Há três doentes já a caminho do Funchal
A Região Autónoma da Madeira disponibilizou-se para receber doentes críticos do Serviço Nacional de Saúde do continente.

Hoje, durante a tarde, irão ser transferidos três doentes internados em Cuidados Intensivos, dois do Hospital Beatriz Ângelo e um do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Os doentes serão transferidos com a necessária autorização das respetivas famílias, num processo que assenta numa estreita articulação entre os Serviços de Medicina Intensiva envolvidos e a Comissão de Acompanhamento da Rede Nacional de Medicina Intensiva (CARNMI) o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Força Aérea Portuguesa (FAP) e o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).

O transporte aéreo será assegurado pelo Ministério da Defesa Nacional, através da de um avião C130 da Força Aérea Portuguesa (FAP), estando garantidas todas as condições de segurança, quer durante os transportes terrestres  quer durante a evacuação aeromédica, nomeadamente no que se refere às equipas médicas altamente diferenciadas das entidades envolvidas (hospitais, INEM, FAP e SESARAM) que acompanharão em permanência estes doentes.

 

Segurança da vacina foi demonstrada nos quatro estudos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para a Vacina...

O comité de medicamentos humanos (CHMP) da EMA avaliou minuciosamente os dados sobre a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina e recomendou, por consenso, que uma autorização formal de comercialização condicional seja concedida pela Comissão Europeia. Isso garantirá aos cidadãos da UE que a vacina atende aos padrões da UE e coloca em prática as salvaguardas, controlos e obrigações para apoiar as campanhas de vacinação em toda a UE.

"Com esta terceira opinião positiva, expandimos ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis aos Estados membros da UE e da EEE para combater a pandemia e proteger seus cidadãos", disse Emer Cooke, diretor executivo da EMA. "Como em casos anteriores, o CHMP avaliou rigorosamente esta vacina, e a base científica do nosso trabalho sustenta nosso firme compromisso em salvaguardar a saúde dos cidadãos da UE." Resultados combinados de 4 ensaios clínicos no Reino Unido, Brasil e África do Sul mostraram que a vacina COVID-19 AstraZeneca foi segura e eficaz na prevenção da Covid-19 em pessoas a partir dos 18 anos de idade. Esses estudos envolveram cerca de 24.000 pessoas ao todo. Metade recebeu a vacina e metade recebeu uma injeção de controlo, seja uma injeção falsa ou outra vacina não-Covid. As pessoas não sabiam se tinham recebido a vacina de teste ou a injeção de controlo.

A segurança da vacina foi demonstrada nos quatro estudos. No entanto, a Agência baseou o seu cálculo de quão bem a vacina funcionou nos resultados do estudo COV002 (realizado no Reino Unido) e do estudo COV003 (realizado no Brasil). Os outros dois estudos apresentaram menos de 6 casos de Covid-19 em cada um, o que não foi suficiente para medir o efeito preventivo da vacina. Além disso, como a vacina deve ser dada como duas doses padrão, e a segunda dose deve ser dada entre 4 e 12 semanas após a primeira, a Agência concentrou-se nos resultados envolvendo pessoas que receberam esse regime padrão.

Estes apresentaram uma redução de 59,5% no número de casos sintomáticos de Covid-19 em pessoas que receberam a vacina (64 de 5.258 receberam COVID-19 com sintomas) em comparação com pessoas que receberam injeções de controle (154 de 5.210 receberam Covid-19 com sintomas). Isso significa que a vacina demonstrou cerca de 60% de eficácia nos ensaios clínicos.

A maioria dos participantes desses estudos tinha entre 18 e 55 anos. Ainda não há resultados suficientes em participantes mais velhos (acima de 55 anos) para fornecer um número de como a vacina funcionará nesse grupo. No entanto, espera-se proteção, uma vez que uma resposta imune é observada nesta faixa etária e baseada na experiência com outras vacinas; como há informações confiáveis sobre segurança nessa população, os especialistas científicos da EMA consideraram que a vacina pode ser usada em idosos. Mais informações são esperadas de estudos em andamento, que incluem uma maior proporção de idosos participantes.

A Vacina Covid-19 da AstraZeneca consiste em duas inoculações no braço, a segunda entre 4 e 12 semanas após a primeira. Os efeitos colaterais mais comuns com a vacina Covid-19 AstraZeneca foram geralmente leves ou moderados e melhoraram em poucos dias após a vacinação. Os efeitos colaterais mais comuns são dor e ternura no local da injeção, dor de cabeça, cansaço, dor muscular, sensação geral de estar mal, calafrios, febre, dor nas articulações e náuseas. A segurança e a eficácia da vacina continuarão a ser monitoradas à medida que for usada em toda a UE, através do sistema de farmacovigilância da UE e de estudos adicionais da empresa e das autoridades europeias.

Prémio nas áreas de trombose e hemostase
João Mariano Pego, médico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), recebeu o Prémio Internacional “2021 Eberhard...

O artigo em questão define uma norma orientadora para a interpretação e comunicação de valores críticos de parâmetros analíticos. De acordo com João Mariano Pego, “o cumprimento desta norma pode ser decisivo para salvar a vida do doente, uma vez que determina os testes e respetivos resultados em que é recomendado o contacto emergente com o clínico para o informar dessas alterações analíticas permitindo, assim, a pronta instituição de medidas corretivas, incrementando desta forma a probabilidade da situação ser corrigida em tempo útil. É, portanto, um documento de grande relevância quer para os doentes quer para os médicos”, refere.

