Eventos adversos comunicados após vacinação
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse, durante a última semana, que o seu painel de segurança está a investigar se...

Assim, o Comité de Avaliação de Riscos de Farmacovigilância (PRAC) da agência está a analisar se o eritema multiforme pode ser um efeito colateral da Comirnaty e da Spikevax, depois de alguns casos terem sido comunicados à sua base de dados de eventos adversos após a vacinação. O PRAC também está a investigar possíveis ligações com a glomerulonefrite e a síndrome nefrótica, com base em casos relatados após a vacinação na literatura médica, incluindo casos em que as pessoas sofreram uma recaída de condições renais pré-existentes.

A agência não especificou quantos casos das novas condições foram registados, mas disse ter solicitado mais dados e análises às empresas para ajudar o PRAC a avaliar qualquer relação potencial entre elas. A EMA também não fez recomendações para alterar a rotulagem das vacinas.

Recorde-se ainda que no mês passado, a Agência Europeia de Medicamentos concluiu que a miocardite e a pericardite podem ocorrer em casos "muito raros" na sequência da imunização com vacinas baseadas em mRNA, com o PRAC a recomendar que essas condições sejam adicionadas como novos efeitos colaterais nas suas fichas de informação sobre o produto.

A Comirnaty e a Spikevax são atualmente as duas únicas vacinas à base de mRNA autorizadas na União Europeia para prevenir a Covid-19. As outras duas vacinas que receberam luz verde para serem usadas na região são a Vaxzevria da AstraZeneca e a Ad26.COV2.S. da Johnson & Johnson. No início deste ano, ambas as vacinas virais baseadas em vetores estavam ligadas a casos raros, mas graves de coágulos sanguíneos caracterizados por plaquetas baixas.

 

Forte declínio da eficácia contra a variante Delta
A Pfizer e a parceira BioNTech anunciaram, esta segunda-feira, que submeteram dados da Fase I à FDA que apoiam a utilização de...

A medida surge poucos dias depois de a FDA ter dito que permitiria que fossem administradas três doses de vacinas mRNA a certos indivíduos imunocomprometidos para proteção extra contra a Covid-19, mas observou que atualmente não vê a necessidade de administrar injeções de reforço a outras pessoas totalmente vacinadas. Neste momento, a vacina da Pfizer e da Moderna são as únicas duas vacinas contra o coronavírus baseadas em mRNA autorizadas nos EUA para uso de emergência. Ambos são administradas em duas doses, estando a vacina da Pfizer/ BioNTech autorizada para pessoas com apenas 12 anos, enquanto a vacina da Moderna é permitida para aqueles com mais de 18 anos.

Em comunicado, segunda-feira, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que "os dados que vimos até à data sugerem que uma terceira dose da nossa vacina provoca níveis de anticorpos que excedem significativamente os observados após a toma de duas doses". Bourla tem vindo a sugerido a necessidade de uma terceira dose para manter altos níveis de proteção, especialmente face às variantes emergentes.

Forte declínio da eficácia contra a variante Delta

Um estudo recente não-revisto por pares analisou a eficácia destas duas vacinas, entre milhares de utilizadores no Sistema de Saúde da Clínica Mayo, durante o período de sete meses até julho, durante o qual as variantes Alpha ou Delta eram muito prevalentes. As conclusões enviadas para medRxiv no início deste mês mostraram que ambas ofereceram uma boa proteção contra infeções SARS-CoV-2, com taxas de eficácia de 76% para a vacina da Pfizer/ BioNTech e 86% para a vacina de mRNA da Moderna, respetivamente, bem como contra hospitalizações, onde as taxas foram de 85% e 91,6%, respetivamente.

No entanto, o estudo descobriu que em julho, quando a variante Delta se assumiu como a estirpe dominante, o fosso de eficácia entre as duas vacinas começou a alargar-se. Especificamente, a eficácia contra a infeção SARS-CoV-2 foi consideravelmente menor para o BNT162b2 em 42%, embora a diminuição da proteção tenha sido menos pronunciada para a vacina da Moderna, cuja eficácia caiu para 76%.

Ugur Sahin, presidente executivo da BioNTech, disse que os novos dados de reforço da Fase I "indicam que podemos preservar e até ultrapassar os elevados níveis de proteção contra o vírus de tipo selvagem e variantes relevantes usando uma terceira dose da nossa vacina", acrescentando que isso poderia ajudar a "controlar melhor a propagação das variantes do vírus durante a próxima temporada".

No estudo, os participantes receberam uma dose de reforço de 30-μg de BNT162b2 oito a nove meses após terem a segunda oportunidade. De acordo com a Pfizer e a BioNTech, os resultados mostram que a terceira dose provocou anticorpos neutralizantes significativamente mais elevados contra a estirpe original, em comparação com os níveis observados após as séries primárias de duas doses, bem como contra as variantes Beta e Delta.

Entretanto, os dados da fase III que avaliam a terceira dose são esperados em breve e serão apresentados às autoridades reguladoras globais, incluindo a FDA. A Pfizer e a BioNTech dizem que planeiam procurar um aceno da FDA para a terceira dose em pessoas com 16 anos ou mais, enquanto se aguarda a aprovação da FDA do seu pedido de conversão da autorização de utilização de emergência para o BNT162b2 em plena aprovação – uma decisão que poderá surgir nas próximas semanas.

Lacerda Sales
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, revelou que 80% dos jovens, entre os 16 e 17 anos, foram...

