Estudo ISUP
Um estudo liderado por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) constatou que os pais...

“Estudar o nível de satisfação dos pais para com a silhueta dos filhos merece a nossa atenção, dadas as consequências que um possível descontentamento pode provocar na saúde mental e física da criança, nomeadamente, baixa autoestima, distúrbios alimentares, descontentamento relativamente ao próprio peso, sintomas depressivos, entre vários outros problemas”, explica Sarah Warkentin, primeira autora desta investigação.

“Tendo em conta que este impacto negativo não se faz sentir apenas na infância, mas também se prolonga ao longo da adolescência e na idade adulta, importa abordar esta questão como um problema de saúde pública”, refere a investigadora.

Considerando este enquadramento, os investigadores do ISPUP avaliaram o nível de insatisfação dos pais para com a silhueta dos filhos, explorando os determinantes para tal descontentamento.

A investigação, publicada na revista Eating and Weight Disorders – Studies on Anorexia, Bulimia and Obesity contou com a participação de pais, mães e filhos que integram o estudo longitudinal Geração XXI.

O estudo incluiu 4930 mães e 1840 pais que avaliaram a silhueta dos seus filhos aos 7 anos de idade. Aos pais das crianças foi pedido que olhassem para um conjunto de silhuetas com tamanhos corporais diferentes e assinalassem a atual silhueta do filho (de acordo com a sua perceção) e que indicassem também a silhueta que desejavam para a criança. Paralelamente, foi avaliada a perceção que os pais têm da sua própria imagem corporal.

Foram analisados o peso e a estatura das crianças e explorados vários fatores que poderiam estar associados à insatisfação dos pais para com a silhueta dos filhos.

36% das mães e 31% dos pais cujos filhos apresentavam um peso normal para a idade e o sexo, desejavam uma silhueta maior para as suas crianças. Por sua vez, 74% dos pais cujos filhos apresentavam excesso de peso estavam satisfeitas com a silhueta das crianças.

“Estes resultados são surpreendentes. Percebemos que os pais não conseguem percecionar o excesso de peso dos seus filhos ou perceber que a sua curva de crescimento se afasta da normalidade”, aponta Sarah Warkentin.

De acordo com a investigadora, “progenitores com crianças com um peso normal preferiam que os seus filhos tivessem uma silhueta maior, ao passo que pais com filhos que apresentam já na infância problemas de excesso de peso mostram-se satisfeitos com a imagem corporal das crianças”.

Por outro lado, foi possível verificar que as mães são quase três vezes mais insatisfeitas com a imagem corporal das suas filhas do que os pais. Foi observada uma clara preferência por raparigas com uma silhueta mais delgada, tanto da parte das mães como dos pais. No que toca aos rapazes, tanto mães como pais preferiam rapazes com uma silhueta mais encorpada.

Para Sarah Warkentin, estas escolhas podem estar relacionadas com “o ideal de corpo magro idealizado na nossa sociedade para as raparigas e com a desejabilidade de os rapazes terem um corpo mais forte e entroncado”.

E será que pais insatisfeitos com a própria silhueta também revelam maior descontentamento para com a imagem corporal dos filhos? A resposta é: sim! Tanto pais como mães que preferiam uma silhueta diferente da que tinham (seja mais delgada ou encorpada) mostraram maior insatisfação para com a imagem corporal dos seus filhos.

Para a investigadora do ISPUP, os vários resultados encontrados neste estudo revelam a importância de se planearem intervenções junto de grupos específicos de pais, de forma a criar-se um ambiente favorável para que a criança construa uma imagem corporal adequada e saudável de si própria.

Estudo
Uma maior perceção dos riscos de saúde, a valorização da contribuição da ciência, a colaboração e partilha de dados, assim como...

A pandemia terá como legado uma nova forma de relacionamento baseada em parcerias e maior nível de colaboração e confiança, bem como uma mudança de paradigma como foco na prevenção da doença, necessidade de redução das desigualdades no acesso à saúde e promoção do envelhecimento saudável.

Estas mudanças potenciam novos comportamentos em saúde, novos modelos de operação e de financiamento, colaboração mais efetiva entre os diversos agentes e novos serviços por parte de incumbentes e de novos operadores do setor, tornando todo o ecossistema de saúde mais resiliente.

O avanço científico e tecnológico, no qual se inclui o conhecimento crescente ao nível da genómica, a adoção de inteligência artificial e digital health, o acesso e interoperabilidade dos dados, novas abordagens regulatórias e novos modelos de financiamento baseadas no valor constituem-se como facilitadores destas mudanças.

A confluência dos fatores conduzirá a que os cuidados de saúde no futuro sejam mais preditivos, preventivos, personalizados e participativos.

No início de 2020 a generalidade das empresas e organizações de saúde e life sciences encontravam-se num ritmo de transformação digital estável, mas apesar de tudo lento. Desde março, com a declaração do estado de emergência devido à Covid-19, assistiu-se a uma aceleração de todas as tendências de forma simultânea.

O estudo da Deloitte, que contém previsões para 2025, concentra-se nas principais mudanças ocorridas nos últimos anos e, em particular, na aceleração da transformação observada durante 2020. As dez previsões do relatório identificam que, em cinco anos, estaremos num mundo em que os países beneficiarão de informação proveniente de várias fontes de dados e usarão sistemas avançados de processamento de imagens e outras tecnologias de diagnóstico e telesaúde para fornecer tratamentos direcionados e mais precisos.