João Mariano Pego é médico especialista de Patologia Clínica e dá ainda nota de que, “para além da relevância científica deste prémio, ele tem também associado um valor monetário de 1.000 USD e que, por ter sido recebido nos Estados Unidos da América, decidi doar na sua totalidade para a UNICEF USA”, conclui.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 278 mortes e 13.200 novos casos de infeção por Covid-19.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 137 das 278 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 70 e centro com 53. No Alentejo há 14 mortes a lamentar e no Algarve três.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira tem a assinalar uma morte desde ontem. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 13.200 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 7.123 novos casos e a região norte 3.198. Desde ontem foram diagnosticados mais 1.842 na região Centro, no Alentejo 486 casos e no Algarve mais 381. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 105 infeções e no dos Açores 65 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6. 627 doentes internados, mais 62 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos têm também mais 24 doentes, desde o último balanço. Ao todo estão 806 pessoas na UCI.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 11.187 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 504.886 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 181.811 casos, mais 1.735 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 225.507 contactos sob vigilância, mais 2.357 desde o último balanço.

Conheça novas medidas
O Conselho de Ministros aprovou o decreto que procede a um conjunto de alterações no que respeita às medidas que regulamentam a...

Assim, entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, ficam limitadas as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e é reposto o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres. Está também prevista a possibilidade de suspensão de voos e a determinação de confinamento de passageiros à chegada, quando a situação epidemiológica assim o justificar.

As aulas são retomadas em 8 de fevereiro, em todos os estabelecimentos de ensino, em modo não presencial.

Todas as restrições impostas em Portugal continental nos últimos 15 dias ao funcionamento do comércio não essencial, da restauração e relativas à proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana permanecem em vigor.

A contratação de médicos e enfermeiros formados no estrangeiro vai ser permitida por um período máximo de um ano, “desde que preenchidos determinados requisitos”. Foram ainda aprovados “mecanismos excecionais de gestão de profissionais de saúde para a realização de atividade assistencial” nos estabelecimentos do SNS, que só podem vigorar no âmbito do combate à pandemia.

As creches vão continuar encerradas, ainda que os estabelecimentos de ensino retomem atividade em regime não presencial a partir de 08 de fevereiro.

Segundo o decreto aprovado, a medida de apoio à família mantém-se em vigor.

 

De 17 a 24 de janeiro
De acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), entre os dias 17 e 24 de janeiro, foram realizados 5.818...

No total, o INEM revela que, desde o dia 1 de março de 2020, já foram transportados 107.819 utentes com suspeita de Covid-19. A definição de caso suspeito é, entre outros e de acordo com as normas em vigor, qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Segundo o último balanço realizado, as Equipas de Enfermagem de Intervenção Primária efetuaram, no mesmo período, 1.254 colheitas para análise, mais 64 do que na semana anterior.

Numa nota publicada na página oficial, o INEM lembra que, para travar o aumento de novos casos e conter a pandemia, é fundamental que todos cumpram as regras da Direção-Geral da Saúde, bem como todas as medidas de confinamento decretadas pelo Governo. Só com o esforço de todos é que será possível inverter a tendência e achatar a curva ascendente de novos casos.

E acrescenta, “nesta fase, mais do que nunca, importa recordar todos os cidadãos que devem contactar o Número Europeu de Emergência – 112 – somente em caso de emergência. Deverão colaborar com os profissionais do CODU para uma correta triagem de todas as situações e seguir as indicações dadas”.

Em todas as outras situações não emergentes, deverão entrar em contacto com o SNS24 – 808 24 24 24 – para obterem a referenciação e aconselhamento adequados.

Se apresentar dificuldade respiratória, febre, tosse, alterações ou ausência no paladar e/ou olfato, ligue SNS24 – 808 24 24 24.

 

Doença genética rara
Trata-se da forma mais frequente de displasia óssea, no entanto, poucos são os que reconhecem a esta

De acordo com Inês Alves, presidente da ANDO Portugal – Associação Nacional de Displasias Ósseas, a Acondroplasia “tem origem numa mutação genética, que se transmite de pais para filhos de uma forma autossómica dominante” e que ocorre ao nível do Recetor do Fator de Crescimento Fibroblástico 3 (FGFR3). “Por existir uma expressão deste recetor ao nível dos condrócitos, células que existem nas placas de crescimento dos ossos longos, quando ocorre mutação deste recetor, o desenvolvimento e multiplicação natural dos condrócitos é muito afetado, provocando uma diminuição muito acentuada do crescimento dos ossos longos”, explica revelando que a característica física mais marcante desta displasia óssea “é a baixa estatura desproporcional, com encurtamento dos braços e pernas”.

Segundo Inês Alves, esta displasia óssea caracteriza-se ainda pela presença de “macrocefalia, ou cabeça grande, proeminência da parte frontal do crânio, depressão da ponte nasal, hipoplasia facial, lordose lombar e mãos em tridente”. “São ainda frequentes alterações internas como redução do diâmetro do orifício na base do crânio, o Foramen magnum, sendo que, em alguns casos, é necessária cirurgia de descompressão medular; pode surgir estenose espinhal ao nível da coluna lombar, também com necessidade de intervenção cirúrgica e joelho varo, ou genu varus. O tamanho do tronco é relativamente dentro do padrão, mas é frequentemente deformado por lordose lombar excessiva”, adianta.

O seu diagnóstico baseia-se na presença de características clínicas e radiológicas. De acordo com a presidente da ANDO – Portugal, “é possível haver suspeita de diagnóstico de acondroplasia em período pré-natal pela ecografia de rotina do 3º trimestre e pode ser confirmado por amniocentese, com pesquisa da mutação mais comum do FGFR3”. Por outro lado, pode ainda realizar-se diagnóstico genético de pré-implantação, “uma técnica amplamente acessível”.

