Dia dos Avós assinala-se anualmente a 26 de julho
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) associa-se, através da campanha "Corações de Amanhã", à...

Esta ação, que surge no âmbito do Dia dos Avós, assinalado a 26 de julho, integra o programa Municipal "Sentir Penafiel" e contará com uma série de atividades dedicadas à promoção da saúde do coração na terceira idade.

Neste dia, a APIC estará presente com um espaço interativo e informativo, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer as válvulas do seu coração com recurso a ecografia cardíaca. “Serão também distribuídos folhetos informativos sobre a doença valvular cardíaca, os seus sintomas e a importância do diagnóstico precoce”, explica Joana Delgado Silva, presidente da APIC.

De acordo com a presidente da APIC, “com a nossa associação a esta iniciativa da Câmara Municipal de Penafiel, pretendemos reforçar a consciencialização para a prevenção e o diagnóstico atempado das doenças valvulares cardíacas. Neste dia vamos partilhar conhecimento e esclarecer questões sobre a doença valvular, bem como os seus sintomas, por forma a melhorar o acesso dos doentes para melhor tratamento para a sua doença”.

Rui Campante Teles, coordenador nacional campanha “Corações de Amanhã”, da iniciativa Valve For Life da APIC, sublinha a relevância da iniciativa: “Acreditamos que estamos a contribuir para o reconhecimento da importância do diagnóstico precoce e melhoria do tratamento da doença valvular cardíaca. O processo natural de envelhecimento exige que se adotem cuidados redobrados na saúde e o coração não pode ficar em lista de espera”.

E acrescenta “Neste Dia dos Avós, lembre-se de que deve ter atenção aos membros menos jovens da sua família e comunidade. Garanta que esta população não falta às consultas periódicas e que está ciente dos sintomas de alerta e outras patologias associadas. Esta preocupação com quem o rodeia pode melhorar e até prolongar vidas, especialmente quando a idade já pesa no coração!”.

A campanha “Corações de Amanhã”, uma iniciativa promovida pela APIC, pretende aumentar o conhecimento e a compreensão sobre a doença valvular cardíaca, promovendo o seu diagnóstico e tratamento atempado. A estenose aórtica e a insuficiência mitral são as principais doenças valvulares cardíacas. Esta campanha conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.

Para mais informações consulte o site www.coracoesdeamanha.pt e https://www.cm-penafiel.pt.

 

Na terra onde nasceu o Dia dos Avós
Empenho da penafidelense Elisa Couto tornou evento nacional em 2003. Programa inclui missa campal, rastreios de saúde,...

No próximo dia 26 de julho, o Parque da Cidade de Penafiel será palco de mais uma edição do Dia dos Avós, uma celebração que nasceu precisamente em Penafiel, fruto do empenho e dedicação da penafidelense Dona Elisa Couto, que lutou incansavelmente para que esta homenagem ganhasse reconhecimento nacional.

Foi graças ao trabalho desta mulher determinada que, em 2003, o Dia dos Avós passou a figurar oficialmente no calendário nacional, assinalando-se todos os anos a 26 de julho.

Penafiel, berço desta efeméride, continua a honrar esta tradição com um evento único, que atrai milhares de avós e famílias de toda a região – e não só – para um dia inteiramente dedicado àqueles que são pilares de sabedoria, amor e memória familiar.

A programação deste ano arranca a partir das 10h00, com o “Avós em Movimento”, seguindo-se uma missa campal presidida por D. Vitorino Soares, Bispo Auxiliar do Porto. Haverá ainda rastreios de saúde, uma exposição de carros clássicos, muita animação, um mega piquenique e, claro, atuações de vários artistas de renome da música popular portuguesa, para vibrar o Parque da Cidade.

 

Prevenir é Salvar Vidas
O afogamento é uma das principais causas de morte acidental em Portugal, sobretudo durante os meses

Identificar e evitar perigos

Muitos dos casos de afogamento ocorrem em situações que facilmente poderiam ser prevenidas. Distração, falta de vigilância, desconhecimento das condições do local, ausência de competências básicas de natação, consumo de álcool, entre outros, são fatores frequentemente associados a este tipo de acidentes. Apesar de serem as crianças, os idosos e as pessoas com mobilidade reduzida que integram os grupos vulneráveis, é importante ter consciência de que o risco se estende a toda a população.

No caso das crianças, é necessário garantir que as crianças estão sempre sob a vigilância de um adulto e que este deve estar totalmente focado na vigilância desta criança, não devendo consumir bebidas alcoólicas, praticar atividade física ou utilizar outras ferramentas de fácil distração (como telemóveis).

É importante educar para prevenir

A prevenção de afogamentos exige uma abordagem abrangente que começa na educação e sensibilização. Ensinar as regras de segurança na água, garantir a aprendizagem da natação e incentivar a formação em primeiros socorros são passos extremamente importantes que contribuem de forma decisiva para reduzir o risco.

Mais uma vez, no caso das crianças, é fulcral que tanto pais como filhos aprendam a nadar, uma vez que está demonstrado que programas aquáticos para lactentes e crianças ajudam a reduzir o risco de afogamento. É importante que os cuidadores tenham ainda consciência que crianças até aos cinco anos não têm capacidade para nadar de forma segura e autónoma, sendo sempre necessário a sua vigilância e acompanhamento.

Dicas práticas para um verão Seguro:

  • Respeitar as bandeiras e sinais nas praias e piscinas;
  • Supervisionar as crianças constantemente, mesmo que saibam nadar;
  • Nadar apenas em locais vigiados;
  • Evitar mergulhar em zonas desconhecidas;
  • Em caso de piscina em casa, instalar uma cerca protetora, com portões que se fecham automaticamente em redor da piscina.
  • Substituir braçadeiras ou outros dispositivos insufláveis que ajudam a criança a flutuar – uma vez que, facilmente, se podem esvaziar – e privilegiar coletes salva-vidas em atividades aquáticas.  

Apesar dos esforços das autoridades e das campanhas de sensibilização é fundamental que cada um assuma um papel ativo na promoção da segurança aquática. A solidariedade e o espírito de entreajuda são determinantes em situações de risco – alertando para condições perigosas ou comportamentos que possam comprometer a segurança de todos.

Com uma postura vigilante e responsável, aliada à colaboração de todos, é possível  criar ambientes aquáticos seguros e evitar tragédias que podem ser prevenidas. A Ageas Seguros orgulha-se de ser promotor da segurança e proteção nas praias durante a época balnear através da parceria com o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) que inclui o apoio com veículos para patrulhamento das praias e outras iniciativas de proteção costeira.

 

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo sobre impacto socioambiental em Guimarães
Laboratório da Paisagem, UMinho e ISAVE mostram que quem aufere mais valoriza os espaços verdes, mas quem mais os usa ganha menos.

Viver perto de um parque não chega: é a frequência com que se usa o espaço verde que faz efetivamente a diferença para a saúde mental e física. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Impacto dos espaços verdes na saúde mental e física”, apresentado esta segunda-feira no Laboratório da Paisagem, em Guimarães, na presença do presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, da presidente do Laboratório da Paisagem, Adelina Pinto, do presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, Luis Campos e do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado.