A Deloitte antevê que, em 2025, as pessoas terão um melhor autoconhecimento de como o seu sistema imunológico e comportamentos afetam a saúde e a possibilidade de ter um melhor envelhecimento. É importante ressaltar que o estudo identifica exemplos inovadores, já hoje existentes, que permitem vislumbrar o quão próximo estamos dessa realidade e a perspetiva de um sistema de saúde mais preditivo, preventivo, personalizado e participativo. Cada previsão do Life Sciences & Health Care Predictions da Deloitte é concretizada por previsões de como pacientes, empresas de saúde e life sciences e as suas equipas podem agir e operar neste novo mundo pós-Covid-19.

O relatório destaca as seguintes tendências:

  • Dos cuidados de saúde ao envelhecimento saudável – As pessoas são incentivadas a assumir a responsabilidade pelas suas próprias escolhas de saúde e de estilo de vida;
  • Melhor saúde pública aumenta a produtividade pública – Um sistema de saúde público resiliente protege as pessoas, previne doenças e prolonga a esperança média de vida saudável;
  • Médicos mais capacitados por paradigmas de diagnóstico e tratamento – Genómica e Inteligência Artificial estão a criar uma medicina mais preditiva, preventiva, personalizada e participativa (4 P’s);
  • Quem, o quê e onde? O trabalho re-arquitetado – Os profissionais de saúde, auxiliados pela tecnologia e pela aprendizagem ao longo da sua vida, transformaram as suas formas de trabalhar;
  • Os cuidados são centrados nas pessoas, não em lugares – Modelos de cuidados integrados estão a prestar cuidados centrados no paciente e mais acessíveis, eficientes e económicos;
  • MedTech e IoMT (Internet of Medical Things) são impulsionadores cruciais de cuidados baseados em valor – Os dados conectados de dispositivos médicos permitem a gestão da saúde da população;
  • A indústria reverteu o declínio no retorno associado à I&D – Tecnologias avançadas de Inteligência Artificial aceleraram a descoberta de medicamentos e testes clínicos, melhorando a eficiência e eficácia e reduzindo custos;
  • Supply Chains de última geração são integradas na prestação de cuidados de saúde e na experiência do paciente – Convergência de processos clínicos, comerciais e de produção em rede através de cadeias de valor baseadas em dados;
  • Organizações de saúde e life sciences priorizam a descarbonização – Organizações estão focadas em serem negócios sustentáveis e responsáveis;
  • Clusters de entidades em parceria aceleram a inovação – A confiança e a colaboração estão a remover os limites tradicionais e a redefinir os modelos operacionais para um ecossistema de saúde mais eficaz.

De acordo com Carlos Cruz, Partner e Líder do setor de Life Sciences & Health Care da Deloitte, “a rutura provocada pela pandemia transformou o mundo como o conhecemos, e nem as organizações de saúde nem de life sciences desejam ou serão capazes de voltar às suas formas anteriores de trabalho. Vimos o futuro da saúde digital acelerar, com avanços em poucos meses que levariam muitos anos a acontecer em circunstâncias normais”.

Sessões online
A MatosinhosHabit vai realizar, em parceria com a CMM, uma nova rubrica dedicada a abordagem de temas estruturantes na...

Numa altura em que a pandemia originada pelo Covid-19 obriga ao confinamento, causando forte constrangimento à vida individual e comunitária, impõe-se uma atenção redobrada e especial com os mais frágeis. Nesse sentido, e tendo em conta as atuais circunstâncias, a MatosinhosHabit lançou esta iniciativa «com o principal objectivo de informar e clarificar os temas que afetam o quotidiano da nossa população e que merecem uma discussão mais qualificada. Vivemos um período que representa um enorme desafio à nossa capacidade de pensar o futuro e de encontrar novas respostas aos problemas que enfrentamos actualmente - foi isso que nos motivou a criar este Ciclo de Conversas “Fique em Casa”», como explica Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit.

Este espaço de informação iniciar-se-á pelas 14h30, tendo uma duração aproximada de 30 minutos.

 A transmissão poderá ser acompanhada através das plataformas MatosinhosHabit em https://www.facebook.com/matosinhoshabitempresamunicipal ou https://www.youtube.com/channel/UC-1G-dq2REKfKkRVJIgGOHg/featured

 

 

 

Por que é tão importante vacinar os rapazes contra o HPV
Conferindo uma proteção estimada em 90% para o Cancro do Colo do Útero, a introdução, e recente alar

Em 2020, o Cancro do Colo do Útero foi o 3.º mais frequente entre as mulheres portuguesas com menos de 50 anos, tendo sido detetados cerca de 865 novos casos da doença. Diria que estes números estão em rota decrescente desde a introdução da vacina contra o HPV no PNV?

A vacina tem um papel preponderante na diminuição do número de novos casos de cancro do colo do útero. A vacina foi lançada em Portugal, em 2008, no PNV (Plano Nacional de Vacinação), abrangendo as meninas nascidas após 1992. Os efeitos preventivos da vacina são mais significativos antes do início das relações sexuais, uma vez que a vacina é profilática e não terapêutica. Isto significa que as primeiras mulheres vacinadas terão atualmente entre 29/30 anos.

A resposta à sua pergunta, é que os números estão em rota decrescente, mas dentro de 10-20 anos, o decréscimo será muito mais significativo.

Na sua opinião, o alargamento da vacina aos rapazes pode significar o início do fim do Cancro do Colo do Útero? O que se espera, ao número de novos casos, durante a próxima década?

