Triénio 2022-2025
Diana Breda, administradora hospitalar há 20 anos, concorre à liderança da APAH, com a Lista B, assumindo como objetivo o...

A candidata refere que “a associação existe há 40 anos e, com os recursos financeiros que tem tido à disposição, não se compreende que os Administradores Hospitalares continuem a não ser reconhecidos na sua profissão. A profissão tem de ser reconhecida, até pela relevância que têm no Serviço Nacional de Saúde e no Sistema, e isso só será possível com uma nova direção. Uma direção que ouça mais os associados. A APAH tem de ser apartidária.”

A Lista B, liderada por Diana Breda, assume o slogan “Pelo Reconhecimento, Dignificação e Valorização da profissão de Administrador Hospitalar”, e defende uma alternativa à liderança atual, comprometendo-se com maior transparência na gestão e com resultados efetivos na carreira dos associados.

Administradora Hospitalar com duas décadas de experiência, desenvolveu a sua atividade maioritariamente no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde coordenou o gabinete de internacionalização. É, desde abril de 2020, Presidente do Conselho Diretivo do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, e encabeça a Lista B, com a ambição de dirigir os destinos da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, no próximo triénio 2022-2025.

A Diana Breda pertenceu ao European Reference Network Hospital Manager Group e foi cofundadora da Women in Global Health Portugal.

 

Envolvimento do projeto inclusivo Semear e da organização REFOOD
No próximo dia 20 de maio, a Novartis assinala o 26º Dia da Comunidade, uma iniciativa que incentiva os colaboradores da...

Os colaboradores voluntários vão colher produtos alimentares da quinta do Semear que depois utilizarão para cozinhar cerca de 1500 refeições, com a colaboração do Chef Chakall. Essas refeições, por sua vez, alimentarão mais de 52 núcleos da rede Refood a nível nacional.

“O Dia da Comunidade celebra o nosso compromisso com a comunidade. Para além de oferecermos uma oportunidade aos nossos colaboradores de dedicarem o seu dia a ações de voluntariado, é também um momento de reforço do nosso espírito de pertença à Novartis e dos laços entre as nossas pessoas e equipas”, esclarece Patrícia Adegas, Diretora de Comunicação e Relação com Associações de Doentes da Novartis.

Nas palavras do Chef Chakall, “pela segunda vez tive a oportunidade de participar nesta iniciativa da Novartis e é sempre muito gratificante. Cozinhar é um ato de partilha, preparar uma refeição para os outros é uma forma especial de darmos um pouco de nós. Fazê-lo com ingredientes acabados de colher e poder com eles preparar 1500 refeições, que são distribuídas a quem mais precisa, é sem dúvida um privilégio. Agradeço à Novartis a oportunidade de fazer parte deste projeto e ao Semear a forma como nos acolheu”.

“Agradecemos à Novartis esta doação de 1500 refeições que tem um impacto muito significativo nas famílias que ajudamos. A criação da Refood teve na sua origem acreditarmos que podíamos contribuir para a criação de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável. Ao longo de mais de dez anos de existência já apoiámos dezenas de milhares de pessoas, contribuindo simultaneamente para evitar a produção de milhares de toneladas de bio resíduos. São números que nos orgulham, mas o sentimento de dever cumprido cresce sempre que outros se juntam à nossa missão, e é isso que sentimos neste dia de partilha dos colaboradores da Novartis”, defende Hunter Halder, fundador da Refood.

“O Semear, Terra de Oportunidades é um projeto inclusivo, em que além de promovermos a inclusão de jovens e adultos com dificuldade intelectual e de desenvolvimento, apostamos numa agricultura biológica, próxima e sustentável. Há alguns anos que a Novartis se associa à nossa causa e nos ajuda a cumprir a nossa missão. A possibilidade das pessoas, que por norma não têm uma relação com o campo e a agricultura, poderem ter este contacto com a terra é uma forma de as consciencializar para as mais-valias desta forma de cultivo e para a importância de “semear um futuro melhor”. Estarmos envolvidos nesta iniciativa e vermos os nossos produtos a serem transformados em refeições para quem mais precisa também nos enche o coração”, afirma Joana Santiago, Presidente do Semear.

21 de outubro
O Grupo de Reabilitação Músculo-Esquelética do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Professor Doutor...

“Nesta primeira edição das Jornadas irão ser abordados diversos temas, dos quais destaco a dor crónica, a reeducação neuromuscular e as mais recentes técnicas no tratamento das patologias de origem músculo-esquelética”, refere Alexandre Coelho, fisioterapeuta e co-presidente das Jornadas.

Carla Vera-Cruz, médica fisiatra, também co-presidente das Jornadas, afirma que a Comissão Organizadora se encontra expectante com a iniciativa e espera que estas promovam uma partilha de conhecimentos entre os diferentes profissionais de saúde e contribuam para uma melhoria sustentada e científica na abordagem e tratamento das diferentes patologias de origem músculo-esquelética”.

Para além das comunicações orais, a iniciativa também comtempla a apresentação de trabalhos originais relacionados a temática em formato de e-Poster. A submissão dos resumos deve ser feita até ao próximo dia 10 de agosto, através do email: [email protected].

Para mais informações consulte a página da internet ou a comissão organizadora através dos seguintes contatos:  https://jornadasmfr.wixsite.com/smfr-hff

E-mail: [email protected]

As inscrições deverão ser realizadas através do seguinte link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfhPksGnswpdKyVEGMtJ-krCT4bUIvVDXgBV6g5b01GshQWxQ/viewform.

Cardiologia
Considerado um importante fator de risco cardiovascular, o “mau” colesterol pode ser combatido com a

Responsável por cerca de um terço de todas as doenças cardiovasculares em todo o Mundo, estima-se que o colesterol seja a causa de 18% do total das doenças cerebrovasculares e 56% do total das doenças isquémicas cardíacas diagnosticadas. Em termos mortais, calcula-se que esteja associado a 4,4 milhões de mortes por ano.

