Estudo da Universidade Portucalense durante confinamento
A avaliação dos níveis de burnout dos trabalhadores temporários revelou uma baixa realização pessoal (65,2% dos inquiridos),...

O estudo “Saúde mental dos trabalhadores temporários durante a COVID-19” utilizou dados recolhidos numa amostra de 2.050 trabalhadores temporários portugueses, recolhida em março de 2021, período de novo confinamento em Portugal.

O burnout é uma síndrome de exaustão emocional, de despersonalização e de perda de realização pessoal.  65,2% dos inquiridos apresentam uma elevada perda de realização pessoal (sentimento de insucesso profissional), mas baixos níveis (10,2%) de exaustão emocional (esgotamento emocional traduzido por um grande cansaço no trabalho, acompanhado de uma sensação de vazio e pela dificuldade em lidar com as emoções dos outros) e baixos níveis (5,2%) de despersonalização (atitude mais distanciada) apesar da precaridade contratual vivenciada por estes trabalhadores.

Neste mesmo estudo, os investigadores do REMIT concluíram ainda que, apenas 25,7% dos trabalhadores temporários apresentam níveis elevados de engagement (estado mental positivo pelo trabalho realizado). O engagement foi medido pelas suas três dimensões, tendo os inquiridos apresentado baixos níveis (34,8%) de vigor (níveis de energia e resiliência mental durante o trabalho), baixos níveis (32,6%) de dedicação (entusiasmo, inspiração e orgulho no trabalho) e baixos níveis (25,6%) de absorção (nível de foco e imersão positiva no trabalho). Níveis baixos de engagement conduzem, habitualmente, a baixa satisfação profissional e produtividade, e elevado absentismo e rotatividade.

Portugal ocupa a 6ª posição na lista dos países da União Europeia (UE) com maior utilização de contratos de trabalho temporários em 2020, segundo os dados da Eurostat divulgados em maio deste ano. De acordo com os dados do PORDATA, em 2020, existiam 699,6 mil portugueses com contratos temporários de trabalho, menos 16% que em 2019, sendo que esta diminuição se deveu ao elevado desemprego destes trabalhadores motivado pela pandemia.

50,1% dos inquiridos são mulheres e 50,2% têm menos de 30 anos. A maioria dos inquiridos têm filhos (53,1%) e são maioritariamente residentes nas regiões de Lisboa (32,8%), norte (30,5%) e centro (20,9%) de Portugal. 67% dos inquiridos são trabalhadores temporários no sector industrial. Em termos de duração do último/atual contrato de trabalho, 53,4% dos inquiridos referiu que o contrato foi/é superior a 6 meses.

Opinião
O Dia Mundial da Diabetes é assinalado, anualmente, a 14 de novembro.

Estes números são devidos, sobretudo, aos hábitos sedentários e à má alimentação, sendo a obesidade uma das causas mais associadas a esta patologia.

Portugal é, de entre os países europeus, aquele que regista uma das mais elevadas taxas de prevalência da Diabetes, sendo que cerca de 13,3% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos de idade tem diabetes, o que corresponde a mais de um milhão de indivíduos, de acordo com os últimos dados do Observatório Nacional da Diabetes. O mais grave ainda, é que existem muitos diabéticos que desconhecem que o são, o que vai condicionar o aparecimento de complicações da doença não controlada, aumentando o risco de morte prematura e diminuindo a qualidade de vida.

Atualmente, não existem números muito recentes sobre a diabetes, mas é expectável que a crise de saúde pública devida à pandemia COVID-19 tenha agravado o número de casos de diabéticos não diagnosticados. Estima-se que, em Portugal, cerca de 20 mil pessoas possam não ter tido acesso às condições para um diagnóstico precoce da patologia.

Igualmente e de acordo com o Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas 2020, não só houve menos novos casos de diabetes diagnosticados, mas, também, diminuição no rastreio da retinopatia diabética e redução nas consultas do pé diabético.

Também é preocupante que neste período, o número de internamentos por condições agudas da diabetes tenha aumentado e que milhares de consultas e tratamentos tenham sido adiados, o que, a médio e longo prazo, poderá ter consequências graves na saúde dos doentes.

Percebendo a dificuldade de acesso dos doentes aos cuidados de saúde durante a pandemia, foi criado um serviço de linha telefónica pelo Núcleo de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) e pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), com o objetivo de proporcionar informações sobre “Covid-19 e Diabetes”. Este serviço foi muito útil no apoio às pessoas com diabetes e recebeu, só num espaço de dois meses, mais de 500 telefonemas de cuidadores, familiares e doentes com diabetes. 

Assim, é bem apropriado o tema escolhido pela Federação Internacional da Diabetes para comemorar o Dia Mundial da Diabetes no período 2021-2023 que foca o acesso aos cuidados para a diabetes pois, mesmo sem a pandemia, ainda existem milhões de pessoas no mundo que não têm os cuidados de saúde que necessitam.

Este ano, o Dia Mundial da diabetes é ainda mais simbólico, pois associa-se à comemoração dos 100 anos da descoberta da insulina, que surgiu da investigação conjunto de Frederick Banting e Charles Best, em 1921.

É não só fundamental proporcionar às populações o acesso fácil aos cuidados de saúde, mas, também, ter os meios para que a diabetes seja diagnosticada e tratada precocemente. A sua prevenção tem por base as campanhas de sensibilização e de prevenção junto das populações, fornecendo as ferramentas para as alterações ao estilo de vida, com o objetivo de atingir e manter um peso saudável, uma atividade física adequada e uma dieta equilibrada que evite os açúcares e as gorduras saturadas. Estas medidas podem ser muito eficazes na prevenção a diabetes tipo 2 e no atraso no aparecimento das suas complicações.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ferramenta eletrónica já está presente em cinco unidades de mama
A Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS) tem como objetivo expandir o projeto “Breast SPS”, uma plataforma digital de registo...

A iniciativa “Breast SPS” foi criada em 2017 e surgiu para dar resposta à necessidade identificada pela SPS em melhorar e harmonizar os sistemas de informação em cancro da mama no país. Através de um protocolo de parceria com a Virtual Care, em 2018, este projeto tem mantido o seu desenvolvimento, apesar da desaceleração provocada pela pandemia.

“As suas vantagens na área de certificação e o seu potencial na agregação de dados oferece-nos a oportunidade em ir mais além na investigação do cancro da mama. Os dados integrados na plataforma digital são fundamentais para que possamos refletir, analisar, investigar e olhar para o futuro. São um motor de desenvolvimento e de mudança e, ainda que esteja patente uma qualidade bastante elevada da atividade assistencial em cancro da mama em Portugal, na nossa perspetiva, era excelente que pudéssemos falar numa só voz e trabalhássemos em conjunto futuramente”, afirma Paulo Cortes, elemento da direção da SPS e gestor do projeto.

A ferramenta eletrónica permite fazer uma gestão, em ambiente interdisciplinar, do percurso do doente, desde o diagnóstico até à decisão do tratamento e seguimento, permitindo a análise de métricas de qualidade e desempenho, garantindo o rigor, a exaustividade e a confidencialidade das informações.

