Reunião agendada para amanhã
Cerca de 60 delegados do Sindicato dos Enfermeiros - SE reúnem-se amanhã, dia 21 de maio, no Porto para definir a estratégia a...

O encontro de delegados sindicais tem início às 08h00 e prolonga-se ao longo de toda a manhã na sede do Sindicato dos Enfermeiros, na Rua D. João IV 199, no Porto. Além dos cerca de 30 delegados da região do Grande Porto que vão estar presentes, há ainda um conjunto significativo de delegados, de outras regiões do país, que vão participar por videoconferência. “É uma oportunidade de nos voltarmos a reencontrar, depois de dois anos de pandemia, e de definir novas estratégias, novas linhas de ação e de concertar esforços para, no terreno, fazermos chegar a nossa mensagem a um número cada vez maior de enfermeiros que se identifica com a nossa forma de ação e de visão para a profissão”, explica Pedro Costa.

Recorde-se que o Sindicato dos Enfermeiros tem vindo a reunir com um conjunto significativo de administrações hospitalares, bem como com todos os seus associados, com o intuito de fazer um levantamento apurado dos principais problemas dos enfermeiros em Portugal. “Mantemos ainda aberta a mesa de negociações com a Ministra da Saúde e temos dela a garantia de definir um calendário detalhado para a resolução de alguns dos problemas da profissão”, sustenta o dirigente do SE.

“Queremos agora ouvir os nossos delegados sindicais e com eles refletir sobre o feedback que nos tem chegado das diferentes instituições de saúde a nível nacional para definirmos um plano de ação para finalmente podermos resolver os problemas dos enfermeiros e evitar que eles se acumulem ou agravem”, sustenta Pedro Costa. O presidente do SE sublinha que encara “a maioria absoluta do Governo como uma oportunidade única, assim haja vontade”, conclui.

Fundação Champalimaud
Quem nunca sentiu a tentação de deitar fora um manual de instruções complicado ou tentar chegar a um destino que desconhecemos...

“Pensa-se que os doentes que sofrem de Perturbação Obsessivo-Compulsiva (POC) têm problemas em desenvolver estratégias sofisticadas de resolução de problemas”, avançou o autor sénior do estudo, Albino Oliveira-Maia, Diretor da Unidade de Neuropsiquiatria na Fundação Champalimaud, em Portugal. "No entanto, esta nossa nova abordagem experimental fornece fortes evidências que contrariam essa teoria".

Duas maneiras de resolver um problema

A equipa do médico psiquiatra e investigador Oliveira-Maia fez esta descoberta ao investigar como indivíduos saudáveis e doentes com POC diferem na forma como resolvem problemas. "Em geral, as pessoas usam uma combinação de duas estratégias complementares, conhecidas como abordagem model-free e abordagem model-based ", explicou Oliveira-Maia. "Enquanto os indivíduos saudáveis usam ambas as estratégias de forma flexível, os doentes com POC tendem a utilizar a abordagem model-free."

A estratégia model-free é relativamente simples e funciona bem em ambientes estáveis. Por exemplo, imagine o seguinte cenário: todas as manhãs toma o seu pequeno-almoço a caminho do trabalho. Há duas pastelarias no seu percurso: "O Grão" e "Aroma". Como precisa chegar ao trabalho cedo, com o passar do tempo apercebe-se que a cafetaria "Aroma" geralmente recebe os indispensáveis companheiros de pequeno-almoço - croissants frescos - antes da pastelaria “O Grão”. Então, seguindo a abordagem model-free, passaria a ir sempre primeiro à pastelaria "Aroma", e somente quando esta não tivesse croissants, tentaria a "O Grão".

No entanto, esta abordagem model-free não funcionará muito bem se, por exemplo, o fornecedor de croissants tiver dois motoristas que seguem rotas diferentes. Assim, nas semanas em que o primeiro motorista estiver de serviço, "O Grão" receberá os croissants mais cedo. Mas se for a semana do segundo motorista a pastelaria "Aroma" receberá os croissants primeiro.

Se conseguisse descobrir o "modelo" - isto é, se soubesse que a disponibilidade de croissants depende do motorista que está de serviço numa determinada semana - conseguiria evitar viagens desnecessárias. Portanto, mesmo que "O Grão" receba os tão desejados croissants mais cedo durante várias semanas, na primeira segunda-feira em que isso não aconteça, saberia imediatamente que, durante essa semana, a pastelaria "Aroma" seria a opção mais segura.

“Mesmo que a estratégia model-based seja computacionalmente mais exigente, especialmente enquanto ainda se está a processar o que está a acontecer, é, em circunstâncias complexas como a deste exemplo, mais eficaz na otimização das suas ações”, disse Oliveira-Maia.

Mudar as regras do jogo

De acordo com Oliveira-Maia, os estudos científicos que avaliam estas estratégias, tradicionalmente aplicam um quebra-cabeças denominado de “Tarefa de Dois Passos”, que é semelhante ao segundo cenário que apresentámos, ou seja, o mais complexo.

"Esses estudos mostraram que indivíduos saudáveis usam um misto da estratégia mais simples, model-free, e da estratégia mais complexa, model-based, ao resolver este tipo de tarefas. Pelo contrário, doentes com POC tendem a adoptar a estratégia menos eficiente. Isto prende-se com o facto de os doentes com POC serem extremamente presos a hábitos e, portanto, terem tendência a repetir ações mesmo que estas não sirvam um propósito útil", explicou Oliveira-Maia.

Embora esta conclusão pareça linear e consistente, há um senão. Como as tarefas usadas nesses estudos são geralmente muito complexas, os participantes recebem sempre uma explicação completa do modelo, antes do teste começar. No entanto, até agora, ninguém havia ainda testado, com rigor, o efeito dessas instruções prévias - e em particular da sua ausência - na estratégia de resolução de problemas dos participantes!

Sem explicação: impossível!

Para descobrir como as pessoas se sairiam apenas com a experimentação livre, a equipa de Oliveira-Maia associou-se a Thomas Akam, um neurocientista atualmente a trabalhar na Universidade de Oxford, que havia recentemente desenvolvido uma tarefa de dois passos para... ratinhos!

"Como não é possível dar instruções verbais a ratinhos, o Thomas criou uma tarefa bastante simples para que os animais conseguissem decifrar o modelo por tentativa-erro. No seu artigo de investigação, publicado na revista Neuron há pouco mais de um ano, Thomas mostrou que os ratinhos conseguiam realmente resolver o quebra-cabeças. Então decidimos adaptar essa tarefa a humanos e testar se indivíduos saudáveis adotariam naturalmente uma estratégia model-based, como é genericamente aceite", explicou o primeiro coautor do estudo, na altura estudante de doutoramento, Pedro Castro-Rodrigues.

Os resultados da experiência foram uma surpresa para os investigadores. "Mesmo tendo uma vasta experiência na realização da tarefa, apenas uma ínfima minoria do grupo de 200 indivíduos desenvolveu uma estratégia baseada em modelos. E isto é impressionante, dada a relativa simplicidade da tarefa, o que sugere que os humanos são surpreendentemente fracos na aprendizagem de modelos causais baseados apenas na experiência", comentou Castro-Rodrigues, atualmente psiquiatra no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.

