe Correia, neurologista da ULS de Matosinhos, fala sobre os desafios do diagnóstico tardio e o seu impacto na qualidade de vida.

Episódio 3 – Hélder Pereira, diagnosticado há 16 anos, aborda o impacto emocional da doença e os mecanismos pessoais que desenvolveu para a gerir.

Episódio 4 – Carlos Capela, neurologista do CRI em ULS S. José, desmonta mitos associados à EM, defendendo a literacia como ferramenta essencial para combater preconceitos.

Episódio 5 – Carla Sofia dá voz ao impacto da EM na cognição e à importância de procurar apoio para lidar com os desafios diários.

Episódio 6 – Carmo Macário, neurologista da ULS de Coimbra, traça a evolução da resposta clínica à EM, desde os primeiros tratamentos até às atuais abordagens personalizadas, com destaque para a gestão de comorbilidades.

A Esclerose Múltipla é uma das principais causas de incapacidade neurológica em adultos jovens, afetando cerca de 10.000 pessoas em Portugal. Embora os avanços científicos tenham transformado a abordagem clínica e a qualidade de vida dos doentes, a baixa visibilidade pública e o estigma social ainda são desafios significativos. O projeto “Vozes da EM” pretende responder a essa lacuna, promovendo a escuta ativa, o acesso à informação e o empoderamento dos doentes.

 

Com foco na população LGBTQIA+
A AICSO – Associação de Investigação Clínica e de Suporte em Oncologia – lança no próximo dia 31 de julho, às 10h30, na Casa...

A campanha surge da consciência de que o sistema de saúde nem sempre responde de forma inclusiva às necessidades específicas de pessoas LGBTQIA+, que continuam a enfrentar barreiras no acesso, na comunicação com profissionais de saúde e no acompanhamento durante e após os tratamentos oncológicos.

Contando com os apoios da ILGA Portugal, da Rede Ex Aequo e da MASCC (Multinational Association of Supportive Care in Cancer), esta iniciativa propõe sensibilizar profissionais de saúde, instituições e a sociedade civil para a importância de integrar a diversidade como parte fundamental da prestação de cuidados de qualidade.

“A oncologia deve ser para todas as pessoas, sem exceção. Com esta campanha queremos dar visibilidade a realidades muitas vezes silenciadas e promover práticas clínicas mais inclusivas, baseadas na empatia, no respeito e na evidência”, afirma a direção da AICSO.

O evento de lançamento incluirá a apresentação oficial do vídeo da campanha, seguido de uma breve reflexão sobre o seu conteúdo e o tema central da iniciativa: a promoção da diversidade e inclusão nos cuidados oncológicos. A sessão pretende criar um espaço de partilha e diálogo, aberto a todas as pessoas interessadas em contribuir para uma oncologia mais inclusiva.

1 de agosto I Dia Mundial do Cancro do Pulmão
Novo estudo, divulgado no âmbito da campanha nacional “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”, revela elevada proximidade com a...

A maioria dos portugueses afirma conhecer alguém com o cancro do pulmão, mas continua desinformada sobre ferramentas de diagnóstico, sinais e sintomas e que cuidados de saúde procurar. Estas são algumas das principais conclusões do estudo “O Cancro do Pulmão em Portugal – A Visão dos Portugueses”, desenvolvido pela Spirituc-Investigação Aplicada com o apoio da AstraZeneca. Este estudo, agora divulgado no âmbito da 5.ª edição da campanha nacional “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”, assinala o Dia Mundial do Cancro do Pulmão, a 1 de agosto.

De acordo com os resultados do estudo, mais de metade dos inquiridos (52,7%) afirma conhecer alguém que foi diagnosticado com cancro do pulmão. Em mais de metade destes casos (54,7%), a relação é próxima, envolvendo familiares ou amigos chegados. O dado traduz o impacto transversal da doença na sociedade portuguesa, tocando diretamente milhares de famílias. No entanto, apesar dessa proximidade, metade dos portugueses desconhece que estão a ser desenvolvidos programas de rastreio para a deteção precoce da patologia, bem como a que sinais e sintomas estar atento.

Este aparente paradoxo – elevado contacto com a doença, mas reduzida literacia sobre a patologia – revela-se preocupante à luz dos dados epidemiológicos. Em 2022, o cancro do pulmão foi responsável por 6.155 novos casos em Portugal, assumindo a posição de quarta neoplasia mais diagnosticada. No entanto, lidera o número de mortes por cancro, com 5.077 óbitos registados nesse mesmo ano. A nível mundial, foram diagnosticados cerca de 2,4 milhões de casos e mais de 1,8 milhões de pessoas perderam a vida, segundo o Globocan.1,2

“Estes dados são um alerta claro: muitas pessoas têm contacto direto com a doença e, ao mesmo tempo, desconhecem ferramentas vitais como o desenvolvimento dos programas de rastreio. A prevenção e o diagnóstico precoce são pilares fundamentais para aumentar as hipóteses de tratamento e remissão da doença”, sublinha Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale, associação parceira da campanha.