No entanto, apesar dos dados alarmantes há que salientar que existem vários tipos de colesterol e que este desempenha funções essenciais no nosso organismo. “O colesterol tem imensas funções no nosso organismo: estabilização da membrana celular, transporte de substâncias, síntese hormonal, etc”, começa por explica o cardiologista do Hospital Santa Cruz.

Por outro lado, explica que, muito embora a sua excessiva concentração de forma continuada aumente o risco cardiovascular, “existem vários tipos de colesterol consoante a sua função e tamanho. Por definição, o HDL é considerado o ‘colesterol bom’ (normalmente mais elevado no sexo feminino) que é responsável pela remoção do colesterol dos tecidos em direção ao fígado de forma a ser excretado. Por sua vez, o LDL é considerado o ‘colesterol mau’ e faz o percurso inverso entre o fígado e os tecidos, levando à sua deposição em diversos tecidos”.

De acordo com o especialista, a concentração dos diferentes tipos de lípidos no organismo varia de pessoa para pessoa. Este perfil lípido, quando conhecido, é essencial em matéria de prevenção, uma vez que permite “corrigir alguma alteração que assim o exija, quer através de alterações do estilo de vida, quer através de medicamentos”. Por outro lado, o especialista saliente que mais importante do que conhecer os valores de colesterol recomendados, “é saber que o valor alvo varia de pessoa para pessoa, consoante o seu risco CV e os antecedentes pessoais”.

De um modo geral, segundo Gustavo da Rocha Rodrigues, “toda a população deve reduzir o consumo de gorduras saturadas (fritos, queijos, enchidos, bolos), bem como praticar exercício físico (pelo menos 30 minutos de caminhada 3x/semana), evitando também o excesso de peso”.

De forma individualizada, adianta, “devemos respeitar as recomendações do médico assistente, que muitas vezes passam também pela toma de medicamentos seguros, que são utilizados para diminuir o colesterol, e assim, diminuir o risco cardiovascular”.

 

 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica/Encefalomielite Miálgica - uma abordagem diferente"
No dia 28 de maio, irá realizar-se o XIV Fórum Myos "Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica/Encefalomielite Miálgica -...

O XIV Fórum Myos tem como principal objetivo a consciencialização da sociedade sobre a Fibromialgia e a Síndrome de Fadiga Crónica/Encefalomielite Miálgica e contará com a participação de profissionais de saúde de diversas áreas, demonstrando assim a importância de uma abordagem multidisciplinar de todos aqueles que convivem com a Fibromialgia e a SFC/EM.

O XIV Fórum irá decorrer no auditório Agostinho da Silva, na Universidade Lusófona, situado no Campo Grande nº376, 1749-024 Lisboa (em frente ao jardim do Campo Grande).

O evento é aberto a todos, mas gratuito para os sócios da Myos, carecendo de inscrição. As inscrições decorrem até ao dia 23 de maio.

A inscrição de não sócios deve ser realizada através do seguinte link: https://bit.ly/3wusqYa

 

Primeiro episódio é dedicado ao Melanoma
O IPO do Porto arranca hoje com a segunda temporada do projeto “Cancro sem Temor”, no dia da sensibilização para o melanoma,...

A pele, o maior órgão do corpo humano, tem uma função que vai muito além de cobrir e proteger o corpo e alimentar a vaidade. Infelizmente, nem sempre é convenientemente protegida, o que implica por vezes sérias consequências.

Neste episódio, a Clínica da Pele, Tecidos Moles e Osso alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce enquanto forma de mudar a história do melanoma em Portugal, onde se tem registado um aumento de 6% ao ano do número de novos casos. Para tal, conta com a participação de Matilde Ribeiro, Orientadora da Clínica da Pele, Tecidos Moles e Osso e Especialista em Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e de Paula Ferreira, Coordenadora da Patologia de Pele no Serviço de Oncologia Médica e Médica Oncologista; conta, simultaneamente, com a presença de um doente, Jorge Assunção, com 60 anos, que entrou no IPO do Porto em 2010, tendo neste momento a doença em completa remissão. 

Ao longo desta conversa dão também o seu testemunho, António Santos, Diretor do Serviço de Dermatologia do IPO do Porto, Emília Magalhães, enfermeira responsável pela Clínica da Pele, Tecidos Moles e Osso e Maria João Monteiro, doente com melanoma.

Nesta conversa, o foco está no papel do doente na prevenção do melanoma, a que tipo de sinais é necessário estar atento, que alterações deverão ser olhadas com maior preocupação. São também abordados, o contributo individual para o diagnóstico precoce e a sua importância, os cuidados a ter com o sol e os fatores de risco. Entre os temas em destaque estão ainda a evolução das opções terapêuticas e de tratamento, e a importância da multidisciplinaridade da equipa que acompanha.

“É muito importante continuar a alertar as pessoas para os cuidados a ter com o sol e o contributo de cada um no diagnóstico precoce.  O cancro da pele, como quase todos os cancros, quando diagnosticado precocemente é curável. Há, no entanto, determinados tipos de cancro da pele que têm um potencial de metastização grande, e quando diagnosticados em fases avançadas, apresentam um prognóstico muito negativo para o doente”, alerta Matilde Ribeiro.

Sobre o projeto que inicia a segunda temporada, “queremos abordar novas temáticas, procurando contribuir para a mudança de mentalidades e comportamentos”, acrescente Matilde Ribeiro.

O podcast, que conta com o apoio da Novartis, está disponível no canal Youtube do IPO do Porto e nas plataformas de podcast (Spotify e Apple Podcasts).

Competição da Sociedade Portuguesa de Simulação Aplicada às Ciências da Saúde (SPSim)
Diana Carvalho, Inês Antunes, Viktoriya Shkatova e Patrícia Vaz Conde integram a equipa ABCDoctors, da Faculdade de Medicina da...

