“Olho Clínico” estreia hoje com episódios dedicados ao VIH
A atualidade científica deve ser analisada com “olho clínico”. É com este mote que estreiam, hoje, os primeiros episódios do...

“Olho Clínico” é um podcast semanal, de discussão sobre a atualidade científica, para profissionais de saúde em Portugal. Em cada episódio, a MSD conta com a partilha de evidência científica e a visão de médicos e de profissionais de diversas áreas, sobre temas que merecem tempo de antena, uma análise mais profunda e toda a atenção que possamos atribuir.

Os três primeiros episódios sobre VIH estão já disponíveis nas plataformas de streaming. Estes dedicam-se à análise dos temas científicos debatidos no Congresso de HIV Glasgow 2020: impacto da Covid-19, novidades sobre o aumento de peso, as novas perspetivas no tratamento antirretrovírico e a profilaxia pré-exposição.

No próximo dia 28 de janeiro, fique a conhecer os três primeiros episódios da série de “Olho Clínico” sobre Oncologia. Num momento em que todo o país está confinado devido à pandemia, as primeiras conversas são dedicadas à importância dos rastreios e do diagnóstico e ao impacto da Covid-19 nestas atividades. Para esta estreia, contamos também com especialistas para discutir abordagens que visam melhorar os resultados clínicos no cancro de mama luminal e qual o papel que os Inibidores das Ciclinas e PIK3CA desempenham em contexto de doença avançada.

 

Apoio a doentes
Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, em parceria com a Câmara Municipal da Covilhã e o Aces Cova da Beira, estão a...

De acordo com o centro hospitalar, “para um condigno e eficaz apoio no combate à pandemia, esta infraestrutura estará dotada, com todas as amenidades e condições logísticas, que lhe permitirá receber utentes com alta clínica, provenientes dos internamentos NÃO COVID do CHUCB, e que pese embora já não careçam deste tipo de cuidados especializados, ainda assim, podem não dispor de alguns preceitos elementares, tais como: autonomia para a realização de atividades básicas diárias, condições de salubridade ou estruturas adequadas no domicílio, apoio familiar ou de terceiros, e outras, que até aqui eram asseguradas pelo Hospital, até se alcançar uma resposta social adequada”.

Esta solução irá beneficiar “aqueles que dela verdadeiramente precisam”, e permitirá aliviar a pressão que se faz sentir nas áreas de internamento do CHUCB. O espaço em causa, no Seminário do Tortosendo terá capacidade para receber até 30 doentes, refere o centro hospitalar em comunicado.   

“Assim, e porque o momento, pelo qual passamos, reclama a participação cívica de todos, e porque todos somos poucos nesta luta contra a covid-19, o Centro Hospitalar está a encetar contactos junto de colaboradores aposentados do hospital, para suprir a necessidade extraordinária de recursos humanos, a que uma estrutura desta natureza obriga, mas lança desde já o apelo, a quem queira colaborar de forma livre e voluntária neste projeto, para que se manifeste, na certeza de que por esta via estará a ajudar a cuidar de concidadãos, que se encontram em situação de maior vulnerabilidade socioeconómica e a ajudar o Hospital a libertar camas, para quem delas realmente precisa”, acrescenta apelando a que “todos aqueles que tenham alguma experiência ou apetência na área da prestação de cuidados e se pretendam voluntariar para este projeto, de grande responsabilidade social”  podem contactar o Serviço de Comunicação do CHUCB através do e-mail: [email protected], informando o nome completo, idade, situação profissional ou ocupação e contacto telefónico.

 

2021 é o Ano Global Sobre a Lombalgia
A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) definiu 2021 como o “Ano Global Sobre a Lombalgia”, campanha à qual a...

“A prevalência da lombalgia ao longo da vida é superior a 70% nos países industrializados, estimando-se que entre 15% e 45% dos casos, os sintomas persistam durante um ano ou mais, sendo uma das condições de dor crónica mais comuns no mundo. Com o tema deste ano pretende-se ajudar os profissionais de saúde, a comunidade científica e doentes a compreender a natureza da lombalgia e a utilidade das modalidades de tratamento disponíveis”, refere Ana Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED). 

O grande objetivo deste Ano Global Sobre a Lombalgia é promover uma comunicação mais eficaz entre clínicos e doentes, fornecendo e disponibilizando recursos úteis, práticos e relevantes para auxiliar na abordagem da prevenção e tratamento da lombalgia. A especialista acrescenta ainda que “a APED vai continuar a trabalhar neste sentido, com a missão de melhorar a qualidade de vida dos doentes que vivem com lombalgia”.

Identificar as barreiras e propor soluções para melhorar a prevenção, investigação e tratamento da lombalgia; resumir as modalidades mais eficazes e económicas para o sucesso da gestão da lombalgia, especialmente em comunidades com poucos recursos; integrar o uso de ferramentas para estratificar pessoas com lombalgia à prestação de cuidados centrados no doente e facilitar a investigação, gestão, educação e defesa necessárias para reduzir o fardo global da incapacidade devido à lombalgia, são, de acordo com a IASP, os temas prioritários para 2021, no âmbito do Ano Global Sobre a Lombalgia.