De acordo com o governante, o processo de vacinação que decorreu n último fim de semana foi um “êxito”. “Na vacinação dos 16 e 17 anos, vacinámos 80% desta faixa e, obviamente, iremos continuar a vacinar todos aqueles que faltam», afirmou.

Para o Secretário de Estado, a adesão dos jovens daquelas idades “foi uma grande lição de maturidade”, sublinhando esperar que “essa lição de consciência cívica e de maturidade se transmita agora também para as faixas mais jovens, dos 12 aos 15, que vão ser vacinadas pela primeira vez nos dois fins de semana subsequentes”.

“Dada esta consciência e esta maturidade da nossa população, (esperamos) que possam também ser dois fins de semana de grande adesão», reforçou, indicando que o Governo tem já um «bom indicador”, nomeadamente o facto de 150 mil jovens dos 15 e 16 anos já terem feito o seu agendamento, apesar de se estar ainda no início da semana.

“Além do autoagendamento, teremos também agendamento central e casa aberta, que facilitarão a vacinação destas faixas etárias”, acrescentou.

 

Opinião
As áreas de implementação de Inteligência Artificial (IA) estão a crescer rapidamente.

Esta tecnologia tem o potencial de transformar muitos dos processos já implementados, desde o atendimento do doente à otimização dos processos administrativos. Contudo, no processo de diagnóstico iremos assistir a uma verdadeira revolução. A IA pode ter um desempenho tão bom ou melhor que os atuais métodos de diagnóstico, não os substituindo, mas auxiliando-os, possibilitando resultados mais precisos e com maior rapidez. Além disso, a capacidade de comparar os resultados de um doente com uma base de dados de milhares de resultados, pode possibilitar que o sector da saúde funcione numa base mais preventiva e definindo novas abordagens de tratamento para os pacientes.

A IA está a tornar-se sinónimo de suporte e eficiência na comunidade médica. De uma tecnologia vista com suspeita, uma vez que as alegações iniciais apontavam para a substituição dos profissionais de saúde, a IA passou a ser encarada como uma nova forma de ver e apoiar o diagnóstico de forma mais rápida e que nunca “precisa de dormir”. A inteligência artificial em diagnósticos médicos e cuidados de saúde fornece aos profissionais de saúde e instalações médicas sobrecarregadas, um suporte fiável, ajudando a minimizar a pressão de trabalho e maximiza a eficiência dos profissionais

O desenvolvimento de dispositivos de diagnóstico que utilizam IA e IoT (Internet of Things) agiliza o processo e permite um acompanhamento remoto dos doentes mesmo em locais onde os serviços de apoio ao diagnóstico médico são escassos ou de difícil acesso.

A utilização de IA e IoT, permite diminuir fortemente os custos de realização de diversos testes, além de também reduzir o tempo de espera na obtenção de resultados, mantendo altos padrões de qualidade e a garantia do acompanhamento de equipas de biomédicos em tempo real.

Neste sentido, para criar um ecossistema de desenvolvimento da IA em saúde é muito importante trabalhar em rede e envolver profissionais de saúde, doentes e tecnologia na

procura de soluções eficazes e de alto rigor clínico. Através destas redes de cooperação será possível criar confiança entre a indústria tecnológica e a comunidade médica.

A IA no diagnóstico médico, auxilia e acelera a tomada de decisões médicas, de gestão, administração e fluxos de trabalho. Pode ser usada para diagnosticar diversas patologias, sinalizar anomalias, ajudar os profissionais de saúde a priorizar mais rapidamente casos com risco de vida, diagnosticar arritmias cardíacas, prever resultados de derrames e ajudar na gestão de doenças crónicas ou agudas.

Os benefícios que a IA traz, em particular para clínicas e hospitais, são imensos, e vão desde a otimização de recursos, deteção de fraudes, como prescrição indevida de medicamentos, monitorização do paciente (sinais vitais podem ser verificados e controlados remotamente), deteção de patologias em exames, priorização de pacientes e consequente redução do de espera em casos considerados graves, otimização do trabalho dos profissionais de saúde, até à redução de custos (com a redução de comorbilidades, otimização do uso de recursos, redução de perdas de medicamentos/vacinas devido a prazos de validade), entre outros.

Nos últimos anos, a inteligência artificial usada no diagnóstico, tem-se revelado como uma promessa imensa na mudança dos padrões de atendimento médico, ao mesmo tempo em que reduz as pressões extremas sentidas pela área da saúde e em especial, na área do diagnóstico.

De acordo com o Committee on Artificial Intelligence (CAHAI) e o Conselho Europeu, a inteligência artificial está a ser usada como uma ferramenta valiosa, no apoio à luta contra a pandemia que afetou o mundo desde o início de 2020. A imprensa e a comunidade científica fazem eco às grandes esperanças que a ciência de dados e a IA possam ser usados para enfrentar o COVID-19 e "preencher as lacunas" ainda deixadas pela ciência.

Um ponto em comum entre a Inteligência Artificial e a pandemia do coronavírus é que ambas, por motivos bem diferentes, têm sido descritas como aceleradoras de futuros. E acelerar, foi justamente o objetivo das empresas que têm vindo a desenvolver modelos de IA, que permitem tornar mais rápido o processo de diagnóstico de pacientes com suspeita de Covid-19.

Os serviços de saúde, não são sustentáveis para os desafios futuros que se avizinham, desse modo, o sector necessita de metodologias e ferramentas digitais complementares.

