Esclerosa Lateral Amiotrófica
A Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) alerta para o impacto que a pandemia da Covid-19 teve no...

“A pandemia da Covid-19 teve um grande impacto para os doentes com ELA, é importante refletir sobre aquilo que ficou em suspenso nas malhas do seu avesso. Falamos de um decréscimo generalizado das principais linhas de atividade hospitalar - consultas externas, cirurgias, urgências, internamento – um cenário que dá conta de um problema no acesso dos doentes à primeira consulta de referenciação.” destaca Pedro Ramos, Presidente da APELA.

A APELA reconhece que a ausência de referenciação foi um dos principais obstáculos identificados durante o período de pandemia. Os novos diagnósticos não tiveram resposta imediata para uma primeira consulta, nem foram redirecionados para a respetiva equipa multidisciplinar, tendo a esmagadora maioria dos casos aguardado meses pelo início deste acompanhamento e, consequentemente, pela referenciação para os respetivos tratamentos. “É fundamental identificar e compreender se o SNS está preparado para dar resposta integrada a pessoas diagnosticadas com ELA ou qualquer outra doença incapacitante. Além disso, perceber que aspetos podem ser melhorados no funcionamento dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e dos Cuidados de Saúde Hospitalares (CSH) para garantir um diagnóstico e referenciação atempados” reforça Isabel Ferreira, vice-presidente da APELA.

A associação destaca ainda o papel da Telessaúde na gestão de doentes com ELA, mas reforça que as relações presenciais não podem ser negligenciadas. O objetivo é estabelecer uma relação entre as duas realidades para um suporte constante destes doentes. “É fundamental que exista a perceção que a ELA é uma doença incapacitante que compromete gravemente os músculos respiratórios, podendo a insuficiência respiratória ser a principal causa de morte. É importante avaliarmos quais são os mecanismos que estão a ser acionados para assegurarmos os cuidados necessários e evitar que os doentes com ELA se desloquem, desnecessariamente, às urgências em contexto pandémico. Temos de dinamizar com os stakeholders na área e que têm estado presentes para estes doentes para que juntos possamos compreender de que forma podemos evitar cenários de crise” reforça Pedro Ramos.

Com o intuito de sensibilizar para esta realidade, a APELA aposta na realização de um Ciclo Informativo Solidário para dar resposta às questões emergentes de doentes com ELA, juntamente com os seus cuidadores e familiares, para minimizar o impacto da pandemia sobre os grupos mais vulneráveis. Esta iniciativa é composta por três Webinars que decorrerão nos dias 12, 19 e 26 de fevereiro, entre as 21h00 e as 22h00, via Zoom.

Ensaios foram feitos por investigadores da Public Health England e da Universidade de Oxford
Os testes rápidos de antigénio SARS-CoV-2 da SureScreen Diagnostics já estão disponíveis em Portugal e detetam a variante...

Os ensaios ao teste rápido de antigénio SARS-CoV-2 da SureScreen Diagnostics, designadamente no que se prende com a deteção da nova variante, foram feitos por investigadores da Public Health England e da Universidade de Oxford, que atestaram o elevado grau de precisão. A qualidade do teste foi também avaliada por outros organismos, como a Fundação Champalimaud, o Kings College London, a Imperial College London e a UZ Leuven Belgium.  

Ao contrário dos testes convencionais de PCR, que procuram o material genético do vírus e podem levar até um dia para serem processados, os testes rápidos de antigénio da SureScreen Diagnostics procuram antígenos de proteína que vivem na superfície do vírus e funcionam adicionando um reagente líquido a uma amostra de saliva ou swab nasal. Produzem resultados em apenas 15 minutos. Este foi o teste escolhido pelas autoridades públicas de saúde britânicas para a testagem em massa da população. 

Em Portugal, além dos testes rápidos de antigénio, a SureScreen Diagnostics disponibiliza já nas farmácias um teste rápido para a deteção dos anticorpos específicos da SARS-CoV-2, que também produz resultados em 15 minutos. 

Os testes da SureScreen Diagnostics cumprem todos os requisitos essenciais em matéria de segurança e proteção da saúde e constituem-se como uma mais-valia num contexto de despistagem regular, sistemática e rápida para detetar o máximo número de doentes assintomáticos e quebrar cadeias de transmissão.

 

 

 

A garantia é do novo Coodenador da Task Force do Plano da Vacinação contra a Covid-19, Henrique Gouveia e Melo que afirma que...

Não faria sentido mudar as prioridades porque não há vacinas”, afirmou o responsável, lembrando que a forma como as pessoas foram priorizadas para serem vacinadas “tem muito a ver com os riscos e patologias”.

Entrevistado pela TVI, Henrique Gouveia e Melo mostrou-se desfavorável a que a estratificação passe a ser feita por idades, alegando estudos que defendem que “atacar as comorbilidades salva mais pessoas do que atacar por faixas etárias decrescentes”.

O responsável admitiu ainda que, a manter-se um cenário de escassez de vacinas, a produzida pela AstraZeneca possa ser administrada a pessoas com mais de 65 anos.

À estação de televisão, o novo coordenador da task force admitiu que o “o país tem capacidade para um ritmo muito elevado de vacinação, e vamos fazê-lo, assim haja vacinas para isso”, estimando que o país, usando a capacidade máxima, consiga administrar “entre as 100 e as 150 mil vacinas por dia, em períodos normais e nos fins-de semana duplicar isso”.

Numa altura em que o ritmo de vacinação ronda as “22 mil vacinas por dia”, o Henrique Gouveia e Melo prevê que, no segundo trimestre do ano, “se vierem as vacinas que estão contratadas e que se pensam que virão, o ritmo aumentará para cerca de 80 a 81 mil vacinas por dia”.

A este propósito, Henrique Gouveia e Melo afirmou ainda que Portugal conta atualmente com 910 postos de vacinação prontos a atuar, nos centros de saúde, número que poderá ser alargado para 1.200 postos.

Trata-se, segundo o coordenador do plano de vacinação, de “uma malha que atinge de forma muito capilar a população portuguesa, está espalhada no território nacional” e “pronta para trabalhar”.