 

 

Quando é que as pessoas com diabetes vão ser vacinadas?
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta as pessoas com diabetes que 30% a 40% já estão incluídas no...

“As vacinas estão aí e serão um instrumento fundamental no controlo da Covid-19, mas a sua distribuição será um desafio. As pessoas com diabetes sabem esperar pela sua vez, mas exigem que aqueles que estão em maior risco sejam devidamente priorizados. A atual comunicação sobre os grupos de risco não está a passar e, desta forma, é preciso dizer que, entre aqueles que estão em maior risco, estão as pessoas com diabetes, com mais de 50 anos e, com pelo menos, umas das comorbilidades listadas para a primeira fase do plano de vacinação”, defende José Manuel Boavida, presidente da APDP.

 A APDP reforça que é preciso informar as pessoas com diabetes e com mais de 50 anos que devem falar com seu médico e pedir uma declaração que atesta a sua condição. Com esta declaração, as pessoas com diabetes devem dirigir-se ao centro de saúde da sua área geográfica para serem vacinadas já a partir da próxima semana, segundo afirmou hoje a Ministra da Saúde, Marta Temido.

João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, esclarece que “são muitas as pessoas que vivem com diabetes e que estão com elevado risco em caso de Covid-19: estimamos que cerca de 30% a 40%. E a realidade é que muitas destas pessoas podem desconhecer que têm uma insuficiência cardíaca, coronária ou renal. Desta forma, recomendamos a todas as pessoas com diabetes e mais de 50 anos, que procurem esclarecimento junto do médico que as acompanha”.

A associação dispõe ainda de uma Linha de Apoio da Diabetes (21 381 61 61), que pode ajudar a responder a esta e a outras dúvidas. Para já, para a associação divulga uma imagem informativa para que fique a par do plano de vacinação. 

 

Combata à pandemia
Em entrevista à RTP, Marta Temido afirmou ontem que “o Governo português está a acionar todos os mecanismos de que dispõe,...

Questionada pela jornalista Fátima Campos Ferreira sobre se o governo está a “equacionar pedir ajuda internacional, ajuda europeia, enviar doentes” para outros países, a ministra considerou que Portugal, geograficamente, tem uma “situação distinta” de outros países do centro da Europa, onde, “mesmo em situação normal, aspetos como a circulação transfronteiriça de doentes já acontece como uma realidade simples”.

“Estamos num extremo de uma península e, portanto, com maiores constrangimentos geográficos, mas de qualquer forma, há mecanismos e há formas de obter auxílio e de enquadrar formas de colaboração e, naturalmente, que as estamos a equacionar”, admitiu Marta Temido, ao considerar que é preciso ter a “consciência de que a situação europeia é toda ela preocupante”.

Na mesma entrevista, a ministra da Saúde referiu também que, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, existem cerca de 5.600 pessoas internadas por covid-19 e mais de 760 em unidades de cuidados intensivos, uma realidade “imaginável” no contexto dos “planos de catástrofe dos hospitais” públicos.

“Nós temos camas disponíveis, o que muito dificilmente conseguimos ainda gerir são os recursos humanos”, referiu no programa de informação sobre a pandemia.

 

Vacinação nos centros de saúde arranca para a semana
Vai arrancar, durante a próxima semana, a vacinação do grupo de risco que incluiu pessoas com mais de 50 anos e com certas...

Segundo o Jornal de Notícias (JN), que avançou com esta informação, já está a ser feita uma validação das listagens onde constam os nomes dos utentes com mais de 50 anos que fazem parte do grupo de risco por terem doença coronária, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica.

No entanto, adianta o mesmo jornal, Diogo Urjais, presidente da associação que representa as unidades de saúde familiares (USF-AN), salienta que os centros de saúde não sabem como é que os utentes sem médico de família serão convocados e que não foi ainda transmitida a informação onde será feita a vacinação. Ou seja, tanto utentes como profissionais não sabem ainda para onde é que se tem que deslocar em virtude das especificidades de armazenamento e aproveitamento das doses da vacina da Pfizer.

Por outro lado, acrescenta a publicação, há ainda a situação dos doentes que são seguidos no privado e que necessitam de apresentar nos centros de saúde uma declaração do seu médico que comprava uma patologia que os coloca no grupo de risco. Porém, Diogo Urjais frisa que não se sabe quem é que vai validar esses mesmos atestados.

 

Carta Aberta
Numa carta aberta, divulgada hoje, vários especialistas em infeciologia, pneumologia, virologia e saúde pública defendem a...