Esta é uma competição na qual as alunas de 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina irão participar depois de terem ganho a competição de simulação Scrub UP!, no âmbito do XI In4Med, congresso médico-científico organizado pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra.

Depois de ganhar a competição de simulação Scrub UP!, no âmbito do XI In4Med, congresso médico-científico organizado pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra, esta equipa venceu a competição de simulação SimUniversity Portugal 2022, realizada no passado dia 18 de março , no Centro de Simulação da NOVA Medical School, em Lisboa. A vitória garantiu o apuramento para a primeira fase da competição de simulação Europeia, SIMUniversity, que se realizou no dia 7 de abril, no Centro de Simulação CUF Academic Center, onde se destacaram como uma das quatro equipas apuradas para a fase final da competição europeia.

Para Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da Faculdade de Medicina de Coimbra, “este resultado espelha o empenho e trabalho das nossas alunas, que demonstraram iniciativa, espírito de sacrifício e dedicação. Por outro lado, é um indicador muito positivo no que diz respeito à qualidade do nosso ensino, ao envolvimento dos docentes na área de simulação e ao acompanhamento e apoio que é prestado pelo Gabinete de Educação Médica, na promoção da simulação enquanto ferramenta pedagógica de valor. Sabemos que a simulação médica é uma verdadeira revolução no ensino médico e no treino dos profissionais e das equipas de saúde. Neste sentido é muito importante promover a integração da simulação clínica no maior número de unidades curriculares.”

 

Campanha ‘Mude o Ritmo da Sua Vida’
A campanha ‘Mude o Ritmo da Sua Vida’, lançada no âmbito do Dia Nacional de Luta contra a Obesidade, celebrado a 21 de maio,...

Nesta música, agora disponível  no site averdadesobreopeso.com, a artista inspira-se no mote da campanha cujo objetivo é mostrar a quem vive com esta realidade que não está sozinho e que é importante procurar ajuda médica para um tratamento adequado da doença.

Sobre a canção, Ana Bacalhau explica: “A música “Eu Vou” pretende enfatizar a importância de darmos o primeiro passo e de procurarmos ajuda de uma forma positiva e leve, mas, ao mesmo tempo, empoderadora”.

Esse é um dos grandes poderes da arte musical: o de nos fazer sentir bem e nos dar alento para enfrentarmos a vida e os seus obstáculos.

De acordo com estimativas recentes, 67,6% da população em Portugal tem excesso de peso ou Obesidade1, sendo que a prevalência da Obesidade é de 28,7% (o equivalente a mais de 2 milhões de portugueses)2. Um estudo recente revela que apenas 2 em cada 10 pessoas procuram um médico para falar sobre o tema3. Foi com este racional que a Novo Nordisk, a ADEXO, a SPEO e a SPEDM se uniram para desenvolver uma campanha que reconhecesse a obesidade como um problema de saúde prioritário, para o qual é fundamental a intervenção de um profissional de saúde especializado.

Sobre o propósito da campanha, que tem como assinatura #AVerdadeSobreOPeso, Carlos Oliveira, Presidente da ADEXO, refere que “encontrar um profissional de saúde especializado é o primeiro e crucial passo nesta jornada de combate a esta doença. Apoiar esta campanha, faz para nós todo o sentido, uma vez que consideramos que é necessário criar um suporte de informação claro sobre o excesso de peso e a Obesidade, que contribua para colocar o médico no centro da resposta para uma doença que é cada vez mais preocupante, e cuja prevalência se perspetiva vir a aumentar nos próximos anos”.

Também José Silva Nunes, Presidente da SPEO, partilha a mesma opinião no que toca ao combate à Obesidade: “O médico é – e será sempre – central na resposta para apoiar as pessoas com excesso de peso ou Obesidade a seguir o melhor caminho e o tratamento mais adequado. O aumento da prevalência da Obesidade representa um enorme desafio que torna urgente agir para travar uma doença cujo impacto vai muito para além da esfera individual, afetando famílias, os sistemas de saúde, a economia e o progresso social do nosso país. Esta campanha ajuda-nos a fazer esse caminho e a chegar mais próximo dos doentes”.

Para João Jácome de Castro, presidente da SPEDM, “Apesar de Portugal ter sido um dos primeiros países a reconhecer a Obesidade como doença crónica, há ainda muito a fazer para uma adequada abordagem da doença no nosso país. É imperativo tornar o tratamento da obesidade mais equitativo e criar condições para o fim do estigma e discriminação das pessoas que vivem com obesidade. É igualmente inadiável um reforço da prevenção da Obesidade e da sensibilização para o tema, onde campanhas como esta desempenham um papel fundamental”.

Mais informação sobre a campanha está disponível no website averdadesobreopeso.com ou em Mude o ritmo da sua vida.

Inovação farmacêutica
Os ensaios clínicos, os estudos que permitem obter “dados de vida real” (real world data) e os projetos de educação e literacia...

Para concretizar estas parcerias, foram já assinados protocolos entre a Pfizer Portugal e as seguintes instituições: Universidade de Aveiro, Universidade NOVA de Lisboa, Associação Centro de Medicina P5 da Escola de Medicina do Minho, i3S – Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto e BIOCANT – Associação de Transferência de Tecnologia.

Estes protocolos assentam na realização semestral de centros estratégicos de reflexão, os chamados “Think Tank”, que constituem verdadeiros laboratórios de ideias. Aqui, são debatidas as necessidades de dados e de evidência científica relativa a áreas terapêuticas, medicamentos e vacinas inovadoras, bem como estabelecidas pontes de colaboração entre a Pfizer, as Universidades e os Centros de Investigação.

“Esta colaboração prevê ainda a partilha de informação e de visões sobre o conhecimento e a inovação e a análise de propostas de ideias de estudos vindos da Academia, espelhando um verdadeiro espírito colaborativo entre a Indústria Farmacêutica e estas instituições, constituindo assim um passo importante para o futuro da ciência. O objetivo é o de trazer inovação farmacêutica para Portugal e garantir que os doentes têm acesso às soluções terapêuticas de que necessitam tão cedo quanto possível”, garante Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal.