O trabalho, desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem, Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) e pelo Instituto Superior de Saúde (ISAVE) e, envolveu 501 moradores da envolvência de áreas verdes municipais de Guimarães - e cruzou dados sobre proximidade, uso, perceção e impacto nos indicadores de saúde. Os inquiridos foram divididos entre quem vive a menos e a mais de 300 metros das zonas verdes. As entrevistas foram conduzidas entre 8 e 24 de março de 2025, com base numa matriz de quotas por género, idade e localização, num total de 17 entrevistadores.

As conclusões são claras: a proximidade física aos parques não se revelou estatisticamente significativa, nem em termos de sintomas psicológicos, nem na qualidade do sono. Por outro lado, a frequência de utilização dos parques foi identificada como fator determinante na melhoria dos níveis de ansiedade, stress e sono. A relação com a depressão, embora presente, mostra-se mediada por outras variáveis, como o rendimento ou a condição profissional.

Também no domínio da atividade física, o estudo confirma que a proximidade é importante: quanto mais longe as pessoas vivem dos parques, menos tempo dedicam por sessão à prática de atividade moderada. A regularidade no uso dos espaços verdes influencia positivamente os níveis de atividade física, sobretudo na vertente da caminhada e do esforço moderado.

A análise socioeconómica revela um contraste relevante: pessoas com rendimentos mais altos valorizam mais os espaços verdes, mas frequentam-nos menos. Por outro lado, quem tem menos rendimentos é quem mais usa estes espaços - uma tendência que reforça a importância de políticas públicas que promovam ativamente a sua utilização. Neste sentido, os autores do estudo sublinham que não basta construir ou conservar parques, sendo fundamental fomentar a sua utilização regular.

Pedro Morgado, da Escola de Medicina da Universidade do Minho, considera que o estudo veio reforçar uma ideia-chave para a saúde mental urbana: “A natureza só tem efeito terapêutico quando se transforma em experiência vivida, regular e ativa”. O investigador defende que “viver ao lado de um parque pode ser irrelevante se não houver envolvimento da população no seu uso”, destacando ainda a importância de medidas concretas: desde a acessibilidade e segurança até à existência de programas de atividade social e física nesses espaços, incluindo atividades escolares.

 

Estratégia Verde Radial vai ligar toda a cidade

O estudo vem suportar o trabalho que Guimarães tem realizado no âmbito da estratégia verde radial, cidade que será Capital Verde Europeia em 2026. Esta estratégia prevê a construção de três cinturões verdes concêntricos: um primeiro na zona urbana e dois no exterior da cidade, com 20 e 42 quilómetros, respetivamente. “Estes cinturões de árvores vão fazer a ligação entre as zonas verdes, os parques e as ecovias, melhorando a acessibilidade, que é precisamente uma das barreiras identificadas no estudo”, explica Carlos Ribeiro, diretor-executivo do Laboratório da Paisagem. Quando estiver concluído, o anel mais externo deverá circunscrever 74% da população do concelho.

O projeto “Bairro C” - iniciativa piloto de regeneração urbana com foco na sustentabilidade ambiental e ligação de corredores verdes - está já a criar o primeiro desses anéis, com 11 quilómetros de cintura verde na malha urbana. Refira-se que entre 2012 e 2023, Guimarães aumentou em 95 hectares a sua área verde, dispondo hoje de dois grandes parques urbanos com 30 e 39 hectares, localizados a leste e a oeste da cidade.

 

Alterações climáticas causam tristeza e ansiedade

O estudo avaliou também as emoções associadas às alterações climáticas, que surgem como fator de stress. As sensações mais invocadas pelos vimaranenses foram tristeza (32%) e impotência (23%), seguidas de mágoa, ansiedade e medo. Os utilizadores mais frequentes dos parques são também os que revelam maior preocupação ambiental e uma maior disponibilidade para contribuir financeiramente para soluções: mais de 1% do salário mensal, em média.

Sublinhe-se que Guimarães tem em marcha um plano para atingir a neutralidade climática até 2030, com ações como o projeto PEGADAS - iniciativa municipal de educação ambiental dirigida à comunidade escolar -, que já envolveu 19.300 alunos e 1.700 professores em práticas sustentáveis.

O estudo seguiu uma abordagem integrada de saúde pública, alinhada com os conceitos de One Health e Exposoma, reconhecendo a interdependência entre saúde humana, ambiente e ecossistemas, e os impactos cumulativos das exposições ambientais e sociais ao longo da vida.

Opinião
No Dia Mundial das Hepatites Virais, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) junta-se ao ap

O que são as hepatites virais?

São infeções do fígado causadas por vírus (A, B, C, D e E). As hepatites A e E são agudas e transmitem-se pelo consumo de alimentos ou água contaminados. A hepatite E pode também estar associada ao consumo de carne mal cozinhada. As hepatites B, C e D podem tornar-se crónicas e transmitem-se pelo contacto com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas ou da mãe para o bebé durante a gravidez ou parto, sobretudo em países sem rastreio materno.

De referir que a hepatite A, apesar de não ser uma infeção sexualmente transmissível, tem estado associada a surtos em homens que têm sexo com homens, devido a práticas que envolvem contacto fecal-oral.

As formas crónicas (hepatites B, C e D) são as que representam uma ameaça maior, podendo evoluir para cirrose e cancro do fígado.

Apesar de potencialmente graves, as hepatites virais crónicas são silenciosas: os sintomas só surgem muito tardiamente, quando já há lesão hepática significativa. Por isso, o rastreio é fundamental. A Direção-Geral da Saúde recomenda que todos os adultos realizem o teste da hepatite B e C pelo menos uma vez na vida.

 

As hepatites só afetam os “grupos de risco”?

Não. Embora as hepatites virais crónicas sejam mais frequentes em utilizadores de drogas injetáveis ou em homens que têm sexo com homens, um terço dos casos ocorre em pessoas fora destes grupos. Apostar apenas no rastreio dirigido leva a falhas na deteção.

 

Situação em Portugal

Portugal tem feito progressos: investimento em estratégias como testes rápidos combinados (VIH, VHB e VHC), rastreios em farmácias comunitárias, ações em meio prisional e campanhas de literacia em saúde do fígado. Como resultado, tem-se assistido a um aumento do diagnóstico das hepatites virais. No que diz respeito ao tratamento, o destaque vai para a hepatite C com mais de 30 mil doentes tratados nos últimos 10 anos, com taxas de cura superiores a 97%.

Em relação à prevenção, Portugal tem uma das melhores coberturas vacinais contra hepatite B da Europa com 99% dos recém-nascidos vacinados com a 1.ª dose.

 

O que falta fazer?

Temos disponíveis as ferramentas necessárias para diagnosticar e tratar: medicamentos muito eficazes que curam a hepatite C e controlam a hepatite B. Apesar disto, estamos muito longe da meta da OMS para eliminar as hepatites virais como problema de saúde pública até 2030. Estima-se que apenas 13% das pessoas infetadas com o VHB e 36% das pessoas infetadas com o VHC estejam diagnosticadas. Das pessoas diagnosticadas, muitas não têm acesso a tratamento.

É urgente detetar novos casos. Isso exige maior sensibilização da população e dos médicos de medicina geral e familiar para o rastreio universal. Precisamos também de aproximar os cuidados de saúde das populações vulneráveis como pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes e toxicodependentes e reforçar a vacinação de grupos-chave. Por fim, é essencial combater o estigma, que afasta muitas pessoas do diagnóstico e do tratamento.

