Last Call
Terminam já no final deste mês as candidaturas para a 4ª Edição da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo, uma parceria da...

A Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo representa um importante incentivo aos investigadores envolvidos no diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo, na qual é crítico melhorar os resultados em saúde. Esta dirige-se a investigadores nacionais ou estrangeiros que desenvolvam projetos em instituições portuguesas, e é encorajada a colaboração e parceria entre várias instituições, bem com a interdisciplinaridade.

Todos os projetos submetidos serão avaliados por um júri idóneo, composto por peritos de reconhecido mérito em investigação científica e experiência profissional e/ou académica em hemato-oncologia em Portugal e/ou internacional, nomeado pela APCL e SPH. O regulamento da bolsa de investigação em Mieloma Múltiplo pode ser consultado nos sítios dos parceiros.

As candidaturas devem ser formalizadas para o e-mail [email protected], até às 24 horas de 31 de maio de 2022.

 

Opinião
As doenças cardio-cérebrovasculares (DCCV) são a principal causa de morte, de morte prematura (isto

No nosso país, as DCCV são responsáveis por mais de 32.000 mortes por ano e calcula-se que possam reduzir em 12-14 anos a esperança de vida. Adicionalmente, as DCCV são responsáveis por um elevado número internamentos hospitalares e são uma das mais importantes causas de incapacidade e de dependência de terceiros para as atividades básicas do dia a dia (comer, vestir, higiene pessoal, etc.)

A Hipertensão Arterial (HTA), definida como pressão arterial maior ou igual a 140/90 mmHg, é de longe o principal fator de risco para o AVC (a principal causa de morte em Portugal: cerca de 2/3 de todas as mortes por DCCV) e é um dos mais importantes fatores de risco para EAM, para insuficiência cardíaca, insuficiência renal, doença arterial periférica, demência, etc.

Na grande maioria dos doentes, a HTA não provoca sintomas específicos durante muitos anos, sendo muitas vezes descoberta apenas quando surgem as doenças acima referidas e está bem demonstrado que o diagnóstico precoce e o tratamento correto e atempado da HTA inequivocamente reduzem de forma marcada o risco (e a gravidade) das DCCV e das suas terríveis consequências: incapacidade e mortalidade.

Apesar de, particularmente nas duas últimas décadas, termos assistido a uma evolução bastante favorável das DCCV em Portugal, continuamos a verificar que cerca de 42% dos adultos tem HTA, dos quais quase 25% (1 em cada 4) desconhece a doença e dos diagnosticados também cerca de 25% não estão a tomar medicação, o que explica que menos de metade dos doentes com HTA é que realmente tem a sua pressão arterial controlada e só cerca de 12% (1 em cada 8) tem a sua pressão arterial nos valores ideais.

O que falta fazer?

Para conseguir o objetivo último de aumentar o número de anos de vida e de vida com qualidade, isto é para prevenir as consequências das DCCV e principalmente para reduzir o AVC e as suas dramáticas sequelas é crucial diagnosticar mais e melhor a HTA e iniciar rapidamente as medidas que levam ao seu tratamento, desde logo a adoção de estilos de vida saudáveis incluindo redução no consumo de sal e de álcool e aumento de vegetais e fruta, a prática de exercício físico regular, a correção de eventual excesso de peso ou obesidade e a cessação tabágica total. Quando estas medidas são insuficientes, poderá ser necessário utilizar também medicamentos anti-hipertensores.

Os 2 últimos anos tornaram, em muitos casos, mais difícil o acesso da população aos cuidados de saúde muito focados na pandemia que nos assolou (e ainda aí anda…). Cabe a todos nós – utentes/doentes, profissionais de saúde e não só – contribuir para recuperar/minimizar este atraso que poderá ter sérias consequências no médio prazo: os primeiros medindo a pressão arterial regularmente (o que pode ser feito em inúmeros locais, mesmo em casa) e, caso seja constatada HTA, procurando recorrer com brevidade aos cuidados de saúde, mas começando desde logo a corrigir os estilos de vida desadequados; os profissionais de saúde incentivando ativamente os doentes a vigiarem e pressão arterial, facilitando-lhes o acesso aos seus cuidados e não protelando desnecessariamente a correção da HTA (bem como dos eventuais fatores de risco concomitantes). As sociedades científicas, em parceria com os meios de comunicação social, devem alertar a população geral para a importância destas medidas, cabendo ao poder político e ao estado delinear e implementar as medidas concretas para agilizar esta missão que é possível com o empenhamento de todos!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Europeia de Oncologia Médica renova acreditação
As Unidades de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo e do Hospital CUF Porto voltaram a ser acreditadas pela Sociedade...

Após terem recebido as primeiras distinções, em 2015 e 2018 respetivamente, o Hospital CUF Tejo e o Hospital CUF Porto voltam a ser reconhecidos como Centros Integrados de Cuidados Paliativos e Oncologia, o que lhes permite integrar a rede europeia da ESMO Designated Centres.

Esta reacreditação, concedida por uma das sociedades médicas mais relevantes a nível internacional na área da Oncologia, assenta na avaliação de práticas clínicas de qualidade e na importância, para o doente oncológico, da intervenção precoce de cuidados paliativos ao longo da doença e não apenas nos últimos dias de vida. 

“Confirma-se assim que a Oncologia e os Cuidados Paliativos podem e devem ser prestados em simultâneo com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos doentes, com benefícios para os próprios e para as suas famílias e cuidadores”, reforça Carolina Monteiro, Responsável da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Porto.

De acordo com Luísa Pereira, Coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo, esta premissa contribui para “desmistificar que os cuidados paliativos não se destinam apenas a doentes em fim de vida. As equipas diferenciadas de cuidados paliativos, da qual fazem parte médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, entre muitos outros, acompanham doenças crónicas e progressivas, nomeadamente oncológicas, qualquer que seja o estádio da doença”.

As equipas multidisciplinares e interdisciplinares de Cuidados Paliativos da CUF prestam assistência aos doentes no internamento, consulta, Hospital de Dia de Oncologia ou em casa, através dos Cuidados Domiciliários e regem-se por uma política de admissão de doentes sempre que o doente necessite destes cuidados.  

A obtenção desta acreditação, pela segunda vez consecutiva, vem comprovar o compromisso permanente destas unidades com a qualidade clínica e a humanização dos cuidados prestados aos doentes, em linha com as melhores práticas internacionais.

 

"MaisPaisMaisBebés"
Acontece, já na próxima quinta-feira (dia 19 de maio), o início de um novo programa de recuperação pós-parto e cuidados ao...

