Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 780 casos de infeção pelo novo coronavírus e 11 mortes em território nacional. O número de...

A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou maior número de mortes, desde o último balanço: quatro mortes de um total 11. Segue-se o Alentejo com três e a região Norte com duas. A região Centro e o Algarve têm um óbito, cada, a assinalar. 

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 780 novos casos. A região Norte foi aquela que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 324, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 242 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 103 casos na região Centro, 39 no Alentejo e 48 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 16 infeções, e os Açores com oito.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 455 doentes internados, menos 16 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos quatro doentes internados, relativamente ao último balanço: 78.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.805 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.012.577 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 32.598 casos, menos 1.036 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 656 contactos, estando agora 29.413 pessoas em vigilância.

Sinais de alerta
O Dia Mundial da Doença de Alzheimer foi estabelecido em 1994 pela Organização Mundial de Saúde e pe

Nunca é demais relembrar, tanto a comunidade em geral como os profissionais de saúde, que a demência não é uma consequência inevitável do normal envelhecimento e por isso o surgimento dos sinais de alerta não deve ser ignorado. Quanto mais cedo forem valorizados tais sinais, mais cedo se pode apoiar e proteger a pessoa afetada e seus familiares e cuidadores, implementar programas para estimulação e treino das capacidades cognitivas e de apoio nas atividades do quotidiano, por forma a atrasar a progressão da doença e minimizar o seu impacto na qualidade de vida das pessoas afetadas. O diagnóstico atempado da demência, e não em fases avançadas como frequentemente acontece, é também fundamental para preparar o futuro, numa altura em que as pessoas que vivem com a doença ainda podem tomar decisões por si próprias, de forma a respeitar as suas vontades e preservar a sua dignidade. É, portanto, fundamental que na presença de sinais de alerta de demência as pessoas ou seus familiares procurem o seu médico de família ou médico de Neurologia, Psiquiatria ou Geriatria.

A implementação de muitas das intervenções que podem melhorar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas com demência dependem das políticas de saúde e sociais em vigor em cada país. Recentemente muitos peritos vieram apelar a que se pusessem em prática programas cujo benefício já foi demonstrado. Estes apelos tornaram-se ainda mais sonantes dado que os resultados dos medicamentos têm ficado aquém das expetativas. Muitas destas intervenções ainda só chegam a uma minoria das pessoas, mas a comunidade em geral pode ter uma voz ativa e reivindicar pela sua generalização. Algumas das intervenções que merecem significativo investimento são os cuidados com a visão e a audição (por exemplo, fornecimento de óculos e aparelhos auditivos e cirurgia das cataratas). A promoção da socialização e atividades lúdicas, por exemplo em centros de dia, podem atrasar a progressão da doença e melhorar o bem-estar das pessoas com demência. Os programas de estimulação cognitiva e terapia ocupacional têm de ser generalizados e chegar a todos os que deles beneficiam.

Os serviços sociais para prestação de apoio em atividades do dia-a-dia como cozinhar, fazer compras, pagar contas, realizar a higiene pessoal e do domicílio, são cruciais para possibilitar que as pessoas que vivem com demência permaneçam nas suas casas, atrasando a institucionalização tanto quanto possível. A existência de cuidadores informais é decisiva para evitar a institucionalização, mas estes também necessitarão de apoio por forma a evitar a sobrecarga do cuidador e preservar a sua saúde física e mental, como por exemplo programas para descanso do cuidador, grupos de apoio e até mesmo medidas de apoio económico. O treino de competências dos cuidadores ajudará a lidar com as dificuldades no cuidado das pessoas com demência. Nalguns casos, malogradamente, a institucionalização será inevitável, mas as instituições também deverão ser preparadas para as especificidades das pessoas com demência e os seus profissionais deverão receber formação adequada.

Por fim, mas não menos importante, devemos consciencializar-nos que a demência pode ser prevenida; este foi aliás o lema da campanha de 2014. De facto, a modificação de 12 fatores de risco pode prevenir ou atrasar 40% dos casos de demência.  O que pode então ser feito para reduzir o risco de demência? Educação, atividade física e socialização desde a infância, prevenção do trauma cerebral, prevenção ou correção do défice auditivo, evicção do tabagismo e alcoolismo, controlo da poluição atmosférica, prevenção e tratamento da hipertensão, diabetes e da obesidade e da depressão.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Plano pretende alcançar melhorias em todos os momentos que envolvem cuidados ao AVC
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) e a Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos já...

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua a ser uma das principais causas de morte e incapacidade na Europa e as projeções mostram que, com a abordagem atual, a sobrecarga do AVC continuará a aumentar em 25% na próxima década. "Mesmo nesta fase de pandemia que vivemos, o AVC continua a ser um dos principais motivos de internamento e requer atenção constante para um tratamento rápido e eficaz, assim como para uma reabilitaçãocoordenada, multidisciplinar e atempada", pode ler-se em nota de imprensa. 

A Organização Europeia do AVC (European Stroke Organization - ESO) desenvolveu em cooperação com a Stroke Alliance for Europe (SAFE) um Plano de Ação para o AVC na Europa (SAP-E), para aplicar entre os anos de 2018 a 2030.

Este Plano pretende alcançar melhorias em todos os momentos que envolvem cuidados ao AVC, incluindo a prevenção primária, organização dos serviços que prestam cuidados no AVC, tratamento de fase aguda, prevenção secundária, reabilitação, avaliação dos resultados e melhoria da qualidade de vida após o AVC.  O detalhe do Plano de Ação para o AVC na Europa pode ser consultado em: https://actionplan.eso-stroke.org/wp-content/uploads/2021/03/sap-portugal-s.pdf.

A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) e a Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos, que são, respetivamente, a principal sociedade científica e a associação de doentes na área do AVC em Portugal, trabalharam em conjunto para estabelecer um compromisso na prestação de cuidados ao AVC. Um passo importante foi dado no final de agosto de 2021, em que as autoridades portuguesas de Saúde se comprometeram, através da Direção Geral de Saúde, a suportar a implementação do Plano de Ação para o AVC na Europa. 