Doentes com POC são similares a indivíduos saudáveis

No final da terceira sessão, os investigadores dividiram os indivíduos em dois grupos. Um grupo recebeu a descrição completa de como o quebra-cabeças funciona, enquanto o outro não recebeu qualquer explicação. Por fim, os investigadores realizaram uma quarta e última sessão para avaliar o efeito de receber instruções na abordagem de resolução de problemas.

A diferença entre os dois grupos foi clara: quase todos os sujeitos do grupo que recebeu uma "explicação" - tanto participantes saudáveis quanto doentes com POC - adotaram uma estratégia model-based. Por outro lado, a maioria dos participantes do outro grupo, que não recebeu qualquer “explicação”, continuou com a abordagem model-free.

"Estes resultados foram fascinantes", disse Ana Maia, estudante de doutoramento que participou no estudo. “Não só revelaram que a explicação desempenha um papel mais importante do que aquele que se pensava anteriormente, como também demonstraram que, reunidas determinadas condições, os doentes com POC são tão capazes de resolver, de forma ideal, uma tarefa complexa, quanto os indivíduos saudáveis”.

Qual a razão para a discrepância dos resultados deste estudo em relação aos anteriores? Segundo os autores, existem várias explicações possíveis. A primeira é que a tarefa era relativamente simples, assim como as instruções. "Como as tarefas clássicas, de dois passos, tendem a ser muito intrincadas, as explicações também são muito complexas. É natural concluir que uma pessoa gravemente doente e angustiada terá mais dificuldade em processar esse tipo de informação", explicou Oliveira-Maia.

Outra hipótese é que começar com a experimentação livre faz diferença. Será possível que as três sessões sem instruções acabaram por preparar os doentes para a explicação? "Neste estudo, não testamos diretamente essa hipótese, mas há alguns sinais de que pode ter sido esse o caso. Se estudos futuros apoiarem essa formulação, estes podem mesmo levar ao desenvolvimento de novos tratamentos psicoterapêuticos e comportamentais para doentes com POC e talvez mesmo com outras perturbações da saúde mental", sugeriu Castro-Rodrigues.

Próximos passos

A equipa continua a explorar este tema seguindo diferentes caminhos. "Neste projeto, também reunimos dados de imagem de indivíduos que executam a tarefa dentro de um equipamento de ressonância magnética. Portanto, a opção mais imediata seria procurar as correlações neurais associadas à transição de uma estratégia para outra, após receber a explicação da tarefa", disse Castro-Rodrigues.

"O trabalho do Pedro faz parte de um projeto mais alargado do laboratório - o projeto Neurocomp", acrescentou o co-autor Bernardo Barahona-Corrêa, psiquiatra na Fundação Champalimaud. “Este projeto, que estou a liderar em conjunto com o Albino, investigará muitos aspetos da POC, com um foco particular numa região do cérebro chamada córtex orbitofrontal. Acreditamos que essa região é crítica tanto para as manifestações centrais deste distúrbio quanto para a adoção de estratégias de ação model-based, em tarefas como a que usamos nesta experiência."

"Em última análise, estes resultados destacam a importância de explicações claras na aprendizagem", destacou Oliveira-Maia. "Parece que a exploração livre pode não ser o caminho mais eficiente para adquirir novos conhecimentos. Na verdade, já conversei com meus filhos sobre isto", acrescentou em tom de brincadeira "explicando-lhes que devem prestar atenção aos seus professores."

 

Estudo Randstad Employer
O setor da Saúde é este ano considerado o mais atrativo para trabalhar, de acordo com a opinião dos portugueses, e o das...

Foram apresentados os resultados do Randstad Employer Brand Research (REBR) 2022, o maior estudo independente de employer branding, realizado pela Kantar, que analisa anualmente as principais tendências do mercado de trabalho e dá a conhecer as empresas e setores mais atrativos para trabalhar em 31 países, incluindo Portugal.

 O Randstad Employer Brand Research é um estudo independente, que se realiza pelo 7.º ano consecutivo, para analisar a perceção da população em relação aos 150 maiores empregadores de 31 países. Em Portugal, o inquérito foi realizado online em janeiro de 2022, a 4.997 indivíduos (profissionais ativos, desempregados e estudantes), com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. A maioria dos participantes é residente em Lisboa (38%), seguindo-se a região Norte (34%) e o Centro (18%) do país.

“Em alturas de escassez de talento, é importante olhar para o que os talentos mais valorizam e de que forma podem as empresas desenvolver estratégias que sejam capazes de responder às suas necessidades.  No entanto, não podemos deixar de salientar que uma estratégia de employer brand não se constrói de um dia para o outro. Tem por base uma relação de confiança e, por isso, é algo que deve ser cada vez mais estratégico dentro das organizações e com efeitos reais na atração e retenção de talento” afirma José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal.

Salário e benefícios continua a ser o critério mais importante na hora de escolher a empresa para trabalhar

Entre os fatores mais valorizados numa empresa, por quem procura emprego, estão o salário e benefícios (72%), mas também, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (67%) e o bom ambiente de trabalho (67%). De destacar que, em 2022, estes fatores assumem maior preponderância do que em anos anteriores (resultados do estudo 2021: salário e benefícios (71%), equilíbrio vida profissional e pessoal (66%) e bom ambiente de trabalho (65%)).

O estudo acrescenta que os benefícios que os portugueses mais gostariam que o seu empregador lhes oferecesse, para valorizar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, são acordos de trabalho flexíveis (48%) e oportunidades de progressão na carreira (47%). Para 89% dos inquiridos, é também considerado muito importante que a empresa onde trabalham lhes ofereça oportunidades de upskilling e reskilling. “A verdade é que a rápida transformação digital acelerou o risco das competências atuais se tornarem obsoletas. Os profissionais têm o desafio de se reinventarem num mercado de trabalho em constante mudança e as empresas devem ter isto em consideração”, acrescenta o CEO da Randstad Portugal.

O trabalho tornou-se mais importante para 1 em cada 3 trabalhadores portugueses (33%), principalmente na faixa etária mais jovem, dos 18 aos 24 anos, para a qual a importância do seu trabalho aumentou nos últimos 12 meses (50%). Por outro lado, verifica-se que os inquiridos com maiores habilitações literárias dão agora menor importância à carreira (23%).

Apesar da progressão na carreira ser um fator importante para 81% dos portugueses, este critério assume uma maior relevância para a geração mais nova (18-34 anos: 85%) e com maiores habilitações literárias (84%).

A importância do trabalho remoto

Segundo o Randstad Employer Brand Research deste ano, o trabalho remoto diminuiu de 52% em 2021 para 38% em 2022. São principalmente as mulheres (40%) e aqueles com maiores habilitações literárias (48%) que trabalham a partir de casa. Para 32% dos colaboradores portugueses, trabalhar remotamente é impossível ou não permitido. Daqueles que atualmente trabalham apenas remotamente (23%), menos de metade (41%) espera assim continuar no futuro.

