Para deteção da doença de Alzheimer
A Universidade de Coimbra (UC) vai passar a produzir um radiofármaco – até aqui indisponível em Portugal – que permite a...

Os exames poderão ser feitos no tomógrafo PET (Tomografia por Emissão de Positrões) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), que assegura a produção do medicamento radiofarmacêutico através da ICNAS Pharma.

O radiofármaco inovador vem transformar o diagnóstico da doença de Alzheimer através de exames PET. Até agora, o método mais comum era o exame PET para deteção de amiloide beta fibrilar e em placas – também realizado no ICNAS. No entanto, embora seja muito útil no diagnóstico precoce de doença de Alzheimer, este exame não se correlaciona significativamente com a sua gravidade clínica.

O novo método de diagnóstico permite complementar esse exame com o de deteção da presença dos agregados da proteína Tau (um indicador de manifestação da doença, comum a todos os doentes). “A deteção de agregados da proteína Tau no cérebro permite um diagnóstico mais preciso e o estadiamento da doença, relacionando-se com a sua gravidade e progressão”, explica o Diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa.

A ICNAS Pharma (empresa de desenvolvimento e produção de radiofármacos, detida pela Universidade de Coimbra) desenvolveu o processo de produção do novo radiofármaco ao fim de dois anos de investigação, que podem abrir novas perspetivas para o tratamento da doença de Alzheimer. “Estes estudos podem ajudar a desenvolver uma nova geração de fármacos que visem reduzir a acumulação da proteína Tau, podendo vir a contribuir para melhorar a condição dos doentes com Alzheimer”, nota Antero Abrunhosa.

Pioneira na produção de radiofármacos em Portugal, desde 2012, a ICNAS Pharma já lançou sete medicamentos radiofarmacêuticos no mercado nacional e produziu mais de 300 mil doses – encontrando-se agora em fase de internacionalização para outros cinco países da Europa e para o Brasil.

Dia Mundial Sem Tabaco | 31 de maio
O Dia Mundial Sem Tabaco, assinalado a 31 de maio, é uma oportunidade para refletirmos sobre os efei

Atualmente o tabaco é um conhecido fator de risco para múltiplas doenças gastrointestinais, uma vez que os seus componentes tóxicos, como a nicotina, as nitrosaminas e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (considerados carcinogéneos do tipo 1) provocam alterações inflamatórias e genéticas na mucosa do aparelho digestivo.

De acordo com o relatório publicado em 2022 pelo Tobacco Atlas, 21% dos portugueses eram fumadores ativos e a mortalidade associada ao tabaco era de 7%. Estes números demonstram que, apesar dos esforços para reduzir o consumo, o tabagismo continua a ser um grave problema de saúde pública em Portugal.

Refluxo gastroesofágico

O consumo de tabaco a longo prazo prejudica o funcionamento do esfíncter esofágico inferior (a “válvula” que separa o esófago do estômago), facilitando os episódios de refluxo ácido para o esófago, contribuindo para o aparecimento de complicações como a esofagite. Os episódios de refluxo provocam sintomas como azia, ardor e dor no peito.

Úlceras gástricas e duodenais

O tabaco atua em conjunto com o Helicobacter pylori (bactéria presente no estômago de 60-80% dos portugueses), contribuindo para o desenvolvimento de úlceras gástricas e duodenais, pela redução dos mecanismos protetores (diminuição de prostaglandinas), aumento da produção de ácido e diminuição do fluxo de sangue na mucosa.

Pancreatite crónica

O tabagismo por si só, mesmo sem consumo de álcool associado, é um fator de risco para o desenvolvimento de pancreatite crónica. As toxinas presentes no fumo do tabaco provocam a destruição do tecido pancreático com consequente fibrose e perda de função pancreática.

Doença inflamatória intestinal

A relação entre o tabaco e a doença inflamatória intestinal é complexa, sendo um fator de risco estabelecido para a Doença de Crohn (DC). Os fumadores têm maior risco de ter a doença, que se apresenta habitualmente de forma mais agressiva, com maior necessidade de intervenções cirúrgicas e de tratamentos imunossupressores.

Neoplasias do aparelho digestivo

Os fumadores apresentam um risco significativamente superior de desenvolver neoplasia (cancro) do esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto em comparação com os indivíduos não fumadores. No esófago, o tabaco em combinação com o álcool, são os principais fatores de risco para o carcinoma de células escamosas (subtipo de cancro do esófago). No estômago, aliado à bactéria Helicobacter pylori, contribuem para a gastrite crónica, que se caracteriza por inflamação persistente, que pode evoluir para o adenocarcinoma gástrico. No fígado, aliado ao álcool e a outros vírus, o tabaco contribui para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular. Por fim, no cólon e reto, o fumo do tabaco promove mutações genéticas que favorecem a formação de pólipos que, com o tempo, podem evoluir para adenocarcinoma colorretal.

Alterações do microbioma intestinal

A exposição prolongada ao fumo do tabaco altera significativamente a composição da microbiota intestinal, promovendo a disbiose, que se caracteriza pela redução da diversidade bacteriana e pelo aumento de espécies patogénicas, contribuindo para o desenvolvimento de doenças metabólicas e gastrointestinais.

Saúde em primeiro lugar: cuidar do presente para proteger o futuro

A cessação tabágica é uma medida fundamental para a prevenção e manutenção da saúde digestiva. Os benefícios para a saúde são imediatos, verificando-se uma redução do risco cardiovascular logo nos primeiros dias, mas também na saúde digestiva, a longo prazo, ao reduzir o risco de cancro e doenças gastrointestinais, e contribuindo para um equilíbrio intestinal mais saudável.

Posto isto, nunca é tarde para mudar. O primeiro passo para um futuro mais saudável e com mais qualidade de vida pode começar hoje. A escolha é sua: pela sua saúde, não fume. 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para prevenir novas pandemias
Horas depois de a Organização Mundial da Saúde ter chegado finalmente a um acordo internacional sobre pandemias, investigadores...

Tal como este acordo coloca em evidência, é necessário que se adote uma política integrada entre saúde humana, animal e ambiental. “Persistir numa abordagem fragmentada representa um risco real para a saúde pública, a segurança alimentar e a sustentabilidade ecológica. É ineficaz e perigoso”, considera Ricardo Dinis Oliveira, diretor do polo de investigação 1H-TOXRUN, da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas (UCIBIO) da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário.

Estas foram, aliás, as conclusões do Congresso Internacional 1H-TOXRUN, que se realizou no Porto neste mês de maio, e onde estiveram presentes 200 investigadores e profissionais de várias partes do mundo. A partir dos trabalhos apresentados e da reflexão feita durante este encontro, que reuniu especialistas de toxicologia, biomedicina, medicina, ciências do ambiente, nutrição, saúde pública, entre outras áreas, foi redigida uma carta aberta com o título “Por uma Só Saúde – Um compromisso Inadiável”.

