DGS publica norma atualizada sobre a Fase 1 da Campanha de Vacinação
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, este sábado, a Norma relativa à Campanha de Vacinação Contra a Covid-19 – Fase 1, que...

“A Campanha de Vacinação contra a Covid-19 é planeada de acordo com a alocação das vacinas contratadas para Portugal, administradas faseadamente a grupos prioritários, até que toda a população elegível esteja vacinada”, lê-se no documento, onde constam os grupos prioritários para receber a vacinação contra a Covid-19.

Entre os grupos prioritários para receber a vacina na fase 1 passam a estar também as pessoas com 80 ou mais anos.

A norma contempla questões relacionadas com o armazenamento e distribuição das vacinas e os pontos de vacinação, que podem ser adaptados, se for necessário, a esta campanha de vacinação, em articulação com as autarquias e outros parceiros.

Enquanto a disponibilidade das vacinas for limitada, designadamente na Fase 1, a vacinação é priorizada para quem mais dela beneficia, pelo que não devem ser priorizadas para vacinação as pessoas que recuperaram da infeção por SARS-CoV-2. No entanto, nalguns contextos, como por exemplo, nas ERPI, instituições similares e unidades da RNCCI, a vacinação de todas as pessoas elegíveis, independentemente da história prévia de infeção por SARS-CoV-2, está recomendada para uma melhor gestão do plano logístico e de administração.

Todos os atos vacinais devem ser registados, no momento da vacinação, na Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação – VACINAS, onde será feita a monitorização do número de vacinas administradas.

Para as vacinas com um esquema vacinal de duas doses deve proceder-se ao agendamento da segunda dose, após a administração da primeira dose, garantindo que a segunda dose é da mesma marca da primeira. As pessoas que forem diagnosticadas com infeção por SARS-CoV-2 após a primeira dose, não devem ser vacinadas com a segunda dose.

De acordo com a DGS, aplicando-se o princípio da precaução e até serem conhecidos mais dados de efetividade vacinal, as pessoas vacinadas contra a Covid-19 devem manter o cumprimento das medidas de prevenção e controlo de infeção, e no caso de desenvolverem sintomas sugestivos de Covid-19 ou terem um contacto com um caso confirmado de Covid-19 deve ser aplicada, respetivamente, a Norma 004/2020 e a Norma 015/2020 da DGS.

Auditorias arrancam dentro de dias
Ministério da Saúde considera inaceitável qualquer utilização indevida de vacinas que decorra durante o processo de vacinação e...

De acordo com o documento, divulgado após denúncia de casos de utilização indevida de vacinas, a operacionalização do Plano apenas “prevê que, no caso de, por circunstâncias imprevistas, não ser possível administrar todas as doses definidas numa determinada entidade, face às caraterísticas de conservação das vacinas e com o intuito de evitar a sua inutilização, as mesmas possam vir a ser administradas a pessoas não previstas inicialmente”. No entanto, faz saber que também nestas situações, “se deverão observar as prioridades definidas pelo Plano de Vacinação”.

Como tal, “tendo em vista obviar a qualquer falta imprevista de pessoas numa entidade priorizada para vacinar, o Ministério da Saúde entendeu determinar que a Task Force reforce instruções para que as entidades responsáveis pela operacionalização do plano preparem, de antemão, uma lista de outras pessoas prioritárias a quem poderão administrar as vacinas, no caso de impossibilidade superveniente de alguma das pessoas inicialmente definidas, devendo, ainda, tal circunstância ser devidamente reportada”, sublinha o documento.

Deste modo, “de forma a avaliar a correta aplicação dos critérios estabelecidos no plano de vacinação, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) promoverá, a partir da próxima semana auditorias, de âmbito nacional”

O Ministério da Saúde sublinha ainda que a utilização indevida das vacinas contra a Covid-19 “pode constituir conduta disciplinar e criminalmente punível, em face da factualidade concreta que venha a apurar-se em sede de inquérito”.

 

 

Autorização de comercialização
Empresa sedeada em Cantanhede acaba de receber autorização para disponibilizar aos doentes portugueses a primeira substância à...

Esta é a primeira vez que é exigido e entregue um dossier completo de qualidade para obter a autorização de comercialização de uma substância à base da planta da canábis. A conclusão deste processo confirma os padrões de qualidade e segurança da produção da Tilray.

"Estamos muito orgulhosos da autorização de colocação no mercado emitida pelo INFARMED, que confirma que os produtos de canábis medicinal da Tilray estão à altura dos mais altos padrões nacionais e internacionais", refere Sascha Mielcarek, Diretor-Geral da Tilray Europa. 

"Esta é a primeira e única preparação ou substância à base da planta da canábis para fins medicinais permitida no nosso país, e confirmamos que estamos a planear num futuro próximo tornar outros produtos acessíveis aos doentes, em Portugal. As exigências dos doentes estão a aumentar e a nossa missão é disponibilizar os produtos mais seguros e de melhor qualidade que satisfaçam ao máximo as suas necessidades", afirma Rita Barata, Diretora-Geral da Tilray Portugal. 

Em Portugal, a utilização de preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, nos casos em que se determine que os tratamento convencionais não produzem os efeitos esperados, entre as quais, dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso); espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula; náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C) e estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA.

Promoção de Saúde Mental
O PsiQuaren10 (lido PsiquarenTena), projeto de apoio psicossocial em tempos de quarentena desenvolvido por alunos do ISPA –...

Até ao momento, a equipa de alunos prestava apoio psicológico de primeira intervenção/crise através de consultas online gratuitas com marcação através do mail [email protected]. Passará, a partir de hoje, a disponibilizar ainda uma linha telefónica: 910118130, disponível todas as segundas-feiras, das 9h00 às 13h00.