A IA já está a promover grandes mudanças na maneira como determinados processos funcionam e no modo como pessoas e empresas se relacionam com a tecnologia. De forma muito mais rápida, intuitiva e inteligente, os processos dotados de IA são capazes de interpretar dados buscando respostas para os mais diferentes problemas e questões, auxiliando médicos e profissionais de saúde no desempenho das suas funções.

Em suma, a utilização da Inteligência Artificial na área da saúde irá tornar os serviços médicos mais sustentáveis, e melhorar os cuidados de saúde em geral para todos, num futuro próximo.

Prof. Susana de Almeida -  Scientific Manager Pantest Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS-FF) Unidade de Investigação Multidisciplinar em Biomedicina (UMIB) Grupo de Biologia e Genética da Reprodução/Medicina Celular e Molecular (BGR/MCM); Universidade do Porto (UP) – Researcher

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
75% da diversidade genética das culturas foi perdida
“RADIANT: realizando cadeias de valor dinâmicas com culturas subutilizadas” é o novo projeto europeu coordenado pelo Centro de...

Marta Vasconcelos, investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF/ESB/UCP) e coordenadora do projeto RADIANT, afirma que “no último século, 75% da diversidade genética das culturas foi perdida. Existem cerca de 259.000 espécies de plantas, das quais 50.000 são comestíveis (sendo 150-200 realmente consumidas), e apenas três fornecem 60% das calorias e nutrição da dieta humana (milho, arroz e trigo). Este cenário é o culminar de um processo que começa logo ao nível da produção local de alimentos mais diversificados, pois os obstáculos são muitos.”  

É com a finalidade de reduzir estes obstáculos e de tornar possível um aumento da diversidade de culturas, refletida nos alimentos consumidos pelos cidadãos, que o RADIANT se propõe, através de uma abordagem baseada na "Teoria da Mudança", a criar ferramentas que preservem a agrobiodiversidade, tornando possível a diversificação da disponibilidade de alimentos produzidos localmente. Ao promover culturas subutilizadas, que incluem uma mistura de espécies pouco produzidas, como as leguminosas, ou variedades mais antigas e “esquecidas” de culturas mais comuns, como o trigo, milho, cevada ou tomate, a ambição do RADIANT é reduzir a ‘lacuna de produção’ entre as culturas mais populares e as subutilizadas, e a ‘lacuna nutricional’ - entre os alimentos mais consumidos, e os alimentos mais necessários para uma dieta saudável. A investigadora coordenadora do projeto refere, também, que, a par destes objetivos, se pretende “garantir um desenvolvimento económico e social justo para todos os intervenientes das cadeias de valor.”  

Projeto Europeu RADIANT em números 

O projeto europeu “RADIANT - Realizando Cadeias de Valor Dinâmicas com Culturas Subutilizadas”, coordenado pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto, envolve 29 entidades de 12 países - Portugal, Eslovénia, Reino Unido, Hungria, Espanha, Grécia, Itália, Alemanha, Irlanda, Bulgária, Países Baixos, Chipre – e conta ainda com a Food and Agriculture Organization (FAO) das Nações Unidas como parceira.  

Com o projeto europeu RADIANT pretende-se demonstrar transições bem-sucedidas para sistemas inclusivos de agrobiodiversidade; realizar programas de melhoramento para que as culturas subdesenvolvidas sejam mais competitivas; testar as melhores práticas agrícolas que maximizem a  sua produção sustentável; ampliar o seu reconhecimento ambiental, social e nutricional, através da caracterização dos seus múltiplos benefícios; oferecer soluções para a sua integração em cadeias de valor rentáveis, com base em inovações políticas, sociais e de governança; capacitar a sociedade para integrar estes alimentos nas suas dietas. 

Com uma duração de 4 anos e um financiamento acima dos 5.9 milhões de euros através do H2020, o projeto conta com 20 explorações agrícolas piloto, as chamadas “explorações AURORA”, que abrangem as diferentes agroecologias em toda a Europa, e onde boas práticas serão testadas e demonstradas. Marta Vasconcelos explica ainda que “para a concretização do projeto, serão, também, recrutados 45 agricultores participativos para facilitar a integração destas culturas subutilizadas, realizando uma gestão adaptativa da agrobiodiversidade através de ferramentas construídas pelo próprio projeto.”   

Dermatologia
A Acne Vulgar é um distúrbio cutâneo muito comum na adolescência, mas que, em alguns casos, se pode

A acne não se manifesta de igual forma em todas as pessoas. Podem existir apenas imperfeições retencionais, conhecidas por comedões abertos e fechados ou também imperfeições inflamatórias, como pápulas e pústulas.

Embora não sendo grave, a acne apresenta um impacto psicológico importante, dada a idade dos jovens afetados. Esse impacto é, de um modo geral, de curto prazo, mas deve ser acompanhado pois existe o risco de se tornar grave, acompanhando-se de diminuição da autoestima que pode conduzir ao afastamento social ou à depressão.

Existe o mito de que não vale a pena tratar a acne e de que ela deve seguir o seu curso! Esse mito não corresponde à realidade porque, sem tratamento, muitos casos de acne irão apresentar uma evolução desfavorável com risco de lesões permanentes. Por outro lado, o tratamento é com frequência muito eficaz e permite uma melhoria da autoestima.