 

 

10 a 15% dos casais portugueses não conseguem engravidar
Numa altura em que falar sobre parentalidade se torna cada vez mais pertinente, sabe-se que 10 a 15% dos casais portugueses...

“A infertilidade é mais frequente do que se pensa e atinge mulheres e homens em percentagens muito semelhantes. Cerca de 30% dos casos estarão relacionados com causas femininas, outros 30% com causas masculinas, 20% com causas mistas e outros 20% inexplicados. Mas, atualmente, graças à ciência, estamos em condições de ajudar a concretizar o sonho da maternidade mesmo quando há patologia”, afirma Catarina Godinho, médica ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução do IVI.

Atualmente, sabe-se que condições como a obesidade e hábitos como o tabagismo e álcool podem condicionar negativamente a capacidade de engravidar dos casais, mas existem outros motivos que podem estar associados - como é o caso da ansiedade, que pode levar “a um desequilíbrio hormonal e afetar os ciclos menstruais”, explica a médica. Catarina Godinho sublinha ainda que em momentos de stress há um maior risco de, por exemplo, desenvolver problemas de sono, ter uma alimentação menos cuidada ou a reduzir o autocuidado. “É exatamente nessas alturas que mais precisamos de o fazer. O autocuidado pode-nos ajudar a gerir e a equilibrar melhor as exigências de fases mais desafiantes”, acrescenta.

Nesse sentido, existem alguns cuidados reforçados que são aconselhados às famílias que procuram aconselhamento na área da reprodução humana – nomeadamente o cuidado na alimentação, através de uma dieta rica e equilibrada e fortificada em ácido fólico, já que contribui positivamente para a saúde do feto. Para além disto, é sabido que manter um estilo de vida ativo e com prática desportiva regular pode ajudar, não só na condição física geral da mulher em particular, mas porque contribui positivamente para o alívio do stress e ansiedade do casal – algo que interfere muito significativamente na fertilidade, principalmente no desenvolvimento dos folículos ováricos.

Recentemente, a Zippy, marca que pretende estar ao lado das famílias desde o primeiro momento em que se formam, anunciou o lançamento da Bolsa Baby Zippy, que garante a qualquer casal acesso facilitado e com condições especiais a duas clínicas de fertilidade parceiras da marca - o IVI, disponível em Lisboa e no Algarve, e o CETI, no Porto. A iniciativa visa contribuir para a literacia  da temática da infertilidade e para a democratização do acesso a tratamentos para famílias que os procurem.

A Bolsa Baby Zippy surgiu no âmbito do Programa Baby Zippy, que inclui também a disponibilização de testes de gravidez em loja e reforça o posicionamento da marca como fazendo parte das famílias portuguesas em todas as circunstâncias.  É possível saber mais sobre o Programa e a Bolsa Baby Zippy aqui.

Projeto “Viver com Dermatite Atópica em Portugal do ponto de vista psicossocial”
Compreender a perceção de adolescentes e adultos com Dermatite Atópica (D.A) moderada a grave de como é viver com a patologia e...

O estudo foi desenvolvido com base numa metodologia de grupos focais onde foram incluídos homens e mulheres dos distritos do Porto e de Lisboa com idade superior a 18 anos e com diagnóstico médico de D.A. moderada e/ou grave, numa primeira fase. Já numa segunda abordagem, foram incluídos adolescentes de todo o país com idades compreendidas entre os 12 e 17 anos e com diagnóstico médico de D.A. moderada e/ou grave.

O estudo revelou que a maioria dos participantes adolescentes e adultos têm outras patologias (e.g. rinite, asma, sinusite), sendo unânimes em afirmar que a D.A. não controlada é a “a mais difícil de lidar”. Além disso, a maioria dos participantes adolescentes refere que a D.A. lhes tirou “alegria”, “alguma liberdade” e “sono”. A maioria dos adultos teve uma narrativa mais elaborada, mais abrangente e mais negativa quanto às consequências da D.A referindo que esta doença lhes subtraiu experiências importantes de vida.

Para Isabel Lourinho, psicóloga e autora do estudo, “estes dados são reveladores do impacto que a dermatite atópica moderada a grave tem nos doentes, nas famílias e nos cuidadores. É necessário, por isso, uma maior sensibilização e educação para a doença de forma a ultrapassar estigmas e barreiras sociais”.

O estudo demonstra, ainda, que a maioria dos participantes adolescentes e adultos considera que são períodos vividos como “crises” e que são caracterizados por muita comichão, dor e feridas e que impactam significativamente em atividades básicas. Ambas as populações estabeleceram a associação entre estados emocionais negativos e o agravamento da sintomatologia de D.A.

Os adolescentes destacaram o impacto da Dermatite Atópica na autoimagem e autoestima; as relações de amizade; a escola e o desporto. Os adultos mencionaram também a autoimagem e a autoestima, salientando as consequências a nível profissional.

O estudo demonstra que a maioria dos participantes já sentiu ou sente regularmente momentos de ansiedade e de tristeza por causa da D.A., crises de ansiedade/pânico e, ainda, sentimentos de “revolta”, “frustração”, “desespero” e “irritação”. Alguns participantes adultos mencionam que algumas vezes sentem vontade de “desaparecer”.

O estudo abordou também junto dos participantes as oportunidades de intervenção para colmatar o impacto psicológico associado à dermatite atópica, tais como aumentar a informação e visibilidade da patologia e dos seus impactos na sociedade civil; combater o preconceito e o bullying através de ações dirigidas ao contexto escolar; disponibilizar apoio psicológico a quem vive com D.A. e aos seus cuidadores; ou aliviar o Impacto Social e Económico da D.A. nas pessoas e nas famílias.