Houve uma atualização do PNV, em outubro de 2020, que passou a incluir os rapazes na vacinação universal e gratuita contra o HPV, aos 10 anos.

O objetivo é duplo:

  • Diminuir a transmissão do vírus nas mulheres, ou seja, atuar na imunidade de grupo;
  • Prevenção individual de cada rapaz vacinado nas patologias dos homens associadas ao HPV, nomeadamente cancro do ânus, cancro do pénis, cancro da cabeça e pescoço, bem como outras lesões benignas, mas bastante frequentes, como os condilomas genitais (também conhecidos por verrugas genitais).

 Com a imunidade de grupo é expectável que a incidência do cancro do colo do útero diminua.

Em todo o caso, e embora a vacina seja uma ferramenta importantíssima em matéria de prevenção, ela não é a única. Em que consiste a chamada prevenção secundária?

A prevenção secundária é feita através do rastreio nacional organizado do cancro do colo do útero com teste HPV, entre os 25 e os 60 anos, através dos centros de saúde.

Podemos também falar no rastreio oportunístico, que é aquele que é feito nos consultórios privados e que deverá também ser feito através do teste HPV, que veio substituir a citologia (teste de Papanicolau).

Qual a importância dos rastreios? Quem deve fazê-los e em que periodicidade?

À semelhança do rastreio do cancro da mama e do cancro do intestino, o rastreio do cancro do colo do útero é fundamental para a diminuição da incidência do cancro do colo do útero. O rastreio tem como objetivo detetar precocemente lesões pré-malignas do trato genital inferior e tratá-las antes de progredirem para cancro.

O programa de rastreio do cancro do colo do útero destina-se à população do sexo feminino com idade igual ou superior a 25 anos e igual ou inferior a 60 anos.

 O teste primário consiste na pesquisa de ácidos nucleicos, dos serotipos oncogénicos e do vírus do papiloma humano (HPV), em citologia vaginal, a realizar de 5 em 5 anos.

Nos casos em que a pesquisa for positiva para os serotipos 16 e 18, as utentes devem ser encaminhadas para consulta de patologia cervical.

Nos casos positivos para os restantes serotipos oncogénicos, deve ser realizada citologia, sendo que as utentes com presença de células atípicas escamosas de significado indeterminado ou de alto grau, que apresentem células atípicas glandulares, bem como as que apresentem lesão intra-epitelial de baixo ou alto grau, devem ser referenciadas para consulta de patologia cervical.

As utentes que tiverem citologia negativa, com teste prévio positivo para o HPV, devem repetir a colheita no prazo de um ano.

Diria que, hoje, os portugueses estão mais despertos para esta doença?

Talvez um pouco mais despertos, mas ainda não o suficiente. Existem cofactores na história natural das doenças a HPV, que muitas vezes são ignorados pelas jovens. O tabaco, assim como as relações sexuais desprotegidas, deveriam ser mais amplamente divulgados como fatores que promovem a persistência da infeção por HPV e, consequentemente, o aparecimento de lesões no colo, vagina e vulva.

O que é que todos temos mesmo de saber sobre o HPV?

  • O cancro do colo do útero pode ser evitável através da vacinação e rastreio organizado.
  • As mulheres devem fazer regularmente uma consulta de ginecologia, no sentido da deteção precoce da doença.
  • As mulheres devem ter padrões de vida saudáveis, nomeadamente evitar o tabaco e alterações de comportamento sexual.
  • As mulheres que foram tratadas por lesões pré-malignas do colo do útero, vagina e/ou vulva, e que não fizeram a vacina no PNV (plano nacional de vacinação), poderão ser vacinadas no sentido de prevenir a recorrência da doença.

Depois de um ano como o de 2020, em que milhares de exames ficaram por fazer, que impacto pode ter tido a pandemia na vida de milhares de mulheres? Pode-se esperar um aumento casos ou casos mais graves nos próximos tempos?  

Em pleno pico de pandemia é difícil fazer futurismo.... Que esta situação irá ter seguramente impacto em todas as doenças não covid, não tenho dúvidas. 

No âmbito da Semana de Prevenção do Cancro do Colo do Útero que mensagem gostaria de deixar?

Apesar da grave situação pandémica que o País atravessa, não deixem de ser vacinadas, nem deixem de fazer o rastreio do cancro do colo do útero, pois só desta forma poderemos diminuir a incidência deste cancro em mulheres em idade fértil.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comunicado
Comité de Bioética do Conselho da Europa está determinado na promoção do acesso equitativa à vacinação, depois de a Organização...

Comprometido nesta missão, o Comité de Bioética fez hoje várias recomendações.

“Em primeiro lugar, devem ser colocadas estratégias para evitar a criação de discriminação por causa de aspetos materiais: obstáculos logísticos e administrativos, custos de vacinação, riscos de manipulação do sistema, etc. Essas estratégias devem ser adaptadas às necessidades das pessoas que são sistematicamente desfavorecidas no acesso aos cuidados de saúde”, afirma em comunicado.

O aumento da transparência, da informação e da comunicação são essenciais para “construir confiança e garantir que todos aqueles para os quais a vacina é recomendada tenham uma oportunidade justa de acesso à vacinação”.

Por fim, o Comité de Bioética refere que “é necessário um nível adequado de segurança e eficácia vacinal para garantir a qualidade da vacinação. A Direção Europeia de qualidade dos medicamentos (EDQM) estabelece padrões internacionais para a qualidade das vacinas. Além disso, de acordo com a Convenção Medicrime do Conselho da Europa, os Estados-Membros devem prevenir e combater as vacinas falsificadas”.