Para a responsável do PsiQuaren10 (ISPA-Instituto Universitário), “este novo passo é importante para estar ainda mais próximo das pessoas, para que percebam que não estão sós num cenário de real pandemia da Saúde Mental a que é preciso prestar atenção”.

A artista Rita Cee juntou-se a este projeto e dá voz ao tema “Let It Out”, lançado nas redes socias (do ISPA, inclusive), em que os efeitos do confinamento nas pessoas é abordado e onde se transmite uma mensagem de esperança relembrando que ninguém está sozinho nesta caminhada.

Formado por 10 alunos do Mestrado em Psicologia da Saúde do ISPA, sob a supervisão da Professora Ivone Patrão e a colaboração de outros docentes deste instituto universitário, o principal objetivo do projeto passa pela promoção do bem-estar através de orientações para a gestão emocional individual e familiar.

O projeto PsiQuaren10 surgiu no momento desafiante do confinamento devido à epidemia da COVID-19, que limitou não só a presença física como levou a ajustes nas rotinas, relações e comportamentos. Através do mundo digital, o projeto definiu várias metas para alcançar o objetivo a que se propôs: transmitir informação relevante sobre o vírus e estratégias eficazes para o ajustamento emocional; fornecer orientações para a promoção de comportamentos saudáveis, de forma a proporcionar o bem-estar psicossocial durante e após o isolamento e realizar consultas online de base psicoeducativa, tendo em conta a evidência científica.

O PsiQuaren10 recebeu o Prémio Boas Práticas Sul 2020 da Ordem dos Psicólogos Portugueses, no Dia Nacional do Psicólogo (4 de outubro de 2020).

 

Cães e gatos podem ter de ser vacinados contra a Covid-19?
Um grupo de cientistas veio alertar que os animais domésticos podem ter de ser vacinados contra a Covid-19, uma vez que,...

Segundo os especialistas da University of East Anglia (UEA), do Earlham Institute em Norwich e da University of Minnesota, “não é impensável que a vacinação de algumas espécies de animais domésticos possa ser necessária para conter a disseminação da infeção”.

Cock van Oosterhout, professor de genética evolutiva da UEA, afirma aliás que “faz sentido desenvolver vacinas para animais de estimação. Temos realmente de estar preparados para qualquer eventualidade”, acrescentando que a Rússia já começou a desenvolver uma vacina com esse intuito.

“A SARS-CoV-2 pode infetar uma ampla gama de espécies hospedeiras, incluindo gatos, cães, martas e outras espécies selvagens e domesticadas e, portanto, a vacinação de animais domésticos pode ser necessária para interromper a evolução do vírus”, acrescentam os especialistas para quem “a evolução contínua do vírus em hospedeiros animais representa um risco significativo a longo prazo para a saúde pública”.

Para Sónia Miranda, vice-presidente da Ordem dos Médicos Veterinários, é precipitado falar em vacinação de animais domésticos.  

“A maior parte da transmissão do SARS-COV 2 aos humanos nesta fase é humana direta, o papel dos animais de estimação na transmissão, atualmente é negligenciável. Muitos animais podem tornar-se reservatórios de vírus, incluindo animais selvagens. Mas não se sabe se estes reservatórios poderão permitir que uma doença ressoe numa população humana vacinada. A imunidade populacional humana estará sim comprometida se a amplitude da população humana vacinada não for global”, comenta.

Segundo a médica veterinária, existe “efetivamente um número limitado de animais de companhia no mundo inteiro em que foi comprovado COVID positivo, mas não existe evidências científicas da transmissão do vírus destes animais para os humanos. Houve sim, mas ainda está em investigação um surto em algumas comunidades na Dinamarca, que se pensa poder estar relacionado com martas contaminadas”.

“Tanto quanto sei, a Rússia é o único país com investigação sobre uma vacina contra animais, mas no momento não encontro mais informações sobre as espécies-alvo, sobre o estado do desenvolvimento”, acrescenta referendo que tal como acontece com “as vacinas humanas atuais”, que se sabe que protegem contra os sintomas da doença, também numa na vacinação animal não se saberá a “verdadeira eficácia no impedimento da transmissão da doença”.

“Por tudo isto, parece-me completamente precipitado afirmar uma diminuição de transmissão do SARS-COV2 aos humanos, pela vacinação dos animais. Na minha opinião, a prioridade é vacinar o maior número possível de pessoas e continuar a seguir as medidas de distanciamento social e proteções individuais como o uso de máscara, mesmo quando vacinadas. Mas, sabendo a quantidade de perguntas ainda por serem respondidas e as novas variantes de Covid-19 que vão surgindo, a comunidade científica deve continuar a trabalhar na investigação de todas as possíveis formas de controlo da evolução e disseminação desta pandemia”, afirma.

Investigação da Universidade do Minho
Investigadores do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, concluem que a gestão...

“Este estudo evidencia a necessidade de incorporar terapias de gestão de stress no tratamento da POC. Os resultados mostraram que o uso frequente de estratégias de regulação emocional menos eficazes está associado a níveis mais elevados de stress e não está diretamente relacionado com os sintomas obsessivo-compulsivos”, afirma Sónia Ferreira, investigadora do ICVS da Escola de Medicina.

“A POC afeta a forma como as pessoas regulam as emoções. Para tentar diminuir os efeitos das emoções negativas, os doentes usam normalmente estratégias de regulação emocional menos eficazes, como por exemplo a supressão expressiva. Outras estratégias de reavaliação cognitiva, que alteram a forma como experienciamos as emoções, são mais eficientes, mas são menos utilizadas pelas pessoas com POC”, conclui Sónia Ferreira.