Com o aumento do número de vacinas, no segundo trimestre no ano, admite a necessidade de encontrar “soluções” como “postos de vacinação massiva, alargar os períodos aos fins-de-semana ou usar outros agentes que possam vacinar, como por exemplo as farmácias”.

O vice-almirante que quer chegar ao período de maior capacidade de vacinação “sem improvisações”, assegurou ainda que a Task Force da vacinação continuará a “fechar a norma” para impedir mais casos de vacinação abusiva.

“Em cada mil vacinas que foram administradas houve uma que não temos a certeza se cumpriu com as regras”, afirmou, sublinhando que “é preciso ter ideia desta proporção”.

 

"Famílias podem ter confiança no tratamento"
Apesar de os pedidos de transferência de outros hospitais para o São João, no Porto, terem diminuído nos últimos dias, o Centro...

“Nos últimos dias temos manifestado a nossa disponibilidade, mas não tem havido necessidade de transferência de novos doentes”, disse Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário S. João.

Citado pela agência Lusa o responsável do São João defendeu a necessidade de Portugal olhar para o combate à pandemia com “uma atitude generosa”, articulando “medidas em parceria para dar uma resposta integrada aos doentes” e contou que pelo princípio de humanização de cuidados, se tem “tentado limitar ao máximo” o tempo de internamento de doentes de outras zonas.

“Estão mais longe das famílias. Logo que estão estáveis são transferidos para unidades mais próximas da sua residência. As famílias podem ter confiança no tratamento, acompanham a evolução clínica e temos feito com que os doentes se sintam em casa”, disse Fernando Araújo.

 

Iniciativa da MatosinhosHabit
Devido ao sucesso do Ciclo de Conversas “Fique em Casa”, a MatosinhosHabit decidiu prolongar a iniciativa por mais esta semana,...

Esta semana, e na área da saúde, vão-se abordar os temas “Respostas da Cruz Vermelha em tempos de pandemia” e “Apoiar o doente oncológico, família e cuidadores”.

Esta sessões decorrem no dia 11 e 12 de fevereiro, respetivamente, pelas 14h30 e podem ser acompanhadas através dos canais do Facebook e do Youtube: https://www.facebook.com/matosinhoshabitempresamunicipal e https://www.youtube.com/channel/UC-1G-dq2REKfKkRVJIgGOHg/featured

MatosinhosHabit lançou esta iniciativa «com o principal objetivo de informar e clarificar os temas que afetam o quotidiano da nossa população e que merecem uma discussão mais qualificada. Vivemos um período que representa um enorme desafio à nossa capacidade de pensar o futuro e de encontrar novas respostas aos problemas que enfrentamos atualmente - foi isso que nos motivou a criar este Ciclo de Conversas “Fique em Casa”», como explica Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit.

15 de fevereiro
A ANGEL – Associação de Síndrome de Angelman de Portugal associa-se uma vez mais ao Dia Internacional da Síndrome de Angelman ...

Este ano, todas as associações Angelman internacionais usarão os mesmos meios e elementos de comunicação, através da Internet e redes sociais, para mostrar sua união e determinação na divulgação e sensibilização desta doença rara. Em Portugal, a Angel junta-se a esta iniciativa que vai dar cor azul aos monumentos em várias cidades.

Os Municípios de Leiria, Arraiolos, Montemor-o-Novo, Portel e Évora, associam-se à ANGEL e vão iluminar Castelos e outros monumentos de azul, no dia 15 de fevereiro.

É importante dar a conhecer e promover uma maior visibilidade sobre os sintomas associados a esta doença rara, para que haja um diagnóstico mais célere e, em consequência, uma abordagem de tratamento correta e mais imediata de cada caso.

De acordo com o Presidente da Direção da Angel, Manuel Costa Duarte, “o nosso objetivo tem sido cumprido ao longo dos anos. A associação já conseguiu identificar mais de 70 crianças, jovens e adultos com Síndrome de Angelman em Portugal, mas se considerarmos que a prevalência é de 1/15000, podemos estar a falar de mais de 500 anjos só no nosso país. O que pretendemos a longo-prazo é a divulgação da Síndrome de Angelman entre médicos, técnicos de saúde, terapeutas, professores e sensibilizar a sociedade civil em geral, com vista a permitir o seu diagnóstico precoce e a sua prevenção”

Com a intensa investigação e ensaios clínicos a nível internacional, a ASA – Angelman Syndrome Alliance (Europeia), da qual a ANGEL é fundadora e faz parte da Direção, este ano, uniu-se à ASF - Angelman Syndrome Foundation (Americana), para uma parceria conjunta para a formação do Community Advisory Board (CAB).

O CAB é um conselho formado e representado pelas diversas associações Angelman, apoiado pela Eurodis, a Organização Europeia para Doenças Raras.

Este comité dará voz à comunidade Angelman nas relações e diálogos com a indústria farmacêutica, que desejam entrar em programas de investigação, tendo uma voz ativa e unificada quanto aos aspetos científicos, regulamentares e políticos no estabelecimento dos ensaios clínicos, terapêuticos e processos biomédicos e acesso aos tratamentos.

 Em Portugal, em contacto com a ANGEL e do seu conhecimento, existem dois grupos de investigação focados nas alterações a nível cerebral da Síndrome de Angelman:

 - Grupo de investigadores do Instituto Superior Técnico e do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa - Ao usar células estaminais de pessoas com SA e de pessoas saudáveis, conseguem gerar diferentes tipos de neurónios e identificar eventuais alterações em duas áreas do cérebro envolvidas na cognição e na motricidade (o córtex e o cerebelo). Para além disso, este trabalho visa também recriar mini-cerebelos humanos com SA que vão permitir desenvolver e testar medicamentos em laboratório, sem recurso a animais;

 - Grupo de investigadores do Centro de Neurociência e Biologia Celular da Universidade de Coimbra: está a testar a eficácia de uma estratégia terapêutica que visa proteger os neurónios, usando modelos animais de várias doenças neurológicas incluindo a SA. Os ratinhos com SA são sujeitos a um tratamento e posterior avaliação de parâmetros comportamentais. Além disso, também estão a ser estudadas diferentes zonas do cérebro dos ratinhos de modo a inferir sobre a eficácia desta estratégia a nível celular;

Atualmente estão a decorrer diversos ensaios clínicos no mundo com o objetivo de compreender melhor a Síndrome de Angelman, de tratar alguns dos seus sintomas ou mesmo de tentar reverter as causas da doença. Estes ensaios clínicos regem-se por normas muito criteriosas e envolvem participantes com SA de várias faixas etárias.

