APED
Sabia que a dor crónica atinge 1 em cada 3 portugueses, sendo a 2ª doença com maior prevalência em P

A dor é uma experiência individual e subjetiva que quando persiste após o período estimado para a recuperação normal de uma lesão passa a ser considerada crónica. A dor crónica afeta a qualidade de vida do doente e das famílias, não apenas devido à dificuldade ou incapacidade física, funcional e motora, mas também ao ter um grande impacto a nível pessoal e emocional, causando morbilidade, absenteísmo, dependência, ansiedade, afastamento social, fadiga, alterações do sono e apetite.

Segundo Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “retomar as atividades diárias, tanto pessoais como laborais, e realizar tarefas quotidianas para quem sofre de dor crónica pode ser bastante complicado e muitas vezes os doentes sentem-se frustrados por não conseguirem realizar tarefas simples (pelo menos, sem sentir dor) que em outrora realizavam quase inconscientemente”.

Contudo, existem algumas dicas e conselhos práticos que os doentes podem seguir para atenuar os efeitos e condições da dor crónica em diversas situações do dia-a-dia:

  • Atividade física – o exercício físico ligeiro ou moderado é fundamental no dia-a-dia para aumentar a mobilidade e contrariar o sedentarismo, para além de ajudar o doente a sentir-se ativo e útil, diminuindo o tempo em que pensa na dor. Fazer exercício regularmente, como um passeio diário ou exercícios em casa, é uma boa solução, desde que o médico esteja informado e que aprove.
  • Levantar – ao sair da cama ou do sofá, deve-se virar de lado, baixar as pernas devagar para fora da cama/sofá, ao mesmo tempo que, com os braços apoiados, se impulsiona para cima. Depois, deve-se permanecer sentado durante alguns segundos e só depois levantar lentamente, ajudando com as mãos de ambos os lados do corpo.
  • Dormir - muitas vezes, adormecer é a parte mais difícil para estes doentes, apesar do nosso corpo ter a tendência para se colocar na postura que nos é mais cómoda para aliviar a dor. Para ajudar neste processo, especialistas recomendam a utilização de almofadas cervicais e a mudança do colchão, no máximo, de 8 em 8 anos.
  • No trabalho - tendo em conta que passamos a maior parte do nosso tempo acordados a trabalhar, é fundamental adotar alguns hábitos no contexto de trabalho. Sentar numa cadeira ajustável com um bom apoio lombar para manter uma postura correta, colocar ao alcance da mão tudo aquilo que seja necessário para evitar levantar desnecessariamente, e levantar da cadeira de hora a hora e andar um pouco, são algumas medidas a tomar para evitar que a vida profissional seja afetada.
  • Acessórios – o uso de pentes de cabo longo para pentear o cabelo, de peças de roupa folgada e calçado cómodo, de calçadeiras compridas para o calçado e de acessórios que permitem calçar meias, é, também, essencial para facilitar estas tarefas.

Referências

  1. Azevedo LF, Costa-Pereira A, Mendonça L, Dias CC, Castro-Lopes JM. Epidemiology of Chronic Pain: A Population-Based Nationwide Study on Its Prevalence, Characteristics and Associated Disability in Portugal. J Pain. 2012 Aug;13(8):773-83.
  2. Kaplan, W, Wirtz, V.J, Mantel-Teeuwisse, A, et al. Priority medicines for Europe and the World: 2013 update. World Health Organization; Geneva, Switzerland. 2003.
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Patologia afeta 750 mil portugueses
Como diagnosticar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), as principais queixas associadas e como fazer uma boa gestão da...

“A DPOC é uma doença respiratória cada vez mais frequente em Portugal e no mundo. E, apesar de os dados existentes apontarem para os números já referidos, teme-se que o valor real de pessoas afetadas por esta patologia possa ser muito superior às estimativas, uma vez que ainda há pouco conhecimento sobre esta doença. Uma das justificações para este cenário é que, inicialmente, a pessoa com DPOC pode manter-se assintomática e sem queixas, o que faz com que esta doença passe muitas das vezes despercebida e sem ser diagnosticada.” explica Lilia Andrade, diretora do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Baixo Vouga.

O livro “Saiba tudo sobre DPOC” surge assim como uma ferramenta para conhecer uma doença crónica caracterizada por uma inflamação com obstrução progressiva e persistente na passagem do ar pelas vias respiratórias. O objetivo é que sirva para um reconhecimento de algumas das queixas típicas desta doença para evitar cenários de risco em que a inflamação leva à destruição dos alvéolos e conduz a problemas na oxigenação do sangue.

Frequentemente, os doentes vivem ainda com algumas das queixas típicas desta doença, mas não as associam imediatamente à DPOC ou até mesmo a doenças dos pulmões. Como consequência, a procura tardia por ajuda médica poderá dificultar o retardar da evolução da doença, caso esta tenha já uma gravidade considerável.

“Um diagnóstico precoce para a DPOC é fundamental, visto que a procura tardia por ajuda médica poderá dificultar o retardar da evolução da doença, caso esta tenha já uma gravidade considerável. Além disso, é importante reforçar que, no atual contexto de pandemia, os resultados de alguns estudos parecem demonstrar que a DPOC está associada a um risco significativo, mais de cinco vezes superior, de infeção grave pelo novo coronavírus. Uma atitude preventiva pode salvar vidas”, reforça João Cravo, especialista em Pneumologia no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e coordenador geral do livro.