Como a POC está associada a sintomas de stress, este estudo procurou perceber se os níveis de stress afetam a relação entre os sintomas obsessivo-compulsivos e a capacidade de regulação emocional. É através da confirmação desta hipótese que os autores advogam pela incorporação de estratégias de gestão de stress no tratamento da POC.

O estudo foi realizado no âmbito da consulta de Perturbações do Espetro Obsessivo do Hospital de Braga e da equipa de investigação em Doença Obsessivo-Compulsiva do ICVS da Escola de Medicina. Além de Sónia Ferreira participaram neste artigo os investigadores Beatriz Couto, Mafalda Sousa, Rita Vieira, Nuno Sousa, Maria Picó-Pérez e Pedro Morgado.

O artigo está disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyt.2020.594541/full

 

 

Plataforma disponível a partir de hoje
O Infarmed disponibiliza a partir desta segunda-feira a página eletrónica que tem com objetivo dar nota das iniciativas que vão...

De acordo com a nota de imprensa enviada à comunicação social, “a intenção é fornecer informação sobre os progressos atingidos durante a Presidência e de acordo com as prioridades definidas para a área dos medicamentos e dispositivos médicos”. O site pretende disponibilizar esclarecimentos sobre os eventos realizados, dar visibilidade aos temas da responsabilidade desta área e apresentar o calendário de atividades previstas.

No espírito do lema da Presidência Portuguesa, "Tempo de Agir", o Infarmed assumiu como seu objetivo para estes seis meses “Apoiar o Acesso Sustentável, Equitativo e Universal ao Medicamento e Dispositivos Médicos”.

 

Parlamento aprovou projeto lei
No momento em que o Parlamento português discute na especialidade o projeto de lei sobre a eutanásia, a Associação Portuguesa...

No momento em que o Parlamento português discute na especialidade o projeto de lei sobre a eutanásia, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) alerta os Portugueses para pensarem sobre as consequências e implicações relacionadas com a aprovação da eutanásia no nosso país.

“Que nesta reflexão fiquem de parte as convicções partidárias, religiosas e individuais e, por um momento, se pense de forma muito séria sobre a realidade portuguesa no que respeita aos cuidados de saúde e sociais, garantidos a todos os que se encontram em fim de vida - última etapa da vida marcada por situação de doença ou condição limitadora da vida que pode ocorrer em qualquer idade, qualquer contexto, com duração de dias, meses ou anos.

Nunca como agora foi tão evidente a fragilidade dos cuidados e a pouca qualidade garantida à vida daqueles que vivem a sua última etapa. Relembramos que continua por nomear a nova Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, desde dezembro de 2020, sem existir uma palavra do Ministério da Saúde em relação a este tema, bem como, sem existir uma orientação formal sobre o papel que os profissionais de cuidados paliativos podem e devem assumir na gestão da atual situação”, explica a Enfermeira Catarina Pazes, Presidente da APCP.

De acordo com a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Portugal é um país onde se vive mal o fim da vida, “tantas vezes sem condições dignas, sem alívio do sofrimento, sem apoio familiar adequado, sem apoio social capaz, muitas vezes com cuidados de saúde desproporcionados e com recurso à obstinação terapêutica e desinvestimento em cuidados de conforto, humanizados e individualizados à pessoa em fim de vida”.

“Somos o país onde a agressividade terapêutica nas últimas semanas de vida é substancial e somos o país, que agora, quer oferecer a morte a quem a pedir, sem que se salvaguarde o investimento nas alternativas à morte a pedido”, adianta.

Em comunicado a APCP, refere que “pelas experiências dos países onde a eutanásia já é legal há mais tempo, que as consequências são graves e estão fora dos objetivos, até mesmo dos que agora lutam pela eutanásia. Termos uma medida de exceção, é diferente de garantir a morte a todos os que a pedem, sem garantir cuidados adequados”.

“Que fique claro que os problemas elencados não são resolvidos apenas com investimento sério no desenvolvimento dos cuidados paliativos. Necessitamos urgentemente de uma maior consciência da sociedade, mais e melhor formação dos profissionais de saúde, de todos, na área dos cuidados em fim de vida. É preciso garantir a dignidade e conforto merecidos no fim da vida”, reforça a Presidente da APCP.

Para a APCP estes temas precisam de ser refletidos, de forma séria e abrangente, e travados: “Matar como ato médico, um estado que paga a morte dos seus doentes, uma rampa deslizante inevitável e gravíssima, manutenção da lentidão no desenvolvimento dos cuidados em fim de vida, obstinação terapêutica como prática frequente”.

A APCP considera, assim, fundamental que todos compreendam que apenas quando se vive uma situação de perto e se experimenta um acompanhamento de saúde adequado se compreende a importância do mesmo.

“É a experiência de todos os dias que nos faz agora dar um grito de alerta para o facto de a morte não ser a escolha quando o apoio adequado é garantido. Todos queremos o melhor. Todos queremos o fim do sofrimento. Mas nós, como profissionais especializados nesta área de cuidados, sabemos abordar esse sofrimento e sabemos que a morte, quando equacionada, é uma escolha rara, de exceção. Sabemos que o perigo de se tornar regra é enorme”, conclui a Enfermeira Catarina.

Há três doentes já a caminho do Funchal
A Região Autónoma da Madeira disponibilizou-se para receber doentes críticos do Serviço Nacional de Saúde do continente.