A Convenção sobre Direitos Humanos e Biomedicina (Convenção de Oviedo), que é o único instrumento internacional legalmente vinculativo nesta área, exige que os Estados-Membros "tomem medidas para garantir o acesso equitativo aos cuidados de saúde de qualidade adequados, levando em conta as necessidades e recursos disponíveis em saúde". Os governos, sublinha, têm a responsabilidade de gerenciar crises de saúde pública, respeitando os direitos humanos e as liberdades fundamentais.

“Quando se trata de vacinação, isso significa garantir que todos, sem discriminação, tenham uma chance justa de receber uma vacina segura e eficaz. Dada a escassez de vacinas, é necessário priorizar o acesso à vacinação, a fim de minimizar o número de óbitos e formas graves da doença e limitar a transmissão. Mas também é necessário que, em cada um dos grupos definidos por esse processo de priorização, todas as pessoas possam ser vacinadas”, reforça o Comité de Bioética do Conselho da Europa.

Capacidade para 64 camas
Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) visitou, nesta quarta-feira (20 Janeiro), a nova Estrutura...

Pedro Lopes, Presidente do Conselho de Enfermagem Regional da SRCentro, visitou a nova unidade de retaguarda hospitalar, que terá capacidade para 64 camas. Segundo as informações obtidas no local, por parte dos responsáveis da unidade, este espaço irá receber doentes que não necessitam de internamento, mas que não têm possibilidade de manter o isolamento social necessário, ou para doentes estáveis com necessidades baixas de oxigénio suplementar.

Com dez doentes já internados, o responsável da SRCentro constatou as boas condições de climatização deste hospital de campanha, e, em particular, o facto de estarem reunidos todos os procedimentos para controlo de infeção, com circuitos bem definidos. Apesar de garantida a qualidade nestas instalações, Pedro Lopes salientou que “a principal preocupação da Ordem dos Enfermeiros será sempre a segurança dos doentes, dos enfermeiros, e a qualidade dos cuidados de Enfermagem prestados. Sabemos que a capacidade máxima será de 64 doentes, mas qual será a capacidade do CHTV para dotar esta unidade de profissionais de saúde quando estiver lotada?”.

E concluiu, apelando para que todos fiquem em casa, uma vez que “os enfermeiros, como qualquer ser humano, têm as suas fragilidades e angústias. Estamos cansados, exaustos e temos sobre nós uma pressão cada vez mais elevada. Os Enfermeiros não fazem milagres. Por si, por eles, por todos nós: Fique em Casa!”

 

Saúde Sexual e Reprodutiva
A MatosinhosHabit, no âmbito da sua política de responsabilidade social, acaba de formalizar uma parceria com a Associação para...

Tendo como um dos seus grandes objetivos o apoio e a proximidade com a população do concelho, a MatosinhosHabit aprovou a celebração deste protocolo com o objetivo de proporcionar um serviço de apoio e aconselhamento individual que ajude cada indivíduo a desenvolver respostas e estratégias na resolução de dificuldades emocionais.

«Pretendemos que as duas instituições envolvidas unam esforços em torno de um único objetivo: proporcionar bem-estar, nas suas diversas vertentes, a toda a população que dele necessite. Queremos que com este protocolo as pessoas se sintam acompanhadas e completamente à vontade para recorrer ao nosso apoio naquelas questões que às vezes podem parecer um pouco mais delicadas como é o caso, por exemplo, do planeamento familiar», declarou Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit

A MatosinhosHabit, juntamente com a APF, propõe-se desenvolver esta parceria junto de agregados familiares (previamente sinalizados pela MatosinhosHabit), arrendatários e outros utentes, que de forma espontânea desejem aderir ao programa, levado a cabo por uma equipa de psicólogos com formação específica na área da saúde sexual e reprodutiva.

Tiago Maia realça que «a MatosinhosHabit, para além da gestão patrimonial, social e financeira dos empreendimentos habitacionais da Câmara Municipal de Matosinhos, inclui ainda no seu círculo de atuação a preocupação com diversas outras questões sociais. Nesse sentido, o combate à pobreza, à discriminação e à exclusão social passam por isso, e também, pelo apoio psicológico e psicoterapêutico às famílias do nosso concelho.»

Neste contexto difícil e desafiante, é fundamental intensificar o apoio a quem se encontra numa situação de vulnerabilidade, nomeadamente no âmbito da saúde sexual e direitos reprodutivos, áreas habitualmente negligenciadas e que têm um impacto decisivo no bem-estar de todos sem exceção, referiu Nuno Teixeira, coordenador da APF Norte.

Novas medidas de controlo de pandemia
António Costa falou ao país depois da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu esta quinta-feira de manhã, numa reunião...

O primeiro ministro, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, começou por destacar que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge forneceu ontem novos dados sobre a variante britânica do novo coronavírus, dando conta que há um crescimento muito acentuado da mesma. “Na semana passada tínhamos uma prevalência de 8%, esta semana temos 20% e os estudos indicam que possa atingir os 60%”, afirmou.

Assim, de acordo com o Primeiro-Ministro, é “imperativo fazer três alterações às medidas já decretadas: encerramento das lojas do cidadão, mantendo-se apenas o atendimento por marcação nos restantes serviços públicos; suspensos os prazos de todos os processos não urgentes nos tribunais; interrupção de todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias”.

Esta suspensão e interrupção letiva será, no entanto, “devidamente compensada no calendário escolar” num outro período de férias, acrescentou o governante.