A decorrer sempre às quintas-feiras (das 18h00 às 19h30), em formato misto (presencial, no Laboratório de Relaxamento e Reabilitação da ESEnfC, e online, via plataforma Zoom), o denominado programa "MaisPaisMaisBebés", divide-se em reuniões de aproximadamente 90 minutos cada, dirigidas a mães/pais e bebés, que, juntos, estarão presentes em todas as 12 sessões previstas, que terminarão no dia 21 de julho.

O programa, que começa com sessões via Zoom, a intercalar com sessões presenciais na ESEnfC, tratará conteúdos relacionados com os cuidados ao bebé, com a dinâmica conjugal e com o papel dos avós. Sono e repouso da mãe e do bebé, segurança e prevenção de acidentes, estratégias facilitadoras da amamentação e do alívio das cólicas do bebé, suporte básico de vida para bebés e crianças pequenas, sexualidade e afetos do casal, a recuperação física da mãe (exercícios de tonificação), são alguns dos temas a debater ao longo do programa.

As sessões presenciais decorrem na ESEnfC - Polo B (Rua 5 de Outubro, junto ao Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em S. Martinho do Bispo). Os interessados deverão formalizar a respetiva inscrição para o e-mail [email protected], onde poderão também obter informações adicionais

 

Distinção atribuída em congresso ibérico
Duarte Nuno Vieira, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), acaba de ser distinguido...

A distinção, que foi atribuída durante o XIII Congresso Espanhol de Avaliação do Dano Corporal e do IX Congresso Hispano Luso de Avaliação do Dano Corporal, eventos nos quais o especialista da Universidade de Coimbra proferiu a conferência de encerramento, contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de La Coruña e do Conselheiro para a Saúde do Governo da Galiza.

Para o catedrático da FMUC, este galardão, «para além de representar uma enorme honra, sensibiliza-me particularmente, não apenas pelo significado que encerra, mas também por vir da Galiza, face aos laços profundos que me ligam a esta região e à Universidade de Santiago de Compostela».

Duarte Nuno Vieira é atualmente Presidente da Associação Portuguesa de Avaliação do Dano Corporal e Vice-Presidente da Confederação Europeia de Especialistas em Avaliação e Reparação do Dano Corporal.  A distinção agora recebida soma-se a outras anteriormente atribuídas em Espanha – Membro de Honra da Sociedade Espanhola de Avaliação do Dano Corporal e da Associação de Avaliação do Dano Corporal da Comunidade Valenciana e Medalha de Ouro da Sociedade Basca de Avaliação do Dano Corporal.

 

Iniciativa decorre até maio
A Lusíadas Saúde está a realizar consultas de avaliação gratuitas à pele em várias Unidades do Grupo, até ao próximo dia 20 de...

Os rastreios podem ser realizados no Hospital Lusíadas Porto, Hospital Lusíadas Lisboa, Hospital Lusíadas Amadora, Clínica Lusíadas Oriente e Hospital Lusíadas Albufeira. O Hospital Lusíadas Braga foi a primeira unidade a avançar com os rastreios, entretanto já concluídos. As consultas são gratuitas e sujeitas a marcação prévia, que deve ser feita diretamente através da linha de atendimento de cada unidade de saúde. Mais informação pode ser consultada aqui.

O melanoma é o tipo de cancro cutâneo mais grave, sendo responsável por cerca de 80% por cento das mortes por cancro da pele. A observação clínica em consulta é suficiente para detetar problemas e obter um diagnóstico precoce da doença, o que contribui para o sucesso do tratamento.

Sinais pretos que surgem pela primeira vez ou que se alteram com o tempo, assim como a sua assimetria, o bordo irregular e o facto de terem mais de uma cor e um diâmetro superior a seis milímetros são algumas características para as quais as pessoas devem estar alerta e que justificam uma consulta com o médico dermatologista.

 

25 de maio
“O que sabemos sobre: Apneia do Sono & Hipertensão Arterial” é o mote do evento que se vai realizar a 25 de maio, às 20h00,...

Durante aproximadamente uma hora, Denny Marques Rodrigues, médico especialista em Pneumologia, e Pedro Marques, médico especialista em Medicina Geral e Familiar, vão abordar a correlação entre a HTA e a SAOS, de uma forma simples e acessível, alertando e ajudando a esclarecer a relação entre estas duas patologias cada vez mais comuns.

“Esta é mais uma iniciativa da Academia Linde Saúde com o objetivo de fomentar a partilha de informação relevante entre profissionais de saúde. A HTA é uma realidade que preocupa a comunidade médica pela sua elevada prevalência e impacto na saúde pública. Sendo a SAOS uma das suas causas, há que ir à raiz, realizando o diagnóstico e iniciando o tratamento. A Linde Saúde, pela sua experiência na prestação de Cuidados Respiratórios Domiciliários, reforça os benefícios do tratamento da SAOS na melhoria da qualidade de vida destes indivíduos”, refere Maria João Vitorino, diretora da Linde Saúde.

No mês em que se assinala o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, a Academia Linde Saúde lançou ainda um vídeo informativo, disponível nas redes sociais, onde partilha algumas das informações mais relevantes sobre a relação entre a HTA e a SAOS.

A HTA contribui para 45% do total de mortes por doenças cardíacas e 51% das mortes por acidente vascular cerebral (AVC). Estima-se que 1,3 mil milhões de pessoas em todo o mundo sofram desta doença, sendo que, destes, apenas 20% tem a tensão arterial controlada. Em Portugal, de acordo com o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) de 2015, estima-se uma prevalência de HTA de 36% em adultos, tendo sido observados valores mais elevados no sexo masculino e no grupo etário dos 65 aos 74 anos.

A SAOS, distúrbio crónico em que  a obstrução intermitente e repetida da via aérea superior leva a respiração irregular e fragmentação do sono, é uma das causas descritas para a HTA, devendo ser uma forte suspeita nos casos de hipertensão resistente à terapêutica. Cerca de 30% dos casos de HTA tem diagnóstico de SAOS e quando a HTA é resistente a percentagem sobe para os 70% a 85%.

O tratamento desta condição depende de vários fatores como a gravidade da doença, sintomatologia, existência de outras patologias e características morfológicas do doente. O diagnóstico de SAOS em doentes com patologia cardiovascular tem indicação para tratamento com CPAP, equipamento que permite ventilação por pressão positiva contínua, tendo um efeito muito positivo a vários níveis, nomeadamente na diminuição da pressão arterial.