Relativamente a estes dados, Joana Camilo, presidente da ADERMAP, considera que “não podemos ignorar as consequências emocionais, sociais e económicas da Dermatite Atópica. É fundamental uma abordagem multidisciplinar centrada na pessoa com D.A. moderada a grave de forma a minimizar o burden associado, além da promoção de um acesso equitativo aos tratamentos adequados e aos cuidados de saúde”.

Estágios curriculares
Amanhã, dia 19 de maio, pelas 15H30, na sala de atos do Conselho de Administração (piso rc/HUC), terá lugar a assinatura de...

O protocolo de colaboração entre a FCTUC e o CHUC visa proporcionar aos estudantes inscritos nas licenciaturas e mestrados da responsabilidade da FCTUC uma aproximação à vida ativa, através da realização de estágios curriculares, bem como proporcionar aos investigadores integrados nos Centros de Investigação da FCTUC ou nos seus Departamentos envolvidos em projetos de investigação em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, enquadramento institucional para a realização de tarefas de investigação conjuntas nas instalações do CHUC.

O objetivo desta cooperação institucional entre unidades orgânicas de instituições de ensino superior e unidades prestadoras de cuidados de saúde com unidades de investigação, tem como principal desígnio o avanço e a aplicação do conhecimento e da evidência científica para a melhoria da saúde através da investigação, do ensino na formação pré e pós-graduada, da criação de conhecimento e da sua aplicação na melhoria dos cuidados prestados à população.

 

 

Para doentes e familiares
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) realiza uma sessão de esclarecimento e debate, online, de acesso livre,...

O evento conta com as gastrenterologistas Marília Cravo e Joana Torres, ambas da SPG, e a nutricionista Sónia Velho. Em representação dos doentes participam também Ana Sampaio, presidente Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino e Vera Gomes, presidente da Associação CrohnColite Portugal.

Esta é mais uma iniciativa de consciencialização e compreensão das DII, no âmbito da campanha intitulada “Não chegues atrasado ao diagnóstico”, da SPG criada com o objetivo de, por um lado reforçar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce e, por outro, de contribuir para um maior esclarecimento de temas que se relacionam com a doença como a alimentação, um dos temas que vão ser abordados nesta conversa.

“As DII são doenças crónicas, autoimunes, do tubo digestivo e incluem a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa. Registam baixa mortalidade, mas elevada morbilidade e, por isso, têm um grande impacto na qualidade de vida”, esclarece Marília Cravo, vice-presidente da SPG acrescenta que “são doenças cuja incidência tem vindo a aumentar. Em Portugal, estima-se que afetem cerca de 25 mil pessoas. Afetam principalmente jovens adultos, e pode ter consequências devastadoras na sua qualidade de vida, produtividade laboral, e relações íntimas”.

Atrasos no diagnóstico

Estudos demonstram que existe um atraso significativo no diagnóstico em doentes com DII, especialmente com Doença de Crohn. É comum que os doentes referiam queixas com muito tempo de evolução, que nunca foram devidamente valorizadas ou interpretadas, levando ao atraso, muitas vezes de anos, entre o início dos sintomas e o diagnóstico.

As manifestações mais frequentes são as dores abdominais e a diarreia cuja evolução pode ser flutuante. Estas alterações do trânsito intestinal e cólicas abdominais levam os doentes a fazer dietas restritivas e, como tal, é também frequente os mesmos referirem perda de peso.

Sendo doenças autoimunes, são referidas as chamadas manifestações extraintestinais como dores nas articulações, episódios de olho vermelho ou manifestações cutâneas como nódulos dolorosos de cor arroxeada que aparecem sobretudo nas pernas.

 A importância do tratamento precoce

Não se conhece exactamente a origem das DII, mas pensa-se que resulta de uma complexa interação entre fatores genéticos, ambientais, do sistema imunitário e da flora intestinal que leva ao desenvolvimento de inflamação crónica no intestino.

Este é um desafio dos profissionais de saúde que diariamente assistem estes doentes que muitas vezes não identificam os seus sintomas.

Joana Torres, da SPG, explica que “esta uma área de investigação em expansão o que poderá permitir redefinir a forma como abordamos a doença nos próximos anos” e sublinha que “até lá, e na ausência de nenhuma estratégia preventiva claramente comprovada, promover uma microbiota saudável (evitar antibióticos desnecessários no início de vida, promover aleitamento materno, promover uso de dieta mediterrânica sem conservantes, entre outras), evitar tabagismo, são estratégias de vida saudável que a SPG, com iniciativas como esta, promove junto da população”.

Participe no Webinar através do Facebook saúde digestiva by spg

Stress crónico
É inegável: vivemos hoje todos num Mundo em que o stress é parte importante do dia-a-dia e se não so
O impacto do stress no nosso coração e cérebro

O ser humano desenvolve uma resposta ao stress que é adaptativa. Foi assim que chegamos até hoje vivos, porque diante de um estímulo que consideremos stressante e que nos coloca em risco, o nosso corpo reage de forma adaptativa para se defender ou fugir.

A libertação de cortisol e adrenalina de forma constante provoca um aumento da frequência cardíaca, um aumento da tensão arterial, e um desvio do sangue do músculo, do cérebro e do coração para preparar o corpo para lutar ou fugir e desviar de outras funções, como a função reprodutiva, o apetite, a imunidade.

Através do sistema endócrino, e porque é também modulado pela atividade cerebral, se estivermos em situação de stress, vamos ter estímulos cerebrais, por exemplo, para as glândulas suprarenais com aumento da produção de adrenalina.

O stress é muitas vezes visto como um adversário perigoso do coração, pois pode provocar Acidentes Vasculares Cerebrais e ataques cardíacos, mas também tem impacto no nosso cérebro. O stress tem impacto mental.

