Atores dão voz aos heróis desta animação
A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) desafiou os atores Jessica Athayde e Diogo Amaral, pais de Oliver...

As personagens Sushi e Yoga, dois super-heróis, ganham vida nas vozes de Jessica e Diogo, nesta série de animação inspirada no projeto “Heróis da Fruta”, que há mais de 10 anos previne a obesidade infantil nas escolas, promovendo o consumo de frutas e legumes nas quantidades diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Adorei dar a voz à personagem Sushi e adoro o projeto Heróis da Fruta da APCOI. Hoje, mais que nunca, é fundamental formarmos os nossos filhos e incutirmos valores que se prendem com bons hábitos alimentares. Espero que este projeto ajude pais e filhos a serem mais saudáveis e que novos hábitos cheguem às casas de quem nos vai ouvir”, disse a atriz Jessica Athayde a propósito da sua participação.

Para o ator Diogo Amaral "Enquanto pai de duas crianças, poder dar a voz pelo projeto Heróis da Fruta é algo muito especial. Com o ritmo de vida atual, em que quase não temos tempo para nada, muitas vezes, esquecemo-nos do essencial, como a alimentação dos nossos filhos. Espero que esta ação da APCOI ajude a sensibilizar muitos pais e crianças e que as refeições fiquem mais coloridas.”

Mário Silva, presidente da APCOI explica que “a série surge da adaptação para um projeto de animação da iniciativa escolar Heróis da Fruta que, desde 2011, utiliza técnicas de storytellying nos materiais educativos disponibilizados gratuitamente às escolas, sendo protagonizados por um grupo de personagens-modelo que ganham superpoderes quando ingerem alimentos saudáveis de origem portuguesa, dando o seu exemplo positivo às crianças.”

Sem revelar ainda mais pormenores sobre esta nova série de animação feita em Portugal, a APCOI adiantou que a estreia está prevista para outubro, deste ano, para assinalar o 10.º aniversário do projeto escolar Heróis da Fruta.

Estudo
As mulheres que estão em risco de vir a ter um parto prematuro podem ser identificadas a partir das 10 semanas de gravidez...

A prematuridade é a principal causa de morte em recém-nascidos no Reino Unido. Agora, uma equipa de investigação britânica descobriu que existem bactérias e químicos específicos no cérvix das mulheres grávidas que podem conduzir a infeções e inflamações, condicionando o termo de parto.

Neste estudo, os investigadores analisaram dados de quatro hospitais do Reino Unido, incluindo 346 mulheres, 60 das quais deram à luz prematuramente.

Com um teste de cotonete, analisaram bactérias presentes no colo do útero destas mulheres entre as 10 e as 15 semanas de gravidez, e novamente entre as 16 e as 23 semanas.

Os dados recolhidos foram comparados com as medições do comprimento cervical para ver, entre estas mulheres, quem daria à luz mais cedo.

Nesta observação, verificou-se que uma combinação de metabolitos – glicose, aspartato e cálcio – e bactérias estava ligada ao nascimento às 34 semanas. Enquanto sete metabólitos diferentes foram associados ao nascimento às 37 semanas.

Estas ligações foram igualmente significativas no primeiro e segundo trimestres, o que significa que as grávidas em risco de parto prematuro poderiam ser identificadas com precisão muito mais cedo na gravidez do que os testes atuais permitem, além de poderem beneficiar de tratamentos médico ou cirúrgicos que não são possíveis de realizar em fase avançadas da gravides.

Segundo Andrew Shennan, especialista em obstetrícia no King's College London e autor deste estudo, “o parto prematuro é muito difícil de prever, por isso os médicos têm de errar por precaução e as mães consideradas em risco muitas vezes acabam por dar à luz em fim de termo, o que coloca pressão indevida em todos os envolvidos”

"A minha equipa desenvolveu ferramentas de previsão de parto prematuros que são muito precisas mais tarde na gravidez, como os testes de fibronectina fetal — mas nessa fase, só se pode gerir os riscos, não impedindo que aconteça. Quanto mais cedo descobrirmos quem está em risco, mais podemos fazer para manter as mães e os bebés seguros”, afirma citado pelo Daily Mail.

Para Rachel Tribe, especialista do King's College London, que liderou o estudo, “com tantos fatores em jogo, é improvável que os testes para as mesmas espécies de bactérias únicas prevejam o nascimento prematuro em todas as mães, mas agora temos um painel de bactérias e metabolitos que podem ser úteis”.

A especialista refere-se , em particular, testes à Lactobacillus crispatus e Lactobacillus acidophilus, que podem “dar garantias às mães que, de outra forma, estariam indevidamente preocupadas, e ajudar aqueles que precisam obter cuidados especializados o mais rapidamente possível”.

"Após cinco anos de trabalho neste estudo, estamos encantados por ter esta maior compreensão de como o ambiente vaginal pode influenciar o risco prematuro de parto”, sublinha.

Recomendações
A diarreia é o principal problema de saúde durante as viagens.

A diarreia do viajante é, na maioria dos casos, uma infeção gastrointestinal originada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com microrganismos patogénicos que podem ser bactérias, vírus ou parasitas. O risco de contaminação está associado, sobretudo, a práticas de higiene menos adequadas na manipulação, preparação dos alimentos e tratamento de águas.

Estes microrganismos vão alterar a microbiota intestinal - conjunto de microrganismos que coloniza o nosso intestino e que tem um papel fundamental na nossa defesa, na nossa saúde e no bem-estar, protegendo-nos de infeções.

Os sintomas ocorrem de forma súbita, geralmente durante a viagem ou logo após o regresso. Consistem num aumento da frequência das dejeções com fezes líquidas acompanhadas de cólicas abdominais, náuseas, vómitos e por vezes febre e/ou sangue nas fezes. A maioria dos casos não são graves, duram 3 a 5 dias e não necessitam tratamento. O principal risco é a desidratação, especialmente em crianças, grávidas, idosos e doentes crónicos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) os destinos de maior risco são a Ásia, o Médio Oriente, a África e a América Latina. No entanto, este problema de saúde pode ocorrer mesmo nos países mais desenvolvidos se as condições de higiene, na preparação e confeção dos alimentos não forem rigorosas.

