Resposta da União Europeia a futuras pandemias
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Emergência Médica ...

Em comunicado, estas instituições fazem saber que o objetivo do projeto PANDEM-2, é “desenvolver processos e sistemas de informação para melhorar a preparação e resposta da União Europeia (UE) a futuras pandemias”.

O papel do INSA e a DGS incidirá sobre as áreas dos sistemas de vigilância, desenho da resposta pandémica e formação e disseminação das soluções desenvolvidas.

O INEM participar no planeamento, implementação, simulação e treino de algumas das ferramentas.

De acordo com estas três instituições, os processos e sistemas de informação desenvolvidos vão permitir simular diferentes cenários e as respetivas respostas possíveis, de forma a melhorar, por exemplo, a gestão de recursos essenciais como camas de internamento, equipamentos de proteção individual e vacinas.

As soluções que resultarem da iniciativa “permitirão uma resposta coerente e eficaz a uma próxima pandemia”, através de uma melhor análise de dados em tempo real, partilha de informação entre os países e adoção de políticas comuns, em comparação com aquilo que tem sido a resposta à pandemia da covid-19.

O aumento populacional, as viagens internacionais e os fatores ambientais, que aumentam a possibilidade de transmissão de doenças de animais para humanos, são algumas das áreas em que o projeto pretende contribuir para a partilha de informação e adoção de políticas comuns-

Este projeto é liderado pela Universidade Nacional da Irlanda e reúne líderes europeus das áreas da saúde, segurança, defesa, microbiologia, comunicação, tecnologias da informação e gestão de emergência.

O conselho consultivo integra a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doença (ECDC).

No total, o projeto é financiado em 9,75 milhões de euros através do programa Horizonte 2020 da União Europeia para a investigação e inovação e terá a duração de dois anos.

Apresentação de propostas
O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho com vista à apresentação de propostas para melhorar o acesso à Procriação...

De acordo com o site, o despacho, assinado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, reconhece que a “PMA é uma medida de justiça social que garante aos cidadãos o direito a constituir família com filhos, em especial, aqueles que se veem impedidos de aceder às técnicas por razões de ordem económica e social» e que, por isso, cabe «ao Estado a garantia de acesso a tratamento e cuidados de saúde de qualidade, compreensivos e atempados à população”.

Nesse contexto, “o grupo de trabalho, coordenado pela Direção-Geral da Saúde e composto por membros de vários organismos, como a Administração Central do Sistema de Saúde, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros, a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, a Associação Portuguesa de Fertilidade e de cada banco e centro público autorizado a ministrar as técnicas de PMA”, tem com objetivo a promoção de “um amplo debate e apresentar um relatório de avaliação do alargamento dos programas públicos de PMA e a definição de estratégias de promoção de doações ao Banco Público de Gâmetas”. Para tal, foi definido um prazo de 90 dias para que este grupo apresente as suas propostas. 

 

 

 

Novo uso terapêutico
A aprovação é sustentada pelos dados de três estudos clínicos principais na artrite psoriática e na espondilite anquilosante,...

A Comissão Europeia (CE) aprovou upadacitinib (15 mg), um inibidor de JAK seletivo e reversível, de administração oral diária única, para o tratamento da artrite psoriática ativa (PsA) em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada ou que são intolerantes a um ou mais DMARDs. Upadacitinib pode ser utilizado em monoterapia ou em combinação com metotrexato, estando igualmente indicado para o tratamento da espondilite anquilosante (EA) ativa em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada à terapêutica convencional.

Esta aprovação é sustentada pelos dados dos três ensaios clínicos principais (SELECT-PsA 1, SELECT-PsA 2 e SELECT-AXIS 1) que demonstram a eficácia de upadacitinib em vários indicadores de atividade da doença.

“A artrite psoriática e a espondilite anquilosante têm um impacto significativo em muitos aspetos da vida das pessoas que sofrem destas patologias”, afirmou Tom Hudson, vice-presidente sénior de I&D e responsável científico da AbbVie. “Estamos entusiasmados em poder disponibilizar upadacitinib como uma nova opção terapêutica para os doentes com PsA e como a primeira opção terapêutica da classe para os doentes com EA. Estas aprovações constituem marcos importantes no nosso compromisso com o desenvolvimento de um portefólio de soluções que melhorem os cuidados prestados às pessoas afetadas por doenças reumáticas.”

“A artrite psoriática e a espondilite anquilosante são doenças multifacetadas, que podem provocar dor intensa, restrições na mobilidade e danos estruturais permanentes”, afirmou Iain McInnes, Professor de Medicina e Professor de Reumatologia da Versus Arthritis na Universidade de Glasgow, Reino Unido. “Nos ensaios clínicos, upadacitinib demonstrou melhoria em diversas manifestações destas doenças. A aprovação de upadacitinib para o tratamento da PsA e da EA coloca à disposição dos médicos na União Europeia uma nova opção terapêutica importante e oferece aos doentes uma nova oportunidade para obter um alívio significativo dos sintomas debilitantes que os afetam.”

A Autorização de Introdução no Mercado significa que upadacitinib está aprovado em todos os estados membros da União Europeia, bem como na Islândia, Liechtenstein e Noruega. Upadacitinib estava já aprovado para o tratamento da artrite reumatoide ativa moderada a grave em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada ou que são intolerantes a um ou mais fármacos anti-reumáticos modificadores da doença (DMARDs).

Serviço trata diariamente uma centena de doentes
No dia em que se comemora o “Dia Mundial do Doente”, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) relembra a...

