Um avanço promissor, mas não a solução completa

Medicamentos para emagrecer

Os avanços farmacológicos revolucionaram o tratamento da obesidade, uma doença crónica que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Nos últimos anos, os medicamentos injetáveis para o tratamento da diabetes e da obesidade posicionaram-se como uma das principais ferramentas médicas para o tratamento destas doenças. A razão? A sua capacidade de reduzir o apetite e a sua eficácia na redução do peso. Mas será suficiente comer menos e perder quilos?

A ciência por detrás da mudança

Em 2023, a revista Science escolheu os medicamentos anti obesidade como a descoberta do ano. Mas o desenvolvimento destes medicamentos baseia-se em décadas de investigação. Em 2024, o Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Técnica e Científica reconheceu o trabalho de cinco cientistas que revolucionaram a abordagem da obesidade e da diabetes ao descobrirem o papel das hormonas GLP-1 e GLP-2 no metabolismo digestivo e a sua utilização como instrumento eficaz no tratamento da obesidade.

Graças a estes avanços, dispomos agora de medicamentos que não só melhoram o controlo glicémico, como também reduzem o apetite, aumentam a saciedade, promovem a perda de peso e melhoram os parâmetros cardiovasculares.

 

Uma ferramenta útil, não uma solução única para todos

Embora o potencial destas injeções seja indiscutível, os especialistas estão de acordo: o verdadeiro desafio não é apenas perder peso, mas mantê-lo ao longo do tempo e garantir que a perda se faz à custa de gordura e não de músculo. Além disso, o desafio consiste também em integrar hábitos saudáveis e sustentáveis. É aqui que entra a abordagem holística.

A obesidade é uma doença crónica que requer um tratamento contínuo e personalizado. Por isso, a estratégia médica para a combater deve incluir uma alimentação saudável, atividade física regular e técnicas comportamentais que ajudem a melhorar a relação com a comida. Sem estes elementos, após o abandono do medicamento, o risco de recuperar o peso perdido é elevado: segundo estudos científicos, estima-se que 50% das pessoas abandonam o tratamento medicamentoso no primeiro ano, recuperam até dois terços do peso perdido.

Além disso, devido à restrição calórica, e se não for seguido um plano nutricional com a quantidade certa de proteínas, pode ocorrer uma perda de massa muscular durante a utilização do injetável. O essencial na perda de peso é que a gordura corporal seja reduzida enquanto o músculo é preservado, pois tanto a massa muscular como a função têm um impacto direto na nossa vitalidade e qualidade de vida diária.

 

Então, como podemos maximizar os resultados dos injetáveis para perda de peso?

A base do sucesso passa por conseguir incorporar hábitos alimentares saudáveis, atividade física regular e uma melhor relação com a comida. Assim a PronoKal sugere:

  • Um plano alimentar personalizado, baseado na dieta mediterrânica e com a quantidade certa de proteínas para proteger a massa muscular durante a perda de peso.
  • Programas de exercício físico específicos para preservar a massa muscular, adaptados a todos os níveis e necessidades.
  • Técnicas de motivação autoaplicáveis que facilitam a incorporação de novos hábitos para alcançar o bem-estar geral. Trabalha-se a motivação, os pensamentos, a gestão das emoções e o comportamento alimentar.
  • Alimentos proteicos de alta qualidade nutricional, concebidos para satisfazer as necessidades do paciente ao longo de todo o processo.
  • Acompanhamento médico e nutricional contínuo por uma equipa especializada e com o apoio de ferramentas digitais exclusivas.

 

Fonte: 
Uppartner
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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