Para prevenir a diarreia do viajante deve-se ter cuidados de higiene pessoal, sendo aconselhável, principalmente:

  • Lavar frequentemente as mãos;
  • Beber ou lavar os dentes com água engarrafada ou fervida;
  • Não comer alimentos crus;
  • Os cubos de gelo devem ser feitos com água engarrafada ou fervida.

O diagnóstico é efetuado com base nos sintomas, mas nos casos de diarreia aguda acompanhada de febre e/ou sangue e na diarreia persistente é aconselhável realizar análises clínicas como o exame microbiológico e parasitológico das fezes, e o Estudo Funcional da Microbiota Intestinal com identificação dos Agentes Patogénicos, incluindo parasitas e vírus.

O tratamento baseia-se na hidratação, numa dieta adequada e na toma de antidiarreicos; no entanto, estes não são indicados nos casos de diarreia com sangue e/ou febre. Os probióticos podem ajudar a reequilibrar a microbiota intestinal, criando assim condições desfavoráveis à multiplicação dos microrganismos patogénicos.

Vários estudos indicam que as pessoas infetadas com o novo coronavírus podem ter problemas digestivos, tais como diarreia ou dores de estômago, antes de apresentarem febre, tosse e dificuldades respiratórias. Se esta situação acontecer após estadia numa zona com elevado número de casos de COVID-19 é necessário estar atento aos sintomas e consultar o médico.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto piloto WireLOX
O WireLOX, uma tecnologia de monitorização remota aplicada a doentes com terapias respiratórias que requeiram o uso de oxigénio...

Neste momento estão a ser revistos e compilados os resultados desta prova de conceito e o dispositivo está a ser preparado para um teste em escala industrial, impulsionando o nível de conhecimento da tecnologia e visando a utilização da mesma em massa, garantido também o mais importante, a segurança dos utentes.

O WireLOX é o resultado de um projeto em consórcio com o Centro de Investigação CeNTI, que conseguiu desenvolver uma solução robusta, mas simples, permitindo que em apenas 6 meses fosse criado um protótipo, desenvolvido um protocolo de atuação e executados testes em contexto de laboratório e ainda em contexto real.

Este dispositivo vem colmatar uma necessidade que se agudizou devido à Covid-19: o método atual para definir a data mais adequada à reposição de oxigénio líquido está baseado numa lógica que leva a um maior número de contactos entre doentes e técnicos da Linde Saúde do que os são efetivamente necessários. Assim o WireLOX recolhe em tempo real informação sobre o nível de oxigénio do doente no domicílio e transmite remotamente aos técnicos Linde Saúde.

Quanto aos resultados, o WireLOX demonstra diversas aplicações bem sucedidas, o que faz deste dispositivo uma aposta certeira na área da monitorização remota. “Os resultados deste projeto piloto são bastante promissores. Num dos testes elaborados, com a duração de 5 dias, foi possível assistir ao decréscimo gradual do nível de oxigénio em função do consumo real e observar a subida da quantidade de oxigénio reportada mediante reposição”, refere Leonel Lourenço, Gestor de Projetos da Linde Saúde.

 

A iniciativa decorre entre 5 e 12 de setembro
O Movimento de Defesa da Vida (MDV), uma Instituição Particular de Solidariedade Social que se dedica a apoiar famílias em...

O valor das inscrições será canalizado para a criação de uma bolsa para apoios de emergência para famílias vulneráveis, como, por exemplo, a compra de alimentos e outros bens essenciais.

Os participantes da caminhada solidária são desafiados a percorrer 3 quilómetros, num local da sua preferência, e a publicarem fotografias desse momento nas suas redes sociais, utilizando a etiqueta/hashtag #caminhadaspelasfamílias e identificando o MDV nas suas publicações.

As inscrições para a caminhada estão abertas de 24 de agosto a 11 de setembro, e devem ser realizadas através do endereço https://forms.gle/Gq9Hjy8LB1DSaUtA7.

Os participantes que se inscreverem até ao dia 30 de agosto receberão, na morada que indicarem, uma garrafa de água reutilizável e dobrável, uma por cada inscrição feita. O stock está limitado a 100 unidades.

«Para além do apoio técnico que prestamos às famílias que acompanhamos, em algumas famílias economicamente mais vulneráveis vão surgindo outros pedidos, sobretudo de bens essenciais (alimentos, fraldas, leite e outros produtos para bebé) que temos de colmatar. Desta forma, deixamos o apelo para que todos participem nesta campanha, de forma a podermos, em situações de crise, dar uma resposta imediata a estas famílias», refere Carmelita Dinis, Diretora Executiva do Movimento de Defesa da Vida.

Projecto Família® preveniu a institucionalização de 163 crianças e jovens no Porto

Entre julho de 2017 e outubro de 2020, 180 crianças e jovens do Porto e Vila Nova de Gaia em risco de serem institucionalizados foram acompanhados pelo Projecto Família®. No fim desta implementação do projeto, foi possível evitar a institucionalização de 163 crianças e jovens, mais 55 do que inicialmente previsto.

O projeto contou com um financiamento de 433.276,00 euros da Fundação Calouste Gulbenkian e do Banco Montepio e foi gerido pela MAZE.

Em 2017, o projeto foi financiado por um Título de Impacto Social (TIS), uma ferramenta da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social que envolve parceiros públicos e privados para financiar projetos inovadores em áreas prioritárias de política pública, mediante a obtenção de resultados sociais mensuráveis.

 

 

DGS e INSA
Um estudo epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), com...

