Transmissão no Facebook e Site da AADIC
No próximo dia 28 de setembro, às 21h, Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) promove uma Sessão...

Este webinar conta com as participações dos especialistas Lino Gonçalves, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Nuno Lousada, membro do Conselho de Administração da Fundação Portuguesa de Cardiologia e Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC, tendo moderação de Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC.

De acordo com Lino Gonçalves, a curto prazo “vão ser retomados alguns projetos que a SPC não conseguiu concretizar por causa da pandemia, como exemplo o projeto Porthos, um estudo de grande dimensão que pretende avaliar a prevalência real e caracterizar clinicamente a insuficiência cardíaca em Portugal”

Efetivamente, o último estudo de prevalência realizou-se há mais de 20 anos e a comunidade médica tem baseado o desenvolvimento do seu trabalho em projeções feitas no início do século. Na época, estimou-se que possam existir 400 mil portugueses com insuficiência cardíaca, com a perspetiva deste número vir a sofrer um aumento de 30 por cento até 2034 

“A aposta em projetos para aumentar a literacia em saúde na população mais jovem e o reforço do Centro Nacional de Coleção de Dados em Cardiologia, da SPC, são outras das nossas prioridades”, salienta o presidente da SPC.

Nuno Lousada, membro do Conselho de Administração da Fundação Portuguesa de Cardiologia, destaca que “a insuficiência cardiaca é uma doença que ameaça a vida das pessoas, com uma taxa de sobrevivência que continua baixa e com uma prevalência a aumentar (em consequência do aumento da esperança de vida devido a melhores cuidados médicos e sanitários). A terapêutica atual, com melhores medicamentos e aparelhos, tem melhorado a sobrevida e a qualidade de vida dos doentes, mas implica a toma de um número significativo de medicamentos e de cuidados específicos para manter a eficácia de diversos equipamentos implantados”.

E acrescenta, “o doente com insuficiência cardíaca tem que saber cuidar-se, controlando vários sintomas clínicos como a dispneia e edemas, avaliando regularmente sinais como o peso e a tensão arterial, sendo cuidadoso com a dieta e mantendo-se ativo. É um paciente, em geral, com idade avançada, e que precisa do apoio de uma equipa de saúde dedicada e dos cuidados de familiares ou amigos. Só assim, cuidando-se, vai prevenir a doença e o avanço das complicações, evitando as situações clínicas que já não se conseguem remediar com eficácia”.

A Sessão Online “Insuficiência Cardíaca: Perspectivas 2021-2022” decorre no dia 28 de setembro, a partir das 21h00, com transmissão exclusiva no Facebook e Site da AADIC.

“Desafios da insuficiência cardíaca no século XXI”, “Prevenir e cuidar para não remediar” e “O ponto de vista da AADIC” são os temas que vão ser abordados neste webinar.

No final da sessão online, os doentes e cuidadores na assistência serão convidados a partilhar dúvidas e pontos de vista com os oradores.

Dados divulgados no âmbito da Semana Sensibilização para o Cancro da Cabeça e Pescoço
O impacto do cancro da cabeça e pescoço na vida de quem tem de enfrentar este diagnóstico é enorme. A doença deixa marcas, que...

Um impacto que se faz sentir também ao nível profissional e financeiro, de acordo com uma quase maioria (41%) dos portugueses que responderam. Mas as dificuldades que enfrentam os sobreviventes desta doença, que é o 6º tipo de cancro mais comum na Europa. Quase sete em cada dez sobreviventes (68%) não têm acesso fácil a enfermeiros e assistentes sociais especializados para apoio ao seu bem-estar emocional no pós-tratamento, ainda que 96% o considerassem útil. Adicionalmente, de acordo com 56% dos inquiridos portugueses, a pandemia COVID-19 teve um impacto fortemente negativo na capacidade de aceder a serviços de apoio emocional pós-tratamento.

A nível global, o inquérito revela que os sobreviventes da Bélgica, Chipre, França, Grécia, Irlanda, Itália, Israel, Holanda, Polónia, Portugal, Turquia e Reino Unido sentiram medo de recorrências (51%), ansiedade (49%), depressão (28%), raiva (27%) e solidão (29%). E que os sintomas físicos foram relatados como tendo o maior impacto no bem-estar, com os inquiridos a referir que o seu diagnóstico impactou negativamente a fala (48%), a aparência física (43%), o comer/beber (41%) e os níveis de energia (40%). 

Os dados confirmam ainda a necessidade de melhorar o acesso a um conjunto de serviços de suporte para sobreviventes em toda a Europa, tendo em conta a falta ou dificuldade no acesso a recursos que estes consideram úteis (como materiais de leitura, ferramentas digitais e suporte de grupo).

Apesar da gravidade do cancro da cabeça e pescoço e da crescente prevalência na sociedade, há pouca sensibilização para a doença e, de acordo com os dados disponíveis, 60% das pessoas apresentam doença localmente avançada no momento do diagnóstico. Isto apesar de para quem tem um diagnóstico precoce a taxa de sobrevivência chegar aos 80 a 90%.

“É de salientar que os sobreviventes portugueses aderiram fortemente à campanha, pelo grande número de respostas ao inquérito, as quais permitiram que víssemos que as necessidades são semelhantes às dos sobreviventes dos outros países, e que são muitas.”

“É preciso sensibilizar a população e os profissionais de saúde para esta realidade, porque é um facto que a maioria dos casos de cancro da cabeça e pescoço ainda são diagnosticados em fase avançada. E é por isso que se realiza, todos os anos, a campanha Make Sense”, confirma Ana Joaquim, médica e presidente do GECCP. 

