Diretor regional

A OMS estima que mais 236 mil pessoas vão morrer de Covid-19 na Europa, nos próximos meses

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que nos próximos três meses haverá 236 mil mortes relacionadas com a Covid-19 na região europeia. O alerta foi deixado, em conferencia de imprensa pelo diretor regional da OMS, Hans Kluge, tendo em linha de conta o aumento de 11% nas mortes que ocorreram na região na última semana.

De acordo com Hans Kluge, embora o panorama epidemiológico na europa "seja heterogéneo", a elevada transmissão é "profundamente preocupante", sobretudo tendo em conta a baixa taxa de vacinação nas populações prioritárias em vários países, sublinhou.

“Temos agora 64 milhões de casos confirmados e 1,3 milhões de mortes. 33 Estados-Membros reportam um aumento de mais de 10% na incidência de casos em 14 dias. Vários países estão a começar a ver mais hospitalizações e mais mortes", alertou.

Para Hans Kluge, há três fatores que explicam este aumento. O primeiro é a variante Delta que é mais transmissível, agora reportada em 50 países da Região. O segundo fator é o relaxamento das medidas de saúde pública, e o terceiro é o aumento sazonal das viagens, o que impulsiona um crescimento significativo do número de casos na maioria dos países.

"Temos de ser firmes na manutenção de várias camadas de proteção, incluindo vacinação e máscaras. As vacinas são o caminho para reabrir sociedades e estabilizar economias. Apesar disso, continuamos a enfrentar o desafio da produção insuficiente, do acesso insuficiente e da aceitação insuficiente da vacina", disse. Infelizmente, nas últimas 6 semanas, a aceitação da vacinação na Região tem diminuído, influenciada pela falta de acesso às vacinas em alguns países e pela falta de aceitação de vacinas noutros países.

Até à data, apenas 6% das pessoas nos países de baixo e médio rendimento da região completaram uma série completa de vacinação. "Há uma necessidade clara de aumentar a produção, partilhar doses e melhorar o acesso às vacinas para os Estados-Membros, para que possam oferecer uma gama completa de vacinas às populações. Todos, em todo o lado, devem ter direito a receber o curso completo", disse.

O diretor regional da OMS para a Europa lembrou que "a vacinação é um direito, mas também uma responsabilidade". E a estagnação na adoção de vacinas "é motivo de séria preocupação", sobretudo agora que as medidas sociais e de saúde pública estão a ser descontraídas em muitos países. "A aceitação pública da vacinação é crucial para evitar mais transmissões, doenças mais graves, mortes acrescidas e um risco acrescido de novas variantes de preocupação."

Fonte: 
Reuters
Nota: 
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