Segundo António Costa, irá manter-se o apoio alimentar a todas as crianças que beneficiam de apoio social escolar, bem como todas as atividades relativas à intervenção precoce e necessidades educativas especiais.

 

Problema afeta mais de 2 mil portugueses
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica manifestou às entidades competentes – Ministério da Saúde e INFARMED...

As imunodeficiências primárias afetam crianças e adultos e resultam de defeitos congénitos do sistema imunitário. Uma grande percentagem destas situações associa-se a defeito de produção de anticorpos, traduzindo-se num risco aumentado de infeções respiratórias/intestinais ou sistémicas, com impacto significativo na morbilidade e mortalidade sendo, por isso, a terapêutica substitutiva com Imunoglobulina crucial para assegurar a qualidade de vida destes doentes. A perspetiva de interrupção desta terapêutica aos mais de 2 mil doentes com imunodeficiências será seguramente muito grave, comprometendo a vida de crianças e adultos, na sua maioria com vidas familiares e profissionais ativas e colocando-os em risco de vida, alerta a SPAIC.

Este manifesto surge na sequência do alerta que foi dado à SPAIC, por parte dos laboratórios responsáveis pela produção/distribuição, sobre a interrupção iminente (início de 2021) do fornecimento destas formulações ao mercado nacional. Desde então, a SPAIC tem questionado os departamentos de farmácia nos diferentes hospitais relativamente às soluções pensadas para contornar esta situação.

No entendimento da SPAIC, conscientes de que a escassez de imunoglobulina ultrapassa a realidade nacional, esta é uma oportunidade para fomentar o fracionamento do plasma de dadores nacionais – permitindo um uso otimizado do sangue em relação ao aproveitamento e eficácia de todos os componentes sanguíneos. Para a sociedade científica, esta opção traria, ainda, inegáveis vantagens do ponto de vista epidemiológico para os doentes, disponibilizando cobertura de anticorpos contra os agentes infeciosos mais relevantes no nosso território. Por outro lado, referem existir no mercado internacional outras alternativas de formulações para administração endovenosa ou subcutânea, cuja entrada no nosso país poderia ajudar a suprir as necessidades destes doentes.  

A SPAIC colocou-se inteiramente à disposição para colaborar com estas entidades com vista a encontrar uma rápida solução para este problema, concretamente através do desenvolvimento de ações de sensibilização junto da população.

Secção Regional do Centro da OF apela a prudência
No seguimento de vários relatos de enfermeiros, que, após a toma da segunda dose da vacina contra a Covid19, manifestaram...

Dores fortes, febre, astenia, mialgias intensas e cefaleias são algumas das reações adversas mais indicadas pelos profissionais de saúde.

 No imediato, Ricardo Correia de Matos, Presidente do Conselho Diretivo da SRCentro, dirigiu um apelo a todos os Presidentes dos Conselhos de Administração e Enfermeiros Diretores dos centros hospitalares da área de abrangência da SRCentro para que acautelem esta situação e possam dar seguimento ao plano de vacinação estipulado de forma faseada para que não se verifiquem problemas acrescidos na disponibilização de recursos humanos para os diversos serviços hospitalares, incluindo as áreas Covid.

 

Ravi Gupta, microbiologista da Universidade de Cambridge, teme que as mutações do coronavírus venham a pôr em causa a eficácia...

Em entrevista ao DailyMail, o investigado é perentório: “os cientistas precisam começar a desenvolver novas vacinas Covid agora, para impedir que o coronavírus evolua para escapar do sistema imunitário”.

Segundo o professor da Universidade de Cambridge, as vacinas atuais funcionarão sobre o vírus atual, “mas devem ser mantidas atualizadas com novas variantes para evitar que uma mutação leve a que estas deixem de funcionar”.  

Se a eficácia da vacina for muito baixa, existe um risco maior de as pessoas serem infetadas, apesar de terem recebido uma vacina, acrescenta.

Neste momento há três mutações do SARS-CoV-2 que estão a deixar os cientistas preocupados. São elas as estirpes encontradas no Reino Unido, Africa do Sul e Brasil.

Através de um pequeno estudo, foi possível verificar que metade dos sobreviventes do coronavírus que foram expostos à variante sul-africana apresentavam baixa imunidade ao vírus.

Por outro lado, Gupta descobriu que as mutações na variante que surgiu em Kent, em Inglaterra, parecem levar a uma "redução na eficácia" da vacina Pfizer. 

Embora as vacinas já aprovadas para uso na Grã-Bretanha ainda devam funcionar contra os vírus já em circulação, o professor Gupta alertou que elas não funcionarão para sempre se o coronavírus continuar mutando. A maioria é baseada em versões do vírus de há quase um ano.

“Chegou a hora - precisamos de novas vacinas agora. Sabemos quais as mutações que estão a surgir e vai levar meses, faça o que fizermos".

Tanto a AstraZeneca quanto a Pfizer estão a estudar as novas variantes do coronavírus para perceber como vão mudar as suas vacinas, mas nenhuma das duas começou a fabricá-las.

As novas variantes do coronavírus têm mutações na proteína spike que são essenciais para os anticorpos do sistema imunológico se agarrarem e destruírem. 

Pelo menos três variantes principais do coronavírus foram detetadas na Grã-Bretanha nos últimos meses - de Kent, África do Sul e Brasil - e parecem estar evoluindo para se espalhar mais rápido e escapar de algumas partes do sistema imunológico.