Neste Dia Mundial das Hepatites Virais, a SPG apela para que:

  • Faça o rastreio: teste-se pelo menos uma vez na vida para hepatite B (AgHBs) e hepatite C (anti-VHC);
  • Confirme se está vacinado contra as hepatites A e B;
  • Partilhe informação e combata o estigma.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta
Com a chegada do verão, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) reforça o alerta para os cuidados essenciais a ter com os...

“Os nossos olhos estão particularmente expostos e mais vulneráveis na época verão, em que a luminosidade aumenta consideravelmente e o calor seca atmosfera. Mas com medidas simples e cuidados básicos é possível evitar lesões, para além de contribuir para uma maior qualidade da visão”, salienta Vítor Maduro, médico oftalmologista e membro da SPO

 

Óculos de Sol: Mais do que um acessório, uma proteção essencial
A radiação ultravioleta (UV) é uma das principais responsáveis por problemas oculares como catarata, degeneração macular e lesões na córnea. Por isso, a SPO recomenda o uso de óculos de sol de qualidade, com filtros UV certificados, capazes de proteger eficazmente os olhos da exposição solar.

 

Lentes de Contacto e Piscinas: um risco evitável
O uso de lentes de contacto em ambientes aquáticos, como piscinas e praias, aumenta significativamente o risco de infeções oculares, como as queratites. A SPO aconselha evitar o uso de lentes nestes contextos ou, em alternativa, utilizar óculos de natação com graduação adequada.

 

Pálpebras: não esquecer a proteção da pele ao redor dos olhos
As pálpebras são frequentemente esquecidas, mas são uma zona sensível e suscetível a manchas, rugas e até tumores de pele. A utilização de chapéus de abas largas, protetor solar adequado e óculos de sol contribui para uma proteção completa.

 

Hidratação e irritações: olhos também precisam de cuidados extra
Areia, sal do mar e cloro podem causar irritações e secura ocular. O uso de lágrimas artificiais, a lavagem com água limpa após a exposição e a proteção com óculos apropriados ajudam a manter o conforto e a saúde ocular.

 

Óculos de segurança: indispensáveis em atividades de verão
O trabalho ao ar livre requer o uso de óculos de segurança para prevenir lesões provocadas, por exemplo, por detritos e produtos químicos.

 

Como aproveitar o verão para adotar hábitos que promovem um peso saudável
No verão, surge uma excelente oportunidade para fazer pequenas mudanças no estilo de vida que podem

Começar o dia com movimento

As manhãs de verão, mais frescas e agradáveis, são ideais para praticar uma atividade física leve como caminhar. Uma simples caminhada de 30 minutos ajuda a estimular o metabolismo, a aumentar os níveis de energia e a melhorar o bem-estar. Além disso, este tipo de exercício regular contribui para o controlo do peso de forma natural e eficaz.

 

Refeições leves e nutritivas

O calor convida a refeições mais frescas e simples. Saladas coloridas, legumes grelhados, peixe ou carne branca e frutas da época devem ser privilegiados. Alimentos leves e com baixo teor calórico são mais fáceis de digerir e ajudam a evitar o consumo de calorias em excesso. Apostar na variedade e na qualidade nutricional é essencial para manter um peso equilibrado.

 

Hidratação constante ao longo do dia

Beber água com frequência é essencial, não só para compensar as perdas de líquidos provocadas pelas altas temperaturas, mas também para ajudar a controlar o apetite. Muitas vezes, a sensação de fome é confundida com sede. Ter sempre uma garrafa de água por perto e optar por águas aromatizadas com frutas ou ervas frescas pode ser uma boa forma de manter a hidratação e evitar bebidas açucaradas ou alcoólicas.

 

Prevenir excessos com escolhas conscientes

O verão é também tempo de convívio, férias e refeições fora de casa. Nestes contextos, o segredo está em fazer escolhas conscientes: evitar alimentos muito gordurosos, comer devagar, respeitar os sinais de saciedade e não saltar refeições ao longo do dia. A organização e o planeamento continuam a ser aliados importantes, mesmo durante os dias de descanso.

 

Orientação especializada para escolhas mais seguras

Adotar hábitos saudáveis pode ser mais simples e eficaz quando existe acompanhamento profissional. Consultar um nutricionista ou outro especialista em saúde permite esclarecer dúvidas, identificar necessidades específicas e traçar um plano de ação adequado. Este tipo de orientação ajuda a evitar soluções rápidas ou desequilibradas, promovendo uma abordagem mais consciente e duradoura ao controlo de peso.

O verão pode ser o início de uma nova relação com o corpo e a alimentação. Com pequenas mudanças no dia a dia é possível alcançar melhorias significativas na saúde e bem-estar.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigação da Universidade de Coimbra (UC) descobriu que o relógio biológico interno está profundamente afetado...

Neste estudo, os cientistas de Coimbra demonstram, pela primeira vez, que nesta doença ocorrem alterações dos ritmos circadianos – os ciclos biológicos naturais de aproximadamente 24 horas, que regulam o funcionamento do corpo, incluindo o sono, a temperatura corporal e a atividade física. Os resultados deste estudo inovador estão agora publicados na prestigiada revista científica BRAIN.

“O que descobrimos foi que o ritmo circadiano vai perdendo a sua robustez à medida que a doença avança. Percebemos ainda que a proteína alterada nas pessoas com esta doença – a ataxina-3 – interfere com os sinais que o cérebro envia para manter o corpo a funcionar de forma sincronizada. É como se o relógio interno deixasse de dar as horas certas”, explica o primeiro autor do estudo, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB) e estudante de doutoramento da Faculdade de Farmácia da UC (FFUC), Rodrigo Ribeiro.

A equipa de investigação estudou os ritmos circadianos e caracterizou as suas perturbações, descobrindo níveis de atividade reduzidos e mais fragmentados, dificuldade na sincronização a variações repentinas no esquema de luz, e disfunções nos ritmos da temperatura corporal interna. Estes dados revelam que quem vive com esta doença apresenta menos regularidade nos horários de sono e vigília, tem maior dificuldade em adaptar-se a mudanças no ambiente (como o jet lag) e regista alterações invulgares na temperatura corporal.

Para estudar estes ritmos, a equipa de cientistas acompanhou pessoas diagnosticadas com a doença de Machado-Joseph, usando pulseiras de monitorização (os actígrafos), que registam momentos de sono e atividade. Através desta monitorização, foram identificadas alterações severas nos parâmetros do ritmo circadiano correlacionadas com a progressão clínica da doença. As pessoas com a doença de Machado-Joseph apresentam, por exemplo, menor robustez e estabilidade do ritmo circadiano, maior quebra nos padrões de atividade-repouso, bem como diminuição da eficiência e do tempo total de sono.

Paralelamente, foram utilizados modelos animais e celulares para estudar como a doença afeta o funcionamento do cérebro ao longo do dia.

O estudo revela ainda que a proteína ataxina-3 ajuda a ativar genes que regulam o ritmo circadiano. No entanto, na sua versão alterada – a ataxina-3 mutada, característica da doença de Machado-Joseph – essa capacidade deixa de funcionar corretamente. Esta informação ajuda a explicar por que razão os ritmos circadianos se desorganizam à medida que a doença avança.