Revela também que 1 em cada 5 portugueses (26%) pretende mudar de emprego este ano, uma tendência crescente em relação a 2021 (20%). São principalmente as mulheres (28%), os menores de 35 anos (31%) e os inquiridos com maiores habilitações literárias (28%) que demonstram esta intenção.

Gerações valorizam diferentes critérios

A forma como as diferentes gerações olham para o emprego muda, o que traz desafios acrescidos para as empresas. Em todas as gerações temos um empate entre os critérios da conciliação vida profissional-vida pessoal e do ambiente de trabalho, com a Geração Z e Geração X a valorizarem mais a conciliação vida profissional-vida pessoal, enquanto que os Millennials apostam mais no ambiente de trabalho. Curioso é como o critério da possibilidade de trabalhar remotamente é menos valorizado para as faixas etárias mais jovens, abaixo dos 25 anos, e a progressão de carreira muito mais valorizada nas gerações abaixo dos 35 anos.

25 de maio
O Hospital CUF Descobertas promove, no próximo dia 25 de maio, mais uma conferência no âmbito da iniciativa “Cultura no...

Planear as cidades de hoje e do futuro, de forma a torná-las cidades mais inclusivas e cidades mais saudáveis é o mote para a conferência “NeuroUrbanismo - Emotional Cities”, proferida por Paulo Morgado, professor auxiliar do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e investigador do Centro de Estudos Geográficos.

Paulo Morgado é, igualmente, coordenador-geral do projeto eMOTIONAL Cities que visa criar conhecimento, a partir da evidência científica, que irá mudar a forma como devemos planear as cidades de hoje e do futuro, de forma a torná-las cidades mais inclusivas e cidades mais saudáveis. Este projeto, que teve início no dia 1 de março de 2021 pretende obter um conhecimento mais universal acerca do quanto o ambiente urbano que construímos, afeta a nossa saúde e, muito em particular, a nossa saúde mental.

A conferência, aberta ao público em geral, tem entrada livre, sendo obrigatório o uso de máscara.

 

Iniciativa no âmbito do Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade
Para assinalar o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, a ADEXO – Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal vai...

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Obesidade representa um risco acrescido de várias comorbilidades: além de aumentar o risco de morte por Covid-19, é responsável por 80% dos casos de Diabetes tipo 2, 35% dos casos de Doença Cardíaca Isquémica, 55% dos casos de Hipertensão e 40% dos casos de Cancro na Europa. A esta lista junta-se, ainda, o impacto económico que esta doença tem: em Portugal, o custo direto do Excesso de Peso e Obesidade foi estimado em cerca de 1,2 mil milhões de euros, aproximadamente 0,6% do PIB e 6% das despesas de saúde, segundo um estudo elaborado pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e pela consultora Evigrade-IQVIA. As doenças relacionadas com a Obesidade que mais contribuem para os 1,2 mil milhões de euros de custos diretos em saúde são a Diabetes, o Acidente Vascular Cerebral, a Doença Cardíaca Isquémica e a Doença Renal Crónica, pelo que priorizar o tratamento da Obesidade irá reduzir esses custos.

Sob o mote “Recalibrar a Balança”, a ADEXO pretende, através da realização deste evento, reforçar a necessidade de um tratamento mais abrangente da Obesidade, assente em 5 eixos prioritários: recalibrar a abordagem, promovendo uma abordagem holística e digna no tratamento da Obesidade; recalibrar a formação médica, apostando na mobilização de recursos para uma formação especializada; recalibrar o papel dos cuidados de saúde, através da criação de um programa de consultas de Obesidade nos cuidados de saúde primários; recalibrar o tratamento da Obesidade, com a comparticipação de fármacos para o tratamento da Obesidade; e recalibrar a perceção pública, criando mecanismos para eliminar o estigma e a discriminação.

Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, refere que “é urgente passarmos da política à ação e este tem de passar a ser o mote para alterarmos o padrão de abordagem ao tratamento e custos da Obesidade no nosso país, se quisermos combater, eficazmente, esta pandemia”.

O evento integra, entre outras atividades, a realização de uma mesa-redonda, subordinada ao tema “Recalibrar …”, na qual o presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, José Silva Nunes, irá falar sobre a necessidade de recalibrar a abordagem da Obesidade. Neste debate, juntar-se-ão, também, a Secretária-Geral da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, Mafalda Marcelino, que irá debater a importância de recalibrar os cuidados de saúde primários, e o presidente da ADEXO, Carlos Oliveira, cuja reflexão incidirá sobre a relevância de recalibrar o tratamento da Obesidade.

Faz, ainda, parte integrante do evento o lançamento da campanha “1000 livros, 1000 escolas” que a ADEXO vai levar a cabo, em parceria com a APCOI – Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil e o Ministério da Educação, e na qual pretendem fazer chegar a 1000 escolas de Portugal continental 1000 livros “O Esconderijo”, obra literária que aborda a relação entre o bullying escolar e a Obesidade infantil e cujo objetivo é sensibilizar a comunidade escolar, os encarregados de educação e a população em geral para uma realidade que está bem presente em Portugal.

De acordo com dados da APCOI, 65% das crianças com Obesidade em Portugal sofrem de bullying na escola. Insultos, alcunhas e comentários inapropriados estão entre os principais atos discriminatórios contra crianças com excesso de peso, com idades entre os 6 e os 14 anos. O livro conta a história de um rapaz e de uma rapariga, ambos vítimas de bullying por parte dos seus colegas, e a forma como conseguem superá-lo com o apoio de uma professora.

Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveis em: www.adexo.pt

 

Vídeo criado pela comediante Joana Gama
Vamos falar de (in)fertilidade? Sempre! E se desta vez for de uma forma mais leve, com um toque humorístico, para ajudar a...

Mitos, pressão, hormonas, relações sexuais programas, relógio e agenda sempre à mão, testes, injeções, família, amigos… São muitas as fases de frustração e stress vividas pelas mulheres e homens que anseiam criar uma família e que depositam na medicina e na ciência a esperança de encherem o colo. E para desmistificar a vivência destas pessoas, abordando o tema de uma forma diferente, a APFertilidade pediu ajuda a Joana Gama.

A comediante, que já nos habituou a momentos hilariantes na rádio, televisão e espetáculos de stand-up comedy, faz parceria neste cantar de parabéns especial à associação, que quer, assim, também mimar todos os que têm recorrido ao seu apoio e aos profissionais de saúde que a têm ajudado desde 2006, ano da sua fundação.

“Ter problemas de fertilidade pode significar uma luta angustiante, fisicamente e emocionalmente difícil, e essa carga não desaparece até se conseguir uma gravidez. Em muitos casos, só mesmo após o nascimento do bebé. Neste aniversário, a APFertilidade quis dizer ‘não estão sozinhos’ de uma forma mais leve, descontraída, com humor, para que, pelo menos durante uns minutos, os que estão nesta jornada e os que já a enfrentaram sintam que é possível sorrir mesmo na adversidade”, afirma a presidente da associação, Cláudia Vieira.