A celebração do Dia Internacional da Síndrome de Angelman pretende juntar Portugal à aliança internacional de Associações, demonstrando assim o seu trabalho desenvolvido ao longo dos anos. 

 

Doação
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira recebeu, esta manhã, 20 camas para equipar a Unidade de Apoio Pós-Alta, criada...

Uma solução adequada, fruto de uma parceria entre o CHUCB e a Câmara Municipal da Covilhã, que permitirá aliviar a pressão que se faz sentir nas áreas de internamento hospitalar, e que mercê deste donativo permitirá proporcionar aos utentes com alta clínica, mas que não dispõem de autonomia, apoio familiar ou condições adequadas no domicílio, todo o conforto e segurança de que necessitam, ainda que este seja apenas um local de acolhimento temporário, até se encontrar uma resposta definitiva e ajustada a cada situação.

A acompanhar estas camas de articulação elétrica, o CHUCB recebeu também 20 colchões anti escara, 40 guardas metálicas e 20 suportes para soro. Para Nuno Miguel Guerra, CEO da CREATE, mentor e imagem da iniciativa “Aconchegar – levar uma cama a quem mais precisa”, trata-se de “um pequeno reconhecimento ao trabalho de quem está no terreno a fazer face a este enorme desafio.” Recorde-se que o projeto “Aconchegar” nasceu como resposta à necessidade de levar conforto a todos os que mais precisam, como os doentes e profissionais que estão no combate à pandemia, sendo que até ao momento já foram doadas, por esta via mais de 150 camas.

Para além dos dispositivos hoje recebidos, está ainda prometida pela mesma iniciativa, a oferta de mais 10 camas hospitalares de articulação e elevação elétricas e respetivos colchões, guardas metálicas e dispositivos para soro, “estando estas já destinadas ao internamento do Hospital Pêro da Covilhã, por forma a fazer face à necessidade crescente de aumentar a sua capacidade de resposta”.

Para João Casteleiro, Presidente do Conselho de Administração do CHUCB, esta doação “foi ouro sobre azul, pois só com este ato de solidariedade é possível equipar aquele espaço com tanta qualidade. Falamos de camas elétricas certificadas para uso hospitalar, que muito facilitam o trabalho dos cuidadores, e que permitem a muitos doentes tornarem-se mais autónomos, podendo por exemplo recostar a cama, sem a ajuda de terceiros. Gratidão é a palavra de ordem que podemos manifestar a esta iniciativa extraordinária e a tantas outras que provindas de todos os flancos da sociedade civil nos têm ajudado a cumprir a missão de que estamos investidos, no combate à pandemia de covid-19”.

O projeto Aconchegar tem a chancela da Fundação São João de Deus e da International Association of Microsoft Channel Partners (associação de parceiros Microsoft em Portugal). Conta com o apoio de um número alargado de embaixadores do setor empresarial e da sociedade civil que, sem interesses empresariais, políticos ou religiosos, contribuem para o sucesso da iniciativa. O objetivo do projeto é ajudar a equipar Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) e hospitais, através da aquisição e doação de equipamentos necessários ao reforço da capacidade de internamento destas estruturas.

Reunião no Infarmed
Portugal deverá continuar com o nível de confinamento atual até meados de março, adiantou hoje a Ministra da Saúde, indicando...

Segundo a Marta Temido, o objetivo é atingir “uma ocupação de unidades de cuidados intensivos abaixo das 200 camas e uma incidência acumulada a 14 dias abaixo dos 60 casos por 100 mil habitantes”

Os números de novos casos diários têm “tendência para decrescer”, mas “nada está adquirido”, salientou a Ministra da Saúde à saída da reunião com epidemiologistas que decorreu esta manhã no Infarmed.

Marta Temido salientou ainda que o confinamento decretado em 15 de janeiro marcou o início do decréscimo do número de novos casos, embora este tenha sido “mais acentuado” a partir do agravamento das medidas e o fecho das escolas que ocorreu a 21 de janeiro.

De acordo com a ministra da Saúde, o confinamento teve impacto nas estimativas que o Instituto nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge fez sobre a possibilidade de, nesta altura, a variante mais contagiosa do SARS-CoV-2 descoberta no Reino Unido atingir 60 por cento de prevalência, conseguindo-se “reduzir a sua predominância”.

Marta Temido adiantou, ainda, que o Ministério já pediu à Direção-Geral da Saúde que reavalie os critérios para testagem de contactos com pessoas infetadas no sentido de qualquer contacto, independentemente do risco, poder ter acesso a um teste.

 

Reunião no Infarmed
A primeira fase de vacinação, que devia terminar antes de 31 de março, vai ser prolongada para abril devido ao “problema da...

“Não vamos conseguir com as vacinas que temos terminar a primeira fase antes de 31 de março, vamos prolongar para abril este período”, afirmou Henrique Gouveia e Melo na reunião do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento, que juntou epidemiologistas, Governo e o Presidente da República e onde foi analisada a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

De acordo com o coordenador da Task Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, esta situação, “não é um problema de administração, nem da velocidade da administração, é um problema logístico e um problema da disponibilidade de vacinas à chegada a Portugal e, portanto, de acesso a vacinas”.

O novo coordenar da task force, o Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo,  recordou que o plano consagra “três grandes” prioridades: salvar vidas, conferir resiliência ao Estado, conferindo primeiro a resiliência ao serviço de saúde e depois às outras funções do Estado, e numa fase posterior libertar a economia.

 

DGS
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 203 mortes e 2.583 novos casos de infeção por Covid-19, mantendo-se a tendência de...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 115 das 203 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 35 e centro com 34. No Alentejo há 16 mortes a lamentar e no Algarve uma.

Quanto aos arquipélagos, quer a Madeira quer as Açores registaram uma morte desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 2.583 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.214 novos casos e a região norte 649. Desde ontem foram diagnosticados mais 439 na região Centro, no Alentejo 119 casos e no Algarve mais 88. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 68 infeções e no dos Açores seis novos casos.