Se não tratada, a acne pode dar origem a cicatrizes inestéticas ou mesmo desfigurantes, as quais são, por si próprias, difíceis de tratar. Essa evolução será tanto mais rara quanto mais precoce for o início do tratamento.

O tratamento da acne baseia-se na redução na produção de gordura, na aceleração da renovação das células da pele e no controlo da infeção.

O tratamento para cada caso de acne deverá ser decidido pelo médico dermatologista. Muitos dos medicamentos disponíveis podem apresentar efeitos secundários e, por isso, é importante definir o tratamento mais adequado a cada caso.

Por esta razão, gostaria de lhe dar 10 dicas em relação ao tratamento da acne:

  1. Tenha uma boa higiene de vida diária do ponto de vista alimentar (refeições variadas e com horários regu­lares) e de descanso (horas de sono suficientes) e tente controlar, tanto quanto possível, os níveis de ansiedade.
  2. Use cosméticos e bases faciais testadas dermatologicamente e com a expres­sa menção oil-free.
  3. Lave o rosto 2 vezes por dia com um gel apropriado, nomeadamente com agentes anti-irritantes, não-oclusivos e seborreguladores.
  4. Os cremes com peróxido de benzoílo e derivados de vitamina A são os mais eficazes no tratamento de formas de acne leve e impedem a sua recorrência.
  5. Os antibióticos orais podem ajudar no controle de formas de acne leve a moderadas em combinação com produtos de aplicação tópica.
  6. A isotretinoína oral em doses baixas é o “tratamento estrela” da acne.
  7. Por vezes existe a necessidade de se efetuar mais de um ciclo de isotretinoína oral para obter a cura final.
  8. Tratamentos com laser e certos peelings químicos são úteis para certos casos resistentes de acne.
  9. Em muitos casos, contracetivos orais (p.e. ciproterona) ajudam a controlar a acne em mulheres jovens.
  10. As cicatrizes de acne melhoram muito combinando laser ablativo com injeções de ácido hialurónico.

Em resumo, se tem acne, vá ao seu dermatologista. Embora não haja nada revolucionário que tenha aparecido nos últimos anos em relação ao seu tratamento, o uso combinado e prudente de diferentes técnicas e fármacos traduz-se numa taxa de cura de cerca de 95% dos casos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Necessárias intervenções não farmacêuticas
A disponibilidade de vacinas fornece uma solução promissora para conter a pandemia coronavírus. No entanto, não é claro se e...

De acordo com um estudo realizado por cientistas do Instituto de Genómica de Pequim da Academia Chinesa de Ciências, a vacinação por si só não pode parar a pandemia em alguns cenários e as intervenções não farmacêuticas são necessárias para complementar a vacinação e acelerar o fim da pandemia.

No seu trabalho, publicado na revista 'Quantitative Biology', o estudo desenvolveu um modelo epidémico para explorar a dinâmica da pandemia em cenários de vacinação e de intervenções não farmacêuticas, explicitamente parametrizando fatores-chave relacionados com a vacinação, incluindo a duração da imunidade, a eficácia da vacinação e a taxa diária de vacinação, etc.

O modelo foi aplicado ao número diário de casos confirmados de Israel e dos Estados Unidos para explorar e prever tendências sob a vacinação com base nos seus atuais estados epidémicos e medidas de intervenção.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 1.135 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 11 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela que registou maior número de mortes, desde o último balanço: quatro de 11. Segue-se a região Centro, Alentejo e Algarve com duas mortes a cada. A região Norte registou um óbito.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.135 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 411, seguida da região norte com 376 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 93 casos na região Centro, 29 no Alentejo e 151 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 30 infeções e 45 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 768 doentes internados, mais 24 que ontem.  No entanto, as unidades de cuidados intensivos têm menos três doentes internados, relativamente ao último balanço: 154.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.187 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 941.593 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 45.304 casos, menos 63 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.413 contactos, estando agora 53.438 pessoas em vigilância.

Vacinação contra a Covid-19
Segundo dados da task force da vacinação contra a Covid-19, até às 18h50 de domingo, foram vacinados mais de 153 mil jovens com...

A task force relembra ainda que, a partir de hoje, a modalidade «Casa Aberta» passa a estar disponível para os utentes elegíveis com idade igual ou superior a 16 anos.

Quanto à vacinação dos jovens com idades entre os 12 e 15 anos, até às 23h59 de 14 de agosto “foram realizados mais de 159 mil pedidos de agendamento para os dias 21, 22, 28 e 29 de agosto”. Os jovens desta faixa etária que não tenham feito o autoagendamento “irão receber um SMS de agendamento, à semelhança do procedimento que foi efetuado pelos jovens dos 16 e 17 anos”.

Além disso, vai “ser aberto um novo período de autoagendamento para os jovens dos 12 aos 15 anos”.

Para usufruir do sistema de senha digital da modalidade «Casa Aberta» é necessário que o utente aceda ao portal criado para o efeito e tire uma senha no próprio dia em que pretende ser vacinado, obrigatoriamente para um centro de vacinação localizado no seu concelho de residência.

Na solicitação da senha digital, o utente deve antecipadamente verificar se o centro de vacinação pretendido tem o semáforo verde, consultando essa informação no portal da afluência.

 

 

 

Estudo
Novas evidências mostram que os doentes com síndrome de Covid de longa duração apresentam valores mais altos de coagulação...