“Compreender a disfunção do relógio biológico é crucial não só para aprofundar o conhecimento da fisiopatologia da doença, mas também para estabelecer bases para a identificação de biomarcadores que permitam monitorizar a sua progressão”, acrescenta o cocoordenador deste projeto científico, presidente do CNC-UC, coordenador do CiBB e docente da FFUC, Luís Pereira de Almeida.

Neste contexto, a equipa da Universidade de Coimbra espera que, num futuro próximo, os dados revelados por esta investigação possam contribuir para, por exemplo, “testar intervenções baseadas no ritmo circadiano para combater esta doença devastadora e estabelecer parâmetros de actigrafia – um método não invasivo para monitorizar com precisão a atividade e a temperatura corporal – que permitam uma avaliação personalizada da sua evolução”, partilha a coordenadora deste trabalho, investigadora do CNC-UC e do CiBB e docente da FFUC, Cláudia Cavadas.

A doença de Machado-Joseph, também conhecida como ataxia espinocerebelar tipo 3, continua a não ter cura. Assim, este trabalho é um passo importante para compreender melhor a doença e encontrar novas estratégias que possam melhorar a vida de quem lida com ela.

Este trabalho foi desenvolvido por uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra, que envolveu cientistas de várias unidades de investigação e ensino – CNC-UC, CiBB, GeneT, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Ciências e Tecnologia e Faculdade de Medicina –, tendo contado ainda com o envolvimento da Unidade Local de Saúde de Coimbra.

O artigo científico Circadian Rhythms are Disrupted in Patients and Preclinical Models of Machado-Joseph Disease está disponível em http://academic.oup.com/brain/article-lookup/doi/10.1093/brain/awaf199.

 

Maior prémio nacional na área da Nefrologia regressa para a sua quarta edição
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), encontra-se...

O prémio, atribuído anualmente, visa incentivar a realização de estudos clínicos e avaliações epidemiológicas na área da Insuficiência Renal Crónica (IRC), com particular relevância no âmbito da prevenção e da melhoria de cuidados da Doença Renal Crónica (DRC).

“Com esta iniciativa, queremos contribuir para o aumento do conhecimento científico sobre a DRC em Portugal, que tem elevada incidência e prevalência, sobretudo em estádios avançados, e que carece de estudos clínicos e epidemiológicos relevantes”, afirma Paulo Dinis, presidente da ANADIAL.

Os trabalhos candidatos ao Prémio ANADIAL-SPN podem ser: a) análises interinas de estudos epidemiológicos em curso (desde que estas análises estivessem previstas no desenho do estudo e os resultados sejam relevantes); b) trabalhos já terminados ou projetos de investigação em fase de arranque.

O projeto vencedor, avaliado por um júri composto por sete elementos, receberá um prémio no valor de 10 mil euros.

A DRC é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). São várias as doenças que podem provocar lesões nos rins e provocar a IRC, nomeadamente a hipertensão arterial, a diabetes mellitus, as glomerulonefrites crónicas e algumas doenças hereditárias. Nas fases mais avançadas, os portadores desta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.

Para mais informações, consulte o Regulamento disponível em www.anadial.pt

“Descomplicar a Nutrição no Cancro”
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e Fortimel, uma marca da Danone Nutricia veem a sua parceria reforçada com o...

Este livro apresenta uma abordagem prática e acessível à nutrição em contexto oncológico, reunindo receitas adaptadas às necessidades específicas das pessoas com cancro, assim como orientações nutricionais validadas por uma nutricionista. O objetivo é apoiar doentes e cuidadores na alimentação diária, promovendo a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida ao longo do tratamento.

Segundo Vítor Veloso, Presidente da LPCC, “este livro representa um passo fundamental para apoiar os doentes oncológicos e respetivos cuidadores, oferecendo informação prática que pode fazer a diferença na qualidade de vida durante o tratamento”. “A nutrição é uma peça-chave na luta contra o cancro - descomplicá-la e torná-la mais atrativa é um dos nossos maiores compromissos.”, acrescenta.

Por sua vez, Paulo Santos, Líder da Danone Nutricia Portugal, comenta: “Estamos muito orgulhosos e entusiasmados por poder reforçar a nossa parceria com a LPCC através deste projeto, que alia ciência e sabor. Uma alimentação adequada é um pilar essencial para o bem-estar dos doentes e, nesse sentido, acreditamos que este livro representa uma ferramenta muito valiosa”.

O lançamento do livro decorreu num evento que reuniu os oradores Ricardo Sousa, Diretor de Ação Social da LPCC; Paulo Santos, Líder da Danone Nutricia Portugal; Bruna Rosa, Nutricionista da LPCC; Tia Cátia, Chef e coautora do livro; e Sara Tainha, autora do podcast “Tenho Cancro e Depois?”, enquanto moderadora. No final, a plateia teve oportunidade de acompanhar um momento de showcooking protagonizado pela Chef Tia Cátia, que preparou ao vivo uma das receitas do livro, demonstrando que a nutrição no cancro pode ser saborosa, prática e reconfortante.

“Cozinhar para quem enfrenta esta doença é um desafio que exige sensibilidade e criatividade. Foi uma honra contribuir para este livro e mostrar que é possível preparar refeições saborosas, nutritivas e que alimentam não só o corpo, mas também o espírito.”, destaca a Chef Tia Cátia.

Este lançamento surge no âmbito da parceria entre a LPCC e a Fortimel que, recentemente, promoveu também um conjunto de ações de sensibilização por diversas cidades do país. Estas sessões gratuitas combinaram informação técnica, orientações práticas e demonstrações culinárias, com o intuito de descomplicar a nutrição no cancro e ajudar quem enfrenta a doença a manter uma alimentação adequada e prazerosa.

Dia Mundial do Cérebro
No Dia Mundial do Cérebro, que se assinala anualmente a 22 de julho, a Alzheimer Portugal e a Associação Protectora dos...

"Sabemos que a diabetes é um dos fatores de risco modificáveis mais importantes para o declínio cognitivo e a demência. As pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco 60%  maior de virem a desenvolver demência, incluindo a Doença de Alzheimer. Por isso, a gestão rigorosa da diabetes não é apenas vital para a saúde metabólica, mas também para a proteção da saúde cerebral a longo prazo", afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP. "Como tal, é imperativo que as pessoas com diabetes, e a população em geral, compreendam a importância de um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação equilibrada, exercício físico regular e o controlo dos níveis de glicemia, para proteger o seu futuro cognitivo. A prevenção começa hoje", reforça.

“A saúde do cérebro é um pilar fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida, e a prevenção assume um papel crucial”. Quem o afirma é Maria do Rosário Zincke dos Reis, Presidente da Direção Nacional da Alzheimer Portugal, que realça o papel que as associações de doentes têm no aumento da literacia em saúde dos cidadãos e nas sinergias que podem criar em benefício do bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. “Em geral, é fundamental alertar para a importância da prevenção (e não apenas a intervenção), com a adoção de estilos de vida saudáveis e o controlo de fatores de risco que sejam modificáveis. No que diz respeito à saúde do cérebro, importa adotar três estratégias fulcrais: manter a mente ativa através da realização de atividades intelectuais estimulantes e significativas, praticar atividade física e procurar interações sociais positivas”, remata a presidente da Alzheimer Portugal.