Assim, Portugal junta-se a vários países europeus no combate ao AVC, com um plano conjunto até ao ano de 2030. "A SPAVC e a Portugal AVC continuarão empenhadas nas suas iniciativas científicas e ações junto da comunicação social e população, de forma a contribuir para melhorar a qualidade de vida do sobrevivente de AVC e sua família, bem como diminuir os custos socio-económicos associados ao AVC em Portugal", revelam em conunicado. 

Descoberta
Um grupo de investigadores brasileiros identificou dois marcadores genéticos que podem indicar quais os pacientes que correm...

Os biomarcadores, detetáveis nas análises ao sangue, são duas enzimas cujos níveis aumentaram significativamente mais entre os doentes com coronavírus que acabaram por morrer do que entre aqueles que conseguiram recuperar da infeção, informou a Universidade de São Paulo (USP).

A peculiaridade destas enzimas foi descoberta por investigadores da USP, a principal universidade do Brasil; a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o principal centro de investigação em saúde da América Latina, e a Clínica Mayo nos Estados Unidos.

De acordo com o estudo, cujos resultados constam de um artigo publicado na última edição da revista científica internacional Biomedicine & Pharmacoterapia, os níveis de metaloproteinases (MMP) 2 e 9 em doentes que morreram de Covid eram muito superiores aos registados naqueles que recuperaram da doença.

Os investigadores avaliaram os níveis destas enzimas no sangue de 25 pacientes hospitalizados num hospital universitário da USP e 29 pessoas saudáveis.

As metaloproteinases compreendem uma família de 25 enzimas que atuam na degradação das proteínas da matriz celular, ou seja, na união das células, para garantir a remoção e renovação permanente dos tecidos.

 

 

Consórcio nacional quer investir 20 milhões de euros na internacionalização da aplicação
A Mediceus, start-up portuguesa na área dos dados de saúde, patenteou no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial)...

A start-up que desenvolveu esta nova funcionalidade, inédita a nível mundial, prepara agora a internacionalização no âmbito de um consórcio que junta hospitais, empresas e universidades, para o que vai apresentar uma candidatura de investimento com um montante indicativo de 20 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A nova funcionalidade assegura que os utentes acedam aos seus dados pessoais de saúde nos seus telemóveis, enviados pelos prestadores e gestores da informação, sem que seja possível à Mediceus de reidentificar os titulares. A solução é o resultado de dois anos de desenvolvimento de uma plataforma informática desenvolvida por investigadores portugueses.

Esta é a primeira patente de invenção da Mediceus, com a designação PT 115.479. A atribuição pelo INPI acontece apenas 20 meses depois do respetivo pedido ter sido feito.

Para Peter Villax, fundador da Mediceus, “as patentes que cobrem funcionalidades informáticas são difíceis de obter, e os examinadores do INPI colocaram numa fase inicial várias objeções pertinentes. Respondemos as essas objeções com modificações no texto da patente, que acabaram por ser aceites, levando a uma concessão muito rápida”.

 

A Linha 1400 foi lançada para ligar os portugueses às farmácias durante a pandemia
A Linha 1400, linha de assistência farmacêutica dinamizada pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), venceu um dos mais...

Dominique Jordan, presidente da Federação, que representa 151 organizações profissionais farmacêuticas de todo o mundo, sublinhou o carácter inovador e a rapidez de implementação da iniciativa das farmácias portuguesas como resposta à necessidade de assegurar o acesso seguro aos medicamentos e aconselhamento farmacêutico dos cidadãos durante a crise pandémica.

A Linha 1400 foi lançada em março de 2020, no primeiro pico pandémico e confinamento geral. O serviço telefónico de âmbito nacional e gratuito, também disponível online desde fevereiro de 2021 (www.1400SAFE.pt), funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Pode ser usado para planear visitas à farmácia, reservar, encomendar e ajudar a encontrar medicamentos que, sendo urgentes, têm disponibilidade reduzida e, mais recentemente, para identificar as farmácias prestadoras do serviço de testes rápidos de antigénio. A sua utilização é particularmente recomendada à noite, altura em que a Linha 1400 identifica rapidamente a farmácia de serviço mais próxima e com disponibilidade para responder aos pedidos das pessoas, evitando assim deslocações desnecessárias.

O serviço garante a cada português que terá à sua espera, na farmácia da sua preferência, todos os medicamentos e produtos de saúde de que necessita, havendo ainda diversas modalidades de entregas ao domicílio asseguradas em todo o país. Antes de libertar qualquer encomenda, a farmácia escolhida contacta sempre o utente para o esclarecer quanto aos benefícios, riscos e instruções a seguir para o bom uso dos medicamentos.

Com este prémio, a FIP reconheceu também o papel que a Linha teve no apoio à dispensa de medicamentos hospitalares em farmácias comunitárias e entregas domiciliárias em articulação com outras entidades, permitindo assim reduzir consideravelmente as movimentações de pessoas inseridas em grupos de risco e ajuntamentos nos hospitais.

«A Linha 1400 nasceu para dar resposta a uma necessidade criada pelas medidas de prevenção e controlo da COVID-19, mas a experiência tem demonstrado a sua pertinência no chamado “novo normal”, em que a pandemia se tornou parte da vivência coletiva», observa Marisa Gomes, responsável pelo Centro de Atendimento da Linha 1400. «A população tem demonstrado uma enorme satisfação com o serviço, que veio reforçar a confiança depositada nas farmácias comunitárias e ajudar os profissionais que aí trabalham a enfrentar os desafios colocados pela COVID-19. Naturalmente estamos muito orgulhosos deste reconhecimento da FIP», conclui.

Reconhecimento
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) é o novo membro da Agência Internacional para a Prevenção da...

“Este é um momento de especial alegria e orgulho para os optometristas portugueses. É uma honra podermos a partir de agora integrar a IAPB”, refere Raúl de Sousa, optometrista e Presidente da APLO.

Em contagem decrescente para o do Dia Mundial da Visão, que se assinala a 14 de outubro, para o presidente da APLO, a mais recente conquista vem demonstrar o reconhecimento do valor, importância e contributo dos optometristas portugueses para a ciência e cuidados de saúde da visão em Portugal e no mundo.