Hoje, durante a tarde, irão ser transferidos três doentes internados em Cuidados Intensivos, dois do Hospital Beatriz Ângelo e um do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Os doentes serão transferidos com a necessária autorização das respetivas famílias, num processo que assenta numa estreita articulação entre os Serviços de Medicina Intensiva envolvidos e a Comissão de Acompanhamento da Rede Nacional de Medicina Intensiva (CARNMI) o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Força Aérea Portuguesa (FAP) e o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).

O transporte aéreo será assegurado pelo Ministério da Defesa Nacional, através da de um avião C130 da Força Aérea Portuguesa (FAP), estando garantidas todas as condições de segurança, quer durante os transportes terrestres  quer durante a evacuação aeromédica, nomeadamente no que se refere às equipas médicas altamente diferenciadas das entidades envolvidas (hospitais, INEM, FAP e SESARAM) que acompanharão em permanência estes doentes.

 

Segurança da vacina foi demonstrada nos quatro estudos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para a Vacina...

O comité de medicamentos humanos (CHMP) da EMA avaliou minuciosamente os dados sobre a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina e recomendou, por consenso, que uma autorização formal de comercialização condicional seja concedida pela Comissão Europeia. Isso garantirá aos cidadãos da UE que a vacina atende aos padrões da UE e coloca em prática as salvaguardas, controlos e obrigações para apoiar as campanhas de vacinação em toda a UE.

"Com esta terceira opinião positiva, expandimos ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis aos Estados membros da UE e da EEE para combater a pandemia e proteger seus cidadãos", disse Emer Cooke, diretor executivo da EMA. "Como em casos anteriores, o CHMP avaliou rigorosamente esta vacina, e a base científica do nosso trabalho sustenta nosso firme compromisso em salvaguardar a saúde dos cidadãos da UE." Resultados combinados de 4 ensaios clínicos no Reino Unido, Brasil e África do Sul mostraram que a vacina COVID-19 AstraZeneca foi segura e eficaz na prevenção da Covid-19 em pessoas a partir dos 18 anos de idade. Esses estudos envolveram cerca de 24.000 pessoas ao todo. Metade recebeu a vacina e metade recebeu uma injeção de controlo, seja uma injeção falsa ou outra vacina não-Covid. As pessoas não sabiam se tinham recebido a vacina de teste ou a injeção de controlo.

A segurança da vacina foi demonstrada nos quatro estudos. No entanto, a Agência baseou o seu cálculo de quão bem a vacina funcionou nos resultados do estudo COV002 (realizado no Reino Unido) e do estudo COV003 (realizado no Brasil). Os outros dois estudos apresentaram menos de 6 casos de Covid-19 em cada um, o que não foi suficiente para medir o efeito preventivo da vacina. Além disso, como a vacina deve ser dada como duas doses padrão, e a segunda dose deve ser dada entre 4 e 12 semanas após a primeira, a Agência concentrou-se nos resultados envolvendo pessoas que receberam esse regime padrão.

Estes apresentaram uma redução de 59,5% no número de casos sintomáticos de Covid-19 em pessoas que receberam a vacina (64 de 5.258 receberam COVID-19 com sintomas) em comparação com pessoas que receberam injeções de controle (154 de 5.210 receberam Covid-19 com sintomas). Isso significa que a vacina demonstrou cerca de 60% de eficácia nos ensaios clínicos.

A maioria dos participantes desses estudos tinha entre 18 e 55 anos. Ainda não há resultados suficientes em participantes mais velhos (acima de 55 anos) para fornecer um número de como a vacina funcionará nesse grupo. No entanto, espera-se proteção, uma vez que uma resposta imune é observada nesta faixa etária e baseada na experiência com outras vacinas; como há informações confiáveis sobre segurança nessa população, os especialistas científicos da EMA consideraram que a vacina pode ser usada em idosos. Mais informações são esperadas de estudos em andamento, que incluem uma maior proporção de idosos participantes.

A Vacina Covid-19 da AstraZeneca consiste em duas inoculações no braço, a segunda entre 4 e 12 semanas após a primeira. Os efeitos colaterais mais comuns com a vacina Covid-19 AstraZeneca foram geralmente leves ou moderados e melhoraram em poucos dias após a vacinação. Os efeitos colaterais mais comuns são dor e ternura no local da injeção, dor de cabeça, cansaço, dor muscular, sensação geral de estar mal, calafrios, febre, dor nas articulações e náuseas. A segurança e a eficácia da vacina continuarão a ser monitoradas à medida que for usada em toda a UE, através do sistema de farmacovigilância da UE e de estudos adicionais da empresa e das autoridades europeias.

Prémio nas áreas de trombose e hemostase
João Mariano Pego, médico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), recebeu o Prémio Internacional “2021 Eberhard...

O artigo em questão define uma norma orientadora para a interpretação e comunicação de valores críticos de parâmetros analíticos. De acordo com João Mariano Pego, “o cumprimento desta norma pode ser decisivo para salvar a vida do doente, uma vez que determina os testes e respetivos resultados em que é recomendado o contacto emergente com o clínico para o informar dessas alterações analíticas permitindo, assim, a pronta instituição de medidas corretivas, incrementando desta forma a probabilidade da situação ser corrigida em tempo útil. É, portanto, um documento de grande relevância quer para os doentes quer para os médicos”, refere.