Com o objetivo de comparar a efetividade das vacinas mRNA em casos da variante Delta e Alpha, este estudo recorreu a um indicador aproximado de carga viral para apurar o potencial de transmissibilidade de cada caso. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que os infetados com a variante Delta apresentaram, em média, valores de carga viral mais elevados, o que poderá significar uma maior transmissibilidade. Estes resultados sugerem uma menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta em comparação com a variante Alpha.

O estudo permitiu aferir uma menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta, assim como a maior transmissibilidade desta variante, atualmente dominante em Portugal e na Europa.

Tendo em conta que, no período de predomínio da variante Alpha, a efetividade das vacinas mRNA contra infeção era de 55 a 70% com esquema parcial e de 70 a 90% para o esquema vacinal completo, este estudo vem mostra que a efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta passariam a ser de 24 a 49% e de 41 a 80%, respetivamente para o esquema parcial e esquema completo.

Por outro lado, este trabalho mostra que os indivíduos com o esquema vacinal completo apresentaram menor carga viral e potencialmente menor transmissibilidade do que os indivíduos não vacinados para ambas as variantes de preocupação analisadas (Delta e Alpha). No caso dos indivíduos infetados com a variante Delta, não se identificaram diferenças no indicador de carga viral entre os indivíduos não vacinados e os vacinados parcialmente, sugerindo assim equivalente nível de transmissibilidade.

Desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia, de Doenças Infeciosas e de Genética Humana do INSA, e pela Direção de Serviços de Informação e Análise da DGS, o estudo compreendeu o período de transição entre o predomínio da variante Alpha para a variante Delta (maio a julho de 2021) e analisou 2.097 casos de infeção por SARS-CoV-2 confirmada laboratorialmente por RT-PCR, para os quais foi possível identificar a variante de preocupação por sequenciação do genoma do total, realizada pela Unidade de Bioinformática do INSA, ou por amplificação do gene S, estes últimos analisados no laboratório Unilabs.

Dados DGS
Segundo os dados mais recentes da Direção Geral da Saúde, “entre janeiro e 08 de agosto de 2021, foram identificados 16.671...

Entre os casos de infeção, 115 em pessoas foram internadas com diagnóstico principal por Covid-19, a maioria com mais de 80 anos, e 50 com diagnóstico secundário.

No mesmo período, revelam os dados, foram morreram 168 pessoas com que já tinham completado o esquema vacinal. Destes, 81% (134) tinham mais de 80 anos. “Independentemente da realização de mais estudos, a proteção oferecida pela vacina parece reduzir três vezes o risco de morte na população mais idosa”, sublinha a DGS.

Os mesmos dados referem ainda que a “pequena proporção de pessoas não vacinadas” com idades mais avançadas é responsável por 40% dos óbitos, o que “reforça a proteção conferida pelas vacinas contra a doença grave e morte”.

Esta monitorização é efetuada pela DGS, pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), pela Administração Central do Sistema de Saúde e pela task force que coordena a vacinação contra a Covid-19.

 

Com apoio financeiro do governo
Uma empresa de biotecnologia dinamarquesa – a Bavarian Nordic - anunciou ontem o início de um ensaio de fase II para testar uma...

Para este ensaio vão ser recrutados 150 adultos saudáveis com imunidade existente contra a SARS-CoV-2, adquirida através de doença anterior ou de imunização prévia com vacinas Covid-19 aprovadas.

Os investigadores querem descobrir se uma única dose de 100μg da sua vacina – a ABNCoV2 - pode aumentar os níveis existentes de anticorpos neutralizadores SARS-CoV-2 em todos os grupos. Em parelelo, vão ser recrutados até 60 adultos saudáveis sem vacinação prévia ou doença que receberão duas doses de 100μg com 28 dias de intervalo, e ter os seus níveis de anticorpos neutralizantes medidos quando o ABNCoV2 é usado como uma vacina de prime-boost. Os resultados iniciais do ensaio são esperados no quarto trimestre de 2021.

Fase III já está a ser preparada 

A notícia coincide com a chegada de um acordo de financiamento com o Ministério da Saúde dinamarquês no valor de até 800 milhões de coroas dinamarquesas (126 milhões de dólares) para ajudar a mover o desenvolvimento da vacina. A empresa vai embolsar a totalidade do montante se atingir determinados marcos principalmente relacionados com a execução de um estudo de fase III e desenvolvimento de processos de fabrico em larga escala. A Bavarian Nordic disse que se prepara para um ensaio tardio do ABNCoV2 em 2022, enquanto aguarda financiamento externo.

No início deste mês, a empresa reportou os resultados iniciais de um estudo em humanos de 45 voluntários adultos saudáveis SARS-CoV-2, que receberam duas doses de ABNCoV2, formuladas com e sem adjuvante. A empresa disse que os níveis anticorpos eram até 12 vezes mais altas do que as medidas em amostras humanas de convalescença, e significativamente mais altas do que as observadas nas vacinas Covid-19 aprovadas.

Na altura, os analistas do Sydbank disseram que estes dados "muito positivos" sugerem que a empresa de biotecnologia tem um candidato atraente para um futuro mercado de re-vacinação. Os analistas também disseram que a perspetiva estava a ficar mais brilhante para o ABNCoV2, estimando que a vacina tem agora uma probabilidade de 35% de garantir aprovações finais, em comparação com a sua estimativa de 20% anteriormente.

O candidato à vacina foi desenvolvido pela AdaptVac, uma joint venture entre a ExpreS2ion Biotechnologies e a NextGen Vaccines, da Universidade de Copenhaga, utilizando a sua tecnologia de partículas semelhantes a vírus capsid (cVLP), com direitos de comercialização globais licenciados para a Bavarian Nordic no ano passado.

Vacina contra a Covid-19
Os principais conselheiros médicos da Grécia defendem que grupos vulneráveis, com doenças subjacentes, devem receber as doses...

A dose reforço das vacinas de mRNA, caso seja aprovada pelo governo, ficará disponível na primeira semana de setembro, segundo o chefe do Comité Nacional de Vacinação.