Após a confirmação deste diagnóstico, o bebé deverá ser referenciado para seguimento por uma equipa multidisciplinar com experiência em displasias ósseas. “Consoante as necessidades de cada criança, e em distintas fases da vida, poderão ser envolvidos nesta equipa especialistas de genética, neurocirurgia, pneumologia, otorrinolaringologia, fisiatria, ortopedia, reumatologista e também técnicos de fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional”, acrescenta Inês Alves, também ela mãe de uma criança com Acondroplasia.

Atualmente, só existe tratamento farmacológico para cinco displasias ósseas, ou seja, para 1% das displasias ósseas existentes. A acondroplasia é uma das condições para as quais não existe ainda terapêutica. “Estão atualmente em investigação pré-clínica, e em ensaio clínicos, tratamentos farmacológicos para outras sete displasias, incluindo a acondroplasia. E não sendo curativos, estes tratamentos em desenvolvimento para a acondroplasia poderão ter um impacto positivo na redução de patologias associadas e na melhoria da qualidade de vida da pessoa com acondroplasia”, explica a presidente da Associação Portuguesa de Displasias Ósseas.

Apesar de esta displasia não implicar o desenvolvimento de outras complicações – segundo Inês Alves, “ocorre uma redução apenas ligeira na esperança média de vida em comparação com a população geral, possivelmente devido a complicações cardiovasculares” -, viver ou conviver com a doença é um desafio.

“A baixa estatura tem um grande impacto na vida das pessoas com displasias, pois todas as questões relacionadas com a acessibilidade, de forma a assegurar independência, são muito relevantes. Existem vários desafios sociais face à diferença física, ser diferente pode ser muito impactante para as pessoas com displasia óssea e para as suas famílias”, revela adiantando que “a sensibilização para a existência e aceitação da diferença física, com plena inclusão das pessoas com displasia óssea na sociedade, é [por isso] um dos grandes focos de trabalho da ANDO”.

Por outro lado, no que diz respeito à referenciação dos portadores desta displasia, embora já muito tenha sido feito, falta o “reconhecimento formal” de um centro de referência para displasias ósseas que permita agilizar este processo. “Existe, desde 2015, a consulta multidisciplinar de displasias ósseas no Centro Hospital Universitário de Coimbra, que teve um início paralelo à criação da ANDO. O Dr. Sérgio Sousa, geneticista clínico, foi o grande impulsionador desta consulta e quem coordena todos os casos clínicos no hospital pediátrico, enquanto que o Dr. Armando Malcata, reumatologista, coordena a consulta de adultos. Esta consulta multidisciplinar tem contribuído enormemente para o acesso a cuidados diferenciados”, explica Inês Alves. No entanto, “embora o CHUC e mais recentemente o Hospital de Santa Maria façam parte da Rede Europeia de Referência para as Condições Ósseas Raras, ERN BOND, é necessário avançar este reconhecimento para agilizar a referenciação clínica”, reforça.

A presidente da ANDO Portugal revela ainda que “é necessário criar um registo nacional de doenças raras para identificação das necessidades das pessoas com displasia óssea; é necessário simplificar, desburocratizar e atualizar a realização de estudos e ensaios clínicos em Portugal, de forma a melhorar o acesso precoce a medicamentos inovadores; é necessário fomentar a investigação nos nossos centros de excelência para as displasias ósseas, uma área com imenso por conhecer e com enorme potencial de estudo”.

Fontes:

Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 ; 

Wynn J, et al. Mortality in achondroplasia study: a 42-year follow-up. Am J Med Genet A. 2007;143A: 2502–11.

Horton, W.A., J.G. Hall, and J.T. Hecht, Achondroplasia. The Lancet, 2007. 370(9582): p. 162-172. Available from: http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(07)61090-3/fulltext(07)61090-3/fulltext.

Rousseau, F., et al., Mutations in the gene encoding fibroblast growth factor receptor-3 in achondroplasia. Nature, 1994. 371(6494): p. 252-4. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8078586.

American Academy of Sleep Medicine, International classification of sleep disorders, revised: Diagnostic and coding manual. 2001: American Academy of Sleep Medicine. Available from: http://www.esst.org/adds/ICSD.pdf.

Hunter, A.G., et al., Medical complications of achondroplasia: a multicentre patient review. Journal of Medical Genetics, 1998. 35(9): p. 705-712. Available from: http://jmg.bmj.com/content/jmedgenet/35/9/705.full.pdf.

Trotter, T.L. and J.G. Hall, Health Supervision for Children With Achondroplasia. Pediatrics, 2005. 116(3): p. 771-783. Available from: http://pediatrics.aappublications.org/content/pediatrics/116/3/771.full.pdf

Legeai-Mallet, L., & Savarirayan, R. (2020). Novel therapeutic approaches for the treatment of achondroplasia. Bone, 141, 115579.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alternativa a outras terapêuticas
Sem recurso a anestesia, a Radiologia de Intervenção, é uma técnica altamente diferenciada e inovadora que permite tratar as...

A pensar nos colaboradores das empresas com doenças crónicas, baixas prolongadas e que precisam viver dependentes de analgésicos e anti-inflamatórios, o Centro de Inovação Médica desenvolveu em equipa multidisciplinar protocolos inovadores e personalizados.