O grupo que assina a carta, e que inclui o epidemiologista António Silva Graça, o virologista Pedro Simas, o pneumologista Filipe Froes ou o especialista em Saúde Pública Constantino Sakellarides, defende que “a forma mais eficaz de reduzir o número total de mortos é vacinar os maiores de 80 anos e o pessoal médico e de saúde”. E justifica a iniciativa como “um imperativo ético e uma preocupação científica”.

Segundo os especialistas, “foi com base nestes mesmos pressupostos científicos que a Comissão Europeia recomendou a todos os Estados-membros que vacinem até março um mínimo de 80% dos maiores de 80 anos e dos profissionais de saúde”. O grupo relembra ainda que o primeiro-ministro se comprometeu publicamente em Bruxelas “a concretizar esta orientação”.

Na carta, publicada no jornal Público, também assinada pelos ex-ministros da Saúde Maria de Belém e Adalberto Campos Fernandes e pela ex-presidente do Infarmed Maria do Céu Machado, os especialistas recordam que “a grande maioria dos Estados, incluindo aqueles com melhores práticas médicas e científicas, têm vindo a organizar o processo de vacinação começando pelos grupos etários mais velhos”.

Os critérios têm de ser “claros e transparentes, conformes a princípios éticos irrepreensíveis e resultar de um processo inclusivo e cientificamente rigoroso”, considerando que “tal é também fundamental para assegurar a confiança pública necessária à eficácia de todo o processo de vacinação”.

No documento, os especialistas recordam: “observámos, ontem mesmo [segunda-feira], já depois de escrita a versão original deste texto, que a ministra da Saúde abriu a porta a essa revisão seguindo as orientações da Comissão Europeia que reconhecem a evidência científica há muito expressa nos planos de vacinação dos países europeus”.

“Mas está por apresentar um Plano de Vacinação corrigido que incorpore o fator idade como elemento essencial das prioridades da vacinação. É para isso que apelamos antes que seja demasiado tarde e se tenha perdido uma boa parte de uma geração”, escrevem.

Faculdade de Ciências da ULisboa no top 2% mundial
A Universidade de Stanford divulgou no final do ano passado uma lista com os principais cientistas mais citados do mundo em...

Ciências ULisboa está representada no top 2% mundial com 14 cientistas: Francisco S.N. Lobo (Física Nuclear e de Partículas), Vladimir Konotop (Física), João Marques-Silva (Inteligência Artificial e Processamento de Imagens), Maria José Calhorda (Química inorgânica), Alan Phillips (Micologia e Fitopatologia), Malte Henkel (Fluidos e Plasma), Ricardo Trigo (Meteorologia e Ciências atmosféricas), José Manuel Nogueira (Química Analítica), Pedro Castro (Engenharia Química), Margarida Amaral (Bioquímica e Biologia Molecular), Luísa Maria Abrantes (Energia – dados referentes a 2013, ano do seu falecimento), Carlos Nieto Castro (Engenharia Química), Rui Malhó (Biologia do Desenvolvimento) e Pedro Cavaleiro Miranda (Engenharia Biomédica).

Atualmente João Marques-Silva e Malte Henkel trabalham noutros organismos.

A lista dos principais cientistas pode ser consultada gratuitamente em Mendeley https://dx.doi.org/10.17632/btchxktzyw.

Este trabalho foi preparado por uma equipa liderada por John Ioannidis, professor da Universidade de Stanford.

 

Estudo
Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), que se dedica ao...

O trabalho acaba de ser publicado na revista Amyloid e pode ser fundamental para ajudar os clínicos no diagnóstico precoce da doença e na decisão sobre as terapias a seguir.

A polineuropatia amiloidótica familiar é uma doença neurodegenerativa, hereditária e progressivamente debilitante, causada por uma mutação pontual no gene da TTR. Manifesta-se ao atingir o sistema nervoso periférico com sintomas sensorio-motores, levando à morte numa década após o início dos sintomas, se nenhuma intervenção terapêutica for efetuada.

“Para além da conhecida mutação no gene da TTR, que causa a doença, identificámos neste trabalho outras variantes que estão associadas à idade de início do aparecimento dos sintomas”, adianta Miguel Alves-Ferreira, primeiro autor do artigo. Ou seja, “as variantes dentro da região promotora da paramiloidose podem alterar a expressividade da doença, fazendo com que esta se manifeste de uma forma mais tardia ou precoce”, esclarece o investigador no grupo «UnIGENe» do i3S.

Em Portugal, a doença foi caracterizada pelo seu início precoce (<40 anos), mas “cada vez mais são diagnosticados casos tardios (≥50 anos), muitas vezes isolados ou descendentes de portadores assintomáticos em idades avançadas, ocorrendo por vezes uma grande antecipação (diminuição da idade de início ao longo das gerações)”.

“Identificar possíveis causas da variabilidade da idade de início dos sintomas pode revelar mecanismos que ajudem os clínicos a lidar com doentes tardios sem história familiar, mais difíceis de identificar e diagnosticar”, sublinha Miguel Alves-Ferreira.