Não só o diagnóstico precoce salva vidas, como proporciona “menos consequências danosas da doença e do tratamento para os sobreviventes e ainda uma redução franca da probabilidade de recorrência da doença nos anos seguintes”, refere a especialista.

E porque é de informação e formação que também aqui se fala, a Make Sense vai às escolas realizar um seminário misto (presencial e virtual), em parceria com o GECCP e o ONCOMOVE, um programa de Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia, destinado aos docentes, investigadores e alunos do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), que terá como tema a integração do exercício físico na reabilitação dos sobreviventes do cancro da cabeça e pescoço.

Este ano, a campanha Make Sense tem como patrocinador principal a Merck S.A. Por sua vez, a Merck Sharp and Dohme, Bristol Myers Squibb e a Roche são outras entidades que apoiam a iniciativa. 

Universidade de Coimbra
Uma equipa interdisciplinar de várias instituições científicas nacionais, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), descobriu...

Designada BSS730A, a molécula, que é derivada da penicilina, umas das moléculas mais conhecidas do mundo, foi descoberta no âmbito do projeto Spiro4MALAIDS e resulta de vários estudos realizados ao longo dos últimos nove anos pelo Grupo de Química Orgânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Coordenado pela professora Teresa Pinho e Melo, do Departamento de Química da FCTUC, o projeto Spiro4MALAIDS tem a participação de investigadores da Universidade de Lisboa, através do Instituto de Medicina Molecular e da Faculdade de Farmácia, e do Instituto Universitário Egas Moniz.

Os vários ensaios pré-clínicos realizados com diferentes vírus, entre os quais o HIV e várias estirpes do vírus da gripe (um vírus com potencial pandémico), e em parasitas como o que provoca a malária, são muito promissores. «A molécula apresentou uma atividade notável contra os diferentes vírus e parasitas testados. Em concentrações muito baixas, a eficácia na inibição das infeções atingiu os 99 por cento», revela Nuno Alves, aluno de doutoramento da FCTUC e membro da equipa.

Os resultados obtidos, sublinha, indicam que a nova molécula «tem um comportamento completamente diferente dos medicamentos que se encontram no mercado. Enquanto os antivirais convencionais atuam sobre a maquinaria do próprio vírus, a molécula BSS730A atua ao nível do hospedeiro, promovendo uma resposta do próprio hospedeiro conta o vírus. Um mecanismo deste tipo, para além de ter um perfil farmacoterapêutico inovador, está muito menos sujeito ao desenvolvimento de resistências por parte dos vírus», ou seja, clarifica, «verificou-se que a molécula mostrou ser ativa contra estirpes multirresistentes dos mesmos vírus».

Observando os mecanismos que a molécula utiliza para exercer a sua atividade, os investigadores acreditam que existem boas perspetivas para «inativar outros vírus para além dos estudados. É uma molécula que poderá ter atividade para novas ameaças virais que possam emergir no futuro, representando uma nova geração de medicamentos antivirais e antiparasitários de largo espectro, muito mais eficazes do que os atuais», afirma o investigador do Departamento de Química da FCTUC, destacando ainda outra particularidade da molécula descoberta, sobretudo ao nível da estrutura e farmacologia: «apesar de ser proveniente da penicilina, usada no tratamento de infeções causadas por bactérias, a BSS730A não tem qualquer atividade antibacteriana, mas sim antiviral e antiparasitária, no caso do parasita da malária».

A equipa pretende avançar com a realização de ensaios clínicos dentro de três anos. No entanto, para que tal se concretize, é necessário obter financiamento. «Um projeto deste tipo requer um músculo financeiro considerável, na ordem dos dois milhões de euros», estima Nuno Alves. Justamente com o objetivo de angariar financiamento que permita avançar com o desenvolvimento desta tecnologia disruptiva, está em fase de conclusão a criação de uma Startup.

Além de Teresa Pinho e Melo e Nuno Alves, a equipa do projeto inclui os professores Nuno Taveira (Instituto Universitário Egas Moniz) e Miguel Prudêncio (IMM da Universidade de Lisboa) e os investigadores Américo Alves (FCTUC) e Inês Bártolo (Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa).

O projeto Spiro4MALAIDS foi recentemente distinguido no concurso “Born from Knowledge Ideas” (BfK Ideas), na área da saúde, promovido pela Agência Nacional da Inovação (ANI). Este concurso visa impulsionar a transferência de conhecimento para o tecido empresarial.

Formação
O Centro de Formação em Medicina Interna (FORMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar nos próximos...

Esta ação formativa destina-se a internos ou especialistas em Medicina Interna, médicos de outras especialidades e médicos do Ano Comum.

Conhecer as indicações terapêuticas, dosagens e vias de administração, interações, contraindicações e efeitos secundários dos fármacos mais utilizadas na dor crónica; conhecer as principais formas de classificar a dor crónica; identificar as dimensões mais comuns que explicam a dor total e conhecer os principais mecanismos e vias de transmissão da dor são alguns dos objetivos principais do curso.

Entre outras competências, a frequência do mesmo vai permitir ao formando ser capaz de avaliar corretamente as características da dor e saber fazer uma rotação de opióides.

Paulo Reis Pina, internista responsável pela formação, sublinha que a dor é um “fenómeno fisiológico de importância fundamental para a integridade física do indivíduo”.

O especialista lembra ainda que «a dor, e em particular a dor crónica, pode estar presente na ausência de uma lesão objetivável, ou persistir para além da cura da lesão que lhe deu origem. Nesse contexto, a dor deixa de ser um sintoma para se tornar numa doença por si só, tal como foi reconhecido numa declaração emitida no Parlamento Europeu em 2001 pela European Federation of IASP Chapters (EFIC)».