“A excelência da Optometria portuguesa é uma vez mais reconhecida e chamada a prestar serviço em defesa da saúde da visão mundial. É mérito devido aos Optometrista portugueses pela forma como todos os dias colocam o seu conhecimento e trabalho ao serviço dos Portugueses e da sua missão de assegurar cuidados para a saúde da visão para todos, em qualquer lugar”, destaca ainda Raúl de Sousa.

Fundada a 10 de janeiro de 1975, a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB) é uma aliança internacional, que atua em mais de 100 países e trabalha na promoção de a saúde ocular a nível mundial.

Em parceria, a APLO e a IAPB renovam o compromisso de desenvolver esforços para sensibilizar e captar a atenção da comunidade internacional, para os cuidados da visão.

“Trabalhamos juntos por um mundo em que todos tenham acesso com o melhor padrão possível de saúde ocular, onde ninguém sofra de deficiência visual evitável e onde aqueles com perda irreparável de visão alcançam todo o seu potencial”, frisa Peter Holland, CEO da IAPB.

 

 

Retrato das Unidades de Dor no contexto da pandemia de COVID-19
A situação excecional provocada pela COVID-19 veio alterar significativamente a organização do sistema de saúde, por força da...

Segundo Ana Pedro, Coordenadora da Unidade de Dor do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca e Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “com a pandemia, houve um forte impacto do ponto de vista organizacional. Houve necessidade de reorganizar serviços e de instituir procedimentos e formas de atuar diferentes. Foi necessário diminuir o movimento de pessoas, evitar circulação cruzada e alocar os profissionais de saúde por forma a reforçar as Unidades de Cuidados Intensivos”.

Também Nuno Franco, Especialista em Anestesiologia e Responsável pela Consulta de Dor Crónica no Centro Hospitalar do Médio Tejo, sublinha que “os doentes com dor crónica tentaram evitar as consultas presenciais devido ao desconhecimento profundo da doença COVID-19 e das medidas de prevenção nos próprios hospitais. Desta forma, houve doentes que ficaram por diagnosticar ou que adiaram os próprios tratamentos e exames complementares”.

Para além da realocação de recursos humanos e da maior pressão a nível do número de internados, “as Unidades de Dor passaram a aturar muito através do contacto telefónico, pelo que foi necessário desenvolver esta dinâmica e aumentar o contacto entre os hospitais e os doentes. Os doentes com dor crónica têm alguma dificuldade em transmitir algumas informações via telefone, dada a conhecida subjetividade da dor, sendo, por isso, crucial a consulta presencial. Esta foi uma das maiores dificuldades que sentidas enquanto profissional de Saúde", explica Nádia Andrade, Coordenadora da Unidade Terapêutica de Dor da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE.

Estima-se que a prevalência da dor crónica em Portugal seja de 37%, o que significa que um em cada três portugueses vive com dor crónica. É a segunda doença mais prevalente em Portugal e é causadora de morbilidade, absentismo, dependência, afastamento social e incapacidade temporária ou permanente, gerando elevados custos aos sistemas de saúde, com grande impacto na qualidade de vida do doente e das famílias.

O Retrato das Unidades de Dor no contexto da pandemia de COVID-19 foi um dos temas em discussão no Fórum e-Futuro, um dos maiores eventos sobre dor crónica em Portugal, realizado pela Grünenthal, este ano em formato exclusivamente digital, que reuniu palestrantes nacionais e internacionais de renome, incluindo os especialistas Ana Pedro, Nuno Franco e Nádia Andrade.

Iniciativa de sensibilização
A doença de Alzheimer afeta cerca de 44 milhões de pessoas em todo o mundo. Para marcar o dia dedicado à sensibilização da...

Esta ação, que se enquadra no projeto Printed Memories da marca, tem como objetivo sensibilizar a população para a problemática da doença. Por outro lado, tem ainda o propósito de ajudar na pesquisa da cura, uma vez que as receitas angariadas com a venda do livro reverterão a favor da Alzheimer´s Research, instituição de solidariedade e investigação líder a nível mundial na procura de uma cura para a demência e que é parceira da Ricoh no programa Printed Memories.

E como as memórias são o mais importante para todos e o futuro é digital, a Ricoh, em parceria com a Associação de Dinamização da Baixa Pombalina, desafia todos os interessados a participarem num Peddy-Paper por várias lojas. Os participantes, sempre que desvendarem um enigma encontram a localização das imagens finalistas do concurso, que podem ser vistas através de um QRCode. Esta é uma forma de (re)descobrir a História de locais emblemáticos da cidade e também de manter o cérebro ativo, algo que previne o aparecimento de doenças ligadas à demência. Qualquer pessoa poderá partir à descoberta das imagens, nesta exposição virtual, até o dia 1 de outubro, sendo que a primeira pista pode ser encontrada no My Story Hotel Figueira, na Praça da Figueira

“Com o projeto Printed Memories Corporate Social Responsibility da Ricoh, lançado em 2017 e a nível europeu, procuramos apoiar a causa da doença de Alzheimer. Esta ação enquadra-se nos nossos valores fundamentais e no nosso compromisso com os OD, contribuindo para a sensibilização da problemática da doença. Por isso, queremos continuar a contribuir para a informação e sensibilização da comunidade, sobretudo daqueles que sofrem com esta doença, como já temos feito através da contribuição da nossa tecnologia inovadora e experiência ao serviço das terapias da memória e da psicoestimulação com várias instituições”, explica Ramon Martin, Ceo da Ricoh Espanha e Portugal.

“Este é um momento alto de cultura na baixa pombalina com o lançamento de um livro e exposição fotográfica. Este evento trará um olhar especial para todos os que visitarem a nossa baixa. A Associação de Dinamização da Baixa Pombalina abraça este projeto com todo o carinho pelo seu interesse cultural, de conhecimento e informação”, refere o presidente da ADBP, Manuel de Sousa Lopes.

A par destas ações a Ricoh entregou ainda os prémios aos três vencedores do concurso: uma máquina fotográfica Ricoh Theta que capta imagens a 360º (1º prémio) a Filipe Salgado. com a foto “O Encontro”; um curso de fotografia no IFP (2ª prémio) a Manuela Vara com a foto “Olhar Virtual, sorriso real” e um tablet (3º prémio) a Tiago Nascimento autor da fotografia “Bancada de Atacama”.