O motivo pelo qual novas variantes podem ser capazes de passar pelo sistema imunológico é que as substâncias que o corpo fabrica para combater os vírus são extremamente específicas e se adaptam ao vírus.

Se o vírus muda muito de forma - e eles mudam constantemente por causa de erros aleatórios quando se reproduzem, mesmo que muitas dessas mudanças não façam diferença - o sistema imunológico não será capaz de se ligar a ele.

Se as vacinas não acompanharem as mudanças, disse o professor Gupta, há o risco de que pequenas mutações se acumulem e se tornem uma bola de neve para alterar significativamente o vírus e tornar as vacinas menos eficazes.

Isso pode levar a surtos novamente, mesmo depois de todos terem sido vacinados.

Uma das mutações mais preocupantes até agora é chamada E484K e é encontrada na variante que surgiu na África do Sul e duas variantes do Brasil. 

Manuais de apoio
O Núcleo de Estudo de Ecografia (NEEco) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), face à atual situação...

O primeiro documento, são recomendações para o uso de Ultrassonografia Pulmonar na abordagem inicial ao doente com suspeita de infeção por SARS-COV-2. As recomendações apresentadas foram elaboradas após uma extensa revisão da bibliografia atual disponível e sujeitas a revisão e discussão no seio do Núcleo de Estudos de Ecografia.

O segundo documento, o Manual de Utilização de Ultrassonografia Pulmonar à Cabeceira do Doente (POCUS) no Pulmão visa auxiliar a utilização deste meio de diagnóstico tão importante nos dias de hoje.

“Esperamos que estes documentos, que podem ser alterados a qualquer momento com atualização de conteúdos, sejam úteis para todos os colegas numa fase tão complexa como a que estamos a viver devido ao SARS-COV-2”, afirma José Mariz, Coordenador do NEEco.

 Os dois documentos estão disponíveis em: https://www.spmi.pt/manuais-e-recomendacoes-neeco/

 

 

Medidas de responsabilidade ambiental e de saúde
A Biogen, empresa de biotecnologia pioneira nas Neurociências, acaba de assumir o compromisso de eliminar até 2040 os...

Após ser uma das primeiras empresas do setor neutras em carbono, a Biogen torna-se agora a primeira empresa da lista Fortune 500 a comprometer-se em descontinuar a utilização de combustíveis fósseis nos próximos 20 anos. Para atingir esta meta, a biotecnológica norte-americana definiu um plano de medidas a adotar a partir de 2021, e que passam por passar a utilizar até 2040 somente fontes de energia renováveis em todas as operações da empresa e apoiar os seus fornecedores a adotar medidas de eliminação de combustíveis fósseis. A Biogen prevê ter 80% dos seus fornecedores comprometidos até 2025, estimando que 50% destes estejam a utilizar apenas fontes de eletricidade renováveis até 2030, aumentando para 90% até 2040.

Por outro lado, a empresa vai substituir a sua atual frota por mais de 1500 veículos elétricos até 2025, bem como instalar sistemas de carregamento destes automóveis em mais de 30 localizações, entre outras iniciativas.  

“Anualmente mais de 9 milhões de pessoas morrem em todo o mundo com condições derivadas da poluição emitida por combustíveis fósseis, um cenário que nos obriga a refletir sobre a nossa forma de vida, de trabalhar, e inclusive de consumir energia. Foi com este insight em mente, e tendo como base uma estratégia global de longo prazo da Biogen para lidar com as alterações climáticas e o seu impacto no ambiente e saúde, que surgiu o programa Healthy Climate, Healthy Lives, com o qual pretendemos estar na linha da frente na construção de um futuro mais sustentável e com menos disparidades em saúde junto das diversas populações do mundo”, afirma Anabela Fernandes, Diretora Geral da Biogen Portugal

Além das medidas enumeradas, a Biogen está ainda a colaborar com diversas instituições, tais como o MIT e a Escola de Saúde Pública T.H. Chan da Universidade de Harvard, no sentido de encontrar estratégias de mitigação do impacto ambiental e de saúde das alterações climáticas, de promover a implementação de políticas de saúde dirigidas especialmente às comunidades mais vulneráveis, e de apoiar unidades de saúde com poucos recursos.

Pelo 3º ano consecutivo
A Linde Saúde, empresa que se dedica à Prestação de Cuidados de Saúde ao Domicílio e que tem como objetivo proporcionar uma...

O Prémio Cinco Estrelas avalia vários produtos, serviços e marcas, organizados em diferentes categorias. E, esta distinção, assenta num sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, através de uma avaliação rigorosa de vários critérios, entre os quais a satisfação, confiança na marca e inovação.

“A Linde Saúde trabalha todos os dias para prestar cuidados domiciliários de elevada qualidade, centrados e adaptados às necessidades do doente e dos seus cuidadores. Este é assim um importante reconhecimento e impulso para motivar todos os colaboradores a trabalhar com empenho e dedicação. Para os mais de 75 000 doentes que acompanhamos diariamente, este é um selo que constitui uma garantia de qualidade, um verdadeiro serviço 5 estrelas”, afirma João Tiago Pereira, Business Development & Product Manager da Linde Saúde.

Nos Top drivers avaliados na categoria dos Cuidados de Saúde ao domicílio a Linde Saúde obteve o nível mais elevado na recomendação (8,26), seguido de 8,00 na satisfação/experimentação, a confiança na marca com 6,85 e a inovação com 6,13. Para avaliar estes resultados foram realizadas diferentes   técnicas   de estudos   de   mercado para a recolha de informação, nomeadamente, Focus Group, Testes de Experimentação e um Estudo de mercado à marca, por   uma   entidade independente.