Atualmente, a “Breast SPS” encontra-se em funcionamento ou em processo de desenvolvimento em cinco das vinte unidades de mama existentes em Portugal: Lusíadas, Santarém, Évora, IPO Coimbra e Braga. Este ano, foram ainda aceites as candidaturas de outras duas unidades, Centro Hospitalar do Algarve e do Hospital de Setúbal e espera-se que até final do ano mais unidades formalizem a sua candidatura.

 

16 de novembro
A Angelini Pharma Portugal organiza pelo 12.º ano consecutivo os Angelini University Award (AUA!), uma iniciativa dirigida a...

A Conferência “Reflexões AUA! Como será o futuro pós pandemia” conta com a participação de Graça Freitas, Diretora Geral da Saúde, do especialista Daniel Sampaio, escritor e psiquiatra, que abordará o tema a pandemia e a saúde mental trazendo para o debate a sua experiência pessoal de infeção pelo SARS-CoV-2.

Durante a conferência vai também ser apresentado um estudo sobre “Necessidades não atendidas e soluções para crises em saúde em Portugal”, que levará a um debate de especialistas com a participação de Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos (OM); Nuno Jacinto, Presidente Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e Luís Madeira, Vice-presidente da Associação Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

A Cerimónia de Entrega de Prémios, a decorrer durante a tarde, conta com o anúncio dos dois trabalhos vencedores da 12.ª edição dos AUA!, que vão receber um prémio no valor de 10.000€ (1º) e de 5.000€ (2º prémio). Do painel de jurados da edição de 2021 fazem parte: Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos; Miguel Guimarães, Bastonário da OM; Miguel Telo de Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da Direção Geral de Saúde e Miguel Xavier, Subdiretor Presidente do Conselho Científico e Professor Catedrático da Nova Medical School.

Serão distinguidos projetos na área da saúde, relacionados com o tema deste ano, com aplicabilidade prática e que permitam gerar inovação e promover o empreendedorismo jovem. Simultaneamente será entregue o Prémio de Jornalismo, no valor de 2500€, atribuído ao melhor trabalho jornalístico que, ao longo deste ano, se tenha dedicado à temática das soluções de crises em saúde.

O Angelini University Award! já realizou 11 edições e ao longo destes anos já reuniu 689 inscrições, 2320 participantes (estudantes, docentes e especialistas) e 476 projetos submetidos.

Esta é uma iniciativa promovida pela Angelini Pharma que pretende criar oportunidades para os participantes colocarem em prática os seus conhecimentos académicos, aplicados a um projeto próximo da realidade empresarial e social.

37.º Congresso de Pneumologia
Vai decorrer, entre os dias 11 e 13 de novembro, o 37.º Congresso de Pneumologia. Depois de no ano anterior ter sido realizado...

“O retornar à presença física, podermos estar juntos, trocar ideias e projetos, retomar a proximidade será certamente um momento memorável e emotivo. Espero que seja um feliz reencontro para todos e que o Congresso Nacional corresponda às expetativas científicas e de formação da generalidade dos participantes”, refere António Morais, presidente da SPP.

Na definição do programa a SPP manteve uma linha que já tem sido habitual com a abertura a outras especialidades médicas, não só com a Medicina Geral e Familiar, mas também, como refere o presidente da sociedade, com “investigadores com quem queremos colaborar e os outros profissionais de saúde, que trabalham connosco todos os dias e consequentemente deverão ter um espaço no congresso para discutir entre si e com os outros profissionais a sua visão no contexto da Pneumologia”. Na edição deste ano também os doentes respiratórios – “o objeto principal de todo o nosso esforço” – vão ter o seu espaço no programa.

Perante o contexto dos últimos dois anos, com a atividade dos médicos pneumologistas a ser bastante marcada pela pandemia por COVID-19, esta patologia continua a ter o seu lugar no programa, no entanto, haverá ainda lugar à discussão dos avanços em áreas como a asma, DPOC, pneumonia, gripe, cancro do pulmão, entre outras doenças do foro respiratório.

Este evento será também o 3.º Congresso Luso-PALOP de Pneumologia, cumprindo o objetivo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia de um estreitamento de relações com todos os países de expressão portuguesa e um conhecimento aprofundado da sua realidade.

Consulte aqui o programa do 37.º Congresso de Pneumologia.

 

 

E esta é uma causa de acentuada e grave baixa de visão
O dia 10 de novembro é o Dia Mundial do Queratocone, uma doença dos olhos ainda pouco conhecida da m

“O queratocone é uma doença que leva à distorção em forma de cone da córnea. Atinge a população jovem e, por isso, precisa de ser tratada quanto antes. Normalmente, surge na infância/adolescência ou início da vida adulta e estabiliza na terceira década de vida. É bilateral, frequentemente hereditária, pelo que pode deturpar a visão de ambos os olhos. Se não for tratada atempadamente, e existem atualmente tratamentos que podem estabilizar e regularizar a córnea, evitando o transplante, a correção da visão, mesmo com óculos, pode ser impossível. A doença vai piorando com o tempo e, se nada for feito, pode levar a acentuada e grave baixa de visão”, alerta Maria João Quadrado, Chefe da Secção de Córnea e Cirurgia Refrativa do Centro Universitário e Hospitalar da Universidade de Coimbra, Responsável do Bloco Operatório de Oftalmologia do CHUC e Oftalmologista na UOC - Unidade de Oftalmologia de Coimbra.

A córnea é a nossa “lente natural”, responsável pela refração da luz no globo ocular e tem uma forma semelhante a uma “semiesfera”. É responsável pela mudança de direção da luz quando esta entra no globo ocular, fazendo-a chegar ao ponto de focagem, que é a fóvea, localizada na retina. O nervo ótico leva então essa informação ao cérebro, onde é processada e finalmente convertida numa imagem.

No queratocone, a córnea fica distorcida e irregular, com a forma de um cone. Essa alteração distorce a entrada de luz e origina uma visão muito deturpada. Os doentes apresentam arrastamento nas imagens (imagem-fantasma), que por isso ficam muito desfocadas. Por exemplo, as luzes dos carros ficam muito “radiadas”, o que leva a muita dificuldade na condução noturna. Os doentes com queratocone apresentam diminuição acentuada da visão, imagens duplas e alta sensibilidade à luz. Coçar frequentemente os olhos (fator mecânico), alergias, asma e rinite são fatores de risco.

Com o aumento da procura da cirurgia refrativa por laser para corrigir a miopia, aumentou o grau de alerta para esta doença. O queratocone é uma contraindicação absoluta para a cirurgia por laser Excimer.

“Cada vez mais pessoas são diagnosticadas com queratocone e em idade mais precoce. É uma doença muitas vezes hereditária, embora nem todas as pessoas com a alteração genética o venham a manifestar. O seu aparecimento depende, também, de estímulos externos, como o coçar dos olhos. Se já houver algum caso de queratocone na família, converse com o Oftalmologista para minimizar o risco de evolução da doença nos descendentes”, explica Maria João Quadrado.