O curso “Dor Crónica” tem duração de dois dias, num total de 15h de formação presencial sendo estruturado por sessões expositivas e sessões teórico-práticas.

 

Ciclo de debates arranca dia 21 de setembro
Numa altura em que se avalia o impacto que a pandemia da COVID-19 teve e tem na saúde respiratória dos portugueses, a...

Este ciclo será construído por 3 debates – um debate por dia. “Que inovação e quais os resultados?”, “Que avaliação e como melhorar?” e “Que futuro? Por um novo paradigma da quantidade ao valor para o doente”, serão as questões centrais numa discussão que tem como objetivo alertar os portugueses para a situação dos Cuidados Respiratórios Domiciliários (CRD) no país.

O painel de oradores será constituído por nomes como Maria João Vitorino, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados de Saúde ao Domicílio (APCSD) e diretora da Linde Saúde Portugal, Professor Carlos Robalo Cordeiro Presidente Eleito da European Respiratory Society e Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Professora Cristina Bárbara Coordenadora para o Programa Nacional das Doenças Respiratórias da Direção Geral da Saúde, Luís Goes Pinheiro, Presidente do Conselho de Administração da SPMS, bem como representantes da Escola Nacional de Saúde Pública, da Associação Portuguesa do Sono, da Associação RESPIRA e da Nova School of Business and Economics. O debate conta com a intervenção e moderação do Professor Luís Valadares Tavares, Presidente do OPET e Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico.

“Vivemos uma pandemia que está a afetar a saúde respiratória de milhões de pessoas em todo o mundo e milhares de pessoas em Portugal. Se os cuidados respiratórios domiciliários já eram fundamentais para quem vive com doenças respiratórias crónicas, a COVID-19 revelou a importância do acesso universal e equitativo da população a estes cuidados. O debate vai centrar-se nas necessidades e respostas atuais e nas melhorias futuras centradas no doente que podem criar valor em saúde”, refere Maria João Vitorino, Presidente da APCSD.

 

6.ª Reunião Portugal Brasil de Hérnia da Parede Abdominal
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Cirurgia e com a Sociedade...

Para Carlos Magalhães, presidente da APCA e coordenador do Capítulo da Parede Abdominal da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, este webinar pretende juntar especialistas de renome na área da Parede Abdominal, com o objetivo de debater questões prementes no que respeita às catástrofes abdominais. “O debate e a partilha de conhecimentos entre especialistas de dois países que falam o mesmo idioma, mas com realidades diferentes será, com certeza, muito enriquecedora”, afirma Carlos Magalhães.

A sessão conta com a moderação de Diogo Paim, do Brasil, e de António Rivero, de Portugal.

 

 

Sociedade Portuguesa de Reumatologia
Em Portugal, as artrites juvenis chamadas de idiopáticas atingem uma em cada 1000 crianças em idade

Embora possam surgir em qualquer idade, cerca de 40% dos casos iniciam-se antes dos cinco anos e 15% antes dos 24 meses de vida. De um modo geral, a doença afeta mais as raparigas que os rapazes. Os sinais e sintomas mais comuns são a dor, o inchaço nas articulações, a rigidez matinal, a febre e manchas no corpo.

A artrite mais frequente

A artrite idiopática juvenil é a artrite crónica mais frequente nas crianças. No entanto, outras doenças como Lupus Eritematoso Sistémico, Dermatomiosite Juvenil e Vasculites também fazem parte das patologias registadas entre crianças.

A forma mais comum de artrite idiopática juvenil é a forma oligoarticular, que envolve até quatro articulações nos primeiros seis meses da doença, e que representa quase 50% da totalidade dos doentes com esta patologia.

Em Portugal, a incidência da artrite idiopática juvenil ainda não é conhecida, mas estima-se que não seja uma doença rara. A Sociedade Portuguesa de Reumatologia desenvolveu um instrumento de registo nacional de doentes reumáticos, o Reuma.pt, onde estão registados cerca de 25000 doentes, incluindo 1500 (6%) doentes Portugueses com artrite idiopática juvenil. Existe uma distribuição bimodal da doença, com um pico de incidência entre 1 e 3 anos e outro entre os 8 e 10 anos. Este registo (Reuma.pt) é uma referência, mas não representa a prevalência em Portugal.

A etiologia da artrite idiopática juvenil é desconhecida: fatores genéticos e ambientais parecem ter um papel relevante na suscetibilidade e evolução da doença.

Os fatores ambientais possivelmente associados ao desenvolvimento da artrite idiopática juvenil são os agentes infeciosos, os traumatismos físicos, os fatores hormonais e psicológicos.

A criança com artrite idiopática juvenil pode apresentar, além da artrite crónica, manifestações extra-articulares variáveis, dependendo da forma de início da doença.

Os doentes podem apresentar anorexia, fadiga, perda de peso e febre. São ainda exemplos de manifestações extra-articulares o eritema cutâneo, adenomegálias, serosite, hepatoesplemegália, entesopatias e uveíte (inflamação do olho).

Articulação mais afetada

Na criança com artrite, os joelhos são as articulações mais frequentemente envolvidas. Por vezes a dor na articulação é pouco intensa, o que pode dificultar o reconhecimento do problema articular. As crianças mais pequenas têm dificuldade em identificar o local da dor, e muitas vezes, o problema articular é notado devido à diminuição das atividades habituais, alterações da marcha, dificuldade ou choro à movimentação de determinados segmentos dos membros e rigidez matinal.

É imprescindível o início atempado da terapêutica adequada e o controlo destas doenças para uma maior qualidade de vida das crianças, com repercussões na vida adulta. Mais de metade das crianças com doenças reumáticas apresentam algum sinal da patologia ou alguma sequela funcional quando atingem a idade adulta. O diagnóstico precoce é decisivo para um tratamento adequado, prevenindo a sua progressão, restaurando funções orgânicas, promovendo um crescimento normal e evitando consequências a curto e a longo prazo.