O ser humano, de uma forma básica, pode ser dividido em dois grupos, o que encara o stress como desafio e o que encara o stress como um problema. O primeiro tem uma resposta plena, rápida e tem uma normalização após os estímulos. Mas quem encara como um problema liberta mais cortisol de forma mais contínua e o cortisol em excesso, mais do que a adrenalina, mexe extremamente com o humor, o pode levar à depressão e a síndromes de ansiedade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Encontros gratuitos
Inicia-se também em Aveiro, com o apoio do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e da Escola Superior de Saúde da Universidade de...

Os Grupos de Ajuda Mútua (GAMs) são uma forma de atuação para responder aos problemas de quem sofreu um Acidente Vascular Cerebral, sentindo o conforto de não serem os únicos a “lutar”. Pretendem ainda melhorar a capacidade de enfrentar situações difíceis, ajudar a sair do isolamento e solidão, aumentando a autoestima e colhendo ideias para facilitar a integração.

Em parceria com autarquias e unidades de saúde locais, a associação Portugal AVC promove encontros para a integração e combate à exclusão social dos sobreviventes de AVC oferecendo a possibilidade de os interessados beneficiarem de um acompanhamento regular, comparecendo em reuniões mensais.

O Grupo de Ajuda Mútua de Aveiro vai realizar o seu primeiro encontro no dia 25 de maio, às 17H00, nas instalações da Escola Superior de Saúde da UA. Estes encontros, totalmente livres e gratuitos, serão realizados sempre na última quarta-feira de cada mês, à mesma hora e local.

Dos primeiros dias até ao longo da vida do sobrevivente, os GAMs apresentam-se como uma solução de apoio onde qualquer pessoa pode encontrar informações e respostas a dúvidas.

Não é necessária qualquer inscrição prévia. Para mais informações, os interessados em frequentar os encontroas podem entrar em contacto para o email [email protected] ou pelo tel. 928 060 600.

 

8ª. Edição do Seminário de Saúde da GS1 Portugal
Como se garante uma resposta eficaz e sustentável em contextos de crise, à escala global? Esta foi a principal questão que...

Apifarma, Infarmed, Cruz Vermelha, Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e UNICEF foram unânimes quanto aos três pilares que asseguram a resposta imediata e eficaz em tempos de crise, seja sanitária ou humanitária: antecipação, comunicação e isenção. “Assistimos à evolução das cadeias logísticas, mas, quando chegamos a determinados locais, as dificuldades mantêm-se: é necessário planeamento e antecipação. A criação de reservas estratégicas torna-se cada vez mais importante”, afirmou Gonçalo Orfão. O Coordenador Nacional de Emergência da Cruz Vermelha deu como exemplo a reação da instituição em janeiro de 2020: “Quando o COVID ainda nem tinha chegado a Portugal, foi quando começámos a criar kits de proteção individual de reserva e foi isso que nos permitiu dar uma resposta imediata logo no início da pandemia”.

Foi também isso que o Infarmed fez, ainda antes da propagação nacional do vírus. “Enquanto regulador, todas as medidas adotadas foram no sentido de agilizar o acesso a medicamentos de toda a população. Isso foi conseguido nas diferentes fases da pandemia, sempre num curto espaço de tempo. A reserva estratégica de medicamentos foi criada logo no início da pandemia, dos confinamentos e dos primeiros sinais de pressão sobre o sistema de saúde”, recordou Vasco Bettencourt, Diretor da Unidade de Licenciamentos do Infarmed.

Tão importante como a antecipação das necessidades é a comunicação, como apontou Luísa Motta, Diretora de Marketing e Fundraising da UNICEF. “Os nossos programas de desenvolvimento dependem do abastecimento. É preciso haver uma capacidade logística e um sistema muito fortes, resilientes e reativos para que exista uma resposta eficaz”, referiu. No caso do atual conflito na Ucrânia, “onde existem 5 delegações da UNICEF há 25 anos”, quando do início da invasão, “já nos era possível fazer um levantamento das necessidades específicas ainda antes de se tornarem prementes. A UNICEF abasteceu muitos hospitais com equipamentos cirúrgicos, hospitalares e medicamentos. Isto só foi possível porque já existia essa ligação e uma cadeia logística capaz de chegar lá”, explicou.

Donativos materiais podem causar entropias

Ainda que bem-intencionados, os apoios da sociedade civil às instituições humanitárias, através de donativos materiais, como roupa, podem nem sempre ser úteis. Isto porque, como explicaram os oradores, “aquilo que nos chega ao terreno não é aquilo que precisamos para dar resposta”. André Costa Jorge, do JRS, explica que “estes cenários mundiais despertam, em toda a sociedade europeia, uma vontade solidária que, de alguma forma, perdeu racionalidade”. Referindo-se aos envios massivos de bens materiais e alimentares, o responsável destaca que, não sendo aquilo que está em falta no terreno, “acaba por criar, em muitas organizações que não tinham uma estrutura preparada, a necessidade de criar condições logísticas, muitas vezes desnecessárias, em termos de energia gasta e desfoque em relação àquilo que é a missão destas organizações. Portanto, o «querer fazer qualquer coisa» não significa necessariamente fazer o correto”.

É também por essa razão que “a Cruz Vermelha não aceita doações em bens, pela dificuldade de fazer toda a rastreabilidade e assegurar que esses donativos materiais venham a ser usados”. Por isso, Gonçalo Órfão deixa o apelo: “É extremamente importante confiar nas instituições que estão no terreno e na transparência das doações monetárias. O donativo financeiro é mais real”.

“Falta de medicamentos disponíveis” é cenário provável

Em representação da indústria farmacêutica, o Diretor de Inovação da APIFARMA, Heitor Costa, alertou para os impactos que o atual conflito geopolítico tem tido sobre as cadeias de abastecimento na saúde. Apesar de não antever disrupções nas cadeias de abastecimento, dado que “o impacto dos dois países [Rússia e Ucrânia] na capacidade de produção, distribuição e logística é residual”, Heitor Costa salienta que o aumento dos custos da energia tem impactado os custos de produção de medicamentos e dispositivos médicos, o que faz da fixação de preços algo “não compaginável” com a atual situação.