Para entender o papel da coagulação sanguínea no desenvolvimento desta síndrome, os investigadores examinaram 50 pacientes com sintomas de Covid de longa duração e descobriram que os marcadores de coagulação eram significativamente elevados no sangue de pacientes com síndrome de pós-Covid, ou Covid de Longa Duração, quando comparados com indivíduos saudáveis.

Estes marcadores de coagulação mostraram ser mais elevados nos doentes que necessitavam de hospitalização. Por outro lado, descobriram que mesmo aqueles que eram capazes de gerir a sua doença em casa ainda tinham marcadores de coagulação persistentemente altos.

Os investigadores observaram que a coagulação mais alta estava diretamente relacionada com outros sintomas da síndrome pós-Covid, tais como a redução da aptidão física e fadiga. Apesar de os marcadores da inflamação terem voltado aos níveis normais, este aumento do potencial de coagulação ainda estava presente em pacientes com a Covid de longa duração, explicam.

"Uma vez que os marcadores de coagulação se mantiveram elevados enquanto os marcadores de inflamação voltaram ao normal, os nossos resultados sugerem que o sistema de coagulação pode estar envolvido na causa principal da síndrome de Covid de longa duração", disse Helen Fogarty, autora principal do estudo, ICAT Fellow e estudante de doutoramento no Centro Irlandês de Biologia Vascular na RCSI School of Pharmacy and Biomolecular Sciences.

“Compreender a causa principal de uma doença é o primeiro passo para o desenvolvimento de tratamentos eficazes", disse o professor James O'Donnell, Diretor do Centro Irlandês de Biologia Vascular, RCSI e Hematologista Consultor no Centro Nacional de Coagulação do Hospital de St James, em Dublin.

"Milhões de pessoas já estão a lidar com os sintomas desta síndrome, e mais pessoas desenvolverão Covid de longa duração à medida que as infeções entre os não vacinados continuam a ocorrer. É imperativo que continuemos a estudar esta condição e a desenvolver tratamentos eficazes”, alertou.

 

XVI Congresso Nacional de Podologia realiza-se nos dias 3 e 4 de setembro de 2021
A Associação Portuguesa de Podologia (APP) vai realizar o XVI Congresso Nacional de Podologia, nos dias 3 e 4 de setembro de...

“Ao longo dos anos, temos concentrado todos os esforços na organização do maior e mais conceituado evento da especialidade: o Congresso Nacional de Podologia. Convidamos os podologistas a participar, de forma segura e ativa, nos temas atuais e de grande impacto nas nossas vidas e na nossa atividade profissional. Acreditamos que esta é uma oportunidade única, que permite a partilha de experiências e conhecimentos”, refere Manuel Portela, presidente da APP.

Nestes dois dias, os participantes têm acesso às últimas atualizações científicas sobre temáticas respeitantes às áreas da Podiatria Infantil, Dermopodiatria, Podiatria Desportiva, Biomecânica e Ortopodiatria, Podiatria Clínica, Podiatria Cirúrgica e do Pé Diabético.

Informações e inscrições em: www.xvicongressonacionalpodologia.admeus.pt

 

José Presa assume liderança da APEF
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) elegeu José Presa como presidente da direção para o biénio 2021-2023....

Esta nova direção pretende reforçar o posicionamento institucional da Associação e revitalizar a hepatologia a nível nacional, mantendo a cooperação com as associações congéneres. A renovação geracional, a promoção da produção científica nacional na área das doenças hepáticas, e a formação de interlocutores privilegiados para os temas do fígado, continuarão a ser uma prioridade.

"Encaro esta eleição com grande orgulho, mas ao mesmo tempo com uma enorme responsabilidade, pois, nos próximos dois anos, um dos grandes projetos que vamos implementar será o da Hepatologia em Rede. Esta terá três vertentes complementares: a convergência na APEF do conhecimento sobre o que cada centro nacional em hepatologia faz; a centralização dos contactos de centros de referência no estrangeiro, de modo a que os nossos associados em formação específica possam colher na APEF toda a informação fidedigna antes de efetuarem as suas escolhas; e transformar a APEF num hub científico.", refere José Presa.

A nova direção é também constituída pelos médicos Arsénio Santos (Vice-Presidente), Susana Lopes (Secretária-Geral), Sofia Carvalhana (Tesoureira), Alexandra Rosu (Vogal), Luís Maia (Vogal) e Sónia Sousa Fernandes (Vogal). A Assembleia-Geral é constituída pelos médicos Luís Jasmis (Presidente), Dário Gomes (Vice-Presidente) e Mariana Cardoso (Vogal). O Conselho Fiscal é constituído por Adélia Simão (Presidente), Ângela Rodrigues (Secretária do Conselho Fiscal) e Catarina Martins (Vogal).

 

“Covid-19 E vacinação - A Ciência faz história”
“Covid-19 e Vacinação - A ciência faz história” é o vídeo de sensibilização, dinamizado pela Maratona da Saúde com o apoio da...

A Maratona da Saúde e a Missão Continente lançaram um vídeo de sensibilização, produzido no âmbito da 8ª edição da Maratona da Saúde dedicada às doenças infeciosas, que visa promover a informação sobre o tema da Covid-19 e Vacinação, através da explicação prestada por vários especialistas a perguntas colocadas pelo público em geral.