Alzheimer Portugal lança campanha para aumentar conhecimento sobre as Demências
Este ano, no âmbito das iniciativas desenvolvidas para assinalar o dia e o mês da Pessoa com Doença

Há 32 anos que a Alzheimer Portugal desenvolve a sua atividade com a missão específica de promover a qualidade de vida das Pessoas com Demência e a dos seus familiares e Cuidadores, no respeito absoluto pelos Direitos Fundamentais à Liberdade e à Autodeterminação, promovendo a sua autonomia e envolvimento social.

Enquanto Associação de Doentes, uma das suas principais atribuições consiste em aumentar a literacia em saúde com vista a aumentar o conhecimento e diminuir o estigma na área das Demências.

Este ano, no âmbito das iniciativas desenvolvidas para assinalar o dia e o mês da Pessoa com Doença de Alzheimer, a Associação lança uma campanha de consciencialização e informação pública, com o apoio da farmacêutica Roche, com o objetivo de promover um maior conhecimento sobre as Demências, em particular, sobre os fatores de risco modificáveis e as estratégias que cada um de nós pode ir desenvolvendo ao longo da vida para reduzir o risco de desenvolver Demência. Com esta campanha pretende-se ainda combater o estigma e apelar para o envolvimento político e mediático em torno desta problemática cada vez mais relevante do ponto de vista social e de saúde pública.

De facto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, as Demências são atualmente a sétima causa de morte de entre todas as doenças e são também uma das principais causas de incapacidade e dependência das pessoas mais velhas em todo o mundo.

Em Portugal estima-se existirem cerca de 200.000 Pessoas com Demência e as recentes projeções publicadas pela Alzheimer Europe apontam para o nosso país perto de 350.000, em 2050.

Estamos assim, enquanto sociedade, perante um desafio inédito e muitíssimo exigente e temos todos, a nível individual e coletivo, enquanto cidadãos, organizações, e Estado - a nível local e regional, como nacional - que nos envolver e dar o nosso contributo não só para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a doença e de quem cuida, mas também para prevenir, na medida do possível, as Demências ou, pelo menos, adiar o mais possível o início dos sintomas.

Apesar do contínuo envelhecimento da população e do número crescente de Pessoas com Demência ao longo dos últimos anos, e ao contrário de outras doenças crónicas, pouca atenção tem sido dada ao tema da prevenção. Contudo, existe evidência científica de há um tempo a esta parte sobre os fatores de risco modificáveis associados às Demências.

Com efeito, a revista Lancet publicou em 2017 uma importante revisão da literatura na qual se identificam nove destes fatores, sendo que numa atualização desta revisão publicada em 2020 se acrescentaram mais três à lista. Estes doze fatores de risco são: baixo nível educacional; hipertensão arterial; diabetes; obesidade; abuso de bebidas alcoólicas; tabagismo; depressão; inatividade física; trauma cranio-encefálico; surdez; poluição atmosférica e isolamento social.

Naquela publicação afirma-se que até 40% dos quadros demenciais podem ser preveníveis se, por um lado, se diminuir o risco de lesão no cérebro e, por outro, se aumentar a chamada Reserva Cognitiva.

Devemos, assim, investir na implementação de várias estratégias, a maior parte das quais se relacionam com a adoção de um estilo de vida saudável e com a estimulação intelectual e social.

Primeiro, alcançar níveis educacionais superiores na infância e maiores níveis de instrução ao longo da vida é importante porque a educação é um fator protetor. De acordo com a referida publicação, alguns estudos encontraram associações positivas entre certas atividades desenvolvidas na meia-idade e uma melhor cognição na idade avançada. Exemplos dessas atividades são: viagens, passeios sociais, tocar um instrumento musical, arte, atividade física, ler, falar uma segunda língua, jogar jogos e resolver problemas.

Com vista a minimizar a diabetes, tratar a hipertensão e reduzir a obesidade na meia-idade, três dos fatores de risco elencados, importa cuidar da nossa alimentação e fazer atividade física regular, adequada à nossa condição de saúde e em articulação com o nosso médico assistente. A atividade física consiste também numa estratégia para contrariar o sedentarismo, sendo que a Organização Mundial de Saúde recomenda determinadas atividades físicas a adultos com uma cognição normal para reduzir o risco de declínio cognitivo.

Outras estratégias consistem em deixar de fumar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e, com vista a evitar os traumas cranio-encefálicos, importa, por exemplo, cumprir as regras de segurança para diminuir o risco de quedas, acidentes domésticos e rodoviários.

Se a depressão surgir, importa procurar tratamento atempadamente. Também é importante tratar a deficiência auditiva. A perda de audição está associada a uma redução na estimulação cognitiva e, consequentemente, ao declínio cognitivo. O uso de aparelhos auditivos para compensar as perdas pode ser um fator de proteção contra a Demência, sendo que primeiro será necessário avaliar as causas dos problemas auditivos junto de um médico especialista.

No que respeita à poluição atmosférica e enquanto não se implementam políticas nacionais e globais em termos ambientais eficazes, a nível individual, podemos aumentar a nossa exposição a espaços verdes.

Por fim, é fundamental combater o isolamento e procurarmos interagir socialmente de modo regular. A participação em atividades de grupo foi associada de forma significativa a baixas probabilidades de défices cognitivos e pode prevenir o início da demência e o declínio funcional.

Como se pode constatar, há muita coisa que cada um de nós pode fazer pela saúde do seu cérebro. Evitar ou, pelo menos, adiar o início da Demência está associado a ganhos em saúde significativos para os indivíduos e para a sociedade. Nunca é demasiado cedo ou demasiado tarde. Temos é de começar já.

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Dados Our World in Data
Portugal é o décimo país da União Europeia (UE) com menos novos casos diários (90) de infeção por SARS-CoV-2 por milhão de...

Com a maior média deste indicador, surge a Eslovénia, com 502 casos diários. Seguem-se a Lituânia (397), a Estónia (330), a Croácia (282) e a Letónia (257).

Segundo a plataforma, a média na UE de novos casos diários por milhão de habitantes está em 108 e a mundial em 68. No resto do mundo, entre os países com mais de um milhão de habitantes, a Sérvia está com a média diária de novos casos mais elevada (1.020), seguindo-se a República Dominicana (946), Israel (908) e Mongólia (867).