Através do serviço de Concierge de Saúde as empresas protocoladas poderão facultar aos seus colaboradores o acesso rápido e seguro a uma consulta exclusiva e personalizada de Radiologia de Intervenção e, desta forma, reduzir perdas de produtividade provocadas pela dor crónica do sistema músculo-esquelético das suas pessoas. Muitas dessas dores têm origem nos movimentos repetitivos, no estarem de pé ou sentados na mesma posição por muito tempo, no estarem expostos a ambientes com má iluminação, a temperaturas baixas.

Verdadeira alternativa a outras terapêuticas, nomeadamente as que implicam intervenção cirúrgica, “na Radiologia de Intervenção os procedimentos destacam-se por serem realizados em ambulatório (sem internamento), por médico Radiologista especializado, que recorre a anestesia local, o que traduz custos mais baixos ou tempos de intervenção reduzidos e consequentemente maior conforto para o doente e recuperação pós-intervenção imediata (tendo em conta a doença)”, explica Madalena Pimenta, Médica Radiologista no Centro de Inovação Médica.

“Em Portugal, apesar de ser ainda desconhecido o impacto causado pelas doenças do sistema músculo-esquelético, estima-se que possam afetar cerca de 30% da população. Para as empresas e para os sistemas de saúde, este tipo de patologia implica custo monetário, uma vez que os problemas de saúde variam entre dores ligeiras a situações clínicas mais graves, que exigem dispensa do trabalho ou tratamento médico. Em casos mais crónicos, podem mesmo levar à incapacidade e à necessidade de deixar de trabalhar”, alerta Rita Fontes de Oliveira, Médica de Medicina Geral e Familiar do Centro de Inovação Médica.

A profissional sublinha o quanto colaboradores mental e psicologicamente satisfeitos podem fazer pela produtividade de qualquer empresa. “Proporcionar o acesso a programas de saúde que incluam tratamentos de Radiologia de Intervenção é o caminho para ter colaboradores felizes e simultaneamente produtivos no seu dia-a-dia”, conclui.

 

Cancelamento vai aumentar pressão nos hospitais
O combate à crise de saúde pública da Covid-19 está a obrigar os centros de saúde a adiar as consultas não urgentes. Assim, de...

Em declarações a esta publicação, Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), confirmou que foi dada uma “orientação global do Ministério da saúde para acabar com a atividade programada não urgente nos centros de saúde”.

“Em vez de estarmos a aumentar a capacidade para ver diabéticos, hipertensos e criar condições de vigilância, há ordens diretas para diminuir a atividade”, avançou temendo as consequências. É que não havendo “resposta nos centros de saúde, aumenta a pressão nos serviços de urgência”. “Vai ser uma calamidade”, sublinhou.

Segundo avança a publicação, agora as principais prioridades da Administração Regional Saúde (ARS) do Centro passam pela vacinação, o controlo da plataforma Trace-Covid, os rastreios e inquéritos epidemiológicos e ainda o atendimento de doença aguda mediante patologia.

Desta forma, “os serviços (…) devem ser reestruturados”, sendo ainda analisada “a possibilidade de adiamento de algumas situações de vigilância controlada”, disse uma fonte daquela ARS, citada pelo ‘JN’, adiantando ainda a possibilidade de as consultas não urgentes serem remarcadas para o sábado, “consoante a evolução epidemiológica local e os recursos disponíveis”.

O jornal revela ainda que o Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo estabeleceu as mesmas prioridades, tendo em conta a atualização do plano de contingência que foi feita. Assim, são priorizadas a vacinação, contra a Covid-19, e atendimento nas áreas respiratórias (ADR).

O mesmo agrupamento definiu ainda alguns serviços mínimos, nomeadamente a saúde infantil coincidindo com o ato de vacinação, saúde materna, interrupção voluntária da gravidez, consultas de doença aguda e de doenças crónicas não controladas, vacinação e tratamentos.

Ainda assim, segundo fonte da ARS LVT, não foi dada “qualquer indicação” para parar a atividade programada, sendo que as unidades continuam “a organizar o seu trabalho com base na conciliação da atividade covid e não covid”.

Fake news
O programa de monitorização e eliminação das “fake news” (notícias falsas) relacionadas com a pandemia da Covid-19, que junta...

A Comissão Europeia tem vindo a considerar que a difusão de notícias falsas e enganosas está a “minar os processos de vacinação nos diferentes países”.

Os relatórios de acompanhamento, que foram elaborados pela Comissão Europeia tendo por base a informação relatada pelas plataformas, revelam os “esforços contínuos por parte dos das plataformas para abordar a desinformação em torno da covid-19”.

O executivo comunitário verificou desde logo que, em dezembro de 2020, quando arrancou o processo de vacinação na UE, foram adotadas medidas como a eliminação ou redução de conteúdos com informações falsas ou enganosas, a limitação de comportamentos manipuladores ou da falsa publicidade, a colaboração com mais verificadores de factos e investigadores e ainda a promoção de fontes de informação fidedigna.

A Comissão Europeia solicita mais empenho às plataformas e pede que continuem a aplicar o programa pelo menos até junho de 2021.

 

OMS destaca a necessidade de rastrear todas as vacinas
Numa altura em que Governos e empresas um pouco por todo o mundo enfrentam um dos maiores desafios da história – o...

Na conferência digital GS1 Healthcare Executive Dialogue, que teve lugar quinta-feira, dia 28, vários líderes do setor da saúde, assim como grandes organizações desta área, discutiram os principais desafios, oportunidades e aprendizagens a propósito da distribuição das vacinas COVID-19 a nível mundial.