Tratamento

Os objetivos do tratamento são prevenir a dor e destruição nas articulações ou em outros órgãos e permitir que a criança volte a ter uma vida normal. Não existe medicação específica que cure a artrite idiopática juvenil. Contudo, pode ocorrer remissão espontânea após um período de tempo variável e imprevisível.

Na última década registaram-se grandes mudanças no tratamento de crianças com doenças reumáticas, sobretudo com as terapêuticas biotecnológicas, sendo muito importante uma maior consciencialização da comunidade para estas doenças, uma vez que a família e a escola assumem um papel decisivo na gestão das doenças reumáticas na criança.

Se a criança com artrite idiopática juvenil for tratada atempada e adequadamente, por médicos especialistas em Reumatologia Pediátrica, a maioria poderá levar uma vida dentro da normalidade. Nos casos em que ocorre um grande atraso na instituição de terapêutica podem ocorrer deformações e limitações irreversíveis.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Distinção
O professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Pedro Dinis Parreira, acaba de ser distinguido com o recém...

Pedro Dinis Parreira é, pois, a primeira personalidade a receber este galardão, que tem o objetivo de «distinguir um(a) docente(a) do ensino superior politécnico que se tenha evidenciado pelos seus trabalhos na área do empreendedorismo, reconhecendo desta forma o seu contributo para o desenvolvimento de uma cultura mais empreendedora no âmbito do ensino superior».

O Prémio Empreendedorismo Prof. José Adriano foi entregue ontem, dia 16 de setembro, durante a cerimónia da final da 17ª edição do Concurso Poliempreende Nacional, realizada no Instituto Politécnico de Santarém. O prémio tem um valor global de cinco mil euros, financiados pelo Banco Santander (Santander Universidades), a partilhar entre o docente e a instituição onde leciona.

 Pedro Miguel Santos Dinis Parreira é fundador do Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC e coordenador executivo do TecCare, eixo de desenvolvimento estratégico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida na ESEnfC, que visa aliar o conhecimento e a prática clínica à investigação experimental desenvolvida no ensino superior no domínio das tecnologias dos cuidados de saúde, visando a inovação e a transferência de conhecimento para uma melhoria da saúde prestada às populações.

Doutorado em Gestão, pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, e mestre em Comportamento Organizacional pelo ISPA - Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, o professor coordenador da ESEnfC, ligado à instituição há mais de duas décadas, é autor e coautor de 15 livros e de mais de uma centena de artigos indexados em revistas nacionais e internacionais. Organizações (Formasau), Empreendedorismo e Motivações Empresariais no Ensino Superior (Edições Sílabo) – em coautoria com Francisco Costa Pereira e Nuno Vieira e Brito – e Fusões e Aquisições - O papel central da liderança intermédia na gestão do choque de culturas (Editora RH) – escrito com Albino Lopes e Damasceno Dias – são alguns títulos que assinou e que ainda se encontram à venda em livrarias.

Pedro Dinis Parreira foi, também, coordenador científico de três monografias desenvolvidas no âmbito do projeto PIN - Polientrepreneurship Innovation Network (rede de instituições de ensino superior politécnico em Portugal): “Competências empreendedoras no Ensino Superior Politécnico: Motivos, influências, serviços de apoio e educação”, “Análise das representações sociais e do impacto da aquisição de competências em empreendedorismo nos estudantes do Ensino Superior Politécnico” e “As Instituições de Ensino Superior Politécnico e a Educação para o Empreendedorismo”. Obras que contam com textos de vários docentes e investigadores de 13 instituições de ensino superior politécnico que compõem a rede PIN.

O Prémio Empreendedorismo Prof. José Adriano é, simultaneamente, uma homenagem póstuma ao antigo professor coordenador com agregação e ex-presidente do Conselho Diretivo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), José Adriano Gomes Pires, que também foi pró-Presidente para a área do Empreendedorismo e responsável pelo Gabinete de Empreendedorismo e Inovação da instituição, considerado figura ímpar em Portugal em matéria de iniciativa e dinamismo.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 1.000 casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou maior número de mortes, desde o último balanço: três mortes de um total sete. Seguem-se a região Norte com duas, e região Centro e Algarve com um óbito cada a assinalar. 

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.023 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 374, seguida da região Norte com 372 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 143 casos na região Centro, 37 no Alentejo e 78 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 13 infeções, e os Açores com seis.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 474 doentes internados, menos 23 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos seis doentes internados, relativamente ao último balanço: 97.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.555 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.007.911 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 34.626 casos, menos 539 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 811 contactos, estando agora 31.704 pessoas em vigilância.

Gripe sazonal
As farmácias vão voltar a participar no processo de administração gratuita da vacina da gripe a pessoas com mais de 65 anos. A...

Apesar de ainda não existir data para a chegada das vacinas, as farmácias já estão a fazer reservas. Este ano, vão estar disponíveis mais 200 mil vacinas para venda com comparticipação do Estado. No total, segundo a informação recolhida pelo jornal junto da Associação Nacional de Farmácias (ANF), há 900 mil vacinas nas farmácias: 700 mil para venda e 200 mil gratuitas para idosos.

“Neste momento não há informação no sentido de se admitir uma coadministração de vacina da gripe sazonal e da Covid-19”

Questionada sobre a possibilidade de ser administrada em conjunto a vacina da gripe com uma terceira dose da vacina Covid-19, Marta Temido, sublinhou que a prioridade das autoridades de saúde é o arranque da campanha de vacinação contra a gripe sazonal, que deverá ter início na segunda semana de outubro. “Sabemos que a gripe tem muitas vezes efeitos letais na saúde das pessoas, portanto, neste momento, essa é a prioridade”, revelou a ministra.