A diabetes, caracterizada por níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue, pode danificar os vasos sanguíneos em todo o corpo, incluindo os do cérebro. Este dano vascular pode levar a uma redução do fluxo sanguíneo cerebral, privando as células cerebrais de oxigénio e nutrientes essenciais. Além disso, a resistência à insulina, uma característica comum da diabetes tipo 2, tem sido associada a alterações cerebrais que se assemelham às observadas na Doença de Alzheimer.

Um estudo da Universidade de Coimbra revela ainda que a doença de Alzheimer pode envelhecer o cérebro até nove anos além da idade real do doente e a diabetes tipo 2 pode levar a um envelhecimento de cinco anos.

A colaboração entre a APDP e a Alzheimer Portugal, neste Dia Mundial do Cérebro, visa sensibilizar a população para a importância da prevenção e a interligação entre diferentes aspetos da saúde, promovendo uma abordagem holística ao bem-estar e à longevidade cognitiva.

SPT e IPST celebram em Coimbra a importância da transplantação
A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) associam-se na...

Esta efeméride visa não só sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos para salvar múltiplas vidas assim como homenagear os dadores, as suas famílias, os recetores e os profissionais de saúde envolvidos.

Cristina Jorge, presidente da SPT, explica que os transplantes têm um significado especial para as famílias de quem doa e recebe órgãos. “Nas doações em vida, há um ato de altruísmo que permite dar mais vida e qualidade de vida a quem é transplantado. No caso de quem perde um ente querido que doa os seus órgãos, tem de certa forma, o consolo de saber que estes permitiram dar vida a outras pessoas. E as famílias de quem é transplantado, têm a alegria de saber que o seu familiar terá a oportunidade de viver mais e com maior qualidade de vida”.

Assim, neste evento comemorativo, o escritor Pedro Chagas Freitas dará o seu testemunho enquanto pai de uma criança que recebeu um transplante de fígado, havendo também lugar para um testemunho de uma família de um dador de órgãos.

Cinquenta e seis anos após o marco histórico do primeiro transplante renal em Portugal, a comemoração irá também dedicar-se a homenagear o passado e a perspetivar o futuro. O Prof. Linhares Furtado, médico cirurgião que realizou o primeiro transplante em Portugal, será homenageado com um busto descerrado neste dia e um concerto pela Orquestra Clássica do Centro, com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra.

No que diz respeito ao futuro, serão debatidas perspetivas sobre a importância da comunicação e interação da parte laboratorial da histocompatibilidade com as equipas de transplantação que acompanham os doentes – uma perspetiva que não era habitual no passado. Será também abordada a complexidade dos processos inerentes à avaliação de um candidato a transplante e os desafios que os profissionais de saúde que atuam nesta área da doação e transplantação de órgãos enfrentam no seu dia a dia para permitirem que todo o processo decorra da melhor forma. Todos estes contributos são essenciais para os bons resultados que a transplantação nacional tem alcançado.

Em 2024, Portugal foi o primeiro país a nível mundial de dadores em morte cerebral, registou-se o “recorde histórico” de órgãos colhidos, realizou-se o número mais alto de transplantes cardíacos (58) e foram transplantados 538 rins, o segundo melhor resultado de sempre, segundo dados do IPST. Além disso, também em 2024, foi realizado em Portugal o primeiro transplante hepático robótico da Europa e o segundo a nível mundial, tendo já sido efetuados até à data 20 transplantes de fígado com esta tecnologia.

No entanto, há desafios que se mantêm. A idade dos dadores é alta e a taxa de aproveitamento de órgãos desceu ligeiramente, o que se traduziu numa redução do número global de órgãos transplantados em relação a 2023.

Cristina Jorge realça que “estes resultados são ainda mais relevantes porque Portugal não tem uma abordagem tão transversal em relação à doação de órgãos, comparativamente a outros países, que incluem a colheita de órgãos em doentes em paragem cardiocirculatória controlada.  Além disso não se pode descurar que o contexto destes resultados é no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que padece de constrangimentos significativos tanto em termos de recursos humanos (como falta de profissionais ou com sobrecarga horária) como em termos de carência ou até ausência de renovação quer de instalações e de equipamentos. No entanto, a coordenação do SNS em conjunto com outros agentes, como por exemplo as forças de segurança ou a força aérea, essenciais no transporte de órgãos, tem-nos permitido atingir estes resultados extraordinários”.

Recorde-se que, no nosso país, a colheita só é permitida nos dadores em morte cerebral, ou seja quando a morte foi verificada por critérios neurológicos, e nos falecidos por paragem cardiocirculatória não controlada, em que a morte, súbita, foi verificada por ausência de função cardiocirculatória em doentes submetidos a manobras de reanimação sem sucesso. Também o transplante de dador vivo só é possível em alguns órgãos, sendo o renal o mais comum.

“É importante lembrar que o principal objetivo do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação é sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos, como um gesto solidário que pode salvar ou melhorar a vida de milhares de pessoas. A transplantação permite em muitos casos o retorno dos doentes a uma vida socialmente ativa e produtiva. Resulta de um grande avanço da Medicina do século XX, e é com orgulho que podemos afirmar que Portugal continua a ser um exemplo mundial nesta área”, conclui a Presidente da SPT.

Opinião
Chega o verão e, com ele, as férias.

Para quem sofre de síndrome do intestino irritável, uma perturbação do eixo intestino-cérebro caracterizada pela presença de dores abdominais recorrentes (mais de duas vezes por semana), geralmente acompanhadas de alterações do trânsito intestinal, como diarreia, obstipação ou alternância entre ambas, o período das férias pode trazer alguma ambivalência: se, em alguns casos, há um alívio dos sintomas, para um número significativo de pessoas pode ocorrer uma exacerbação ou uma maior dificuldade em “esconder” sintomas, especialmente a distensão abdominal ou barriga “inchada”.

Neste sentido, é essencial considerar estratégias de autogestão para tornar esta fase mais agradável, e não um fator de stress em si. Muitas dessas estratégias são, na verdade, ferramentas úteis sempre que há uma mudança de rotina.

Alguns fatores são fundamentais para uma interação saudável do eixo cérebro-intestino, como a alimentação, o sono e o stress a que estamos expostos no dia a dia. Naturalmente, todos estes elementos podem sofrer alterações durante as férias. Assim, partilho algumas dicas para equilibrar esta comunicação tão sensível:

  1. Mantenha uma rotina alimentar o mais regular possível

Evite longos períodos em jejum e grandes excessos. Mesmo em viagem, tente manter horários relativamente estáveis para as refeições, com porções moderadas e mastigação lenta. Evite o consumo excessivo de cafeína e álcool, ambos podem interferir com o eixo intestino-cérebro, bem como bebidas muito frias no final das refeições.

  1. Planeie com antecedência

Se vai comer fora, verifique os menus com antecedência e evite pratos com ingredientes desencadeantes (como laticínios, alho, cebola, pimentos ou alimentos ricos em FODMAPs, caso seja sensível). Ter snacks seguros na mala, como bolachas de aveia simples ou nozes, pode ajudar a contornar imprevistos e reduzir desejos impulsivos.

  1. Hidrate-se adequadamente

Mudanças de clima e desidratação aumentam o risco de obstipação ou diarreia. Beba água regularmente, sobretudo em destinos quentes ou quando houver maior consumo de álcool.