Esta conversa contou com a moderação de Gregory Reh, da Deloitte, e com a presença de Lisa Hedman, da Organização Mundial de Saúde, Tom Woods, do Banco Mundial, Tjalling van der Schors, da Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares, e Ulrike Kreysa, da GS1.

Todos os intervenientes foram unânimes na necessidade urgente de adoção de standards comuns, incluindo a implementação de um código de barras nas embalagens das vacinas, como forma de garantir uma distribuição segura e transparente em todo o mundo. Transparência, confiança e comunicação entre os diversos players de toda a cadeia de valor foram as palavras-chave durante toda a conversa.

Lisa Hedman realçou a importância da “implementação de sistemas de rastreamento, não só durante fases urgentes, como a que atravessamos, mas também a longo prazo e para todo o setor”. Lisa Hedman destacou ainda o trabalho que a Organização Mundial de Saúde tem vindo a desenvolver para garantir que países subdesenvolvidos e com menor capacidade financeira tenham acesso a esse sistema de rastreabilidade através do programa CONVAX Facility. “Saber onde entrou o produto e de onde saiu, promove o combate à falsificação de vacinas e garante a segurança do produto distribuído”, explicou.

Tjalling van der Schors destacou “os 3 P’s essenciais na distribuição e administração das vacinas – a pessoa, o produto e o processo. Se um destes P’s falha, resulta num 4º - o problema. A solução passa pela implementação de códigos de barras, de standards comuns, para garantir que a distribuição da vacina, por si só complexa, é feita de forma correta, evitando a introdução de produtos falsos na cadeia de valor”.

Tom Woods alertou que “caso entrem vacinas falsificadas na cadeia de valor, essa falsificação não só será prejudicial para os pacientes, como irá criar uma enorme desconfiança em todo o processo e até na eficácia da própria vacina. Temos agora a oportunidade de desenvolver um sistema de saúde seguro e fiável em todo o mundo. Além de produtores de vacinas, consultores e empresas tecnológicas, é essencial que os reguladores de cada país tenham um papel ativo em todo o processo.”

O estudo da Deloitte, “Securing Trust in the Global COVID-19 Supply Chain”, que serviu de base à realização desta reflexão, argumenta que, além da colaboração da indústria e de uma comunicação transparente, “adotar os standards GS1 adiciona um elemento de confiança a todos os níveis da cadeia de abastecimento no setor da saúde - uma confiança que, em última análise, se estende aos próprios pacientes”. De recordar que os standards globais GS1 permitem que os fabricantes de produtos farmacêuticos, empresas de distribuição e fornecedores deste setor sigam protocolos e medidas de segurança essenciais para garantir a confiança e a segurança dos pacientes, tanto da própria vacina, como na capacidade de garantir a respetiva administração em segurança.

Apesar da adoção de standards GS1 ser cada vez mais transversal no setor da saúde, por força da adoção de legislação comunitária que a impõe, a verdade é que ainda não é uma prática universal. Nesse sentido, o estudo da Deloitte considera as informações de identificação da vacina, como o ID do produto, número de lote e data de validade como "essenciais para os profissionais de saúde administrarem as vacinas com confiança", realçando que "a OMS recomenda que todas as vacinas sejam identificadas com esses dados através de código de barras”. Entidades como a GAVI e a UNICEF exigiram ainda o uso de standards GS1 nas embalagens secundárias.

João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal, refere que “o mundo enfrenta um enorme desafio na distribuição e administração desta vacina. Os standards globais de identificação têm um papel crucial a desempenhar, contribuindo para promover a confiança pela rastreabilidade, aliviar a pressão sobre o setor da saúde e reduzir a margem de erro. A GS1, a nível global, está empenhada em contribuir para o sucesso desta operação de extrema importância. Localmente, a GS1 Portugal, enquanto entidade parceira de confiança das empresas está disponível para prestar, no nosso país o apoio que as autoridades competentes considerarem necessário”.

Atualmente, mais de 70 países têm implementada legislação no setor da saúde ou definidos requisitos entre parceiros comerciais assentes no recurso a standards GS1. Esses países contam com os códigos de barras bidimensionais GS1 DataMatrix, que podem agora ser utilizados para codificar as informações de identificação da vacina e contribuir para reduzir erros, permitindo a sua rastreabilidade.

Como alguns países têm tido dificuldades em relacionar as vacinas administradas com os seus pacientes, resultando por vezes na administração de mais ou menos doses do que as recomendadas pelo fabricante, este relatório da Deloitte reforça que “é importante identificar e rotular as vacinas, de forma a precisar quando e qual a dosagem de vacina administrada ao paciente”. Nesse sentido, a GS1 garante que a identificação global exclusiva e o código de barras podem dar suporte a essa tarefa crucial.

Tratamento minimamente invasivo
O processo natural de envelhecimento manifesta-se através de diversas características, das quais pod

Para pacientes cujo lifting facial cirúrgico ainda não é uma opção, seja por não necessitarem ou por não se sentirem preparados, o protocolo EmbraceRF é a solução adequada. Pelo facto de ser menos invasivo, o edema facial será também significativamente inferior e a recuperação após o tratamento muito mais rápida.

Este protocolo combina três tecnologias exclusivas de radiofrequência (RF) num único tratamento – a tecnologia RFAL do FaceTite e AccuTite com a RF fracionada do Morpheus8. Esta combinação permite produzir um aquecimento suave, uniforme e extremamente seguro do interior da pele, que provoca uma contração dos tecidos dérmicos e subdérmicos, levando a que se tensionem e alisem de uma forma confortável e eficaz.