Mas o livro “Saiba tudo sobre DPOC” não fica por aqui. Para garantir um estilo de vida normal aos doentes com DPOC, é possível contar ainda algumas recomendações fulcrais:  

Deixe de fumar: a cessação tabágica é a intervenção com a maior capacidade para alterar a evolução da DPOC, uma vez que o tabaco é um dos principais fatores de risco para o aparecimento e a progressão da doença;

Faça exercício: a falta de ar pode parecer a desculpa e a tentação ideal para diminuir o ritmo da sua rotina, fazendo com que adquira um estilo de vida mais sedentário, mas a realização de atividade física está associada a uma melhoria não só do funcionamento do seu coração como também a nível vascular e respiratório;

Alimente-se bem: os alimentos são o “combustível” de que o seu corpo necessita para realizar todas as atividades, incluindo respirar. Por isso, é crucial ingerir calorias suficientes para evitar que fique fraco ou com baixo peso, o que está associado a uma evolução menos favorável da doença;

Beba bastante água: através da transpiração, respiração ou ao urinar, cada pessoa perde 2 a 3 litros de água por dia, sendo importante substituir a água perdida. Para pessoas com DPOC, a hidratação é ainda mais fundamental, uma vez que ajuda a controlar a doença, diluindo o muco e facilitando a sua exteriorização;

Vacine-se: existem dois tipos de vacinação recomendada para os doentes com DPOC – a vacina antigripal e as vacinas contra agentes pneumocócicos, responsáveis pela pneumonia;

Controle a ansiedade: quando fica ansioso é provável que fique enervado, transpirando mais e respirando de forma mais rápida e superficial, o que poderá fazer com que sinta falta de ar. O ideal será não evitar as atividades habituais, adaptando-se à nova realidade sem stress e ansiedade;

Tenha cuidado com o tempo: os extremos da temperatura são geralmente sinónimo de períodos de maior desconforto para pessoas com DPOC, sendo que é no Inverno que se verifica um aumento das exacerbações e das hospitalizações em contexto de infeções respiratórias.

“É crucial educar a população para este problema e frisar que, apesar de ser incurável, é possível viver com DPOC. É esta a grande mensagem que este livro procura transmitir, sendo um apoio fundamental para doentes, cuidadores e população em geral”, frisa João Cravo.

Trabalhos de investigação
As candidaturas ao Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de...

O prémio, no valor de 5 mil euros, será entregue na Sessão de Encerramento do 27º Congresso Nacional de Medicina Interna, em maio de 2021, homenageia um Internista brilhante que dedicou grande parte da sua vida ao estudo dos lípidos, o Dr. Pedro Marques da Silva, a quem foi atribuído o Prémio Nacional de Medicina Interna 2020.

Podem concorrer trabalhos de investigação na área do Risco Cardiovascular, no período que compreendido entre o início de novembro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. As candidaturas devem ser enviadas para a sede da SPMI, através do email [email protected].

A apreciação das candidaturas será feita por um júri de cinco elementos, presidido pelo Professor Mário Espiga de Macedo, com dois membros da Direção da SPMI e outros dois do Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular (NEPRV).

 O regulamento pode ser consultado em: https://www.spmi.pt/premio-de-risco-cardiovascular-dr-pedro-marques-da-silva/

 

 

Medidas de confinamento
Entrevistado pela Executive Digest, o Presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia explicou...

Segundo o especialista, os números estão a descer, no entanto, o número de doentes internados em enfermaria e UCI mantém-se altos. “O período dos 15 mil casos diários não é a realidade atual, o que é uma boa notícia, o que falta é a descida dos indicadores como internamentos em enfermaria e UCI que ainda continuam e vão manter-se ainda com alguma pressão”, referiu à publicação.

Quanto a uma possível reavaliação das medidas, que poderá acontecer esta semana com a renovação do Estado de Emergência, o responsável indica que as restrições em vigor devem manter-se. “Não podemos tirar ainda grandes elações, portanto talvez seja de manter o que temos até que se manifeste de forma mais clara a descida, sobretudo na pressão dos serviços”.

Embora estejamos “a colher os frutos das medidas que foram implementadas há duas semanas”, o especialista apela a que não se cometam “os erros do passado” e aconselha cautela. “Recordo que antes do Natal também estávamos em torno dos três mil casos diários e depois sabemos o que aconteceu, convém não baixar a aguarda”, refere na entrevista.

Questionado sobre a reabertura das escolas, Ricardo Mexia defende que “é importante consolidar os ganhos do ponto de vista da redução do número de casos e depois planear essa retoma de forma faseada, talvez começando pelos mais novos e depois ir chegando aos outros níveis de ensino”.

Para o especialista em Saúde Publica tomar decisões precipitada não é “boa ideia”. “Temos de ter a certeza que conseguimos reduzir a pressão nos serviços de saúde, antes de pensar em aliviar restrições, ou de que forma é que isso pode ser feito”, reforça. 

7º Seminário de Oncologia Pediátrica Online
Como está o diagnóstico, tratamento e sobrevivência das crianças e adolescentes com doença oncológica em tempo de Covid-19?...

Pais, familiares, cuidadores ou amigos de crianças e adolescentes com cancro podem inscrever-se aqui e assistir, de forma gratuita, ao seminário.

“Num cenário de tanta incerteza há uma coisa que sei: em Portugal continuamos a ter todos os dias, pelo menos, uma família confrontada com o diagnóstico de cancro de um filho. São cerca de 400 casos diagnosticados todos os anos. Famílias estas que, neste tempo de pandemia, se encontram ainda mais vulneráveis e preocupadas com o bem-estar dos seus filhos. É para estas famílias que estamos a trabalhar hoje, em fase de pandemia, e é para estas famílias que vamos continuar a trabalhar depois,” começa por explicar Cristina Potier, diretora-geral da FROC. “É a necessidade de informar e esclarecer estas famílias que nos leva a organizar estes seminários anualmente. Este ano num formato online mas com o mesmo objetivo: esclarecer, através de profissionais e peritos credíveis, e através de partilha de testemunhos.” 

O primeiro grande tema em destaque é o diagnóstico, tratamento e sobrevivência de crianças e adolescentes com doença oncológica em tempo de pandemia onde através dos seus diretores será explicada a forma como se adaptaram os vários hospitais serviços de oncologia pediátrica do país. “Contaremos também com a visão do lado das famílias, através da Associação Acreditar, e de um testemunho de uma mãe,” acrescenta Cristina Potier.

A importância de brincar e dos momentos lúdicos é o segundo tema em destaque e, como explica Cristina Potier: “Este é um tema fundamental durante as várias fases do tratamento da criança ou adolescente. Teremos também presente neste painel a Maria de Jesus Moura, diretora da Unidade de Psicologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil a dar o um testemunho de alguns projetos de carácter lúdico presentes nos serviços de oncologia pediátrica em Portugal.”