  1. Controle o stress e o sono

As férias devem ser relaxantes, mas deslocações, voos ou alterações no sono podem desencadear sintomas. Técnicas simples como a respiração abdominal, meditação guiada ou caminhadas conscientes (mindfulness walks) ajudam a manter o eixo intestino-cérebro em equilíbrio.

  1. Leve consigo medicação SOS

Considere viajar com antiespasmódicos, laxantes suaves, probióticos ou antidiarreicos, consoante o seu subtipo de síndrome do intestino irritável e sempre com orientação médica. Fale com o seu médico antes das férias para planear uma estratégia em caso de agravamento — isso contribuirá para que se sinta mais tranquilo.

  1. Acorde 30 minutos mais cedo

Acordar antes da azáfama matinal dá-lhe um momento de calma que coincide com o “despertar” fisiológico do intestino. A manhã é o momento ideal para usar a casa de banho, pelo que deve aproveitar essa janela para garantir um início de dia mais confortável.

  1. Guarde um momento para praticar exercício físico

As férias são uma pausa, mas também uma ótima oportunidade para experimentar um novo desporto ou retomar uma atividade física de que goste. O exercício, além de libertar endorfinas que promovem o conforto intestinal, melhora a motilidade e a regulação digestiva. As chamadas "fart walks" (caminhadas após as refeições) trazem benefícios na digestão, controlo glicémico e na acomodação da refeição. Sem dúvida a incluir na sua rotina de verão!

A época de férias deve ser vivida com leveza. Os eventos sociais ou em locais onde não exista uma casa de banho por perto podem ser especialmente desafiadores e, apesar de a doença se manifestar com diferentes graus de gravidade, é muito frequente observar-se um fenómeno conhecido como "síndrome da casa de banho", em que estar próximo de uma instalação sanitária é uma fonte de tranquilidade. Se houver um dia em que não se sinta bem, permita-se descansar, recarregar energias e recuperar o equilíbrio. Ouvir as necessidades do seu corpo é um gesto essencial ao longo do ano, mas assume um papel ainda mais importante durante este período.

Espero que estas dicas contribuam para um eixo cérebro-intestino revigorado nestas férias!

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
O cérebro é o órgão mais fascinante do nosso corpo.

Quando parte do cérebro sofre uma lesão, seja por uma doença aguda como o AVC, seja por uma doença crónica como a demência, perdem-se milhões de células (neurónios). As sequelas destas doenças neurológicas incluem défices de força, sensibilidade, coordenação e cognitivas. Podem ser devastadoras com repercussão importante no quotidiano dos doentes; infelizmente, nem todas estas sequelas são recuperáveis com reabilitação. 

Em particular, as falhas cognitivas – de memória, raciocínio, comportamento e personalidade – têm um impacto quer no doente, quer na sua família e cuidadores, porque cursam com frequência com maior dependência no dia a dia e alteração da identidade própria. A deterioração cognitiva progressiva que caracteriza a demência leva a perda de autonomia da pessoa, com consequências sociais, emocionais e económicas.

O foco deve ser, por isso, na prevenção do dano cerebral. Para minimizar o risco de AVC, doenças como a hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, tabaco e consumo excessivo de álcool devem ser evitadas e corrigidas. 

Em relação à demência, sabia que quase metade do risco é modificável? Desde a infância (baixa escolaridade), à idade adulta (sedentarismo, diminuição de audição e as doenças que aumentam o risco de AVC) até à terceira idade (isolamento social e diminuição de visão), há forma de cuidar da saúde cerebral em cada faixa etária. 

Assim, importa conhecer as medidas ao alcance de cada um de nós:

·      Infância: incentivar a escolaridade;

·      Adultos: estimular atividade física regular, corrigir falta de audição e tratar doenças cardiovasculares;

·      Idosos: promover socialização e corrigir falta de visão.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
O Ispa – Instituto Universitário, através do seu Centro de Investigação APPsyCI – Applied Psychology Research Center...

A investigação, liderada pelo Professor Doutor David Dias Neto e por Cátia Martins e Castro, doutoranda em Psicologia, foi publicada em duas das revistas científicas internacionais mais prestigiadas na área das dependências comportamentais — Journal of Behavioral Addictions e Addictive Behaviors.

Os investigadores identificaram quatro perfis psicológicos de jogadores:

Perfil Evitante (20,16%): Jogadores mais velhos, com boa regulação emocional e motivações centradas no lazer. Preferem interações offline e não apresentam risco de perturbação de jogo digital. Representam um uso equilibrado e saudável dos videojogos.

Perfil Envolvido (38,95%): O mais comum. Jogadores emocionalmente equilibrados, com integração positiva dos videojogos na sua vida social. Jogam por bem-estar, autoexpressão e socialização digital. Não evidenciam comportamentos problemáticos.

Perfil Relacional (26,01%): Predominante entre jovens e pessoas não-binárias, com elevada motivação social e alguma dificuldade na regulação emocional. Procuram reconhecimento através do jogo e demonstram alguma vulnerabilidade ao uso problemático.

Perfil Desregulado (15,78%): Jovens, maioritariamente do sexo masculino e com baixos níveis de escolaridade, apresentam sérias dificuldades emocionais, motivações escapistas e uso problemático. Estão em maior risco de desenvolver perturbação de jogo digital, segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Este estudo é o primeiro a integrar de forma sistemática 25 variáveis psicológicas, incluindo 19 motivos para jogar e 6 dimensões de regulação emocional, abrangendo três géneros (masculino, feminino e não-binário) e diferentes estilos de jogo. Os resultados permitem identificar com maior precisão quem corre risco de desenvolver um uso disfuncional dos videojogos, e quem faz um uso positivo e socialmente integrado.

“É fundamental diferenciar envolvimento saudável de comportamentos problemáticos, para que se possa intervir atempadamente e promover a literacia emocional e digital, sobretudo entre os mais jovens”, destaca o Professor David Dias Neto.

O estudo reforça a necessidade de:

  • Desenvolver programas de prevenção personalizados, especialmente para adolescentes e jovens adultos em risco;
  • Formar profissionais de saúde mental e educadores, com ferramentas para distinguir entre uso intenso e uso problemático;
  • Compreender o papel do design digital (ex. loot boxes, notificações, recompensas variáveis) na promoção de comportamentos aditivos;
  • Evitar estigmatização dos jogadores, reconhecendo que a maioria faz um uso saudável e positivo dos videojogos.

 

A importância do reconhecimento do Gaming Disorder

A Perturbação de Jogo Digital (Gaming Disorder) foi oficialmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Este diagnóstico aplica-se apenas quando há impacto funcional significativo, perda de controlo e persistência dos sintomas por mais de 12 meses.

Ao contrário das dependências com substância (como o álcool ou a nicotina), as dependências comportamentais, como o uso problemático de videojogos, não envolvem ingestão de químicos, mas podem ter efeitos semelhantes ao nível da saúde mental, do funcionamento social e do sistema de recompensa cerebral.

Esta investigação posiciona o Ispa na vanguarda da reflexão científica sobre o impacto psicológico do uso de tecnologias digitais, com implicações importantes para a saúde mental, a prevenção e a intervenção personalizada.

“A Hepatite não pode esperar” – Dia Mundial das Hepatites assinala-se a 28 de julho
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha nacional de consciencialização para as...