Em termos de média de mortes diárias atribuídas à Covid-19, Portugal é o 17.º país da UE, com 0,6 mortes por milhão de habitantes, nos últimos sete dias.

Com 10,4 novas mortes por dia, a Bulgária é o Estado-Membro que lidera este indicador. Seguem-se a Lituânia (5,5), a Grécia (4) e a Roménia (3,9).

Neste indicador, a média diária da UE está em 1,23 e a mundial em 1,1. Globalmente, a média diária de novas mortes mais elevada verifica-se nas Bahamas (18,3), Macedónia do Norte (13,7), Geórgia (12,7), Malásia (11,9).

 

Ensaio clínico
A vacina Pfizer/BioNTech Covid-19 é "segura" e "bem tolerada" por crianças entre os cinco e os 11 anos e,...

Segundo um comunicado, de acordo com os primeiros dados clínicos para esta faixa etária agora divulgados, a resposta imunitária obtida foi "comparável" à verificada em jovens entre os 16 e os 25 anos que receberam uma dose mais elevada da vacina.

Quanto aos efeitos secundários, “doseados em 10 microgramas por injeção em comparação com os habituais 30 microgramas para idosos”, são "geralmente comparáveis" aos observados em pessoas entre os 16 e os 25 anos, dizem os dois laboratórios.

Estes são os resultados parciais de um estudo realizado com 4.500 crianças entre 6 meses e 11 anos nos Estados Unidos, Finlândia, Polónia e Espanha.

A Pfizer e a BioNTech agora esperam divulgar "no quarto trimestre" os resultados do grupo etário dos 2 aos 5 anos, bem como o grupo de seis meses e dois anos, que recebeu duas injeções de 3 microgramas.

 

Investigação
Uma nova pesquisa do Trinity College Dublin, na Irlanda, e da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, analisou a associação...

Tanto quanto se sabe, estudos anteriores já tinham associado a deficiência de vitamina D ao aumento da suscetibilidade a infeções respiratórias virais e bacterianas. Além disso, vários estudos observacionais encontraram uma forte correlação entre a deficiência de vitamina D e a Covid-19, no entanto, até agora não se tinha percebido ao certo o que estaria por trás desta relação já que esta poderia resultar de outros fatores, tais como a obesidade, a idade avançada ou doenças crónicas, que também estão associados a baixos níveis de vitamina D.

Com este novo trabalho de investigação, os cientistas conseguiram calcular o nível de vitamina D "geneticamente previsto" utilizando informações de mais de uma centena de genes que determinam o estado da vitamina D.

A aleatoriedade mendeliana permitiu que os investigadores investigassem se a vitamina D e a Covid-19 poderiam estar causalmente relacionadas usando dados genéticos. Alguns estudos anteriores tentaram, mas não conseguiram provar uma relação causa-efeito. Isto pode ter acontecido porque a radiação solar UVB, que é a fonte mais importante de vitamina D para a maioria das pessoas, foi ignorada.

Assim, e pela primeira vez, os investigadores analisaram conjuntamente o nível de vitamina D previsto pela genética e radiação UVB. Quase meio milhão de indivíduos do Reino Unido participaram no estudo, e a radiação UVB ambiental antes da infeção Covid-19 foi avaliada individualmente para cada participante. Comparando as duas variáveis, os investigadores descobriram que a correlação com a concentração de vitamina D medida em circulação era três vezes maior para o nível de vitamina D previsto pelo UVB, em comparação com o previsto geneticamente.

Os investigadores descobriram que a radiação UVB ambiente no local de residência de um indivíduo antes da infeção Covid-19 estava fortemente associada à hospitalização e à morte. Isto sugere que a vitamina D tem o potencial protetor na infeção.

O estudo foi publicado na Scientific Reports.

 

 

 

Iniciativa Mamãs & Bebés
A gravidez é uma etapa muito especial na vida, mas também uma altura repleta de dúvidas. Por isso, a Mamãs e Bebés regressa...

A amamentação traz vários benefícios para a mamã e para o bebé, nomeadamente o aumento do vínculo emocional entre os dois. Contudo, com esta questão surgem também outras dúvidas: “Como vou amamentar agora que regressei ao trabalho?”, “Quando e porque é que devo usar bomba?”, “E se tiver de passar algum tempo longe do meu bebé?”

No Workshop de dia 21 de setembro, sob o mote “Vamos desconstruir alguns mitos sobre a amamentação?”, Margarida Telhado, Maternity Nurse, irá explicar tudo o que a amamentação envolve e ainda partilhar dicas para uma melhor gestão emocional e de stress. Nesta sessão será também abordada a importância de guardar as células estaminais do bebé. A equipa de profissionais da BebéCord explicará e esclarecerá todas as dúvidas inerentes ao tema: o que são as células estaminais? Qual a diferença entre o sangue e o tecido do cordão umbilical? Quais as aplicações e potencial terapêutico? Mas não fica por aqui, a Ecological Kids&Family apresentará as principais diferenças entre as fraldas reutilizáveis e as fraldas descartáveis e as suas vantagens e desvantagens. Haverá ainda um sorteio de uma Almofada de Amamentação. 

No dia 22 de setembro, em Vila Franca de Xira, Raquel Fonseca, Conselheira de Aleitamento Materno, guiará a sessão “Principais desafios da amamentação!” para que todas as grávidas possam ter a oportunidade de esclarecer as suas questões sobre o tema. De seguida, especialistas da BebéCord explicarão também o que são as células estaminais dos bebés e a importância de guardá-las. Todas as participantes receberão um Kit de Amostras com produtos essenciais para a gravidez.

 

Dra. Ana Joaquim, Presidente do Grupo de Estudos do Cancro da Cabeça e Pescoço
Apesar da gravidade e do aumento do número de diagnósticos, o Cancro da Cabeça e Pescoço continua a

Apesar de ser um dos tipos de cancro mais frequentes, a sociedade ainda está pouco sensibilizada para o Cancro da Cabeça e Pescoço, tanto que o seu diagnóstico chega, quase sempre, em fases avançadas da doença. Assim, para ajudar a entender em que consiste, pergunto: de que estamos a falar quando falamos de Cancro da Cabeça e Pescoço?