Neste seguimento, o terceiro tema a ser abordado é a realidade das aulas à distância porque “é um desafio encontrar formas e estratégias de motivar as crianças, os seus familiares e os próprios professores para o ensino online. Apesar de todos os serviços de oncologia pediátrica terem professores destacados, a realidade das aulas à distância é uma realidade para as crianças com doença oncológica já há muito tempo, apesar da resposta nem sempre ser a melhor. O objetivo deste painel é falar sobre a forma de motivar crianças, famílias e professores para a realidade do ensino online e tirarmos todos o melhor partido dela,” acrescenta Cristina Potier. Neste painel destaca-se a presença do psicólogo Eduardo Sá, e de professoras, Magda Cabral, do IPO de Lisboa, e Mafalda Lapa, de uma escola secundária dos arredores de Lisboa.

Os vários painéis terão sempre a partilha de testemunhos de pais ou sobreviventes.

“Neste seminário teremos uma realidade diferente'', continua a explicar Cristina Potier que “em vez de termos os participantes num auditório, estarão em casa, ou no hospital, com os filhos. Por isso criámos vários momentos lúdicos direcionados para as próprias crianças, como a hora do conto, pela Livros Horizonte, Nuvem Vitória, uns momentos de animação com a Operação Nariz Vermelho, entre outros.”

Por último, “mas não menos importante”, haverá ainda tempo para falar das atualizações em investigação na área de oncologia pediátrica, com Isabel Oliveira da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica e Ximo Duarte, Pediatra no Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil.

No decorrer do seminário serão apresentados os vencedores e menções honrosas, da 5ª edição do Prémio Rui Osório de Castro/Millennium BCP, que apoia, com o valor de 15.000€, projetos que promovem a melhoria dos cuidados prestados a crianças com doença oncológica.

“É um seminário aberto a todos pois, apesar do programa ser sempre criado a pensar nas famílias, qualquer pessoa poderá participar, como voluntários, estudantes, profissionais de saúde, assistentes sociais e profissionais de outras organizações sociais que trabalham na área” termina a diretora-geral da FROC.

Síndrome do "rabo plano"
As consequências negativas do sedentarismo, como a obesidade ou patologias cardíacas, não são novas para ninguém. O que pode...

A amnésia glútea é considerada uma síndrome onde, tal como o nome indica, os músculos que constituem as nádegas parecem estar adormecidos. As consequências podem ser devastadoras para o corpo devido ao facto de outros músculos começarem a compensar as falhas dos glúteos, alterando toda a mecânica do nosso organismo.

Trata-se de um problema de saúde que deve ser tido em consideração e tratado o mais rapidamente possível, para não haver um comprometimento da postura. É aconselhada a prática de exercício físico regular e alguns exercícios específicos para os glúteos, bem como a adoção de uma alimentação saudável – o excesso de peso também exerce uma pressão adicional sobre os glúteos. Mas a nível estético também há consequências! Resultado da degradação da massa muscular, surge a flacidez e, na maioria dos casos, a indesejada celulite.

O tratamento Morpheus8, a nova tecnologia de remodelação corporal minimamente invasiva, permite que haja uma regeneração da pele, levando a uma maior produção de colagénio, redensificação da derme e à redução da celulite. O grande elemento diferenciador é o facto de este ser um tratamento de radiofrequência fracionada (RF), atuando sobre o tecido subdérmico corporal. Combina a RF fracionada com o uso de 40 microagulhas ultrafinas, que penetram nas camadas mais profundas da pele, contribuindo para um efeito três em um: coagulação da gordura, retração do tecido conjuntivo e aquecimento no tecido subnecrótico. Este tratamento estimula a produção de colagénio e reorganiza a matriz extracelular da pele, produzindo um efeito antienvelhecimento. De referir que a RF fracionada é um método comprovado e cientificamente aprovado pela FDA. 


O antes e depois do tratamento 

“É bastante vantajoso trabalhar com um equipamento que nos permite tratar diversas patologias com eficácia, sendo as mais importantes a flacidez cutânea, a celulite e as estrias. Como o Morpheus8 permite que haja uma regeneração de colagénio, há uma melhoria na flacidez da pele, na sua textura (estrias), assim como remodelação do tecido e rutura dos septos fibrosos, o que é bastante eficaz na celulite. E como é que ele consegue atuar em diferentes camadas da pele? Porque é uma radiofrequência fracionada com diferentes milímetros de penetração conforme a patologia a tratar, podendo chegar aos 7mm e um efeito térmico de até 9mm. Isto significa que não há cortes diretos na pele e as cicatrizes são mínimas”, afirma Ana Sousa, da Clínica Dra Ana Sousa, no Porto.

Uma das grandes vantagens é o processo de recuperação após o tratamento: no dia seguinte, o paciente já poderá realizar as suas tarefas diárias sem preocupações. Os primeiros resultados podem ser visíveis poucos dias após a primeira sessão e melhoram progressivamente ao longo dos três meses seguintes. Aliado a este tratamento, deve haver um combate ao sedentarismo e a manutenção de um estilo de vida saudável.

Resultado dos testes são comunicados ao SINAVE
A INOCROWD, já conhecida plataforma de inovação aberta que procura ajudar as organizações a encontrarem soluções inovadoras...

Este desafio foi superado e a Trapézio de Sucesso, através de profissionais de saúde certificados leva os testes de deteção de Covid-19 ao cidadão à distância de uma simples mensagem ou chamada telefónica. A parceria da Trapézio do Sucesso powered by InoCrowd com a Glovo vai permitir a marcação para a realização de testes rápidos de Covid-19 ao domicílio por profissionais de saúde através da aplicação. Nesta primeira fase, o serviço está disponível na zona da Grande Lisboa, Oeiras e Cascais, mas o objetivo a curto-prazo passa por alargar a outras áreas urbanas.

Os testes rápidos que serão usados são da marca Swedicine, têm uma precisão de 98% e permitem resultados em 15 minutos. Para a realização do teste, o utilizador terá de fazer em primeiro lugar, um pedido na aplicação da Glovo. Poucos minutos depois será contactado pelo profissional de saúde para que possam agilizar a sua ida ao local onde se encontra.  Os utentes/doentes recebem um certificado por email na altura da realização do teste e o resultado dos testes são comunicados ao SINAVE, de acordo com a norma conjunta da DGS, Infarmed e INSA.