De acordo com o centro hospitalar, “o Serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra presta assistência aos doentes oncológicos da região centro desde há cerca de 20 anos. A radioterapia é uma metodologia de tratamento essencial, sendo utilizada em mais de metade dos casos de doentes com cancro, em algum momento da evolução da sua doença. Exige equipamentos dedicados, altamente sofisticados, com necessidade de modernização periódica, fruto da evolução tecnológica e do natural desgaste que ocorre com a sua utilização”.

Este serviço, como faz saber, trata diariamente cerca de uma centena de doentes, provenientes de toda a região centro, “sendo assim responsável pelo tratamento de quase metade dos doentes oncológicos sujeitos a radioterapia na região centro”.

“Fruto da maior sensibilidade da população para a doença oncológica e da melhoria gradual das estratégias de diagnóstico e tratamento, o número de doentes oncológicos tratados no CHUC tem vindo a aumentar ao longo dos anos, sendo que em 2019, o ano anterior ao início da atual situação pandémica por Covid-19, foram tratados quase 1500 doentes e realizadas mais de 24 000 sessões de tratamento e 16 000 consultas”, revela o CHUC em comunicado.

A aquisição de dois equipamentos TrueBeam, em conjunto com o acelerador TrueBeam já existente no Serviço desde 2016, irá permitir a todos os nossos doentes o acesso a tratamentos através das técnicas atualmente recomendadas, nomeadamente imagem guiada (IGRT), intensidade modulada (IMRT), arcoterapia com intensidade modulada (VMAT) e técnicas de sincronização com base no ciclo respiratório do doente, vindo assim potenciar a capacidade de tratamento instalada de acordo com os mais elevados padrões de qualidade técnica e científica. Um dos aceleradores integrará ainda a valência de Radiocirurgia, até ao momento inexistente neste Centro Hospitalar.

“A excelência da prestação de cuidados ao doente oncológico é e será sempre o enfoque central da atuação de todos os profissionais do serviço de Radioterapia do CHUC”, pode ler-se no documento. “Para além da atividade assistencial, o serviço de Radioterapia do CHUC é também referência na formação e treino médico na especialidade de Radioncologia e formação pré-graduada de médicos, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e enfermeiros”, pelo que a aquisição destes equipamentos “proporcionarão igualmente maior diferenciação na formação destes profissionais, com a aquisição de competências superiores e impacto no tratamento do doente oncológico, imediato e futuro”.

O centro Hospitalar dá nota ainda de que “a forma como o procedimento pré-contratual decorreu é inovadora para o CHUC, tendo em conta que se tratou de procedimento por locação com opção de compra, previsto no Código dos Contratos Públicos, e que permitiu abdicar do esforço de investimento inicial”.

Permitiu, simultaneamente, a agilidade necessária aos investimentos do SNS, tornando o esforço de investimento menos impactante, possibilitando a sua diluição no tempo e obviando, como já se referiu, à falta de disponibilidade financeira imediata.

Com este investimento, sublinha, “o Serviço de Radioterapia vê solidificado o seu posicionamento na prestação de cuidados de radioterapia da região centro, reforçando a capacidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS) naquela que é uma das suas unidades hospitalares de referência, o CHUC”.

Opinião
Gostaria que este dia fosse um ponto de partida para retomarmos o diálogo entre médicos, doentes e d

O Dia Mundial do Doente foi instituído pela igreja católica em 1992 (após o diagnóstico da doença que viria a vitimar o Papa João Paulo II), com uma dimensão predominantemente espiritual e uma forte vocação caritativa. Em inglês, a designação é “World Day of the Sick”, e não Patient, ou seja, é mais uma referência à pessoa que sofre de uma doença do que ao doente enquanto utilizador dos serviços de saúde. Como tantas outras efemérides de origem religiosa, esta data tem potencialmente um alcance que ultrapassa o universo da fé e que acaba por coincidir com o da própria cultura. E até mais com o de uma cultura humanística do que com o de uma cultura estritamente médica (se esta existir sem aquela).

Em 2020, por esta mesma ocasião, falava-se de como seria um sistema de saúde que respondesse às expectativas, necessidades e valores dos doentes. Uma das mais importantes mudanças de paradigma das últimas décadas, em saúde, é o conceito de “Patient-Centered Care” (Cuidados Centrados no Doente). Resumindo o mais possível os princípios fundamentais deste modelo, ele preconiza: o acesso ágil e não discriminativo ao sistema de saúde; o respeito pelas preferências das pessoas e o seu envolvimento nas decisões (que só é verdadeiramente possível investindo numa estratégia de educação para a saúde); a integração de cuidados, ou seja, a articulação entre as equipas hospitalares e de cuidados primários, de modo a que a transição entre elas se faça sem perdas de continuidade, e procurando desviar o foco da prestação de cuidados dos hospitais para a comunidade, ou mesmo para a casa dos doentes; a priorização do conforto físico e do bem-estar emocional, com envolvimento da família em todas as fases do processo.

O que aconteceu desde esse dia 11 de fevereiro de 2020 – ou, mais concretamente, desde 2 de março de 2020, data do primeiro diagnóstico de Covid-19 em Portugal?

Ninguém tem dúvidas de que houve uma deterioração do acesso a cirurgias, exames, consultas, urgências ou até mesmo a receituário crónico ou a contactos pontuais com os médicos assistentes. Foram também muito evidentes as quebras de continuidade e as dificuldades na transição e integração de cuidados entre hospitais e centros de saúde. A comunicação com os doentes e com as famílias sofreu o impacto das barreiras físicas, mas também das deficiências organizacionais. Muitas vezes as escolhas dos doentes foram menos informadas e mais baseadas num modelo tradicional, paternalista, em que é o médico que decide, ou então adiadas para melhores dias. Em suma, houve um desvio de esforços e de recursos para o combate à pandemia, que deixou em segundo plano alguns avanços que vínhamos fazendo em direção a um modelo Centrado no Doente. Passámos do dia mundial do doente para o ano mundial de uma doença.