O que precisa saber
A hipertensão arterial é a principal causa de doença cardiovascular e de morte prematura.

Estamos perante um caso de hipertensão arterial quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg (14) ou a pressão mínima é maior ou igual 90 mmHg (9). Em Portugal, 43% da população (entre os 18 e os 79 anos, em Portugal Continental) tem hipertensão arterial e 60% dos portugueses acima dos 65 anos têm sofre da doença. 90% dos casos não têm uma causa conhecida para a doença.

Apesar de ser uma ameaça silenciosa porque não provoca dor nem apresenta outros sintomas, é uma doença crónica e deve ser controlada com a adoção de um estilo de vida saudável e medicação.

Fatores de risco não modificáveis

  • Sexo: antes dos 45 anos, a hipertensão arterial surge mais frequentemente nos homens. A partir dos 65 anos, após o início da menopausa, as mulheres têm maior risco de desenvolver a doença.
  • Idade: a pressão arterial tem tendência a aumentar com a idade, uma vez que os vasos sanguíneos vão perdendo a sua elasticidade ao longo dos anos.
  • Hereditariedade: a probabilidade de desenvolver a doença aumenta quando há predisposição genética.

Fatores de risco modificáveis

  • Alimentação inadequada e consumo excessivo de sal: contribuem para o desenvolvimento de hipertensão arterial.
  • Obesidade: contribui para a redução do diâmetro dos vasos sanguíneos.
  • Consumo excessivo de álcool: prejudica o bombeamento do sangue pelo corpo, aumentando significativamente os níveis de pressão arterial.
  • Sedentarismo: contribui para o aumento da pressão arterial, estando também relacionado com um maior risco de obesidade e doenças cardíacas.
  • Tabaco: provoca um endurecimento dos vasos sanguíneos, ou seja, o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca.

Complicações associadas

Quando o coração passa muito tempo a fazer um esforço acima do nível normal, os vasos sanguíneos podem ficar tão danificados que entopem e/ou rompem. O próprio fluxo sanguíneo não é distribuído corretamente para o corpo todo e o organismo pode acabar seriamente prejudicado. Na realidade, nos primeiros anos, a hipertensão arterial não provoca geralmente quaisquer sinais de doença, à exceção dos valores tensionais elevados. No entanto, com o decorrer do tempo, a pressão arterial acaba por danificar os principais órgãos vitais do organismo (cérebro, coração, rins). São várias as possíveis complicações decorrentes da hipertensão:

  • hipertrofia do coração
  • insuficiência cardíaca
  • deterioração das paredes das artérias
  • acidente vascular cerebral (AVC)
  • angina de peito
  • arritmia
  • aneurisma
  • diminuição da visão
  • insuficiência renal
  • morte

Como controlar

  • adotar uma alimentação saudável
  • reduzir o peso
  • moderar o consumo de álcool
  • controlar o stress
  • deixar de fumar
  • praticar exercício físico
  • medir a pressão arterial
  • medicação (quando prescrita pelo médico)
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto
É sob o tema "Inovação Pedagógica e Responsabilidade Social” que decorrem, no dia 18 de maio de 2022, na Universidade...

Enquanto ciência da educação referente aos processos de formação ao longo da vida desenvolvidos numa perspetiva de solidariedade social, a Pedagogia Social tem vindo a ser trabalhada na Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto, desde 2004, segundo um paradigma de “hospitalidade” que visa combinar a aprendizagem académica com as dinâmicas de serviço à comunidade.  Precisamente com este foco, estão programadas 2 conferências, 2 mesas temáticas e 3 oficinas práticas, que contarão com a presença de convidados com experiência relevante na área, tanto no plano nacional como internacional. 

A sessão terá lugar no Auditório Carvalho Guerra da Universidade Católica no Porto, pelas 09h30 e prolonga-se até às17h00. Haverá 2 conferências: Uma sobre “Temas e Contextos de Pedagogia Social” com a presença de Ricardo Vieira (ESE/IPL) e a outra sobre “Ética e Intervenção Socioeducativa, com Jesus Vilar (Facultad de Educación Social y Trabajo Social Pere Tarrés, Universidad Ramon Llull, Barcelona.  

As mesas redondas “Investigar, Aprender e Servir” com a presença de Filipe Martins (FEP-UCP), Luisa Mota Ribeiro (FEP-UCP) e Cindy Vaz (FEP-UCP) e ainda haverá espaço para 3 workshops temáticos simultâneos sob os temas “Ensinar e aprender em territórios educativos de intervenção prioritária”, “Diversidade, equidade e inclusão: valores em ação” e ainda sobre “Pedagogia da Hospitalidade e Inteligência ética”. 

Estes Encontros de Pedagogia Social são dirigidos especialmente a todas as pessoas interessadas nas temáticas da Intervenção Socioeducativa, investigadores e profissionais, constituindo-se como um espaço amplo de debate e partilha, de especial importância no atual contexto de crise social e humana. São organizados também no âmbito do Mestrado em Ciências da Educação estruturado em duas áreas fundamentais: Administração e Organização Escolar e Pedagogia Social. 

 

Recolha seletiva de embalagens em todo o país aumentou face período homólogo
A Novo Verde, entidade gestora de resíduos de embalagem, anuncia que os portugueses reciclaram mais 6.170 toneladas de...

O vidro foi o material que registou um dos maiores aumentos pois os portugueses reciclaram 48.777 toneladas neste primeiro trimestre de 2022, traduzindo-se num aumento de 9,4% relativamente ao período idêntico de 2021.

Pedro Simões, Diretor Geral da Novo Verde, assinala que “Está cada vez mais presente na consciência dos portugueses a importância da reciclagem de embalagens, comportamento que se reflete nestes números. É de sinalizar o aumento de quase 10% de reciclagem de embalagens de vidro, uma tendência que queremos manter e alargar a todos os materiais pois as metas já aumentaram e vão aumentar ainda mais até 2030. Aliás, nos próximos oito anos as metas de cada material vão aumentar no mínimo 10%, de maneira que importa assegurar e suplementar de uma forma sustentável este nível de reciclagem de embalagens”

Neste primeiro trimestre, o aumento das quantidades de embalagens enviadas para reciclagem, por via da recolha seletiva, traduz-se em cerca de 105.691 toneladas, das quais 48.777 toneladas de Vidro, 35.674 toneladas de Papel e Cartão, 19.127 toneladas de Plástico, 2.097 toneladas de Metais e 17 toneladas de Madeira. 