Desde o início da pandemia, já foram confirmadas 770.502 infeções pelo novo coronavírus.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.070 doentes internados, menos 274 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos têm atualmente mais 862 doentes, também menos 15 desde o último balanço.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 15.157pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 628.078 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 127.867 casos, menos 12.777que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 9.351 contactos, estando agora 171.554 pessoas em vigilância. 

Vacina contra a Covid-19
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou hoje a atualização da norma que aborda os procedimentos a observar para a implementação...

Neste documento, a DGS relembra que a administração de vacinas é organizada de forma a evitar o desperdício de doses, sendo que as doses que sobrarem devem ser utilizadas em qualquer pessoa elegível dentro da fase em curso, devendo respeitar-se a ordem de prioridades definida “através da definição de uma lista, de elaboração obrigatória, de pessoas a convocar” para estes casos.

Para evitar desperdício, refere ainda que os frascos não perfurados que sobrarem numa sessão vacinal devem ser utilizados no mesmo dia se não tiverem sido mantidos a uma temperatura de 02 a 08 graus centígrados e que os frascos já perfurados “não devem ser transportados”.

“Não sendo possível evitar o desperdício através dos procedimentos referidos na alínea anterior, a vacinação deve prosseguir através da vacinação de pessoas incluídas noutra fase do plano de vacinação, desde que pertencentes aos grupos prioritários e em respeito pelos subgrupos de prioridades”, acrescenta o documento.

Caso a vacinação decorra em lares, a DGS recomenda que os frascos sejam abertos apenas se houver profissionais suficientes para utilizar todas as doses na mesma instituição. No entanto, se tal não for possível (por não adesão à vacinação ou por surto ativo não existente aquando do planeamento), a vacinação deve prosseguir noutro lar ou unidade da rede de cuidados continuados integrados vizinha ou de concelho limítrofe.

A norma refere igualmente que deve ser dada prioridade ao concelho “com maior risco epidemiológico e/ou a estrutura ou unidade com maior número de pessoas”.

Caso não seja possível esta estratégia, a norma refere que, para evitar desperdício, as doses sobrantes devem ser usadas para vacinar profissionais de saúde ainda não vacinados.

“Se não for possível vacinar todos os profissionais da instituição, na mesma sessão, estes profissionais devem ser vacinados num ponto de vacinação do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] / ULS [Unidade Local de Saúde], na primeira oportunidade, podendo ser realizada uma sessão de vacinação dedicada para estes profissionais, numa unidade de saúde do Serviço Nacional de Saúde”, lê-se no documento.

Tal como referido na norma anterior, hoje atualizada, os pontos de vacinação podem incluir todos os locais habilitados para a administração de vacinas, desde que exista rede de frio adequada, conforme as especificações técnicas de cada vacina e as instruções do fabricante.

Nos locais de vacinação devem existir “profissionais de saúde com treino e formação para a vacinação e para a atuação em caso de reações anafiláticas” e “equipamento e medicamentos para o tratamento de reações anafiláticas”.

Antes da vacinação “é obrigatória a consulta da Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação – VACINAS para verificar o estado vacinal contra a Covid-19 da pessoa a vacinar”.

Quanto aos profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes não integrados em entidades prestadoras de cuidados de saúde ou não inscritos em associações públicas profissionais e que querem ser vacinados, a norma diz que se podem inscrever através do portal COVID19 (https://covid19.min-saude.pt/). “Estes profissionais serão convocados para vacinação nos pontos de vacinação dos ACES”, acrescenta.

Em relação às pessoas dos grupos de risco por idade e comorbilidades da Fase 1 que não sejam seguidas no Serviço Nacional de Saúde, “os respetivos médicos assistentes devem emitir uma declaração médica, obrigatoriamente por meios eletrónicos, da sua inclusão na Fase 1, de forma a permitir o agendamento automático para a vacinação contra a Covid-19 num ACES”, adianta.

APED
Sabia que a dor crónica atinge 1 em cada 3 portugueses, sendo a 2ª doença com maior prevalência em P

A dor é uma experiência individual e subjetiva que quando persiste após o período estimado para a recuperação normal de uma lesão passa a ser considerada crónica. A dor crónica afeta a qualidade de vida do doente e das famílias, não apenas devido à dificuldade ou incapacidade física, funcional e motora, mas também ao ter um grande impacto a nível pessoal e emocional, causando morbilidade, absenteísmo, dependência, ansiedade, afastamento social, fadiga, alterações do sono e apetite.

Segundo Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “retomar as atividades diárias, tanto pessoais como laborais, e realizar tarefas quotidianas para quem sofre de dor crónica pode ser bastante complicado e muitas vezes os doentes sentem-se frustrados por não conseguirem realizar tarefas simples (pelo menos, sem sentir dor) que em outrora realizavam quase inconscientemente”.

Contudo, existem algumas dicas e conselhos práticos que os doentes podem seguir para atenuar os efeitos e condições da dor crónica em diversas situações do dia-a-dia:

  • Atividade física – o exercício físico ligeiro ou moderado é fundamental no dia-a-dia para aumentar a mobilidade e contrariar o sedentarismo, para além de ajudar o doente a sentir-se ativo e útil, diminuindo o tempo em que pensa na dor. Fazer exercício regularmente, como um passeio diário ou exercícios em casa, é uma boa solução, desde que o médico esteja informado e que aprove.
  • Levantar – ao sair da cama ou do sofá, deve-se virar de lado, baixar as pernas devagar para fora da cama/sofá, ao mesmo tempo que, com os braços apoiados, se impulsiona para cima. Depois, deve-se permanecer sentado durante alguns segundos e só depois levantar lentamente, ajudando com as mãos de ambos os lados do corpo.
  • Dormir - muitas vezes, adormecer é a parte mais difícil para estes doentes, apesar do nosso corpo ter a tendência para se colocar na postura que nos é mais cómoda para aliviar a dor. Para ajudar neste processo, especialistas recomendam a utilização de almofadas cervicais e a mudança do colchão, no máximo, de 8 em 8 anos.
  • No trabalho - tendo em conta que passamos a maior parte do nosso tempo acordados a trabalhar, é fundamental adotar alguns hábitos no contexto de trabalho. Sentar numa cadeira ajustável com um bom apoio lombar para manter uma postura correta, colocar ao alcance da mão tudo aquilo que seja necessário para evitar levantar desnecessariamente, e levantar da cadeira de hora a hora e andar um pouco, são algumas medidas a tomar para evitar que a vida profissional seja afetada.
  • Acessórios – o uso de pentes de cabo longo para pentear o cabelo, de peças de roupa folgada e calçado cómodo, de calçadeiras compridas para o calçado e de acessórios que permitem calçar meias, é, também, essencial para facilitar estas tarefas.