“Esta tecnologia de radiofrequência permite derreter a gordura indesejada e aumentar a firmeza da pele, de uma forma tão evidente que é possível verificar, de imediato, um resultado muito significativo. Além da melhoria que se nota imediatamente, tem um efeito importantíssimo na estimulação da produção de novo colagénio, cujo resultado não só se vê, como se sente”, Ricardo Carvalho

Mais especificamente, o AccuTite e o FaceTite possuem a tecnologia exclusiva RFAL (lipólise assistida por RF) para tratamentos de gordura localizada minimamente invasivos. O Morpheus8 tem a tecnologia SARD (RF fracionada intradérmica). Ambas as tecnologias são aprovadas pela FDA e têm inúmeros estudos clínicos publicados que confirmam o seu alto nível de eficácia e segurança.

Durante o procedimento é inserida uma sonda fina com um ponto de entrada de uma cânula milimétrica, debaixo da pele, para administrar a energia de radiofrequência e aquecer o tecido subjacente. A superfície da pele é tratada com a peça de mão

especialmente concebida para tratar de uma só vez o músculo e a camada externa. Este método ajudará a destruir a gordura acumulada e fará com que a superfície da pele e a sua estrutura de suporte se contraiam, resultando num contorno facial firme e definido.

“Além da melhoria da autoestima, sem dúvida a razão mais importante, a necessidade de causar uma boa impressão nos dias que correm, numa sociedade cada vez mais exigente, aumenta a procura por soluções para tratar os sinais do envelhecimento. Além disso, ninguém quer esperar pelo resultado e ninguém pode dispor de semanas para recuperar de um tratamento ou cirurgia”, explica Ricardo Carvalho.

Este é um tipo de tratamento que apresenta vantagens desde o pré ao pós-tratamento, pelo facto de poder ser realizado sob uma sedação leve ou uma anestesia local e posteriormente os pacientes poderem voltar para casa algumas horas após o procedimento, retomando a sua rotina diária de forma rápida.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
EMA publica a primeira atualização de segurança
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) divulgou hoje a primeira atualização de segurança da vacina contra a...

A atualização de segurança reflete dados recolhidos e avaliados desde a autorização da Comirnaty, incluindo dados da EudraVigilance (banco centralizado da UE de supostos efeitos colaterais) e dados recebidos de outras fontes, incluindo o relatório mensal de segurança da empresa exigido para as vacinas Covid-19. A EMA publicará atualizações mensais de segurança para todas as vacinas COVID-19 autorizadas, em conformidade com medidas excecionais de transparência para o COVID-19.

Esta atualização de segurança inclui a avaliação pelo comité de segurança da EMA (PRAC) dos óbitos relatados após a vacinação com Comirnaty, incluindo mortes em idosos frágeis. O PRAC realizou uma análise dos casos e levou em consideração a presença de outras condições médicas e a taxa de mortalidade para as faixas etárias correspondentes na população geral. A PRAC concluiu que os dados não mostraram ligação com a vacinação com a Comirnaty e os casos não levantam uma preocupação de segurança. Outros relatórios continuarão a ser cuidadosamente monitorizados, avança o regulador europeu.

A segurança e a eficácia da Comirnaty vão continuar a ser monitorizadas à medida que for utilizada nos Estados-Membros e globalmente, através do sistema de farmacovigilância da UE, estudos adicionais da empresa e estudos independentes coordenados pelas autoridades europeias. Essas medidas permitirão que os reguladores avaliem rapidamente os dados emergentes de uma série de fontes diferentes e tomem medidas regulatórias adequadas para proteger a saúde pública, se necessário.

A Comirnaty é uma vacina para prevenir a doença coronavírus 2019 (COVID-19) em pessoas com 16 anos ou mais. Contém uma molécula chamada RNA mensageiro (mRNA) com instruções para produzir uma proteína a partir do SARS-CoV-2, o vírus que causa COVID-19. A vacina funciona preparando o corpo para atacar a proteína de espigão na superfície do SARS-CoV-2.

Estudo
Um estudo multicêntrico recentemente publicado pelo IVI e apresentado na última edição da ASRM (American Society for...

“Nos dados analisados na nossa população no período pós-confinamento de maio a junho, com uma amostra de 6.140 pacientes para SARS-CoV-2, constatamos que a incidência da doença (entendida como doentes que apresentaram anticorpo positivo, seja IgM ou IgG) foi menor nos doentes do grupo O e que o grupo Rh negativo foi o mais frequente entre os infetados, o que entra em contradição com o que havia sido publicado anteriormente”, revela Antonio Requena, investigador e Diretor Médico do IVI.    

“A taxa de seropositivos não variou significativamente com a idade e não foram observadas diferenças quanto ao género ou grupo sanguíneo. No entanto, descobriu-se que indivíduos Rh negativos tinham um risco ligeiramente maior de infeção do que indivíduos Rh positivos. Além disso, nas áreas de maior prevalência da doença, o percentual de IgM positivo também é alto e há maior risco de contágio quando um dos membros do casal já é seropositivo”, acrescenta o investigador.  

A ideia de que o grupo sanguíneo pode ter algum valor prognóstico em relação ao COVID-19 é interessante, embora ainda estejamos numa fase muito inicial, onde é urgente determinar primeiro se esta associação é real, como Christopher Latz aponta, coautor de um dos estudos mais recentes sobre o tema. 

O que se conhecia previamente? 

A primeira indicação de associação entre grupo sanguíneo e Coronavírus surgiu durante o surto de SARS-CoV em 2002. Os resultados de um primeiro estudo publicado em 2005 indicaram que pacientes com grupo sanguíneo 0 tinham menor risco de infeção do que os outros grupos. 