“É preciso levar bem a sério o ato de coçar os olhos. Muitas crianças acabam por se viciar nesse comportamento, que não pode ser desvalorizado. Os pais precisam de levar os seus filhos ao Oftalmologista de forma a identificar a causa dessa situação e tratá-la adequadamente”, diz ainda a especialista.

“As opções terapêuticas para o queratocone têm vindo a aumentar a um ritmo acelerado. O tratamento com Cross-Linking estabiliza a evolução da doença, de forma a não atingir estádios mais avançados, os anéis intra-corneanos podem regularizar a córnea e melhorar a visão, evitando muitas vezes, desde que diagnosticado e tratado a tempo, o recurso a um transplante de córnea. Neste momento, é possível oferecer uma visão de qualidade à maior parte dos doentes, com uma melhoria bastante importante na sua qualidade de vida. Ao suspeitar deste e de outros problemas de visão, não deixe de visitar o Oftalmologista para se submeter aos exames adequados”, conclui a especialista

Especialistas respondem a dúvidas em sessão online

Quatro oftalmologistas da UOC - Unidade de Oftalmologia de Coimbra vão estar no Dia Mundial do Queratocone, em direto, via Facebook, a responder a perguntas sobre a doença. A sessão é gratuita e vai acontecer a partir das 21h00, na página de Facebook da UOC – Unidade de Oftalmologia de Coimbra, em www.facebook.com/UnidadedeOftalmologiadeCoimbra. Os interessados vão ter a oportunidade de colocar as questões através da caixa de comentários da página, podendo desde já começar a fazê-lo. A sessão é aberta a outras questões relacionadas com a saúde da visão em geral, não se cingindo apenas ao queratocone.

A responder às questões e a esclarecer todas as dúvidas estarão os oftalmologistas Joaquim Murta, Maria João Quadrado, Andreia Rosa e João Gil, da UOC – Unidade de Oftalmologia de Coimbra e do Centro Hospital e Universitário de Coimbra.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Novembro é o mês de consciencialização para a saúde masculina
Embora as doenças da tiroide sejam mais frequentes no sexo feminino, os homens também podem sofrer desta disfunção. Diminuição...

A probabilidade de as mulheres desenvolverem problemas de tiroide é 5 a 8 vezes superior à dos homens, mas os sintomas são semelhantes. Por isso, os homens também devem estar atentos a sintomas como “cansaço, apatia, sonolência ou insónias, alterações de humor, oscilações de peso e queda de cabelo”, alerta Inês Sapinho, Médica Endocrinologista e Membro do Conselho Consultivo / Científico da Associação das Doenças da Tiroide (ADTI). Além disso, “o aparecimento de um nódulo no pescoço também não deve ser ignorado”, acrescenta.

Segundo a especialista, “os homens ainda não estão tão familiarizados com estas doenças e, sobretudo, com o impacto que estas podem ter na sua qualidade de vida”. É essencial que em caso de disfunção da tiroide seja realizada uma vigilância regular no seu endocrinologista para monitorização e, se necessário, proceder atempadamente à sua correção terapêutica. 

A ADTI pretende sensibilizar a população para este tema e fomentar a educação para a saúde, disponibilizando informação clara e concisa sobre as doenças da tiroide e as suas manifestações, que ajudem os homens a estarem atentos aos sinais de alarme e a recorrerem ao médico de forma precoce. 

 

Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros alerta
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) continua a receber pedidos de exclusão de responsabilidade...

Desde 15 de Outubro, altura em que a SRCentro visitou o Serviço de Urgência do Hospital de Santo André – Centro Hospitalar de Leiria (CHL), que já foram rececionados mais de 600 pedidos de escusa de responsabilidade por parte dos enfermeiros deste serviço.

A situação acaba de se agravar com o pedido de baixa apresentado pelo Diretor do Serviço, Cláudio Quintaneiro, deixando escalas médicas de clínico geral com turnos a descoberto. Em sua substituição encontra-se, desde o dia 4 de novembro, Salvato Feijó, Diretor Clínico do CHL.

Segundo informações que foram enviadas à SRCentro, os médicos das restantes especialidades não querem assumir estes doentes, o que leva a que um doente espere pela primeira observação clínica mais de 15 horas.

“Sabemos que muitos doentes abandonam as longas filas de espera, enquanto outros aguardam pelo dia seguinte para serem observados”, confidencia Ricardo Correia de Matos.

“É imperativo que o Governo tenha conhecimento desta calamidade e que aja rapidamente para que vidas humanas não se percam porque, efetivamente, estamos a falar da perda de direitos elementares dos cidadãos, como o acesso e a prestação de cuidados de saúde adequados, com segurança e qualidade”, acrescenta o Presidente do Conselho Diretivo da SRCentro.

Face a este panorama, Ricardo Correia de Matos apela “a que os enfermeiros continuem a defender-se, apresentando diariamente escusas de responsabilidade para, compreensivelmente, se protegerem durante o exercício das suas funções”.

Entretanto, e tal como a SRCentro tinha previsto, há mais profissionais que têm remetido exclusões de responsabilidade.

Desde janeiro de 2021 foram recebidos mais de 80 pedidos de exclusão de enfermeiros do Centro Hospitalar do Oeste, 16 deles só na última semana e, na sua maioria, dos serviços da Unidade de Caldas da Rainha.

E, mais recentemente, foram recebidas escusas do Serviço de Urgência do Pólo Hospitais da Universidade de Coimbra – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

“O défice de dotações seguras é transversal a grande parte das unidades hospitalares do país. Não podemos permitir que o Estado feche os olhos e continue a ignorar este problema, mesmo que a sua ação esteja agora limitada no tempo. Mais do que promessas eleitorais, precisamos de soluções reais”, conclui Ricardo Correia de Matos.

Lançamento a 13 de novembro
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) assinam, em...

Com coordenação de João Araújo Correia (Presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI)) e de Delfim Rodrigues (Coordenador do Programa Nacional de Implementação das Unidades de Hospitalização Domiciliária nos Hospitais do SNS e Vice-Presidente da APAH), o livro traz uma reflexão sobre como a medicina de proximidade e os cuidados integrados da doença crónica devem constituir-se objetivos primordiais dos Sistemas de Saúde atuais.

Governação, modelos de prestação de cuidados, tecnologias e transformação digital, capital humano, financiamento ou resultados clínicos são alguns dos assuntos que estruturam o livro.

“Na realidade, os desafios que enfrentamos como setor (por exemplo, as mudanças demográficas, o ritmo da inovação tecnológica, as mudanças nas expectativas dos utilizadores e a crescente pressão financeira) não podem ser respondidos somente por nós. A resposta aos desafios da atualidade requer que um Estado inteligente e uma “sociedade civil” ativa se constituam como duas faces de um mesmo processo”, defende o presidente da APAH Alexandre Lourenço, no editorial do livro.