Nesta, e já a pensar na próxima legislatura, propõe-se que:

  1. Se reconheça formalmente a abordagem One Health como prioridade estratégica nacional, integrando-a nos planos de saúde pública, ambiente, agricultura e educação.
  2. Incluir a abordagem One Health nos planos estratégicos nacionais, incluindo o Plano Nacional de Saúde, Estratégia Nacional para a Biodiversidade, Plano de Ação contra a Resistência Antimicrobiana, e políticas agrícolas e climáticas.
  3. Se criem comités nacionais e regionais de coordenação One Health. Estes comités devem ter um papel ativo na definição de políticas, na resposta a emergências e na promoção de investigação transdisciplinar. Devem incluir especialistas oriundos da medicina humana e veterinária, ciências ambientais, toxicologia, microbiologia, epidemiologia, ecologia e ciências sociais.
  4. Se promovam campanhas de sensibilização e formação, dirigidas a profissionais, estudantes e ao público em geral, para aumentar a literacia sobre a nova forma de ver a Saúde.
  5. Se investa em sistemas de vigilância integrados e interoperáveis, que permitam a deteção precoce de ameaças emergentes, com partilha de dados entre setores e regiões.
  6. Se promovam alterações nos planos de estudos para incluir estratégias de One Health nas formações universitárias em Saúde como na Medicina, Enfermagem, Ciências Biomédicas, Ciências Farmacêuticas, entre outras;
  7. Se apoiem financeiramente projetos e redes colaborativas, que fomentem soluções sustentáveis e baseadas em evidência científica, com impacto real na prevenção de doenças e na promoção da saúde global.

 

A unidade de investigação 1H-TOXRUN, que conta com 70 investigadores, desenvolve já trabalho nesta área, com o objetivo de dotar Portugal desta capacidade de pensar a saúde de modo integrado e prevenir situações de saúde pública nestes diversos âmbitos.

É que, “a crescente frequência de emergências sanitárias globais, como a pandemia de COVID-19, surtos zoonóticos (ex. gripe aviária, vírus Nipah), a escalada da resistência antimicrobiana, que poderá causar até 10 milhões de mortes anuais até 2050, segundo a OCDE, os riscos inerentes aos fluxos migratórios, com surgimento de novas doenças infeciosas e outras não comunicáveis, e os efeitos devastadores das alterações climáticas, a perda de biodiversidade dos ecossistemas revelam uma verdade inegável: a saúde humana, animal e ambiental estão intrinsecamente interligadas”, alerta-se também neste documento. 

Este sábado
Dia 24 de maio, o GuimarãeShopping promove um dia dedicado ao bem-estar com rastreios gratuitos e orientação personalizada.

Neste sábado, dia 24 de maio, entre as 12h00 e as 18h00, o GuimarãeShopping realiza um Open Day de Saúde, no Piso 0. Esta iniciativa tem como objetivo promover o bem-estar dos visitantes através de rastreios gratuitos e orientações personalizadas com profissionais das áreas da saúde e do fitness.

Os serviços da iniciativa incluem avaliação física com os personal trainers Afonso Sampaio e Sílvia Silva, que vão realizar testes como anamnese clínica e desportiva, estratificação de risco, e medição da pressão arterial, entre outros, além de orientação para um plano de treino personalizado.

Estará também disponível um rastreio nutricional gratuito com a nutricionista Patrícia Duarte, que fará uma análise da composição corporal, incluindo massa gorda, massa muscular e gordura visceral. Os participantes terão também a oportunidade de receber aconselhamento sobre como ter alimentação saudável e moderada.

Para completar, a terapeuta Catarina Cardoso, especialista em massoterapia e estética avançada, estará presente para realizar massagens de relaxamento facial com aromaterapia, utilizando óleos essenciais que ajudam a melhorar a circulação, aliviar tensões e promover o bem-estar, além de potencializar a absorção de produtos de skincare.

O GuimarãeShopping convida a comunidade a participar neste dia dedicado à saúde, reforçando o seu compromisso com a promoção acessível do bem-estar.

 

Projeto Universitários Contra o Cancro
Alunos da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) estão a dinamizar formações sobre alimentação e...

A ideia é que entre jovens, que falam a mesma linguagem, se consiga aumentar a literacia para estes assuntos. As primeiras sessões estão a decorrer esta semana, até amanhã, dia 21, no Agrupamento de Escolas Daniel Faria, em Baltar (Paredes)

Esta é uma primeira iniciativa junto da comunidade do projeto Universitários Contra o Cancro, uma parceria da Liga Portuguesa Contra o Cancro com o Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS) da CESPU.

Tem como objetivo capacitar jovens adultos para que eles próprios possam ser promotores e dinamizadores de iniciativas no âmbito da literacia em saúde. O projeto Universitários Contra o Cancro promove o aumento de conhecimento, capacidades e confiança de jovens adultos para contribuírem ativamente para a promoção de saúde, cuidado e práticas inclusivas em oncologia e capacita-os como “advocaters” para a prevenção da doença. Em simultâneo, procura implementar programas de educação por pares para a prevenção e cuidados em oncologia.

Os estudantes da CESPU, da licenciatura de Ciências da Nutrição, tiveram já em março um bootcamp com a LPCC em que receberam formação sobre doença oncológica. E a partir daí desenharam este projeto que agora chega a esta escola de Paredes. Pretende-se alargar, já no próximo ano letivo, a mais alunos e também envolver colegas de outras licenciaturas do IUCS-CESPU.

Universidade de Coimbra e Unidade Local de Saúde de Coimbra
Uma investigação desenvolvida por uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra (UC) e da Unidade Local de Saúde de...

Em concreto, neste estudo foi investigada a resposta do cérebro a estímulos visuais por parte de pessoas que receberam um tratamento inovador – de terapia génica – para a distrofia retiniana hereditária associada ao gene RPE65. A terapia génica é um tratamento que visa substituir um gene que não está a funcionar corretamente. No caso concreto deste tratamento (denominado voretigene neparvovec), é administrado sob a retina dos doentes, após uma cirurgia intraocular (designada vitrectomia). Os efeitos benéficos deste tratamento ao nível da função visual dos doentes tratados estavam já amplamente documentados. Contudo, as equipas da UC e da ULS Coimbra foram mais longe, conseguindo não só comprovar a sua eficácia, mas também identificar mudanças nas áreas do córtex cerebral associadas à visão após o tratamento.

No artigo científico Improvements induced by retinal gene therapy with voretigene neparvovec depend on visual cortical hemispheric dominance mechanisms, disponível na revista Communications Medicine, publicada pelo grupo Nature, os cientistas apresentam com detalhe o processo de melhoria apresentado pelos participantes no estudo.