Opinião
O Dia Mundial da Hipertensão é assinalado a 17 de maio com o objetivo de sensibilizar e promover a p

A pressão arterial elevada é um dos principais fatores de risco para desenvolver doenças cérebro e cardiovasculares. Estas doenças são a principal causa de morte no nosso país (e nos países desenvolvidos).

Contabilizado apenas o ano de 2019, sabemos que faleceram 31.920 portugueses e perderam-se 45.950 anos de vida, devido a mortes do aparelho circulatório.

Os hábitos de vida sedentários, com frequentes erros alimentares e a inatividade física, levam ao aparecimento deste tipo de patologias, que infelizmente são tão frequentes nas nossas consultas.

Apesar de todo o conhecimento adquirido nesta área e dos esforços dirigidos nomeadamente ao controlo da Hipertensão arterial nos últimos anos, o mesmo está francamente longe dos nossos objetivos. Falta-nos promover literacia em saúde, maior adesão à terapêutica e diminuir de a inércia médica.

Para se fazer o diagnóstico de hipertensão arterial, basta cumprir algumas medidas básicas e utilizar um aparelho (esfigmomanómetro) adequado e validado. Apesar de fácil, a técnica de medição, requer um cuidado extremo, não se podendo prescindir das condições mínimas, técnicas incluindo e ambientais. Existe ainda a possibilidade de realizar uma monitorização ambulatório da pressão arterial (MAPA), na qual um aparelho portátil, faz as medições durante 24 ou 48h. Este exame apresenta diversas vantagens, em particular, na capacidade de classificar a hipertensão arterial em relação ao seu perfil noturno, bem como de verificar a eficácia da terapêutica ao longo das 24h do dia.

Depois de diagnosticada hipertensão arterial, a normalização dos valores tencionais, é uma estratégia crítica que deve ser alcançada de forma breve. Vasta evidência demonstra que, só por si, a normalização destes valores é um importante fator para a redução dos eventos cérebro e cardiovasculares, quer fatais quer não fatais.

A abordagem destes doentes, implica não apenas o controlo dos valores tensionais ao longo das 24h, mas também, toda uma abordagem das suas possíveis causas, avaliação das suas repercussões nos órgãos alvo (i.e coração, cérebro, olhos, rins e vasos sanguíneos) e a identificação dos restantes fatores de risco para a ocorrência de eventos cardiovasculares, como por exemplo a diabetes, tabagismo, dislipidémia, obesidade.

A implementação de estilos de vida mais saudáveis, evitando os erros alimentares, o excesso de sal, os hábitos tabágicos e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, o sedentarismo e a inatividade física, a obesidade e a má gestão do stress, são primordiais na abordagem terapêutica não farmacológica. Do ponto de vista farmacológico, vários são os medicamentos disponíveis para combater o aumento da pressão arterial, devendo por isso o tratamento ser individualizado e diretamente dependente da avaliação do seu médico, uma vez que diferentes atitudes terapêuticas podem ser necessárias.

Neste Dia Mundial da Hipertensão arterial, vamos então estar mais atentos a esta doença. Faça um rastreio e no caso dos valores se encontrarem elevados, consulte o seu medico assistente, não só para confirmar o diagnóstico, mas também, para discutir com ele o seu risco cardiovascular e adotar estratégias terapêuticas (não farmacológicas e farmacológicas se necessário) tendo em vista uma vida mais saudável e livre de doença.

Juntos pela sua saúde e pela saúde dos seus vasos!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ação de sensibilização da Associação Portuguesa de Neurofibromatose
É uma doença genética rara, sem cura, estimando-se que afete 4.000 pessoas em Portugal, cerca de 250.000 na Europa e 2.5...

Para isso, médicos, doentes e os seus familiares juntaram-se no Miradouro Panorâmico de Monsanto, em Lisboa, na noite de 13 de maio, numa iniciativa “que pretende dar visibilidade a este conjunto de doenças genéticas raras. Trata-se de um evento mundial, promovido pela Children’s Tumor Foundation, organização líder dedicada à neurofibromatose, que consiste na iluminação de monumentos e outros edifícios com as cores azul e verde”. Uma ação que, segundo Theo Fernandes, este ano vai ser especial. “Vamos fazer algo diferente no ‘Shine a Light on NF’! Algo que, estamos certos, irá perdurar na memória de todos aqueles que vão dar vida a esta iniciativa. Mas queremos mais, queremos que esta ação de sensibilização não se esgote naqueles que farão do sonho uma realidade; queremos que deixe, também, uma marca indelével em muitas outras pessoas, não só a nível nacional como além-fronteiras. Como? Fazendo deste momento mágico um momento viral, para recordar! Em resumo: queremos dar toda a atenção às neurofibromatoses e à comunidade que padece destas doenças raras!”    

Em Portugal, Theo Fernandes reforça que o conhecimento sobre esta condição “é ainda diminuto, afigurando-se, por isso, premente e decisiva uma crescente aposta em ações de sensibilização junto da sociedade civil, bem como no seio das comunidades médica, científica e docente, mobilizando-as para um conjunto de doenças genéticas que podem afetar qualquer família”.

Não só continua a haver dificuldade de diagnóstico, como há “necessidade de acompanhamento regular por parte de um corpo interdisciplinar de clínicos de várias especialidades (neurologistas, dermatologistas, neuroftalmologistas, geneticistas, psicólogos, cardiologistas, endocrinologistas, entre outros), capacidades físicas e cognitivas que podem ser afetadas, dor física e emocional, incerteza em relação à evolução da doença, constrangimentos decorrentes da aparência física, estigma/discriminação (pode propiciar isolamento social e depressão)”.

Neurofibromatose, explica Theo Fernandes, “é a designação dada a um conjunto de três doenças genéticas raras: neurofibromatose tipo 1 (NF1), a mais frequente; neurofibromatose tipo 2 (NF2) e Schwannomatose. Qualquer uma das neurofibromatoses predispõem para o aparecimento de tumores e pode ser transmitida por via hereditária ou surgir de novo, devido a uma mutação espontânea. Não é uma condição que se adquira ao longo da vida, nem é contagiosa. Alguns sinais ou sintomas podem aparecer em idade precoce, outros, só mais tarde”.

Os sintomas são diferentes consoante o tipo de neurofibromatose, mas no caso da NF1, as mais comuns, são “manchas café-au-lait (café com leite) espalhadas pelo corpo (estão presentes no nascimento ou desenvolvem-se no decorrer dos primeiros 5 anos de vida), zonas de hiperpigmentação da íris dos olhos (zona colorida), denominadas de nódulos de Lisch, efélides (sardas) inguinais e axilares, neurofibromas cutâneos (‘altos’ por baixo da pele)”. Na idade escolar, “pode apresentar vários desafios por dificuldades inespecíficas da aprendizagem, défice de atenção e hiperatividade, dificuldades na socialização ou sentimento de diferença” e a esperança média de vida é reduzida em oito anos em relação à da população em geral.