“O aumento dos custos da energia, fruto do atual conflito, impactou os custos de produção da indústria farmacêutica em cerca de 30%. Se nós temos dificuldades em fabricar os medicamentos, e como não é possível vender esses medicamentos abaixo desse custo de produção, isso pode ter alguma repercussão na falta de medicamentos, sobretudo aqueles mais antigos e cujos preços estão muito degradados. A APIFARMA já o disse e continua a alertar para o facto de o atual regime de revisão excecional de preços não ser compaginável com a atual situação de aumentos brutais dos custos de distribuição e fabrico, sobre os quais não conseguimos fazer nada porque os preços dos medicamentos estão fixados”, explicou Heitor Costa.

Os grandes desafios para a Saúde no próximo ano

O Seminário de Saúde da GS1 Portugal contou também com uma apresentação do estudo anual que a Deloitte faz para o setor da saúde, à escala global. Miguel Rodrigues, Senior Manager da consultora, elencou os principais desafios que o setor continuará a enfrentar no futuro a curto-médio prazo: “Equidade na saúde; Mudanças climáticas; Saúde Mental, Transformação Digital e o Futuro das Ciências Médicas”.

O que podemos esperar? A certeza de que “o setor [da Saúde] é grande demais para que existam transformações repentinas”, mas também uma boa notícia: “Iremos ver avanços em todos os aspetos ligados com utilização da tecnologia, acelerando diversos processos dentro do setor, como a transformação das cadeias de abastecimento e a deslocalização dos ‘labs’ para junto dos pacientes”, concluiu Miguel Rodrigues.

A necessidade de uma linguagem global

A iniciativa setorial da GS1 Portugal contou ainda com uma mensagem-chave por parte de Geraldine Lissalde Bonnet, Vice-Presidente da GS1 Healthcare, que reforçou a importância da adoção de standards GS1 para que a comunicação e partilha de informação seja interoperável e uniformizada, à escala global.

 “Tanto a pandemia como o atual conflito mostraram-nos a importância da cooperação e da interoperabilidade. Precisamos de confiança para a criação de uma cadeia de valor realmente eficaz. Os standards da GS1 são facilitadores que podem – e devem - ser utilizados por todos os stakeholders de qualquer cadeia de valor, de modo que, à escala mundial, possamos viabilizar a interoperabilidade, os processos colaborativos e acelerar a transição digital, garantiu Geraldine Lissalde Bonnet.

A importância da eficiência em armazém

A 8.ª edição do Seminário de Saúde da GS1 Portugal contou ainda com a apresentação dos resultados finais de um estudo de caso liderado pela GS1 Portugal em colaboração com a cadeia de parafarmácias da MC, a Wells, em que foi confirmada a importância da codificação correta de unidades logísticas em armazém, com vista a uma maior eficiência do processo de receção e posterior armazenamento. Madalena Centeno, Gestora Sénior de Saúde e Standards da GS1 Portugal, destacou a esse propósito que “este projeto apenas veio reafirmar o impacto positivo dos standards GS1 na cadeia de abastecimento, ao reduzir para metade o tempo gasto pelos operadores a conferir e a dar entrada das encomendas que chegam ao armazém". Este processo, quando aplicado às cadeias de abastecimento de emergência e assistência sanitária e humanitária, tem também resultados assinaláveis em eficiência.

Investimento de 750.000 euros
A Bionova Capital, uma sociedade portuguesa de capital de risco especializada na área da saúde, anunciou hoje que a sua...

Esta ronda vem na sequência de um período de investimento e acompanhamento próximo por parte da Bionova Capital que, juntamente com a Caixa Capital, foram os primeiros a investir na Delox em 2018.

A Delox é uma spin-off da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que desenvolveu um novo sistema de bio-descontaminação capaz de eliminar 99,9999% de todos os microrganismos das superfícies de equipamentos de laboratório e espaços de trabalho, incluindo bactérias e vírus.

“Estamos a lançar este novo produto para responder a uma necessidade do mercado por um sistema eficaz e económico para bio-descontaminação de equipamentos de laboratório.

Realizámos vários estudos piloto nos EUA e na Europa, tendo a eficácia e ajustamento do nosso produto às necessidades do mercado sido confirmada. Este novo financiamento também vai permitir-nos certificar este produto e desenvolver produtos adicionais para clientes na indústria hospitalar e farmacêutica”, disse Fadhil Musa, CEO, Delox.

A Bionova Capital fez o investimento pre-seed inicial que permitiu à Delox estabelecer-se em 2018.

“Quando primeiro reunimos com os fundadores, eles estavam à procura do primeiro financiamento para poderem estabelecer a empresa. Desde então, temos trabalhado em estreita colaboração para os ajudar a trazer a sua tecnologia inovadora até ao mercado. Estamos, por isso, muito satisfeitos por testemunhar o lançamento deste produto inovador no mercado global”, disse Peter Villax, Chairman, Bionova Capital.

“A Delox é outro bom exemplo do nosso papel na criação de startups de saúde por toda a Europa. A Bionova Capital ajudou no desenvolvimento deste complexo produto, que combina química com engenharia, assim como no recrutamento do Chairman e do Conselho Consultivo da empresa”, disse Ricardo Perdigão Henriques, CEO, Bionova Capital.

“Inicialmente uma spin-off de uma universidade em Portugal, a Delox está agora a expandir-se e a lançar um produto inovador no mercado global de bio-descontaminação. Estamos muito satisfeitos por continuar a apoiar a empresa nesta sua trajetória de crescimento”.

 

Monitorizar as partículas que andam no ar
O ISQ, através do seu laboratório de Metrologia Labmetro, é a 1ª entidade em Portugal a ser acreditada pelo IPAC para a...