O Cancro de Cabeça e Pescoço engloba, de forma lata, os tumores das vias aerodigestivas (que se originam nas mucosas das vias por onde passa o ar e os alimentos, ou seja, a boca, o nariz, a faringe e a laringe) e, ainda, das glândulas salivares, tiroide e da pele da cabeça e pescoço.

Do conjunto de tumores que integram este grupo, quais os mais frequentes e aqueles que à partida podem apresentar um pior prognóstico, quer no que diz respeito à sua sobrevivência, que à qualidade de vida pós-tratamento? 

Os tumores que, de forma estrita, constituem o cancro de cabeça e pescoço são os das vias aerodigestivas. São o sétimo cancro mais frequente na Europa, tendo a particularidade de serem diagnosticados, na maior dos casos, em fases avançadas, quando a probabilidade de cura é inferior aos 50%. Por outo lado, o tratamento desta doença é mais agressivo nos casos de doença avançada, geralmente implicando várias modalidades terapêuticas, como a cirurgia e/ou radioterapia, a qual poderá ser associada a quimioterapia. Ora, estes tratamentos podem deixar sequelas ao nível das funções vitais das estruturas afetadas, como sejam a fala, a ingestão de alimentos e a respiração. De forma a se conseguir otimizar a qualidade de vida das pessoas que vivem com e para além destas doenças, é fundamental que a reabilitação destas, e outras funções que poderão, também, ser afetadas, se inicie precocemente, idealmente antes do início dos tratamentos, capacitando as pessoas para a jornada terapêutica.

De um modo geral, a que sinais devemos estar atentos? Quais as principais manifestações clínicas do Cancro da Cabeça e Pescoço?

Os sintomas do cancro de cabeça e pescoço são comuns a várias doenças benignas das mesmas zonas, nomeadamente: feridas, aftas e lesões brancas ou vermelhas na boca; dor de garganta; dificuldade na ingestão de alimentos; rouquidão; escorrência nasal, em particular se unilateral e/ou com sangue; massas ou nódulos no pescoço.

Como são comuns a várias doenças benignas, o tempo assume um importante papel no grau de suspeição. Ou seja, na presença de um ou mais daqueles sintomas que persistam 3 ou mais semanas, deverá ser procurado um médico.

Na sua opinião, por que motivo este tipo de cancro é, muitas vezes, diagnosticado em fases já avançadas? Sabendo que grande parte a população só tem acesso aos cuidados de saúde primários, e ao Serviço Nacional de Saúde, qual a importância dos médicos de família para este diagnóstico? Considera que estes estão devidamente despertos para esta problemática?

Esta é uma questão muito importante. Contrariamente a outros tipos de cancro, mais silenciosos, habitualmente o cancro da cabeça e pescoço dá sinais precocemente. No entanto, estes são comuns a muitas doenças benignas. E, na verdade, ainda hoje vemos na consulta uma grande percentagem de doentes que procuram o médico vários meses após os sintomas terem começado. Daí a importância destas campanhas se destinarem à sensibilização e informação da população geral sobre esta temática.

Por outro lado, a higiene oral e a avaliação clínica das vias aerodigestivas são temas não muito valorizados desde o ensino universitário dos profissionais de saúde, nomeadamente em Medicina. Também as especificidades deste conjunto de doenças não são muito abordadas em fóruns mais generalistas, nomeadamente de Medicina Dentária, Cuidados de Saúde Primários e médicos de Serviços de Urgência. Infelizmente, ainda são muitos os casos que são diagnosticados na sequência de idas de urgência ao hospital por complicações agudas de doenças avançadas (como por exemplo falta de ar, com necessidade de traqueostomia de urgência para que o doente consiga voltar a respirar, nos casos em que os tumores da laringe adquirem tamanhos tão grandes que impedem a passagem do ar). Este é o motivo pelo qual o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço organizou um webinar que decorrerá no dia 22.09.2021, destinado aos Médicos de Medicina Geral e Familiar, Médicos Dentistas e Médicos de Serviços de Urgência, sobre a importância do diagnóstico precoce do cancro de cabeça e pescoço.

Que opções terapêuticas existem para tratar o Cancro da Cabeça e Pescoço? E que diferença pode fazer o diagnóstico precoce?

Na doença diagnosticada precocemente (de pequeno volume, localizada) e na doença mais avançada, mas não metastizada (ou seja, sem metástases noutros órgãos, como o pulmão ou o osso), os tratamentos têm objetivo curativo. Enquanto que a doença localizada é tratada com uma modalidade de tratamento apenas, como a cirurgia ou radioterapia, a doença localmente avançada, como já referi na resposta à questão 2, é tratada com vários tipos de tratamento. Se nos focarmos numa das modalidades mais importantes, a cirurgia, esta é mais agressiva nos casos em que a doença é mais avançada (por exemplo, os casos de cancro das cordas vocais, que fazem parte da laringe, quando são diagnosticados em fase inicial podem ser tratados com cirurgia laser, poupando a função da fala, enquanto que, em fase mais avançada, poderão requerer uma laringectomia total, que obriga à traqueostomia, ou radioterapia radical, que obriga a 7 semanas de tratamentos diários). Em relação à diferença no prognóstico, é substancial: a probabilidade de cura, no caso da doença localizada, é de cerca de 80 a 90%, diminuindo para cerca de 50% na doença localmente avançada.

Nos casos de doença metastizada, o objetivo do tratamento é paliativo, englobando o aumento da sobrevivência e da qualidade de vida. Aqui os tratamentos são medicamentos, desde a quimioterapia, a terapêuticas-alvo e a imunoterapia – que estimula o sistema imunitário do doente a lutar contra o seu próprio tumor. Com os avanços na terapêutica dirigida à doença, e também, nos tratamentos de suporte, a sobrevivência esperada destes doentes tem vindo a aumentar. Se há 10 anos atrás falávamos de meses, atualmente falamos de anos.

No âmbito, da Campanha Make Sense, foi desenvolvido um inquérito para perceber de que forma este tipo de cancro impacta a vida dos sobreviventes. Quais as principais conclusões retiradas deste trabalho?