João Mariano Pego é médico especialista de Patologia Clínica e dá ainda nota de que, “para além da relevância científica deste prémio, ele tem também associado um valor monetário de 1.000 USD e que, por ter sido recebido nos Estados Unidos da América, decidi doar na sua totalidade para a UNICEF USA”, conclui.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 278 mortes e 13.200 novos casos de infeção por Covid-19.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 137 das 278 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 70 e centro com 53. No Alentejo há 14 mortes a lamentar e no Algarve três.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira tem a assinalar uma morte desde ontem. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 13.200 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 7.123 novos casos e a região norte 3.198. Desde ontem foram diagnosticados mais 1.842 na região Centro, no Alentejo 486 casos e no Algarve mais 381. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 105 infeções e no dos Açores 65 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6. 627 doentes internados, mais 62 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos têm também mais 24 doentes, desde o último balanço. Ao todo estão 806 pessoas na UCI.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 11.187 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 504.886 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 181.811 casos, mais 1.735 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 225.507 contactos sob vigilância, mais 2.357 desde o último balanço.

Conheça novas medidas
O Conselho de Ministros aprovou o decreto que procede a um conjunto de alterações no que respeita às medidas que regulamentam a...

Assim, entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, ficam limitadas as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e é reposto o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres. Está também prevista a possibilidade de suspensão de voos e a determinação de confinamento de passageiros à chegada, quando a situação epidemiológica assim o justificar.

As aulas são retomadas em 8 de fevereiro, em todos os estabelecimentos de ensino, em modo não presencial.

Todas as restrições impostas em Portugal continental nos últimos 15 dias ao funcionamento do comércio não essencial, da restauração e relativas à proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana permanecem em vigor.

A contratação de médicos e enfermeiros formados no estrangeiro vai ser permitida por um período máximo de um ano, “desde que preenchidos determinados requisitos”. Foram ainda aprovados “mecanismos excecionais de gestão de profissionais de saúde para a realização de atividade assistencial” nos estabelecimentos do SNS, que só podem vigorar no âmbito do combate à pandemia.

As creches vão continuar encerradas, ainda que os estabelecimentos de ensino retomem atividade em regime não presencial a partir de 08 de fevereiro.

Segundo o decreto aprovado, a medida de apoio à família mantém-se em vigor.

 

De 17 a 24 de janeiro
De acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), entre os dias 17 e 24 de janeiro, foram realizados 5.818...

No total, o INEM revela que, desde o dia 1 de março de 2020, já foram transportados 107.819 utentes com suspeita de Covid-19. A definição de caso suspeito é, entre outros e de acordo com as normas em vigor, qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Segundo o último balanço realizado, as Equipas de Enfermagem de Intervenção Primária efetuaram, no mesmo período, 1.254 colheitas para análise, mais 64 do que na semana anterior.

Numa nota publicada na página oficial, o INEM lembra que, para travar o aumento de novos casos e conter a pandemia, é fundamental que todos cumpram as regras da Direção-Geral da Saúde, bem como todas as medidas de confinamento decretadas pelo Governo. Só com o esforço de todos é que será possível inverter a tendência e achatar a curva ascendente de novos casos.

E acrescenta, “nesta fase, mais do que nunca, importa recordar todos os cidadãos que devem contactar o Número Europeu de Emergência – 112 – somente em caso de emergência. Deverão colaborar com os profissionais do CODU para uma correta triagem de todas as situações e seguir as indicações dadas”.

Em todas as outras situações não emergentes, deverão entrar em contacto com o SNS24 – 808 24 24 24 – para obterem a referenciação e aconselhamento adequados.

Se apresentar dificuldade respiratória, febre, tosse, alterações ou ausência no paladar e/ou olfato, ligue SNS24 – 808 24 24 24.

 

Doença genética rara
Trata-se da forma mais frequente de displasia óssea, no entanto, poucos são os que reconhecem a esta

De acordo com Inês Alves, presidente da ANDO Portugal – Associação Nacional de Displasias Ósseas, a Acondroplasia “tem origem numa mutação genética, que se transmite de pais para filhos de uma forma autossómica dominante” e que ocorre ao nível do Recetor do Fator de Crescimento Fibroblástico 3 (FGFR3). “Por existir uma expressão deste recetor ao nível dos condrócitos, células que existem nas placas de crescimento dos ossos longos, quando ocorre mutação deste recetor, o desenvolvimento e multiplicação natural dos condrócitos é muito afetado, provocando uma diminuição muito acentuada do crescimento dos ossos longos”, explica revelando que a característica física mais marcante desta displasia óssea “é a baixa estatura desproporcional, com encurtamento dos braços e pernas”.

Segundo Inês Alves, esta displasia óssea caracteriza-se ainda pela presença de “macrocefalia, ou cabeça grande, proeminência da parte frontal do crânio, depressão da ponte nasal, hipoplasia facial, lordose lombar e mãos em tridente”. “São ainda frequentes alterações internas como redução do diâmetro do orifício na base do crânio, o Foramen magnum, sendo que, em alguns casos, é necessária cirurgia de descompressão medular; pode surgir estenose espinhal ao nível da coluna lombar, também com necessidade de intervenção cirúrgica e joelho varo, ou genu varus. O tamanho do tronco é relativamente dentro do padrão, mas é frequentemente deformado por lordose lombar excessiva”, adianta.

O seu diagnóstico baseia-se na presença de características clínicas e radiológicas. De acordo com a presidente da ANDO – Portugal, “é possível haver suspeita de diagnóstico de acondroplasia em período pré-natal pela ecografia de rotina do 3º trimestre e pode ser confirmado por amniocentese, com pesquisa da mutação mais comum do FGFR3”. Por outro lado, pode ainda realizar-se diagnóstico genético de pré-implantação, “uma técnica amplamente acessível”.

Após a confirmação deste diagnóstico, o bebé deverá ser referenciado para seguimento por uma equipa multidisciplinar com experiência em displasias ósseas. “Consoante as necessidades de cada criança, e em distintas fases da vida, poderão ser envolvidos nesta equipa especialistas de genética, neurocirurgia, pneumologia, otorrinolaringologia, fisiatria, ortopedia, reumatologista e também técnicos de fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional”, acrescenta Inês Alves, também ela mãe de uma criança com Acondroplasia.