Passou um ano. Do meu ponto de vista, não faz qualquer sentido orientar esta reflexão para o apuramento de responsabilidades, técnicas ou políticas, pelo agravamento das dificuldades no sistema de saúde. Dificilmente alguma estrutura sanitária suportaria a avalanche desta pandemia, e isso é visível pelo mundo fora. Esta doença chegou e vai aos poucos ocupar o seu lugar nas nossas vidas, entrar na rotina da prestação de cuidados, normalizar-se. Mais mês, menos mês, vai-nos permitir recentrar e voltar a definir prioridades. Gostaria que este dia fosse um ponto de partida para retomarmos o diálogo entre médicos, doentes e decisores em torno da construção de um projeto de saúde centrado nos doentes e nas necessidades dos doentes.

Era disto que estávamos a falar há um ano, não era?

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo europeu
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para o impacto da pandemia COVID-19 nas pessoas com diabetes e...

Os resultados mostram que os enfermeiros especialistas em toda a Europa observaram aumentos expressivos de problemas físicos e psicológicos na população com diabetes, sendo que, em Portugal, os riscos a nível psicológico representam mais de metade das preocupações comparativamente aos riscos a nível físico. Os dados refletem ainda a interrupção significativa dos serviços clínicos para a diabetes na Europa.

“Pelo que sabemos, este é o primeiro estudo a avaliar o impacto da Covid-19 em pessoas com diabetes na Europa, a partir das experiências de profissionais de saúde especialistas na doença. É preocupante que, durante este período de grandes necessidades, a pandemia da Covid-19 esteja também a prejudicar a rotina dos cuidados de pessoas com diabetes. É preciso ter presente que a diabetes é uma condição crónica complexa e as pessoas que vivem com ela, necessitam de apoio continuado e interdisciplinar”, explica a enfermeira da APDP, Ana Cristina Paiva, uma das participantes do consórcio de enfermeiros especialistas que desenvolveu o estudo.

No Consórcio Europeu de Enfermeiros Especialistas em Diabetes foi registado um grande acréscimo em problemas clínicos como ansiedade 82% (n = 1486); diabetes 65% (n = 1189); depressão 49% (n = 893); hiperglicemia aguda 39% (n = 710) e complicações nos pés 18% (n = 323). Além disso, 47% (n = 771) dos entrevistados identificaram que o nível de atendimento prestado às pessoas com diabetes diminuiu extrema ou severamente.

Para João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, “a pandemia veio trazer enormes desafios e estes números são o reflexo de uma desigualdade crescente no acesso aos cuidados de saúde que, por toda a Europa, estão, quase em exclusivo, dedicados ao combate à Covid-19. Outro dos fatores preocupantes demonstrados neste estudo foi que 18% dos inquiridos relataram um aumento nas complicações dos pés. Embora seja uma percentagem relativamente pequena em comparação com outros problemas, conhecemos bem as consequências deste tipo de complicações e a importância do exame físico e de uma rápida intervenção.”

O apoio psicológico, assim como o apoio na autogestão e na educação em diabetes foram também avaliados como tendo diminuído extremamente ou severamente durante a pandemia em 34% (n = 551), 31% (n = 499) e 63% (n = 1.027), respetivamente.

“Este estudo vem reforçar a evidência da necessidade de se adaptarem os circuitos de acompanhamento e de apoio para minimizar o impacto da pandemia nas pessoas com diabetes. Na APDP temos desenvolvido todos os esforços para não interrompermos os cuidados e mantermos a mesma capacidade no atendimento, através do recurso à telemedicina em consultas de seguimento, e presencialmente em consultas de primeira vez, do pé, de oftalmologia, entre outras intercorrências.”, explica João Filipe Raposo.

A APDP tem disponível uma linha de atendimento telefónico para prestar aconselhamento especializado a todas as pessoas com diabetes. A Linha de Apoio em Diabetes (21 381 61 61) está disponível das 9h00 às 17h00, incluindo fins de semana e feriados.

16 e 17 de fevereiro
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar webinar focado nas Consultas de Enfermagem à...

Saber+2.0: Webinar Consultas de Enfermagem à Distância - Recomendações é o tema dos próximos webinares que a SRCentro vai dinamizar no dia 16 de fevereiro, a 1ª Edição, e no dia 17 de fevereiro, a 2ª Edição, ambas das 21h às 23h.

Com o aumento significativo da prestação de cuidados de enfermagem à distância durante a pandemia causada pelo COVID-19, para mitigar o impacto causado na população portuguesa que requer cuidados de enfermagem, torna-se fundamental elencar quais as melhores práticas a adotar na aplicação da Telenfermagem, quais os maiores desafios que se apresentam ao realizar teleconsultas e como devem atuar os enfermeiros nestas situações.

Deste modo, nas duas edições irão ser apresentadas recomendações para as consultas de enfermagem à distância, elaboradas pelo grupo de trabalho constituído pela SRCentro; experiências de consultas de enfermagem à distância já implementadas no nosso país e debatidos aspetos relacionados com a implementação prática e otimização deste tipo de consultas.

"Estas recomendações perdurarão para além da Pandemia COVID-19, como garante da Qualidade e Segurança dos Cuidados de Enfermagem ao Utente, nas consultas de Enfermagem à Distância", sublinha Pedro Lopes, Presidente do Conselho de Enfermagem da SRCentro.