No âmbito desta campanha internacional, que já vai na sua 9ªedição, a Sociedade Europeia de Cancro de Cabeça e Pescoço promoveu este inquérito, destinado aos sobreviventes, para avaliar o impacto do cancro da cabeça e pescoço no bem-estar físico, social e profissional dos sobreviventes e a disponibilidade atual de recursos de apoio.

Duzentas e 29 pessoas, de 12 países, um dos quais Portugal, responderam. Se a grande maioria afirmou que a doença teve algum impacto negativo ou forte no seu bem-estar, em Portugal foram 56% que referiram um impacto fortemente negativo.

Em relação ao bem-estar emocional, metade dos inquiridos referiu como sentimento mais prevalente o medo do futuro/recorrência.  No bem-estar físico, entre 40 a 50% referiram um impacto negativo nas funções da fala e da ingestão de alimentos bem como na aparência e na energia (são doentes que passam a viver com fadiga crónica). Por fim, em Portugal, 41% consideram que o cancro da cabeça e pescoço tem um impacto fortemente negativo a nível profissional e financeiro, e 68% sentem que não têm acesso fácil a enfermeiros e assistentes sociais especializados no pós-tratamento.

Estes dados têm que nos fazer pensar, enquanto profissionais de saúde, mas também enquanto sociedade. O GECCP defende que a inclusão da reabilitação física, psicológica, cognitiva e funcional no plano terapêutico do doente, desde o seu diagnóstico, poderá reduzir significativamente estes números.

Na sua opinião, o que deveria mudar ou melhorar de forma a possibilitar, não só que estes doentes fossem identificados em fases precoces da doença, como aceder a cuidados de saúde após diagnóstico/tratamento?

Tanto para a deteção precoce como para o acesso aos melhores cuidados e melhor sobrevivência pós-tratamentos, julgamos ser necessário atuar a vários níveis. A nível da população geral, informando e sensibilizando. A nível dos profissionais de saúde que encaminham os doentes, em função do grau de suspeição, formando e sensibilizando. A nível dos Serviços hospitalares, promovendo a multidisciplinariedade alargada, que inclui as várias especialidades de diagnóstico e tratamento da doença, mas também as valências de suporte físico, social, cognitivo e psicológico, em articulação com a comunidade. A nível dos reguladores da saúde, criando circuitos específicos de financiamento e organização, não apenas por diferenciação técnico-científica das especialidades de diagnóstico e terapêuticas, mas também das áreas de suporte referidas; o acesso à reabilitação oral é um dos exemplos. A nível da reintegração na sociedade e profissional, a interligação com a comunidade e com os cuidados de saúde primários é fundamental.

No âmbito da Semana de Sensibilização para o Cancro da Cabeça e Pescoço, que mensagem gostaria de deixar?

A mensagem da campanha deste ano é muito clara – mantenha-se sensibilizado para o cancro da cabeça e pescoço, mesmo em tempos de pandemia. Esta mensagem é válida para a população em risco, nomeadamente quem tem hábitos tabágicos e consome bebidas alcoólicas em excesso, mas também para quem já teve um diagnóstico da doença e, ainda, para os profissionais de saúde que cuidam desta população.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alterações do crescimento podem estar associadas a várias doenças
A medida do crescimento das crianças é um indicador muito importante para a sua saúde. E, apesar de não existirem dados...

Uma sensibilização que, segundo Teresa Borges, vai existindo cada vez mais. Ou seja, são muitos os que hoje já sabem que o crescimento é “um parâmetro imprescindível de vigilância do bem-estar e de saúde de qualquer criança. Temos também assistido a um maior conhecimento geral relativo ao potencial genético de cada criança. Relativamente aos Cuidados de Saúde Primárias, muito em parte devido às formações levadas a cabo pela Pediatria e pela Endocrinologia Pediátrica, temos vindo a assistir a uma maior consciencialização e valorização da temática do crescimento”.

O impacto dos problemas a esta associados pode ser, de resto, muito relevante, como explica a médica. “A maior parte das situações de baixa estatura, a partir do 2º ano de vida, são a baixa estatura familiar e o Atraso Constitucional do Crescimento e Maturação, que são variantes não patológicas de crescimento. No entanto, as alterações de crescimento podem resultar de doenças sistémicas crónicas como a insuficiência renal crónica, a doença celíaca, assim como as patologias endócrinas como hipotiroidismo e insuficiência da hormona de crescimento. Sem dúvida que o impacto final está relacionadoc com a estatura final na idade adulta.”

O tratamento desta última, a insuficiência da hormona de crescimento, “quando se comprova como eficaz, é mantido até a finalização do crescimento”. E, nestes casos, revela a especialista, “tem sem dúvida um efeito importante na autoestima destes doentes”. De resto, se não for feito o tratamento para colmatar a insuficiência da hormona de crescimento, “a baixa estatura na idade adulta constitui um resultado inequívoco, mas inevitável”.

É importante, por isso, não esquecer que o “normal” para as crianças é um crescimento de pelo menos 5 centímetros por ano após os 2,5 anos de idade e antes da puberdade. E que, caso isto não se verifique, é importante avaliar a situação, através de uma consulta a um profissional de saúde.

 

Projeto dedicado à literacia em saúde
A Pfizer Portugal anuncia a nova temporada de Pfizer Curious, um projeto de literacia em saúde, desenvolvido em exclusivo pelos...

A nova temporada do Pfizer Curious contará, para além dos episódios habituais, com episódios mais curtos que respondem a diversas questões do mundo da Ciência e Medicina de forma simples e direta.

Num período em que temos acesso a muita informação sobre saúde, é difícil identificar as fontes confiáveis. Este projeto, através de uma linguagem mais visual e informativa, ajuda a simplificar temas que muitas vezes parecem difíceis de desmistificar.

Esta temporada arranca já no próximo dia 21 de setembro com o primeiro episódio online dedicado ao tema “Fatores de risco cardiovascular", que será disponibilizado através do Facebook, Linkedin e Youtube da Pfizer Portugal. Os mais curiosos são ainda desafiados a deixar qualquer questão, dúvida ou curiosidade na caixa de comentários da página de Facebook da Pfizer Portugal, que responderá em direto no dia 23 de novembro.