Na opinião de Soraya Gadit “esta parceria com a Glovo é extremamente importante, pois proporciona às pessoas a realização de testes rápidos de Covid-19 no conforto das suas casas sem a necessidade de estas se deslocarem para os centros de diagnóstico, centros de saúde ou mesmo para os hospitais sobrelotados para saberem se têm Covid-19 ou não. Esta iniciativa tem como missão poder contribuir para reduzir o número de contágios e ajudar no controlo da pandemia no nosso país.”

Ricardo Batista, Country Manager da Glovo em Portugal afirma que “Estamos muito satisfeitos que a Trapézio do Sucesso powered by InoCrowd tenha a Glovo como a plataforma digital que irá colocar em contacto os seus profissionais de saúde com os utilizadores portugueses para oferecer este serviço ao domicílio, evitando deslocações desnecessárias, especialmente aos centros de saúde. O nosso foco é apoiar os utilizadores e ajudá-los a enfrentar a situação atual de forma segura.”

A Glovo está já a realizar um projeto semelhante em República Checa e na Polónia com bastante sucesso e esperam iniciar o mesmo conceito com esta empresa Portuguesa.

Plano de Vacinação Covid-19
O Plano de Vacinação contra a Covid-19 na região Centro, para pessoas com mais de 80 anos ou de 50 anos com doenças associadas...

Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques, está convencida de que até ao final do mês de março será possível ter os “mais idosos ou mais frágeis” vacinados em simultâneo com as duas doses.

Segundo a responsável, que prestava declarações à comunicação social durante a apresentação do plano de vacinação da região, os centros de vacinação vão estar instalados em Coimbra, Oliveira do Hospital (Coimbra), Leiria, Viseu, Sever do Vouga (Aveiro), Fundão e Proença-a-Nova (Castelo Branco), além de Sabugal (Guarda).

“As pessoas serão vacinadas partindo dos de maior idade para os de menor idade, sempre tendo em conta também as respetivas comorbilidades, no sentido de darmos estabilidade, conforto, sossego e conforto aos nossos idosos e às pessoas mais frágeis, que é um desígnio para todos nós”, explicou citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde.

Na sexta-feira, será o início simbólico do processo para estes dois grupos com a vacinação de 1.500 pessoas, de um universo regional de 150 mil cidadãos com mais de 80 anos e 90 mil com mais de 50 anos e doenças associadas.

De acordo com o Diretor do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego José Luís Biscaia, já chegaram as vacinas da AstraZeneca e o processo entrará depois em “velocidade de cruzeiro”.

Os utentes vão ser contactados com antecedência para a vacinação por mensagem, através do número 2424, com o seu nome e o local de vacinação, caso as pessoas não tenham telemóvel serão contactados por telefone pelas unidades de saúde, explicou José Luís Biscaia.

“Ninguém ficará de fora”, assegura, salientando a existência de “parcerias virtuosas” com as autarquias para a criação de espaços de vacinação, uma vez que os Centros de Saúde não têm capacidade física para responder às necessidades do plano.

Até sexta-feira, a ARS Centro deverá terminar em toda a região Centro a segunda dose de vacinação nos lares e Estruturas Residenciais para Idosos.

 

Doença rara
O Linfoma Cutâneo de Células T é um tipo de cancro que que afeta os linfócitos do tipo T.

Os linfomas cutâneos são raros, estimando-se que, todos os anos, afetem 1 em cada 100 mil pessoas nos países ocidentais. E, apesar de se tratarem de um tipo de cancro, em muitos casos apresentam um crescimento lento, sem afetar esperança média de vida do doente.  

No caso do Linfoma Cutâneo de Células T (LCCT), este é duas vezes mais frequente no sexo masculino, sobretudo após os 50 anos de idade. Acima dos 70, o número de casos aumenta quatro vezes mais.

Quanto aos sintomas, embora a experiência de cada doente seja única, o LCCT apresenta-se como uma irritação na pele, que pode incluir pele seca, vermelhidão, manchas descamativas, placas, tumores e prurido ou sensação constante de queimadura.

Este tipo de cancro pode estender-se para além da pele e afetar o sangue de forma insidiosa.  Pode ainda afetar os nódulos linfáticos, influenciando negativamente o sistema imunitário e, mais raramente, atingir os órgãos internos.  

Em todo o caso, os dados revelam que a maioria dos doentes com LCCT terá linfoma indolente, o que significa que este se comportará como uma doença crónica de crescimento lento. 

Resta ainda sublinhar que, embora não seja curável, esta é uma doença altamente tratável em todos os estágios, não sendo, geralmente, fatal. 

De acordo com a sua classificação, existem dois subtipos principais de LCCT: a micose fungóide e a síndrome de Sézary. 

Micose fungóide e Síndrome de Sézary

A micose fungóide é a forma mais comum de Linfoma Cutâneo de Células T, correspondendo a 50-70% de todos os casos. Do total, apenas cerca de 12% apresenta-se em estágio avançado.  

A micose fungóide é mais frequente no sexo masculino, sobretudo entre a população africana e com mais de 50 anos.

Entre os principais desafios deste tipo de LCCT, está o facto de estes não apresentarem as mesmas manifestações clínicas em todos os doentes. Estas podem surgir em qualquer parte do corpo, mas tendem a afetar áreas da pele protegidas do sol pela roupa. As lesões podem apresentar-se como manchas, lisas ou escamosas, à semelhança de uma erupção cutânea; como placas, mais espessas, elevadas e geralmente escamosas; ou como tumores (saliências ou nódulos que podem ou não ulcerar).

Nos seus estágios iniciais, é referido que muitos dos doentes apresentam apenas sintomas cutâneos que podem incluir vermelhidão, erupções cutâneas e manchas menores. No entanto, com a progressão da doença, áreas mais extensas da pele são atingidas e as suas manifestações são mais intensas.

Por outro lado, em alguns casos, a micose fungóide pode progredir para os gânglios linfáticos e órgãos internos num processo longo, que pode durar anos.