Este vídeo Covid-19 e Vacinação foi desenvolvido pela Maratona da Saúde com o apoio da Missão Continente, gravado dos estúdios da Unidade de Computação Científica da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia e produzido pela agência de comunicação Creative Minds. O vídeo está disponível no canal de YouTube da Maratona da Saúde no seguinte link:  https://youtu.be/yhkrziTBLQE

No contexto em que vivemos atualmente, a Maratona da Saúde considera ser urgente envolver a sociedade civil como agente de mudança comportamental e preventiva, permitindo que qualquer pessoa possa tomar decisões baseadas no conhecimento e na evidência científica.

Neste vídeo de sensibilização alguns representantes da sociedade civil, incluindo o apresentador Fernando Alvim, colocam questões como qual a importância de vacinar os jovens, o que dizer a quem não quer ser vacinado ou o porquê da necessidade de continuar a usar máscara e fazer testes regulares, no âmbito da pandemia de Covid-19. Como exemplo, Luís Graça, imunologista do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, esclarece que é importante a cobertura vacinal em jovens para controlar a transmissão do vírus na comunidade e Joana Lobo Antunes, comunicadora de ciência do Instituto Superior Técnico, dá um importante contributo ao explicar como se pode evitar a disseminação de notícias falsas sobre este tema que tem sido um dos principais entraves à comunicação com o público em geral. Também Helena Florindo, investigadora e professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, traz esperança para a saúde ao explicar que estão a ser desenvolvidas vacinas contra a Covid-19 cuja metodologia científica também poderá ser aplicada a outras doenças como, por exemplo, em alguns tipos de cancro.

No verão “A saúde do coração não tira férias”
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC),...

“Durante o período de férias, existe uma tendência para cometer alguns excessos alimentares e a reduzir alguns hábitos mais saudáveis, mas é preciso que os cuidados regulares com o coração se mantenham. A adoção de um estilo de vida saudável, optando por uma alimentação equilibrada, pela prática de exercício físico, mesmo que apenas 10 minutos por dia, e evitando situações de stress e o consumo de álcool e de tabaco, são hábitos essenciais para a prevenção da doença coronária”, afirma Eduardo Infante de Oliveira, presidente da APIC.

E acrescenta: “As doenças coronárias são crónicas e obrigam à toma continuada de medicação. No caso de ser um doente cardíaco, lembre-se de que deve levar os medicamentos para o seu destino de férias e não se deve esquecer de os tomar. É muito importante, uma vez que ‘A saúde do coração não tira férias’.”

A doença coronária caracteriza-se pela acumulação de depósitos de gordura no interior das artérias que fornecem sangue ao coração. Esses depósitos causam um estreitamento ou obstrução das artérias o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes que chegam às células do músculo cardíaco. As principais doenças coronárias são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.

 

Inquérito nacional feito junto desta população confirma falhas no tratamento
As hormonas tiroideias são fundamentais para o normal funcionamento do nosso corpo, mas há momentos em que a sua produção é...

“O cumprimento da medicação é essencial para que os doentes possam viver sem sintomas”, confirma Celeste Campinho, presidente da Direção da ADTI. “E estas falhas podem pôr em causa o tratamento por isso quisemos realizar este estudo para ver como podemos melhorar a vida das pessoas que vive com estes distúrbios.”

Ainda de acordo com o inquérito, que contou com a participação de 720 pessoas com hipotiroidismo, para 52,1% nem sequer há um motivo para este esquecimento, enquanto 27,4% defendem que resulta de uma perturbação da sua rotina ou do facto de não terem consigo o medicamento, sendo que para 15,3% a falta de cumprimento está associada à incapacidade de respeitar os requisitos de ingestão de comida/bebida (não devem ser ingeridos alimentos ou bebidas na meia hora seguinte à toma da medicação).

A maioria dos inquiridos (67,8%) confirma sentir-se muito incomodada com o cansaço ou falta de energia associados ao hipotiroidismo, com 56,4% a referirem o aumento de peso, um dos principais sintomas relacionados com esta disfunção, e 55,4% a ansiedade/nervosismo. Segue-se a irritabilidade (47,5%) e o mau humor ou depressão (46,4%).

O inquérito confirma ainda a necessidade de mais informação. Ao todo, 42,5% sentem que têm pouca ou nenhuma informação a respeito dos efeitos secundários do medicamento ou suplemento alimentar que tomam, bem como sobre as interações que os mesmos possam ter com outros medicamentos ou suplementos alimentares que esteja a tomar em simultâneo. Um valor a ter em conta, até porque, ainda de acordo com o mesmo estudo, são muitos os que se enquadram nesta categoria: cerca de 63,5% consomem medicamentos para outro tipo de patologias além do hipotiroidismo, com 50,1% a indicarem estar sujeitos a medicação para mais duas a cinco patologias.

O inquérito mostra que quase metade dos inquiridos recebeu o seu diagnóstico há mais de 10 anos, com apenas 7,9% a descobrirem sofrer desta patologia há menos de 12 meses. E que, neste último ano, 32,4% tiveram necessidade de assistência médica por causa do hipotiroidismo.

“O estudo nacional que teve início na Semana Internacional da Tiroide, foi um sucesso. Salientamos que o elevado número de inquéritos realizados veio trazer-nos dados reais sobre as pessoas que vivem com hipotiroidismo. Só conhecendo a realidade é que se pode intervir no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com esta patologia,” conclui Celeste Campinho. 

O inquérito foi realizado por via do método CAWI (online) a indivíduos diagnosticados com hipotiroidismo em Portugal, entre os dias 24 de maio a 30 de junho, tendo sido recolhidas e validadas 720 respostas.