O gene RPE65 desempenha um papel vital na visão. Os doentes afetados por distrofia retiniana associada a este gene apresentam uma grande limitação da visão central, cegueira noturna e perda de visão lateral. Todos os doentes foram avaliados antes e um ano após o tratamento, com exames imagiológicos da retina e testes de função visual, usando estímulos com diferentes níveis de luminosidade e contraste, e também através de ressonância magnética funcional. Nesta análise, foi possível verificar melhorias específicas na sensibilidade à luz em ambientes de baixa luminosidade.

Surpreendentemente, a melhoria que os cientistas conseguiram detetar “não depende apenas das células da retina que foram intervencionadas com terapia génica, mas também da capacidade de o cérebro reagir à intervenção”, explica o docente da Faculdade de Medicina da UC (FMUC) e diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), Miguel Castelo-Branco. Isto significa que “as regiões do hemisfério direito do cérebro, que dominam na função visual, foram aquelas que mostraram melhor resposta à intervenção”, acrescenta o também autor sénior deste estudo.

Além de mostrar os resultados positivos da terapia génica para o tratamento desta doença associada ao gene RPE65, os resultados sugerem ainda que “as abordagens de reabilitação, incluindo o treino da função visual, são importantes para direcionar o cérebro para melhor responder à terapia génica”, avança o neurocientista. “Há evidência crescente da necessidade de «reeducar» os circuitos cerebrais mesmo nos casos em que a terapia é dirigida para órgãos dos sentidos, como acontece na audição, com os implantes cocleares e o posterior processo de reeducação auditiva, que implica profissionais como os terapeutas da fala”, destaca.

A integração da equipa de investigação da ULS Coimbra no consórcio ERN-EYE, uma rede europeia de referência dedicada às doenças oculares raras, que reúne 24 países da União Europeia, foi também importante para o desenvolvimento deste estudo. Esta rede visa garantir um melhor conhecimento e acompanhamento das mais de 900 doenças oculares raras atualmente identificadas, que são a principal causa de deficiência visual e cegueira em crianças e jovens adultos na Europa.

O artigo científico tem como primeiros autores a estudante de doutoramento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC e investigadora do CIBIT, Mariana Ferreira, e o coordenador clínico da Consulta de Oftalmogenética do Serviço de Oftalmologia da ULS Coimbra e docente da FMUC, João Pedro Marques. Tem ainda como coautores o oftalmologista da ULS Coimbra e responsável pela área de Eletrofisiologia da Visão da ULS Coimbra, Miguel Raimundo, e o investigador no CIBIT, Hugo Quental.

O artigo pode ser consultado em www.nature.com/articles/s43856-025-00820-y.

Futuro da Saúde com a Inteligência Artificial
De novos medicamentos ao papel da IA na saúde pública. Sessões a 24 e 25 de maio mostram como a tecnologia está a transformar o...

A Inteligência Artificial (IA) está na ordem do dia, potenciando o desenvolvimento de vários setores. Procurando dar respostas orientadas para o setor da saúde, o Oeiras Valley Science Festival, que decorre de 21 a 25 de maio no Taguspark, vai promover sete debates em torno destas temáticas, reunindo especialistas ao longo do fim de semana. O Festival tem como tema principal a Inteligência Artificial, desafiando o público a refletir sobre os desafios e as oportunidades do impacto da IA no presente.

Na manhã de sábado, dia 24, no Auditório Novartis 2, Sónia Dias, diretora da Escola Nacional de Saúde Pública-NOVA, modera a mesa-redonda “IA: Biomedicina e Saúde”. Nessa sessão, Catarina Eloy, patologista intervencionista, Paulo Condado, doutorado em Engenharia Eletrónica e Computação, e Cláudia Miranda, especialista em Ginecologia-Obstetrícia, explicam de que forma a Inteligência Artificial está a revolucionar áreas como a patologia computacional, tecnologias assistivas e estudos de neurotoxicidade.

No domingo, durante a manhã, o Auditório Novartis 2 recebe duas sessões sobre a aplicação da IA nas biociências e na saúde, orientadas por Cláudio Soares, diretor do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa (UNL). A primeira mesa-redonda junta os profissionais em Ciências Biomédicas Ricardo Henriques e Paulo Aguiar para discutir as diversas oportunidades, desafios e expectativas que a Inteligência Artificial aporta ao setor. A segunda, com Luís Pereira de Almeida, coordenador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e Elsa Lamy, especialista em Doenças Metabólicas e Comportamento Alimentar, foca-se na IA no contexto da Terapia Génica e das Ciências Sensoriais.

Após o almoço, às 14h00, no Auditório Novartis 1, Paulo Aguiar modera uma sessão sobre como a IA está a ser usada para descobrir novos fármacos. A sessão conta com a participação de Aldo Oliveira, investigador de Química Medicinal Computacional no Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM), e Irina Moreira, investigadora no Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa.

Às 15h00, no Auditório Novartis 2, acontece a mesa-redonda “IA na Linguagem Escrita e Oral: Aplicações na Saúde, no Ensino e na Indústria”, moderada pelo especialista em Saúde Pública André Peralta. Nesta sessão, Isabel Trancoso e Luísa Coheur, investigadoras do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC-ID), e Liliana Ferreira, diretora do Centro de Investigação Fraunhofer Portugal para Soluções de Informação e Comunicação Assistiva (AICOS), discutem o impacto da IA na comunicação e os seus benefícios para a saúde.

Já às 15h20, no Auditório Novartis 1, Paulo Aguiar volta a assumir a moderação, desta vez no debate “IA: Desenhar e Testar Novos Medicamentos”. A sessão, com o apoio do grupo farmacêutico Novartis, conta com a participação de Inês Vendrell, diretora médica de Desenvolvimento Clínico da empresa, Cláudio Soares, do ITQB NOVA, e Bruno Victor, químico medicinal computacional no CoLAB AccelBio. Juntos, esclarecem o papel da IA na inovação dos ensaios clínicos e na conceção de novos medicamentos.

A última mesa-redonda dedicada à saúde decorre às 17h20, no Grande Auditório, e é orientada pela diretora da ENSP–NOVA, Sónia Dias, tendo como tema “IA e Saúde Pública”. Aqui, André Peralta participa ao lado de Inês Sousa, diretora de Sistemas Inteligentes na Fraunhofer Portugal, e Paulo Dimas, líder do Centro para a Inteligência Artificial Responsável em Portugal. Juntos, debatem a ligação entre Inteligência Artificial e Inteligência Híbrida, o modo de atuação da IA na saúde e o seu impacto na sociedade.

 

Da Saúde ao ambiente, passando também pela agricultura e a ciência

Estas sessões integram a vasta programação do Oeiras Valley Science Festival, que vai explorar e debater a aplicação da IA em áreas diversas: da saúde, ao ambiente e sustentabilidade, passando pela agricultura e a exploração espacial. Dedicado às áreas STEAM (Science, Technology, Engineering, Art, Mathematics), o evento conta com mais de 80 convidados nacionais e internacionais e 50 entidades parceiras, explorando o impacto da Inteligência Artificial (IA) em diversos setores da sociedade.