A 1ª Edição terá como moderador Ricardo Ferreira (Chair Comité Profissionais Saúde Reumatologia EULAR, Membro Núcleo Investigação em Enfermagem do CHUC e Coordenador EQuiPS). Carla Silveira (Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica do ACES Baixo Mondego – UCC Coimbra Saúde) e Liliana Silva (Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação da UCC Matosinhos, Doutoranda Investigação Clínica e em Serviços de Saúde, Faculdade Medicina - Universidade Porto) serão palestrantes e ainda contarão com o comentário de Liliana Gonçalves, da Associação Nacional Cuidadores Informais.

Na 2ª Edição, Andréa Marques (Professora Adjunta Convidada – ESEnfC; Presidente Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia) irá moderar Vânia Coimbra (Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica do ACES Entre Douro e Vouga - UCC Feira; Conselheira em aleitamento materno pela OMS/UNICEF) e Lurdes Serrabulho (Enfermeira Coordenadora de Enfermagem e de Formação | Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal), com os comentários de Ana Vieira, da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas.

Preparação para a Parentalidade, (Tele) Reabilitação Respiratória na Pessoa com Covid-19 e Experiência de Teleconsulta a pessoas com diabetes são alguns dos exemplos abordados em cada um dos eventos online.

Estes webinares destinam-se a todos os enfermeiros com interesse pela temática, e a inscrição é gratuita, mas obrigatória através do Balcão Único da OE: para a 1º edição neste link; para a 2ª edição aqui. (os interessados deverão inscrever-se na edição mais conveniente, consoante a disponibilidade e interesse em cada uma das experiências abordadas).

 

Investigação
Segundo os investigadores que conduziram um estudo internacional, o novo medicamento pode marcar uma nova era no tratamento da...

O estudo, conduzido em quase duas mil pessoas, e que consistiu na aplicação de um inibidor do apetite, a semaglutida, por meio de uma injeção, mostrou que este medicamento é eficaz na perda de peso.

Para além da injeção semanal com a semaglutida, foi ainda dado um conjunto de conselhos sobre dieta e exercício físico.

Os participantes foram acompanhados durante 15 meses, tendo sido divididos em dois grupos. Um a quem era administrado o fármaco e outro a quem era dada uma injeção simulada. Ambos os grupos receberam conselhos sobre estilos de vida mais saudáveis.

Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, mostraram que as pessoas perderam uma média de 15 kg com semaglutida em comparação com 2,6 kg sem.

No entanto, 32% das pessoas perderam um quinto do peso corporal com a droga, em comparação com menos de 2% no tratamento simulado.

De acordo com os investigadores estes resultados podem marcar uma "nova era" no tratamento da obesidade com ainda mais terapias no horizonte.

A semaglutida já é familiar para algumas pessoas que a usam como tratamento para o diabetes tipo 2, mas este estudo examinou a possibilidade de administrá-la em doses mais altas.

O fármaco atua sequestrando os níveis de apetite do corpo e imitando uma hormona - a GLP1 - que é libertada após uma refeição farta.

Segundo Rachel Batterham, da UCL e uma das investigadoras deste estudo, "estes resultados trazem uma reviravolta no combate à obesidade”.

"Eu passei os últimos 20 anos a participar em investigações sobre a obesidade, e até agora não tínhamos um tratamento eficaz além da cirurgia bariátrica”, disse à BBC.

Segundo a especialista perder peso reduziria o risco de doenças cardíacas, diabetes e de Covid-19 grave.

Para já, a semaglutida está a ser submetida a reguladores de medicamentos, portanto não pode ser prescrita de forma rotineira. No entanto, a investigadora espera que este fármaco seja usado inicialmente por clínicas especializadas em perda de peso, em vez de estar amplamente disponível.

Náusea, diarreia, vómitos e obstipação foram os principais efeitos adversos sentidos por alguns participantes.

Stephen O'Rahilly, da Universidade de Cambridge, referiu que “a quantidade de perda de peso alcançada é maior do que a observada com qualquer medicamento anti-obesidade licenciado”.

“Este é o início de uma nova era para o desenvolvimento de medicamentos contra a obesidade, com a direção futura de atingir níveis de perda de peso comparáveis ​​aos da semaglutida, com menos efeitos colaterais”.

Duane Mellor, nutricionista da Aston Medical School, disse ser “útil ter uma opção potencial para ajudar as pessoas a perder peso, no entanto, precisamos reconhecer que a perda de peso ainda precisará de mudança no estilo de vida e que qualquer medicamento ou mudança no estilo de vida pode trazer riscos e efeitos colaterais potenciais”.

"Portanto, é sempre aconselhável falar com um profissional de saúde antes de tentar perder peso", refere.

DGS atualiza norma
Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde fez saber, durante o dia de ontem, que atualizou as suas orientações quanto à testagem...

Segundo a DGS, as mudanças passam pelo "o alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco)" e pela "disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do SNS".

Por outro lado, tal como tinha considerado Marta Temido, as autoridades de saúde vão proceder à "implementação de rastreios regulares com TRAg em contextos particulares como nas escolas e setores de atividade com elevada exposição social (trabalhadores de fábricas, trabalhadores da construção civil, entre outros)".

Estas mudanças, refere a DGS, foram tomadas "atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência das novas variantes de SARS-CoV-2, quer pela diminuição da incidência diária de casos de infeção", para "reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais de forma a antecipar um desconfinamento controlado, e otimizar a capacidade laboratorial do país, gradualmente expandida durante o ano de 2020".

"A Direção-Geral da Saúde (DGS) acompanha a evidência científica, as recomendações internacionais e o consenso de peritos e parceiros nacionais e internacionais, nas suas recomendações para o combate à pandemia covid-19", sublinhou, realçando que, por isso, "revê em permanência as suas recomendações, tendo ainda em atenção o contexto epidemiológico existente".