A responsável sublinha que “o papel que a APFertilidade tem desempenhado ao longo destes 16 anos continuará a ser reforçado e melhorado para que as pessoas que representa sintam que são ouvidas, colocadas no centro das decisões médicas e institucionais, e defendidas junto das entidades com as quais a associação pretende estreitar contactos com vista a melhores respostas na área da saúde reprodutiva”. 

Esta sexta-feira, a APFertilidade disponibiliza no seu site e nas redes sociais Facebook e Instagram o vídeo criado por Joana Gama e a equipa da SetList.
 

Aparelho auditivo
É sempre difícil resistir a alimentos tentadores, como os bolos da montra da pastelaria ou os chocol

No mês da saúde, a Minisom concentra as atenções na alimentação saudável. Das verduras, às frutas e aos cereais, existem alimentos “secretos” que podem ter um grande impacto na nossa qualidade de vida, mais concretamente os alimentos que ajudam a melhorar e reforçar todo o sistema imunitário, com impacto naturalmente, no aparelho auditivo.

O potássio, responsável pelo equilíbrio das funções do sistema nervoso, é o principal interveniente na proteção da saúde auditiva. A ingestão de fruta (como a banana, damasco e melão), de vegetais (como espinafre, beterraba ou brócolos), de tubérculos (como a batata) ou de lacticínios (como o leite) é essencial para preservar a audição.

A vitamina C, presente nos cítricos, como a laranja ou o limão, fortalece as defesas do organismo e previne o aparecimento de doenças – o ouvido não foge à regra.

No desenvolvimento humano, o principal interveniente é o ácido fólico, conhecido com a vitamina B9. Atua na formação das células do crescimento, portanto, na produção de ADN. Na perda auditiva causada pelo envelhecimento, também aqui o consumo de verduras e de cereais tem um papel fundamental.

Na manutenção da saúde, o zinco é primário. As principais fontes deste mineral são de origem animal, como é o caso das ostras ou camarões. As oleaginosas, ricas em zinco, como as nozes e as castanhadas, são um trunfo no reforço do sistema imunológico, podendo prevenir, por exemplo, otites.

O peixe, pela presença do ómega 3, gordura saudável e anti-inflamatória, tem benefícios cardiovasculares e reduz o desenvolvimento de perda auditiva. 

O principal responsável na prevenção da saúde auditiva somos nós. O ser humano tem a capacidade de preservar o corpo e o organismo, com uma alimentação regrada e com um estilo de vida saudável.

Noites bem dormidas, hidratação e ambientes calmos ajudam na diminuição do stress e ansiedade. Uma noite reparadora significa ter um sono de qualidade, com fortalecimento imunológico, libertação de hormônios e ativação da memória.  A hidratação ajuda a dormir bem. Os minerais presentes na água de qualidade fazem parte de um estilo de vida equilibrado.  Para manter o equilíbrio, é essencial estar rodeado de silêncio reparador e sereno. Ajudará a nossa mente, o nosso cérebro e os nossos ouvidos.

Para a recuperação da perda auditiva, a Minisom apresenta soluções, mas apela principalmente a um cuidado atento à saúde dos ouvidos. Em certos casos, pode não existir a emoção de ouvir bem, mas há a certeza da emoção de ouvir melhor. 

Procure comer mais:

  • Fruta, como banana e damasco
  • Vegetais, como espinafres e brócolos
  • Peixe, como o salmão
  • Alimentos ricos em vitamina C, como a laranja
  • Oleaginosas, como castanha e amêndoa
  • Cereais

Procure reduzir:

  • Chocolate
  • Alimentos industrializados
  • Carne processada
  • Refrigerantes
  • Álcool
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A ação promovida pela Farmácia Sousa Torres
Este sábado, 21 de maio, o MaiaShopping recebe uma ação de rastreios de saúde com a Farmácia Sousa Torres. Totalmente gratuita,...

Neste dia, entre as 10h00 e as 19h00, todos os visitantes do Centro podem pedir para realizar a avaliação da tensão arterial, a medição de parâmetros bioquímicos como a glicémia, colesterol e triglicerídeos, e até uma avaliação nutricional.

Além disso, será possível fazer um rastreio de pele e podologia (avaliação dos pés). Todas as avaliações vão ser realizadas por profissionais de saúde.

 

 

Iniciativa do Gabinete de Relações Nacionais e Internacionais (GRNI) e da Associação de Estudantes (AE) da ESEnfC
Foram 26 estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) que, durante este ano letivo, disseram “sim” à tarefa...

Atribuídos no presente mês de maio, os certificados “ESEnfC Buddy” resultam de um projeto homónimo, iniciativa conjunta do Gabinete de Relações Nacionais e Internacionais (GRNI) e da Associação de Estudantes (AE) da ESEnfC, que pretende facilitar a adaptação dos alunos incoming, auxiliando-os a ultrapassarem todas as dificuldades sentidas, não apenas aquando da chegada, mas também durante a permanência em Coimbra.

De acordo com o professor da ESEnfC, Fenando Amaral, coordenador do GRNI, «o projeto “ESEnfC Buddy” é vantajoso, quer para os estudantes locais, já que lhes permite o desenvolvimento de competência de comunicação noutro idioma, permite o conhecimento de outras realidades e outras formas de ver o mundo, quer para os estudantes estrangeiros, porque lhes permite uma melhor integração na escola e na cidade e facilita a socialização».

«O projeto "ESEnfC Buddy" é uma das iniciativas de que mais temos orgulho, um projeto onde se celebra a diversidade, a partilha, a amizade e todas as oportunidades que advêm dos programas de mobilidade», afirma, por seu turno, a presidente da AE da ESEnfC, Beatriz Pinto, para quem esta é «uma experiência única, não só para os estudantes incoming, como também para todos os estudantes da nossa escola que se propõem participar neste projeto como "buddys", aceitando assim o desafio de transmitir a magia que se vive nesta cidade».

A dirigente associativa refere que, como «o projeto "ESEnfC Buddys" tem caráter voluntário, a sua certificação pretende reconhecer a disponibilidade dos estudantes a contribuir para o cumprimento dos objetivos» que lhe estão inerentes, servindo, também por isso, de complemento ao diploma.

No âmbito das ações que visam a integração e o bem-estar dos estudantes provenientes de outras nacionalidades, a AE e o GRNI também organizam um conjunto de atividades lúdico-turísticas, para proporcionar «um melhor conhecimento da região»

 

Técnica inovadora de biodescontaminação com nova formulação sólida de peróxido de hidrogénio
A Delox, a spin-off do Tec Labs – Centro de Inovação da Ciências ULisboa, acaba de anunciar a angariação de 750 mil euros de...

Esta ronda de financiamento foi liderada pela Kiilto Ventures, juntamente com a Caixa Capital, a Bionova Capital e um investidor privado. Atualmente, o total de capital angariado pela Delox é mais de 1,3 milhões de euros.