“As camas hospitalares são cada vez mais escassas, em relação às necessidades. E, não é preciso ir buscar a evidência desse facto à pandemia Covid-19. Ficamos a saber no final de 2018, que Portugal era o quinto país mais envelhecido do mundo, substituindo a Alemanha, numa lista liderada pelo Japão, a que se seguem a Itália, a Grécia e a Finlândia (PORDATA)”, destaca, por sua vez, o Presidente cessante da SPMI João Araújo Correia, que assina um artigo intitulado “O Imperativo da Proximidade dos Cuidados de Saúde”, parte integrante do livro.

Embora já tenhamos alguns bons exemplos de resposta adequada aos Doentes Crónicos em Portugal (Unidades de Doentes Crónicos Complexos, Consultas Abertas de Patologias Específicas, etc.), eles não se têm disseminado pelo País. Este livro pretende incentivar a criação de mais unidades de tratamento para os doentes crónicos, evitando o recurso ao Serviço de Urgência, associando a descrição dos modelos existentes com a visão dos Administradores Hospitalares, que possibilitará encontrar formas de financiamento adequadas. 

Com a chancela das Edições Almedina, “Cuidados de Saúde de Proximidade – Um Roteiro para a Humanização e Integração» trata-se de um livro que se dirige a estudantes, profissionais de saúde e administradores hospitalares.

Responsabilidade social
O espaço mybiocodex.pt acaba de lançar o MyPoints!, um novo programa gratuito de incentivo à formação para farmacêuticos e...

Os farmacêuticos estão entre os profissionais de saúde que estão na primeira linha de Saúde, uma vez que é através do farmacêutico que os medicamentos prescritos chegam ao utente. Cabe a este profissional de saúde próximo da comunidade, em quem confiam, alertar para os riscos, eventuais efeitos adversos mais comuns e consequências mais graves do uso incorreto dos medicamentos em geral. Têm ainda um papel muito importante de aconselhamento, despistagem e encaminhamento de casos para o médico. 

Quanto mais amplos forem os conhecimentos diferenciados do farmacêutico, melhor será a sua capacidade para saber como e quando intervir, o que se traduz num ganho significativo para o utente na sua saúde imediata e a mais longo prazo. Daí a importância da formação contínua destes profissionais de saúde.  

A parceria entre a Biocodex e a Operação Nariz Vermelho é um estímulo para que estes profissionais aprofundem os seus conhecimentos na área da microbiota humana e Saúde da Mulher e, ao mesmo tempo, apoiem uma causa social, trazendo mais alegria para as crianças que estão hospitalizadas. 

A formação é gratuita 

O MyPoints! é um novo programa de incentivo à formação para farmacêuticos e técnicos de farmácia da plataforma mybiocodex.pt, que já disponibiliza de forma gratuita diversos cursos de e-learning, creditados pela Ordem dos Farmacêuticos e vídeos com a opinião e explicação de especialistas mundiais em microbiota humana, em particular da microbiota intestinal. O novo programa introduz mais um conjunto de ferramentas úteis de aprendizagem para uma intervenção farmacêutica mais eficaz. 

Para ganhar pontos, os farmacêuticos e técnicos de farmácia têm apenas de explorar os conteúdos da plataforma: completar cursos, responder a quizzes ou assistir a eventos, como por exemplo webinares de caráter científico. Uma parte dos pontos acumulados na plataforma reverte diretamente para a Operação Nariz Vermelho. O projeto-piloto termina no final do ano, estimando-se uma doação até mil e oitenta euros nestes dois últimos meses do ano. 

15 de novembro
Quer descobrir o que nunca ninguém lhe disse sobre o pós-parto ou o que deve saber antes de viajar com bebés? No próximo ...

Com o objetivo de apoiar as futuras mamãs, a 19.ª edição do “Especial Grávida” vai reunir, no espaço aproximado de duas horas, três especialistas, abordando temáticas específicas relacionadas com o universo da maternidade, como “O que nunca ninguém lhe disse sobre o pós-parto”, com a participação da Enfermeira Alice Araújo, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora do projeto Momentos de Ternura; “O Presente e o Futuro das Células Estaminais”, com a intervenção Diana Santos, formadora do laboratório de tecidos e células estaminais BebéVida e “Viajar com bebés - o que devo saber”, com as recomendações da Enfermeira Sónia Patrício, especialista em saúde infantil e pediatria.

Esta é mais uma iniciativa dinamizada pela Mamãs Sem Dúvidas com o intuito de apoiar os casais que estão a dar os primeiros passos no mundo da parentalidade. A inscrição na sessão é gratuita, mas obrigatória, podendo ser efetuada no site Mamãs sem Dúvidas, aqui.

Ao participar, as futuras mamãs habilitam-se a ganhar um cabaz de produtos no valor de 450 €, que inclui: uma mala de maternidade Bioderma; uma bomba Nuvita Elétrica; uma almofada Pekaboo; um estojo de higiene e uma chupeta ultra soft Philips Avent; um intercomunicador Miniland; e ainda um tapete de atividades. A vencedora será divulgada no dia 16 de novembro, no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

Para saber mais sobre a Academia Mamãs sem Dúvidas, conteúdos informativos ou próximos eventos consulte o website mamassemduvidas.pt .

 

Complementaridade, cooperação e integração dos cuidados
Vai ter lugar no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), no dia 11 de novembro, pelas 15h, na sala de reuniões do...

Assim, o CHUC passa a disponibilizar um médico ortopedista para se deslocar ao CMRRC-Rovisco Pais para avaliação de doentes, em regime de consulta multidisciplinar. No caso de haver indicação operatória, a cirurgia é efetuada no Serviço de Ortopedia do CHUC que fica com a responsabilidade do agendamento e tratamento do doente. As consultas pós-operatórias subsequentes serão realizadas no CMRRC-Rovisco Pais, de acordo com as condições locais de tratamento.

A cooperação entre as duas instituições foi iniciada em 2018, e tem sido realizada no âmbito do tratamento cirúrgico de doentes neurológicos, especialmente em doentes espásticos e com sequelas de AVC, na Unidade de Cirurgia de Ambulatório do CHUC, em regime de pernoita. Fruto desta excelente experiência de cooperação, que agora se formaliza, é também possível regularizar o fluxo e referenciação de doentes, em articulação com o Serviço de Tecnologias e Sistemas de Informação do CHUC, para o estabelecimento das ligações necessárias para a realização dos registos eletrónicos no processo clínico do utente.

 

 

Ferramenta permite descobrir qual a idade dos pulmões e sensibilizar para o risco de DPOC
“Sabemos que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) está muito subdiagnosticada”, afirma Paula Pinto, vice-presidente da...

É para ajudar a eliminar estas barreiras e permitir um diagnóstico mais rápido e um maior conhecimento sobre a DPOC que é lançada a plataforma online Lung Life, uma iniciativa da Boehringer Ingelheim que esclarece sobre a saúde dos pulmões e pretende estimular um diálogo entre a pessoa e o profissional de saúde.