Com entrada gratuita e lugar sujeito a reserva nas sessões de capacidade limitada, o Festival é promovido pelo Município de Oeiras, com coorganização do Taguspark e produção da The Science Project. A curadoria está a cargo de Vítor Cardoso e a direção científica é assinada por Alexandre Quintanilha. Mais informações e programação completa disponíveis aqui.

31.º Congresso Nacional de Medicina Interna
Entre os dias 22 e 25 de maio, Coimbra será palco do 31.º Congresso Nacional de Medicina Interna (CNMI), que decorrerá no...

A sessão de abertura, no dia 22 de maio pelas 17h15, conta com a presença de Faustino Ferreira (Presidente do Colégio da Especialidade de Medicina Interna), Carlos Cortes (Bastonário da OM), José Manuel Silva (Presidente da Câmara de Coimbra) e Ricardo Gómez Huelgas (Presidente da EFIM).

Lèlita Santos, presidente do congresso, clarifica a sua intenção de deixar mais um marco significativo na história dos congressos da SPMI: "Contamos com a presença de todos os Internistas em Coimbra para fazer do 31.º CNMI mais um marco na história dos congressos da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), promovendo a partilha de conhecimento científico que visa essencialmente a melhor prestação de cuidados aos nossos doentes e a valorização do papel cada vez mais fundamental dos Internistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

A atratividade da especialidade é um problema atual que tem merecido a atenção da SPMI e vai estar em destaque neste 31º CNMI. “A Medicina Interna é uma especialidade essencial para o funcionamento dos hospitais. No entanto, devido à deterioração das condições de trabalho, nos últimos três anos, ficaram 240 vagas por preencher. Há, inclusive, hospitais que não recebem nenhum interno há três anos. Como tal, é fundamental retomar a atratividade da especialidade”, afirma Luís Duarte Costa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

Durante os quatro dias do evento os participantes poderão assistir a conferências, debates e mesas-redondas sobre temas como: consentimento informado e limites da autonomia do idoso; transversalidade das doenças respiratórias; abordagem das citopenias; novos desafios da obesidade; síndromes de dor crónica; desafios na doença hepática; neuropatia periférica em doenças sistémicas, farmocogenética e medicina personalizada; manifestações cutâneas das doenças imunomediadas; hospitalização domiciliária; sarcopenia; multidisciplinariedade da doença renal; a grávida na urgência; desafios na gestão das comorbilidades no idoso com artrite reumatoide; atualidade da edição médica em Portugal; wearable tecnology na prática clínica; insuficiência cardíaca e turismo de saúde em Portugal.

Sponsor Exclusivo
Colaboração da Recordati contribui para a divulgação desta obra junto dos profissionais de saúde.

A Recordati anuncia o seu patrocínio exclusivo à edição do livro Fases Iniciais das Perturbações Psicóticas. Avaliação e Intervenção, da autoria dos Professores Ricardo Coentre (ULS Santa Maria), Nuno Madeira (ULS Coimbra) e Dr. Pedro Levy (ULS Santa Maria). Esta iniciativa representa o compromisso contínuo da Recordati com a promoção da literacia científica e da melhoria dos cuidados em saúde mental em Portugal.

Este livro inovador e multidisciplinar está a ser entregue pessoalmente pela equipa da Recordati aos psiquiatras de todo o país e terá o seu lançamento oficial durante o 10.º Encontro Nacional de Intervenção Precoce na Psicose – Primeiro Episódio Psicótico, que se realizará nos dias 22 e 23 de maio de 2025, no Hotel Vila Galé Coimbra, em Coimbra. O congresso é organizado pela Secção de Intervenção Precoce na Psicose da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM).

A saúde mental tem vindo a assumir uma crescente relevância nas políticas públicas e na consciência social, sendo as perturbações psicóticas um dos seus domínios mais desafiantes. A evidência científica demonstra que as intervenções precoces nas fases iniciais da psicose têm impacto direto na melhoria dos prognósticos clínicos, na prevenção de hospitalizações recorrentes e na reintegração social e funcional dos doentes1.

É neste contexto que surge a obra “Fases Iniciais das Perturbações Psicóticas”, uma abordagem multidisciplinar, inovadora e sistemática sobre os aspetos centrais associados às fases iniciais das perturbações psicóticas, incluindo a avaliação, a epidemiologia, a fisiopatologia, o diagnóstico, as intervenções psicóticas, os estados mentais de risco, a duração da psicose não tratada, o risco de suicídio, as complicações metabólicas, os aspetos médico-legais, os consumos de substâncias e a sexualidade.

O livro conta com a contribuição de autores prestigiados de todo o país, oriundos de diversas áreas profissionais, que aliam conhecimento académico e a experiência clínica no terreno, promovendo uma abordagem integrada ao cuidado de jovens com as primeiras manifestações psicóticas. Visa ainda incentivar a criação de equipas especializadas na avaliação e no tratamento precoce destas patologias, sendo dirigido a psiquiatras, a médicos de outras especialidades, a psicólogos, a enfermeiros, a assistentes sociais, a terapeutas e a outros profissionais de saúde mental.

O objetivo desta publicação é claro: contribuir para a capacitação dos profissionais de saúde e para a consolidação de equipas especializadas em Intervenção Precoce na Psicose, promovendo melhores cuidados e, consequentemente, melhores resultados para os doentes e suas famílias.

"Na Recordati, acreditamos que o conhecimento científico deve estar ao serviço da prática clínica e do bem-estar dos doentes. É com enorme satisfação que apoiamos esta obra de referência, que certamente contribuirá para uma intervenção mais precoce, eficaz e humana nas perturbações psicóticas. Ao colocá-la nas mãos dos profissionais de saúde, reforçamos o nosso compromisso com a inovação e a formação médica contínua em saúde mental", afirma Rijo Ferreira, Diretor de Marketing da Recordati Portugal.

 

Sobre os autores:

  • Ricardo Coentre – Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Médico Psiquiatra na Unidade Local de Saúde de Santa Maria, EPE.
  • Nuno Madeira – Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Médico Psiquiatra na Unidade Local de Saúde de Coimbra, EPE.
  • Pedro Levy – Médico Psiquiatra e Coordenador da Equipa de Intervenção Precoce na Psicose na Unidade Local de Saúde de Santa Maria, EPE.

 

Mais informações sobre o evento e inscrições, aqui.

 

McGorry, P. D., Killackey, E., & Yung, A. (2008), "Early intervention in psychosis: concepts, evidence and future directions." World Psychiatry, 7(3), 148–156.