O novo sistema de biodescontaminação, capaz de eliminar 99,999% de todos os microrganismos das superfícies de equipamentos de laboratório e espaços de trabalho, incluindo bactérias e vírus como o SARS-CoV-2, parte de uma nova formulação sólida de peróxido de hidrogénio (dryVHP) patenteada, que serve de base ao desenvolvimento de novos dispositivos de biodescontaminação eficientes, compactos e de baixo custo, em contexto de laboratório.

A Delox já realizou diversos estudos-piloto nos EUA e na Europa, que confirmam a eficácia e ajustamento do produto às necessidades do mercado.

A produção, certificação e comercialização do dispositivo de biodescontaminação para equipamento de laboratório é um objetivo estabelecido pela Delox para o último trimestre de 2022.

Ville Solja, CBDO na Kiilto Ventures, considera a Delox uma grande adição à carteira de investimentos, sustentada pela ciência e com uma tecnologia patenteada e testada. “A Delox tem um grande mercado e potencial de desenvolvimento num futuro próximo. Estamos ansiosos por trabalhar com a equipa da Delox para a entrada no mercado global com uma tecnologia capaz de alterar o atual paradigma", diz.

Ricardo Perdigão Henriques, CEO da Bionova Capital, comenta que desde 2018 a Delox tem realizado importantes desenvolvimentos para lançar no mercado a sua inovadora tecnologia antimicrobiana. “Temos trabalhado de perto com a equipa da Delox desde o primeiro dia e estamos felizes por continuar a apoiar a empresa ao longo da sua trajetória", afirma.

Walter Palma, diretor de investimento da Caixa Capital, acredita que a Delox irá liderar a próxima geração de dispositivos de biodescontaminação flexíveis, compactos e seguros, razão pela qual a Caixa Capital continua a investir no projeto.

Para Fadhil Musa “esta nova ronda de capital irá permitir certificar os produtos, enquanto são desenvolvidos outros que satisfazem os requisitos de outros clientes adicionais, por exemplo, em hospitais e empresas farmacêuticas”.

O apoio contínuo das atuais partes interessadas, juntamente com novos investidores que trazem um conhecimento secular sobre higiene profissional representa para Fernando Antunes uma forte validação do potencial empresarial da Delox.

A tecnologia revolucionária da spin-off da Faculdade recebeu vários prémios nacionais e internacionais, o último dos quais em 2020, o Prémio Born from Knowledge, atribuído pela Agência Nacional de Inovação, por ser um projeto que emerge a partir de conhecimentos científicos disruptivos. O seu conjunto de invenções permite ainda o desenvolvimento de uma nova geração de sistemas de biodescontaminação com aplicação nas áreas da saúde, farmacêutica, indústria, biodefesa e espaço.

Conselhos
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, prevê um aumento gradual de temperatura entre os dias 19 e 22 de maio, podendo as...

Crianças, idosos, doentes crónicos e grávidas estão entre aqueles que merecem cuidados redobrados com o aumento das temperaturas previstas já a partir de hoje. Assim, a DGS aconselha a:

  1. Procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados;
  2. Aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  3. Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas. Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina;
  4. Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta;
  5. Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer no exterior;
  6. Escolher as horas de menor calor para viajar de carro. Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;
  7. Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas;
  8. Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas especificas devem seguir as recomendações do médico assistente ou do centro de contacto SNS 24: 808 24 24 24;
  9. Assegurar que as crianças consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado. As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta;
  10. Contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam isoladas. Assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado;
  11. Ter cuidados especiais, nomeadamente: moderar a atividade física, evitar a exposição direta ou indireta ao sol e garantir ingestão frequente de líquidos.

Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso, a Direção-Geral da Saúde recomenda a que se mantenha “informado, hidratado e fresco”.

 

Dados
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde recebeu, no primeiro trimestre do ano, 48 pedidos de...

Segundo o Infarmed, em 2021 foram recebidos 175 (187 em 2020) pedidos para autorização de ensaios clínicos e autorizados 144 (155 em 2020).

Tal como em anos anteriores, mais de metade dos ensaios autorizados este ano foram na área da oncologia (22), seguindo-se os destinados aos sistemas nervoso central e o gastrointestinal e metabólico (cinco cada). Em 2021, as áreas prioritárias foram idênticas, com a oncologia a liderar os pedidos (73), seguida do sistema nervoso central (26) e o gastrointestinal e metabólico (22).

Os dados revelam que a maioria dos pedidos são provenientes da indústria farmacêutica (44 no primeiro trimestre do ano e 167 em todo o ano passado), sendo os restantes académicos (quatro nos três primeiros meses do ano, metade dos oito recebidos no ano passado).

Em janeiro deste ano entrou em vigor um novo regulamento europeu de ensaios clínicos, para retirar burocracia e tempo ao processo, fazendo com que o promotor que quer desenvolver o ensaio submeta o pedido uma única vez (em vez de ser país a país, como antigamente), através de uma plataforma informática. O objetivo do novo regulamento é harmonizar os processos de apresentação, avaliação e supervisão de ensaios clínicos na União Europeia.

 

 

Investigação
Chamam-se emplastros biopoliméricos. O nome parece complicado, mas a função é simples e revolucionária para quem sofreu um...

Produzidos a partir de dois materiais proteicos, gelatina e nanofibrilas de lisozima (uma proteína presente, por exemplo, nos ovos das galinhas), estes emplastros biopoliméricos foram desenvolvidos através da electrofiação, uma técnica que permite a produção de fibras. Através deste procedimento, a equipa de investigadores da UA conseguiu obter fibras extremamente longas e finas constituídas por gelatina e nanofibrilas de proteína que se depositam umas sobre as outras, formando um emplastro fibroso.

Um pouco por todo o mundo, já tinham sido anteriormente produzidos emplastros fibrosos de gelatina, mas as suas propriedades e funcionalidades estavam aquém do que é necessário para ajudarem na regeneração de tecidos de miocárdio de um coração que sofreu um enfarte. A adição destas nanofibrilas proteicas constitui uma estratégia inovadora que permitiu a melhoria de várias propriedades e funcionalidades do emplastro como o desempenho mecânico, a atividade antioxidante e a sua biorressorbabilidade.

“A adição das nanofibrilas de lisozima resultou num aumento do desempenho mecânico dos emplastros, um fator importante tendo em conta o local onde irá ser implantado o emplastro, o coração”, explica Tiago Carvalho, aluno de doutoramento do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, uma das unidades de investigação da UA.

O estudo publicado na revista Advanced Functional Materials, aponta outras vantagens aos recém-desenvolvidos emplastros: especificamente, um aumento considerável da atividade antioxidante, também extremamente importante, pois um

tecido danificado, como o miocárdio após um enfarte, contém compostos que danificam ainda mais este tecido através de reações de oxidação, e também uma diminuição do tempo de degradação do emplastro de 45 para 30 dias. A propósito desta última propriedade, Tiago Carvalho explica que “é importante que um material implantado se degrade progressivamente, de modo que novas células possam crescer e multiplicar-se nesse local, dando origem a um novo tecido [um fenómeno denominado de biorressorbabilidade]”.