A entidade referiu ainda que "a utilização de TRAg tem sido progressivamente alargada, quer ao nível dos locais onde os TRAg podem ser realizados, quer ao nível dos profissionais que os podem realizar".

 

Combate à pandemia
A Ministra da Saúde defendeu, ouvida na Comissão de Saúde, a necessidade de uma testagem massiva à Covid-19, sem descartar a...

“Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva que já se encontram também disponíveis, independentemente das recomendações que recebemos recentemente”, referiu.

Por isso, sublinhou, “já exortamos a Direcção-Geral da Saúde (DGS) a rever as orientações técnicas, considerando para o efeito de realização de testes que devem ser considerados todos os contactos e não restringir a contacto de risco”.

O aumento da testagem tem sido defendido por vários especialistas, nomeadamente pelo epidemiologista Manuel do Carmo Gomes, que disse na terça-feira que a testagem em massa é a “arma principal” no combate à pandemia.

Segundo a ministra da saúde, não está descartada a utilização das várias tipologias de teste no mercado, de acordo com o nível de risco do contacto. Marta Temido, disse ainda que solicitou à Direção-Geral da Saúde que avalie “a realização de testes em setores que não estão parados, como a indústria, construção civil” e que estão associados “a maiores surtos por altura do desconfinamento de maio do ano passado”.

Por outro lado, anunciou que está também em estudo “o acesso gratuito a estas metodologias e acesso em locais simples, prescindido da prescrição clínica”.

 

"Vacine-se assim que lhe seja dada prioridade"
Em comunicado Manuel Oliveira Carrageta regista com agrado a decisão de ter sido atribuída prioridade aos profissionais do...

“Faz sentido que aqueles que estão na linha da frente sejam o mais urgentemente protegidos. Isso vai não só permitir que façam o seu trabalho com maior segurança, como diminuir o risco de infetar as pessoas vulneráveis de que estão a cuidar”, começa por dizer.

“No entanto, a Fundação Portuguesa de Cardiologia ficou preocupada porque em Portugal, ao contrário da generalidade dos países europeus, os mais idosos não estão a ter a devida prioridade no programa de vacinação, que se limita apenas aos doentes internados em Lares. Refira-se que os idosos, vivendo ou não em Lares, são os mais atingidos mortalmente pela COVID-19. É de notar que 92% das mortes ocorrem nos doentes com mais de 65 anos”, acrescenta.

O Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, relembra que muitos doentes, como é o caso dos mais jovens, são assintomáticos o que coloca em risco, “sem o saber”, as “pessoas idosas mais vulneráveis”. “Contudo, se estas estiverem previamente vacinadas, o risco de apanhar a doença e morrer fica muito mais reduzido”, afirma.

Por outro lado, defende que os doentes cardíacos, “independentemente da idade (embora esta seja uma patologia mais frequente nas pessoas de idade mais avançada), estão em maior risco de contrair uma doença grave ou morrer, pelo que a Fundação Portuguesa de Cardiologia, defende que devam ter prioridade no programa de vacinação”.

Assim, aconselha que “todos aqueles que tenham fatores de risco (nomeadamente hipertensão) ou doença cardiovascular se vacinem na primeira oportunidade que lhes for dada”.

Ainda assim, Manuel Carrageta apela a que se sigam todas as medidas de prevenção: “a vacinação não dispensa o distanciamento social, o uso de máscara, evitar reuniões em espaços fechados e a higiene das mãos”.

“Por favor, tenha cuidado e vacine-se logo que lhe seja dada essa oportunidade”, apela.

 

Sistema drive-thru
A Câmara Municipal de Castro Marim, no Algarve, vai testar massivamente toda a população dos munícipes interessada em fazer....

“Face ao agravamento dos casos no concelho de Castro Marim (2000 casos por 100.000, o concelho do Algarve com maior risco pandémico) e o clima de pânico da população, decidimos avançar com a testagem massiva”, explica Francisco Amaral, presidente da Câmara, médico de profissão.

Para o farmacêutico Ricardo Pereira, delegado da ANF no Algarve, “os profissionais de saúde estão unidos na promoção da saúde dos cidadãos da região nesta dramática situação pandémica”.

Francisco Amaral sublinha o apoio "dos profissionais de saúde que se ofereceram para realizar os testes junto da população". No grupo de voluntários estão farmacêuticos, médicos, médicos-dentistas.

O município de Castro Marim ocupa uma superfície de 300 km2 e conta atualmente com 6.747 habitantes, o que representa 1,5% da população do Algarve.

 

Pós-graduação em Prevenção e Controlo da Infeções abre inscrições
Portugal regista uma das mais elevadas taxas da Europa de Infeções Associadas a Cuidados de Saúde (IACS), pelo que a prevenção...

Com o impacto da pandemia sobre a classe profissional dos enfermeiros, e a valorização dos profissionais de saúde, a pós-graduação apresenta-se como uma mais valia pela aquisição de competências em Prevenção e Controlo da IACS, em dimensões relativas à clínica, epidemiologia, microbiologia, gestão da qualidade, investigação, enquadramento jurídico e princípios éticos e deontológicos, uma área relevante e com rápido reconhecimento no mercado.

Dirigida a todos os profissionais de saúde, com grau de licenciatura, nacionais e internacionais, a pós-graduação assume diferentes tipologias por forma a incluir candidatos provenientes de países lusófonos. O plano formativo, com início em março de 2021, terá 750 horas na modalidade de b-Learning (presencial e videopresencial).

A Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias, situada no Centro de Lisboa, é uma referência no ensino da enfermagem a nível nacional e apresenta uma elevada taxa de empregabilidade. Recentemente integrada no Grupo CEU - ensino, a ESESFM/CEU faz hoje parte do universo da mais antiga Universidade privada do país, reconhecida pelo rigor científico, humanismo e uma enorme responsabilidade social.