No caso da NF2, “normalmente os seus portadores não apresentam grandes sinais de alerta. No entanto, a partir da adolescência, estas pessoas podem desenvolver tumores benignos associados aos nervos situados ao longo de todo o corpo”. Finalmente, os sintomas de schwannomatose, que “é uma forma rara de neurofibromatose, causada por mutações nos genes SMARCB1 e LZTR1 (localizados no cromossoma 22)”, são sobretudo “dor neuropática em tumores designados por schwannomas. Outras manifestações clínicas típicas incluem dormência e fraqueza devido à compressão dos nervos ou da espinha dorsal”.

No que diz respeito à investigação, atualmente “está focada na atenuação dos sintomas, através do desenvolvimento de novos tratamentos e medicamentos – muitos encontram-se em fase de ensaios clínicos –, o que significa uma grande esperança para a melhoria da qualidade de vida destes doentes, mas também na procura de uma cura. Nos últimos anos, o conhecimento sobre os genes NF1 e NF2, assim como dos mecanismos inerentes à doença, aumentou exponencialmente, permitindo identificar alvos terapêuticos atualmente sob investigação, não apenas em linhas celulares, mas também em modelos animais. Estes modelos têm permitido aos cientistas testar abordagens moleculares promissoras, algumas das quais estão também em fase de ensaios clínicos. Mas como ainda não se encontrou uma cura para a NF, a melhor abordagem continua a ser o tratamento dos sintomas”.

Sociedade Portuguesa de Pneumologia deixa o alerta
Na data em que se assinala o Dia Mundial da Hipertensão Arterial (17 de maio) a Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta para...

Por outro lado, dos doentes diagnosticados com SAOS, cerca de metade têm hipertensão, sendo, por isso, também importante considerar a SAOS como um importante fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial (HTA).

Desta relação, as médicas pneumologistas destacam ainda que “as normas de abordagem diagnóstica de HTA referenciam a SAOS como um fator etiológico a investigar na presença de hipertensão arterial refratária (de difícil controlo), o que reforça a influência que esta síndrome tem no controlo da HTA, devendo, os doentes com hipertensão refratária ao tratamento ser avaliados em consultas de patologia respiratória de sono. Refira-se que, destes doentes com HTA refratária, 70% tem SAOS grave”.

Mafalda van Zeller e Vânia Caldeira alertam ainda para a necessidade dos doentes hipertensos, na presença de alguns fatores, como os valores de HTA não normalizarem com a medicação (mesmo já com várias classes de medicamentos diferentes), crises de subida da TA durante a noite, ou outros fatores de risco para apneia do sono - como a obesidade ou sintomas sugestivos para a doença (ressonar, paragens respiratórias durante o sono ou sonolência excessiva durante o dia) - suspeitarem da presença de SAOS e consultarem um médico especialista.

 

#TestarTratarPrevenir o VIH, as hepatites virais e as IST
Durante a Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites, que decorre de 16 a 23 de maio, será possível fazer o rastreio do VIH e...

O rastreio direcionado a grupos mais vulneráveis, no contexto da prevenção combinada, é um serviço prioritário. De forma a superar os desafios impostos pela pandemia Covid-19 e a consequente diminuição da oferta deste serviço nos dois últimos anos, durante esta semana tentar-se-á mobilizar e aumentar a disponibilização do rastreio comunitário em diferentes locais, em centros fixos, unidades móveis de saúde ou tendas/locais provisórios.

Em Portugal, as organizações membro da Rede de Rastreio Comunitária e associações, Municípios, Juntas de Freguesia, bem como a iniciativa Lisboa Sem SIDA da Câmara Municipal de Lisboa, juntam-se e apelam para a importância da oferta e acessibilidade destes serviços e a remoção de qualquer barreira no acesso aos cuidados de saúde. Esta iniciativa conta com o apoio da ViiV Healthcare (apoio independente através de subvenção).

Semana Europeia da Primavera do Teste do VIH e Hepatites Virais é uma campanha europeia que mobiliza organizações – sociedade civil e instituições de saúde pública – em toda a Europa a se unirem duas vezes por ano, em maio e novembro, para reforçar o rastreio e promover os benefícios da prevenção. Portugal junta-se à iniciativa desde 2013, e reforça mais um ano o rasteio do VIH, hepatites virais e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST). 

Em 2017, 2.3 milhões de pessoas viviam com VIH na região europeia da OMS e foram diagnosticadas 159 420 novas infeções. Estima-se que nesta região 15 milhões de pessoas vivam com hepatite B e 14 milhões com hepatite C. Estas duas infeções causam 165 000 mortes por ano.

Ainda existem lacunas no diagnóstico destas infeções, o que compromete as estratégias internacionais de eliminação da infeção pelo VIH, hepatites virais e outras IST enquanto problema grave de saúde pública até 2030.

Cuidados a ter
Em Portugal existem cerca de dois milhões de hipertensos, de acordo com os dados do Programa Naciona

Como surge a hipertensão?

A circulação do sangue, que tem por destino chegar a todos os tecidos e células do organismo, implica que haja alguma pressão sobre as paredes das artérias. Esta pressão, que é normal e até essencial para que o sangue atinja o seu destino, é a chamada “tensão arterial”. Existem, contudo, uma série de fatores de ordem genética ou ambiental que podem fazer com que esta pressão sobre as paredes das artérias aumente em excesso e se crie um cenário de hipertensão.

Neste cenário de hipertensão, o coração tem de se esforçar mais para fazer o sangue circular. Nestes casos, o esforço pode levar a que a massa muscular do coração aumente, fazendo com que o volume do coração se torne maior - a chamada hipertrofia cardíaca.

Numa primeira fase, o aumento muscular cardíaco não representa qualquer problema. Contudo, com o passar do tempo, esta hipertrofia pode levar a insuficiência cardíaca, angina de peito ou arritmia. Para além disso, esse aumento da pressão nas paredes dos vasos sanguíneos provoca a deterioração das paredes das artérias, o que aumenta o risco de aterosclerose e trombose (formação de coágulos). Nos casos mais graves, podem até levar à formação de aneurismas e hemorragias cerebrais, devido ao enfraquecimento das paredes das artérias.