Um dos dados encorajadores do estudo aponta que cerca de 67% dos inquiridos afirma aproveitar o período de férias para realizar check-ups de saúde. A campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias” pretende justamente reforçar a importância de aproveitar o verão como uma oportunidade para parar, reconhecer sinais e sintomas e agir a tempo, permitindo uma identificação mais precoce desta doença.

A análise evidencia também que a maioria da população reconhece a gravidade do cancro do pulmão: ~59% dos inquiridos considera-o mais agressivo/mortal em comparação com outros tipos de cancro. Ainda assim, essa perceção não se traduz em conhecimento efetivo. Quase 9 em cada 10 portugueses (85,2%) considera que deveria existir mais informação e divulgação sobre o cancro do pulmão, o que denuncia uma clara lacuna na comunicação em saúde.

O estudo mostra que a perceção sobre os fatores de risco está relativamente bem consolidada. Quase 90% dos inquiridos identificam o tabagismo como o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, seguido da poluição ambiental (73,9%) e do contacto com substâncias químicas (67,4%). Ainda assim, é importante lembrar que a doença pode afetar também não fumadores, sendo o fumo passivo, a exposição ao radão, ao amianto ou fatores genéticos outros elementos de risco a considerar.3

"Em primeiro lugar, importa perceber quais são os fatores de risco e o que podemos fazer para evitar o aparecimento de cancro do pulmão. A prioridade máxima tem de ser impedir o desenvolvimento da doença”, afirma Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

A importância do reconhecimento dos sinais e sintomas é outro ponto-chave da campanha deste ano. Os sinais de alerta associados à doença podem ser tardios e inespecíficos, o que torna ainda mais urgente a sua divulgação junto da população. Tosse persistente, dor no peito, falta de ar, rouquidão, perda de peso inexplicável, perda de apetite, cansaço extremo e infeções respiratórias frequentes como bronquites ou pneumonias são alguns dos sintomas que devem motivar avaliação médica.4

A maioria da população portuguesa (64,5%) acredita que o número de casos de cancro do pulmão irá aumentar nos próximos cinco anos – uma visão preocupante, mas que pode ser mitigada se houver uma aposta efetiva na prevenção e na deteção precoce.

A campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”, promovida pela AstraZeneca, regressa este verão com o apoio de um conjunto alargado de parceiros institucionais, entre os quais a Associação Pulmonale, Careca Power, Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Associação Nacional das Farmácias (ANF), APMGF, Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP) e Rede Expressos. Através de ações de sensibilização em espaços de grande visibilidade, pretende-se chegar a mais portugueses com mensagens claras, baseadas em evidência científica e adaptadas ao público em geral.

“É fundamental que toda a população compreenda que o cancro do pulmão, apesar de agressivo, tem terapêuticas inovadoras e maior hipótese de sobrevivência com qualidade de vida, quando diagnosticado precocemente. Os resultados deste estudo são um alerta e um apelo à ação coletiva. Esta campanha é o nosso compromisso renovado em promover a literacia em saúde em Portugal”, conclui Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale.

 

 

Referências:

1. Global Cancer Observatory. World Fact Sheet Disponível em https://gco.iarc.who.int/media/globocan/factsheets/populations/900-world-fact-sheet.pdf, consultado em julho de 2025.

2. Global Cancer Observatory. Portugal Fact Sheet. Disponível em https://gco.iarc.who.int/media/globocan/factsheets/populations/620-portugal-fact-sheet.pdf, consultado em julho de 2025.

3. Lung Cancer Risk Factors. American Cancer Society. Disponível em https://www.cancer.org/cancer/types/lung-cancer/causes-risks-prevention/risk-factors.html, consultado em julho de 2025.

4. Signs and Symptoms of Lung Cancer. American Cancer Society. Disponível em https://www.cancer.org/cancer/types/lung-cancer/detection-diagnosis-staging/signs-symptoms.html, consultado em julho de 2025.

Estudo
Uma equipa de investigação, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), desenvolveu e testou em Portugal um inquérito que...

A equipa da UC conduziu esta investigação com o objetivo central de “compreender a experiências dos familiares de quem faleceu em relação ao apoio prestado, incluindo dificuldades que tenham tido em aceder e receber apoio, tanto pelo próprio serviço de saúde, como por outros recursos disponíveis na comunidade”, revela a investigadora da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), Maja de Brito.

Por norma, “os inquéritos habitualmente utilizados nos serviços de saúde centram-se na avaliação da satisfação com o serviço, mas este inquérito que desenvolvemos propõe uma abordagem diferente, ao focar-se em múltiplas dimensões da qualidade do apoio no luto”, contextualiza a também psicóloga clínica.