 

 

O nascimento da medicina baseada em evidências
Em maio de 1747, a bordo do navio HMS Salisbury, o médico escocês James Lind realizou uma experiênci
Ao investigar uma cura eficaz para o escorbuto, uma doença mortal entre marinheiros, Lind conduziu o que é hoje reconhecido como o primeiro ensaio clínico controlado da história da medicina ocidental. Essa intervenção simples, mas revolucionária, não apenas salvou vidas, como também introduziu um novo paradigma: a importância de testar tratamentos de forma sistemática e comparativa.
 
James Lind (1716–1794) formou-se em Medicina pela Universidade de Edimburgo e serviu como cirurgião na Marinha Real Britânica. Atento à elevada mortalidade causada pelo escorbuto, condição hoje conhecida por resultar da deficiência de vitamina C, Lind dedicou-se a investigar as possíveis causas e soluções para a doença, que então representava uma ameaça tão letal quanto as batalhas navais.
 
No dia 20 de maio de 1747, Lind selecionou 12 marinheiros com sintomas avançados de escorbuto e dividiu-os em seis pares, fornecendo a cada par diferentes tratamentos alimentares: cidra, ácido sulfúrico diluído, vinagre, água do mar, uma mistura de alho e mostarda, e frutas cítricas (limões e laranjas). Após apenas seis dias, os dois marinheiros que receberam frutas cítricas apresentaram uma recuperação evidente, enquanto os outros permaneceram doentes ou pioraram.
 
Lind registou cuidadosamente os procedimentos e os resultados, introduzindo conceitos fundamentais como grupos de comparação e uniformização das condições clínicas, práticas que se tornariam pilares dos ensaios clínicos modernos.
 
Ensaios clínicos são estudos científicos que testam a eficácia e segurança de tratamentos, medicamentos ou intervenções médicas em grupos humanos. São considerados o método mais robusto para determinar se uma intervenção funciona, superando suposições, coincidências ou perceções subjetivas.
 
A importância dos ensaios clínicos reside no seu papel em evitar erros sistemáticos (viés) e conclusões precipitadas. Para isso, utilizam-se princípios como a randomização (distribuição aleatória dos participantes entre os grupos), a comparação controlada (entre grupo experimental e grupo de controle) e evitar influências conscientes ou inconscientes nos resultados.
 
Os ensaios clínicos são, a espinha dorsal da medicina baseada em evidências, uma abordagem que prioriza a melhor evidência científica disponível para decisões clínicas.
 
Apesar de seus resultados promissores, a recomendação de Lind de usar frutas cítricas levou décadas a ser adotada oficialmente pela Marinha Britânica. Ainda assim, sua obra A Treatise of the Scurvy (1753) tornou-se uma referência obrigatória. O seu método marcou a transição da medicina empírica para a medicina científica, com implicações profundas que se mantêm até aos dias de hoje.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e as agências reguladoras internacionais exigem ensaios clínicos rigorosos antes da aprovação de qualquer novo tratamento. A experiência de James Lind, embora modesta, foi o primeiro passo dessa longa e fundamental evolução científica.
 
James Lind não apenas contribuiu para erradicar o escorbuto das embarcações britânicas, a sua experiência ensinou-nos que salvar vidas começa por questionar certezas e testar soluções, um princípio que continua a ser o alicerce da medicina moderna.

 

Nota: 
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Dia Mundial da Hipertensão | 17 de maio de 2025
Dia 17 de maio, assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão.

A hipertensão afeta milhões de pessoas por todo o mundo e estima-se que, em Portugal, cerca de 40% da população adulta tenha pressão arterial elevada. Cerca de metade destas pessoas não sabe que é hipertensa. E entre as que sabem, muitas não têm a pressão arterial controlada.

A hipertensão arterial é muitas vezes silenciosa, e, infelizmente, é descoberta apenas quando já causou doenças graves, incapacitantes e, muitas vezes, irreversíveis.

Quando a pressão arterial está constantemente elevada, danifica os vasos sanguíneos e os órgãos por eles irrigados. Pode estar implicada quer na rutura de vasos, causando hemorragia, quer na formação de placas de aterosclerose, levando à obstrução de artérias.

Hipertensão define-se como pressão arterial sistólica igual ou maior a 140mmHg (vulgarmente chamada “alta”) e/ou pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmHg (vulgarmente chamada “baixa”), registados em mais do que uma avaliação.

Uma das principais complicações da hipertensão é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), seja ele hemorrágico ou isquémico. Pode também causar enfarte agudo do miocárdio, doença renal, doença arterial periférica, entre outras. Salienta-se ainda que a hipertensão pode estar na origem de alterações cerebrais que, mais tarde, se manifestam através de queixas de memória.

A hipertensão é o principal fator de risco para o AVC e é modificável, o que significa que a probabilidade de sofrer um AVC pode ser substancialmente reduzida se esta condição for devidamente identificada e controlada de forma eficaz — e, sobretudo, se for prevenida.

O Dia Mundial da Hipertensão é uma oportunidade para aumentar a consciência sobre esta condição, incentivar a medição regular da tensão arterial e promover hábitos de vida saudáveis. Quanto mais cedo a hipertensão for detetada e tratada, menor será o risco de complicações futuras.

O que pode fazer para prevenir a hipertensão e o AVC?

  • Meça a tensão regularmente, mesmo que se sinta bem;
  • Reduza o sal na alimentação e opte por uma dieta rica em frutas, legumes e alimentos frescos;
  • Mantenha um peso saudável;
  • Pratique atividade física regularmente (pelo menos 30 minutos na maioria dos dias da semana);
  • Evite o consumo excessivo de álcool;
  • Não fume;
  • Siga as indicações do seu médico e, se for necessário, tome a medicação prescrita de forma rigorosa.

 

Controlar a tensão arterial é uma forma simples e eficaz de proteger o cérebro e o coração.

Neste Dia Mundial da Hipertensão, tire um momento para cuidar de si — meça a sua tensão e incentive os que o rodeiam a fazer o mesmo.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
16 e 17 de maio na Figueira da Foz
A empresa farmacêutica alia-se à Sociedade Portuguesa de Urologia Oncológica (SPUO) no seu compromisso com uma abordagem...

A Recordati, empresa farmacêutica comprometida com a inovação e a saúde em Portugal, orgulha-se de anunciar o seu apoio ao I Congresso Português de Urologia Oncológica, promovido pela Sociedade Portuguesa de Urologia Oncológica (SPUO). Este evento pioneiro decorre nos dias 16 e 17 de maio, no Hotel Eurostars Oasis Plaza, na Figueira da Foz.

O Congresso marca um passo importante na consolidação da urologia oncológica enquanto área científica multidisciplinar em Portugal, e surge como resposta à crescente complexidade dos cancros do aparelho urogenital. A SPUO foi criada com o objetivo de integrar profissionais de várias especialidades — desde urologistas, oncologistas, radioncologistas, imagiologistas, anestesistas até outros profissionais de saúde — promovendo a partilha de conhecimento, a formação contínua e o impulso à investigação clínica no tratamento das neoplasias urológicas. O seu primeiro congresso reflete este compromisso, reunindo profissionais de todas as áreas envolvidas no tratamento de cancros do aparelho urogenital.