Embora os valores de pressão arterial considerados suficientemente altos para justificarem a toma de medicamentos dependam de pessoa para pessoa, valores superiores a 140/90 mmHg são sempre considerados elevados, independentemente da idade e de outras doenças de que um indivíduo sofra.

Causas da hipertensão

A hipertensão pode ser causada por doenças renais, doenças endócrinas ou pela toma de alguns fármacos como os anticoncetivos orais. Mas em 95% dos casos a hipertensão não tem uma causa evidente. No entanto, certas situações podem contribuir para um aumento da pressão arterial. É o caso de fatores como o envelhecimento, obesidade, diabetes, ingestão elevada de sal e stresse emocional.

A hipertensão arterial geralmente não tem sintomas, mas podem existir alguns sinais de alarme como tonturas, hemorragias nasais ou dores de cabeça repetidas e intensas. Assim sendo, é muito importante o controlo dos níveis da pressão arterial com regularidade.

Para que a medição seja o mais correta possível deve fazê-la de forma relaxada, e em repouso, não fumar antes da medição, não tomar café ou chá antes e não estar com a bexiga cheia.

Medidas não farmacológicas

Mudar alguns hábitos de vida é fundamental. A prática de atividade física regular consegue, muitas vezes, uma descida significativa dos níveis da tensão. Deve, por isso, realizar exercícios que compreendam movimentos cíclicos - natação, a marcha, a corrida ou a dança - e evitar esforços físicos bruscos - levantar pesos ou empurrar objetos pesados - pois aumentam a pressão arterial durante o esforço.

Adicionalmente, deve também deixar de se utilizar sal de mesa e substituí-lo por condimentos alternativos, como ervas aromáticas ou sumo de limão. Evite também todos os alimentos naturalmente salgados ou aos quais tenha sido adicionado sal durante a sua preparação. Não beba bebidas alcoólicas e reduza o excesso de peso, através de uma dieta moderada base de frutas, legumes e saladas.

O cumprimento das medidas não farmacológicas de controlo da pressão arterial permite, seguramente, reduzir as doses e até interromper o uso de medicamentos numa percentagem significativa de doentes com hipertensão moderada.

Medidas farmacológicas

Quando o tratamento sem fármacos não é suficiente, deve então recorrer-se aos antihipertensores. Estes devem ser prescritos pelo médico, segundo as características de cada paciente.

É importante não esquecer que nem todos os doentes reagem da mesma maneira aos diferentes fármacos antihipertensores. Um mesmo fármaco, que controla facilmente a hipertensão num doente, pode causar efeitos secundários intoleráveis noutro. No entanto, dispomos hoje em dia de um arsenal terapêutico em constante progresso que, quando criteriosamente utilizado, permite controlar a hipertensão na esmagadora maioria dos casos, sem interferir com o bem-estar do doente.

*Artigo elaborado pela Médis com a colaboração da Dra. Cláudia Ribeiro de Jesus

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Terceira (C)Idade = Felicidade”
O Espaço t e a Médicos do Mundo uniram-se para juntos desenvolverem o projeto Terceira (C)Idade = Felicidade, que acontece...

Esta iniciativa social pretende contribuir para um envelhecimento consciente e saudável, pois não pode ser irrelevante, o facto de Portugal ser o quarto país mais envelhecido da Europa e o quinto a nível mundial. Em 2020, 20,6% da população da União Europeia (UE) tinha 65 ou mais anos, o que corresponde a mais de um em cada cinco europeus (Eurostat, 2021).

Assim, e pela necessidade de repensar o envelhecimento ao longo do ciclo de vida, numa atitude preventiva e promotora da saúde, de autonomia e bem-estar, a Médicos do Mundo e o Espaço t uniram esforços e desenharam o projeto de intervenção comunitária Terceira (C)Idade = Felicidade, junto de 50 pessoas do grande Porto, com mais de 65 anos.

O projeto iniciado em abril de 2021 intervém em três grandes áreas:
1. Autonomia e independência, contribuindo para a permanência dos idosos nos seus contextos domiciliários;

2. Promoção da saúde, através da aproximação e fidelização dos beneficiários ao Serviço Nacional de Saúde (SNS); e 

3. Estimulação das competências físicas, cognitivas, emocionais e a participação social, combatendo o isolamento, através de sessões conectivas de fisioterapia, sessões conectivas de terapia ocupacional e práticas artísticas e culturais.

Procurando mitigar alguma solidão e/ou isolamento existente nesta faixa etária, e que seguramente a pandemia veio agravar, ao longo deste primeiro ano de atividade, com o desenvolvimento deste projeto alcançámos e impactámos a vida de 50 pessoas.

 Assim, e através do desenvolvimento de um conjunto alargado de atividades desenvolvidas que asseguram o adequado acompanhamento da saúde física da população sénior abrangida pelo projeto, nomeadamente conseguida através da Avaliação das sinalizações e realização do diagnóstico/identificação de necessidades, com referenciação para parceiros sociais e outras instituições; Visitas domiciliárias/atendimentos presenciais, Educação terapêutica/treino de práticas de segurança; Introdução de ajudas técnicas: equipamentos que previnem, compensam e atenuam diferentes fatores comprometedores da participação e do desempenho do indivíduo; Adaptações domiciliárias; Avaliação/Monitorização de Enfermagem; Acompanhamento psicológico e consultas de Psicologia; Acompanhamento ao SNS; Acompanhamento e apoio social; Apoio medicamentoso; Ações de gestão e adesão ao regime terapêutico; Sessões coletivas de educação para a saúde; Sessões coletivas de fisioterapia; Sessões coletivas de terapia ocupacional.

Paralelamente, e porque para além do bem-estar físico, é fundamental contribuir para a promoção do bem-estar emocional e relacional de cada um dos beneficiários, procura-se através da Arte, contribuir para a diminuição do isolamento e exclusão social, promovendo o aumento das competências emocionais do grupo, através da dinamização de ateliês de Pintura, Teatro, Canto, Dança e Tai Chi. São ainda desenvolvidos ateliês socioculturais de Informática, Poesia, Música, “Linhas de Encontro” (práticas de malha e crochet) e “Trabalhos Manuais”; organização de Passeios Culturais; apresentação das criações do grupos de teatro e Tai Chi no Corpo Evento: Ciclo de Espetáculos de Teatro e Dança; Produção de exposição coletiva de pintura; Criação de “Pedaços de Estórias” para que cada vida se perpetue, através do registo de filme biográfico* de cada narrativa e memória de vida, entre outros.