"Será dada quatro semanas após a segunda dose em grupos de alto risco", disse Maria Theodoridou.

As pessoas que foram submetidas a transplantes ou sofreram de insuficiência renal, doentes com cancro e indivíduos com sistemas imunitários comprometidos estão entre os grupos vulneráveis, explicou o responsável pelo Comité Nacional de Vacinação.

Recorde- se que, em julho, a Grécia recomendou a vacinação de crianças entre os 12 e os 15 anos para ajudar a proteger os jovens e familiares antes do início do novo ano letivo, em setembro.

 

Na luta contra a pandemia
A Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, concedeu esta segunda-feira uma aprovação total à vacina contra o coronavírus da...

A BNT162b2 recebeu pela primeira vez uma autorização de uso de emergência, nos EUA, em dezembro passado, para pessoas com 16 ou mais anos, expandindo-se mais recentemente para incluir a prevenção da Covid-19 em adolescentes dos 12 aos 15 anos de idade. Entretanto, em julho, a FDA concedeu uma revisão a esta vacina, procurando a sua aprovação integral,

A aprovação total foi dada hoje e espera-se que esta decisão venha a incentivar mais norte-americanos a receber a vacina contra a Covid-19, reduzindo os seus receios quanto à falta de confiança no fármaco.

De acordo com a farmacêutica, a vacina vai continuar disponível para crianças entre 12 e 15 anos e como terceira dose, para pacientes imunocomprometidos, apenas em uso de emergência.

“A aprovação da FDA para esta vacina é um marco, na medida em que continuamos a lutar contra a pandemia de Covid-19”, disse em comunicado, Janet Woodcock, comissária da entidade reguladora norte-americana. 

Sefgundo a responsável, a população “pode estar muito confiante de que esta vacina cumpre os altos padrões de segurança, eficácia e produção de qualidade que a FDA exige de um produto aprovado”.

 

 

Dia Mundial para a Consciencialização da Distrofia Muscular de Duchenne assinala-se a 7 de setembro
A Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) está a promover uma ação nacional de consciencialização para a Distrofia...

“Todos os anos, 1 em cada 3.500 crianças do sexo masculino nasce com Distrofia Muscular de Duchenne, uma doença neuromuscular, que altera as capacidades da criança durante a infância, como andar ou subir escadas. À medida que crescem, estes jovens sentem também cada vez mais dificuldades em respirar já que esta doença provoca a fraqueza dos músculos, incluindo o músculo cardíaco e os músculos da respiração”, explica Joaquim Brites, presidente da Associação Portuguesa de Neuromusculares.

E frisa: “Felizmente, nos últimos anos, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, graças à formação e à informação distribuída aos seus cuidadores. Mas é importante continuar a apostar na informação por forma a assegurar um diagnóstico mais célere. Se os pais verificarem que a criança sente dificuldades em andar, correr, saltar, subir escadas ou levantar-se do chão, e se cai muitas vezes, devem ficar alerta e aconselhar-se junto do médico assistente”.

Descrita em 1868 pelo neurologista francês Guillaume Duchenne, é, desde então, a doença neuromuscular mais investigada. “Ainda sem cura, mantém-se no topo da investigação de muitas sociedades científicas e de laboratórios, a nível mundial, que procuram implementar alguns tratamentos que permitam minimizar os efeitos provocados pela progressiva degradação de todos os músculos do corpo, incluindo o cardíaco”, refere Joaquim Brites.

Apesar dos avanços na investigação, os Centros de Referência para as Doenças Neuromusculares tardam em aparecer em Portugal.  “Sendo as doenças neuromusculares, o maior grupo de doenças raras do mundo, é inexplicável que Portugal não disponha de um Centro de Referência, a elas destinado. Com uma investigação cada vez mais ativa, implicando, por consequência, o aparecimento de medicamentos órfãos destinados a combater alguns dos seus efeitos, estes centros são determinantes no que respeita à análise de resultados” critica Joaquim Brites.

E conclui: “Falta, também, responder à Diretiva Europeia 2011/24/EU, do Parlamento Europeu, de 9 de março 2011. Estamos à espera, há anos demais! A Rede de Referência Europeia para as doenças Neuromusculares (ERN – EURONMD), também exige que Portugal esteja presente”.

O dia 7 de setembro foi instituído como o Dia Mundial para a Consciencialização da Distrofia Muscular de Duchenne. Em Portugal, e em todos os lugares do mundo, a data assinala-se com eventos variados, conferências científicas e outros acontecimentos que pretendem chamar à atenção para a sua identificação, de forma cada vez mais precoce. 

 

Crescimento Global
O laboratório farmacêutico francês Biocodex, que chegou a Portugal há dois anos, vai continuar a aumentar o seu portefólio com...

Quando a farmacêutica abriu a sua filial no centro de Lisboa, em 2019, trazia na bagagem o probiótico mais vendido em Portugal para o tratamento da diarreia em crianças e adultos e diarreia associada ao uso de antibióticos, presente em mais de uma centena de países. Desde a sua chegada a Portugal lançou a marca Symbiosys.

A recente aquisição dos Laboratoires IPRAD, a nível mundial, está também a ser estratégica para a consolidação do crescimento da farmacêutica. A Biocodex passou a ter, desde o início deste ano, a exclusividade da comercialização e distribuição da marca Saforelleem Portugal.  

Em junho, lançou também o único gel vaginal em spray para as lesões do colo do útero. 

A chegada da Biocodex a Portugal insere-se numa estratégia global de expansão da empresa, que está presente em mais de uma centena de países e tem filiais em países como os Estados Unidos, Bélgica, Polónia, Rússia, México e Canadá. “Queremos continuar a crescer porque somos uma empresa que trabalha e investe a pensar a longo prazo e focada no desenvolvimento sustentável”, sublinha a Country Manager da Biocodex Portugal. 