 

 

Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros
Depois da Ministra da Saúde, Marta Temido, ter anunciado que os políticos vão começar a ser vacinados no decorre da próxima...

“Há milhares de enfermeiros, quer do SNS, quer do setor privado, social e que prestam serviços como trabalhadores independentes, que, até ao momento, ainda não foram inoculados com a vacina contra a Covid-19”, escreve a SRCentro num comunicado que fez chegar, esta tarde, aos órgãos de comunicação social.

Segundo Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros, “é inadmissível que, aqueles que cuidam e estão em contacto direto com os doentes (Covid ou não-Covid), sejam preteridos em prol dos que exercem cargos políticos e que podem desempenhar as suas funções em regime de teletrabalho”.

“Não podemos permitir que estes profissionais de saúde tenham que esperar até ao final de abril para receberem a(s) primeira(s) dose(s) da vacina contra o novo Coronavírus”, sublinhou o Presidente do Conselho Diretivo da SRCentro, Ricardo Correia de Matos.

E acrescenta, “num momento em que a escassez de enfermeiros é assustadora, o Governo escolhe vacinar os seus próprios membros. Isto é inaceitável!"

A SRCentro, deste modo, que a Task Force que coordena o Plano de Vacinação contra a Covid-19 tenha em consideração “esta situação e passe a abranger, no imediato, a vacinação destes profissionais de saúde”.

 

Covid-19 em Portugal
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 252 mortes por Covid e viu confirmados mais 6.923 caso de infeção.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 113 das 252 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 56 e norte com 54. No Alentejo há 21 mortes a lamentar e no Algarve sete.

Nos arquipélagos, só a Madeira registou uma morte nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 6.923 novos casos, quase metade dos registados antes do confinamento. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 3.111 novos casos e a região norte 1.975. Desde ontem foram diagnosticados mais 1.043 na região Centro, no Alentejo 390 casos e no Algarve mais 261. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 112 infeções e no dos Açores 31 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.420 doentes internados, mais 303 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos receberam, desde o último balanço mais 25 doentes. Ao todo estão 767 pessoas na UCI.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 5.266 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 461.757 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 170.635 casos, mais 1.405 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 212.711 contactos sob vigilância, mais 2.047 desde o último balanço.

Efeito prolongado
Embora o stress seja uma resposta natural do nosso organismo perante o que considera uma “ameaça” re

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o stress é definido como um estado de desequilíbrio físico e/ou mental, resultante de uma resposta natural do nosso organismo. Os seus sintomas podem dividir-se em grupos: sintomas cognitivos, sintomas físicos, sintomas emocionais e alterações comportamentais.

Entre os sintomas físicos mais frequentes destacam-se:

Lesões cutâneas e acne

A pele é um dos órgãos mais afetados pelo stresse ou não fosse esta o reflexo do sistema nervoso. Segundo a dermatologista Vera Monteiro Torres, isto ocorre uma vez que “aquando da gestação embrionária, o sistema nervoso e a estrutura da pele são formados em simultâneo, criando uma ligação que se mantém ao longo da vida.”

De acordo com a especialista, é frequente, durante ou após situações de stresse surgir aquilo a que se chama neurodermatite, que não é mais do que resultado de coçar compulsivamente uma determinada região do corpo. Esta pode ser caracterizada por lesões do tipo eczema, ou seja, placas vermelhas e ásperas, algumas vezes, com pequenas bolhas.

O stresse pode ainda desencadear urticária e ser associado ao agravamento de crises de dermatite atópica ou seborreica, psoríase ou vitiligo.

Por outro lado, para além de vários estudos já terem associado o desenvolvimento da acne a níveis mais elevados de stresse, outros vêm mostrar que a acne piora com o stresse (1e 2).

Cefaleias

Vários estudos já vieram demonstrar que o stresse é um dos principais gatilhos para o desenvolvimento de dores de cabeça. Não só tem o poder de agravar esta condição como pode contribuir para o desenvolvimento de cefaleias crónicas. (3)

Segundo a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, a maioria dos doentes sente um agravamento das suas crises após episódios de stressantes.  

Dor Crónica

A dor crónica é uma queixa comum que pode resultar do aumento dos níveis de e

stresse. Segundo alguns estudos, o aumento dos níveis de cortisol (a hormona associada ao stress) parece esta associado ao desenvolvimento ou agravamento da dor crónica.

Nos pacientes com fibromialgia, observa-se, por exemplo, um excesso constante de adrenalina, que faz com que o corpo esteja num estado constante de alerta, mesmo durante o sono (4)

Um estudo português (5), por exemplo, conseguiu demonstrar que 71.7% dos pacientes com dor crónica sofrem de perturbações de ansiedade e 39.6% de perturbações do humor, e que quando comparados com a população normal, apresentam níveis de ansiedade e de depressão bastante superiores, não tendo sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre géneros para ambas as dimensões. Verificou-se também que 77.4% da amostra é vulnerável ao stress.