Como parte integrante do seu apoio, a Recordati irá promover, no dia 16 de maio (sexta-feira), entre as 12h30 e as 13h15, o simpósio “Cancro da Próstata: Da Intervenção Urológica ao Cuidado Nutricional” / "Prostate Cancer: From Urological Intervention to Nutritional Care" com a participação dos especialistas:

  • Dr. Rodrigo Ramos, Urologista e Diretor de Serviço no IPO Lisboa
  • Dra. Rita Andrade, Nutricionista e Fundadora da Mind Eat, especialista em nutrição funcional

Durante este simpósio será reforçado o papel do análogo da testosterona no continuum do tratamento do cancro da próstata, bem como a importância de uma abordagem holística e prolongada ao doente oncológico, valorizando não só os aspetos terapêuticos, mas também nutricionais e físicos, colocando o doente no centro da decisão clínica. A Recordati acredita que o doente deve estar no centro das decisões terapêuticas, sendo fundamental integrar o acompanhamento nutricional e físico para garantir uma melhor qualidade de vida.

"A urologia oncológica é hoje um dos maiores desafios da medicina moderna. Requer uma visão integrada, baseada na colaboração entre especialidades, inovação terapêutica e, acima de tudo, um olhar atento ao ser humano por detrás da doença. Apoiar este primeiro Congresso da Sociedade Portuguesa de Urologia Oncológica é, para a Recordati, um compromisso com a excelência clínica e com um futuro em que cada doente é acompanhado de forma mais completa e humana", destaca Rui Rijo Ferreira, Diretor de Marketing da Recordati Portugal.

Com este apoio, a Recordati reafirma o seu compromisso com a inovação terapêutica e a qualidade de vida dos doentes, apoiando iniciativas que promovam o conhecimento e a evolução da medicina.

Para mais informações sobre o congresso, visite www.spuo.pt.

Maio, mês do Coração
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a consciencializar a população para a importância do...

De acordo com Joana Delgado Silva, presidente da APIC, “Em Portugal, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser elevada. É importante consciencializar as pessoas de que o diagnóstico e o tratamento devem ocorrer o mais rápido possível. Dor no peito que pode irradiar para o braço esquerdo ou costas, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e sensação de desmaio são manifestações de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não devem ignorar estes sintomas”.

“Ao aumentarmos esta consciencialização pretendemos que os doentes estejam mais informados e capacitados para identificar os sintomas, ligar rapidamente o 112 e seguir as instruções que lhe forem dadas”. E sublinha: “A Via Verde Coronária e os laboratórios de hemodinâmica, onde se efetuam os tratamentos do enfarte agudo do miocárdio, são seguros e funcionam durante 24 horas por dia, sete dias por semana”.

Com o objetivo de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a APIC desenvolveu e tem a decorrer a campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta”, com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC.

E acrescenta: “Trabalhamos todos os dias numa perspetiva de consciencialização para a prevenção e diagnóstico precoce das doenças coronárias. É importante promover o conhecimento e a compreensão sobre a doença coronária, principalmente do enfarte agudo do miocárdio, os seus fatores de risco e os seus sintomas, por forma a melhorar o acesso dos doentes ao melhor tratamento para a sua doença, reduzindo a taxa de morbilidade e mortalidade dos doentes coronários”.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt

Nelson Ferreira Pires
Nelson Ferreira Pires, atual Diretor-Geral da Jaba Recordati Portugal, foi nomeado Diretor-Regional da Recordati para o mercado...

Com um percurso profissional de mais de duas décadas na indústria farmacêutica, iniciado aos 19 anos como delegado de informação médica, Nelson Pires assumiu a direção-geral da Jaba Recordati aos 36 anos. Desde então, tem-se destacado pela sua visão estratégica, orientação para resultados e compromisso com a inovação centrada no doente.

Licenciado em Direito, Nelson Pires detém ainda um MBA em Gestão de Negócio no Setor Farmacêutico, uma Pós-Graduação em Marketing (IPAM) e uma Especialização em Gestão na Indústria Farmacêutica pela Universidade Católica Portuguesa. Ao longo da sua carreira, foi também Diretor-Geral da Recordati no Reino Unido e Irlanda, desempenhou funções como coordenador e professor convidado em várias instituições de ensino superior e foi distinguido com diversos prémios profissionais, incluindo os de Personalidade do Ano e Melhor Diretor-Geral.

Desde 2022, preside à Fundação Marquês de Pombal, reforçando o seu envolvimento com projetos de responsabilidade social e cultural.

Sobre o novo desafio, Nelson Pires comenta: “É uma honra juntar-me a uma equipa de excelentes profissionais existentes neste mercado, mantendo a responsabilidade do nosso país. Um país com um enorme potencial, que tem demonstrado que mesmo nos mercados mais desafiantes é possível obter excelentes resultados e continuar a crescer, sempre com o doente no centro do sistema — unlocking the full potential of life. É importante também reforçar que Portugal é um país que tem e exporta talento de forma exemplar.”

A nomeação de Nelson Pires para este cargo regional traduz o reconhecimento do desempenho da liderança nacional e a crescente relevância estratégica de Portugal no grupo Recordati.

Jornadas ERS
A Entidade Reguladora da Saúde realizará a quarta edição das Jornadas ERS - Direitos e Deveres dos Utentes dos Serviços de...

Tal como as edições anteriores, pretende-se que este evento se constitua como um espaço de reflexão sobre os direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde, essencial para a promoção da literacia em saúde e para a partilha de informação, orientação e apoio, não apenas aos próprios utentes, mas também aos profissionais de saúde e aos demais agentes que têm intervenção, direta ou indireta, no sistema de saúde.

Esta edição contemplará, além do painel inicial de abertura e apresentação das Jornadas, três painéis, distribuídos por duas manhãs: “A promoção da literacia em direitos dos utentes: qualidade dos cuidados e humanização”, “Direito de acesso a cuidados de saúde com humanização: Interrupção Voluntária da Gravidez e Procriação Medicamente Assistida” e “Saúde mental: os direitos dos utentes”. Contará com a intervenção, entre outros, de representantes de entidades públicas com competências nestas matérias, bem como de prestadores de cuidados de saúde, de associação de utentes, de associação pública profissional e da Academia, potenciando assim uma visão ampla e transversal sobre os principais problemas relacionados com o exercício dos direitos dos utentes.

A quarta edição das Jornadas ERS será transmitida através da plataforma eletrónica StreamYard e em canal aberto através das plataformas de YouTube e LinkedIn da ERS, sendo disponibilizada a tradução simultânea em Língua Gestual Portuguesa.