Marie Bonte, que assumiu o projeto português há dois anos, após 11 anos como diretora de marketing internacional na Biocodex em França, garante que o balanço é muito positivo e que o entusiamo inicial permanece inalterado. “Somos uma equipa dinâmica e ágil que encara este desafio de forma muito dedicada. Temos mais de 65 anos de experiência, na investigação, no desenvolvimento e na comercialização de probióticos e o nosso objetivo é trabalharmos todos os dias para trazer a inovação aos que mais precisam”, acrescenta. 

Paralelamente, a Biocodex desenvolve uma vasta atividade formativa para o público em geral (www.biocodexmicrobiotainstitute.com) e para profissionais de saúde. O foco no aprofundamento do conhecimento na área da microbiota levou à criação da plataforma www.mybiocodex.pt para as equipas de farmácia. 

Na área da investigação, e através da Biocodex Microbiota Foundation, está a lançar, pelo terceiro ano, a Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota, com um prémio anual de 25 mil euros. O trabalho vencedor da edição 2020-2021foi o projeto PRIMING, que visa compreender o impacto da obesidade materna na ativação e estimulação do sistema imunitário da criança induzido pela microbiota intestinal ao longo do primeiro ano de vida, da autoria de uma equipa de investigadores do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto. 

Simultaneamente, lançou a primeira edição do Prémio Henri Boulard de Saúde Pública, que vai distinguir os dois melhores projetos que tenham um impacto positivo na saúde em alguns países subdesenvolvidos da Ásia, África e da América Latina. Por exemplo, por meio da educação e consciencialização em saúde, novas infraestruturas, projetos agrícolas ou de purificação de água. Cada um dos prémios a atribuir tem um valor monetário de 10 mil euros. 

Ainda na área da investigação, a Biocodex está envolvida em Portugal na dinamização de sessões, simpósios e apoio financeiro a estudos, entre os quais o Gut microbiota, Spark and Flame of COVID-19 Disease que investiga a relação entre a microbiota intestinal e a severidade da COVID-19, liderado pela Professora Conceição Calhau, docente e investigadora da Faculdade de Ciências Médicas | NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa.  

No plano cultural e didático, dirigido a todas as idades, apoiou, de outubro de 2019 a agosto de 2020, a exposição “PUM! A vida Secreta dos Intestinos”, inspirada no best seller “A Vida Secreta dos Intestinos”, de Giulia e Jill Enders, concebida pela Cité des Sciences et de l´Industrie de Paris. A exposição, que esteve patente no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, foi visitada por mais de 80 mil pessoas. 

Associada à Covid-19
Estudo publicado na revista Nature Communications vem mostrar que o “esgotamento” das células T por ação permanente de agentes...

Segundo os dados de um grupo de trabalho, constituído pela Organização Mundial de Saúde para investigar a possível relação entre a Covid-19 e a síndrome inflamatória multissitémica, responsável pela doença de Kawasaki, estes casos ocorrem em menos de uma em cada 100 mil crianças e são habitualmente ligeiros, sendo as faixas etárias entre os 12 e os 19 anos as mais atingidas por esta síndrome.

Não obstante, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou ser “urgente caracterizar esta síndrome para compreender as suas causas e efeitos”.

Agora, uma nova pesquisa, publicada na Nature Communications, revela agora uma pista importante sobre a sua origem e desenvolvimento: o esgotamento das células T por exposição permanente a agentes patogénicos em doentes com síndrome inflamatória multissistémica é um dos fatores possíveis que impulsionam esta doença.

De acordo com um dos autores deste trabalho, Noam Beckmann, do Centro de Investigação do Hospital Mount Sinaí em Nova Iorque (Estados Unidos), citado pelo jornal El Mundo, este fenómeno sugere que "um aumento das células NK (assassinos naturais) e das células CD8+ T empobrecidas poderia melhorar os sintomas da doença inflamatória.

Isto porque, quando as células CD8+ T são persistentemente expostas a agentes patogénicos, entram num estado de 'esgotamento', resultando numa perda da sua eficácia e capacidade de proliferação."

As células Cd8+ T, em particular, são consideradas neste estado de esgotamento, o que pode enfraquecer a resposta imunológica inflamatória. "Além disso, um aumento das células NK também está associado com células CD8+ T esgotadas."

O estudo identificou ainda nove reguladores-chave nesta rede que são conhecidos por terem associações com a funcionalidade das células NK esgotadas e das células CD8+ T. "Um destes reguladores, o TBX21, é um alvo terapêutico promissor porque serve como coordenador principal da transição das células CD8+ T de efetiva para esgotada", diz o investigador.

A síndrome inflamatória multissistémica, geralmente, não afeta bebés ou a crianças muito jovens. Atinge, sobretudo, crianças em idade escolar, ou seja, entre os 5 e os 12 anos, embora tenham sido também relatados casos de crianças entre os 12 meses e os 16 anos, sem patologia básica.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados pouco mais de 1.100 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território...

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte foram aquelas que registam maior número de mortes, desde o último balanço: duas cada, de seis. Segue-se a região Centro e Algarve com um óbito cada.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.126 novos casos. A região Norte foi aquela que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 462, seguida da região Lisboa e Vale do Tejo com 321 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 108 casos na região Centro, 18 no Alentejo e 169 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 38 infeções e dez nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 733 doentes internados, mais 25 que ontem.  No entanto, as unidades de cuidados intensivos têm menos um doente internado, relativamente ao último balanço: 151.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.043 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 957.359 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 45.542 casos, mais 77 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.410 contactos, estando agora 48.945 pessoas em vigilância.

Tratamentos minimamente invasivos
A procura por tratamentos de Ginecostética – quer na vertente estética, quer na vertente funcional da saúde íntima feminina –,...