Atualmente, só existe tratamento farmacológico para cinco displasias ósseas, ou seja, para 1% das displasias ósseas existentes. A acondroplasia é uma das condições para as quais não existe ainda terapêutica. “Estão atualmente em investigação pré-clínica, e em ensaio clínicos, tratamentos farmacológicos para outras sete displasias, incluindo a acondroplasia. E não sendo curativos, estes tratamentos em desenvolvimento para a acondroplasia poderão ter um impacto positivo na redução de patologias associadas e na melhoria da qualidade de vida da pessoa com acondroplasia”, explica a presidente da Associação Portuguesa de Displasias Ósseas.

Apesar de esta displasia não implicar o desenvolvimento de outras complicações – segundo Inês Alves, “ocorre uma redução apenas ligeira na esperança média de vida em comparação com a população geral, possivelmente devido a complicações cardiovasculares” -, viver ou conviver com a doença é um desafio.

“A baixa estatura tem um grande impacto na vida das pessoas com displasias, pois todas as questões relacionadas com a acessibilidade, de forma a assegurar independência, são muito relevantes. Existem vários desafios sociais face à diferença física, ser diferente pode ser muito impactante para as pessoas com displasia óssea e para as suas famílias”, revela adiantando que “a sensibilização para a existência e aceitação da diferença física, com plena inclusão das pessoas com displasia óssea na sociedade, é [por isso] um dos grandes focos de trabalho da ANDO”.

Por outro lado, no que diz respeito à referenciação dos portadores desta displasia, embora já muito tenha sido feito, falta o “reconhecimento formal” de um centro de referência para displasias ósseas que permita agilizar este processo. “Existe, desde 2015, a consulta multidisciplinar de displasias ósseas no Centro Hospital Universitário de Coimbra, que teve um início paralelo à criação da ANDO. O Dr. Sérgio Sousa, geneticista clínico, foi o grande impulsionador desta consulta e quem coordena todos os casos clínicos no hospital pediátrico, enquanto que o Dr. Armando Malcata, reumatologista, coordena a consulta de adultos. Esta consulta multidisciplinar tem contribuído enormemente para o acesso a cuidados diferenciados”, explica Inês Alves. No entanto, “embora o CHUC e mais recentemente o Hospital de Santa Maria façam parte da Rede Europeia de Referência para as Condições Ósseas Raras, ERN BOND, é necessário avançar este reconhecimento para agilizar a referenciação clínica”, reforça.

A presidente da ANDO Portugal revela ainda que “é necessário criar um registo nacional de doenças raras para identificação das necessidades das pessoas com displasia óssea; é necessário simplificar, desburocratizar e atualizar a realização de estudos e ensaios clínicos em Portugal, de forma a melhorar o acesso precoce a medicamentos inovadores; é necessário fomentar a investigação nos nossos centros de excelência para as displasias ósseas, uma área com imenso por conhecer e com enorme potencial de estudo”.

Fontes:

Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 ; 

Wynn J, et al. Mortality in achondroplasia study: a 42-year follow-up. Am J Med Genet A. 2007;143A: 2502–11.

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Legeai-Mallet, L., & Savarirayan, R. (2020). Novel therapeutic approaches for the treatment of achondroplasia. Bone, 141, 115579.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alternativa a outras terapêuticas
Sem recurso a anestesia, a Radiologia de Intervenção, é uma técnica altamente diferenciada e inovadora que permite tratar as...

A pensar nos colaboradores das empresas com doenças crónicas, baixas prolongadas e que precisam viver dependentes de analgésicos e anti-inflamatórios, o Centro de Inovação Médica desenvolveu em equipa multidisciplinar protocolos inovadores e personalizados.

Através do serviço de Concierge de Saúde as empresas protocoladas poderão facultar aos seus colaboradores o acesso rápido e seguro a uma consulta exclusiva e personalizada de Radiologia de Intervenção e, desta forma, reduzir perdas de produtividade provocadas pela dor crónica do sistema músculo-esquelético das suas pessoas. Muitas dessas dores têm origem nos movimentos repetitivos, no estarem de pé ou sentados na mesma posição por muito tempo, no estarem expostos a ambientes com má iluminação, a temperaturas baixas.

Verdadeira alternativa a outras terapêuticas, nomeadamente as que implicam intervenção cirúrgica, “na Radiologia de Intervenção os procedimentos destacam-se por serem realizados em ambulatório (sem internamento), por médico Radiologista especializado, que recorre a anestesia local, o que traduz custos mais baixos ou tempos de intervenção reduzidos e consequentemente maior conforto para o doente e recuperação pós-intervenção imediata (tendo em conta a doença)”, explica Madalena Pimenta, Médica Radiologista no Centro de Inovação Médica.

“Em Portugal, apesar de ser ainda desconhecido o impacto causado pelas doenças do sistema músculo-esquelético, estima-se que possam afetar cerca de 30% da população. Para as empresas e para os sistemas de saúde, este tipo de patologia implica custo monetário, uma vez que os problemas de saúde variam entre dores ligeiras a situações clínicas mais graves, que exigem dispensa do trabalho ou tratamento médico. Em casos mais crónicos, podem mesmo levar à incapacidade e à necessidade de deixar de trabalhar”, alerta Rita Fontes de Oliveira, Médica de Medicina Geral e Familiar do Centro de Inovação Médica.