A participação no evento é gratuita, mas obriga a uma única inscrição, que permitirá o acesso às duas manhãs do evento.

Liderado pela Universidade de Coimbra
Identificar e compreender as causas da violência baseada no género e da violência no trabalho e, consequentemente, promover...

O projeto de investigação, em curso até 31 de outubro de 2027, vai ser financiado com mais de dois milhões de euros (mais precisamente 2 286 281,99 euros) no âmbito do programa Citizens, Equality, Rights and Values da Comissão Europeia, que nesta chamada vai apoiar projetos que tenham a missão de lutar contra a violência baseada no género e contra as crianças.

A equipa de investigação do BRAVE-WOW vai estudar a violência no trabalho em organizações do setor da saúde – como hospitais, lares de idosos e centros de cuidados primários – em quatro países, Eslovénia, Espanha, Itália e Portugal. A decisão de estudar em concreto esta área prende-se com o facto “de ser uma das áreas profissionais mais expostas à violência de género no trabalho”, explica a docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), Leonor Pais, que coordena o projeto.

Ao longo dos próximos dois anos e meio, a equipa de investigação vai fazer recolha e análise de informação sobre o contexto europeu, considerando as diversas áreas que se relacionam com a temática da violência em contexto laboral, como raça, classe, orientação sexual, deficiência, género, entre outras.

A partir desta análise, o consórcio vai adotar uma abordagem participativa e inclusiva, através da realização de grupos focais, entrevistas e mesas-redondas com diversas partes interessadas e envolvidas na temática – incluindo trabalhadores, gestores e profissionais de recursos humanos – e vai desenvolver também análise de sentimento nas redes sociais, com o intuito de levantar informações veiculadas nestas plataformas por trabalhadores e entidades empregadoras.

Com base neste trabalho de campo, a equipa de investigação vai criar ferramentas, como o Questionário de Violência de Género no Trabalho, que vai ser aplicado em organizações de saúde na Eslovénia, Espanha, Itália e Portugal para testar a sua eficácia junto de profissionais de saúde, gestores e inspetores do trabalho. “Esta ferramenta pretende melhorar a compreensão e a prevenção da violência e do assédio no local de trabalho e será complementada pelo Questionário de Trabalho Decente”, avança Leonor Pais.

Entre as atividades do projeto estão também uma campanha de comunicação à escala europeia para a prevenção da violência no trabalho e o desenvolvimento de uma plataforma para a disseminação de resultados e para a formação de profissionais e gestores. Os resultados da investigação vão ser também dirigidos a decisores políticos, uma vez que se pretende definir linhas orientadoras para a promoção do trabalho digno e da igualdade de género e para o combate à violação de direitos humanos em contexto laboral.

O projeto BRAVE-WOW vai ainda criar uma comunidade europeia de práticas para prevenir o assédio e a discriminação no contexto laboral à escala europeia, que vai potenciar a partilha de conhecimento e de boas-práticas. 

Atualmente, “a violência de género no trabalho não é devidamente identificada e, por isso, pouco reportada”, destaca a docente da FPCEUC. Assim, “são necessárias novas abordagens a este fenómeno que permitam entender as suas causas. Isso passa pela revisão da informação já existente e pela promoção de novas intervenções capazes de estimular mudanças estruturais no longo prazo”, acrescenta.

O projeto junta 19 organizações dos quatro países parceiros. Em Portugal, além da UC, conta com a participação da Universidade de Évora, da SHINE2Europe, da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, da Autoridade para as Condições de Trabalho e da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central. A Universidade de Barcelona, a Fundação para a Promoção da Investigação Científica Aplicada e Tecnologia nas Astúrias, o Serviço de Saúde do Principado das Astúrias, a Fundação CTIC – Centro Tecnológico para o Desenvolvimento das Tecnologias da Informação nas Astúrias e o Departamento de Saúde do Principado das Astúrias são as entidades parceiras em Espanha. Já em Itália, os parceiros são o Instituto Nacional de Saúde, o Instituto Nacional de Seguros de Acidentes de Trabalho, o Instituto de Internamento e Serviços de Assistência ao Idoso e a Fundação Rigel ET. As entidades beneficiárias na Eslovénia são o Centro Médico Universitário Maribor, o Ministério da Saúde e a Associação de Enfermeiras e Parteiras da Eslovénia.

Na UC, participam também no projeto as docentes da FPCEUC, Carla Carvalho e Sílvia Lopes. 

Chegou a Primavera
A Primavera já chegou e com ela chegam também as “tradicionais” alergias. Para além dos sintomas respiratórios comuns mais...

Os desconfortos da alergia ocular incluem comichão, lacrimejar, vermelhidão, sensação de ardor, inchaço das pálpebras, visão turva e sensibilidade à luz.

“Detetar e tratar precocemente os sintomas de alergia ocular é fundamental para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida", explica Vânia Fernandes, Optometrista na MultiOpticas. A especialista reforça ainda que “pequenos cuidados diários podem fazer uma grande diferença” e partilha algumas recomendações simples e eficazes para proteger os olhos nesta estação:

  1. Use óculos de sol nos dias de maior vento e com maior concentração de pólen no ar;
  2. Lave frequentemente as mãos e evite tocar nos olhos, para impedir que o pólen entre em contacto com a zona ocular;
  3. Opte por arejar a casa nas horas centrais do dia e evite abrir as janelas ao início da manhã ou ao final da tarde, por serem alturas com maior concentração de pólen;
  4. Use lágrimas artificiais para manter os olhos hidratados e minimizar as agressões externas;
  5. Limpe suavemente os olhos com banhos oculares ou soro fisiológico. Se o desconforto persistir, consulte um especialista e evite automedicar-se com anti-histamínicos.

Não espere que os sintomas se agravem! Proteja os seus olhos desde os primeiros sinais de alergia e desfrute da Primavera com maior conforto.

Opinião
A esofagite eosinofílica (EE) é uma patologia inflamatória crónica do esófago, de natureza imunomedi

Estima-se que a EE afete cerca de 1 em cada 2000 indivíduos, sendo uma condição cada vez mais reconhecida, com incidência crescente. Predomina no sexo masculino, com maior frequência na adolescência e início da idade adulta, e está fortemente associada a antecedentes pessoais ou familiares de atopia, nomeadamente rinite alérgica, asma ou dermatite atópica. Entre os desencadeantes mais comuns encontram-se alergénios alimentares como leite, trigo, soja e ovos, embora também se considerem fatores ambientais na sua fisiopatologia.

Sem tratamento adequado, a EE pode evoluir para formas mais graves, com estenoses persistentes e disfagia progressiva, aumentando o risco de desnutrição e comprometimento do estado geral. Para além das manifestações físicas, a EE pode ter um impacto psicológico e social significativo. Os doentes podem desenvolver comportamentos de evitação alimentar, medo de engasgar, redução do apetite e perda ponderal. Estes sintomas interferem com o bem-estar emocional e social, estando descritas associações com ansiedade, depressão e isolamento. As limitações alimentares impostas pela doença afetam frequentemente o convívio social, refeições em grupo, prática desportiva, viagens e até a comunicação em público.