“Uma vez que o corpo feminino sofre uma série de mudanças ao longo da vida, quer a nível estético, quer a nível funcional, há alterações de forma significativa na imagem, bem-estar, autoestima e sexualidade das mulheres. De forma a atenuar essas alterações, com as constantes evoluções tecnológicas e a par do aumento da procura pela Medicina Estética em geral, a Ginecostética surge como uma alternativa, sendo uma das áreas dentro da Ginecologia com maior crescimento”, afirma Belisa Vides.

Já existem em Portugal diversos tratamentos minimamente invasivos de Ginecostética, como o AccuTite. Trata-se de um procedimento que, aplicado nos pequenos lábios vaginais, provoca a retração dos tecidos, sem corte ou excisão dos mesmos. Recorrendo à RFAL (lipólise assistida por radiofrequência), é uma tecnologia que utiliza a radiofrequência associada a lipólise dos tecidos, que confere firmeza e diminuição da flacidez, bem como uma remodelação/redução significativa do seu tamanho.

“O facto de não ser invasivo, como seria uma intervenção cirúrgica, torna o AccuTite mais acessível, indolor e com um tempo de recuperação mais rápido, também por não necessitar de internamento. Além disso, a RFAL não se associa ao risco de complicações, como dor, hemorragias, infeções, cicatrização com fibrose, formação de aderências ou alterações da sensibilidade”, explica Belisa Vides.

Com o AccuTite, é preservado o contorno externo dos pequenos lábios e promovida a manutenção da tonalidade natural dos bordos, conferindo um aspeto mais natural. É introduzida uma cânula na porção inferior dos pequenos lábios e ativada a energia na porção média para provocar a retração e a remodelação dos tecidos.

Este tipo de tratamento é recomendado a todas as pacientes que se sentem insatisfeitas com o aspeto estético dos pequenos lábios vaginais, seja por uma questão de dimensões, assimetrias, lesões pós-parto, ou que sintam desconforto durante o ato sexual, uso de vestuário justo ou limitações na prática de desporto. Em casos mais complexos, as pacientes poderão ser referenciadas pelo seu médico ginecologista se forem observadas dificuldades na higiene e infeções vulvares devido a hipertrofia.

“As pacientes que procuram esta intervenção estão, habitualmente, entre os 18-35 anos, e foram desenvolvendo uma hipertrofia progressiva desde o início da puberdade, pretendendo uma solução rápida e menos invasiva. A correção de aspetos estéticos ou funcionais dos órgãos genitais femininos confere-lhes um aspeto mais jovem, tonificado, harmonioso, numa espécie de “Delivering what women want”. Isto tem sido cada vez mais importante na promoção do bem-estar feminino”, acrescenta Belisa Vides.

Programa de aceleração
A segunda edição do Patient Innovation Bootcamp, uma colaboração entre o Patient Innovation, EIT Health, Copenhagen Business...

O Patient Innovation Bootcamp 2021 é um programa de aceleração que visa apoiar pacientes, cuidadores informais e colaboradores na implementação e desenvolvimento de soluções inovadoras que desenvolveram para ajudá-los a lidar com uma necessidade imposta pelo seu estado de saúde.

Desta forma, o Bootcamp consistirá em duas semanas presenciais, a primeira em Lisboa e a terceira em Copenhaga, intercaladas com uma semana de sessões online a partir de Barcelona. Em ambos os formatos serão disponibilizados materiais de e-learning projetados para ajudar as equipas a desenvolver e lançar seus dispositivos, ferramentas de diagnóstico ou inovações digitais em saúde.

Na semana em Lisboa as equipas iram focar-se no desenvolvimento e validação das soluções, de seguida vão desenvolver um plano de negócios durante a semana de Barcelona, e por fim vão aprender a consolidar, implementar e difundir as suas soluções na última semana em Copenhaga.

Nesta segunda edição do Bootcamp vão participar 11 equipas de 9 países diferentes que apresentam uma grande variedade de soluções entre aplicações e dispositivos, que durante as 3 semanas do Bootcamp irão desenvolver as suas soluções e aprender mais com os inúmeros mentores, experts e speakers convidados, os quais vão estar em estreita relação com as equipas, de forma a fomentar o desenvolvimento sólido de cada uma das ideias ou soluções.

Adicionalmente, todas as equipas irão participar no EIT Health Bootcamp Tour no final de 2021, que consiste num evento no qual todos os participantes de EIT Health Bootcamps participam em diferentes workshops e momentos de networking.

A Patient Innovation é uma plataforma internacional, multilíngue e sem fins lucrativos, desenvolvida em 2014 com o objetivo de compartilhar soluções criadas por doentes e ajudar a melhorar vidas.

Trata-se de uma plataforma online onde doentes e cuidadores de todo o mundo se ligam para partilhar soluções que os próprios desenvolveram, ou que criaram com a ajuda de um colaborador, para ultrapassar um desafio imposto por um problema de saúde. Em 2016, a Patient Innovation foi reconhecida pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, como um dos cinco projetos selecionados como exemplo de "Compromissos com Ação Coletiva" numa conferência em Nova Iorque.

Recentemente, o Patient Innovation foi nomeado pelas Nações Unidas como um exemplo de Boas Práticas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Sustainable Development Goals - SDG).

Esta nomeação de Boas Práticas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável deve-se à contribuição para dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: # 3 (Boa saúde e bem-estar) e # 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura).

Prof. Doutor Tiago Torres: “Felizmente a realidade do tratamento da Dermatite Atópica está a mudar”
Com um aumento significativo da sua incidência, sobretudo nos países desenvolvidos, a Dermatite Atóp

Embora tenha um enorme impacto socioeconómico, afetando não só a qualidade de vida dos doentes, mas apresentando implicações até a nível laboral, o que explica que a Dermatite Atópica continue a ser subvalorizada?

A Dermatite Atópica é uma das doenças inflamatórias crónicas de pele mais comuns e apesar da forte evidência do seu impacto a nível físico, psicológico, familiar e socioeconómico, a verdade é que continua a ser desvalorizada. É conhecido que a dermatite atópica se associa a produtividade diminuída, a absentismo aumentado, a dificuldade de aprendizagem das crianças com um consequente impacto futuro, assim como a um elevado recurso aos sistemas de saúde (consultas, internamentos e terapêuticas).