Informação e Candidaturas em https://www.esesfm-pg.pt/cursos/prevencao-e-controle-de-infecoes/

 

Esclarecimento
A Agência Europeia de Medicamentos até o momento não recebeu um pedido de revisão ou uma autorização de comercialização para a...

Segundo a EMA (sigla em inglês), a equipa que está a desenvolver a vacina recebeu conselhos científicos da EMA a respeito das mais recentes orientações regulatórias e científicas para o desenvolvimento da vacina, como acontece com a demais empresas farmacêuticas. De acordo com a política de transparência da Agência, a vacina está incluída na lista de medicamentos e vacinas COVID-19 que receberam orientação científica da Agência.

Em comunicado, a Agência Europeia de Medicamentos faz saber que está em diálogo com a empresa para definir os próximos passos. Esta manifestou o seu interesse para que a vacina seja considerada para uma revisão em movimento. Este procedimento ad-hoc só pode ser usado durante emergências como a pandemia atual. Ele permite que a EMA avalie os dados sobre uma vacina ou um medicamento à medida que se tornam disponíveis, enquanto o desenvolvimento ainda está em andamento. O procedimento formal de autorização de marketing pode, então, ocorrer em um prazo muito curto. A revisão é reservada para os medicamentos e vacinas mais promissores. O Comitê de Medicamentos Humanos (CHMP) da EMA e a task-force pandémica Covid-19 (COVID-ETF) precisam dar seu acordo primeiro antes que os desenvolvedores possam enviar seu pedido para iniciar o processo de revisão em andamento.

“A EMA informará prontamente o público sobre quaisquer novas avaliações de vacinas ou medicamentos Covid-19 iniciados pela Agência”, esclarece. Da mesma forma, a EMA publica um anúncio de notícias quando recebe um aplicativo válido para autorização de marketing. A lista de tratamentos e vacinas para COVID-19 em avaliação é atualizada paralelamente à publicação. Isso significa que, se a EMA não se comunicou, o status de um determinado medicamento/vacina Covid-19 permanece inalterado.

“A EMA está comprometida em aplicar a mesma abordagem regulatória e rigor científico a todas as aplicações de vacinas que atendam aos requisitos europeus de segurança, eficácia e qualidade e está em diálogo com mais de 50 desenvolvedores de vacinas de todo o mundo”, assegura em comunicado.

 

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 161 mortes e 4.387 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 77 das 161 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 33 e centro com 31. No Alentejo há 12 mortes a lamentar e no Algarve seis.

Quanto aos arquipélagos, quer a Madeira quer as Açores registaram uma morte desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 4.387 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 2.192 novos casos e a região norte 1.050. Desde ontem foram diagnosticados mais 775 na região Centro, no Alentejo 185 casos e no Algarve mais 129. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 47 infeções e no dos Açores nove novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 5.829 doentes internados, menos 241 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos têm atualmente mais 853 doentes, também menos nove desde o último balanço.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 8.781 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 636.859 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 123.312 casos, menos 4.555 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 8.988 contactos, estando agora 162.566 pessoas em vigilância.

Ministra da Saúde
A capacidade de rastreio dos casos de covid-19 quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, afirmou hoje a...

Numa audição na Comissão de Saúde, Marta Temido, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, lembrou que as autoridades avançaram também com a “simplificação dos inquéritos epidemiológicos” e a “adoção de modelos colaborativos” a este nível, que, de acordo com a governante, permitem “na maioria do país” a garantia de contacto com as pessoas nas primeiras 24 horas.

De acordo com a ministra o mês de janeiro colocou “duramente” à prova o SNS, no entanto, “a resposta foi dada” e que a capacidade de trabalho demonstrada tornou todo o sistema “mais forte”.

Durante a sua intervenção, a Ministra lembrou ainda o reforço da capacidade de rastreio das autoridades de saúde pública, “quer através da mobilização de funcionários da administração central e local, estudantes e de elementos das forças de segurança e armadas”. “Em 13 de dezembro, o número de profissionais, equivalentes a tempo integral, a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427 e em 04 de fevereiro ultrapassavam os 1.100”, referiu.

Relativamente às medidas de resposta à pandemia de Covid-19, Marta Temido salientou a “melhoria e expansão da linha SNS24”, o “reforço da capacidade laboratorial” através de um programa vertical de reforço orçamentado em 8,4 milhões de euros, “que permitiu passar de uma autonomia de 6.000 testes PCR por dia para cerca de 22.000 só na rede SNS”, e o “programa centralizado de financiamento de cuidados intensivos”.

A governante destacou também a compra de mais de 1.100 ventiladores desde o início da pandemia e revelou também ter assinado na terça-feira um despacho que autoriza uma “despesa de mais de nove milhões de euros para ampliação” de outros serviços de medicina intensiva nos hospitais do SNS.

Sobre os recursos humanos, a Ministra destacou o regime excecional de contratação para a resposta à covid-19, permitindo “a celebração de 8.452 contratos que ainda se encontram ativos, dos quais mais de 1.300 já foram convertidos em contratos sem termo”, sendo que outros 800 estão em concurso e mais 1.251 são “suscetíveis de conversão ate ao final do primeiro trimestre”.

Ainda sobre esta temática, Marta Temido referiu que a rede pública de saúde contava no final de 2020 com mais 9.123 trabalhadores, entre os quais 614 médicos especialistas, 3.263 enfermeiros e 3.207 assistentes, que se traduziu num aumento da despesa que estava prevista.

A Ministra indicou como metas para este ano a “aceleração da vacinação e a expansão da testagem”, a “recuperação das necessidades assistenciais não covid” e a “aprovação do estatuto do SNS”, para concretizar ainda no primeiro semestre.

