Balão intragástrico ajustável e Sleeve endoscópico

Porquê eleger um tratamento endoscópico de obesidade?

Atualizado: 
25/11/2022 - 10:48
A obesidade é uma doença crónica que em primeiro lugar requer a intervenção de uma equipa multidisciplinar. A escolha do tratamento adequado deve ser personalizada e adaptada ao grau de obesidade e da existência ou não de outras comorbilidades associadas como a diabetes.

Nos últimos 10 anos, a evolução tecnológica permitiu desenvolver tratamentos menos invasivos, que se realizam por via oral, com o auxílio de um equipamento endoscópico. Assim, nasceu uma área de diferenciação médica chamada Endoscopia Bariátrica. A endoscopia bariátrica veio preencher uma lacuna no tratamento da obesidade.

Nos últimos 20 anos houve um foco muito grande da comunidade médica no tratamento dos casos mais graves (chamada obesidade mórbida) esquecendo a importância de evitar que as pessoas cheguem a essa situação extrema dando resposta aos pacientes com obesidade grau I e II.

Dentro dos diversos tratamentos existentes destacamos o balão intragástrico ajustável e o sleeve endoscópico (método Apollo e POSE 2), que na nossa experiência e na literatura médica mundial têm demonstrado bons resultados (comparáveis à cirurgia por banda gástrica) com menores riscos e uma recuperação mais rápida.

Quem pode fazer este tipo de procedimentos?

São elegíveis (mediante avaliação médica) aqueles indivíduos que tem um índice de massa corporal compreendido entre 30 e 40 kg/m2.

Qual é o tempo de recuperação?

O tempo de recuperação em média é de 3 a 5 dias.

É necessário internamento hospitalar?

Em geral, estas intervenções são realizadas em regime de ambulatório ou com um curto internamento (<24h).

Quanto peso se pode perder?

A perda de peso varia em média entre 10 a 18% do peso corporal total para o balão intragástrico e 15 a 25% do peso total para o sleeve endoscópico. Contudo, saliento a importância da reeducação alimentar na perda de peso de forma sustentada. A base do emagrecimento saudável reside numa alimentação adequada de acordo com as orientações da equipa multidisciplinar.

Autor: 
Dr. Miguel Afonso – Gastrenterologista; Diretor Clínico da Gastroclinic
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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