No entanto, continua a existir uma escassa divulgação deste problema, o que aumenta o desconhecimento da população levando a que os doentes com dermatite atópica não tenham a visibilidade que necessitam e o seu impacto a nível físico, psicológico e necessidade de tratamentos constantes sejam mal compreendidos.

Adicionalmente, existe ainda a confusão de que “pele atópica” (expressão muito utilizada para designar “pele seca”, mas saudável) não é “dermatite atópica,” que é uma forma de eczema muitas vezes grave.

Para sensibilizar a população para uma doença que se estima que afete 4,4 milhões de europeus, peço-lhe que nos explique que patologia é esta? Quais as suas causas e quais a principais manifestações clínicas?

A dermatite atópica, ou eczema atópico, é uma das doenças inflamatórias crónicas de pele mais comuns, com uma prevalência estimada de 15-25% nas crianças e 7-10% nos adultos. A sua incidência tem aumentado nos últimos anos essencialmente nos países desenvolvidos. Clinicamente manifesta-se por lesões de eczema (manchas e placas de pele vermelhas, com descamação, e escoriações) localizadas habitualmente nas regiões flexoras dos braços, pernas, no pescoço e na face, associadas a prurido (comichão) muito intenso. A visibilidade das lesões e essencialmente o prurido, são causas de elevado impacto físico e psicológico, diminuído marcadamente a qualidade de vida dos doentes.

A fisiopatologia da dermatite atópica é complexa, envolvendo fatores genéticos, imunológicos e ambientais, não sendo possível classificar uma causa concreta. Os principais mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da doença são essencialmente dois: por um lado um defeito na barreira cutânea provocado por alterações de proteínas que constituem o “cimento” intercelular, permitindo uma penetração mais fácil de alergénios e uma perda de água pela pele mais acentuada; e por outro uma inflamação marcada da pele, causada por uma desregulação imunológica com o aumento de vários mediadores inflamatório chamados de citocinas infamatórias.

Por que motivo são as crianças as mais atingidas pela Dermatite Atópica?

A dermatite atópica, inicialmente, era considerada como uma patologia essencialmente pediátrica, com uma prevalência estimada de 15-25% nas crianças. Contudo, atualmente sabe-se que é também muito frequente nos adultos podendo atingir entre 7-10% desta faixa etária. Apesar de se poder manifestar em qualquer idade, o seu aparecimento ocorre em 45% até aos 6 meses e 80-90% até aos 5 anos. Com a idade tende a desaparecer, no entanto cerca de 25% pode manter-se na idade adulta, habitualmente com uma maior gravidade.

Esta, quando persiste ou surge pela primeira vez em idade adulta tende a ser mais grave, porquê?

A dermatite atópica do adulto é habitualmente mais grave e de mais difícil tratamento. As razões são ainda desconhecidas e terão a ver essencialmente com o perfil inflamatório da doença nesta faixa etária.

Que fatores podem condicionar o agravamento da doença?

A causa da dermatite atópica é multifatorial, ou seja, resulta da interação de vários fatores, quer do indivíduo quer do ambiente. Relativamente aos fatores individuais destacam-se as alterações genéticas, que podem associar-se a formas mais grave da doença. Dos fatores ambientais destacam-se o stress, a poluição, certas alergias e infeções, que podem agravar a dermatite atópica.

Quais as principais complicações associadas à Dermatite Atópica?

Além do elevado impacto físico e psicológico, a dermatite atópica pode-se associar a várias outras doenças, atópicas e não atópicas. A probabilidade da dermatite atópica se associar a outras patologias atópicas como asma, alergias alimentares e rinoconjuntivite alérgica é muito elevada. Por outro lado, o risco de infeções cutâneas, bacterianas e víricas é muito superior nestes doentes, podendo ser, em alguns casos, muito grave. Por fim, nos últimos anos, a dermatite atópica tem sido associada a muitas outras doenças, essencialmente neuropsiquiátricas (distúrbio do sono, ansiedade, depressão e dificuldade de aprendizagem) cardiovasculares (excesso de peso e eventos cardiovasculares) e auto-imunes (alopecia areata).

Como é feito o diagnóstico da Dermatite Atópica? Sabendo que o diagnóstico desta doença pode demorar cerca de 2 anos a chegar e que 10% dos doentes referem que o seu diagnóstico demorou mais de 6 anos até estar concluído, o que falha na identificação desta doença?

O diagnóstico é baseado exclusivamente em características clínicas, pelo que, na maioria das vezes, pela história clínica e observando as lesões é possível fazer o diagnóstico. Contudo, por vezes, é necessário recorrer a biopsia cutânea, quando as lesões não apresentam melhoria com o tratamento ou quando há dúvidas no diagnóstico. Em alguns casos, pode ser necessário alguns exames complementares no sentido de perceber se a dermatite atópica se associa a outras doenças atópicas como asma ou alergia alimentar.

O diagnóstico pode demorar por diversas razões, incluindo a própria dificuldade de diagnóstico ou o atraso do sistema de saúde.

Como se trata a Dermatite Atópica?

O tratamento da dermatite atópica passa essencialmente pela utilização de diversos fármacos, tópicos ou sistémicos, assim como no tratamento de algumas causas de exacerbação da doença.  Nas formas mais ligeiras, localizadas, a utilização de terapêutica tópica anti-inflamatória e emoliente (creme hidratante) é habitualmente suficiente. A principal dificuldade é o tratamento de formas mais graves, extensas e muito sintomáticas, em que as terapêuticas tópicas não são opção. Nestes casos, existe a necessidade de utilizar terapêuticas sistémicas. Até 2017 as opções terapêuticas eram muito limitadas. A maioria dos fármacos utilizados, eram imunossupressores que não estão aprovados para o tratamento da dermatite atópica e que, apesar eficazes numa parte dos doentes, o seu perfil de segurança, tolerabilidade, interações medicamentosas e toxicidade, dificultavam o tratamento e controlo da doença a longo prazo. Felizmente, esta realidade está a mudar e temos atualmente disponíveis terapêuticas orais e injetáveis, desenvolvidas especificamente para o tratamento da dermatite atópica que, além de muito eficazes, são também seguras e permitem um tratamento a longo prazo.