 

 

 

 

Escola de Saúde Pública da Universidade de Maryland
Os resultados de um novo estudo liderado pela Escola de Saúde Pública da Universidade do Maryland mostram que as pessoas...

Os investigadores também descobriram as máscaras cirúrgicas reduziram para cerca de metade a quantidade de vírus que entra no ar em torno de pessoas infetadas.

"O nosso mais recente estudo fornece mais evidências da importância da transmissão aérea", disse Don Milton, professor de saúde ambiental citado pelo El Mundo.  “Sabemos que a variante Delta que circula agora é ainda mais contagiosa do que a variante Alpha. A nossa pesquisa indica que as variantes continuam a melhorar nas suas viagens aéreas, por isso precisamos de fornecer uma melhor ventilação e usar máscaras apertadas, além da vacinação, para ajudar a parar a propagação do vírus."

A quantidade de vírus presente no ar a partir de infeções da variante Alpha mostrou ser superior – até 18 vezes mais — às encontradas em cotonetes nasais e saliva.

Segundo um dos autores do estudo, Jianyu Lai, “o vírus do nariz e da boca pode ser transmitido pulverizando gotículas grandes perto de uma pessoa infetada. Mas o nosso estudo mostra que a quantidade de vírus nos aerossóis expirados é muito maior”, sendo, portanto, mais contagioso.

Estes aumentos significativos no vírus no ar ocorreram antes da chegada da variante Delta e indicam que o vírus está evoluindo para viajar melhor através do ar.

 

31ª Reunião do Healthcare User Group (HUG)
A GS1 Portugal tem vindo a alertar para a importância da codificação e rastreabilidade (track & trace) de dispositivos...

Neste sentido, e desempenhando um papel ativo no debate sobre o tema, a GS1 Portugal promove na próxima quarta-feira, dia 22 de setembro, totalmente online, a 31ª Reunião do Healthcare User Group (HUG).

Esta iniciativa tem por objetivo a promoção do debate sobre temas relevantes para o setor, em particular, nesta sessão, Legislação, Casos de Sucesso na aplicação dos standards GS1, assim como Estudos de Níveis de Serviços da Saúde.

No evento serão também abordadas as transformações que a crise pandémica trouxe ao setor da saúde, nomeadamente, no que diz respeito à distribuição nacional e global da vacina COVID-19 e o combate à contrafação de vacinas, medicamentos e dispositivos médicos.

 

Literacia em Saúde
O Dia Mundial da Segurança do Doente celebra-se todos os anos a 17 de setembro, e tem por objetivo a

O Dia Mundial da Segurança do Doente foi proclamado através da Resolução 72/6 adotada na Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) a 28 de maio de 2019.

Em 2021 o tema é dedicado à priorização da segurança nos cuidados maternais e neonatais, particularmente na altura do parto, uma fase delicada da gravidez.

Assim, a OMS exorta todas as partes interessadas a "Agir agora para um parto seguro e respeitoso!" com o tema “Cuidado materno e neonatal seguro”.

Sabia que aproximadamente 810 mulheres morrem todos os dias de causas evitáveis relacionadas com a gravidez e o parto?! Além disso, cerca de 6700 recém-nascidos morrem todos os dias, o que representa 47% de todas as mortes de menores de 5 anos. Ainda, cerca de 2 milhões de bebés nascem mortos todos os anos, com mais de 40% ocorrendo durante o trabalho de parto. Considerando a significativa carga de riscos e danos aos quais as mulheres e recém-nascidos estão expostos devido à assistência insegura, agravada pela interrupção dos serviços essenciais de saúde causada pela pandemia COVID-19, a campanha é ainda mais importante este ano.

Por outro lado, sabemos que a maioria dos nados mortos e mortes maternas e neonatais são evitáveis por meio da prestação de cuidados seguros e de qualidade por profissionais de saúde qualificados que trabalham em ambientes de apoio. Isso só pode ser alcançado por meio do envolvimento de todas as partes interessadas e da adoção de sistemas de saúde abrangentes e abordagens baseadas na comunidade.

O Dia Mundial da Segurança do Paciente foi estabelecido em 2019 para melhorar a compreensão global da segurança do doente, aumentar o envolvimento público na segurança dos cuidados de saúde e promover ações globais para aumentar a segurança do doente e reduzir os danos ao doente.

Objetivos do Dia Mundial da Segurança do Doente 2021:

  • Aumentar a conscientização global sobre as questões de segurança materna e neonatal, especialmente durante o parto;
  • Envolver as várias partes interessadas e adotar estratégias eficazes e inovadoras para melhorar a segurança materna e neonatal;
  • Solicitar ações urgentes e sustentáveis de todas as partes interessadas para intensificar os esforços, alcançar os não alcançados e garantir cuidados maternos e neonatais seguros, especialmente durante o parto;
  • Defender a adoção das melhores práticas no local de atendimento para prevenir riscos evitáveis e danos a todas as mulheres e recém-nascidos durante o parto.

Comemoração do Dia Mundial da Segurança do Doente de 2021

Durante os desafios contínuos da pandemia COVID-19, uma combinação de atividades virtuais e outras estão sendo planeadas pela OMS para marcar e celebrar o Dia em setembro de 2021. Assim, uma das iniciativas da campanha global passará por iluminar monumentos icónicos e locais públicos com a cor laranja.