A profissional sublinha o quanto colaboradores mental e psicologicamente satisfeitos podem fazer pela produtividade de qualquer empresa. “Proporcionar o acesso a programas de saúde que incluam tratamentos de Radiologia de Intervenção é o caminho para ter colaboradores felizes e simultaneamente produtivos no seu dia-a-dia”, conclui.

 

Cancelamento vai aumentar pressão nos hospitais
O combate à crise de saúde pública da Covid-19 está a obrigar os centros de saúde a adiar as consultas não urgentes. Assim, de...

Em declarações a esta publicação, Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), confirmou que foi dada uma “orientação global do Ministério da saúde para acabar com a atividade programada não urgente nos centros de saúde”.

“Em vez de estarmos a aumentar a capacidade para ver diabéticos, hipertensos e criar condições de vigilância, há ordens diretas para diminuir a atividade”, avançou temendo as consequências. É que não havendo “resposta nos centros de saúde, aumenta a pressão nos serviços de urgência”. “Vai ser uma calamidade”, sublinhou.

Segundo avança a publicação, agora as principais prioridades da Administração Regional Saúde (ARS) do Centro passam pela vacinação, o controlo da plataforma Trace-Covid, os rastreios e inquéritos epidemiológicos e ainda o atendimento de doença aguda mediante patologia.

Desta forma, “os serviços (…) devem ser reestruturados”, sendo ainda analisada “a possibilidade de adiamento de algumas situações de vigilância controlada”, disse uma fonte daquela ARS, citada pelo ‘JN’, adiantando ainda a possibilidade de as consultas não urgentes serem remarcadas para o sábado, “consoante a evolução epidemiológica local e os recursos disponíveis”.

O jornal revela ainda que o Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo estabeleceu as mesmas prioridades, tendo em conta a atualização do plano de contingência que foi feita. Assim, são priorizadas a vacinação, contra a Covid-19, e atendimento nas áreas respiratórias (ADR).

O mesmo agrupamento definiu ainda alguns serviços mínimos, nomeadamente a saúde infantil coincidindo com o ato de vacinação, saúde materna, interrupção voluntária da gravidez, consultas de doença aguda e de doenças crónicas não controladas, vacinação e tratamentos.

Ainda assim, segundo fonte da ARS LVT, não foi dada “qualquer indicação” para parar a atividade programada, sendo que as unidades continuam “a organizar o seu trabalho com base na conciliação da atividade covid e não covid”.

Fake news
O programa de monitorização e eliminação das “fake news” (notícias falsas) relacionadas com a pandemia da Covid-19, que junta...

A Comissão Europeia tem vindo a considerar que a difusão de notícias falsas e enganosas está a “minar os processos de vacinação nos diferentes países”.

Os relatórios de acompanhamento, que foram elaborados pela Comissão Europeia tendo por base a informação relatada pelas plataformas, revelam os “esforços contínuos por parte dos das plataformas para abordar a desinformação em torno da covid-19”.

O executivo comunitário verificou desde logo que, em dezembro de 2020, quando arrancou o processo de vacinação na UE, foram adotadas medidas como a eliminação ou redução de conteúdos com informações falsas ou enganosas, a limitação de comportamentos manipuladores ou da falsa publicidade, a colaboração com mais verificadores de factos e investigadores e ainda a promoção de fontes de informação fidedigna.

A Comissão Europeia solicita mais empenho às plataformas e pede que continuem a aplicar o programa pelo menos até junho de 2021.

 

OMS destaca a necessidade de rastrear todas as vacinas
Numa altura em que Governos e empresas um pouco por todo o mundo enfrentam um dos maiores desafios da história – o...

Na conferência digital GS1 Healthcare Executive Dialogue, que teve lugar quinta-feira, dia 28, vários líderes do setor da saúde, assim como grandes organizações desta área, discutiram os principais desafios, oportunidades e aprendizagens a propósito da distribuição das vacinas COVID-19 a nível mundial.

Esta conversa contou com a moderação de Gregory Reh, da Deloitte, e com a presença de Lisa Hedman, da Organização Mundial de Saúde, Tom Woods, do Banco Mundial, Tjalling van der Schors, da Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares, e Ulrike Kreysa, da GS1.

Todos os intervenientes foram unânimes na necessidade urgente de adoção de standards comuns, incluindo a implementação de um código de barras nas embalagens das vacinas, como forma de garantir uma distribuição segura e transparente em todo o mundo. Transparência, confiança e comunicação entre os diversos players de toda a cadeia de valor foram as palavras-chave durante toda a conversa.

Lisa Hedman realçou a importância da “implementação de sistemas de rastreamento, não só durante fases urgentes, como a que atravessamos, mas também a longo prazo e para todo o setor”. Lisa Hedman destacou ainda o trabalho que a Organização Mundial de Saúde tem vindo a desenvolver para garantir que países subdesenvolvidos e com menor capacidade financeira tenham acesso a esse sistema de rastreabilidade através do programa CONVAX Facility. “Saber onde entrou o produto e de onde saiu, promove o combate à falsificação de vacinas e garante a segurança do produto distribuído”, explicou.

Tjalling van der Schors destacou “os 3 P’s essenciais na distribuição e administração das vacinas – a pessoa, o produto e o processo. Se um destes P’s falha, resulta num 4º - o problema. A solução passa pela implementação de códigos de barras, de standards comuns, para garantir que a distribuição da vacina, por si só complexa, é feita de forma correta, evitando a introdução de produtos falsos na cadeia de valor”.

Tom Woods alertou que “caso entrem vacinas falsificadas na cadeia de valor, essa falsificação não só será prejudicial para os pacientes, como irá criar uma enorme desconfiança em todo o processo e até na eficácia da própria vacina. Temos agora a oportunidade de desenvolver um sistema de saúde seguro e fiável em todo o mundo. Além de produtores de vacinas, consultores e empresas tecnológicas, é essencial que os reguladores de cada país tenham um papel ativo em todo o processo.”