Nos casos em que o doente não responde aos tratamentos de primeira-linha, quais as opções? Que novidades terapêuticas existem?

Felizmente a realidade do tratamento da Dermatite Atópica está a mudar. Os avanços que se observaram no conhecimento dos mecanismos da doença nos últimos anos, permitiram identificar diversos alvos terapêuticos, conduzido ao desenvolvimento de novos fármacos dirigidos a estes alvos. Estas novas terapêuticas, algumas já aprovadas como o dupilumab, tralokinumab, barictinib e upadacitinib, outras em fase final de desenvolvimento, têm demonstrado excelentes resultados de eficácia e segurança nos ensaios clínicos, pelo que estão amidara por completo a abordagem terapêutica desta doença.

Assim, apesar da descoberta de uma cura estar ainda distante, o futuro do tratamento do eczema atópico parece ser promissor!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
APCS organiza evento internacional
A Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas (APCS), sediada no Porto desde 1986, defende o reconhecimento e o respeito...

A Conferência Internacional realiza-se em formato virtual nos próximos dias 31 de agosto, 1 e 2 de setembro de 2021, evento ao qual a APCS se candidatou e ganhou a organização do mesmo, em Portugal.

Será um espaço de partilha de conhecimento, inovação e reflexão, o qual conta com o contributo de diversos especialistas na área da sobredotação, tendo em vista a definição de linhas de força no campo da política educativa; a partilha de modelos de ação inovadores de modo a delinear novas formas de intervenção; a promoção de um nível superior de conhecimento científico; e a potenciação, neste campo, da conjugação de esforços educacionais, na União Europeia e a nível mundial.

Em colaboração com a Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti (ESEPF) e a Leading, a Conferência ECHA 2021 conta com o Alto Patrocínio do Ex.mo Sr. Presidente da República Portuguesa e tem como tema central “Gifts and Talents, Values for the Future”.

“Em Portugal, estima-se que 3 a 5% das crianças e adolescentes que frequentam as escolas são sobredotados e a maioria está por identificar. Por isso, defendemos uma resposta estruturada das escolas às necessidades dos alunos sobredotados, para a qual é imprescindível a formação de professores nesta área, capacitando-os não só para a identificação destes alunos na sala de aula, mas também para a mobilização de medidas e estratégias pedagógicas adequadas e potenciadoras do desenvolvimento integral destes alunos”, refere Helena Serra, Presidente da Assembleia Geral da APCS.

Acrescenta ainda: “A sobredotação não é um estado homogéneo, e quando cresce uma criança que apresenta um imenso poder crítico, uma grande flexibilidade de pensamento ou um talento especial, ela necessita de uma atenção redobrada e de estratégias que a possa integrar e ajudar a relacionar-se com os outros sem sofrer qualquer tipo de discriminação. É sobre todas estas temáticas que vamos refletir e debater neste evento, ao mesmo tempo que pretendemos fomentar a partilha de experiências e boas práticas”.

A Conferência contará com a presença de vários investigadores de renome mundial, de entre os quais destacamos Howard Gardner (autor da Teoria das Inteligências Múltiplas), Denise Fleith, Kristóf Kovács e Heidrun Stoeger, para além das sessões paralelas de apresentações orais, workshops e simpósios sobre uma vasta escolha de temáticas, incluindo “Identification and assessment of giftedness”, “Giftedness and inclusion”, “International perspectives of gifted education” e “Family and social environment/context of gifted students”.

Este evento conta com a participação de cerca de 300 especialistas de 47 países. A par, realiza-se, também em formato virtual, um Youth Summit para cerca de 50 jovens sobredotados de 16 países.

Dados Task Force
Depois da adesão à vacinação ter ultrapassado os 110 mil pedidos de autoagendamento de jovens dos 12 aos 15 anos para todo o...

Os dados da task-force revelam que só no sábado, o foram vacinados mais de 128 mil utentes, sendo que destes mais de 115 mil foram jovens dos 12 aos 15 anos.

Já no domingo, os dados mostram que, até às 18h, mais de 40 mil pessoas tinham sido vacinadas contra a Covid-19. 33 mil correspondem a jovens entre os 12 e os 15 anos.

Recorde-se que este foi o primeiro fim de semana reservado pela 'task force' para a vacinação dos jovens entre os 12 e os 15 anos, e que a iniciativa vai continuar no fim de semana de 28 e 29 de agosto.

Este fim de semana, além dos que fizeram o pedido de autoagendamento, e os que foram chamados pelos serviços de saúde, esteve em funcionamento ainda a modalidade "casa aberta".

 

 

Cuidados a ter
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), 17 distritos de Portugal Continental apresentam hoje um risco muito...

A exceção é o Distrito de Viana do Castelo, que apresenta ainda assim um risco elevado.

Quanto às regiões autónomas, também a ilha da Madeira e Porto Santo apresentam um índice muito elevado de risco.

Nos Açores, a ilha do Faial (grupo central) está com nível moderados e as Flores (grupo ocidental) está com risco baixo de exposição à radiação UV.

A escala de radiação ultravioleta tem cinco níveis, entre risco extremo e baixo.

Deste modo, o IPMA aconselha, para as regiões com risco muito elevado, a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, 't-shirt', guarda-sol, protetor solar e que se evite a exposição das crianças ao sol.

Para as regiões com risco elevado, aconselha o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t’shirt’ e protetor solar.

 

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