Quanto à síndrome de Sézary esta não é tão comum, estimando-se que afete menos de 5% das pessoas com LCCT.  Tal como a micose fungóide, a sua incidência aumenta com a idade, sendo mais comum entre os homens.

É uma forma leucémica de LCCT, o que quer dizer que a doença está presente também no sangue.

Nestes casos, a erupção cutânea afeta 80% de toda a extensão da pele, fazendo-se acompanhar de um prurido intenso. Mais frequentemente, o LCCT pode-se espalhar para os gânglios linfáticos e/ou órgãos internos. 

O diagnóstico é feito através da realização de exames laboratoriais que classificam as células e as caracterizam, havendo uma série de técnicas que se complementam para identificar a célula que está envolvida e para classificar o linfoma no final, nomeadamente, a anatomia patológica, a citometria de fluxo, a citologia, a genética molecular e a citogenética.

Opções de tratamento

Há uma série de fatores que influenciam as decisões sobre o tratamento do LCCT, como é o caso da extensão da lesão na pele, o tipo de lesão e se o cancro se espalhou para sangue, nódulos linfáticos ou outros órgãos internos. Por outro lado, dependendo dos sintomas, estágio da doença ou estado de saúde do doente, a terapêutica escolhida pode diferir de caso para caso.

Estes tratamentos podem ser dirigidos à pele ou a todo o corpo.  Os tratamentos tópicos, por exemplo, são a primeira linha de tratamento, podendo ser usados na micose fungóide. A fototerapia ou o uso de luz ultravioleta para diminuir a inflamação da pele também foram comprovados como tratamentos eficazes. 

Quando é necessário tratar o corpo todo, tem de se recorrer a tratamentos sistémicos, como é o caso da quimioterapia, administrados por via oral, injetados ou infundidos.

Referências: 

Cutaneous T-Cell Lymphoma. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/cutaneous-t-cell-lymphoma.
A Patient’s Guide to Understanding Cutaneous Lymphoma. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/sites/default/files/2017-08/2013_guide.pdf
Cutaneous T-Cell Lymphoma. Leukemia & Lymphoma Society. https://www.lls.org/sites/default/files/file_assets/PS96_CTCL_Booklet_Final.pdf.
Mycosis Fungoides. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/mycosis-fungoides
Sézary syndrome. Cutaneous Lymphoma Foundation. https://www.clfoundation.org/sezary-syndrome
https://eg.uc.pt/bitstream/10316/34084/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Final%20-%20Ema%20Neto.pdf
https://lymphoma-action.org.uk/sites/default/files/media/documents/2019-06/Portuguese%20%28Portugal%29_Cutaneous%20lymphoma%20-%20patient%26%23039%3Bs%20guide%20-%20source%20document%20-%20final%20version%20-%2016%20April%202019.pdf

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vacina contra a Covid-19
A 2ª fase de vacinação na região do Alentejo arranca hoje nos centros de saúde de Elvas (Portalegre) e Grândola (Setúbal) Esta...

De acordo com o Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, a ARS do Alentejo recebeu 1.500 doses da vacina contra a covid-19 para o arranque desta 2.ª fase de vacinação na região. Tendo sido distribuídas, “em proporção” com as pessoas com critérios de vacinação, pelos centros de saúde daqueles dois concelhos alentejanos.

“Esta primeira tranche” de vacinas não chega, no entanto, para todos os que têm critérios de vacinação nos dois concelhos, explicou José Robalo, deixando a garantia e que os restantes utentes vão ser vacinados assim que chegarem mais vacinas. O Presidente da ARS sublinhou que “o processo é contínuo” pelo que todas as pessoas serão vacinadas.

José Robalo realçou, em declarações à agência Lusa, dia 8 de fevereiro, que, se o arranque desta fase “correr bem” no que respeita à “marcação e vacinação”, o processo pode iniciar-se faseadamente no Alentejo Central e no Baixo Alentejo, com prioridade para os “concelhos com maior incidência da doença” da Covid-19.

José Robalo espera que “tudo dentro da normalidade. “Temos quase 33 mil vacinas administradas na região. Já é quase um processo de desenvolvimento em que os profissionais têm capacidade para dar resposta dentro daquilo que for considerado”, referiu.

Covid-19
A afluência de cidadãos infetados pela Covid-19 ou com sintomas suspeito, às urgências de Torres Vedras e Caldas da Rainha,...

Nas enfermarias dedicadas à Covid-19 em Torres Vedras e Caldas da Rainha, estão hoje ocupadas 134 das 142 camas existentes, motivo pelo qual o CHO deixou de transferir doentes para outros hospitais, explicou à agência Lusa a mesma responsável. O CHO não possui unidade de cuidados intensivos, o que obriga também a transferir doentes mais críticos para outras unidades.

Nos últimos meses, a capacidade de internamento para doentes Covid-19 aumentou, tendo atingido as 142 camas (80 em Torres Vedras e 62 nas Caldas da Rainha), o que representa 59% de todo o internamento nas duas unidades.

O CHO apelou para que os cidadãos se dirijam de preferência aos centros de saúde da região de modo a que os hospitais respondam apenas a casos de doença aguda.

O Centro Hospitalar do Oeste integra o Hospital Distrital Caldas da Rainha, o Hospital Distrital Torres Vedras e o Hospital São Pedro Gonçalves Telmo – Peniche.

 

Ministra da Saúde
A Ministra da Saúde, Marta Temido, fez esta segunda-feira o ponto semanal de situação da evolução do plano de vacinação contra...

De acordo com os dados apresentados pela ministra, Portugal recebeu até ao final da semana passada 493.050 doses de vacinas: 450.150 foram entregues no Continente e o restante nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. O primeiro lote de vacinas da AstraZeneca, com 43.200 doses, chegou ontem ao país.

Sobre a entrega de vacinas, Marta Temido revelou que Portugal já recebeu mais 87.750 doses da Pfizer, estando ainda prevista uma entrega de mais 22.800 doses da Moderna. Na totalidade, Portugal prevê receber cerca de “1,9 milhões de doses de vacinas até ao final do primeiro trimestre”, referiu aos jornalistas.

Quanto ao processo de vacinação, a Ministra da Saúde anunciou que está previsto vacinar mais 120 mil pessoas entre idosos, profissionais de saúde e pessoas com mais de 80 anos ou entre os 50 e os 79 anos com comorbilidades associadas, durante esta semana.