Dia Nacional do Doente Coronário assinala-se a 14 de fevereiro
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover uma campanha nacional de consciencialização para o...

No decorrer do mês de fevereiro, nutricionistas e instrutores de exercício físico vão partilhar fotografias e vídeos nas suas redes sociais, com os principais conselhos para manter um estilo de vida saudável e prevenir o enfarte agudo do miocárdio.

“Uma alimentação equilibrada, evitando os alimentos ricos em sal e em gorduras; a prática de exercício físico; e o controlo de situações de stress e de consumo excessivo de álcool e de tabaco, são cuidados essenciais para a prevenção do enfarte agudo do miocárdio", alerta João Brum Silveira, presidente da APIC.

“É fundamental tomar sempre a medicação prescrita pelo médico e não faltar às consultas agendadas; vigiar a pressão arterial e os níveis de colesterol; e caso tenha sintomas, como dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade, não os ignore, ligue 112 e siga a instruções que lhe forem dadas”, conclui Pedro Farto e Abreu, coordenador nacional da iniciativa Stent Save a Life, na qual se enquadra a campanha Cada Segundo Conta.

A iniciativa digital conta com a colaboração de nutricionistas, como Ana Bravo, Diana Carneiro, Eduarda Coutinho, Francisca Oliveira, Mariana Abecassis, Raquel Marques, Rita Lopes, Rita Teixeira, Sandra Nereu; e de instrutores de exercício, como Francisco Catarino, Marta Moura, Mauro Policarpo, Nelson Fernandes, Nuno Neves, que se juntam, assim, aos embaixadores da campanha Cada Segundo Conta: António Sala, Isaac Alfaiate, Joana Vieira, Mariana Alvim, Serenella Andrade, Isabel Moiçó, João Moleira, José Carlos Pereira, Nelson e Sérgio Rosado, entre outras figuras públicas.

Esta iniciativa, que conta com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e com o Alto Patrocínio do Presidente da República, tem como objetivos promover o conhecimento e compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce. Para mais informações sobre esta campanha consulte a página online da mesma.

Para mais informações consulte: www.cadasegundaconta.pt e www.instagram.com/porumcoracaomaisfeliz/

 

Covid-19
A Câmara Municipal do Porto, o Centro Hospitar Universitário de São João, o Centro Hospitalar Universitário do Porto e a...

A Câmara Municipal do Porto irá assegurar a gestão das pessoas que serão vacinadas, operacionalizando a sua mobilização. A Câmara Municipal do Porto pretende com este teste piloto preparar a cidade para um processo seguro e robusto de vacinação, em larga escala, assim que houver vacinas para as 2ª e 3ª fases do processo de vacinação. Previa-se que o primeiro teste piloto de vacinação em Drive-Thru em Portugal incluísse a vacinação de cerca de 3000 agentes da PSP. Operação essa ontem cancelada por decisão superior e comunicada à CMP pela Senhora Comandante Distrital da PSP.   

O CHUSJ e o CHUP assegurarão consultoria e apoio na formação dos profissionais desta operação, garantindo que a mesma decorre dentro das melhores práticas clínicas, em linha com a experiência adquirida durante a primeira fase de vacinação com os seus profissionais de saúde. 

A Unilabs Portugal irá assegurar a logística, operação, organização de fluxo e os técnicos de vacinação no espaço, aproveitando a experiência do rastreio neste tipo de centros, agora aplicados ao processo de vacinação. 

Para este efeito, a Unilabs vai disponibilizar 12 linhas de vacinação. Este Drive-Thru de vacinação permitirá realizar até 2000 inoculações por dia. 

Recorde-se que foi no Queimodromo do Porto que a CMP, a Unilabs e a ARS Norte abriram o primeiro centro de testagem, também em modelo drive-thru, num piloto que acabou por se tornar no standard de modelo de rastreio no país. 

Para Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, “esta ação, além de nos possibilitar uma vacinação em escala e num espaço de tempo muito reduzido, servirá de piloto para um planeamento atempado, que será essencial para que o processo de vacinação seja rápido, cómodo e eficaz. Com isto descongestionamos também os centros de saúde para poderem apoiar os portugueses numa fase em que as doenças não-covid não podem ficar para trás”. 

Luis Menezes, CEO da Unilabs, acrescenta que “temos desde a primeira hora manifestado toda a nossa disponibilidade e das nossas equipas no combate à pandemia, seja através da nossa capacidade laboratorial e de diagnóstico, seja através da instalação de infraestruturas técnicas e humanas que estejam mais próximas dos cidadãos. É por isso uma obrigação para nós, colocar o know-how adquirido até aqui nos desafios que se apresentam nesta campanha de vacinação. Esperamos que este piloto possa fazer a diferença, permitindo vacinar mais pessoas, em toda a segurança, retirando pressão dos restantes serviços de saúde”. 

Saber reconhecer a doença
É uma das patologias respiratórias mais frequentes e a 3ª causa de morte no mundo – a Doença Pulmona

O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, uma patologia “caracterizada por inflamação brônquica que condiciona uma obstrução persistente e progressiva à passagem do ar pelas vias respiratórias” e que se estima que afete entre 700 a 800 mil portugueses. Segundo o pneumologista, João Cravo, “90% dos doentes com DPOC são ou foram fumadores”, pelo que nunca é demais apelar à sua evicção. É que, tal como explica o especialista, esta é uma doença evitável. “É possível - e fácil - não fazer parte dos vários portugueses que têm a doença. Por isso, as pessoas devem deixar de fumar ou preferencialmente evitar começar”, recomenda.