 

Sessões online
Alterações hormonais e de humor, dores lombares, dificuldade em dormir ou descansar e ansiedade são situações características...

Movimentos simples como levantar da cama, caminhar, sentar ou ficar de pé podem ser desconfortáveis para a grávida devido às alterações corporais. Para que apliquem no seu dia-a-dia hábitos posturais saudáveis, a fisioterapeuta pélvica Rita Avelino partilhará na sessão do dia 23 de setembro (inscrições disponíveis aqui) dicas para que tenham o máximo de conforto e segurança nas atividades diárias. A terapeuta familiar Carolina Vale Quaresma estará também presente para abordar o tema “Tudo começa na gravidez!”.

No evento de 28 de setembro, cujas inscrições já se encontram disponíveis aqui, a ansiedade durante o período de gestação vai estar sob análise com a psicóloga clínica Inês Prior, que explicará como gerir os elevados níveis de stress. Para complementar com a componente física, a educadora pré-natal e professora de yoga Susana Lopes vai dinamizar uma aula prática de yoga para grávidas. A Enfermeira Bárbara Sousa marcará também presença para responder à questão “Cheguei a casa com o meu bebé, e agora?” com foco no banho e na muda da fralda do bebé.

Os primeiros dias do recém-nascido em casa continuarão a ser explorados pelo pediatra Manuel Magalhães, na última sessão do mês, a 30 de setembro (inscrições disponíveis aqui). Já a enfermeira Teresa Coutinho, especialista em saúde materna e obstetrícia, ensinará os futuros pais a promover um sono seguro no bebé.

Estas sessões dedicadas à saúde da grávida e do bebé contam ainda com a presença de um especialista em células estaminais da Crioestaminal para esclarecer dúvidas sobre o processo de guardar e doar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé, assim como acerca do processo de adesão ao serviço de criopreservação. Os futuros pais conhecerão também uma outra perspetiva sobre a criopreservação e porque se trata de uma opção terapêutica para todos, com o testemunho da Alexandra Mendes, diretora de recursos humanos da Crioestaminal e mãe de 4 filhos.

 

 

Demência pode chegar aos 152 milhões em 2050
Assinala-se, no dia 21 de setembro, o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer (DA) a causa mai

A ressonância magnética (RM) tornou-se a ferramenta mais utilizada para a imagiologia cerebral em pacientes com DA, fornecendo informação detalhada sobre a estrutura do cérebro e existem estudos clínicos que sugerem que o processo neurodegenerativo, pode também afetar a retina de pacientes com DA;

“A tomografia de coerência ótica (TCO) é um exame oftalmológico não invasivo que, ao recolher imagens transversais de estruturas da retina, permite a avaliação da integridade do fundo neural, já que a retina representa uma parte periférica do sistema nervoso central”, afirma o Professor Rufino Silva, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

Vários estudos anteriores demonstraram que tanto a camada de fibras nervosas da retina peripapilar (à volta da papila ótica) como as medições da espessura macular avaliadas pela TCO eram capazes de detetar a perda neuronal na AD.

“A TCO tornou-se numa ferramenta de diagnóstico generalizada em muitas doenças neurológicas; num dia em que se chama atenção para a DA em particular, é importante sublinhar a importância de consultar regularmente um oftalmologista”, refere o especialista.

Estima-se que o número de pessoas que vivem com demência poderá chegar aos 152 milhões em 2050. Os Médicos Oftalmologistas estão totalmente disponíveis para ajudar a melhorar o dia a dia e a saúde visual destes doentes.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Encontro realiza-se online, entre 20 e 22 de setembro
“Affect, Personality and Embodied Brain” “APE2021” é o nome da 2ª edição da conferência online, organizada em conjunto com o...

Nunca se falou tanto sobre o impacto da ciência em todos os sectores da sociedade. É precisamente para debater este e outros temas relacionados que se realizará a conferência internacional “Affect, Personality and Embodied Brain – APE2021”. A realização desta iniciativa surge no seguimento da parceria do HNL com a APE Network – uma plataforma virtual que tem como objetivo reunir investigadores na área das neurociências, de forma a compreender melhor a evolução das neurociências e o impacto na sociedade e, ao mesmo tempo, proporcionar desenvolvimento científico e promover um ambiente de apoio para jovens investigadores onde possam debater e apresentar os seus trabalhos.  

Patrícia Oliveira Silva, diretora do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto explica: “A pandemia foi stressante para todos os setores da sociedade, incluindo para a ciência e para os investigadores em todos os níveis de carreira. No entanto, fazer ciência tornou-se um processo mais interdisciplinar, mais translacional e focado no trabalho em equipa. Ao mesmo tempo, houve um despertar coletivo em torno de questões relacionadas com as colaborações entre diferentes equipas e a formação de jovens investigadores, que também tem que refletir essas mudanças e tornar-se menos linear. E é justamente nesse âmbito que surge o evento APE. Para consolidar um modelo de parceria internacional que não visa apenas a produção científica, mas que também busca oferecer uma plataforma de suporte e protagonismo a esses jovens investigadores.”  

Dividido em três grandes áreas científicas – Ciclo de Vida, Saúde Mental e a relação entre Big Data e o Cérebro – vários investigadores de renome nacional e internacional irão falar sobre: “Promover o envolvimento dos jovens e a integração social” (Professora Raquel Matos, diretora da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica); “Por que é que os neurocientistas que estudam perturbações psiquiátricas se devem preocupar com a correlação entre genes e ambiente?” (Professor Essi Viding, division of Psychology and Language Sciences, University College London, UK); “Como prevenir a depressão?” (Professor Michael Berk, da School of Medicine Deakin University, Austrália); “Informática aplicada à decodificação de redes cerebrais e ao diagnóstico de condições clínicas” (Dr. Mufti Mahmud, do department of Computer Sciences, Nottingham Trent University, UK). 

Em 2020, o evento contou com mais de 300 participantes de 15 nacionalidades e realizaram-se mais de 50 apresentações orais, workshops e seminários, tendo sido ainda atribuídos 10 prémios aos melhores trabalhos. O grande objetivo é o de proporcionar uma experiência estimulante de partilha de conhecimento através de um meio interativo virtual.  

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