A calibração dos contadores óticos de partículas (COP’s) de acordo com a norma ISO 21501-4:2018, “vai permitir às empresas a avaliação de ambientes limpos em hospitais, indústria farmacêutica, indústria alimentar, entre outras, a garantir a rastreabilidade das suas medições e assegurar a confiança e a qualidade dos seus resultados”, refere Tânia Farinha, Responsável de Serviço do Laboratório de Metrologia.

O ISQ, continua a dar apoio a estas empresas efetuando a calibração destes equipamentos no seu Laboratório, o que permite o cumprimento dos requisitos.

Atualmente a monitorização e medição das partículas em suspensão no ar através dos COP’s ganhou uma importância cada vez maior em áreas distintas como no controlo da contaminação ambiental indesejada essencial para a proteção e garantia da integridade de processos ou produtos em diversos setores, nomeadamente na indústria aeroespacial, microeletrónica, farmacêutica, dispositivos médicos, saúde e alimentar; e na avaliação de salas limpas, sua classificação e enquadramento de acordo com as Boas Práticas de Fabrico (GMP) e de acordo com o referencial normativo ISO 14644-1.

 

Empresas que vão dar que falar no futuro da sequenciação genética na Europa
A CBR Genomics, startup portuguesa sediada em Cantanhede, foi considerada uma das 10 empresas emergentes na área de...

A CBR Genomics, startup portuguesa sediada em Cantanhede, foi considerada uma das 10 empresas emergentes na área de sequenciação genética, na Europa. A distinção foi atribuída pela revista científica Life Sciences Review, que analisou o trabalho de cada organização em matéria de Sequenciação de Próxima Geração (NGS). Esta é a única empresa nacional a figurar neste top. 

A Sequenciação de Próxima Geração refere-se à aplicação de métodos novos e mais rápidos para sequenciar estruturas de DNA. Esta tecnologia tem revolucionado, ao longos dos últimos anos, os setores da Genética, com um significativo impacto clínico. Segundo a mesma revista, estima-se que o mercado registe um crescimento anual de 21% entre 2022 e 2027, devido aos avanços tecnológicos.  

Para a CBR Genomics, o objetivo passa por transformar a forma como a informação inscrita no DNA das pessoas é utilizado no acompanhamento médico dos cidadãos. A empresa portuguesa destaca-se no mercado por ter criado um conjunto de serviços — DNA.files — que pretendem detetar patologias, desde recém-nascidos a adultos, e suportar ações clínicas e decisões médicas com base nas informações do DNA.  

Com isto, é possível prevenir ou retardar o desenvolvimento de doenças genéticas graves através da sequenciação dos genes extraídos de uma amostra de saliva. A CBR Genomics acredita que este modelo vai tornar acessível à população o estudo do seu próprio DNA, permitindo a tomada de decisões de saúde mais informadas e, consequentemente, melhores cuidados de saúde. 

“Recusamo-nos a aceitar o diagnóstico tardio de doenças bem caracterizadas geneticamente (não tão) raras, doenças graves ou mesmo mortes precoces devido a condições genéticas totalmente estabelecidas, que poderiam ser precocemente intervencionadas ou mesmo evitáveis”, explica a CEO da CBR Genomics, Ana Catarina Gomes, àquela publicação.  

A Life Sciences Review é uma revista de negócios e tecnologia para a indústria das ciências da vida. Além da startup portuguesa, a publicação destaca ainda três empresas da Alemanha e uma de Espanha e Malta. A Itália é o país europeu que soma o maior número de presenças: são quatro as entidades mencionadas. 

 

Descoberta abre caminho a terapias mais eficazes para controlar a dor crónica
Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto (i3S), liderada por Mónica...

Muitos indivíduos sofrem de dor neuropática, uma condição incapacitante causada por uma lesão ou disfunção dos neurónios. Na dor neuropática periférica, são os neurónios dos Gânglios da Raiz Dorsal, localizados em ambos os lados da espinal medula, que estão afetados.

 É nestes neurónios que tudo acontece. São eles que estabelecem a ligação entre o nosso corpo e o sistema nervoso central, até ao cérebro, responsável pela interpretação da informação que chega dos nossos sentidos.  A dor neuropática periférica resulta da geração de impulsos nervosos nestes neurónios, que são recebidos e interpretados pelo sistema nervoso central como uma sensação desagradável de dor, mesmo na ausência de qualquer estímulo ou quando os estímulos não deveriam causar dor.

“Já há muito que se suspeita que serão estes neurónios dos Gânglios da Raiz Dorsal quem espoleta o que os clínicos denominam de Atividade Espontânea, ou seja, o impulso responsável pela sensação de dor”, explica Mónica Sousa,

coordenadora da equipa de investigadores. O que intrigava a equipa era qual o compartimento celular para indução do impulso nervoso que estaria na génese da dor neuropática.

Por isso, o grande passo deste trabalho, como resume Ana Nascimento, primeira autora do trabalho, “foi mostrar que os neurónios dos Gânglios da Raiz Dorsal possuem um local específico, denominado Segmento Inicial do Axónio, que é a principal fonte de Atividade Espontânea causadora de dor neuropática”.

Para Mónica Sousa, “estas descobertas são extremamente importantes para uma melhor compreensão da função dos neurónios dos Gânglios da Raiz Dorsal na saúde e na dor crónica”. Na verdade, segundo Ana Nascimento, “o conhecimento do local subcelular que está na origem do impulso de dor vai facilitar o desenvolvimento de analgésicos eficazes e precisos, outras novas terapias, para o controlo da dor crónica”.

Para Mónica Sousa o próximo passo será desvendar a importância fisiológica deste Segmento Inicial.  “Por estar tão presente, deve desempenhar uma função importante no neurónio”, adianta Mónica Sousa com algum entusiasmo, “pode ter uma função crucial no desenvolvimento do neurónio, definindo a polaridade da célula, servir para ampliar sinais em condições normais, ou mesmo para filtrar a informação que circula nestes pontos de confluência de sinais que são os Gânglio da Raiz Dorsal, sejam elétricas, sejam químicas”, explica.

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