“Num ano marcado pela pandemia da COVID-19, estes resultados são motivo de orgulho para todos os colaboradores da Linde Saúde que diariamente deram o seu melhor para manter a atividade a decorrer com a normalidade possível. Com a atribuição deste prémio, a Linde Saúde compromete-se a manter a mesma qualidade de serviço e utilizar a inovação, neste ano de 2021, de forma a encurtar a distância entre o doente e o seu médico, com a máxima segurança e eficácia”, reforça João Tiago Pereira.

Dados DGS
Nas últimas 24 horas foram registadas mais 221 mortes e 13.544 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, em Portugal.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 88 das 222 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 59 e norte com 53. No Alentejo há 16 mortes a lamentar e no Algarve oito.

Nos arquipélagos da Madeira e Açores não houve mortes nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 13.544 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 5.401 novos casos e a região norte 4.510. Desde ontem foram diagnosticados mais 2.539 na região Centro, no Alentejo 638 casos e no Algarve mais 355. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 78 infeções e no dos Açores 23 novos casos.

Quanto ao número de doentes internados, há atualmente 5.630 internamentos, mais 137 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos receberam, desde o último balanço mais 21 doentes. Ao todo estão 702 pessoas na UCI.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 5.873 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 434.237 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 151.226 casos, mais 7.450 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 192.900 contactos sob vigilância, mais 8.866 desde o último balanço.

Sessão online
A Comissão de Ética do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) promove, no próximo dia 2 de fevereiro, um...

Segundo nota do INSA, O webinar “Novos horizontes para a Bioética na era pós-pandémica: focos nacional e internacional” tem como objetivo refletir as consequências dessas alterações no plano da Bioética, que procura conciliar de modo equilibrado a justiça, a dignidade e a vulnerabilidade.

“Os dilemas éticos apresentados pela pandemia, que conduziram à emissão de recomendações por parte de muitas Comissões e Conselhos de Bioética, a nível internacional e nacional, vieram evidenciar a existência de uma diversidade extraordinária de ideias e conceções representativas do nosso melhor e do nosso pior como seres humanos, pelo que a Bioética e os seus princípios vão ter que adaptar-se às dinâmicas do novo normal da sociedade e apoiar da melhor forma a sua evolução em harmonia”, explica Nina Sousa Santos, Presidente da Comissão de Ética do INSA, acrescentando que o evento visa “contribuir para esta reflexão”.

O programa do webinar prevê a apresentação de duas comunicações intituladas “Novos horizontes para a Bioética na era pós pandémica: foco nacional” e “Novos horizontes para a Bioética na era pós pandémica: foco internacional” da autoria, respetivamente, de Jorge Soares, Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, e de Paula Martinho da Silva, Membro do Comité Internacional de Bioética da Unesco. A participação na reunião não carece de inscrição, bastando para tal aceder à seguinte ligação.

 

 

Esta estirpe é mais contagiosa
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) estima que, desde o início de dezembro, tenham sido registados a...

De acordo com o Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA a prevalência estimada da nova variante foi de cerca de 13%.

Para a determinação desta prevalência foi utilizada uma ferramenta em tempo real, desenvolvida no âmbito da colaboração entre o INSA e a Unilabs, em que, através da sequenciação genómica, foi determinada uma correlação forte entre a falha na deteção do gene «S» em alguns testes de diagnóstico e a presença da variante do Reino Unido, com um valor preditivo acima dos 95%.

Dado ser mais transmissível, «ela aumentará naturalmente ao longo do tempo mesmo que o número de casos diminua, como se espera que aconteça com o confinamento. Em face desta realidade, é da maior importância o cumprimento escrupuloso das medidas de confinamento decretadas» apela o INSA.

Dados acumulados, até à data, mostram que não existe diferença na distribuição etária dos casos Covid-19 com e sem a variante do Reino Unido. Para ambos os grupos, as faixas etárias mais atingidas são dos 20 aos 50 anos.

De forma a alargar a vigilância com base na sequenciação genética, o INSA está a receber amostras referentes ao mês de janeiro, provenientes de dezenas de Laboratórios de todo o país, para fazer a monitorização alargada e com representatividade geográfica, da emergência, evolução e distribuição de todas as variantes genéticas do SARS-CoV-2 que circulem em Portugal.

 

 

 

 

 

Mais 140 camas
O Hospital das Forças Armadas reforçou a sua capacidade de internamento para doentes Covid-19, com mais 140 camas (130 de...

Este aumento de capacidade representa a duplicação da lotação oficial do Hospital das Forças Armadas, polo de Lisboa, conseguida com a adaptação/conversão de espaços, nomeadamente, refeitórios e áreas destinadas à consulta externa. Esta capacidade acrescida, face à grave situação pandémica, destina-se a apoiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo, ao mesmo tempo, o apoio às Forças Armadas, às Forças e Serviços de Segurança e à Família Militar.

Para fazer face a este aumento da capacidade instalada, o Hospital das Forças Armadas está a reforçar as suas equipas de profissionais de saúde com médicos, enfermeiros e outros militares, bem como equipamentos de saúde provenientes da Marinha, do Exército e da Força Aérea, em que se inclui o Hospital de Campanha do Exército. Atualmente, encontram-se 124 doentes Covid-19 internados no Hospital das Forças Armadas, polos de Lisboa e do Porto, 101dos quais provenientes do Serviço Nacional de Saúde. O Hospital das Forças Armadas acolheu, desde o início de março de 2020, 652 doentes Covid-19, provenientes de hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Além do Hospital das Forças Armadas, também o Centro de Apoio Militar Covid-19, em Lisboa, voltou a aumentar a respetiva capacidade de internamento, passando de 60 para 72 camas, com um reforço de profissionais de saúde por parte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

 

Doentes e cuidadores
No dia 1 de fevereiro, a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) promove uma Sessão Online com o tema ...