Deste modo, a OMS apela a todas as partes interessadas - governos, organizações não governamentais, organizações profissionais, sociedade civil, associações de doentes, universidades - a juntarem-se à campanha global iluminando monumentos e organizando atividades e eventos internacionais, nacionais e locais no e por volta do dia 17 de setembro de 2021.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) associa-se, uma vez mais, à iniciativa da OMS nas comemorações do Dia Mundial da Segurança do Doente.

Durante a manhã do dia 17, a DGS irá apresentar o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026 (PNSD 2021-2026), com um evento online, para o qual estão convidados a assistir todos os profissionais de saúde, doentes, gestores, investigadores e interessados pela área que se reveste da maior importância para a Saúde Pública.

O PNSD 2021-2026 resulta de uma colaboração entre a DGS, através do Departamento da Qualidade na Saúde, e a Escola Nacional de Saúde Pública-NOVA, num processo que está alinhado com as orientações internacionais, adaptado à realidade nacional e que se pretende agregador, integrador e evolutivo.

Fontes:
https://www.who.int/news-room/events/detail/2021/09/17/default-calendar/world-patient-safety-day-2021
https://www.dgs.pt/?ci=1887&ur=1&newsletter=513#.YTHxuWrrGLE.gmail

     
Autores:
Maria Helena Junqueira Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE [email protected]

Pedro Quintas Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal [email protected]

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alterações do processo angiogénico
A diabetes dificulta a cicatrização das infeções ósseas dos maxilares de origem dentária, devido à alteração do processo de...

Para chegar a esta conclusão, a equipa de investigadores, liderada pelo professor Manuel Marques Ferreira, avaliou o sucesso de desvitalizações dentárias realizadas em doentes diabéticos, entre 2015 e 2021, e comparou com os resultados obtidos em doentes não diabéticos.

Foi também efetuado um estudo sobre a evolução das infeções dos ossos maxilares de origem dentária e os possíveis mecanismos envolvidos nesse processo, em ratos diabéticos e não diabéticos.

Esta investigação teve como objetivo compreender a associação entre o resultado do tratamento endodôntico e a diabetes mellitus e as alterações do processo angiogénico. A endodontia, explicam os autores do trabalho, é um ramo da medicina dentária que se dedica a tratar doenças «que atingem a parte interna do dente, nervos e vasos sanguíneos, ou prevenir e tratar infeções ósseas dos maxilares com origem em traumatismos ou cárie dentária, através do procedimento clínico conhecido por desvitalização do dente».

Os resultados obtidos «revelam a influência que a cárie dentária não tratada e as infeções ósseas consequentes têm na saúde da população, em particular nos doentes que sofrem de patologias sistémicas como a diabetes», afirma José Pedro Martinho, docente da FMUC e membro da equipa, que inclui também Ana Coelho, Salomé Pires, Margarida Abrantes, Siri Paulo, Ana Catarina Carvalho, Eunice Carrilho, Miguel Marto, Maria Filomena Botelho e Paulo Matafome.


A equipa da Universidade de Coimbra que desenvolveu o projeto

Este trabalho científico, designado “Impairment of the angiogenic process may contribute to lower success rate of endodontic treatments in diabetes mellitus”, foi distinguido recentemente com o prémio “First Overall Best Scientific Presentation”, atribuído no “12th IFEA World Endodontic Congress 202ONE” da Federação Internacional das Associações de Endodontia, que decorreu na Índia.

Pandemia Covid-19 afetou o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde
O Movimento Saúde em Dia lança hoje uma consulta pública à população portuguesa para obter sugestões e ideias de como melhorar...

A pandemia de Covid-19 afetou o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde, como têm revelado os dados apresentados publicamente pelo Movimento Saúde em Dia, constituído pela Ordem dos Médicos, pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e pela Roche.

Novos indicadores sobre o acesso aos cuidados de saúde no primeiro ano de pandemia estão agora disponíveis. Com base no Portal da Transparência, a consultora MOAI analisou os dados de março de 2019 a janeiro de 2020, comparando com março de 2020 a janeiro de 2021, para aferir o impacto do primeiro ano da pandemia no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na área das dependências, houve uma quebra de 44% de novos utentes admitidos e as consultas relacionadas com dependências ou adições teve uma quebra de 25%.

Na saúde mental, a incidência de perturbação depressiva avaliada nos cuidados de saúde primários registou uma redução de 24% no primeiro ano de pandemia. Também os distúrbios ansiosos apresentaram uma queda de incidência de 15%.

No mesmo sentido está a curva da incidência da obesidade registada nos centros de saúde, com uma diminuição de 62% no primeiro ano de pandemia.

O acompanhamento das grávidas também terá sido afetado: os indicadores exibem uma redução de 18% na proporção das grávidas com um acompanhamento adequado, segundo o Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários.

Estes indicadores juntam-se a outros que têm tornado evidente o impacto da pandemia no cesso a cuidados por parte dos doentes não Covid.

"É essencial ouvir a população sobre um assunto que diz respeito a todos e a cada um de nós: a saúde", sublinha o Movimento em comunicado. 

A consulta pública agora lançada, que decorrerá durante um mês, pretende perceber que medidas desejam os portugueses ver aplicadas para melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde prestados em Portugal.

"Como garantir que os cidadãos têm acesso aos cuidados de saúde quando deles necessitam? Como se pode promover a eficiência? Que as áreas da saúde devem receber financiamento prioritário? Estas são algumas das questões colocadas na consulta pública, que pretende conseguir uma ampla participação de cidadãos individuais, associações de doentes, ONG, unidades de saúde, Academia, bem como outras organizações ou entidades empresariais interessadas em dar o seu contributo", mostra em nota de imprensa. 