A Hepatite caracteriza-se por uma inflamação das células do fígado, podendo ter várias causas, nomeadamente os vírus da Hepatite A, B, C, D e E, sendo a B e a C as que têm maior impacto na saúde pública. O fígado é um importante órgão do corpo humano e, no caso de inflamação ou lesão, pode haver comprometimento da sua função, podendo originar diversas complicações a curto e a longo prazo.

De acordo com Paula Peixe, presidente da APEF, “as Hepatites Virais representam um grave problema de saúde pública em Portugal, afetando mais de 50 mil pessoas, muitas ainda por diagnosticar. Os doentes com hepatite não apresentam sintomas e, quando estes surgem alertam para uma doença já mais avançada. Por essa razão, o rastreio assume um papel crucial na sua deteção permitindo não só o tratamento eficaz como a prevenção de complicações e transmissão de novas infeções”.

A Hepatite é evitável, tratável e, no caso da Hepatite C, curável.

As Hepatites Virais B e C afetam cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, provocando 1,4 milhões de mortes por ano. “O diagnóstico acontece, habitualmente, pelo estudo de alterações nas análises hepáticas ou quando se suspeita que houve exposição a fatores de risco: transfusões de sangue realizadas antes de 1992, sexo sem proteção ou partilha de seringas ou outros materiais. Contudo, a maior parte dos doentes por diagnosticar e tratar são aqueles em quem não encontramos fatores de risco, são aqueles como qualquer um de nós que pode ter tido uma exposição não documentada. Por isso é fundamental que todos os adultos façam o rastreio pelo menos uma vez, sem esquecer aqueles que,  em qualquer momento da sua vida, possam ter tido um fator de risco, mesmo que pontual ou transitório.

Faça os testes de rastreio para Hepatites B e C, não se discrimine a si mesmo, não se sinta discriminado ”, explica Paula Peixe.

E acrescenta: “A taxa de cura para a Hepatite C situa-se em acima de 97 por cento. A Hepatite B é igualmente tratável. Se não forem tratadas, estas Hepatites podem evoluir para cirrose hepática e para o cancro do fígado. Lembre-se que a cada 30 segundos morre no mundo uma pessoa com uma doença relacionada com as Hepatites. Os tratamentos são simples, rápidos e gratuitos para o utente”.

Em Portugal, a vacinação contra a Hepatite B faz parte do Programa Nacional de Vacinação desde 1995, contribuindo para a redução significativa da incidência desta doença. Porém, ainda não existem vacinas para a Hepatite C, tornando-se vital a adoção de comportamentos seguros, como o uso de preservativos e a não partilha de agulhas ou outros objetos cortantes.

A identificação da hepatite e fazer o tratamento é, também, uma forma de proteger os outros e de se proteger a si próprio das formas mais graves da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou uma Estratégia Global sobre Hepatites Virais: eliminar a hepatite viral como uma ameaça à saúde pública até 2030. Esteja atento e consulte o seu médico para fazer o diagnóstico e, em caso positivo, o tratamento atempado. Não fique à espera. Atue.

 

Natalidade na Europa está em risco
Barómetro FutURe 2025 revela novos dados sobre fertilidade, saúde reprodutiva e falta de literacia entre jovens da Geração Z e...

O Barómetro FutURe 2025 revela que o desejo de parentalidade permanece vivo entre os jovens europeus — mas já não é unânime. Segundo o inquérito, promovido pela Merck, 70% dos jovens inquiridos dizem querer ter filhos no futuro, mas uma fatia significativa (30%) afirma não querer constituir família. Estes números são resultado das preocupações destes jovens como por exemplo as inseguranças económicas e a falta de informação sobre fertilidade e planeamento familiar.

Apenas 67% dos jovens inquiridos consideram-se bem informados sobre fertilidade, um valor inferior face ao nível de literacia que dizem ter sobre métodos contracetivos (80%). Esta diferença revela uma lacuna na educação reprodutiva, especialmente quando menos de metade dos inquiridos (49%) indicam ter discutido temas de fertilidade ou preservação com um profissional de saúde.

Para os jovens, falar sobre fertilidade é também um ato de liberdade. Sete em cada dez consideram que o acesso a técnicas de preservação da fertilidade — como a criopreservação de óvulos ou espermatozoides — numa idade mais jovem lhes permitiria decidir com mais autonomia se e quando querem ter filhos. Além disso, 77% defendem que estas opções devem ser mais debatidas publicamente, para combater o estigma e promover maior sensibilização social.

Ao longo dos últimos quatro anos, o Barómetro FutURe inquiriu mais de 30.000 jovens europeus, entre os 21 e os 38 anos, em 12 países, através de uma amostra representativa de Millennials e Geração Z. Este inquérito procura compreender as expectativas e preocupações das novas gerações sobre o futuro da Europa — incluindo saúde, inovação, sustentabilidade e parentalidade. Esta edição do barómetro evidencia a importância que os jovens atribuem ao acesso a soluções concretas — como a preservação da fertilidade e o apoio das empresas — para poderem tomar decisões livres e informadas sobre o seu futuro familiar.

 

 

Universidade de Coimbra
Um consórcio liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver um pão...

O projeto “AlBread: Uso de plantas aromáticas do Alentejo e farinha de bolota no desenvolvimento de pão funcional”, no qual participam as faculdades de Farmácia (FFUC) e Medicina (FMUC), bem como as universidades do Algarve e de Évora, surgiu no seguimento da ideia de criar um alimento com propriedades funcionais que conjugasse ingredientes naturais e benefícios comprovados para a saúde gastrointestinal.

Neste contexto, foi formado um consórcio interuniversitário, que conta com o apoio de várias empresas dos setores da extração de óleos essenciais, produção de farinhas e panificação. "Este projeto propõe a integração de óleos essenciais extraídos de plantas aromáticas e medicinais do Alentejo, como a erva-príncipe e o rosmaninho, e ainda o desenvolvimento de técnicas inovadoras de encapsulamento desses compostos, para que estes sejam libertados no momento certo do processo digestivo, preservando o sabor e aroma tradicional do pão", explica Luís Alves, investigador do Chemical Engineering and Renewable Resources for Sustainability (CERES), da FCTUC.

Outro dos elementos diferenciadores é a utilização de farinha de bolota, proveniente da região do Montado alentejano. "Esta farinha, isenta de glúten e com interessantes propriedades nutricionais, está a ser caracterizada e testada como base do produto, sendo também explorada como matriz para o encapsulamento de compostos bioativos, incluindo probióticos e óleos essenciais", revela o especialista.

Apesar de ainda não haver um protótipo de pão funcional finalizado, os investigadores já obtiveram resultados promissores nas fases de extração e encapsulamento dos compostos ativos. Estão também a avaliar a biodisponibilidade e dosagem segura dos óleos essenciais, em colaboração com a FMUC e FFUC, que contribuem para os ensaios de toxicidade e eficácia dos ingredientes.

"Contamos, em breve, apresentar um primeiro protótipo de pão funcional, com propriedades antioxidantes e digestivas, que respeite o sabor e a textura do pão tradicional, mas com benefícios acrescidos para a saúde. Este desenvolvimento pode representar um avanço significativo no setor da panificação funcional em Portugal, aliando inovação científica, valorização de produtos locais e promoção de hábitos alimentares saudáveis", conclui Luís Alves.