Fadiga crónica e insónia

Fadiga crónica e diminuição dos níveis de energia também podem ser causados por stresse prolongado. O stresse é uma das principais causas de alteração do padrão do sono levando tanto à insónia aguda como a crónica.

Um estudo com 2.483 pessoas (6) descobriu que a fadiga estava fortemente associada ao aumento dos níveis de stresse. Outro pequeno estudo descobriu que níveis mais elevados de estresse relacionado ao trabalho estavam associados a aumento da sonolência e inquietação na hora de dormir. A insónia é uma condição potencialmente grave e que rouba do seu corpo o descanso que ele necessita para se refazer física, mental e emocionalmente.

Bruxismo

As tensões diárias também afetam a saúde oral, sabia? Quando submetidas a um excesso de stresse as pessoas podem começar a ranger ou apertar involuntariamente os dentes. Esta condição é conhecida por bruxismo. Embora as suas causas não estejam completamente esclarecidas, sabe-se que a ansiedade e ou stress estão associadas a este distúrbio involuntário, estimando-se que estes estejam na origem de 70% dos casos de bruxismo.

Problemas digestivos e alterações do apetite

O stresse pode afetar especialmente aqueles que já sofrem distúrbios digestivos, como síndrome do intestino irritável ou doença inflamatória intestinal. No entanto, mesmo que seja saudável saiba que o stresse pode estar na origem de problemas como úlceras ou gastrite. Tudo por conta do cortisol, que produz alterações fisiológicas que atingem o sistema digestivo. São frequentes náuseas, vómitos, diarreia ou obstipação.

Relativamente ao apetite, não é novidade para ninguém que quando estamos stressados temos tendência para comermos demais ou não comermos de todo. Vários estudos associam o stress prolongando a um aumento de peso, por exemplo (7).

Referências:

  1. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17340019/
  2. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12873885/
  3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3611807/pdf/10194_2000_Article_1S049.10194.pdf
  4. http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/3180
  5. https://ria.ua.pt/handle/10773/13270
  6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16161710/
  7. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0271531705002836
  8. https://www.nutergia.pt/pt/nutergia-conselheiro/dossiers-bem-estar/efeitos-stress-alimentacao.php
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Plano de Vacinação
Até ao momento, já foram vacinadas mais de 160 mil pessoas, entre profissionais de saúde e residentes de lares e estruturas na...

Na ocasião, e segundo informação avançada na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, a ministra da saúde acrescentou que chegaram, hoje, ao país mais 99.450 doses da vacina da BioNTech/Pfizer. Com este novo lote, Portugal já recebeu cerca de 411.600 mil doses de vacinas contra a Covid-19 da BioNTech/Pfizer e Moderna, que foram distribuídas pelo continente e arquipélagos.

Segundo a ministra, na próxima semana arranca a vacinação dos profissionais de outros serviços essenciais além de lares e saúde como bombeiros e forças de segurança, a par dos titulares de órgãos de soberania.

Ao mesmo tempo, começa a vacinação de pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades identificadas como de risco para internamento ou desfecho fatal. As doenças são insuficiência cardíaca, insuficiência renal, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, doença coronária ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

Relativamente aos profissionais de saúde, Marta Temido afirmou que até ao final deste mês estarão vacinados ainda cerca de 100 mil profissionais considerados prioritários do INEM, Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge, Instituto Português do Sangue e da Transplantação, mas também do Hospital das Forças Armadas, do Instituto Nacional de Medicina Legal e serviços de saúde dos sistemas prisionais e dos hospitais do setor privado e social que estejam a receber doentes Covid-19 ao abrigo do acordo com o SNS.

De acordo com a governante, citada pela página do SNS, ficam para já excluídos as instituições onde há surtos e que “entrarão mais tarde na vacinação após terminados esses surtos”.

 

Curso Pós-congresso ainda tem vagas
Este ano, a formação na área do acidente vascular cerebral (AVC) estende-se para além do programa do 15.º Congresso Português...

As inscrições ainda estão abertas para esta formação onde o principal mote será abordar as intervenções não farmacológicas para prevenção do declínio cognitivo associado à doença vascular cerebral.

O coordenador do curso, Vítor Tedim Cruz, explica que “o declínio cognitivo que resulta da doença vascular cerebral é um dos principais problemas de saúde da população portuguesa adulta”, embora seja uma situação que “pode ser alvo de prevenção através da correção precoce dos fatores de risco vascular nas populações em risco”. “O que acontece no terreno é que as estratégias de prevenção atuando em múltiplos fatores de risco são de difícil implementação em grandes grupos e no âmbito da comunidade”, acrescenta o investigador do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.

É neste cenário que faz todo o sentido dar a conhecer iniciativas como o projeto MIND - Multiple Interventions to Prevent Cognitive Decline - a funcionar ainda numa fase piloto no ACES Porto Ocidental e no Município de Matosinhos - “que procura capacitar equipas locais para a disseminação de boas práticas no âmbito da prevenção vascular”, capacitando os profissionais no terreno com “ferramentas de intervenção que possam ser utilizadas ao nível dos cuidados primários e da comunidade, desde as fases precoces de perceção de risco acrescido”.