Acreditação da Joint Commission Internacional
O Hospital Lusíadas Porto, do Grupo Lusíadas Saúde, voltou a ser distinguido pela Joint Commission International (JCI),...

Os parâmetros de qualidade avaliados pela JCI incluem mais de 1.200 requisitos, relacionados com a segurança do doente e padrões clínicos e não clínicos, atendimento, gestão e organização e estendeu-se também à Clínica Lusíadas Gaia. Esta Clínica torna-se assim a primeira em Portugal a revalidar a acreditação pela qualidade da prestação do seu serviço.

O processo de auditoria e acreditação internacional só é possível porque uma vasta equipa de profissionais do Hospital Lusíadas Porto e Clínica Lusíadas Gaia cumprem todos os dias as rigorosas Metas Internacionais de Segurança do Doente.

“Passar por esta auditoria quatro vezes com sucesso, primeiro em 2012, depois em 2015 e em 2018, e agora, em 2021, num processo internacional tão rigoroso é um sinal inequívoco do compromisso do Grupo Lusíadas Saúde com a prestação de cuidados de saúde de excelência”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

“Num ano marcado ainda marcado pela pandemia, esta certificação vem comprovar que a qualidade e a segurança dos nossos clientes continuam no topo das nossas prioridades e dão a confiança necessária a todas as pessoas que nos confiam a sua saúde”, acrescenta Joana Menezes, administradora do Hospital Lusíadas Porto.

A Lusíadas Saúde não só foi o primeiro grupo de saúde em Portugal a ter hospitais acreditados pela JCI, como é o Grupo com maior número de unidades credenciadas: Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada, e Hospital Lusíadas Lisboa. Também as Clínicas Lusíadas Almada, Parque das Nações e Gaia estão acreditadas desde 2018.

 

Terceira unidade de acompanhamento em Portugal para doentes com patologia do sono
A Linde Saúde, empresa líder em Portugal na prestação de cuidados respiratórios domiciliários, acaba de inaugurar uma nova...

Este é um serviço complementar à terapia de sono fornecida pelo programa LISA® (Leading Independent Sleep Aide), que permite aos doentes um acompanhamento realizado por profissionais de saúde especializados na terapêutica com ventilação.

“A Linde Saúde está envolvida no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doentes afetados por distúrbios respiratórios do sono há mais de 30 anos. Durante estas três décadas tentámos sempre adaptar-nos às necessidades dos nossos doentes e foi a pensar neles que decidimos abrir esta nova unidade, que permite um acompanhamento da terapia para as pessoas com uma vida ativa e que necessitem de um acompanhamento flexível. Esta nova localização permite abranger uma área populosa da região da Grande Lisboa, permitindo um acesso facilitado aos cuidados assistenciais da Linde Saúde.”, afirma João Tiago Pereira, Senior Product and Business Development Manager da Linde Saúde.

O Centro Linde Saúde está adaptado ao contexto atual da Covid-19 e permite assegurar a prestação de cuidados de proximidade com o mesmo nível de qualidade assistencial dos cuidados domiciliários. Esta nova unidade de apoio disponibiliza inícios de terapia com CPAP e Auto-CPAP; seguimento da terapia de CPAP e Auto-CPAP; resolução de problemas técnicos e leitura de cartão com envio por correio eletrónico.

“Em termos de atividade, os Centros de Lisboa e do Porto contam já com mais de 3 000 serviços realizados desde o início do ano. Este resultado, fruto da dedicação e da qualidade de todos os profissionais envolvidos, demonstra claramente o nível de satisfação dos doentes que usufruem desta oferta que complementa o serviço domiciliário já prestado”, reforça.

Hélder Reis é o rosto da campanha lançada recentemente no Facebook
– No âmbito da campanha europeia “Let’s Talk About Prostate Cancer”, a Astellas Farma lançou em Portugal a iniciativa “Homens...

Ciente da importância de sensibilizar a população portuguesa, em especial os homens, a Astellas criou uma nova área no seu website e lançou a Página Facebook “Homens Bem Informados” para partilhar conteúdo informativo sobre o cancro da próstata, proporcionando um maior conhecimento e esclarecimento sobre a patologia. No website podem ser consultadas informações em maior detalhe, tais como a caracterização deste cancro, os sintomas, os fatores de risco e formas de diagnóstico.

“A doença da próstata é uma doença que progride silenciosamente podendo não se manifestar durante vários anos. Como tal, torna-se fundamental alertar os homens para essa realidade para evitar”, refere Filipe Novais, diretor geral da Astellas Farma, acrescentando que “a campanha é, por esse motivo, muito centrada na mensagem ‘estar informado faz toda a diferença”.

Há precisamente um ano, o grupo de peritos da campanha “Let’s Talk About Prostate Cancer”, composto por representantes de médicos e doentes, chamaram a atenção para o impacto da COVID-19 nos doentes com cancro da próstata na Europa, apelando aos decisores que implementassem estratégias para que estes pudessem ser diagnosticados e tratados o mais rapidamente possível.

O cancro da próstata é a segunda principal causa de morte por cancro em homens acima dos 50 anos de idade. Em Portugal, a mortalidade corresponde a 38,6 por 100 mil habitantes, um valor superior à média da União Europeia, equivalente a 32,7 por 100 mil habitantes. 