Processo de convocação alargado a todo o país

Depois de ter iniciado a vacinação do segundo grupo em algumas cidades, a Ministra da Saúde garantiu que “todo o país está já a agendar e convocar pessoas para vacinação”.

Segundo a governante, “serão 957 mil as pessoas dentro do segundo grupo de prioritários a vacinar e os centros de vacinação estarão por todo o país”. “Amanhã abrem mais 59 unidades” onde a vacinação deverá ocorrer.

Até agora, acrescenta, foram realizados 2.380 agendamentos. “Processo vai ser expandido ao longo das próximas semanas consoante a capacidade de vacinas”, referiu.

No total já foram enviadas 1.677 SMS, mas apenas 902 pessoas responderam “sim”. Em relação aos portugueses sem médico de família Marta Temido acrescentou que foram já emitidas “4.140 declarações médicas”.

Para todos os portugueses acima de 50 anos com outras doenças ou mais de 80 anos haverá “um simulador onde poderá confirmar se está na lista”. Caso não esteja, explicou Marta Temido, poderá contactar os serviços de saúde para ser incluído.

Workshop online
Num workshop dedicado à Covid-19, pela International Coalition of Medicines Regulatory Authorities (ICMRA), reguladores de...

De acordo com estas entidades, como as vacinas Covid-19 estão a ser autorizadas e distribuídas em todo o mundo, os reguladores devem garantir que sua segurança e eficácia sejam continuamente monitorizadas, inclusive quando usadas por populações especiais, como gestantes, crianças e pacientes imunossuprimidos. As evidências do mundo real geradas por pesquisas observacionais são fundamentais para a compreensão dos benefícios e riscos dos medicamentos para a prevenção e tratamento da Covid-19 no uso cotidiano por pacientes e médicos.

Os participantes do encontro partilharam informações sobre iniciativas em andamento sobre estudos observacionais sobre a Covid-19 derivados de dados do mundo real em vários países e regiões ao redor do mundo. Foram identificadas as principais conclusões dessas atividades e oportunidades de colaboração internacional. Os reguladores também discutiram os progressos feitos na construção internacional de coorte, estudos de gravidez e vigilância e vigilância de vacinas durante a pandemia.

O encontro foi baseado na experiência e conhecimento adquiridos a partir de uma série de workshops do ICMRA sobre pesquisa observacional Covid-19 realizadas em 2020. Participaram do workshop virtual 28 autoridades reguladoras de medicamentos e especialistas da Organização Mundial da Saúde.

A discussão foi moderada por Kelly Robinson, diretora-geral da Direção de Produtos de Saúde Comercializada da Health Canada e Peter Arlett, Chefe da ‘task-force’ de Análise de Dados e Métodos da EMA.

A próxima reunião do ICMRA sobre a pesquisa observacional Covid-19 está marcada para abril de 2021.

Ponto da situação
Marta Temido anunciou que Portugal recebeu hoje mais 87.750 doses da vacina contra a covid-19 da BioNTech/Pfizer, prevendo-se...

“Hoje foi (…) recebida uma nova entrega de vacina da BioNTech/Pfizer, uma quantidade 87.750 doses, e, para esta semana, no calendário de entregas, está ainda prevista uma outra entrega, no final da semana, da vacina Moderna, com uma encomenda de 22.800 doses”, afirmou Marta Temido após reunião, por videoconferência, com a ‘tasl force’.

Neste ponto de situação a ministra da Saúde revelou que, “até ao final da semana passada, foram recebidas em Portugal 493.050 doses de vacinas contra a covid-19 e, desse total, 450.150 foram entregues no continente”.

“Foi ontem [domingo] recebida a primeira entrega de vacina da companhia farmacêutica AstraZeneca, numa quantidade de 43.200 doses”, disse a ministra, realçando que “esta é a atualização genérica de vacinas entregues até à data” no país.

Marta Temido acrescentou que, “de acordo com aquilo que são as entregas” que o Governo tem confirmadas até à data, “para o primeiro trimestre está em causa um total de cerca de 1,9 milhões de doses de vacinas”.

“Portanto, há ainda quantidade que estavam contratadas e cuja entrega está por confirmar, o que se espera que aconteça”, esclareceu.

 

Eficácia da vacinação contra a Covid-19
Os Serviços de Saúde Ocupacional e Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em articulação, estão a...

De acordo com a nota de imprensa, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) relembra que se encontra em processo de vacinação de todos os seus funcionários, “tendo já sido vacinados 4.458 (55%), o que representa mais de metade da população ativa desta instituição”.

A vacinação para a Covid-19, realizada com 2 doses de vacina (Pfizer), com intervalo de 3 semanas, explica o CHUC, “desenvolve dois tipos de imunidade: a imunidade celular e a imunidade humoral, sendo esta última mais fácil de avaliar através de doseamento de anticorpos tipo Imunoglobulina G, anti-SARS-COV-2, (anti-espícula)”.

Com o objetivo de monitorizar a eficácia da vacinação, os Serviços de Saúde Ocupacional e Patologia Clínica do CHUC, em articulação, “estão a levar a cabo um estudo serológico alargado”.

Este estudo, sublinha o Centro Hospitalar, “com uma adesão praticamente total, é constituído por uma determinação pré-vacinal que permite a avaliação do estado basal da população, seguida da avaliação pós-vacinal, com o objetivo de determinar a intensidade da resposta serológica à vacina, e das quais apresentamos aqui já alguns dados preliminares”. Estas fases vão ser complementadas com a avaliação ao longo de um ano, “permitindo assim monitorizar a duração da resposta humoral, através de determinações seriadas do título de anticorpos específicos para SARS-CoV-2, aos três, aos seis e aos 12 meses”.

De acordo com o CHUC, “na avaliação basal da população da instituição, candidata às primeiras fases de vacinação, cerca de 4,8% apresentavam já anticorpos, em título significativo tendo, na sua maioria, apresentado situações frustes e aparentemente assintomáticas”.