Pretende-se, nesta iniciativa, “que os profissionais aprendam a reconhecer indivíduos em risco de declínio cognitivo por doença vascular cerebral e, simultaneamente, organizar equipas locais que facilitem intervenções em múltiplos fatores de risco em simultâneo, nomeadamente a cognição, a nutrição, a atividade física e a perda auditiva”, esclarece o investigador.

Com este curso, os formandos – profissionais de instituições envolvidos nos cuidados à pessoa em risco de desenvolver alterações cognitivas – aprenderão a desenvolver planos multidisciplinares que visem a prevenção de declínio cognitivo, envolvendo diferentes dimensões (treino cognitivo, o exercício físico e a educação alimentar) para que sejam capazes de de implementar planos de monitorização a longo prazo e de replicar a metodologia do projeto MIND através de projetos de iniciativa local.

O programa do curso está dividido em três módulos, com o primeiro a fazer a apresentação da pertinência do projeto MIND, reforçando os principais fatores de risco de demência vascular, a importância da implementação de estratégias não farmacológicas e a apresentação dos resultados já disponíveis da implementação do projeto piloto.

O segundo módulo aborda a intervenção multidisciplinar para a prevenção do declínio cognitivo, desde as estratégias de treino cognitivo, passando pelo exercício físico e pela educação alimentar.

No terceiro e último módulo falar-se-á da monitorização dos défices cognitivos, com especial enfoque na monitorização cognitiva online Brain on Track.

Tal como todo o congresso, também o Curso MIND tem o formato totalmente digital o que, na opinião do coordenador da formação, garante uma “enorme acessibilidade a formação de qualidade desde qualquer local do continente, ilhas e comunidades lusófonas”. Permite também que, a partir desses diversos locais, os formandos possam “tirar dúvidas sobre as dificuldades de implementação, as estratégias de adesão, a construção de materiais, entre outros, com profissionais especializados em cada uma das áreas de intervenção, dos vários parceiros do projeto” e igualmente tirar “dúvidas sobre a adaptação de projetos deste tipo ao atual contexto de pandemia”.

O Curso conta com o apoio da Boehringer Ingelheim.

O projeto MIND

“Ao contrário do que por vezes é veiculado, não é fácil ser bem-sucedido na implementação de estratégias de prevenção em larga escala. A atual incidência de AVC e de demência vascular na população portuguesa são a constatação dessa dificuldade”, reconhece o Prof. Doutor Vítor Tedim Cruz. Um cenário ao qual se soma a evidência de que “os médicos e a população têm conhecimento dos comportamentos de vida saudável, mas têm dificuldade muitas vezes em se apropriar deles e os implementar de forma continuada ao longo das suas vidas”.

O projeto MIND é uma ferramenta nesse processo, procurando implementar ao nível da comunidade os principais comportamentos que podem ajudar a prevenir o defeito cognitivo futuro.

O ACES Porto Ocidental já tem alguns resultados preliminares da implementação desta estratégia. Foram seguidos pelo agrupamento 46 utentes, 83% deles eram idosos e 91% reformados. A grande maioria eram mulheres (72%), sendo que 9% dos utentes seguidos apresentou-se com sintomatologia ansiosa, 7% com sintomatologia depressiva e um em cada dois participantes apresentava alterações auditivas.

Foram organizadas 210 sessões que passaram por aulas de ginástica em grupo com um professor, por treinos de memória através da resolução de exercícios para estimulação cerebral e por sessões de avaliação nutricional e sessões de culinária para dar noções de alimentação saudável. Afinal, 94 % dos participantes reportou não seguir a dieta mediterrânea e cerca de metade tinha excesso de peso e hipertensão.

Houve uma adesão de 86% dos participantes nas diferentes sessões, sendo que três em cada quatro consideraram que estas eram divertidas ou muito divertidas.

15.º Congresso Português do AVC

O 15.º Congresso Português do AVC irá decorrer entre os dias 4 e 6 de fevereiro e, pela primeira vez, decorrerá em formato totalmente virtual. Contudo, as circunstâncias ditadas pela pandemia causada pelo novo coronavírus não vão alterar o formato que tem feito deste evento dedicado ao AVC um sucesso entre médicos, enfermeiros e outros profissionais de Saúde. Assim, “também nesta edição digital todo o programa científico decorrerá numa única sala de transmissão através de plataforma própria para o Congresso, com a virtualização de cenários e transmissão em tempo real de todo o congresso”, lê-se na mensagem de boas vindas do Prof. Doutor Castro Lopes, presidente do congresso.

Este formato permitirá ainda a visualização de conteúdos on demand, após o evento.

Podem ser consultadas todas as informações sobre o congresso na página www.spavc.org/pt/actividades/15-congresso-portugues-do-avc.