Por outro lado, sabe-se que a poluição ambiental pode condicionar o seu desenvolvimento, bem como a exposição ambientes tóxicos por via da atividade profissional. “Quem trabalhar com exposição a fumos ou poeiras deve usar máscaras de proteção respiratória - com as quais já estamos a ficar familiarizados com esta pandemia. Pode-se também prevenir a doença diminuindo o tempo de exposição a fumos de lareiras ou fogões de lenha em ambientes fechados e não ventilados”, acrescenta o especialista quanto às medidas preventivas.

Entre os principais sintomas da doença, João Cravo chama a atenção para a “tosse e expetoração crónica quase diária pelo menos nos meses de Inverno – o famoso catarro; o cansaço fácil, que se traduz em sensação de “falta de ar”, no início para grandes esforços, mas que evolui ao longo dos anos para esforços cada vez mais pequenos, ou pelo aparecimento de uma respiração mais ruidosa”. É que, ainda que esta seja uma doença muito incapacitante, pode apresentar queixas ligeiras, facilmente desvalorizadas por quem delas padece. Por isso, o especialista sublinha o quão importante é estarmos atentos. Esta é uma “doença que limita progressivamente a qualidade de vida dos doentes. A medida que as pessoas se vão sentindo mais cansadas sem se darem conta, vão diminuindo cada vez mais a sua atividade”. Além disso, esta aumenta o risco de infeções respiratórias, tornando-as mais frequentes, e que agravam o estado geral de saúde do doente.

“Um diagnóstico precoce permite identificar mais rapidamente os doentes e desse modo permitir controlar a doença, estabilizando a perda de função pulmonar. Um doente sem diagnóstico é um doente sem o acompanhamento e tratamento adequados, o que leva a maior risco de uma exacerbação. Por sua vez, essa exacerbação é o maior fator de risco para outra exacerbação”, explica João Cravo.

De acordo com o médico pneumologista, o diagnóstico “depende de três pontos fundamentais: a presença de sintomas e a existência de fatores de risco compatíveis que motivem a realização de uma espirometria, que é um exame que permite avaliar de forma simples a função respiratória do doente. A presença de certos critérios nesse exame permite confirmar o diagnóstico.”

Quanto ao seu tratamento, João Cravo explica que este é feito pela complementaridade das terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas, onde se inclui não só um estilo de vida saudável, mas também vacinação contra a gripe e pneumonia, tão importante para estes doentes.

“Em relação aos fármacos, (o tratamento) baseia-se principalmente em inaladores, que permitem fazer chegar o medicamento diretamente nas vias aéreas. Em casos selecionados, podem ser complementados com outros tratamentos orais, como o roflumilast ou a azitromicina. O oxigénio ou a utilização de ventilação não invasiva são normalmente utilizados apenas em situações mais graves”, esclarece.  

Quanto ao tratamento não farmacológico, João Cravo sublinha que “a vacinação, manutenção de um estilo de vida saudável, a evicção de fatores de risco e, caso aplicável, a sua inserção em programas de reabilitação respiratória, tem um papel fundamental na saúde destes doentes”. E justifica: “uma pessoa que pratique exercício físico conseguirá manter melhor capacidade muscular e um nível de condicionamento físico que ajuda o corpo a manter uma respiração eficaz”. Por outro lado, adianta que “sendo as infeções um dos principais motivos para descompensar o controlo da DPOC, a vacinação contra a gripe, pneumonia, e não só, permitem prevenir possíveis fatores de agudização da doença”.

Em plena pandemia, o médico relembra que os riscos são maiores, pelo que todas as medidas de prevenção devem ser levadas a sério e cumpridas escrupulosamente. “O SARS-CoV2 é um vírus respiratório e que pode provocar, como infelizmente sabemos, quadros com grande repercussão a nível pulmonar, nomeadamente com a chamada pneumonia viral e a insuficiência respiratória associada. Uma vez que já existe na DPOC algum grau de atingimento, e sendo a infeção um fator de risco importante, existe o perigo do acometimento provocado pela doença seja mais sentido ou de que possa despoletar uma agudização da DPOC”, explica o pneumologista que recomenda: “distanciamento social, as medidas de higiene e a vacinação assim que possível. Sem esquecer o cumprimento da medicação da DPOC”.

“A DPOC é uma doença respiratória crónica e que não tem cura. É um facto que não podemos esconder, no entanto, há algo que deve ser dito e sublinhado: É possível viver bem com a DPOC”, reforça João Cravo. “A receita é simples: se tem DPOC, deixe de fumar ou use proteção no trabalho, cumpra a medicação e siga os conselhos que referi anteriormente”, conclui.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Análise da situação epidemiológica
Estamos numa fase decrescente da epidemia, generalizada em todas as regiões de Portugal Continental e grupos etários, mas...

À exceção da Madeira, “todas as regiões têm uma tendência de decréscimo”. Segundo o responsável, o país encontra-se numa “trajetória decrescente da epidemia”, com uma incidência cumulativa a 14 dias de cerca de 1.200 casos por 100.000 habitantes.

No encontro de análise da situação epidemiológica da COVID-19 no país, André Peralta Santos revelou que a epidemia teve o seu pico a 29 de janeiro, com uma incidência cumulativa a 14 dias de 1.669 casos por 100.000 habitantes.

No que diz respeito à mortalidade, assistimos a um aumento bastante expressivo durante o mês de janeiro e a um decréscimo na primeira semana de janeiro.

Embora exista uma diminuição dos internamentos, as hospitalizações em Unidades de Cuidados Intensivos ainda não apresentam uma tendência definida.

Para o diretor da DSIA, este “nível de confinamento parece suficiente para inverter as tendências”, mesmo nas regiões dominadas pela estirpe britânica.

 

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