Neste âmbito, o instrumento desenvolvido “abrange todos os níveis de apoio, desde os cuidados especializados até ao apoio informal, oferecendo uma imagem completa do ecossistema de apoio ao luto ao qual as pessoas enlutadas recorrem”, avança a investigadora da Universidade de Coimbra. “Este mapeamento ajuda a identificar quem são os agentes de apoio numa determinada comunidade e, com isso, favorece a criação de redes de colaboração mais eficazes entre hospitais, cuidados primários, serviços especializados e comunidade. Deste modo, o inquérito contribui para melhorar a continuidade dos cuidados, uma das principais fragilidades apontadas no apoio ao luto a nível global”, acrescenta.

Em concreto, como revela Maja de Brito, “a utilidade do apoio recebido (ou seja, até que ponto a pessoa sentiu que o apoio ajudou ou mudou algo para melhor), as preferências de apoio (os tipos de apoio que a pessoa gostaria de ter recebido, mas que não estavam disponíveis, seja por razões práticas/logísticas ou porque não existem atualmente), o acesso ao apoio (como foi procurado, como se acedeu, e se existiram obstáculos), e as barreiras ao apoio (porque é que, mesmo havendo necessidade e vontade de receber apoio, algumas pessoas não conseguem obtê-lo)” são alguns dos pontos-chave deste inquérito que criado e testado pela equipa liderada pela UC. 

O inquérito foi implementado junto de familiares de pessoas diagnosticadas com cancro que receberam cuidados no Serviço de Medicina Paliativa da Unidade Local de Saúde de Santa Maria. Participaram 20 pessoas, que tinham perdido um dos progenitores, filho, parceiro ou irmão há mais de um ano.

A equipa de investigação revela que, para os familiares, “responder ao inquérito foi vivido como uma oportunidade valiosa de: 1) contribuir para a produção de novo conhecimento e, assim, ajudar outras pessoas; 2) ter as suas experiências ouvidas e reconhecidas, com o objetivo de melhorar os serviços de apoio no futuro; 3) ajudar a quebrar um tabu social, a dificuldade em falar abertamente sobre a morte e o luto; 4) prestar homenagem ao familiar falecido”.

Maja de Brito sublinha o papel dos serviços de saúde no acompanhamento durante um processo de luto: “esses serviços devem, pelo menos, realizar uma avaliação inicial das necessidades de apoio no luto e fornecer informação básica sobre o luto e os recursos disponíveis”.

Sobre as mais-valias deste inquérito para os serviços de apoio, a cientista explica que “quando utilizado de forma sistemática, pode ajudar os serviços a escutar e a aprender com o testemunho das pessoas enlutadas, melhorando a sua capacidade de resposta. Ao mesmo tempo, quando as pessoas sentem que a sua dor é reconhecida e que as suas experiências são levadas a sério, isso pode representar um passo essencial no seu processo de integração da perda”. 

Quanto a melhorias que podem ser originadas por esta escuta dos familiares, a investigadora adianta que “ao compreendermos melhor as necessidades e preferências de cada pessoa, podemos avançar para um modelo de apoio que não se limite à gestão da perda, mas que promova a criação de sentido, a resiliência e a ligação humana para que ninguém tenha de sofrer em silêncio”. Por exemplo, podem ser implementadas melhorias como “adaptação das vias de comunicação às preferências dos enlutados, para que a informação básica sobre o luto e apoios existentes possa chegar a todos; expandir a oferta de apoios – apoio em grupo, apoio baseado em atividades (caminhadas, expressão artística, entre outras atividades); disponibilidade dos serviços de apoio (horários, disponibilidade de apoio telefónico, por videochamada, reforço de recursos nas equipas psicossociais, entre outros)”, partilha.

“Este estudo parte da convicção de que o apoio ao luto é uma responsabilidade partilhada entre profissionais, serviços, comunidades e redes de proximidade para que os prestadores de apoio de diferentes setores se articulem melhor no acompanhamento de quem vive com uma perda”, sublinha Maja de Brito.

O inquérito pode ser aplicado em outros serviços de saúde, estando disponível em língua inglesa no artigo científico Surveying the quality of bereavement support within a service setting: A pilot study using cognitive interviewing with bereaved people, publicado na revista Palliative Medicinehttps://doi.org/10.1177/02692163251353012Para acesso à versão em língua portuguesa, as entidades interessadas devem contactar a equipa de investigação da UC, através do endereço de e-mail [email protected]

O estudo contou também com a participação de investigadoras do King’s College London, da Universidade de Bristol, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do ISPA - Instituto Universitário. Foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Fundação Calouste Gulbenkian, através do projeto DINAMO – Dinamizar formação avançada e investigação para otimizar os cuidados paliativos domiciliários em Portugal, liderado pela investigadora coordenadora da FMUC, Bárbara Gomes. 

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