Na primeira avaliação pós vacinal, dos cerca de 2100 funcionários vacinados (primeiro grupo que aderiu e já com as duas doses), cerca de 97% respondeu de forma adequada produzindo anticorpos em níveis elevados garantindo assim, com elevado grau de probabilidade, uma proteção contra a estirpe para a qual foi desenvolvida esta vacina.

“Assinale-se que a esta nossa avaliação se vão juntar, até ao final desta semana, mais cerca de 1700 funcionários ficando, assim, o CHUC com uma avaliação realizada em 3800 dos seus profissionais”, esclarece o centro hospitalar em nota de imprensa.

Por outro lado, refere que “foi verificada ainda uma ligeira variabilidade do título de anticorpos em função da idade, com os mais jovens a produzirem, em média, ligeiramente mais anticorpos podendo justificar algumas reações secundárias à vacina, mais exuberantes; os raros casos de ausência total de resposta à vacina, ou os que responderam com títulos muito baixos de anticorpos, na maioria das situações apresentaram alguma forma de imunossupressão e/ou patologias crónicas associadas”.

Os Serviços de Patologia Clínica e Saúde Ocupacional vão dar continuidade à monitorização serológica aos três, seis e 12 meses, visando sobretudo confirmar a duração da imunidade bem como a determinação do timing certo para uma possível revacinação, afirma o CHUC.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 196 mortes e 2.505 novos casos de infeção por Covid-19. Desde o início do ano que não...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 100 das 196 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 38 e norte com 32. No Alentejo há 19 mortes a lamentar e no Algarve quatro.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira registou três mortes desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 2.505 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.760 novos casos e a região norte 379. Desde ontem foram diagnosticados mais 177 na região Centro, no Alentejo 60 casos e no Algarve mais 61. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 58 infeções e no dos Açores 10 novos casos.

Desde o início da pandemia, já foram confirmadas 767.919 infeções pelo novo coronavírus.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.344 doentes internados, mais 96 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos têm atualmente mais 877 doentes, mais 12 desde o último balanço.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 6.755 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 612.921 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 140.644 casos, menos 4.446 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 6.535 contactos, estando agora 180.905 pessoas em vigilância.

Direção Geral da Saúde
Até novos dados estarem disponíveis, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que a vacina contra da Covid-19 da AstraZeneca...

Em nota divulgada hoje, a DGS refere ainda que “se foi administrada a primeira dose a uma pessoa que tenha estado infetada por SARS-CoV2, não deve ser administrada a segunda”. E caso só esteja disponível estava vacina, “a vacinação de uma pessoa com 65 anos ou mais de idade deve ser atrasada”.  

Na mesma norma, a DGS observa que o esquema vacinal recomendado para esta vacina da Astrazeneca é de duas doses com intervalo de 12 semanas e lembra que, se após a primeira dose for confirmada infeção por SARS-CoV-2, não deve ser administrada a segunda dose.

Se houver atraso em relação à data marcada para a segunda dose, ou, por qualquer motivo esta não puder ser administrada, “a mesma será administrada logo que possível”. O esquema vacinal deve ser completado com uma dose de vacina da mesma marca, sublinha.

Por outro lado, autoridade nacional de saúde recorda que “as pessoas com sintomas sugestivos de covid-19” não devem dirigir-se à vacinação sem que seja excluída a infeção por SARS CoV-2 e que as que estiverem em isolamento profilático “devem adiar a vacinação para quando este terminar”.

Se desenvolverem sintomas e for confirmada a infeção por Sars-CoV-2, não serão priorizadas para a primeira dose da vacina e não será administrada a segunda dose se já tiverem recebido a primeira dose, esclarece.

A DGS refere ainda que não está estudada a interação da vacina da AstraZeneca com outras, mas, uma vez que se trata de uma nova vacina e “para permitir a valorização de eventuais efeitos adversos, a administração desta vacina deve, sempre que possível, respeitar um intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas”.

 

 

Doenças neurológicas degenerativas
“BRinging Artificial INTelligencE home for a better cAre of amyotrophic lateral sclerosis and multiple SclERosis” – Brainteaser...

A Universidad Politécnica de Madrid lidera o consórcio composto por 11 parceiros de Espanha, Itália, Portugal, Sérvia, Irlanda e Bélgica. A FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências, através do LASIGE, uma unidade de investigação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), participam neste consórcio, assim como o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes da Universidade de Lisboa.

Nos próximos quatro anos, o consórcio Brainteaser irá estudar 300 utentes diagnosticados com ELA e EM inscritos em quatro centros clínicos localizados em Itália, Espanha e Portugal. Os doentes serão monitorizados através de sensores e aplicações inteligentes, com o intuito de implementar serviços de medicina personalizada, possibilitando a autogestão dos doentes.

Brainteaser vai usar sistemas de Inteligência Artificial para processar os dados destes doentes. O objetivo é modelar a evolução da doença de forma mais eficiente e eficaz. “Por meio de um sistema simples de sensores e aplicações inteligentes, pretendemos levar as vantagens da inteligência artificial diretamente ao doente, integrando modelos de previsão de risco de curto e longo prazo, auxílio à decisão clínica e prevenção”, diz Barbara Di Camillo, membro do consórcio e professora da Universidade de Padova, em Itália.

Os dados recolhidos – informação clínica, ambiental, socioeconómica, atitudes e estilo de vida - serão integrados em modelos de inteligência artificial abrangentes e que permitam uma abordagem preditiva da saúde. “Vamos contribuir para avaliar a progressão da doença e avançar na intervenção médica para prevenir o declínio e manter os doentes com ELA e EM mais saudáveis”, diz Maria Fernanda Cabrera, coordenadora do projeto, fundadora do LifeSTech e professora da UPM.

A primeira reunião do consórcio aconteceu no final de janeiro. Sara C. Madeira, professora do Departamento de Informática, investigadora do LASIGE Ciências ULisboa e membro deste consórcio refere que “teremos oportunidade de trabalhar com dados de doentes portugueses, italianos e espanhóis, integrando uma equipa multidisciplinar nas áreas da inteligência artificial e da medicina; sendo a ELA e a EM doenças complexas incuráveis em que a heterogeneidade dos doentes coloca inúmeros desafios à aprendizagem de modelos automáticos de prognóstico, é uma oportunidade única para contribuir do ponto de vista científico num projecto que esperamos tenha um elevado impacto societal”.