A plataforma, que conta com o apoio do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP), do Núcleo de Estudos de Doenças Respiratórias da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (NEDResp), da Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas (RESPIRA) e da SPP, “vai permitir aumentar a possibilidade e a probabilidade de o doente conhecer melhor a doença e os seus sintomas”, refere Alfredo Martins, coordenador do NEDResp. E, mais ainda, “contribuir para um melhor entendimento da sua progressão, facilitando tanto o diagnóstico, como a perceção do seu agravamento ou das suas melhorias e da resposta ao tratamento”.

Apesar de se poder prevenir e tratar1, os dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR) confirmam que a prevalência estimada da DPOC é, em Portugal, de 14,2% acima dos 40 anos (cerca de 800 mil pessoas), com aproximadamente 95% dos doentes com DPOC ligeira e 80% dos doentes com DPOC moderada permanecerem por diagnosticar2.

“O doente chega tarde ao diagnóstico porque se sente culpado e porque desvaloriza os sintomas”, refere Paula Pinto, que esclarece que “o diagnóstico passa por fazer uma espirometria, exame que mede a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de inspirar ou expirar a cada vez que respira, ou seja, a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões e a velocidade com que o faz. É assim um exame indolor e que consegue medir a nossa capacidade respiratória”. E reforça a importância de ter o doente no centro da gestão da sua doença, o que implica que “o médico tem de o informar sobre o que é a sua doença e como a deve tratar”. Daí a importância da plataforma Lung Life não só “para o doente com DPOC, mas também para o fumador ou ex-fumador, que ainda não sabe que tem DPOC”, pois o tabaco é a causa de “85% dos casos”, acrescenta Paula Pinto.

Com duas ferramentas – a Lung Age e a Lung Check – a plataforma permite “descobrir qual é a idade provável dos pulmões de uma pessoa, tendo em conta o sexo, a idade, altura e também o número de cigarros que fuma por dia, ou fumou, e os anos de tabagismo. O facto de se fumar tem um impacto negativo no pulmão e, portanto, leva ao seu envelhecimento mais acelerado, servindo a Lung Age para quantificar o impacto deste fator de risco na saúde pulmonar. O objetivo é sensibilizar a pessoa para que tente deixar de fumar”, explica Rui Costa, coordenador do GRESP. A Lung Check é a segunda ferramenta e permite às pessoas que têm diagnóstico de DPOC “avaliar como esta afeta as suas vidas e quantificar esse impacto”, acrescenta.

A DPOC apresenta sintomas como “cansaço, falta de ar, tosse com expetoração”, refere Isabel Saraiva, presidente da RESPIRA. “Se a pessoa fuma e sistematicamente tem estes sintomas, deve procurar o seu médico, dizer-lhe que fuma e pedir orientação. É absolutamente fundamental que uma pessoa que fume pare imediatamente de fumar”, remata.

Descubra mais sobre a saúde dos seus pulmões em www.lunglife.com/pt

Entrevista Dra. Mariana Cravo
O linfoma cutâneo é uma condição rara que pode ser difícil de diagnosticar.

De evolução progressiva e lenta, os Linfomas Cutâneos além de raros nem sempre são fáceis de diagnosticar. Assim, começo por perguntar que tipo de tumores são estes e qual a sua prevalência em Portugal?

A maioria dos linfomas localiza-se nos gânglios linfáticos e são denominados linfomas ganglionares ou nodais. No entanto, como os linfócitos são células que circulam por todo o organismo, os linfomas podem envolver ou localizar-se em órgãos ou tecidos fora do sistema linfático. Quando tem origem na pele e não há evidência de doença noutras localizações, como gânglios linfáticos ou sangue, utiliza-se a designação de linfoma cutâneo primário.

De um modo geral, são considerados doenças raras, afetando cerca de 5 a 10 pessoas, por cada milhão, anualmente. Não há, no entanto, estudos concretos sobre a incidência em Portugal.

Quais os tipos mais frequentes e quais os sintomas/manifestações clínicas associadas?

Os linfomas cutâneos primários podem ser classificados, consoante a célula que lhe dá origem, em linfomas cutâneos primários de células T (75% dos linfomas cutâneos) ou linfomas cutâneos primários de células B (25% dos casos).

O subtipo mais frequente é o linfoma cutâneo de células T, variante Micose Fungóide (cerca de 50% de todos os casos). O seu aspeto clínico é variável; a maioria das pessoas apresenta, por vezes durante anos, manchas rosadas, que podem causar uma comichão ligeira. O aspeto clínico destas manchas é semelhante ao de outras doenças de pele tais como eczema ou psoríase. Cerca de 10-25% dos doentes podem apresentar progressão de doença, com aparecimento de tumores na pele, envolvimento de gânglios linfáticos e de outros órgãos internos, assim como do sangue.

Como é feito o diagnóstico dos Linfomas Cutâneos? E quais os principais desafios associados a esta área?

O diagnóstico baseia-se no aspeto clínico que as lesões de pele apresentam, complementado por uma biopsia dessas mesmas lesões.

Após o diagnóstico ser feito, será necessário confirmar que se trata de um linfoma cutâneo primário e não de um linfoma ganglionar que envolveu secundariamente a pele. 

Os desafios no diagnóstico estão mais presentes nos casos iniciais de Micose Fungóide, em que o aspeto clínico das lesões pode simular outra doença inflamatória de pele. Da mesma forma, as biopsias cutâneas feitas nesta fase podem apenas demonstrar alterações muito subtis que podem estar presentes noutras doenças inflamatórias da pele, não permitindo um diagnóstico definitivo.

Sabendo que se tratam de tumores raros, em média, quanto tempo leva até ao seu diagnóstico?

Na Micose Fungóide, o tempo médio é de cerca de 5 a 6 anos.

Na sua opinião, qual a importância da realização de uma sessão de esclarecimento sobre o tema Linfomas Cutâneos para doentes e cuidadores?

O conhecimento da doença por parte dos doentes e dos seus cuidadores é fundamental para que possam lidar melhor com esta e para que o impacto que esta causa na sua qualidade de vida seja o mínimo possível. Uma sessão desta natureza dá hipótese aos doentes e cuidadores de saberem mais sobre a sua doença e de verem esclarecidas as suas dúvidas.

Quais os principais mitos ou dúvidas que estes doentes apresentam?

É habitual pensar-se que, por se tratar de um linfoma, estamos perante uma doença grave e fatal o que, felizmente, na maioria dos casos, não se verifica. No caso dos doentes com Micose Fungóide em fase precoce, há a ideia de que o atraso no diagnóstico desta doença pode pôr em risco o seu prognóstico e a sobrevivência.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinar
Os linfomas cutâneos de células T são o tema do próximo webinar da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), que se...

Com o objetivo de apoiar doentes e cuidadores, a sessão vai reunir, no espaço aproximado de duas horas, quatro especialistas que vão abordar temáticas específicas relacionadas com os linfomas cutâneos de células T. 

 “O que são linfomas cutâneos?”, “Como se faz o diagnóstico?” e “Qual a abordagem terapêutica” são as três questões que servem de mote para a primeira parte da sessão, que reúne as especialistas Mariana Cravo, do Serviço de Dermatologia e Consulta Multidisciplinar de Linfomas Cutâneos do IPO de Lisboa e Joaninha Costa Rosa, do Serviço de Anatomia Patológica do IPO de Lisboa.  