Estudo liderado por cientista português
Um estudo internacional publicado na Scientific Reports, revista do grupo Nature, demonstrou que um novo formato de análise dos...

Liderado por Paulo Rocha, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e Lode Vandamme, da Universidade de Eindhoven (Holanda), o estudo fornece à comunidade científica que trabalha com este tipo de modelos matemáticos um novo formato de leitura dos dados, mais precisamente, numa escala logarítmica e linear, designada “log-lin”.

“Nós explorámos o modelo matemático mais frequentemente utilizado pela comunidade científica, um modelo proposto por Verhulst, e verificámos que, se interpretarmos os dados desta forma (“log-lin”) e não nos formatos convencionais, consegue-se obter informação que permite a deteção precoce não só dos picos de pandemias, mas também do desenvolvimento de vários tipos de cancro, embora em escalas temporais muito diferentes”, explica Paulo Rocha.

O cientista da FCTUC afirma que “este artigo científico sugere à comunidade científica que trabalha com este tipo de modelos que passe a usar este formato de análise”. Atendendo à situação pandémica que vivemos, este estudo pode permitir “detetar mais atempadamente quando os picos da pandemia vão surgir”, salienta.

“O cancro e as pandemias são duas das principais causas de morte em todo o mundo e representam, atualmente, uma severa preocupação global. Para ambos os cenários, a deteção precoce e respetiva previsão são críticas. O nosso trabalho mostra que, em pandemias e cancros, problemas semelhantes podem ser resolvidos e sinalizados em tempo útil, usando modelos matemáticos e físicos análogos”, nota o investigador, acrescentando que estes modelos “podem sinalizar, oportunamente, o aparecimento de picos epidemiológicos – atualmente importantes para a previsão do segundo e terceiro picos de COVID-19 -, além de resumir dados vitais para entidades governamentais e cidadãos”.

Outro dado importante do estudo é o facto de o modelo de análise proposto por este grupo de cientistas revelar que o “movimento browniano explica as regras de comportamento numa pandemia e enfatiza a importância do confinamento, distanciamento social, máscaras, protetores faciais e ar condicionado”.

Os resultados apresentados no artigo publicado, segundo os autores, definem um novo marco científico, “uma vez que a nossa investigação matemática entre cancros e pandemias revela uma correlação multifatorial entre ambas as fragilidades e ajuda a compreender, prever em tempo oportuno e, em última análise, diminuir o obstáculo socioeconómico de doenças oncológicas e pandemias”.

Esta investigação matemática possui um amplo e importante impacto científico com relevância técnica e constitui uma relevante contribuição, tanto para a comunidade científica como também para a população em geral.

O artigo, intitulado “Similarities between pandemics and cancer in growth and risk model”, está disponível em https://www.nature.com/articles/s41598-020-79458-w.

Com especial impacto nos doentes com olho seco
Numa altura em que regressamos ao confinamento e, consequentemente, à elevada utilização de aparelhos eletrónicos, acabamos por...

A elevada exposição atual aos ecrãs, seja por razões de natureza social, de lazer ou profissional, provoca uma sobrecarga no nosso sistema visual. Assim, é importante estar atento a alguns sintomas frequentes, como a visão turva, dores de cabeça, sensação de ardor ocular, olho vermelho, lacrimejo e sensibilidade à luz. No caso de doentes com problemas oculares já diagnosticados, como é o caso do olho seco, estes sintomas podem ser manifestados com maior frequência e gravidade.

Segundo Nuno Alves, médico especialista em oftalmologia, “há diferentes tipos de olho seco, com causa e tratamentos completamente distintos, pelo que é fundamental diagnosticar e definir um plano terapêutico adequado para cada caso clínico”. Desta forma, é essencial uma observação médica, para um diagnóstico e tratamento adequados. No entanto, o especialista acrescenta ainda que “na impossibilidade de ter uma observação médica especializada atempada, tem também a possibilidade de utilizar um lubrificante artificial”.

Por outro lado, há algumas ações simples que, diariamente, nos podem ajudar a tentar prevenir ou diminuir o impacto da exposição aos ecrãs. Pestanejar conscientemente e, se necessário, suplementar a lubrificação da superfície ocular com lágrimas artificiais, nomeadamente sem conservantes, são alguns dos exemplos. No caso de a atividade ser prolongada no tempo, é também importante evitar o uso de lentes de contacto, uma vez que estas podem provocar stress adicional na superfície ocular. É ainda fundamental introduzir pausas a cada hora de atividade, para retomar a frequência normal de pestanejo e, simultaneamente, permitir que o olho consiga focar-se em outras distâncias, nomeadamente para longe.

Em suma, tendo em conta que o uso de ecrãs digitais está presente de forma incontornável na nossa vida, é fundamental não só hidratar a nossa superfície ocular, mas também estar atento a possíveis sintomas que poderão colocar em causa a saúde dos nossos olhos, procurando ajuda médica, sempre que necessário. É também essencial tentar reduzir o número de horas diárias de exposição aos ecrãs e de fazer pausas regulares, que permitam a recuperação do esforço visual e ocular.