Os resultados desta consulta vão ser conhecidos em novembro. "Até ao dia 17 de outubro, todos os cidadãos podem contribuir com as suas ideias e sugestões no site do Movimento Saúde em Dia -  www.saudeemdia.pt", apela o Movimento. 

Constituído pela Ordem dos Médicos (OM), pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e pela Roche, o Movimento Saúde em Dia lançou, ainda, em julho uma petição pública que apela ao poder político para promover a recuperação rápida e eficiente de todos os doentes que ficaram por diagnosticar, tratar ou cuidar durante a pandemia.

Esta petição está ainda em curso. Ordem dos Médicos e APAH renovam o apelo aos cidadãos para que se juntem a este Movimento e assinem a petição.

Apresentação no Dia Mundial da Segurança do Doente
A LIDEL e Cruz Vermelha Portuguesa assinalam o Dia Mundial da Segurança do Doente com a apresentação do livro “Guia Prático...

A obra coordenada por Fernando Barroso, Leila Sales e Susana Ramos, publicada pela editora LIDEL, reúne diversos peritos na área dos cuidados de saúde e da segurança do doente. O objetivo passa por levar à compreensão de conceitos fundamentais, bem como influenciar positivamente a segurança do doente nos diversos contextos de prestação de cuidados.

A sessão será realizada amanhã, dia 17 de setembro, pelas 18h15, na Cruz Vermelha Portuguesa, Palácio da Rocha do Conde d’Óbidos, Jardim 9 de abril, 1 a 5 – Lisboa, e contará com a participação dos coordenadores do livro, Fernando Barroso, Leila Sales e Susana Ramos, e ainda com a intervenção do Professor Doutor José Fragata, Cirurgião Cardiotorácico, Professor Catedrático de Cirurgia e autor do prefácio da obra.

Organizado em três partes, o livro aborda temas de relevância para a segurança do doente, nomeadamente a literacia em saúde e a cultura de segurança. Disponibiliza diversas ferramentas úteis, como a avaliação do risco e a auditoria, e explora desafios associados à segurança do doente, como as IACS, a segurança cirúrgica, a segurança da medicação e a simulação em saúde.

“Guia Prático para a Segurança do Doente” não só vem beneficiar profissionais de saúde, como Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Saúde, Gestores e decisores na área da saúde, mas também estudantes, na respetiva construção e solidificação de conhecimento através de uma abordagem prática e simples.

“É hoje sabido que a segurança dos doentes é um tema das organizações que se baseia na ação individual e das equipas, tema que decorre da cultura e implica, cada vez mais, uma indefetível liderança. A segurança dos doentes não depende de cada um destes fatores isoladamente, mas implica todo o seu conjunto harmónico e bem liderado – não se faz sem centralidade, não dispensa o planeamento, mas não acontece se cada um de nós, incluindo os doentes, não a advogarmos no dia a dia e nos locais da ação.”

No antigo Hospital Militar da Estrela
Lisboa dispõe de uma nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), a funcionar no antigo Hospital Militar da Estrela,...

As 91 camas da UCCI Rainha Dona Leonor estão distribuídas por três tipologias: Unidade de Convalescença, com 13 camas, Unidade de Média Duração e Reabilitação, com 39 camas, e Unidade Longa Duração e Manutenção, também com 39 camas, como explicou a nova coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Cristina Henriques, nomeada em junho, em representação do Ministério da Saúde.

Para a responsável, a abertura desta UCCI no centro de Lisboa tem “um significado muito importante”. “A resposta que a rede tem dentro da cidade é realmente uma resposta com muitas carências, porque temos muitas necessidades e poucas respostas, e efetivamente [esta unidade] vem dar um grande impulso à rede em três tipologias tão importantes”, esclareceu, sublinhando ainda: “Quanto mais respostas tivermos dentro da cidade Lisboa mais probabilidades temos em deixar os residentes de Lisboa próximos da sua área de residência”.

Segundo Cristina Henriques, “a prioridade para referenciação continua a ser os doentes dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, para libertar camas, uma situação que se verifica desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020. Desde essa altura, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados deu resposta a 32.625 doentes”.

Cristina Henriques destacou ainda a importância do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a área dos Cuidados Continuados com a possibilidade de apoios financeiro para os parceiros da rede. “Através destes incentivos, poderemos ter também aqui um grande impulsionador à constituição destas unidades no sítio onde elas são mais precisas, onde temos maiores carências e mais próximo das pessoas, onde elas vivem”.

O Contrato-Programa da nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados Rainha Dona Leonor foi assinado esta quarta-feira, 15 de setembro, entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o Instituto de Segurança Social e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Unidade de Convalescença iniciou a atividade hoje. A Unidade de Média Duração e Reabilitação deverá entrar em funcionamento no final do mês e a Unidade de Longa Duração e Manutenção, em meados de novembro.

Com estas novas respostas, Lisboa passa a dispor de 100 camas da tipologia Convalescença, 84 camas de Média Duração de Reabilitação e 92 camas de Longa Duração e Manutenção da RNCCI.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 1.000 casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou maior número de mortes, desde o último balanço: três mortes de um total seis. Seguem-se as regiões Norte e Centro, ambas com um óbito a assinalar. 

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.062 novos casos. A região Norte foi aquela que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 425, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 337 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 146 casos na região Centro, 50 no Alentejo e 78 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 14 infeções, e os Açores com 12.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 497 doentes internados, menos 30 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos 16 doentes internados, relativamente ao último balanço: 103.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.431 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.006.356 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 35.165 casos, menos 375 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 837 contactos, estando agora 32.515 pessoas em vigilância.