O diagnóstico precoce da esofagite eosinofílica é fundamental, não só para aliviar os sintomas e evitar complicações, como também para restaurar a capacidade de alimentação normal e melhorar a qualidade de vida. Um diagnóstico atempado permite ainda evitar terapêuticas ineficazes e exames complementares desnecessários, dado que muitos doentes são inicialmente tratados como se tivessem doença do refluxo gastroesofágico, atrasando o reconhecimento da esofagite eosinofílica.

O diagnóstico requer a realização de uma endoscopia digestiva alta com colheita de múltiplas biópsias esofágicas, essenciais para a identificação da infiltração eosinofílica. Embora exames laboratoriais e testes de alergia possam ser úteis em contextos selecionados, sobretudo em idade pediátrica, o seu valor no diagnóstico da EE em adultos é bastante limitado e não devem ser usados isoladamente com esse fim.

O tratamento da EE pode envolver abordagens dietéticas, farmacológicas e, em alguns casos, terapêutica endoscópica. As dietas de exclusão têm como objetivo identificar alimentos responsáveis pela inflamação, sendo uma opção segura, mas que exige tempo, dedicação e seguimento conjunto por Gastrenterologia e Imunoalergologia. A terapêutica farmacológica com inibidores da bomba de protões ou corticoides tópicos mostra-se eficaz na maioria dos casos, permitindo maior flexibilidade alimentar. Em situações mais graves ou com estenoses refratárias, pode ser necessária dilatação endoscópica. Mais recentemente, em doentes com resposta inadequada à terapêutica convencional, está disponível uma opção de tratamento biológico aprovada a nível europeu, com eficácia demonstrada na indução e manutenção da remissão.

Perante a suspeita clínica de EE, é essencial encaminhar o doente precocemente para a Gastrenterologia, de modo a confirmar o diagnóstico, instituir terapêutica apropriada e prevenir a progressão da doença.

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia assinala o Dia Mundial da Esofagite Eosinofílica por forma a aumentar a consciencialização para esta doença, o seu diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Para mais informações consulte: www.saudedigestiva.pt

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Observatório da Despesa em Saúde
Apesar da crescente utilização do setor privado e da sua relevância como opção de escolha para os cidadãos, o Serviço Nacional...

Esta é uma das principais evidências reveladas na mais recente Nota Informativa do Observatório da Despesa em Saúde: As relações entre o setor público e setor privado na saúde, realizada pelos investigadores Carolina Santos e Pedro Pita Barros, detentor da Cátedra BPI | Fundação ‘la Caixa’ em Economia da Saúde, no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação ‘la Caixa’, o BPI e a Nova SBE.

A análise, que pretende compreender como funcionam as diferentes componentes do sistema de saúde em Portugal e como se articulam as responsabilidades do Estado, das famílias e das entidades privadas, foi elaborada tendo como referência dois planos distintos: a origem dos fundos utilizados para pagar os cuidados de saúde (financiamento) e quem presta esses cuidados (a prestação).

Financiamento: setor público mantém papel central, mas famílias pagam cada vez mais

Em Portugal, o financiamento das despesas em saúde continua a ser garantido, sobretudo, por impostos, refletindo o papel central do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como seguro público. Em 2022, o seguro público representava 55,37% do total do financiamento em saúde – um ligeiro recuo face aos 58,62% registados em 2000. Simultaneamente, os pagamentos diretos das famílias ganharam expressão, passando de 24,98% em 2000 para 29,65% em 2022, revelando um aumento do esforço financeiro direto das famílias. Já os subsistemas públicos, como a ADSE, registaram uma diminuição na sua representatividade, descendo de 6,27% para 3,02% no mesmo período.

Apesar do crescimento percentual do seguro privado de saúde, este mantém ainda um peso relativo limitado no financiamento global.

Prestação de cuidados: reforço da presença do setor privado, mas o SNS mantém-se como pilar do sistema

No plano da prestação de cuidados de saúde, observa-se uma crescente utilização do setor privado, o que evidencia a procura por maior diversidade e rapidez no acesso a serviços. Ainda assim, os dados indicam que o SNS permanece como o pilar estruturante do sistema de saúde, garantindo a universalidade, a equidade e a solidariedade no acesso.

Entre 2013 e 2025, verificou-se um crescimento consistente da utilização do setor privado, que passou de 7,61% para 15,34% no total de acessos registados. Após a pandemia, assistiu-se a uma retoma progressiva da procura de serviços de urgência hospitalar privados, culminando, em 2025, com um aumento significativo das consultas em consultórios privados. Contudo, mesmo perante este crescimento do setor privado, a maioria da população continua a procurar apoio no SNS, frequentemente em articulação com serviços como a linha SNS24, cuja utilização aumentou substancialmente durante e após a pandemia.

Um sistema em evolução, mas estruturalmente estável

Os dados analisados refletem um sistema de saúde onde o setor público continua a ser o pilar central dos cuidados de saúde na doença, mas que partilha cada vez mais o seu espaço com o setor privado. Esta realidade verifica-se tanto na ótica agregada – analisando as despesas com prestadores – como na perspetiva individual, através das decisões dos cidadãos no momento em que necessitam de cuidados.

Apesar das mudanças nas preferências de utilização e do crescimento do setor privado, a estabilidade do sistema de saúde manteve-se ao longo dos últimos 10 a 15 anos, com a prestação pública e o recurso ao SNS a continuarem predominantes.

O futuro desta articulação entre setores dependerá da capacidade de desenhar políticas públicas que reconheçam as tensões e interdependências existentes, sem abdicar dos princípios fundamentais que regem o SNS: universalidade, equidade e solidariedade.

 

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), vai promover uma aula aberta sobre vacinação, no próximo dia 14 de...

A iniciativa vai contar com a presença de Graça Freitas (ex-Diretora Geral da Saúde), Fátima Ventura (representante de Portugal na EMA - Agência Europeia do Medicamento), Miguel Prudêncio (Investigador em vacinação, Professor na FMUL, GIMM) e Luís Graça (investigador no GIMM e sub-diretor da FMUL).

Nesta aula aberta vão ser abordados temas como a importância da vacinação na saúde pública, o processo de licenciamento e garantia de segurança das vacinas, como são tomadas as recomendações de vacinação em Portugal e a ameaça da desinformação sobre vacinas.

Após breves intervenções iniciais, terá lugar uma conversa aberta entre os palestrantes, moderada pela jornalista de ciência Teresa Firmino (jornal Público).

Esta aula destina-se a estudantes, profissionais de saúde, e ao público em geral.

 

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