 

Principais conselhos
As férias de verão são, quase que por tradição, para muita gente, um tempo de descanso, de diversão,

Também conhecida por doença hepática, as doenças do fígado resultam no anormal funcionamento deste órgão. São inúmeras as patologias que podem atingir o fígado e causar graves consequências à sua função, como a cirrose e o cancro do fígado: as mais frequentes são as hepatites, causadas pelos vírus B e C, consumo de álcool e o fígado gordo.

Praticamente todas estas doenças são resultantes de comportamentos de risco: consumo de álcool e drogas; sedentarismo e a uma alimentação desequilibrada, que condiciona obesidade e diabetes; à partilha de seringas e de objetos de higiene pessoal; e a uma higiene desadequada.

As doenças do fígado são tratáveis e se falarmos por exemplo na hepatite C, podemos até dizer que é curável. Contudo, não há qualquer dúvida de que a melhor forma para combater estas doenças é preveni-las. E é tão fácil fazê-lo!

Divirta-se neste verão, mas não deixe de cuidar da saúde do seu fígado, ou seja, de cuidar de si e também dos seus.

  • Mantenha um peso saudável. A perda de peso ou a manutenção de um peso adequado são fundamentais para prevenir algumas doenças hepáticas, sobretudo fígado gordo. Não descure sua saúde só porque está de férias: 
  • Adote uma dieta equilibrada. Evite refeições calóricas; gorduras saturadas; hidratos de carbono refinados, como por exemplo pão branco, arroz branco, massas habituais, entre outros; e açúcar, como seja a frutose. Não coma marisco cru ou mal cozinhado.
  • Mantenha-se hidratado. Beba muita água. A hidratação é essencial.
  • Pratique exercício físico. Aproveite as férias para fazer exercício ao ar livre, passear, correr, andar de bicicleta ou outra modalidade do seu interesse.
  • Não beba álcool. As bebidas alcoólicas podem ter consequências graves na função do seu fígado, podendo causar cirrose e nalguns casos cancro do fígado.
  • Evite agulhas contaminadas. Não partilhe agulhas ou outros materiais cortantes, quer seja ou não para consumo de drogas.
  • Se decidir fazer uma tatuagem ou um piercing, certifique-se que as agulhas estão esterilizadas.
  • Não partilhe objetos de higiene pessoal. Podem estar contaminados.
  • Use preservativo. Se tem um novo parceiro sexual ou vários, proteja-se, de forma a prevenir infeções como a hepatite A, a hepatite B ou a hepatite C.
  • Mesmo de férias, tome os medicamentos. Não se esqueça de os levar consigo e de os tomar, tal como indicado pelo seu médico assistente.

Lembre-se, o seu fígado não está de férias. Cuide-se. Além das medidas recomendadas acima - que deve ter presentes nas férias de verão, mas que deve adotar todo o ano - não se esqueça de lavar/desinfetar regularmente as mãos. Esta medida é essencial para a prevenção de uma doença do fígado e de uma série de outras patologias infecciosas, como a Covid-19.

Para terminar, e se ainda não está vacinado contra a hepatite B, pense nisso. Proteja-se e tenha umas boas férias.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo de investigadores da Escola de Medicina da UMinho
Segundo uma equipa de investigadores do ICVS da Escola de Medicina da Universidade do Minho liderada por Nuno Osório, o estudo...

A investigação da equipa de Nuno Osório e Sílvia Portugal (investigadora portuguesa do Instituto Max Planck) revelou uma assinatura de transcrição, ou seja, um perfil transversal a vários estudos que identifica uma hipótese nova: o tempo de circulação do parasita está associado ao seu potencial de crescimento e virulência, influenciando o resultado da doença. Com a ajuda da bioinformática foi possível demonstrar a importância de estarmos atentos ao estado de desenvolvimento dos parasitas nos nossos glóbulos vermelhos infetados.

O investigador Nuno Osório explica: “A maior carga de parasitas resulta da capacidade que terão em promover uma ligação forte dos glóbulos vermelhos infetados às células endoteliais [parte da parede interna dos nossos vasos sanguíneos], retirando-os da circulação sanguínea e permitindo fugir à eliminação que numa situação normal aconteceria no baço. Isto contribuirá para um aumento mais rápido da quantidade de parasitas no corpo da pessoa infetada, resultando em apresentações clínicas piores”.

“Ao destacarmos a dinâmica de adesão celular dos glóbulos vermelhos infetados como uma das grandes forças impulsionadoras da severidade clínica da malária reforçamos também futuros alvos terapêuticos que poderão ser utilizados em novas formas de combater a malária”, remata o investigador da Universidade do Minho.

O trabalho desenvolvido contou, em todas as etapas, com apoio de bioinformática. “Nos últimos anos, a bioinformática permitiu evoluir da investigação científica centrada num conjunto limitado de genes ou proteínas para uma perspetiva mais ampla, mais geral e completa”, contextualiza Nuno Osório, responsável da equipa do ICVS que coordenou o trabalho em bioinformática.

Além do papel essencial na identificação de assinaturas, como teve neste trabalho específico, a utilização desta área na investigação biomédica permite a utilização de dados em larga escala, ajudando a responder a questões biológicas mais avançadas. “Estes avanços poderão ser traduzidos em métodos de diagnósticos mais avançados, ou terapias mais eficazes para diversas doenças”, conclui.

A malária é a maior causa de morte em África, com aproximadamente 400 mil mortes em 2019, a maioria de menores de cinco anos.

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