Na celebração de um ano de projeto, Jorge Oliveira, presidente do Espaço t refere: “Quando Portugal, atinge um nível de envelhecimento notável que precisa de respostas sustentáveis e inovadoras para responder a esta questão social, o desenvolvimento do Terceira (C)Idade = Felicidade, deixa-nos muito felizes por podermos contribuir para que pelo menos 50 dos nossos mais velhos, possam encontrar uma resposta aos desafios do envelhecimento da nossa sociedade.

Passado um ano, de trabalho direto e articulado com a Médicos do Mundo é com orgulho que constatamos que a Arte aliada ao bem-estar físico de cada pessoa, é transformadora na forma como se encara a vida e os outros”.

Já Carla Paiva, diretora executiva da Médicos do Mundo considera que “Os resultados alcançados ao longo do último ano com o projeto Terceira (C)Idade = Felicidade são extremamente positivos, o que nos deixa muito satisfeitos com o trabalho realizado em conjunto com o Espaço T. Para a Médicos do Mundo, tem sido um privilégio estar junto destes idosos, contribuir para a melhoria da sua saúde e qualidade de vida, responder às suas necessidades mais básicas e, no fundo, fazer tudo o que é possível para que possam usufruir de uma vida mais independente e feliz.”

Em jeito de balanço de um ano de existência, destacamos na área da promoção da saúde física, a realização de 663 consultas de avaliação ou de monitorização de enfermagem, 495 apoios nos regimes terapêuticos e 190 ao nível medicamentoso. Também foram disponibilizadas 177 ajudas técnicas, 56 adaptações domiciliárias, 649 sessões de educação terapêutica e 249 de treino de funcionalidade.

Quanto à área de desenvolvimento de competências emocionais, através da arte, realizámos 408 ateliês artísticos, contando com 2419 presenças e participação ativa. Foram ainda realizados cerca de 200 produtos artísticos que irão ser expostos brevemente numa exposição coletiva e de arte pública.

O Terceira (C)Idade = Felicidade é um projeto de intervenção junto da população idosa do concelho do Porto, através da promoção da saúde e de práticas artísticas, como forma de inclusão e diminuição do isolamento, com vista a uma vida ativa e saudável, numa lógica de promoção do envelhecimento ativo e bem sucedido.

Complicações podem ser fatais
A propósito do Dia Mundial da Hipertensão Arterial (HTA), que se assinala a 17 de maio, a Associação Protectora dos Diabéticos...

“A hipertensão arterial é um importante fator de risco cardiovascular, sendo excessivamente prevalente em pessoas com diabetes, mesmo tendo em conta as inúmeras campanhas levadas a cabo pelas diferentes entidades e sociedades científicas. Esta patologia é responsável por cerca de 13% do total das mortes registadas e 4% das incapacidades permanentes”, alerta Pedro Matos, cardiologista na APDP.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência de hipertensão na população geral oscila entre os 30 e os 50%, dependendo dos países. Em Portugal, dados do estudo PHYSA – Portuguese HYpertension and SAlt Study da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (que incluiu apenas 10% de pessoas com diabetes) apontam para uma prevalência de 42%. Nas pessoas com diabetes, estes números sobem de forma substancial para valores superiores a 60%.

“Como amostragem de dados do mundo real, fizemos na passada semana um rastreio à população com diabetes que recorreu à APDP para as sua consultas habituais de acompanhamento. Nas 515 pessoas avaliadas, encontrámos 40% com HTA não controlada, se tomarmos o valor de 140/90 como referência. 9% tinham HTA sisto-diastólica. Estes dados confirmam que, mesmo numa população seguida numa instituição diferenciada, as taxas de controlo da TA são claramente insuficientes, o que demonstra a complexidade do tratamento da HTA e a exigência de uma maior proatividade por parte dos profissionais de saúde na implementação do autocontrolo da TA e capacitação nas pessoas com diabetes", afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

“Como tal, é fundamental frisar a importância do papel do doente para melhor controlo desta patologia. Todas as pessoas com diabetes devem medir regularmente e no seu ambiente habitual a sua tensão arterial. Os valores-alvo, definidos internacionalmente, podem depois ser afinados com a ajuda do médico assistente, para que sejam escolhidos os melhores fármacos a utilizar, de acordo com as características individuais de cada pessoa”, explica o cardiologista Pedro Matos.

Além da hipertensão, existem ainda outros fatores de risco cardiovascular igualmente frequentes em pessoas com diabetes, como é o caso da dislipidemia (colesterol alto) e da obesidade. O colesterol elevado, especialmente importante para o aparecimento de placas de gordura nas artérias, está também relacionado a médio-longo prazo com os enfartes do miocárdio. Já a hipertensão está particularmente associada a um risco acrescido de acidente vascular cerebral (AVC) e deterioração da função renal.

“Um mau controlo da tensão arterial contribui de forma significativa para complicações major da diabetes que podem ser fatais ou causar incapacidade permanente e prolongada. É por isso crucial explicar à população como controlar a tensão arterial de forma eficaz, através da adoção de um estilo de vida mais saudável, deixando de fumar e limitando o consumo de álcool e sal, e da educação para os valores de pressão arterial desejáveis, que na pessoa com diabetes são inferiores aos da restante população”, explica o cardiologista, acrescentando que “esta é uma patologia extremamente preocupante, porque, segundo o mesmo estudo PHYSA, apenas menos de metade dos hipertensos sabem que o são e só 11% estão controlados”.

Esta realidade pode ter várias causas, como a deficiente perceção das pessoas relativamente à importância da hipertensão no aparecimento de complicações cardiovasculares ou o facto de a considerarem por si só uma complicação da diabetes já instalada. “Cabe aos profissionais de saúde fazer mais para melhorar esta perceção, explicando os riscos de não controlar a tensão arterial e incutir nas pessoas hábitos de autocontrolo regular e selecionando os fármacos adequados”, conclui.

Segundo as mais recentes recomendações da American Diabetes Association, <140/90 mmHg são os valores-alvo de tensão arterial para todos os que têm diabetes. Nalguns grupos, nomeadamente os que têm maior risco cardiovascular ou insuficiência renal crónica em fase avançada, estes alvos devem ser reduzidos para <130/80, de forma a minorar a probabilidade de eventos major. Deve ainda haver o cuidado de evitar hipotensões, oscilações bruscas nos valores e o uso de fármacos com potencial acrescido de efeitos secundários, sendo que o abandono terapêutico pode levar a crises hipertensivas graves, por efeito “rebound”.