A segunda parte do webinar destina-se a um espaço para perguntas e respostas e conta com a participação das mesmas especialistas, às quais se juntam Inês Barbosa, do Serviço de Hematologia e Consulta Multidisciplinar do IPO de Lisboa e Cristina Nave, do Serviço de Psicologia do IPO de Lisboa. 

O objetivo passa por promover a interação entre todos os que assistem ao webinar, doentes e cuidadores, e os especialistas envolvidos, promovendo o conhecimento sobre a área em destaque.

Consulte o programa deste webinar, que conta com o apoio da farmacêutica Kyowa Kirin, aqui: https://www.apcl.pt/pt/novidades/webinar-sobre-linfomas-cutaneos-de-celulas-t-27-10-2021  

Estudo
Quando questionados sobre a quem recorrer numa situação de saúde não muito grave, mas de origem desconhecida, a percentagem de...

No topo de prioridades de ação, os indivíduos revelam ter uma maior preferência por marcar uma consulta no médico de família /médico assistente (25%) ou pela ida a um centro de saúde (24%), no entanto, o mesmo não se regista na região de Lisboa onde apenas 17% confirma recorrer a um Centro de Saúde (vs. 27% no Porto ou 31% no Alentejo). Já a opção de contactar a linha SNS 24 cai para 17%.

No que respeita ao contactar diretamente um médico assistente, 87% dos inquiridos admite perentoriamente que não o faria, já que prefere ser vistos presencialmente (35%), no entanto, para os inquiridos que têm médico assistente, estes indicam ter maior facilidade de acesso do que quem tem médico de família, pelo que se intui serem figuras diferentes.

Neste sentido, torna importante sublinhar que apenas 42% dos portugueses inquiridos considera ter um médico que conhece totalmente e acompanha o seu estado de saúde, com 72% a admitir que ter um bom médico (alguém que reconhece o histórico, que tem em consideração o bem-estar e dialoga muito para além dos sintomas estritos da doença) é um dos aspetos mais determinantes para uma pessoa se sentir bem acompanhada em termos de saúde. Afinal, contar com um médico a quem “se pode ligar” e com quem se consegue manter uma relação de proximidade é determinante para admitir ter um bom acesso aos serviços de saúde.

No entanto, existem alguns fatores a considerar na avaliação do médico de família atribuído pelo SNS, já que não existem discursos consistentes; tanto se encontram pessoas satisfeitas, como pessoas muito insatisfeitas, seja por motivos atribuíveis ao processo (marcação, tempo de espera, tempo disponível para consulta, etc.), ou ao próprio médico. Além disso, assiste-se a uma desigualdade entre regiões na distribuição do médico de família do SNS, sendo Lisboa a região onde mais pessoas referem não ter médico de família atribuído (19%).

 

O prémio vai permitir comprar consumíveis médicos e de reabilitação oral
O Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO) é o grande vencedor da 9.ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade...

O projeto mereceu a distinção do júri do Prémio, presidido por Maria de Belém Roseira, por ser a iniciativa que melhor corresponde ao conceito de “socialmente responsável na comunidade onde nos inserimos”, defendido por Maria José Nogueira Pinto.

A saúde oral em Portugal tem sido historicamente negligenciada e espelha as diferenças socioeconómicas da população. Segundo o último Barómetro da Saúde Oral, cujos resultados foram conhecidos em 2019, apenas 31% dos portugueses tem a dentição completa. Relativamente a consultas de saúde oral, cerca de 32% dos portugueses nunca visitam o médico dentista ou apenas o fazem em caso de urgência. Mais de um terço da população não vai a uma consulta há mais de um ano.

Tendo em conta este contexto, o CASO procura criar um novo entendimento sobre a importância dos cuidados de saúde oral na vida das pessoas, contribuindo para quebrar os ciclos de pobreza instalados, através da promoção de melhorias, ao nível da confiança e da autoestima e potenciando a capacidade dos seus beneficiários participarem de forma mais ativa na sociedade.

O CASO implementou uma intervenção inovadora, assente na convicção de que a saúde oral é um direito humano fundamental e uma parte integrante da saúde em geral. Para tal, uma equipa multidisciplinar, composta por profissionais de saúde e por profissionais das ciências sociais, atua diariamente para diminuir as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde e promover a reinserção social das pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconómica do distrito do Porto, nomeadamente, vítimas de violência doméstica, migrantes, refugiados, pessoas em situação de desemprego, pessoas portadoras de incapacidade física e/ou intelectual.

O prémio vai permitir ao CASO comprar consumíveis médicos e de reabilitação oral (prótese dentária), permitindo dar continuidade ao trabalho desenvolvido junto dos seus beneficiários.

Nesta edição, o Júri atribuiu ainda quatro Menções Honrosas aos seguintes projetos: “Projeto Viver Novamente”, da Associação Novamente – Apoio aos Traumatizados Crânio-Encefálicos; “Cozinhar com as Avós”, do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Luz - Albernoa; “LinkedOUT”, da Associação Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal; e “Cozinha Colaborativa do Jarmelo”, da AIIR.

Este ano, o Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social validou 80 candidaturas, de projetos inseridos em várias áreas de intervenção social, desenvolvidos em território nacional.

A Cerimónia Pública de Atribuição da 9.ª Edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto realiza-se esta terça-feira, dia 9, no CCB, Auditório Luís de Freitas Branco, pelas 19H00.

O Prémio Maria José Nogueira Pinto é atribuído anualmente com o valor pecuniário de 10.000€ ao Grande Vencedor e 1.000€ a cada uma das Menções Honrosas. Instituído em 2012 pela MSD, o prémio pretende distinguir o trabalho desenvolvido por pessoas, individuais ou coletivas, que se tenham destacado no contexto da responsabilidade social.

 

Dia Mundial da Diabetes assinala-se a 14 de novembro
No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala a 14 de novembro, as Farmácias Holon realizam a sessão “Dia a dia com a...

Integrada no projeto “Literacia para a saúde”, das Farmácias Holon da Covilhã e Fundão, esta sessão tem por objetivos, através de testemunhos de diabéticos, debater e esclarecer sobre os desafios de viver com a diabetes e demonstrar que é uma doença que pode ser controlada, evitando-se assim complicações, imediatas ou a longo prazo.

No final deste encontro, estará disponível um rastreio do grau de risco da diabetes e rigidez arterial. Além disso, serão prestados esclarecimentos sobre a utilização dos dispositivos de administração e autocontrolo usados na diabetes.

Para assistir a esta sessão, a inscrição é obrigatória. Os interessados podem inscrever-se presencialmente na Farmácia Diamantino ou através do 275 771 055.

Este projeto resulta de uma parceria entre as Farmácias Holon e a Associação de Diabéticos da Serra da Estrela, e conta com apoio da Câmara Municipal do Fundão, da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, da Farmácia Diamantino, da Farmácia São João, da Farmácia Holon Covilhã e da Farmácia Pedroso.