“Estas melhorias foram alcançadas sem afetar a morfologia inicial, a estabilidade térmica, a biocompatibilidade e a capacidade dos emplastos de incorporarem e libertarem um fármaco”, congratula-se Tiago Carvalho que, a par das investigadoras Carla Vilela e Carmen Freire, investigadoras do CICECO e do Departamento de Química da UA, assinam o estudo que contou também com a participação de cientistas da Universidade de Helsínquia.

Este trabalho representa um primeiro passo para ajudar à recuperação de quem sofreu um enfarte do miocárdio e que tem atualmente como únicas soluções terapias paliativas ou o transplante de coração, uma operação sempre rodeada de risco, mas que é, de facto, a única forma eficaz de tratamento hoje existente.

No âmbito deste estudo foram realizados em Helsínquia alguns ensaios biológicos in vitro com estes emplastros biopoliméricos. “O próximo passo será complementar estes resultados com testes in vivo, utilizando modelos animais. Deste modo, ainda faltam alguns anos de investigação até se poder implantar um biomaterial deste género em humanos”, antevê o aluno de doutoramento do CICECO.

Esta investigação faz parte do projeto de doutoramento de Tiago Carvalho centrado na utilização de fibras proteicas para o desenvolvimento de materiais com o fim de regenerar o miocárdio. O projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Quando comparados a doentes sem fístulas
Estudo internacional mostra que pessoas com Doença de Crohn e fístulas perianais têm um impacto negativo mais significativo na...

A Takeda, em colaboração com a Federação Europeia das Associações de Crohn e Colite Ulcerativa ("EFCCA") e com a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI), anuncia os resultados de uma das maiores análises de questionários a doentes, e que teve como objetivo avaliar o real impacto das fístulas perianais na qualidade de vida de pessoas com Doença de Crohn (DC), em comparação com o impacto da DC sem fístulas perianais. 

 O estudo demonstra que as pessoas com DC e fístulas perianais reportam um maior impacto na sua qualidade de vida e um aumento de alguns sintomas, tais como dor anal ou corrimento perianal, quando comparados com pessoas com DC sem fístulas perianais. pessoas com DC e fístulas perianais também reportaram sentirem-se menos higiénicos, mais desconfortáveis e com sentimento de culpa sobre a sua condição em relação a familiares e amigos, do que pessoas com DC sem fístulas perianais.

As fístulas perianais são uma complicação grave e incapacitante da DC7, uma doença inflamatória crónica que afeta principalmente o trato intestinal e que está associada a uma diminuição da qualidade de vida dos doentes. Em pessoas adultas com DC, a incidência cumulativa de fístulas perianais estima-se que seja 15%, 21-23% e 26-28% após cinco, 10 e 20 anos, respetivamente. No entanto, foram conduzidos poucos estudos para avaliar a perspetiva das pessoas que vivem com esta condição.

 Para perceber o impacto desta condição em muitos aspetos da vida, o questionário realizado explorou tópicos em diversas áreas. Os resultados mostram um impacto significativo na vida profissional e social, assim como as fístulas perianais tiveram um impacto ainda mais negativo na capacidade das pessoas com DC praticarem desporto, trabalharem, terem relações pessoais e vida sexual. 37,4% das pessoas com DC e fístulas perianais afirmaram que não conseguiam praticar desporto, comparado com 25,7% de pessoas com DC sem fístulas perianais. Quando questionados sobre a atividade sexual, 26,4% das pessoas com DC e fístulas perianais evitaram ter relações sexuais, 6,9% terminaram relacionamentos e 5,5% evitaram novas relações devido à sua condição. Perto do dobro do número de pessoas com DC e fístulas perianais quando comparado com pessoas com DC sem fístulas perianais (14,3% vs 8%) admitiram ter mudado de profissão devido à sua condição. Adicionalmente, o estudo revelou que pessoas com DC e fístulas perianais têm mais dificuldades em falar sobre a sua condição com outros, o que provoca um impacto negativo nos seus relacionamentos.

“Estamos orgulhosos por termos realizado este estudo para avaliar o impacto das fístulas perianais na qualidade de vida na perspetiva única dos doentes”, afirma Luisa Avedano, CEO da EFCCA. “Os resultados reforçam o que há muito suspeitávamos: que as fístulas perianais afetam muito significativamente a vida das pessoas com a doença de Crohn. Os resultados vão-nos ajudar a trabalhar para capacitar as pessoas com doença de Crohn e que vivem com fístulas perianais, o que contribuirá para a melhoria da qualidade de vida.”.

Ana Sampaio, Presidente da APDI, reforça a importância dos resultados do estudo e refere "As pessoas que vivem com Crohn Fistulizante sofrem um grande impacto na sua qualidade de vida. Para abordar o tema lançamos no canal APDI do Youtube duas entrevistas. Uma entrevista com Paula Ministro, Presidente de GEDII e gastrenterologista, e outra com Luis Melo, que vive com esta realidade e é um exemplo de como dar a volta à DII".

De acordo com Paula Ministro, Presidente do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII), “O impacto das doenças crónicas na qualidade de vida dos seus portadores é um aspeto premente ao qual nem sempre foi dada a devida atenção. O estudo acima citado apresenta dados concretos sobre o impacto negativo que a localização perianal tem na qualidade de vida dos doentes com Doença de Crohn (DC). A população estudada foi abrangente, proveniente de vários continentes, ressalvando a participação Portuguesa com 93 doentes. O Grupo de Estudos de Doenças Inflamatórias do Intestino (GEDII) congratula os autores e as associações de doentes, EFCA e APDI, pela colaboração na realização do estudo. A localização peri anal afeta até ¼ dos doentes com DC, é considerada um fator associado a uma evolução menos favorável da doença e afeta negativamente a qualidade de vida dos seus portadores com impacto no domínio pessoal, profissional e social. O resultado do estudo alerta para a necessidade de diagnóstico, tratamento e seguimento adequado destes doentes. A terapêutica da DC de localização perianal é complexa, exige interação médico-cirúrgica especializada e conhecimento aprofundado das alternativas terapêuticas.  Os objetivos da terapêutica visam evitar as complicações, o dano irreversível de estruturas nobres como o esfíncter anal, o qual é responsável pela continência de fezes e gases, bem como melhorar a qualidade de vida dos doentes.”

Webinar
Estão abertas as inscrições para o Webinar da Qualidade do CHUCB, uma iniciativa promovida pelo Serviço de Gestão da Qualidade,...

Com base no atual Plano Nacional para a Segurança dos Doentes (PNSD 2021-2026), que tem como principal propósito consolidar e promover a segurança e a qualidade da prestação de cuidados de saúde, em todo o sistema da saúde Português, esta reunião propõe uma análise plural e prospetiva dos cinco pilares que o estruturam, reconhecendo, por um lado, o foco nos doentes e seus familiares e, por outro lado, a importância de um empenho organizado e coeso, entre os gestores, líderes intermédios e profissionais de saúde, consolidado numa estratégia de melhoria contínua e não punitiva.