Quinze anos depois, num artigo não revisto por outros especialistas, cientistas da China relataram uma associação semelhante entre o grupo sanguíneo e o SARS-CoV-2: Observou-se que o grupo 0 apresentou menor risco de infeção pelo COVID-19, enquanto o grupo A apresentou maior risco de contágio. 

O estudo conduzido desde então não produziu resultados consistentes. Em junho, um grupo de cientistas da Europa e Austrália publicou os resultados de um estudo, comparando os genomas de 1.610 pacientes infetados por COVID-19 grave e 2.205 doadores de sangue saudáveis. Os investigadores descobriram que variantes genéticas em duas regiões do genoma humano estavam associadas a um grau severo de doença e a um risco aumentado de mortalidade. Além disso, verificou-se que os indivíduos do grupo A apresentaram risco até 45% maior de desenvolver a doença de forma grave, enquanto os indivíduos do grupo 0 apresentaram risco 35% menor. 

Em julho passado, Latz e seus colaboradores indicaram que não encontraram nenhuma relação entre o grupo sanguíneo e a gravidade da SARS-CoV-2 (Anais de Hematologia). Não foi encontrada correlação significativa entre os dois fatores em indicadores como hospitalização, intubação ou óbito. No entanto, observou-se que indivíduos Rh positivos tinham maior probabilidade de teste positivo para COVID-19 do que Rh negativos, e que os grupos sanguíneos A ou AB tiveram uma taxa maior de positivos do que o grupo 0. 

Num estudo publicado em abril e atualizado em julho, não revisto por pares, os resultados coincidem com os de Latz. Observa-se que indivíduos Rh positivos e grupo sanguíneo B apresentaram maior taxa de SARS-CoV-2 positivo do que o grupo 0. No entanto, esses dados não mostram associação significativa entre grupo sanguíneo e intubação e/ou óbito entre pacientes com COVID- 19, portanto, segundo o Dr. Latz, no momento, o grupo sanguíneo não deve ser utilizado como fator definitivo para identificar o maior ou menor risco de desenvolver esta doença de forma grave. 

Consulta Pós-Covid
O Hospital Lusíadas Lisboa lançou recentemente a Consulta Pós-Covid, um novo serviço de consultas de caráter multidisciplinar...

A síndrome pós-covid é uma nova faceta da doença, que começou a ser diagnosticada ao longo da pandemia e que pode atingir vários sistemas no nosso organismo. Por norma, ocorre após a infeção aguda por SARS-CoV-2, mesmo quando as manifestações da doença são ligeiras e não necessitaram de internamento hospitalar.

Susana Moreira, especialista em pneumologia explica que “as manifestações desta nova síndrome são muito variadas, podendo ir desde quadros com gravidade, pulmonares ou cardíacos, até queixas de tosse, dor torácica, cansaço e falta de ar. Além disso, muitos doentes relatam também sintomas de ansiedade, depressão ou dificuldade de concentração. Por isto, é tão importante a criação desta Nova Consulta Pós-Covid que, após uma primeira teleconsulta de diagnóstico, nos permite encaminhar os doentes para a especialidade mais indicada e continuar a acompanhar o seu processo nesta nova manifestação da doença que tanto impacto tem vindo a ter na vida das pessoas.”

De acordo com os especialistas, esta patologia pode ainda ser divida em dois tipos: síndrome pós-agudo, quando os sintomas persistem após 3 semanas do diagnóstico ou síndrome crónico, quando os sintomas persistem para além das 12 semanas após o diagnóstico e que não podem ser explicados por outro tipo de doença.

Os dados internacionais mais recentes revelam que cerca de 10% dos infetados apresentem sintomas após 3 semanas do diagnóstico e que 35% dos infetados não se sentem no seu estado de saúde prévio após 14-21 dias do diagnóstico de infeção. Para os doentes que foram internados no contexto de COVID-19 estes valores podem vir a ser superiores.

 

 

Abertas candidaturas ao Programa Global de Bolsas de Investigação 2021
Está a decorrer o processo de Submissão de Propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, no valor de 500...

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores independentes, que irão selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem qualquer influência sobre os aspetos dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o impacto dos mesmos, para os partilhar publicamente.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Atualização do Plano de Vacinação
O plano de vacinação, agora atualizado, passa a incluir, na sua primeira fase, todas as pessoas com mais de 80 anos de idade,...

Francisco Ramos, coordenador da task force, referiu, na sessão de apresentação de atualização do plano de vacinação, que “foi possível perceber neste tempo de pandemia que era importante incluir o grupo dos idosos com mais de 80 anos, em função dos níveis de evolução da pandemia e do nível de severidade atingido nesta altura”.

De acordo com a revisão, está prevista a vacinação ainda no decurso da primeira fase – que se estende até abril – de 670 mil pessoas com 80 ou mais anos, estimando-se que, até ao final de março, existam já 170 mil pessoas dentro deste grupo com a vacinação completa e outras 170 mil apenas com a primeira toma da vacina.

O plano mantém, nesta fase, a vacinação para pessoas dos 50 aos 79 anos com patologias específicas.

A criação dos centros de vacinação está também referida no plano, sendo este um processo que já se encontra em marcha e que visa a massificação e aceleração do processo de vacinação contra a Covid-19.

 

Covid-19
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 16.432 novos casos de Covi-19 e 303 mortes. Este é o pior registo de sempre.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 142 das 303 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 66 e norte com 60. No Alentejo há 23 mortes a lamentar e no Algarve 10.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira tem a assinalar duas mortes desde ontem.  