 

Ensaio
À data em que escrevemos, 7 de novembro, Portugal registou 1 097 557 casos confirmados de infecção p

Desde o início de outubro, a incidência da doença tem apresentado tendência de subida persistente, consequência de um índice de transmissibilidade (Rt) que se situa continuamente um pouco acima de 1 (Fig. 1). A persistência de Rt>1 origina crescimento exponencial da incidência o qual é passível, em situação prolongada, de originar situações de elevada pressão hospitalar.


Fig.1 Esquerda: Incidência diária de infecção por SARS-Cov-2 nos últimos sete meses (barras azuis) e média móvel de sete dias (linha laranja). Direita: Evolução do índice de transmissibilidade Rt nacional (Rt >1 indica crescimento da incidência)
Fonte BI SINAVE/DGS, processamento: Ciências ULisboa

Nas últimas semanas, as idades onde o risco de infecção tem sido mais elevado situam-se entre os 18 e os 25 anos, seguidos das crianças com menos de dez anos e dos jovens adultos entre 25 e 40 anos de idade (Fig. 2).


Fig. 2 Discretização por faixas etárias de dez anos da incidência acumulada a 14 dias por 100 mil habitantes. O grupo dos 20-29 anos apresenta atualmente o risco mais elevado de infecção e todas as idades estão com tendência ascendente
Fonte BI SINAVE/DGS, processamento: Ciências ULisboa

Estas idades incrementaram a socialização após 1 de outubro, quando o país entrou na terceira fase do desconfinamento, associado aos 85% de cobertura vacinal alcançada. Pontualmente, têm ocorrido alguns surtos em lares de idosos, originando incidências elevadas em maiores de 70 anos, mas globalmente não são os mais idosos que têm originado mais casos. Continuam, no entanto, a ser os mais idosos os mais suscetíveis a doença grave, justificando hospitalizações e, eventualmente, óbitos. Ao longo de outubro, os maiores de 70 anos representaram cerca de 70% dos internados em enfermaria COVID-19 (Fig. 3) e cerca de 91% dos óbitos (Fig. 4), mas apenas 15% das infeções ocorridas.


Fig.3 N.º de internados em enfermaria COVID-19 em Portugal por grupo de idade de 1/julho a 4/novembro. Note-se a recente subida, desde finais de outubro
Fonte ACSS/Ministério da Saúde, processamento Ciências ULisboa


Fig.4  Número de óbitos por mês (março-outubro/2021) e idade. A linha vermelha é a percentagem dos 80+ anos nos óbitos
Fonte BI SINAVE/DGS, processamento: Ciências ULisboa

Desde o princípio de outubro, a maioria dos novos casos de infecção ocorreu já em pessoas completamente vacinadas. As vacinas mantêm-se altamente protetoras contra doença grave, mas a sua efetividade contra infecção pela variante Delta do vírus (incluindo assintomática ou com sintomas leves) é inferior a 80% e decai com o passar do tempo. Por exemplo, os dados relativos à vacina mais administrada em Portugal (Comirnaty®, Pfizer) mostram que em setembro ocorreram 1,7 infecções por cada 1000 pessoas que tinham sido vacinadas em julho, enquanto que para os vacinados antes de março, ocorreram 3,9/1000 infecções.

Este aumento de incidência em vacinados associa-se ao decaimento da concentração de anticorpos em circulação no sangue do indivíduo, duma forma que é ainda quantitativamente mal compreendida. Sabe-se, no entanto, que o decaimento é maior nos idosos e é menor para pessoas que tenham tido infecção antes da vacinação. Após cinco a seis meses pós-vacinação, o risco de infecção acentua-se e, nos mais idosos ou em pessoas com comorbilidades, têm ocorrido casos de doença grave com hospitalização e óbito. O reforço vacinal com uma 3.ª dose, presentemente a decorrer, pretende minorar o impacto destas infecções ao longo do outono e inverno em que agora entramos.  

Em Portugal, a vacinação contra o SARS-CoV-2 teve início em 27 dezembro de 2020 e, passados apenas 10 meses, 86% dos portugueses já estão completamente vacinados (Fig. 5). Os vacinados que foram posteriormente infectados, apresentam cargas virais no trato respiratório superior equiparáveis aos infectados que não estavam vacinados, independentemente de apresentarem ou não sintomas de COVID-19, sugerindo que são também transmissores da infecção. A boa notícia é que o declínio da carga viral após infecção nos indivíduos vacinados, aparenta ser mais rápida do que nos infectados não vacinados, conferindo aos primeiros menor oportunidade para transmitir o vírus.


Fig.5 Evolução da % de cobertura vacinal ao longo das semanas (semana 44 termina a 7/novembro), para todas as idades (esquerda) e apenas os 12-19 anos (direita), a faixa etária com menor cobertura (87% em 5/novembro). Laranja: vacinação completa, conseguida com vacinas de duas doses, ou uma dose da Janssen, ou recuperados de infecção com uma dose. Linha azul: cobertura com pelo menos uma dose de qualquer vacina
Fonte VACINAS/DGS, processamento: Ciências ULisboa

A vacinação reduziu substancialmente o impacto hospitalar da COVID-19. Estima-se que na 4.ª onda (julho/2021) em Portugal, houve apenas 1/3 das hospitalizações que teriam ocorrido caso não houvesse vacinação (Fig. 6). No entanto, a possibilidade de os vacinados contraírem infecção, sugere que qualquer país terá grande dificuldade em interromper totalmente a circulação do vírus, mesmo com coberturas vacinais muito elevadas.


Fig.6 Curva epidémica e ocupação hospitalar em Portugal. Azul: número médio de novos casos diários (média móvel de sete dias); laranja: n.º de doentes COVID-19 em enfermaria; vermelho: n.º de doentes em cuidados intensivos; linha preta: óbitos (ordenadas à direita). Os retângulos verdes assinalam dois períodos de incidência semelhante, à esquerda sem vacinação (outubro/2020) e à direita com vacinação (julho/2021), note-se a diferença em termos de ocupação hospitalar e óbitos
Fonte BI SINAVE/DGS, processamento: Ciências ULisboa

Tudo indica que só a combinação de elevada cobertura vacinal com a manutenção de medidas não farmacológicas, destacando-se o uso de máscaras e o arejamento de espaços fechados, pode retardar significativamente a propagação do SARS-CoV-2. O incumprimento de pelo menos um destes requisitos é uma explicação provável para o ressurgimento da infecção a que assistimos presentemente na Europa, mesmo em países com 60% a 75% da população vacinada, como é o caso do Reino Unido, Bélgica, Holanda, Alemanha, Grécia e Irlanda. Na Europa de Leste a situação é já pior e pode piorar no inverno, devido às baixas coberturas vacinais.