Biénio 2021-2022
Maria do Carmo Neves acaba de ser eleita como presidente da APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e...

A Direção completa-se com Luís Abrantes, em representação da Generis Farmacêutica, S.A. e João Paulo Nascimento, em representação da ToLife Produtos Farmacêuticos, S.A, como vice-presidentes.

“No ano em que a APOGEN completa 18 anos de atividade, os objetivos continuam a ser um desafio: contribuir para a sustentabilidade do SNS e para que os doentes possam ter tratamentos mais acessíveis e com qualidade indiscutível, através da defesa dos medicamentos genéricos e biossimilares”, afirma Maria do Carmo Neves. “Em ano de presidência portuguesa da União Europeia, trabalharemos em conjunto com a nossa congénere europeia – Medicines for Europe – para colocar os medicamentos genéricos e biossimilares no centro da discussão em saúde”, conclui.

Maria do Carmo Neves é presidente do Conselho de Administração do Grupo Tecnimede desde 2013 e conta com uma carreira de mais de 30 anos na Indústria Farmacêutica. Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa, especialista em Pneumologia desde 1986, tendo exercido a sua atividade como Pneumologista no Hospital Pulido Valente em Lisboa. Em 1998, foi-lhe atribuído o título de “Competência em Medicina Farmacêutica” pela Ordem dos Médicos.

 

Escolas
De acordo com o ´Correio da Manhã´, o Ministério da Educação enviou orientações a todos os estabelecimentos de ensino para...

Segundo a publicação, a tutela terá feito saber que “tendo as escolas, na preparação do ano letivo, previsto o funcionamento em regime não presencial, este deve estar preparado para poder ser ativado”.  

O email, que contou com a assinatura de João Miguel Gonçalves, diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares, explica ainda que, no sentido de apoiar o ensino online, “serão disponibilizadas plataformas de editoras, bem como outros recursos necessários, que já no primeiro confinamento as escolas tinham tido acesso”.

Isto significa que o ensino à distância poderá estar de regresso, uma medida que já está a preocupar pais e diretores escolares uma vez que dizem que o Governo não cumpriu todas as promessas para fazer com que as escolas tivessem todas as ferramentas necessárias para enfrentar esta nova fase.

Segundo o ‘CM’, as aulas online devem regressar no próximo dia 8 de fevereiro, para cerca de 200 mil alunos da Ação Social Escolar, sem a entrega dos recursos com os quais o Executivo se comprometeu.

“O regime não presencial está ativado há muito tempo, faltando, no entanto, a entrega dos recursos tecnológicos prometidos pelo Governo”, lamenta Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, na Póvoa de Varzim, citado pelo jornal.

Recorde-se que o Governo decidiu na passada quinta-feira encerrar todos os estabelecimentos de ensino, a partir de amanhã e nos próximos 15 dias. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, depois da reunião com o Conselho de Ministros.

Em causa está a nova variante britânica da Covid-19, que segundo explicou Costa cresce de forma muito acentuada, atingindo agora 20% de prevalência, podendo chegar aos 60% “nas próximas duas semanas”.

Combate à pandemia
Os hospitais da região Centro voltaram a aumentar a vagas em enfermaria para doentes da Covid-19, totalizando agora 1.267 camas...

Segundo a ARS, na passada quinta-feira, foram disponibilizadas mais 41 camas na região, embora “tenham sido internadas em enfermarias mais 47 pessoas”.

Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro fez ainda saber que, no mesmo período, tiveram alta hospitalar 82 pessoas em enfermaria e duas em unidades de cuidados intensivos, baixando número total de internados de 1.396 para 1.322.

Quanto ao número de óbitos em ambiente hospitalar, registou-se uma descida significativa na região, passando de 49 para 28 em 4 horas.

Segundo a ARS do Centro, no final do dia de quinta-feira os hospitais da região dispunham de 1.267 camas ativas em enfermaria e 136 em unidades de cuidados intensivos, com uma taxa de ocupação de 95% e 89%, respetivamente.

Covid-19 em Portugal
Portugal ultrapassou a barreira dos 600 mil casos confirmados desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, para além de 13...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 111 das 234 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 48 e norte com 46. No Alentejo há 19 mortes a lamentar e no Algarve oito.

Nos arquipélagos, só a Madeira registou uma nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 13.987 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 5.983 novos casos e a região norte 4.270. Desde ontem foram diagnosticados mais 2.670 na região Centro, no Alentejo 491 casos e no Algarve mais 459. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 84 infeções e no dos Açores 30 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 5.779 doentes internados, mais 149 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos receberam, desde o último balanço mais 13 doentes. Ao todo estão 715 pessoas na UCI.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 7.319 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 441.556 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 157.660 casos, mais 6.434 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 200.730 contactos sob vigilância, mais 7.830 desde o último balanço.

 

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