Referências

  1. Azevedo LF, Costa-Pereira A, Mendonça L, Dias CC, Castro-Lopes JM. Epidemiology of Chronic Pain: A Population-Based Nationwide Study on Its Prevalence, Characteristics and Associated Disability in Portugal. J Pain. 2012 Aug;13(8):773-83.
  2. Kaplan, W, Wirtz, V.J, Mantel-Teeuwisse, A, et al. Priority medicines for Europe and the World: 2013 update. World Health Organization; Geneva, Switzerland. 2003.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Patologia afeta 750 mil portugueses
Como diagnosticar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), as principais queixas associadas e como fazer uma boa gestão da...

“A DPOC é uma doença respiratória cada vez mais frequente em Portugal e no mundo. E, apesar de os dados existentes apontarem para os números já referidos, teme-se que o valor real de pessoas afetadas por esta patologia possa ser muito superior às estimativas, uma vez que ainda há pouco conhecimento sobre esta doença. Uma das justificações para este cenário é que, inicialmente, a pessoa com DPOC pode manter-se assintomática e sem queixas, o que faz com que esta doença passe muitas das vezes despercebida e sem ser diagnosticada.” explica Lilia Andrade, diretora do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Baixo Vouga.

O livro “Saiba tudo sobre DPOC” surge assim como uma ferramenta para conhecer uma doença crónica caracterizada por uma inflamação com obstrução progressiva e persistente na passagem do ar pelas vias respiratórias. O objetivo é que sirva para um reconhecimento de algumas das queixas típicas desta doença para evitar cenários de risco em que a inflamação leva à destruição dos alvéolos e conduz a problemas na oxigenação do sangue.

Frequentemente, os doentes vivem ainda com algumas das queixas típicas desta doença, mas não as associam imediatamente à DPOC ou até mesmo a doenças dos pulmões. Como consequência, a procura tardia por ajuda médica poderá dificultar o retardar da evolução da doença, caso esta tenha já uma gravidade considerável.

“Um diagnóstico precoce para a DPOC é fundamental, visto que a procura tardia por ajuda médica poderá dificultar o retardar da evolução da doença, caso esta tenha já uma gravidade considerável. Além disso, é importante reforçar que, no atual contexto de pandemia, os resultados de alguns estudos parecem demonstrar que a DPOC está associada a um risco significativo, mais de cinco vezes superior, de infeção grave pelo novo coronavírus. Uma atitude preventiva pode salvar vidas”, reforça João Cravo, especialista em Pneumologia no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e coordenador geral do livro.

Mas o livro “Saiba tudo sobre DPOC” não fica por aqui. Para garantir um estilo de vida normal aos doentes com DPOC, é possível contar ainda algumas recomendações fulcrais:  

Deixe de fumar: a cessação tabágica é a intervenção com a maior capacidade para alterar a evolução da DPOC, uma vez que o tabaco é um dos principais fatores de risco para o aparecimento e a progressão da doença;

Faça exercício: a falta de ar pode parecer a desculpa e a tentação ideal para diminuir o ritmo da sua rotina, fazendo com que adquira um estilo de vida mais sedentário, mas a realização de atividade física está associada a uma melhoria não só do funcionamento do seu coração como também a nível vascular e respiratório;

Alimente-se bem: os alimentos são o “combustível” de que o seu corpo necessita para realizar todas as atividades, incluindo respirar. Por isso, é crucial ingerir calorias suficientes para evitar que fique fraco ou com baixo peso, o que está associado a uma evolução menos favorável da doença;

Beba bastante água: através da transpiração, respiração ou ao urinar, cada pessoa perde 2 a 3 litros de água por dia, sendo importante substituir a água perdida. Para pessoas com DPOC, a hidratação é ainda mais fundamental, uma vez que ajuda a controlar a doença, diluindo o muco e facilitando a sua exteriorização;

Vacine-se: existem dois tipos de vacinação recomendada para os doentes com DPOC – a vacina antigripal e as vacinas contra agentes pneumocócicos, responsáveis pela pneumonia;

Controle a ansiedade: quando fica ansioso é provável que fique enervado, transpirando mais e respirando de forma mais rápida e superficial, o que poderá fazer com que sinta falta de ar. O ideal será não evitar as atividades habituais, adaptando-se à nova realidade sem stress e ansiedade;

Tenha cuidado com o tempo: os extremos da temperatura são geralmente sinónimo de períodos de maior desconforto para pessoas com DPOC, sendo que é no Inverno que se verifica um aumento das exacerbações e das hospitalizações em contexto de infeções respiratórias.

“É crucial educar a população para este problema e frisar que, apesar de ser incurável, é possível viver com DPOC. É esta a grande mensagem que este livro procura transmitir, sendo um apoio fundamental para doentes, cuidadores e população em geral”, frisa João Cravo.

Trabalhos de investigação
As candidaturas ao Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de...

O prémio, no valor de 5 mil euros, será entregue na Sessão de Encerramento do 27º Congresso Nacional de Medicina Interna, em maio de 2021, homenageia um Internista brilhante que dedicou grande parte da sua vida ao estudo dos lípidos, o Dr. Pedro Marques da Silva, a quem foi atribuído o Prémio Nacional de Medicina Interna 2020.

Podem concorrer trabalhos de investigação na área do Risco Cardiovascular, no período que compreendido entre o início de novembro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. As candidaturas devem ser enviadas para a sede da SPMI, através do email [email protected].

A apreciação das candidaturas será feita por um júri de cinco elementos, presidido pelo Professor Mário Espiga de Macedo, com dois membros da Direção da SPMI e outros dois do Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular (NEPRV).

 O regulamento pode ser consultado em: https://www.spmi.pt/premio-de-risco-cardiovascular-dr-pedro-marques-da-silva/

 

 

Medidas de confinamento
Entrevistado pela Executive Digest, o Presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia explicou...

Segundo o especialista, os números estão a descer, no entanto, o número de doentes internados em enfermaria e UCI mantém-se altos. “O período dos 15 mil casos diários não é a realidade atual, o que é uma boa notícia, o que falta é a descida dos indicadores como internamentos em enfermaria e UCI que ainda continuam e vão manter-se ainda com alguma pressão”, referiu à publicação.

Quanto a uma possível reavaliação das medidas, que poderá acontecer esta semana com a renovação do Estado de Emergência, o responsável indica que as restrições em vigor devem manter-se. “Não podemos tirar ainda grandes elações, portanto talvez seja de manter o que temos até que se manifeste de forma mais clara a descida, sobretudo na pressão dos serviços”.

Embora estejamos “a colher os frutos das medidas que foram implementadas há duas semanas”, o especialista apela a que não se cometam “os erros do passado” e aconselha cautela. “Recordo que antes do Natal também estávamos em torno dos três mil casos diários e depois sabemos o que aconteceu, convém não baixar a aguarda”, refere na entrevista.

Questionado sobre a reabertura das escolas, Ricardo Mexia defende que “é importante consolidar os ganhos do ponto de vista da redução do número de casos e depois planear essa retoma de forma faseada, talvez começando pelos mais novos e depois ir chegando aos outros níveis de ensino”.

Para o especialista em Saúde Publica tomar decisões precipitada não é “boa ideia”. “Temos de ter a certeza que conseguimos reduzir a pressão nos serviços de saúde, antes de pensar em aliviar restrições, ou de que forma é que isso pode ser feito”, reforça. 

7º Seminário de Oncologia Pediátrica Online
Como está o diagnóstico, tratamento e sobrevivência das crianças e adolescentes com doença oncológica em tempo de Covid-19?...

Pais, familiares, cuidadores ou amigos de crianças e adolescentes com cancro podem inscrever-se aqui e assistir, de forma gratuita, ao seminário.

“Num cenário de tanta incerteza há uma coisa que sei: em Portugal continuamos a ter todos os dias, pelo menos, uma família confrontada com o diagnóstico de cancro de um filho. São cerca de 400 casos diagnosticados todos os anos. Famílias estas que, neste tempo de pandemia, se encontram ainda mais vulneráveis e preocupadas com o bem-estar dos seus filhos. É para estas famílias que estamos a trabalhar hoje, em fase de pandemia, e é para estas famílias que vamos continuar a trabalhar depois,” começa por explicar Cristina Potier, diretora-geral da FROC. “É a necessidade de informar e esclarecer estas famílias que nos leva a organizar estes seminários anualmente. Este ano num formato online mas com o mesmo objetivo: esclarecer, através de profissionais e peritos credíveis, e através de partilha de testemunhos.” 

O primeiro grande tema em destaque é o diagnóstico, tratamento e sobrevivência de crianças e adolescentes com doença oncológica em tempo de pandemia onde através dos seus diretores será explicada a forma como se adaptaram os vários hospitais serviços de oncologia pediátrica do país. “Contaremos também com a visão do lado das famílias, através da Associação Acreditar, e de um testemunho de uma mãe,” acrescenta Cristina Potier.

A importância de brincar e dos momentos lúdicos é o segundo tema em destaque e, como explica Cristina Potier: “Este é um tema fundamental durante as várias fases do tratamento da criança ou adolescente. Teremos também presente neste painel a Maria de Jesus Moura, diretora da Unidade de Psicologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil a dar o um testemunho de alguns projetos de carácter lúdico presentes nos serviços de oncologia pediátrica em Portugal.”

Neste seguimento, o terceiro tema a ser abordado é a realidade das aulas à distância porque “é um desafio encontrar formas e estratégias de motivar as crianças, os seus familiares e os próprios professores para o ensino online. Apesar de todos os serviços de oncologia pediátrica terem professores destacados, a realidade das aulas à distância é uma realidade para as crianças com doença oncológica já há muito tempo, apesar da resposta nem sempre ser a melhor. O objetivo deste painel é falar sobre a forma de motivar crianças, famílias e professores para a realidade do ensino online e tirarmos todos o melhor partido dela,” acrescenta Cristina Potier. Neste painel destaca-se a presença do psicólogo Eduardo Sá, e de professoras, Magda Cabral, do IPO de Lisboa, e Mafalda Lapa, de uma escola secundária dos arredores de Lisboa.

Os vários painéis terão sempre a partilha de testemunhos de pais ou sobreviventes.

“Neste seminário teremos uma realidade diferente'', continua a explicar Cristina Potier que “em vez de termos os participantes num auditório, estarão em casa, ou no hospital, com os filhos. Por isso criámos vários momentos lúdicos direcionados para as próprias crianças, como a hora do conto, pela Livros Horizonte, Nuvem Vitória, uns momentos de animação com a Operação Nariz Vermelho, entre outros.”

Por último, “mas não menos importante”, haverá ainda tempo para falar das atualizações em investigação na área de oncologia pediátrica, com Isabel Oliveira da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica e Ximo Duarte, Pediatra no Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil.

No decorrer do seminário serão apresentados os vencedores e menções honrosas, da 5ª edição do Prémio Rui Osório de Castro/Millennium BCP, que apoia, com o valor de 15.000€, projetos que promovem a melhoria dos cuidados prestados a crianças com doença oncológica.

“É um seminário aberto a todos pois, apesar do programa ser sempre criado a pensar nas famílias, qualquer pessoa poderá participar, como voluntários, estudantes, profissionais de saúde, assistentes sociais e profissionais de outras organizações sociais que trabalham na área” termina a diretora-geral da FROC.

Síndrome do "rabo plano"
As consequências negativas do sedentarismo, como a obesidade ou patologias cardíacas, não são novas para ninguém. O que pode...

A amnésia glútea é considerada uma síndrome onde, tal como o nome indica, os músculos que constituem as nádegas parecem estar adormecidos. As consequências podem ser devastadoras para o corpo devido ao facto de outros músculos começarem a compensar as falhas dos glúteos, alterando toda a mecânica do nosso organismo.

Trata-se de um problema de saúde que deve ser tido em consideração e tratado o mais rapidamente possível, para não haver um comprometimento da postura. É aconselhada a prática de exercício físico regular e alguns exercícios específicos para os glúteos, bem como a adoção de uma alimentação saudável – o excesso de peso também exerce uma pressão adicional sobre os glúteos. Mas a nível estético também há consequências! Resultado da degradação da massa muscular, surge a flacidez e, na maioria dos casos, a indesejada celulite.

O tratamento Morpheus8, a nova tecnologia de remodelação corporal minimamente invasiva, permite que haja uma regeneração da pele, levando a uma maior produção de colagénio, redensificação da derme e à redução da celulite. O grande elemento diferenciador é o facto de este ser um tratamento de radiofrequência fracionada (RF), atuando sobre o tecido subdérmico corporal. Combina a RF fracionada com o uso de 40 microagulhas ultrafinas, que penetram nas camadas mais profundas da pele, contribuindo para um efeito três em um: coagulação da gordura, retração do tecido conjuntivo e aquecimento no tecido subnecrótico. Este tratamento estimula a produção de colagénio e reorganiza a matriz extracelular da pele, produzindo um efeito antienvelhecimento. De referir que a RF fracionada é um método comprovado e cientificamente aprovado pela FDA. 


O antes e depois do tratamento 

“É bastante vantajoso trabalhar com um equipamento que nos permite tratar diversas patologias com eficácia, sendo as mais importantes a flacidez cutânea, a celulite e as estrias. Como o Morpheus8 permite que haja uma regeneração de colagénio, há uma melhoria na flacidez da pele, na sua textura (estrias), assim como remodelação do tecido e rutura dos septos fibrosos, o que é bastante eficaz na celulite. E como é que ele consegue atuar em diferentes camadas da pele? Porque é uma radiofrequência fracionada com diferentes milímetros de penetração conforme a patologia a tratar, podendo chegar aos 7mm e um efeito térmico de até 9mm. Isto significa que não há cortes diretos na pele e as cicatrizes são mínimas”, afirma Ana Sousa, da Clínica Dra Ana Sousa, no Porto.

Uma das grandes vantagens é o processo de recuperação após o tratamento: no dia seguinte, o paciente já poderá realizar as suas tarefas diárias sem preocupações. Os primeiros resultados podem ser visíveis poucos dias após a primeira sessão e melhoram progressivamente ao longo dos três meses seguintes. Aliado a este tratamento, deve haver um combate ao sedentarismo e a manutenção de um estilo de vida saudável.

Resultado dos testes são comunicados ao SINAVE
A INOCROWD, já conhecida plataforma de inovação aberta que procura ajudar as organizações a encontrarem soluções inovadoras...

Este desafio foi superado e a Trapézio de Sucesso, através de profissionais de saúde certificados leva os testes de deteção de Covid-19 ao cidadão à distância de uma simples mensagem ou chamada telefónica. A parceria da Trapézio do Sucesso powered by InoCrowd com a Glovo vai permitir a marcação para a realização de testes rápidos de Covid-19 ao domicílio por profissionais de saúde através da aplicação. Nesta primeira fase, o serviço está disponível na zona da Grande Lisboa, Oeiras e Cascais, mas o objetivo a curto-prazo passa por alargar a outras áreas urbanas.

Os testes rápidos que serão usados são da marca Swedicine, têm uma precisão de 98% e permitem resultados em 15 minutos. Para a realização do teste, o utilizador terá de fazer em primeiro lugar, um pedido na aplicação da Glovo. Poucos minutos depois será contactado pelo profissional de saúde para que possam agilizar a sua ida ao local onde se encontra.  Os utentes/doentes recebem um certificado por email na altura da realização do teste e o resultado dos testes são comunicados ao SINAVE, de acordo com a norma conjunta da DGS, Infarmed e INSA.

Na opinião de Soraya Gadit “esta parceria com a Glovo é extremamente importante, pois proporciona às pessoas a realização de testes rápidos de Covid-19 no conforto das suas casas sem a necessidade de estas se deslocarem para os centros de diagnóstico, centros de saúde ou mesmo para os hospitais sobrelotados para saberem se têm Covid-19 ou não. Esta iniciativa tem como missão poder contribuir para reduzir o número de contágios e ajudar no controlo da pandemia no nosso país.”

Ricardo Batista, Country Manager da Glovo em Portugal afirma que “Estamos muito satisfeitos que a Trapézio do Sucesso powered by InoCrowd tenha a Glovo como a plataforma digital que irá colocar em contacto os seus profissionais de saúde com os utilizadores portugueses para oferecer este serviço ao domicílio, evitando deslocações desnecessárias, especialmente aos centros de saúde. O nosso foco é apoiar os utilizadores e ajudá-los a enfrentar a situação atual de forma segura.”

A Glovo está já a realizar um projeto semelhante em República Checa e na Polónia com bastante sucesso e esperam iniciar o mesmo conceito com esta empresa Portuguesa.

Plano de Vacinação Covid-19
O Plano de Vacinação contra a Covid-19 na região Centro, para pessoas com mais de 80 anos ou de 50 anos com doenças associadas...

Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques, está convencida de que até ao final do mês de março será possível ter os “mais idosos ou mais frágeis” vacinados em simultâneo com as duas doses.

Segundo a responsável, que prestava declarações à comunicação social durante a apresentação do plano de vacinação da região, os centros de vacinação vão estar instalados em Coimbra, Oliveira do Hospital (Coimbra), Leiria, Viseu, Sever do Vouga (Aveiro), Fundão e Proença-a-Nova (Castelo Branco), além de Sabugal (Guarda).

“As pessoas serão vacinadas partindo dos de maior idade para os de menor idade, sempre tendo em conta também as respetivas comorbilidades, no sentido de darmos estabilidade, conforto, sossego e conforto aos nossos idosos e às pessoas mais frágeis, que é um desígnio para todos nós”, explicou citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde.

Na sexta-feira, será o início simbólico do processo para estes dois grupos com a vacinação de 1.500 pessoas, de um universo regional de 150 mil cidadãos com mais de 80 anos e 90 mil com mais de 50 anos e doenças associadas.

De acordo com o Diretor do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego José Luís Biscaia, já chegaram as vacinas da AstraZeneca e o processo entrará depois em “velocidade de cruzeiro”.