Outra boa notícia é a confirmação de que, tanto a infecção causada pelo vírus como a vacinação, induzem memória imunológica duradoura, a chamada imunidade celular. Ambas induzem a diferenciação de linfócitos B e T, sendo este aspecto o mais importante na proteção contra doença grave. Assim, embora a infecção das vias nasais pelo SARS-CoV-2 seja difícil de evitar, a deslocação do vírus para órgãos internos, nomeadamente os pulmões, é dificultada pela resposta imunológica celular nas pessoas que tenham sido previamente vacinadas (ou previamente infectadas). Esta resposta pode demorar poucos dias a ser efetiva, mas quase sempre aparenta chegar a tempo de evitar doença grave.       

A variante Delta do SARS-CoV-2 é altamente contagiosa, cerca de 140% mais do que a variante original. A transmissibilidade de um agente patogénico é avaliada por uma quantidade designada por R0, o número básico de reprodução da infecção. R0 é o número médio de novas infecções originadas por um indivíduo infectado em condições ideais para o vírus, ou seja, quando todas as pessoas podem ser infectadas e não usam medidas de proteção. Quando o vírus chegou a Portugal em 2020, o seu R0, estimado por duas equipes independentes - Ciências ULisboa e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) -, situava-se entre 2,1 e 2,5. A variante Delta, porém, tem um R0 que se estima rondar pelo menos entre cinco a sete. Este valor é superior ao de infecções que estão entre nós há muito tempo, como é o caso da Difteria e da Poliomielite, e é equiparável ao da Rubéola e da Varicela.

Na prática, isto significa que o SARS-CoV-2 provavelmente persistirá entre nós nos próximos anos, podendo qualquer um de nós vir a ter um encontro com o vírus e, eventualmente, ser infectado. Mesmo o reforço vacinal não dá garantia de proteção indefinida contra infecção, aliás, presentemente desconhece-se qual a duração da proteção conferida pelo reforço que estamos a administrar aos idosos e aos imunossuprimidos. Não é possível também antecipar se surgirá uma variante ainda mais transmissível do que a Delta ou capaz de evadir a proteção conferida pela vacinação. Contudo, os encontros com vírus circulantes, como é o caso da Varicela, da Gripe, ou de tantos outros vírus respiratórios, são comuns e causam uma subida temporária do nível de anticorpos na pessoa infectada. Para pessoas vacinadas, o encontro com o vírus raramente conduz a doença grave e tem a vantagem de induzir memória imunológica de mais amplo espectro do que a vacina. O nosso sistema imunológico passa a reconhecer várias proteínas do vírus e não apenas aquelas que foram colocadas na vacina, tornando-nos mais capazes de reconhecer e resistir a variantes novas do vírus.  

É previsível que neste outono e inverno em que agora entramos, continuemos a ter uma incidência diária de várias centenas de casos e um pequeno número de óbitos. Na verdade, os recentes dados do início de novembro, sugerem um ressurgimento apreciável da infecção, sendo provável que estejamos a assistir ao início da 5.ª vaga. Nos últimos dias, o valor médio do Rt tem-se situado acima de 1,1. Se este Rt se mantiver, o número de novos casos deverá duplicar a cada 30 dias aproximadamente, o que significa que poderemos chegar aos 2000 casos diários na primeira metade de dezembro. Não obstante, não esperamos que a COVID-19, só por si, venha a causar uma pressão sobre o sistema hospitalar equiparável ao período pré-vacinação. O reforço vacinal dos mais idosos nas próximas semanas, se suficientemente rápido, deverá compensar o decaimento da proteção que tinham obtido por vacinação no início do ano, permitindo que atravessem o inverno com baixa probabilidade de contrair doença grave.

Terminamos revisitando os dois requisitos acima enunciados para conseguir que o SARS-CoV-2 não interfira com a normalização da nossa vida ao longo dos próximos meses. Em primeiro lugar, deve ser assegurada a manutenção de elevado grau de proteção imunológica da população portuguesa. Se necessário, administrando reforços vacinais em grupos identificados como tendo maior risco de infecção e de transmissão do vírus, e não apenas aos de maior risco para doença grave. Esta é uma tarefa de vigilância a cargo do INSA e da Direção-Geral da Saúde, através da Comissão Técnica de Vacinação para a COVID-19.

Em segundo lugar, a manutenção das medidas de proteção não farmacológicas que dificultam a transmissão do vírus, retardam a sua propagação e evitam uma subida demasiado rápida da incidência.

Note-se que Portugal não se encontra ainda numa situação normalizada de infecção endémica semelhante à de outros vírus. As infecções pelos SARS-CoV-2 ainda representam um peso significativo para a sociedade e para os serviços de saúde, com destaque para o absentismo, a testagem, isolamento de casos, rastreamento de contactos e hospitalizações. O pior já passou, mas a nossa convivência com o SARS-CoV-2 ainda não é pacífica.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Grupo Lusíadas Saúde renova compromisso com sistema nacional de saúde
O Grupo Lusíadas Saúde chegou a acordo com o Governo para a prorrogação do Contrato de Gestão do Hospital de Cascais em regime...

Esta prorrogação reflete, uma vez mais, o firme compromisso da Lusíadas Saúde com o sistema nacional de saúde, ao assegurar a continuidade da prestação de cuidados de saúde às populações de Cascais e Sintra, sobretudo numa conjuntura ainda pandémica, garantir as condições para o normal funcionamento do Hospital de Cascais e salvaguardar o prosseguimento da operação.

A renovação por mais um ano, elevando para quatro o total de anos de prolongamento, pretende ainda acautelar a produção de todos os efeitos do atual concurso para a nova parceria, no qual o Grupo Lusíadas Saúde não participa.

“A gestão da Lusíadas Saúde tem permitido impulsionar de forma inequívoca a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados no Hospital de Cascais, em total alinhamento com os mais elevados padrões mundiais.

Simultaneamente, o contrato em regime de Parceria Público-Privada no Hospital de Cascais contribuiu para uma poupança estimada de 245 milhões de euros ao Estado, equivalentes a 17,5 milhões de euros anuais.

Apesar da incerteza sobre a data final do contrato que pautou os últimos anos, a Lusíadas Saúde esteve e estará sempre disponível para colaborar com o Estado. Prova disso é o facto de o Grupo ter dado prioridade, em conjunto com a Equipa de médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e restantes Pessoas, das áreas clínicas e não clínicas, à resposta às necessidades de todos aqueles que procuraram os serviços do Hospital de Cascais. Esse compromisso com o País é agora, uma vez mais, renovado.”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

O Hospital de Cascais tornou-se uma referência a nível nacional e internacional. No mês passado, e pela quarta vez desde 2012, a qualidade e a segurança desta unidade de saúde foram reconhecidas pela Joint Commission International, a mais importante entidade norte-americana na acreditação de organizações de saúde.

Recentemente, foi também considerada a unidade de saúde portuguesa com o melhor desempenho global, na sua categoria, pela consultora IASIST, recebendo ainda o galardão de excelência clínica na totalidade das áreas avaliadas.

Além destas distinções, a Federação Internacional dos Hospitais reconheceu o Hospital de Cascais numa lista de 103 instituições mundiais que prestaram serviços de excelência no combate à pandemia de Covid-19.

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