O estudo da Deloitte, “Securing Trust in the Global COVID-19 Supply Chain”, que serviu de base à realização desta reflexão, argumenta que, além da colaboração da indústria e de uma comunicação transparente, “adotar os standards GS1 adiciona um elemento de confiança a todos os níveis da cadeia de abastecimento no setor da saúde - uma confiança que, em última análise, se estende aos próprios pacientes”. De recordar que os standards globais GS1 permitem que os fabricantes de produtos farmacêuticos, empresas de distribuição e fornecedores deste setor sigam protocolos e medidas de segurança essenciais para garantir a confiança e a segurança dos pacientes, tanto da própria vacina, como na capacidade de garantir a respetiva administração em segurança.

Apesar da adoção de standards GS1 ser cada vez mais transversal no setor da saúde, por força da adoção de legislação comunitária que a impõe, a verdade é que ainda não é uma prática universal. Nesse sentido, o estudo da Deloitte considera as informações de identificação da vacina, como o ID do produto, número de lote e data de validade como "essenciais para os profissionais de saúde administrarem as vacinas com confiança", realçando que "a OMS recomenda que todas as vacinas sejam identificadas com esses dados através de código de barras”. Entidades como a GAVI e a UNICEF exigiram ainda o uso de standards GS1 nas embalagens secundárias.

João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal, refere que “o mundo enfrenta um enorme desafio na distribuição e administração desta vacina. Os standards globais de identificação têm um papel crucial a desempenhar, contribuindo para promover a confiança pela rastreabilidade, aliviar a pressão sobre o setor da saúde e reduzir a margem de erro. A GS1, a nível global, está empenhada em contribuir para o sucesso desta operação de extrema importância. Localmente, a GS1 Portugal, enquanto entidade parceira de confiança das empresas está disponível para prestar, no nosso país o apoio que as autoridades competentes considerarem necessário”.

Atualmente, mais de 70 países têm implementada legislação no setor da saúde ou definidos requisitos entre parceiros comerciais assentes no recurso a standards GS1. Esses países contam com os códigos de barras bidimensionais GS1 DataMatrix, que podem agora ser utilizados para codificar as informações de identificação da vacina e contribuir para reduzir erros, permitindo a sua rastreabilidade.

Como alguns países têm tido dificuldades em relacionar as vacinas administradas com os seus pacientes, resultando por vezes na administração de mais ou menos doses do que as recomendadas pelo fabricante, este relatório da Deloitte reforça que “é importante identificar e rotular as vacinas, de forma a precisar quando e qual a dosagem de vacina administrada ao paciente”. Nesse sentido, a GS1 garante que a identificação global exclusiva e o código de barras podem dar suporte a essa tarefa crucial.

Tratamento minimamente invasivo
O processo natural de envelhecimento manifesta-se através de diversas características, das quais pod

Para pacientes cujo lifting facial cirúrgico ainda não é uma opção, seja por não necessitarem ou por não se sentirem preparados, o protocolo EmbraceRF é a solução adequada. Pelo facto de ser menos invasivo, o edema facial será também significativamente inferior e a recuperação após o tratamento muito mais rápida.

Este protocolo combina três tecnologias exclusivas de radiofrequência (RF) num único tratamento – a tecnologia RFAL do FaceTite e AccuTite com a RF fracionada do Morpheus8. Esta combinação permite produzir um aquecimento suave, uniforme e extremamente seguro do interior da pele, que provoca uma contração dos tecidos dérmicos e subdérmicos, levando a que se tensionem e alisem de uma forma confortável e eficaz.

“Esta tecnologia de radiofrequência permite derreter a gordura indesejada e aumentar a firmeza da pele, de uma forma tão evidente que é possível verificar, de imediato, um resultado muito significativo. Além da melhoria que se nota imediatamente, tem um efeito importantíssimo na estimulação da produção de novo colagénio, cujo resultado não só se vê, como se sente”, Ricardo Carvalho

Mais especificamente, o AccuTite e o FaceTite possuem a tecnologia exclusiva RFAL (lipólise assistida por RF) para tratamentos de gordura localizada minimamente invasivos. O Morpheus8 tem a tecnologia SARD (RF fracionada intradérmica). Ambas as tecnologias são aprovadas pela FDA e têm inúmeros estudos clínicos publicados que confirmam o seu alto nível de eficácia e segurança.

Durante o procedimento é inserida uma sonda fina com um ponto de entrada de uma cânula milimétrica, debaixo da pele, para administrar a energia de radiofrequência e aquecer o tecido subjacente. A superfície da pele é tratada com a peça de mão

especialmente concebida para tratar de uma só vez o músculo e a camada externa. Este método ajudará a destruir a gordura acumulada e fará com que a superfície da pele e a sua estrutura de suporte se contraiam, resultando num contorno facial firme e definido.

“Além da melhoria da autoestima, sem dúvida a razão mais importante, a necessidade de causar uma boa impressão nos dias que correm, numa sociedade cada vez mais exigente, aumenta a procura por soluções para tratar os sinais do envelhecimento. Além disso, ninguém quer esperar pelo resultado e ninguém pode dispor de semanas para recuperar de um tratamento ou cirurgia”, explica Ricardo Carvalho.

Este é um tipo de tratamento que apresenta vantagens desde o pré ao pós-tratamento, pelo facto de poder ser realizado sob uma sedação leve ou uma anestesia local e posteriormente os pacientes poderem voltar para casa algumas horas após o procedimento, retomando a sua rotina diária de forma rápida.

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