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 16.432 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 8.621 novos casos e a região norte 4.057. Desde ontem foram diagnosticados mais 2.736 na região Centro, no Alentejo 529 casos e no Algarve mais 327. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 95 infeções e no dos Açores 67 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.565 doentes internados, menos 38 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos têm também menos um doente, desde o último balanço. Ao todo estão 782 pessoas na UCI.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 8.946 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 493.699 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 180.076 casos, mais 7.183 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 223.150 contactos sob vigilância, mais 2.894 desde o último balanço.

Relatório
Foram hoje publicados dois relatórios globais inéditos sobre a importância do toque humano, antes e durante a pandemia de Covid...

O estudo também desvendou uma ligação entre os sentimentos de solidão e a falta de contacto com os outros, tanto a nível físico como emocional. Pessoas de todo o mundo expressaram o seu desejo de recuperar o que perderam, assim que seja possível.

Neste estudo abrangente, nove em cada dez respondentes, antes e durante a crise pandémica de Covid-19, afirmam que o toque humano é determinante para terem uma vida feliz e realizada. No entanto, este desejo universal, fica insatisfeito.

Quatro de cada cinco pessoas que vivem sozinhas reportaram que não experienciam o toque humano numa base diária. Quase dois de cada três respondentes desejam poder receber mais abraços. Pessoas a viver sozinhas ou pais solteiros, bem como adolescentes e millennials são os mais afetados pela solidão. 23 porcento dos pais solteiros manifestaram com veemência que se sentem sozinhos, enquanto 24 porcento dos adolescentes afirmaram o mesmo – versus uma média global de 16 porcento.

Os benefícios para a saúde física e psicológica do toque humano estão comprovados cientificamente. No entanto, com o toque humano com um papel cada vez menos presente na vida moderna, os respondentes classificaram os seus benefícios para a saúde como algo “novo para eles”, mas simultaneamente importante.

Para sete de cada dez pessoas inquiridas, o toque humano não está no seu top of mind. Uma vida ocupada, a ascensão das tecnologias e a confusão sobre os níveis adequados de toque interferem com a satisfação da necessidade das pessoas do contacto pele-com-pele. Um melhor conhecimento sobre os benefícios do toque poderia inspirar 86 porcento dos inquiridos a incluir mais toque humano na sua vida diária.

A Covid-19 ressaltou a importância do toque humano, mas tornou mais difícil conseguir experienciar o contacto pele-com-pele de que precisamos.

A maioria das pessoas em todo o mundo aceitou a necessidade de estar socialmente distante e adaptou o seu comportamento a esta limitação. Os resultados da investigação mostram que as pessoas em todo o mundo sacrificaram o toque físico durante a pandemia e muitas vezes enfrentaram a solidão, como resultado disso. 75 % das pessoas inquiridas disseram que o isolamento as fez perceber como o toque físico é importante para a saúde. Mais de um terço das pessoas globalmente esperam que o toque físico das pessoas do seu círculo próximo (família, amigos chegados) aumente depois da crise pandémica, mas que o toque físico de pessoas mais distantes (colegas de trabalho, conhecidos) diminua a longo prazo, em resultado da pandemia.

Balanço do Plano de vacinação
A um mês do início da vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, coordenador da task-force criada pelo Governo para gerir o...

De acordo com o responsável, há já 57.500 profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a vacinação completa e 16 mil que já tomaram a primeira dose. Quanto aos profissionais de hospitais privados e Misericórdias, estima-se que até ao momento apenas 2.370 iniciaram a vacinação.

Segundo as previsões apresentadas por Francisco Ramos, espera-se que estejam vacinadas cerca de 74 mil pessoas com a vacina da Pfizer, em todo o território português. O coordenador da task-force explicou que, no total, 178.100 pessoas iniciaram o processo com a vacina da Pfizer e 5.400 com a vacina da Moderna.

Quanto ao número de doses de vacinas que o país já recebeu, Francisco Ramos esclarece que do total de "377.770 doses da vacina da Pfizer", "19.500 que foram canalizadas para os Açores e Madeira". Da Moderna chegaram 8.400 doses.   

Plano de vacinação é atualizado: pessoas com mais de 80 anos vão ser incluídas na primeira fase

Na conferência de imprensa que ocorreu ao final desta manhã, Francisco Ramos anunciou que todas as pessoas com mais de 80 anos vão ser incluídas na primeira fase de vacinação, independentemente de terem ou não qualquer patologia associada.

O coordenador revelou ainda alguns dados sobre os lares e rede de cuidados continuados. Segundo o responsável, num total de quase 200 mil pessoas para vacinar, já foi iniciada a vacinação contra a covid-19 em 164 mil pessoas. Cerca de 30 mil estão ainda por vacinar devido a situações de surtos em cerca de 205 instituições - 191 são lares e 14 são unidades de cuidados continuados.

Francisco Ramos considera que neste primeiro mês de campanha "a execução da vacinação está a correr conforme previsto" e revelou que até ao momento, foram identificadas 1.332 reações adversas à vacina, como tumefação do braço e dor de cabeça.

“Não houve até hoje nenhuma notificação de reações que não estivesse prevista. Este valor de 0,65 reações adversas por 100 vacinados é um valor que está em linha com os dados provisórios que conhecemos do resto da Europa”, indicou.

O coordenador confirmou ainda o início da vacinação em órgãos de soberania e indicou que “nas próximas semanas, as vacinas que haverá para administrar a esse grupo serão cerca de mil”.

Até ao final de março, o Governo espera, segundo o responsável, já te vacinado 810 mil pessoas com ambas as doses e 520 mil com a primeira dose.

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