Um Testemunho de Recuperação Clínica e Pessoal (Recovery)
Entrei na Instituição com um passado de cerca de sete anos de uma perturbação de ansiedade generaliz

Quando soube da existência da RECOVERY, tinha a certeza que ali era o local indicado para mim, porque, ao contrário de outras entidades em Portugal, que se enquadram num internamento hospitalar, a RECOVERY insere-se num internamento do tipo residencial, onde os jovens se encontram num ambiente muito mais acolhedor. Cada jovem tem o seu PII (Plano de Intervenção Individual), de acordo com os seus objetivos. Além disso, no processo, adquirem rotinas mais saudáveis, competências sociais e autonomia.

A fase inicial foi muito complicada, sobretudo nos primeiros quinze dias, uma vez que não há contacto com os familiares e acesso a tecnologias: basicamente é um reset de toda uma vida, para uma nova fase. Apenas mais tarde me apercebi do quão fundamental isso é, tal como o porquê de ser necessário. Além disso, fiquei infetado com COVID-19 dez dias após a minha admissão, o que fez com que tivesse ficado onze dias confinado num quarto, numa casa que ainda era bastante desconhecida, com pessoas desconhecidas e isso implicou com que a minha admissão fosse ainda mais complicada.

À medida que o tempo passa, vai-se tornando cada vez mais fácil. O mais importante é o comprometimento do jovem com o processo terapêutico, tal como na sua vontade em atingir objetivos.

Além de ser um processo para o jovem, também o é para a sua família. Que, do lado de fora, também tem um papel fulcral no processo terapêutico do jovem. No meu caso, ao fim dos primeiros dois meses, comecei a consciencializar-me dos meus progressos e conquistas, o que me empoderou e deu uma maior vontade para me continuar a esforçar todos os dias, com o objetivo de conseguir superar os meus obstáculos. Ao fim do segundo mês, voltei a frequentar a escola, o que me deu um ainda maior boost de confiança. Claro que me custou bastante, mas todos os membros do corpo clínico me apoiaram imenso. Porém, também eram os primeiros a chamar-me à razão quando era necessário.

Falando um bocado do corpo clínico: todos os colaboradores estão sempre prontos a ajudar, e todos eles são enormes Seres Humanos, nota-se perfeitamente que gostam mesmo do que fazem, que é ajudar os outros com um enorme profissionalismo e altruísmo.

Ao fim de seis meses, após completar e consolidar todos os meus objetivos terapêuticos, tive alta médica. Continuo com o apoio da RECOVERY, agora em regime de ambulatório, para auxiliar na reintegração à vida normal. Agradeço muito à RECOVERY por me ter ajudado a ultrapassar uma fase menos boa, e em especial, à minha terapeuta de referência/psicóloga, que sempre acreditou em mim e fez tudo para que eu atingisse os meus objetivos.

De futuro, planeio ajudar outros jovens a ultrapassar as suas dificuldades, tal como eu consegui ultrapassar as minhas, e mostrar-lhes que não estão sozinhos, através da minha experiência pessoal. Fiquei “fã” da área de saúde mental e tenho uma vontade enorme em ajudar outras pessoas que estejam nesta situação em que precisam de ajuda

Voltei a ter o controlo da minha vida. Agora, vou conseguir lutar pelos meus sonhos, coisa que antes não conseguia. Fiz, recentemente, dezoito anos, tenho a vida toda pela frente e tenciono, agora, aproveitá-la ao máximo. Não sei onde vou estar daqui a cinco ou daqui a dez anos, ninguém sabe, apenas sei que quero estar feliz e com saúde a viver a vida no seu máximo.

Joaquim (nome fictício), 18 anos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinars têm data marcada a 29 de setembro, 27 de outubro e 24 de novembro
Está de regresso o novo ciclo de sessões das Be Low Talks, uma iniciativa Challenges in Cardiology em parceria com a Organon...

Este novo ciclo de três webinars reúne nove especialistas nacionais que irão partilhar conhecimento e debater o panorama atual da área de Lípidos e da Doença cardiovascular em Portugal, com especial destaque para as estratégias terapêuticas. As inscrições para os três webinars, que se realizam nas últimas quartas-feiras dos meses de setembro, outubro e novembro, já estão abertas, em exclusivo, para profissionais de saúde.

As Be Low Talks, que decorrem em formato digital, arrancam já no dia 29 de setembro, pelas 19h30, com a primeira sessão dedicada ao tema “Relação lípidos e diabetes mellitus”. A primeira sessão contará com a moderação de Francisco Araújo e com a colaboração de Cristina Gavina que vai apresentar o tema “C-LDL e diabetes”; com José Pereira de Moura, que irá abordar a “Importância dos Triglicerídeos”; e com Patrício Aguiar que vai incidir a sua intervenção sobre “a oportunidade para os fibratos”.

Os segundo e terceiro webinars estão agendados para os dias 27 de outubro e 24 de novembro e serão dedicados aos temas “Prevenção cardiovascular e terapêutica hipolipemiante - Parte 1” e “Prevenção cardiovascular e terapêutica hipolipemiante - Parte 2”, respetivamente. Estas sessões virtuais contam, ainda, com o contributo dos especialistas Cristina Gavina, José Pereira de Moura, António Ferreira, Francisco Araújo, Marco Costa, Ricardo Fontes-Carvalho e Patrício Aguiar.

Além das inscrições, a plataforma permite aceder aos conteúdos das anteriores sessões das Be Low Talks de abril e maio, subordinadas aos seguintes temas: “Da formação da placa ao evento agudo” e “Carga lipídica e risco vascular”. Estão, também, disponíveis para consulta os 5 podcasts dedicados à área de lípidos e que tiveram a direção de João Morais, Diretor do Serviço de Cardiologia e Coordenador do Centro de investigação do Centro Hospitalar de Leiria.

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