No registo da EHRA (Associação Europeia do Ritmo Cardíaco) publicado em 2018, existem em Portugal 11.555 dispositivos cardíacos implantados (9.613 Pacemakers, 801 CRT e 1.141 CDI).

“O tratamento atual da Insuficiência Cardíaca, vai para além de uma medicação otimizada. Alguns doentes têm indicação para a terapêutica de ressincronização cardíaca (conhecida pelas iniciais em inglês de CRT) como complemento da terapêutica médica. A Dra. Salomé Carvalho irá explicar quais os doentes que têm indicação para este tipo de dispositivo cardíaco.

Devido a alterações importantes do ritmo cardíaco ou diminuição grave da força de contração do ventrículo esquerdo, alguns doentes têm indicação para implantação de um dispositivo (desfibrilhador interno conhecido por CDI), que pode efetuar uma descarga elétrica quando detetar uma arritmia grave que poderá levar à perda de conhecimento ou mesmo morte. O Dr. Diogo Cavaco irá mostrar a técnica utilizada na implantação dos dispositivos cardíacos”, explica Maria José Rebocho, membro do conselho técnico-científico da AADIC.

A Sessão Online “Insuficiência Cardíaca: Pacemakers, Desfibrilhadores e outros dispositivos cardíacos”, com o apoio da Medtronic, decorre no dia 1 de fevereiro, a partir das 21h00, com transmissão exclusiva no Facebook e Site da AADIC, e conta com a participação de Salomé Carvalho, Cardiologista/Consulta Arritmologia/Dispositivos Cardíacos no Hospital de Santa Cruz e Hospital da Luz, Diogo Cavaco, Cardiologista Arritmologia, no Hospital de Santa Cruz e Hospital da Luz, e com o testemunho de José Amorim Barros, enquanto doente com um dispositivo cardíaco implantado. Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC, assume a moderação da sessão.

“Verdades e mitos sobre os dispositivos cardíacos implantados”, “Monitorização remota no contexto pandémico”; “Quando implantar Dispositivos Cardíacos?”; “Como escolher os tipos de Dispositivos a implementar e qual a Técnica?” são os temas que estarão em debate nesta sessão.

No final da sessão online os doentes e cuidadores na assistência serão convidados a partilhar dúvidas e pontos de vista com os oradores.

Opinião
As épocas festivas são, de um modo geral, propícias a excessos alimentares.

Mas nem sempre corre como desejamos e a sensação de barriga inchada, obstipação ou flatulência manifestam-se, trazendo com elas mal-estar e sentimentos de culpa. Mas esses sintomas podem não ter uma relação direta com os excessos cometidos. Por vezes, ingerimos alimentos sem conhecer o mal que nos fazem.

 E se lhe dissessem que esse desconforto pode estar relacionado com intolerâncias alimentares ou ainda com o desequilíbrio da sua flora intestinal (mais conhecida como disbiose)? Provavelmente já ouviu falar deste termo, mas nunca teve tempo para tentar compreender do que se trata nem do seu impacto no nosso corpo.

 A intolerância alimentar é uma reação exagerada (hipersensibilidade) do organismo a um determinado alimento, que se estima que afete 20 a 35% da população de forma crónica. A eliminação dos alimentos aos quais o indivíduo apresenta hipersensibilidade alimentar melhora os sintomas associados. Os alimentos podem voltar a ser inseridos, de forma gradual. As manifestações clínicas são variadas e apresentam-se sem gravidade, tornando o diagnóstico difícil e demorado.

Já na disbiose, ocorre um desequilíbrio da flora intestinal bacteriana - denominada de microbiota intestinal - que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes e pode induzir a carência de vitaminas e minerais.  A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na nossa saúde, regulando o sistema imunitário, pelo que a sua fragilidade tem repercussões negativas. Na origem deste desequilíbrio estão, muitas vezes, fatores alimentares, como determinados alimentos, aditivos, conservantes ou pesticidas.

Os sintomas de intolerância alimentar e de disbiose são muito idênticos, podendo resultar em excesso de peso e perturbações digestivas, como diarreia, cólicas ou distensão abdominal. A nível dermatológico é comum ocorrer acne, irritação e manchas na pele ou psoríase. Queda de cabelo, dor de cabeça permanente ou ainda cansaço extremo e ansiedade são outros dos sintomas associados.

Agora que está a par do que cada uma destas complicações trata, já pensou que todo esse mal-estar e até o excesso de peso podem estar relacionados com estes problemas? Não desespere, porque a conclusão tem um lado positivo: há solução!

Os laboratórios SYNLAB acabaram de lançar o estudo de saúde intestinal BiotA200, uma análise que permite conhecer os alimentos aos quais desenvolveu intolerância alimentar, assim como da composição da sua microbiota intestinal. Pode ser efetuada a partir dos 5 anos, através de uma amostra de sangue e de fezes, sendo necessário um jejum de 6h na colheita de sangue. Para que saiba como atuar depois de receber o resultado, este teste inclui uma consulta de Interpretação de resultados online com um nutricionista.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas