Patologia Cerebrovascular
O Centro de Responsabilidade Integrado Cérebro-Cardiovascular do Alentejo (CRIA) do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE)...

“A angiografia cerebral permite o diagnóstico e melhor caracterização de patologias cerebrovasculares, como por exemplo os aneurismas cerebrais, malformações vasculares, patologia isquémica assim como o tratamento de algumas dessas patologias”, explica a responsável pela Unidade de Neurorradiologia.

“Esta Unidade tem como objetivo melhorar e reforçar a capacidade de resposta à população de referência e à comunidade médica da região do Alentejo, na área da patologia cerebrovascular. O desenvolvimento desta unidade permite uma aproximação de cuidados, promovendo a equidade no SNS. Desta forma, os doentes do Alentejo já não precisam de se deslocar aos grandes centros para realizar este tipo de exame”, afirma a neurorradiologista.

Para o Diretor do CRIA, Lino Patrício, “este é mais um passo para o desenvolvimento do CRIA: a formação de uma equipa multidisciplinar que consiga dotar o Hospital de Évora de mais respostas na área da patologia cerebrovascular para a região”, sublinhando que “esta é a primeira fase de um plano cujo objetivo principal será tratar o acidente vascular cerebral em fase aguda”.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 260 mortes e 5.540 novos casos de infeção por Covid-19. No entanto, o número de casos...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 116 das 260 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 65 e centro com 55. No Alentejo há 17 mortes a lamentar e no Algarve sete.

Quanto aos arquipélagos, não há mortes a assinalar.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 5.540 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 2.520 novos casos e a região norte 1.596. Desde ontem foram diagnosticados mais 940 na região Centro, no Alentejo 230 casos e no Algarve mais 126. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 110 infeções e no dos Açores 18 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.775 doentes internados, menos 94 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos têm também menos 13 doentes, desde o último balanço. Ao todo estão 852 pessoas na UCI.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 17.572 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 551.956 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 166.888 casos, menos 12.292 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 4.817 contactos, estando agora 215.536 pessoas em vigilância.

Rastreio em todo o país
O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRS-LPCC), em parceria com a Administração Regional de Saúde de...

Com este alargamento são mais 400 mil mulheres que poderão fazer o rastreio a partir de fevereiro de 2021, totalizando 600 mil mulheres a convidar no total dos concelhos da região sul, até 2023.

O protocolo entre as duas entidades, foi celebrado em 2020, e o arranque do rastreio vai ser assinalado no próximo dia 4 de fevereiro (Dia Mundial do Cancro), às 10h30, na Unidade Móvel da LPCC, junto ao Centro de Saúde de Alcochete, com a presença das entidades promotoras neste processo.

As mulheres dos distritos de Lisboa e de Setúbal vão, assim, poder contar com uma equipa técnica especializada na área do cancro da mama e com equipamentos digitais novos que potenciam uma melhor qualidade do diagnóstico.

 De acordo com um inquérito lançado pelo NRS-LPCC, 97% das utentes do rastreio do cancro mama sentiram-se seguras com as medidas adotadas nas instalações e com a equipa técnica, durante a pandemia COVID-19. O NRS-LPCC garante que todos os procedimentos de segurança e higienização vão continuar a ser feitos para manter o bom funcionamento do rastreio durante o atual período de pandemia.

 

Dados ANF e APOGEN
Os Medicamentos Genéricos (MG) dispensados nas farmácias comunitárias pouparam ao Estado e às famílias mais de 462 milhões de...

Estes são dados do contador online, lançado no ano passado pela Associação Nacional das Farmácias (ANF) e a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN). Este ano, a poupança ultrapassa já os 40 milhões de euros.

“Em 2020, a poupança promovida pelos Medicamentos Genéricos atingiu um valor recorde, o que demonstra, num ano de crise sanitária com impacto direto na economia das famílias, a importância e relevância destes medicamentos no equilíbrio do nosso sistema de saúde”, afirma Maria do Carmo Neves, presidente da APOGEN. “É de crer que este ano e nos próximos, haja ainda mais necessidade, por parte dos cidadãos e do SNS em geral, em recorrer cada vez mais à utilização dos medicamentos genéricos não só pela qualidade indiscutível, mas também, pelo equilíbrio financeiro que propomos ao sistema. Na APOGEN, todos os associados estão comprometidos em cumprir o seu papel”, conclui.

“As farmácias foram pioneiras na promoção de medicamentos genéricos e lutarão sempre para que os portugueses tenham acesso a medicamentos seguros, ao melhor preço possível. O Estado deve criar condições para que a nossa rede, a braços com uma crise que se arrasta há doze anos, possa prosseguir essa missão, que tão bom resultado tem dado para a saúde e as contas públicas”, declara Paulo Cleto Duarte, Presidente da ANF.

Qualquer pessoa pode consultar, em tempo real, em https://apogen.pt, o valor da contribuição dos Medicamentos Genéricos para o SNS e para as famílias, quando Portugal atravessa uma crise sanitária, económica e social sem precedentes.

 

SPO alerta para efeitos da pandemia nos rastreios e cuidados oncológicos
A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) acaba de lançar a campanha digital “O Cancro não Espera em Casa” com a qual quer...

Esta campanha também reforça a importância de os doentes oncológicos continuarem a ser acompanhados por profissionais de saúde através de teleconsultas por forma a evitar um adiamento massivo de consultas. De acordo com a SPO, o impacto da pandemia causou uma quebra de 60 a 80% dos novos diagnósticos de cancro, números que os especialistas querem reverter em 2021.

Num contexto normal os doentes oncológicos têm frequentes admissões hospitalares eletivas, quer para tratamentos e exames complementares de diagnóstico ou seguimento, quer de urgência para controlo da toxicidade ou complicações da doença e tratamentos. A Covid-19 representa um risco acrescido uma vez que os doentes oncológicos são imunodeprimidos pela doença e pelo tratamento, o que se reflete no acesso às consultas e aos tratamentos por parte destes doentes.

No início do confinamento em Portugal, em março de 2020, o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa anunciou desde logo a suspensão das cirurgias programadas não oncológicas e as oncológicas não urgentes e sem implicações na vida ou progressão da doença, como forma de controlar a transmissão do novo coronavírus. Também foram adiadas as consultas de acompanhamento não urgentes, como forma de o IPO conseguir garantir a atividade assistencial aos doentes oncológicos. Em maio de 2020, já se tinham registado menos 2.500 cirurgias oncológicas, entre janeiro e abril deste ano, face ao mesmo período homólogo do ano anterior.

No que diz respeito ao diagnóstico, mais de mil cancros da mama, do colo do útero, colorretal e de outros tipos ficaram por diagnosticar em 2020 devido à redução dos rastreios por causa da Covid-19, de acordo com estimativas da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

Temendo os efeitos que esta diminuição de atividade assistencial e de rastreio possa ter ao longo de 2021, a SPO lança a campanha de sensibilização “O Cancro não Espera em Casa” que decorrerá nas páginas de Facebook da Sociedade Portuguesa de Oncologia e da Associação Movimento Oncológico Ginecológico (MOG), com o apoio de alguns influenciadores digitais.

Ana Raimundo, oncologista e presidente da SPO explica que “os diagnósticos que não são feitos em tempo útil serão feitos mais tarde e em fase mais avançada de doença, portanto, com menor potencial de cura e tratamentos mais complicados. Podemos prever que havendo tumores diagnosticados em fases mais avançadas, vá haver dentro de três, quatro ou cinco anos um aumento da taxa de mortalidade por cancro. E é por isso que queremos alertar a população portuguesa para a importância de aderir aos rastreios e, em caso de doença, não deixar de fazer os tratamentos por medo da Covid-19 pois tememos o efeito a longo prazo do abandono destes cuidados”.

Apesar de o combate à COVID-19 ter sido reforçado com o plano de vacinação iniciado a 27 de dezembro e estarem previstas até março de 2021 a administração de mais de um milhão de doses de vacinas, o fim da pandemia ainda está longe e por esse motivo a SPO reforça a necessidade de continuarmos a encontrar alternativas e mecanismos de resposta para os doentes oncológicos e de haver uma maior adesão aos rastreios do cancro ao longo do ano de 2021.

A importância do exercício físico para o doente oncológico
A importância do exercício físico para o doente oncológico durante o confinamento levou os médicos e outros profissionais de...

O ONCOMOVE(R) foi criado para otimizar o tratamento da pessoa que vive com e para além do cancro. É um programa multidisciplinar que integra médicos oncologistas, fisiatras e cardiologistas, enfermeiros de reabilitação e de saúde mental dedicados à Oncologia, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fisiologistas e técnicos de exercício físico. Deste projeto fazem parte: o MAMA_MOVE Gaia Comunidade em parceria com o Solinca, um programa de exercício físico destinado a mulheres sobreviventes de cancro da mama que decorre nos ginásios desde novembro de 2017, e o PROSTATA_MOVE Comunidade, um programa baseado no walking football destinado a homens sobreviventes de cancro da próstata que decorre num pavilhão desportivo da Câmara Municipal de Gaia. Atualmente, são cerca de 60 pessoas inscritas em ambos os programas.

“Este projeto é muito importante para estas mulheres e para estes homens. Não podíamos ficar parados, até porque estamos todos muito envolvidos. Já em 2020 tínhamos feito aulas online e regressámos agora. Não só mantemos o convívio social, que é muito importante do ponto de vista psicológico e emocional, como evitamos o sedentarismo num grupo de pessoas que precisa de se manter ativo”, explica Ana Joaquim, médica oncologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e vice-presidente da AICSO.

“O isolamento leva facilmente à diminuição da atividade física. Sem o estímulo das aulas presenciais, sabemos que os participantes correm o risco de ficar mais sedentários e mais suscetíveis a patologias do foro cardiovascular, o que agrava o prognóstico de doentes oncológicos”, acrescenta a vice-presidente da AICSO. “Por este motivo, é ainda mais importante envolvermo-nos, enquanto profissionais de saúde e de reabilitação, promovendo os treinos online”.

De acordo com Ana Joaquim, a realização de três sessões de atividade aeróbia moderada a vigorosa por semana com a duração de 30 a 60 minutos e duas a três sessões por semana de exercícios de força tem um impacto positivo nos sintomas de fadiga, na ansiedade e depressão, assim como na aptidão física, capacidade funcional e qualidade de vida.

Para reduzir o comportamento sedentário, a médica deixa alguns conselhos para os sobreviventes de doença oncológica nesta fase de confinamento: evitar permanecer mais de 30 minutos na posição sentada, reclinada ou deitada, quando estiver acordado; caminhar pela casa enquanto conversa ao telemóvel, por exemplo; participar nas tarefas domésticas, brincar ou realizar jogos ativos com as crianças ou realizar atividades no exterior como tratar do jardim.

Como reconhecer e gerir enxaquecas e cefaleias
A MiGRA Portugal, Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, lançou, em conjunto com a Novartis, a campanha ...

A enxaqueca afeta mais de 15% dos portugueses, sendo mais prevalente no sexo feminino e em indivíduos em idade ativa. As cefaleias são a segunda causa de incapacidade na população Portuguesa em idade ativa.

A campanha será composta por três guias, em formato online e impresso, que, de uma forma visual e simples, ajudam a identificar os sintomas e os diferentes tipos de enxaqueca e cefaleias, procurar ajuda, conviver melhor com a doença e reduzir o seu impacto no dia a dia. Estes guias contam ainda com recomendações práticas de neurologistas. Além destes guias, estarão também disponíveis vídeos que permitem compreender a doença para uma melhor gestão da mesma.

De acordo com a presidente da MiGRA Portugal, Madalena Plácido, “a enxaqueca tem um impacto muito forte no dia a dia do doente, criando muitas limitações ao nível pessoal, profissional e das relações sociais. É muito importante que o doente saiba que não deve resignar-se ao impacto da enxaqueca na sua vida e que pode e deve procurar ajuda para controlar os sintomas.” A presidente desta associação de doentes relembra ainda que “apenas se conhecermos a doença e os seus sintomas, vamos conseguir geri-la melhor, por isso a capacitação dos doentes é um dos passos mais importantes da gestão da doença”.

Para debater estes temas, a MiGRA Portugal irá também realizar um Facebook Live “À conversa com a MiGRA Portugal”, no dia 3 de fevereiro às 21h. Este Facebook live será uma conversa entre doentes que permitirá qualquer doente ou familiar colocar questões acerca destes temas à equipa da MiGRA Portugal.

Os guias estão disponíveis no site da MiGRA Portugal, onde o doente encontra também mais informação sobre a doença e diferentes formas de apoio. Os vídeos podem ser vistos no canal Youtube da MiGRA Portugal, ou através do QR Code existente nos materiais. A campanha conta com o apoio da Novartis.

 

Aprovado pelo Infarmed
Acaba de ser lançado um site que permite agendar a realização de testes à Covid-19 em 62 locais em todo o país, existindo ainda...

A plataforma www.covidtesterapido.pt agrega os postos disponíveis em cada distrito, e nos quais é possível fazer o teste rápido de antigénio, efetuado através de uma zaragatoa, aprovado pelo INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e pela Direção-Geral da Saúde, e que apresenta alta fiabilidade com desempenhos acima de 93%. O objetivo passa por sistematizar informação de modo a facilitar e a democratizar o acesso à marcação dos mesmos.

“Em função da minha atividade enquanto treinador de rugby, tive a oportunidade de tomar conhecimento e contacto com este tipo de testes desde cedo. Em conversa com a minha mulher, que é médica e fundadora deste projeto, sempre falamos no papel importante que os testes rápidos de antigénio poderiam ter, sendo uma forma muito eficaz de ajudar ao controlo de pandemia. O problema assentava em dois pontos: a falta de informação sobre estes testes e a falta de acesso. Com este site pretendemos informar mais as pessoas e liberalizar o acesso aos testes”, afirma João Monteiro, autor da iniciativa.

Assim, através de um portal na internet e da ligação em rede com uma série de entidades devidamente certificadas para o efeito, “disponibilizamos não só informação sobre o teste, os locais onde os mesmos podem ser realizados, permitindo ainda que as pessoas que o queiram fazer possam fazer a marcação do teste à Covid-19, seja em postos existentes próximos da sua área de residência ou mesmo ao domicílio, sendo que o mesmo se aplica também às empresas que o pretendam fazer junto dos seus colaboradores”, explica.

Atualmente a desempenhar a atividade de Production Delivery Manager na Farfetch, João Monteiro, 30 anos, considera que “era imperioso aplicar a tecnologia ao serviço deste momento tão desafiante que estamos a viver”. Anteriormente, este jovem empreendedor exerceu funções de marketing na empresa familiar de fabrico de chocolates Arcádia, lançou uma startup na área do turismo, foi professor executivo na Anje e no IPAM e foi um dos fundadores da Bastarda, uma agência de marketing e comunicação de renome no Porto.

O teste antigénio é nasofaríngeo (com recurso a zaragatoa) e serve para controlo regular e confirmação de casos suspeitos. O mesmo realiza-se em cerca de 2-3 minutos e os resultados são apresentados em 15 minutos. Após a realização do mesmo, é enviado um relatório médico a todos os casos positivos.

Saúde ocular
Podem ser benignos, mas são-no muitas vezes também malignos.

“Felizmente, os tumores malignos oculares são relativamente raros e embora possam surgir em qualquer idade, são mais frequentes em idade adulta, especialmente em idosos”, explica Rufino Silva, presidente da SPO. E são vários os fatores de risco, pessoais e ambientais, que podem contribuir para o desenvolvimento de lesões tumorais oculares, “nomeadamente a genética, o estado imunitário, a cor da pele, a exposição à luz solar ou UV, entre outros”, acrescenta o especialista.

Os tumores intraoculares podem, segundo Rufino Silva, ter origem no olho, conhecidos como tumores primários, mas podem estar também associados a um qualquer outro órgão ou tecido do corpo, “após o que invadem ou disseminam para o olho”, os chamados os tumores secundários. Neste último grupo, encontram-se mais frequentemente metástases de tumores da mama e do pulmão, assim como algumas doenças hematológicas. Por outro lado, os tumores primários do olho podem também enviar metástases à distância para outros órgãos alvo, mais frequentemente o pulmão e o fígado, podendo pôr em risco a vida do doente”.

Também as crianças podem ser vítimas de cancro ocular. Aqui, o retinoblastoma é o tumor mais frequente, surgindo até aos cinco anos de idade em mais de 90% dos casos. “A leucocória (reflexo pupilar branco) e o estrabismo são os sinais mais frequentes à apresentação. Sem tratamento, o retinoblastoma leva à morte em dois a quatro anos por invasão do sistema nervoso central e metastização à distância.” A boa notícia é que, se identificado e tratado precocemente, “apresenta uma sobrevida superior a 90%”.

Nas pálpebras podem também podem surgir lesões tumorais benignas ou malignas. “O carcinoma basocelular é o tumor palpebral maligno mais comum e corresponde a 90% de todas as lesões malignas palpebrais”, sendo a exposição solar um dos principais fatores de risco. Estar, por isso, atento “a alterações recentes do bordo palpebral, distorção da margem palpebral, perda de pestanas, ferida que sangra facilmente e que não cicatriza ou alterações da cor e textura da pele” é essencial. “Qualquer dúvida deve ser esclarecida com o seu oftalmologista, que fará o diagnóstico num exame de rotina. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maior a probabilidade de cura.”

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
15.º Congresso Português do AVC
A pandemia por COVID-19 e os avanços terapêuticos no tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) são os dois grandes temas...

O encontro que junta os especialistas das várias áreas da saúde que se dedicam à prevenção, tratamento e recuperação do AVC acontece entre os dias 4 e 6 de fevereiro e José Castro Lopes, presidente da Direção da SPAVC, acredita que o modelo virtual traz “muita facilidade aos participantes para se inscreverem, quer estejam em Portugal continental, quer insular” e também permite a participação de especialistas nacionais e estrangeiros que estão fora do território nacional. Afinal, sublinha o neurologista, este “é, realmente, o grande fórum da doença vascular cerebral em Portugal, assim reconhecido pela generalidade dos observadores”.

Do programa, o neurologista destaca precisamente a participação de “especialistas nacionais e internacionais da maior craveira científica”. Ao todo, são 14 os conferencistas internacionais convidados a participar, a começar logo na primeira sessão do congresso, dedicada ao tema “Doença Vascular Cerebral e COVID-19”. Nesta sessão participarão Michael Brainin, da World Stroke Organization, e Georgios Tsivgoulis, dirigente da European Stroke Organisation que vão abordar as estratégias internacionais de prevenção do AVC em tempos de pandemia e apresentar os dados internacionais da correlação entre a infeção pelo SARS-CoV-2 e os acidentes vasculares cerebrais.

De referir a intervenção do neurocientista canadiano Vladimir Hachinski, pioneiro na investigação da relação entre AVC e o desenvolvimento de demência, cuja conferência explorará a prevenção da doença vascular cerebral também como estratégia preventiva dos quadros demenciais. Esta é uma temática que junta duas das principais preocupações de saúde pública a nível nacional e mundial: o AVC enquanto principal causa de morte e morbilidade e a demência que acompanha o progressivo envelhecimento da população.

Sean Savitz, neurologista na Universidade do Texas, também participará no encontro com uma conferência sobre uma das mais promissoras investigações em curso no âmbito da doença vascular: a utilização de células estaminais para o tratamento do AVC isquémico.

Na sessão de abertura intervém uma das grandes autoridades mundais, o Prof. Water Osswald, Professor Catedrático aposentado, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com o tema “Uma reflexão ética em tempo de pandemia”.

A sessão de encerramento está entregue a outra convidada internacional, Hanne Christensen, responsável pelo comité de implementação do Action Plan for Stroke, que abordará os desafios e as soluções do plano europeu para reduzir o impacto da mortalidade e da morbilidade associada ao AVC na sociedade.

O evento organiza ainda três cursos formativos nos períodos pré e pós-Congresso, apostando assim na formação contínua dos profissionais de saúde dedicados à abordagem dos doentes com AVC.

No dia 3 de fevereiro decorrerão, em simultâneo, dois cursos: o “Curso Interativo de AVC isquémico na fase aguda”, dirigido a médicos e internos das áreas de Neurologia, Neurocirurgia, Neurorradiologia, Medicina Interna e Medicina Intensiva; e o Curso “A enfermagem na fase aguda do AVC”, destinado a enfermeiros com interesse na patologia vascular cerebral e que se encontrem a exercer funções em serviços de urgência, em unidades de AVC, em serviços de Medicina Interna, Neurologia, Neurorradiologia ou Neurocirurgia e também em unidades de cuidados intensivos e de cuidados intermédios.

No dia 6 de fevereiro, após o encerramento do 15.º Congresso, os participantes podem permanecer online para conhecer o estudo MIND - Multiple Interventions to Prevent Cognitive Decline, dirigido a instituições e profissionais de diversas áreas envolvidos nos cuidados a pessoas em risco de desenvolver alterações do funcionamento cognitivo e que pretendam conhecer a metodologia do estudo MIND para aplicarem localmente.

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro assinala-se a 4 de fevereiro
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 foram registados perto de 20 milhões de novos casos de cancro em...

No âmbito do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala no próximo dia 4 de fevereiro, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) pretende sensibilizar para o impacto da dor nos doentes oncológicos e na sua qualidade de vida.

A dor oncológica é muitas vezes desvalorizada tanto pelos profissionais de saúde como pelos próprios doentes. Os profissionais de saúde tendem a focar-se na taxa de sobrevivência, acabando por negligenciar sintomas como a dor que tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes. Já os doentes, associam a dor a uma consequência da doença e muitos evitam a toma de outros fármacos, como analgésicos.

A Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), afirma que “quando a dor oncológica não é adequadamente aliviada e tratada, pode causar cansaço, depressão, preocupação e isolamento por parte do doente. É fundamental haver uma maior valorização da dor ao longo do processo de tratamento oncológico, já que a terapêutica adequada permite melhorar significativamente a qualidade de vida destes doentes”

A dor oncológica pode ser causada pelo tumor e/ou metástases que pressionam as estruturas do corpo onde se localizam, causando dor, ou pelos tratamentos, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia que podem provocar lesões inflamatórias, inflamações, neuropatias e dores musculares generalizadas.

A dor tem um impacto negativo nas diferentes dimensões da qualidade de vida dos doentes oncológicos, estando associada à perda de mobilidade e de capacidade de exercer atividades diárias, resultando em isolamento pessoal e social, absentismo laboral, com um grande impacto psicológico, marcado por sintomas de tristeza e depressão. Além disso, a dor pode diminuir a tolerância dos doentes à terapêutica oncológica, contribuindo para o abandono do tratamento, com consequências graves.

Luta contra a pandemia
Na sequência de diversos contactos bilaterais, Portugal aceitou a proposta de colaboração do Governo Alemão para reforço da...

Segundo a página oficial do Serviço Nacional de Saúde, estima-se a chegada a Portugal esta quarta-feira, de uma equipa de profissionais de saúde militares com competências ao nível da Medicina Intensiva e ainda a cedência de material clínico (ventiladores, bombas e seringas de infusão).

Estes profissionais devem permanecer em Portugal durante um período de três semanas, estando prevista a sua substituição a cada 21 dias, até ao final de março, caso seja necessário.

Recorde-se que a Alemanha disponibilizou também o seu apoio a vários estados europeus durante a primeira vaga da pandemia. Itália, França, Holanda, Bélgica e República Checa, países com maior proximidade geográfica à Alemanha, foram os destinatários da solidariedade alemã e europeia, que agora se estende também a Portugal.

 

Iniciativa digital é gratuita
Durante o mês de fevereiro, a Mamãs e Bebés vai organizar e promover o “Mamãs em Forma”, uma nova iniciativa online de treino...

Esta ação tem como objetivo incluir o exercício físico na rotina das futuras mães, quebrando rotinas e apelando a que todas as grávidas se mantenham em forma e saudáveis durante esta etapa tão especial das suas vidas. É, também, uma forma de aliviar o stress e a ansiedade de estar em casa nesta fase tão peculiar do confinamento.

As quatro sessões online da “Mamãs em Forma” vão ser conduzidas por João Dias, um Personal Trainer certificado e especializado em exercício físico para grávidas e pós-parto. Esta iniciativa promove os vários benefícios que a prática de exercício físico tem nas futuras mamãs, como a prevenção da diabetes gestacional e do aparecimento de varizes, a promoção de uma postura correta durante a gravidez e, consequentemente, a prevenção de lombalgias e a facilitação no trabalho de parto devido ao exercício a nível do soalho pélvico.

A inscrição é feita através deste link.

 

Balanço
70 mil portugueses completaram a vacinação contra a Covid-19 e 270 mil concluíram a toma da primeira dose. O ponto de situação...

Enquanto prossegue a vacinação dos profissionais de saúde do SNS, do setor social e privado, identificados como prioritários, a vacinação nas estruturas residenciais e na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados deve, de acordo com o ministério, ficar concluída até ao final da semana, exceto em locais onde tenham ocorrido surtos da doença ainda não resolvidos.

Acompanhada por Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Marta Temido adiantou que o Plano de vacinação avança como o previsto, com o início da vacinação das pessoas com mais de 80 anos e da faixa etária dos 50 aos 79 anos, com uma de quatro comorbilidades identificadas, num universo que ronda as 900 mil pessoas.

A convocatória de idosos com 80 anos ou mais e de pessoas com doenças de risco entre os 50 e 79 anos deverá ter como “modalidade preferencial” a mensagem SMS, explicou o presidente da SPMS.

Marta Temido aproveitou para anunciar que o país recebeu mais 86.580 doses da vacina da Pfizer/BioNTech num total de 473.850 entregues pelo laboratório. Até ao momento, foram também já entregues 19.200 doses da vacina da Moderna. “Aguarda-se, com expectativa, a entrega de dois lotes da recém-aprovada vacina da AstraZeneca”, revelou a Ministra da Saúde, adiantando que as entregas previstas para 9 e 19 de fevereiro deste consórcio suíço-britânico totalizam 200 mil vacinas.

 

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro
No próximo dia 4 de fevereiro, Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, pelas 11h30, a CUF Oncologia promove um evento digital,...

Este webinar integra o ciclo de eventos digitais designados CUF Talks, que a CUF tem vindo a promover trazendo a debate temas que impactam a saúde e a qualidade de vida dos portugueses.

As associações e grupos de apoio são plataformas de suporte fundamentais no percurso da pessoa com cancro e dos seus cuidadores, por isso, neste webinar a CUF Oncologia reúne associações, doentes e profissionais de saúde para uma conversa sobre o papel destes grupos de apoio, os seus desafios e a sua relevância no contexto atual que vivemos.

Que papel e desafios enfrentam as associações e grupos de apoio? Como podem os profissionais de saúde ajudar a que os doentes tenham um apoio extra hospitalar, de forma a sentirem-se mais confiantes e seguros no decorrer da sua vivência com a doença? Estas e outras questões serão debatidas neste encontro, dirigido à população em geral, à comunidade médica envolvida no acompanhamento de doentes com cancro e, em particular, às pessoas que neste momento da pandemia enfrentam a doença.

Este webinar conta com a participação de Vítor Rodrigues, Presidente da Direção da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Isabel Magalhães, Presidente da Associação Pulmonale e Marisa Guerra, sobrevivente de cancro da mama e fundadora da Associação Caminhar Contigo. 

A este painel junta-se também, Ana Raimundo, Diretora Clínica da CUF Oncologia e Magda Oliveira, psicóloga clínica da CUF Oncologia no Hospital CUF Porto. 

Sem custo ou necessidade de marcação prévia, para assistir à CUF Talks “Apoiar o doente oncológico e cuidadores: o papel das associações e grupos de apoio” basta aceder, na data e hora prevista, à página de Facebook da CUF.

Saiba mais em:
https://www.cuf.pt/eventos/cuf-talks-apoio-ao-doente-oncologico-e-cuidadores

 

Aparelho com certificação CE
A Ordem dos Médicos e a SYSADVANCE aliaram-se durante a pandemia para desenvolver um ventilador com requisitos para ser...

Segundo nota da Ordem dos Médicos, a certificação do ventilador aconteceu através do Organismo Notificado, SGS Bélgica. “O desenvolvimento e certificação ocorreu em tempo recorde, para este tipo de dispositivo, num grande esforço envolvendo a equipa de desenvolvimento da SYSADVANCE, um grupo de médicos especialistas em Cuidados Intensivos indicados pela Ordem dos Médicos, bem como laboratórios acreditados em 3 países”.

A SYSADVANCE vai iniciar de imediato a produção do ventilador, sendo as primeiras unidades destinadas a Portugal e República Checa. De acordo com a Ordem dos Médicos, o SYSVENT OM1 tem chamado a atenção em vários países, desde que foi anunciado o início do seu desenvolvimento em março do ano passado, com manifestações de interesse emitidas por vários países.

Este é complementar aos sistemas de Geração de Oxigénio, permitindo uma solução completa para a saúde, desde a fonte de Oxigénio até à administração de oxigénio ao doente. "A SYSADVANCE é hoje a única empresa mundial a fornecer estas soluções combinadas"; lê-se no comunicado. 

“A Ordem dos Médicos sempre acreditou que os grandes desafios do mundo, e da saúde em particular, encontram resposta na ciência e na medicina. Esta aliança frutuosa entre médicos e engenheiros demonstrou que devemos investir na investigação clínica para chegarmos às soluções que os hospitais precisam, com mais rapidez, qualidade e inovação”, explica o bastonário da Ordem dos Médicos. “Este ventilador é para nós um motivo de grande satisfação. As máquinas não funcionam sem capital humano altamente diferenciado, mas um equipamento fiável é também determinante para o sucesso do tratamento dos doentes, pelo que termos o primeiro ventilador certificado em Portugal é para nós uma grande alegria em tempo de notícias nem sempre boas”, acrescenta Miguel Guimarães.

“Neste momento tão complexo da pandemia, a certificação do SYSVENT OM1 enche-nos de orgulho e corrobora todo o esforço, empenho e profissionalismo dedicado a este projeto, permitindo que Portugal possa dispor de um equipamento de alta precisão e fiabilidade para ventilação de doentes em cuidados intensivos”, destaca o engenheiro José Vale Machado, presidente do Conselho de Administração da Sysadvance. “Esperamos que o SYSVENT OM1 contribua para salvar vidas em Portugal e noutros países, da mesma forma que a SYSADVANCE se tem empenhado em contribuir e priorizar o fornecimento de centrais de Oxigénio Medicinal para várias partes do mundo” reforça.

A apresentação pública será anunciada em breve.

Com o apoio de especialistas em várias áreas ligadas à maternidade e profissionais de saúde
A Mamãs sem Dúvidas acaba de lançar um novo Guia de Gravidez e da Primeira Infância do Bebé, dedicado aos pais e futuros pais,...

Esta publicação tem como objetivo reforçar o apoio que a Mamãs sem Dúvidas, em conjunto com o laboratório BebéVida, procura prestar a todos os pais durante o período de pandemia e novo confinamento, através de iniciativas totalmente digitais, como é o caso dos workshops semanais.

Com o apoio de especialistas em várias áreas ligadas à maternidade e de profissionais de saúde, o guia apresenta artigos relacionados com alimentação na gravidez; o sono do recém-nascido; as alterações cutâneas mais comuns em bebés; benefícios do exercício físico na gravidez ou vantagens do teste pré-natal não invasivo (NIPT).

Esta edição conta ainda com informação sobre as vantagens da criopreservação do sangue e do tecido do cordão umbilical do bebé, no momento do parto, no único laboratório de criopreservação português reconhecido pela acreditação FACT, a mais completa distinção que um laboratório pode obter a nível mundial.

A figura central continua a ser a atriz e apresentadora Cláudia Vieira, embaixadora da BebéVida, que confiou a criopreservação das células estaminais do cordão umbilical das suas duas filhas a este laboratório, com quem tem uma relação de parceria há mais de 10 anos.

O guia está disponível online para download gratuito aqui.

 

Covid-19 em Portugal
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 275 mortes e 5.805 novos casos de infeção por Covid-19.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 149 das 275 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 51 e norte com 45. No Alentejo há 21 mortes a lamentar e no Algarve nove.

Quanto aos arquipélagos, não há mortes a assinalar.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 5.805 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 3.370 novos casos e a região norte 1.180. Desde ontem foram diagnosticados mais 559 na região Centro, no Alentejo 409 casos e no Algarve mais 205. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 56 infeções e no dos Açores 26 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.869 doentes internados, mais 175 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos têm também mais sete doentes, desde o último balanço. Ao todo estão 865 pessoas na UCI.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 7.973 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 534.384 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 179.180 casos, menos 2.443 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 3.638 contactos, estando agora 220.353 pessoas em vigilância.

Impacto nos hábitos alimentares
A Diretora do Programa Nacional para Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde concedeu uma entrevista...

Em declarações à rádio TSF, a responsável diz que esta é "uma medida que tem mostrado, através dos estudos de avaliação que temos conduzido, que funciona e funcionou e tem funcionado na modulação do consumo alimentar dos portugueses”.

Estes resultados notam-se sobretudo em “grupos específicos onde a intervenção nesta área é claramente mais necessária”, nomeadamente nas crianças e adolescentes.

Para a Diretora do PNPAS, "esta pode ser verdadeiramente uma medida de saúde pública efetiva para melhorar hábitos alimentares e para ajudar na nossa luta contra a obesidade e doenças associadas a hábitos alimentares inadequados".

Estenose aórtica e insuficiência mitral afetam pessoas acima dos 50 anos
O Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), um projeto da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular ...

“O número de salas de hemodinâmica em Portugal é limitado e estamos na cauda da Europa nessa matéria, o que se agrava com as dificuldades dos centros nacionais em recrutarem especialistas nestas áreas e disponibilizarem camas para estes tratamentos minimamente invasivos. Enquanto na Europa se dá um enorme crescimento destes tratamentos, em Portugal, há uma contração da atividade clínica na maioria dos hospitais do SNS, apenas mitigada pela abertura em 2020 de alguns novos centros”, afirma Rui Campante Teles, coordenador do RNCI.

Entre janeiro e dezembro de 2020 foram implantadas, por via percutânea, 817 válvulas aórticas e realizados 67 procedimentos mitrais, numa incidência total de 86 procedimentos por milhão de habitante.

Com o atual contexto pandémico, os cardiologistas de intervenção temem que os doentes não recebam o tratamento mais adequado. “Estamos preocupados porque apenas conseguimos dar acesso, no ano passado, a uma fração dos doentes portugueses com doença valvular cardíaca grave, perdendo a hipótese de lhes proporcionar uma melhoria na qualidade e quantidade de vida”, alerta Rui Campante Teles.

“Devido à idade e ao historial médico, as pessoas com doenças cardíacas estruturais, tais como estenose aórtica grave ou regurgitação mitral, são uma população de alto risco”, comenta Lino Patrício, coordenador da Campanha Corações de Amanhã, e acrescenta: “É importante os doentes não adiarem a sua intervenção, durante a pandemia COVID-19, uma vez que correm o risco de poder desenvolver estados clínicos graves, com consequências nefastas para a sua saúde”.

O presidente da APIC, João Brum Silveira, esclarece “Todos os Laboratórios de Hemodinâmica do nosso país estão ativos e continuam a assistir regularmente as pessoas com doença cardiovascular. As equipas de cardiologia de intervenção que trabalham nesses Laboratórios estão preparadas para trabalhar no contexto da pandemia por COVID-19. Por isso, as pessoas não devem evitar os seus tratamentos. Registamos a nossa preocupação com o medo que algumas pessoas possam sentir, mas reforçamos que existem circuitos seguros e que é importante manter o tratamento adequado”.

A intervenção valvular minimamente invasiva para o tratamento de válvulas cardíacas foi introduzida em Portugal há mais de 10 anos e constitui, para alguns doentes, a única opção de tratamento.

Em Portugal, os procedimentos valvulares cardíacos por via percutânea estão disponíveis em 8 centros cardiológicos médico-cirúrgicos do Serviço Nacional de Saúde (Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Hospital de São João, CHUC, Hospital de Santa Marta, Hospital de Santa Cruz, Hospital de Santa Maria, Hospital de Évora e Hospital do Funchal) e em vários hospitais privados.

Para aumentar a consciencialização para a doença valvular cardíaca, a APIC está a promover a campanha Corações de Amanhã, que conta com Alto Patrocínio do Presidente da República. Para mais informações consulte www.coracoesdeamanha.pt

 

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