Desta forma, o Webinar da Qualidade do CHUCB pretende criar uma oportunidade para a comunidade científica e hospitalar partilhar as suas práticas laborais e refletir sobre as medidas e possíveis estratégias a aplicar para alcançar os objetivos, que compõem cada um dos 5 pilares do PNSD e que dizem respeito à Cultura de segurança (pilar 1), à Liderança e governança (pilar 2), à comunicação (pilar 3), à Prevenção e gestão de incidentes de segurança do doente (pilar 4) e às Práticas seguras em ambientes seguros (pilar 5).

 

Mediante inscrição
No dia 26 de maio, entre as 17h00 e as 19h30, a Academia Mamãs Sem Dúvidas vai realizar, pela primeira vez, um curso intensivo...

A sessão será conduzida pela Enfermeira Telma Cabral, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora da Academia Telma Cabral, sendo dividida em duas partes, preparação para o parto e preparação do pós-parto, onde vão ser abordados tópicos específicos como o plano de parto, os sinais de trabalho de parto e formas de aliviar a dor, as vantagens de criopreservar as células estaminais do cordão umbilical, os primeiros 15 dias do bebé e os desafios da amamentação.

A inscrição no evento é obrigatória e habilita as participantes a receber um cabaz de produtos no valor de 500€, que inclui: uma mala de maternidade Bioderma, uma almofada 10 em 1 Nuvita, uma bomba manual Nuvita, oferta de uma ecografia Emocional 3D/4D da BebéVida e oferta de abertura de processo na adesão à criopreservação das Células Estaminais da BebéVida.  A vencedora será anunciada no dia 27 de maio, na página de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

Para saber mais sobre a Academia Mamãs Sem Dúvidas, conteúdos informativos ou eventos consulte o website mamassemduvidas.pt .

 

 

Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa
As Doenças Inflamatórias do Intestino (DII) são doenças crónicas, autoimunes, do tubo digestivo e in

As principais doenças inflamatórias do intestino são a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa. “Ambas são doenças crónicas que causam inflamação recidivante do tubo digestivo, que frequentemente evolui por cursos de agudização (crises) e remissão”, começa por explicar a especialista da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

A Doença de Crohn

A Doença de Crohn localiza-se frequentemente na parte terminal do intestino delgado e pode atingir todos os segmentos do tubo digestivo (desde a boca até ao ânus). A inflamação pode estender-se a todas as camadas da parede digestiva, com formação de úlceras. Além disso, “é tipicamente descontínua e assimétrica, havendo zonas de intestino saudável intercaladas com zonas de intestino inflamado”

A Colite Ulcerosa

A colite ulcerosa tipicamente afeta apenas o intestino grosso. “A inflamação inicia-se no reto distal e estende-se de forma contínua no intestino grosso”, afetando apenas a camada mais interna da parede (mucosa).

Como se manifesta a DII?

Frequentemente estes doentes têm queixas crónicas de dor abdominal e diarreia”, descreve Marília Cravo.

No entanto, e consoante a gravidade da doença, os doentes podem ainda apresentar outras queixas, nomeadamente extraintestinais, tais como:

  • Febre;
  • Perda de peso;
  • Artrites;
  • Dores articulares
  • Lesões da pele;
  • Manifestações oculares;
  • Hepatite;
  • Alterações biliares;
  • Anemia.

Quais as causas da DII e/ou fatores de risco associados?

Não se conhece exatamente a origem das DII, mas pensa-se que resulta de uma complexa interação entre fatores genéticos, ambientais, do sistema imunitário e da flora intestinal que leva ao desenvolvimento de inflamação crónica no intestino.

No entanto, de acordo com a especialista da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, ter história familiar de Doença Inflamatória do Intestino, sobretudo num familiar de primeiro grau, é o principal fator de risco para desenvolver a patologia. Assim como “a presença de outras doenças de foro imune, como a artrite reumatoide ou psoríase”.  

O tabagismo e a exposição a antibióticos, adianta, foram identificados como importantes fatores de risco para a Doença de Crohn.

Quem pode sofrer da doença?

Doenças Inflamatórias do Intestino (DII) podem atingir qualquer pessoa de qualquer género e idade.

No entanto, é tipicamente diagnosticada entre os 15-35/40 anos de idade ou entre os 55-65 anos de vida.

Como se diagnostica a DII?

O diagnóstico de DII, explica Marília Cravo, “é feito com base em elementos de ordem clínica, laboratorial e com base no aspeto da inflamação na endoscopia e nas biopsias recolhidas durante a endoscopia”. Por outro lado, a informação obtida em métodos de imagem (TAC, ressonância) “pode ser útil e complementar para estabelecer o diagnóstico”, salienta.

Como se trata a DII?

Segundo a especialista em gastrenterologia, “o tratamento envolve medicamentos anti-inflamatórios e medicamentos que tentam atenuar a resposta exagerada do sistema imunitário, como os imunomoduladores ou os fármacos biológicos”.

A cirurgia faz parte das opções terapêuticas e está indicada em doentes que não respondem à terapêutica médica ou para o tratamento de complicações da doença.

Quais a principais complicações da DII?

“Na doença de Crohn cerca de 80% dos doentes ao longo dos anos desenvolve estenoses no intestino e/ou fistulas e abcessos, complicações que frequentemente requerem tratamento cirúrgico”, revela a médica.

Por outro lado quando a DII, seja ela colite ulcerosa ou doença de Crohn, atinge o intestino grosso há o risco de desenvolvimento de cancro colorretal, pelo que se aconselha “uma vigilância periódica do intestino”.

 

 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Decisão ainda tem de ser validada pelo Ministério da Saúde
Os enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNe) não são discriminados pelo tipo de contrato quer sejam CIT ou...

No encontro entre as duas entidades estiveram em cima da mesa temas como a progressão nas carreiras, a contratação de mais enfermeiros ou a resolução dos contratos a termo. Num universo de 750 enfermeiros ao serviço da ULSNe, Pedro Costa frisa que “cerca de meia centena tem ainda um vínculo a termo certo, depois de terem sido contratados nos últimos dois anos para reforçar os quadros de pessoal em função das necessidades do hospital para combater a COVID-19”.

O dirigente sindical afiança que a administração reconhece a importância destes enfermeiros e quer normalizar a sua situação, procedendo a uma contratação sem termo. No limite, exemplifica Pedro Costa, “a não contratação destes enfermeiros para os quadros efetivos da ULS do Nordeste é o equivalente a, de um dia para o outro, a Urgência deixar de ter enfermeiros ao serviço”.

Em discussão esteve, também, a existência de bolsas de horas, cuja ilegalidade a administração da ULSNe reconhece. “Têm noção que não é legal a existência de horas e querem criar condições para que seja possível os enfermeiros deixarem de ter essas horas em bolsa, seja pelo gozo de horas seja pelo seu pagamento como horas extraordinárias”, sustenta Pedro Costa.