O projeto “AlBread: Uso de plantas aromáticas do Alentejo e farinha de bolota no desenvolvimento de pão funcional” é financiado pelo programa Promove da Fundação “la Caixa”, em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a colaboração do BPI, e termina em 2026. 

Registo Nacional de Utentes
A Administração Central do Sistema de Saúde, em articulação com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, vai...
Esta iniciativa visa notificar, através do envio de SMS, os utentes do SNS com dados obrigatórios em falta no RNU, alertando-os para a necessidade de se dirigirem às respetivas unidades de saúde e completarem a informação em falta.
 
Desta forma, serão contactados 1,1 milhões de utentes com informação em falta necessária para ter um registo atualizado no RNU que permita ter condição SNS1 e inscrição em CSP, caso esta última seja pretendida pelo utente. Deste universo, 251 mil utentes estão inscritos em CSP e os restantes não têm inscrição em CSP.
 
Esta operação de contacto por SMS decorrerá entre o próximo dia 15 e o final do mês de julho. Após esta data e volvidos 90 dias, para os utentes que, ainda assim, mantenham informação em falta, haverá nova operação de contacto.
A partir de janeiro de 2026, e esgotadas estas tentativas de atualização dos dados, entrarão automaticamente em vigor as condições associadas a cada tipologia de registo, previstas no Despacho n.º 14830/2024, de 16 de dezembro e no Despacho n.º 40/2025, de 2 de janeiro.
 
O RNU é uma base de dados, de cariz nacional, destinada à identificação e registo dos utentes no Serviço Nacional de Saúde, permitindo a sua caracterização. Trata-se uma base de dados de referência e estruturante para o SNS, constituindo-se como uma ferramenta fundamental para o bom funcionamento do sistema público de saúde.
 
O Despacho n.º 40/2025 estipula que a inscrição numa unidade CSP pressupõe um registo atualizado, através do preenchimento integral dos dados biográficos do utente (como nome, idade, sexo, país de naturalidade e nacionalidade), apresentação de número de identificação fiscal, documentação de identificação civil e registo de residência nacional. No caso de cidadãos estrangeiros é ainda necessária a apresentação da autorização de residência válida (exceto menores de idade), quando aplicável.
O processo de qualificação de informação do RNU, que tem vindo a ser realizado de forma gradual pelas entidades do Ministério da Saúde, tem decorrido com grande rigor, integrando medidas preventivas de contacto com os utentes, de forma a não colocar em causa o seu acesso ao SNS.

1 Condição SNS: determina que o SNS é financeiramente responsável pelos encargos gerados pelas prestações de cuidados nas unidades do SNS, independentemente de o utente ter, ou não, uma inscrição CSP.

Opinião
A mesoterapia capilar tornou-se, nos últimos anos, um dos tratamentos mais procurados por quem desej

O que é e como funciona

A mesoterapia capilar é um tratamento avançado, que consiste na aplicação de microinjeções de princípios ativos diretamente no couro cabeludo. O objetivo é estimular a regeneração dos folículos pilosos, promover o crescimento do cabelo e travar a queda, fornecendo nutrientes essenciais e substâncias terapêuticas ao nível mais profundo do couro cabeludo.

 

O que faz a mesoterapia capilar?

A mesoterapia atua a vários níveis: ativa a circulação sanguínea local, estimula as células do folículo piloso, promove a regeneração e reforça o crescimento de fios de cabelo mais densos e saudáveis. Os resultados incluem a diminuição da queda, a melhoria da densidade capilar e o fortalecimento da haste do cabelo.

 

Diferenças entre a mesoterapia capilar e outros tratamentos para a queda do cabelo

Ao contrário dos tratamentos tópicos ou orais, a mesoterapia atua diretamente na “zona-alvo”, permitindo uma maior eficácia e um menor risco de efeitos sistémicos. É uma opção complementar (ou alternativa) ao PRP (Plasma Rico em Plaquetas), ao Minoxidil ou à Finasterida oral, sendo adequada tanto para homens quanto para mulheres.

 

Antes e depois

Os resultados tornam-se, progressivamente, mais visíveis com o avançar das sessões. Denota-se uma diminuição acentuada da queda, fios de cabelo mais espessos, crescimento de cabelo novo e melhoria global da saúde capilar. Fotografias de antes e depois evidenciam a eficácia, especialmente em casos de alopécia inicial ou moderada.

 

Vantagens em homens e mulheres

É uma solução indicada para ambos os sexos, adaptando-se a diferentes causas de queda (alopécia androgenética, eflúvio telógeno, enfraquecimento capilar por stress, alterações hormonais ou fatores ambientais).

 

Sessões necessárias

O protocolo habitual é de 10 sessões, sendo que as primeiras cinco são realizadas quinzenalmente e as cinco seguintes são realizadas mensalmente. Este protocolo pode ser alterado consoante o caso de cada paciente.

 

O tempo de duração

Os efeitos são prolongados, mas recomenda-se a realização de sessões de manutenção (trimestrais ou semestrais) para consolidar os resultados, sobretudo em casos de alopécia crónica.

 

Cuidados e precauções

É aconselhável evitar lavar o cabelo nas horas seguintes e expor o couro cabeludo ao sol ou calor excessivo imediatamente após as sessões. O médico indicará cuidados específicos conforme cada caso.

O procedimento pode causar um ligeiro desconforto, mas é geralmente bem tolerado. A utilização de microagulhas reduz significativamente a dor, sendo raros os casos de maior sensibilidade. 

As sessões de mesoterapia são também realizadas com recurso a um vibrador, que ajuda a dissipar a sensação promovido pelas agulhas, promovendo sessões mais confortáveis para os nossos pacientes.  

 

Possíveis efeitos secundários  

Normalmente, não há efeitos secundários associados à mesoterapia capilar, no entanto, se houver alguma irritação, a mesma será momentânea e tende a desaparecer em poucas horas. 

 

Contraindicações do tratamento capilar

O tratamento está contraindicado em grávidas, lactantes, pessoas com alergia aos componentes da solução ou doenças ativas do couro cabeludo. Todas as precauções são avaliadas pelo médico durante a consulta inicial.

 

A eficácia da mesoterapia

Vários estudos comprovam a eficácia da mesoterapia, principalmente em casos de alopécia androgenética. Os resultados são mais significativos quando o tratamento é iniciado nas fases precoces da queda.

 

Compostos utilizados: biotina, niacina, cobre, zinco e outros ativos

As soluções injetáveis incluem vitaminas do complexo B (como biotina e niacina), minerais (zinco, cobre) e outros fatores de crescimento, selecionados com vista a suprir as necessidades de cada paciente.

 

Produtos domiciliários recomendados para cuidar do cabelo

O acompanhamento em casa é essencial para potenciar os resultados. Champôs, loções e suplementos adequados ao diagnóstico podem ser recomendados para manter o couro cabeludo saudável e reforçar o efeito do tratamento.

 

Como combinar a mesoterapia com outros tratamentos

A mesoterapia pode ser integrada com outros procedimentos, como o PRP, LLLT (Laser de Baixa Intensidade, Tricopat ou suplementação específica) criando um plano personalizado e potenciando os resultados globais.

Proteja e regenere o seu cabelo. Recupere a sua confiança e autoestima.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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