A ELA e a EM são doenças neurológicas degenerativas muito complexas (afetam o sistema nervoso, são doenças crónicas, progressivas e modificam a qualidade de vida dos doentes e seus familiares) e têm uma evolução, prognóstico e terapias muito diferentes.

Sessão online
Com o momento especial do parto a aproximar-se, chega o desafio de fazer a mala da maternidade com tudo o que é necessário para...

Quais são os essenciais para a mãe e para o bebé? O pai também deve estar preparado para a maternidade? E aquele produto que não tenho a certeza se devo levar? De que forma posso tornar a maternidade mais sustentável, sem desperdícios? Cláudia Xavier, Especialista em Saúde Infantil e Pediatria e Conselheira em Aleitamento Materno, estará presente para ajudar a fazer a mala da maternidade e a preparar com antecedência todos os essenciais para quando for a hora.

E porque o momento que se segue ao nascimento do bebé é muito importante e pode ser desafiante para o casal, haverá ainda espaço para conversar sobre a dinâmica familiar com Bárbara Sousa, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia. Sob o mote “Como gerir a vida de casal após o nascimento do seu bebé?”, a especialista esclarecerá dúvidas sobre a transição para a parentalidade e como manter a satisfação e o bem-estar do casal. 

Na sessão online do dia 10 de fevereiro, os futuros pais poderão ainda acompanhar a visita da atriz Sofia Arruda ao mundo das células estaminais. Será uma oportunidade para perceber de que forma estas células, presentes no cordão umbilical do bebé e que apenas podem ser colhidas no momento do parto, podem proteger o bebé no futuro e conhecer ainda as respostas às dúvidas da atriz, que são também as mais comuns, sobre o processo de criopreservação com um especialista em células estaminais da Crioestaminal.

 As sessões online das Conversas com Barriguinhas realizam-se todas as semanas e têm como objetivo ajudar as grávidas portuguesas a preparar a chegada do seu bebé, a partir do conforto da sua casa.

 Fique a conhecer as datas das próximas Conversas com Barriguinhas aqui.

 

Programa dinamizado em formato online
Cerca de 500 alunos do Agrupamento de Escolas Abel Salazar, em Matosinhos, viram integrar este ano letivo, no seu horário...

Nos dias que correm, torna-se ainda mais fundamental educar crianças e jovens a ver o mundo, de dentro para fora. Ser agente de mudança na área da educação socioemocional foi, desde sempre, o propósito da Mente de Principiante, uma associação com sede na Maia, que promove o bem-estar integral, sobretudo, em contexto escolar e comunitário.

A missão e projetos desenvolvidos têm sido reconhecidos a nível nacional, mas a maior conquista acontece com a integração do Programa “Calmamente® – Aprendendo a Aprender-se” em horário curricular em escolas públicas. O projeto de educação socioemocional que está agora a ser implementado foi ainda selecionado entre mais de 300 candidaturas, para integrar o projeto Academias Gulbenkian do Conhecimento, contando com o apoio da Fundação no seu cofinanciamento e no acompanhamento permanente durante a sua intervenção.

Promover a literacia emocional nos cerca de 500 alunos integrados no projeto, bem como, potenciar competências de comunicação, empatia e resolução de problemas são os grandes objetivos do Programa que envolve a participação dos alunos dos 3º, 4º e 5º anos de escolaridade do Ensino Básico das Escolas Ermida, Padre Manuel Castro, Igreja Velha e Maria Manuela de Sá, do Agrupamento de Escolas Abel Salazar, em São Mamede de Infesta, Matosinhos.

“Motiva-nos a partilha, o equilíbrio, o conhecimento e a emoção. Este é o lema da nossa Academia Mente de Principiante. Com base neste princípio, levamos às crianças e jovens ferramentas fundamentais nos domínios do autoconhecimento, do desenvolvimento emocional e social, um trabalho educativo que encaramos de valia acrescida nesta fase difícil que todos atravessamos.”, sublinha Andreia Espain, fundadora da Associação Mente de Principiante e responsável pela autoria e coordenação do programa ‘Calmamente® - Aprendendo a Aprender-se’ e da criação de vários programas e materiais pedagógicos com a insígnia HAPPY ZONE®.

A metodologia Calmamente® e os benefícios

O programa Calmamente® - Aprendendo a Aprender-se é um programa de educação socioemocional que já foi aplicado em várias turmas e escolas do país, estruturado em sessões compostas por diversas dinâmicas que favorecem a aquisição de competências como o autoconhecimento, a comunicação e a autorregulação emocional, entre outras, contribuindo para o crescimento emocional equilibrado dos participantes. 

“A nossa experiência formativa - ao longo de cinco anos -, e o contacto com as realidades escolares em que nos movimentamos dão-nos a clara indicação de uma iliteracia emocional generalizada e, consequentemente, da falta de ferramentas de autoconhecimento e autoregulação. Esta é uma realidade que queremos mudar, levando os nossos programas a cada vez mais escolas e famílias”, destaca Andreia Espain, assumindo que, ter conquistado o apoio da Fundação Gulbenkian na transmissão de competências sociais e emocionais foi um grande passo: “Ter visto o projeto selecionado entre tantas candidaturas, significou um enorme reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, sendo uma importante conquista na replicação da metodologia ‘Calmamente’, levando-a a mais crianças e jovens.”

Cinco anos depois do lançamento do Programa Calmamente®, Andreia Espain tem a certeza de querer continuar a trilhar os caminhos da educação socioemocional, na certeza de que é possível fazer a diferença, todos os dias, em todas as escolas, em cada sala de aula, em cada aluno, sobretudo, nestes tempos de pandemia que trouxeram maior insegurança, ansiedade e agitação emocional.

“Embora logisticamente seja, talvez, o ano mais difícil para este tipo de intervenção, é, por outro lado, um ano em que é absolutamente fundamental intervir nestes domínios junto das crianças e jovens, no sentido de lhes transmitir equilíbrio e ferramentas que lhes permitam melhorar a sua literacia social e emocional. É grande desafio, mas também uma grande missão”, conclui Andreia Espain.

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