 

“Prevent it Like a Gentleman”
Chegou a quinta edição do “Prevent it Like a Gentleman”, a iniciativa solidária do MAR Shopping Algarve que decorre entre 14 e...

O rastreio “Prevent it Like a Gentleman” é totalmente gratuito, bastando para tal marcar previamente através do contacto 302063457 ou do email [email protected] com a indicação da campanha do MAR Shopping Algarve. Relembre-se que ao longo das quatro edições anteriores já foram realizados mais de 1000 rastreios, permitindo a deteção e tratamento de casos em fase inicial. O objetivo passa por reforçar a importância da prevenção do cancro da próstata e da saúde mental masculina, associando-se ao movimento internacional “The Distinguished Gentleman’s Ride”.

A iniciativa conta ainda com duas exposições, uma exposição de motas e outra de arte que vão estar patentes ao longo de maio no MAR Shopping Algarve. A partir de dia 14 e até 29 de maio será possível visitar a exposição “120 anos de História” da Triumph, com algumas das motas mais emblemáticas da gama ‘modern classic’ da marca inglesa. Os aficionados das duas rodas vão também poder visitar a exposição “Re-cycle” de João Jesus. O artista é sócio há 30 do Moto Clube de Faro, onde tem a sua oficia/atelier e vai expor trabalhos em metal com reutilização de peças usadas de motas, bicicletas e automóveis.

O MAR Shopping Algarve volta assim a associar-se à “The Distinguished Gentleman’s Ride”, um evento internacional que este ano se realiza em maio e que tem vindo a reunir “cavalheiros e senhoras” num desfile de motos vintage para a consciencialização sobre o cancro da próstata e saúde mental masculina. Este ano, os participantes são convidados a fazer um passeio em grupo, no dia 22 de maio, com o ponto de encontro marcado para a Sé de Faro, pelas 14h00. Este dia termina com música ao vivo sob o comando do DJ ROCKINDAD e a banda HOT BILLY RODS, a partir das 16h00, na zona de Lazer do MAR Shopping Algarve.

 

Campanha de sensibilização
Assinala-se hoje, dia 16 de maio, o Dia Mundial do Angioedema Hereditário – uma doença rara que se manifesta pelo aparecimento...

De acordo com a ADAH, esta ação pretende sensibilizar a população para uma doença “que afeta todas as faces, não escolhendo idade, género ou grupo sociocultural. Nesta campanha, por um lado, os doentes ‘dão a face’ ao e pelo angioedema hereditário (AH), isto é, aceitam a patologia. Por outro, ‘não perdem a face’ para o AH, ou seja, não se resignam à doença, nem se paralisam perante as múltiplas interferências que a mesma pode ter nas suas vidas. Assim, várias faces dão-se a conhecer, unindo-se nesta iniciativa com o intuito de encontrar soluções para dificuldades e desafios comuns”. 

Nesta data importa assinalar o impacto que o angioedema hereditário tem na qualidade de vida destes doentes, “podendo este variar muito de doente para doente e do acesso de cada um aos tratamentos que melhor se adequam à frequência e severidade das crises”, refere a ADAH. “Aqueles que beneficiam do tratamento domiciliar, de acordo com o estabelecido pela Norma Clínica 009/2019 da DGS, são capazes de gerir de forma autónoma, célere e com comprovada eficácia, os episódios agudos de AH. Esta conquista veio contribuir para a melhoria da qualidade de vida de doentes que durante anos viram as suas rotinas quotidianas, profissionais, educativas, sociais e lúdicas significativamente afetadas. Os que ainda não foram diagnosticados ou não dispõem de terapêutica em casa sofrem muito física e psicologicamente: sintomas dolorosos, deslocações frequentes à urgência hospitalar onde nem sempre se conhece a doença o que implica exames, análises, tratamentos e, por vezes, até intervenções cirúrgicas escusáveis, práticas estas com volumosos custos para o SNS. Muitos vivem em constante sobressalto dada a imprevisibilidade da doença e devido ao facto de a mesma poder resultar em um desfecho fatal em caso de obstrução das vias aéreas”, reforça a associação de doentes.

As desigualdades regionais na abordagem a estes doentes também não são esquecidas, existindo zonas do país onde há um maior conhecimento sobre a doença pelos profissionais de saúde e também um maior acesso aos métodos de diagnóstico e terapêuticas, existindo doentes, em algumas áreas geográficas, a não conseguirem aceder, nos seus hospitais de referência, à terapêutica indicada. “Esta é uma luta da ADAH desde há uns anos – a de garantir o acesso generalizado dos doentes ao tratamento domiciliar. Só o cumprimento da Norma Clínica relativa à "Abordagem Diagnóstica e Terapêutica do AEH" poderá colmatar as discrepâncias geográficas no que respeita ao acesso igualitário dos doentes aos tratamentos, independentemente da zona do país onde habitam”, concluem os responsáveis da associação.

Para conhecer mais sobre esta campanha, que conta com o apoio científico da SPAIC – Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clinica -, visite as redes sociais da ADAH.

 

 

Trabalhos da autoria de médicos ou outros profissionais de saúde
Até ao dia 30 de maio de 2022 estão abertas as candidaturas à edição de 2021 do Prémio Grünenthal Dor.

Criado pela Fundação Grünenthal, este prémio anual, no valor total de 15 mil euros, destina-se a galardoar trabalhos em língua portuguesa ou inglesa, da autoria de médicos ou outros profissionais de saúde, sobre temas de investigação básica e clínica relacionados com a dor e que tenham sido realizados em Portugal.

As candidaturas deverão ser dirigidas ao Presidente da Fundação Grünenthal, Professor Doutor Walter Osswald, e enviadas para o e-mail [email protected], ou por correio registado com aviso de receção para Alameda Fernão Lopes nº12, 8ºA, 1495-190 Algés.

Podem apresentar-se a candidatura trabalhos ainda não publicados ou publicados durante o mesmo ano ou no ano anterior ao do prémio, exceto se já galardoados com outros prémios à data da respetiva receção. Não serão aceites versões integrais de dissertações de mestrado e doutoramento, embora sejam permitidos trabalhos elaborados com material existente nesses textos académicos e obedecendo à formatação usual dos trabalhos publicados em revistas.

O júri do galardão é composto por sete elementos - um representante da Fundação Grünenthal e seis personalidades da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR) e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

Mais informações e acesso ao regulamento completo em http://www.fundacaogrunenthal.pt/premios-fundacao-grunenthal/premio-grunenthal-dor

 

 

 

Páginas