Os utentes vão ser contactados com antecedência para a vacinação por mensagem, através do número 2424, com o seu nome e o local de vacinação, caso as pessoas não tenham telemóvel serão contactados por telefone pelas unidades de saúde, explicou José Luís Biscaia.

“Ninguém ficará de fora”, assegura, salientando a existência de “parcerias virtuosas” com as autarquias para a criação de espaços de vacinação, uma vez que os Centros de Saúde não têm capacidade física para responder às necessidades do plano.

Até sexta-feira, a ARS Centro deverá terminar em toda a região Centro a segunda dose de vacinação nos lares e Estruturas Residenciais para Idosos.

 

Doença rara
O Linfoma Cutâneo de Células T é um tipo de cancro que que afeta os linfócitos do tipo T.

Os linfomas cutâneos são raros, estimando-se que, todos os anos, afetem 1 em cada 100 mil pessoas nos países ocidentais. E, apesar de se tratarem de um tipo de cancro, em muitos casos apresentam um crescimento lento, sem afetar esperança média de vida do doente.  

No caso do Linfoma Cutâneo de Células T (LCCT), este é duas vezes mais frequente no sexo masculino, sobretudo após os 50 anos de idade. Acima dos 70, o número de casos aumenta quatro vezes mais.

Quanto aos sintomas, embora a experiência de cada doente seja única, o LCCT apresenta-se como uma irritação na pele, que pode incluir pele seca, vermelhidão, manchas descamativas, placas, tumores e prurido ou sensação constante de queimadura.

Este tipo de cancro pode estender-se para além da pele e afetar o sangue de forma insidiosa.  Pode ainda afetar os nódulos linfáticos, influenciando negativamente o sistema imunitário e, mais raramente, atingir os órgãos internos.  

Em todo o caso, os dados revelam que a maioria dos doentes com LCCT terá linfoma indolente, o que significa que este se comportará como uma doença crónica de crescimento lento. 

Resta ainda sublinhar que, embora não seja curável, esta é uma doença altamente tratável em todos os estágios, não sendo, geralmente, fatal. 

De acordo com a sua classificação, existem dois subtipos principais de LCCT: a micose fungóide e a síndrome de Sézary. 

Micose fungóide e Síndrome de Sézary

A micose fungóide é a forma mais comum de Linfoma Cutâneo de Células T, correspondendo a 50-70% de todos os casos. Do total, apenas cerca de 12% apresenta-se em estágio avançado.  

A micose fungóide é mais frequente no sexo masculino, sobretudo entre a população africana e com mais de 50 anos.

Entre os principais desafios deste tipo de LCCT, está o facto de estes não apresentarem as mesmas manifestações clínicas em todos os doentes. Estas podem surgir em qualquer parte do corpo, mas tendem a afetar áreas da pele protegidas do sol pela roupa. As lesões podem apresentar-se como manchas, lisas ou escamosas, à semelhança de uma erupção cutânea; como placas, mais espessas, elevadas e geralmente escamosas; ou como tumores (saliências ou nódulos que podem ou não ulcerar).

Nos seus estágios iniciais, é referido que muitos dos doentes apresentam apenas sintomas cutâneos que podem incluir vermelhidão, erupções cutâneas e manchas menores. No entanto, com a progressão da doença, áreas mais extensas da pele são atingidas e as suas manifestações são mais intensas.

Por outro lado, em alguns casos, a micose fungóide pode progredir para os gânglios linfáticos e órgãos internos num processo longo, que pode durar anos.

Quanto à síndrome de Sézary esta não é tão comum, estimando-se que afete menos de 5% das pessoas com LCCT.  Tal como a micose fungóide, a sua incidência aumenta com a idade, sendo mais comum entre os homens.

É uma forma leucémica de LCCT, o que quer dizer que a doença está presente também no sangue.

Nestes casos, a erupção cutânea afeta 80% de toda a extensão da pele, fazendo-se acompanhar de um prurido intenso. Mais frequentemente, o LCCT pode-se espalhar para os gânglios linfáticos e/ou órgãos internos. 

O diagnóstico é feito através da realização de exames laboratoriais que classificam as células e as caracterizam, havendo uma série de técnicas que se complementam para identificar a célula que está envolvida e para classificar o linfoma no final, nomeadamente, a anatomia patológica, a citometria de fluxo, a citologia, a genética molecular e a citogenética.

Opções de tratamento

Há uma série de fatores que influenciam as decisões sobre o tratamento do LCCT, como é o caso da extensão da lesão na pele, o tipo de lesão e se o cancro se espalhou para sangue, nódulos linfáticos ou outros órgãos internos. Por outro lado, dependendo dos sintomas, estágio da doença ou estado de saúde do doente, a terapêutica escolhida pode diferir de caso para caso.

Estes tratamentos podem ser dirigidos à pele ou a todo o corpo.  Os tratamentos tópicos, por exemplo, são a primeira linha de tratamento, podendo ser usados na micose fungóide. A fototerapia ou o uso de luz ultravioleta para diminuir a inflamação da pele também foram comprovados como tratamentos eficazes. 

Quando é necessário tratar o corpo todo, tem de se recorrer a tratamentos sistémicos, como é o caso da quimioterapia, administrados por via oral, injetados ou infundidos.

Referências: 

Cutaneous T-Cell Lymphoma. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/cutaneous-t-cell-lymphoma.
A Patient’s Guide to Understanding Cutaneous Lymphoma. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/sites/default/files/2017-08/2013_guide.pdf
Cutaneous T-Cell Lymphoma. Leukemia & Lymphoma Society. https://www.lls.org/sites/default/files/file_assets/PS96_CTCL_Booklet_Final.pdf.
Mycosis Fungoides. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/mycosis-fungoides
Sézary syndrome. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/sezary-syndrome
https://eg.uc.pt/bitstream/10316/34084/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Final%20-%20Ema%20Neto.pdf
https://lymphoma-action.org.uk/sites/default/files/media/documents/2019-06/Portuguese%20%28Portugal%29_Cutaneous%20lymphoma%20-%20patient%26%23039%3Bs%20guide%20-%20source%20document%20-%20final%20version%20-%2016%20April%202019.pdf

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