Dos cerca de 750 enfermeiros ao serviço da Unidade Local de Saúde do Nordeste, 300 reúnem condições para passar a enfermeiro especialista. “Atualmente, só 150 estão colocados na carreira como enfermeiros especialistas e as vagas identificadas no recente despacho do Ministério da Saúde são manifestamente insuficientes para as necessidades da unidade de saúde”, adianta o presidente do SE.

“Há vontade de resolver esta situação, bem como a dos enfermeiros que reúnem condições para serem colocados na carreira de enfermeiro gestor, mas, mais uma vez, a concretização destas boas intenções da administração da ULSNe está dependente da concordância do Ministério da Saúde”, adverte o dirigente sindical.

A Administração da ULSNe foi, ainda, confrontada com queixas de enfermeiros que alegam terem sido impedidos de gozar as folgas semanais, ou de verem os seus horários alterados sem a sua concordância. “O enfermeiro diretor garantiu-nos que não tem conhecimento de qualquer irregularidade, mas apelou aos enfermeiros afetados que lhe reportem esta situação para averiguar o que está a levar a uma situação que considera ser inaceitável”, conclui Pedro Costa.

O pagamento do subsídio extraordinário de COVID-19 e a atualização do vencimento dos enfermeiros para o primeiro nível salarial da carreira foram outros dos pontos em análise. “Foi-nos dada a garantia de que esse reposicionamento salarial é tão só uma justa atualização salarial e não um ato de progressão na carreira”, adianta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE. Pedro Costa espera que “todas estas garantias sejam cumpridas, pelo que o Sindicato irá continuar a acompanhar a situação na ULS do Nordeste e irá intervir novamente sempre que tal se justifique”.

Nutrição
A compulsão alimentar é caracterizada por episódios de ingestão excessiva de comida, mesmo na ausênc

Confira as dicas que vão ajudá-lo a controlar a compulsão alimentar.

Pare com as dietas milagrosas

As dietas para perder de peso de forma rápida ou extremamente restritivas são prejudiciais para a sua saúde e podem desencadear episódios de compulsão alimentar.

Em vez de seguir dietas que se concentram em cortar grupos alimentares ou reduzir significativamente a ingestão calórica como forma de perder peso rapidamente, concentre-se em fazer alterações saudáveis na dieta.

Com tantas dietas da moda, o ideal é consultar uma nutricionista para que tenha um plano alimentar recomendado para as suas necessidades e objetivos sem colocar a sua saúde em causa.

Evite saltar refeições

Definir e manter uma rotina no horário das refeições é uma das maneiras mais eficazes de controlar a compulsão alimentar.

Saltar refeições pode contribuir para o aumento dos desejos alimentares e o risco de comer excessivamente para compensar.

Adquirir uma rotina alimentar, em termos de porções e horários, ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e da grelina, a hormona da fome, evitando que tenha episódios de compulsão alimentar.

Pratique mindfulness

Mindfulness é uma prática mental que ensina a perceber os pensamentos, as emoções e as necessidades do corpo. Esta técnica permite evitar excessos, ajudando-o a aprender a reconhecer quando está saciado e, assim, a melhorar os comportamentos alimentares e a reduzir a incidência de compulsão alimentar.

A combinação da mindfulness com a terapia cognitivo-comportamental pode também melhorar o autocontrolo e a autoconsciência.

Para além desta técnica, coma devagar e desfrute da comida afim de promover comportamentos alimentares saudáveis.

Mantenha-se hidratado

Beber muita água ao longo do dia é uma maneira simples, mas eficaz para reduzir os desejos e controlar a compulsão alimentar.

Para além disso, o aumento da ingestão de água pode levá-lo a consumir menos calorias e a ter menos fome.

Pratique yoga

O yoga é uma prática que incorpora o corpo e a mente através de exercícios de respiração e meditação que ajudam a reduzir o stress.

Estudos indicam que o yoga pode ajudar a incentivar hábitos alimentares mais saudáveis ​​e a reduzir o risco de compulsão alimentar.

A combinação de yoga com tratamento para transtornos alimentares diminui a depressão, a ansiedade e os distúrbios da imagem corporal, fatores que podem desencadear compulsão alimentar.

Coma mais fibra

Uma dieta rica em fibra está associada a uma maior saciedade e a uma ingestão calórica menor, promovendo assim a perda de peso e a saciedade. O aumento da ingestão de fibras pode reduzir os desejo e o apetite.

Comer mais frutas, legumes, leguminosas e grãos integrais ajuda a reduzir a ingestão calórica e a sensação de fome.

Faça uma limpeza à despensa

Ter a despensa recheada de alimentos processados, como as bolachas, chocolates e batatas fritas, pode desencadear episódios de compulsão alimentar. Por outro lado, manter os alimentos saudáveis à vista pode reduzir o risco de ter fome emocional. Lembre-se que só vai comer o que tiver em casa, se só tiver alimentos saudáveis só irá comer esses alimentos.

Encher o frigorífico e despensa com frutas, vegetais, alimentos ricos em proteínas, grãos integrais, nozes e sementes pode melhorar a sua dieta e reduzir o risco de compulsão para alimentos não saudáveis.

Pratique exercício físico

A prática de atividade física reduz os níveis de stress e melhora o humor, ajudando a reduzir a compulsão alimentar.

Caminhar, correr, nadar e andar de bicicleta são algumas formas de atividade física que podem ajudar a aliviar o stress e a reduzir a compulsão alimentar.

Tome o pequeno almoço todos os dias

Começar o dia com um pequeno-almoço saudável pode ajudá-lo a controlar e a reduzir o risco de compulsão alimentar ao longo do dia.

Tente combinar no seu pequeno-almoço alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes ou grãos integrais, com uma boa fonte de proteína para evitar excessos.

Durma o suficiente

A privação do sono não afeta apenas os níveis de fome e do apetite, mas também causa resistência à insulina. Dormir pouco ou com interrupções está associado ao aumento de peso e à compulsão alimentar.

Durma pelo menos 8h por noite para manter os níveis de apetite regulados e reduzir o risco de compulsão alimentar.

Faça um diário alimentar e de humor

Um diário alimentar e de humor pode ser uma ferramenta eficaz para monitorizar o que come e como se sente. Isto ajudá-lo-á a assumir responsabilidades, a identificar potenciais gatilhos e a promover hábitos alimentares mais saudáveis.

Estudos demonstram que o uso de um diário alimentar está associado a menos episódios de compulsão alimentar, bem como a uma maior perda de peso.

Aumente a ingestão de proteínas

Os alimentos ricos em proteínas podem mantê-lo saciado por mais tempo e ajudá-lo a controlar o seu apetite.

Aumentar a ingestão de proteínas diminui a ingestão de calorias, aumenta a sensação de saciedade e aumenta os níveis de GLP-1, a hormona que ajuda a suprimir o apetite.

Tente incluir pelo menos uma boa fonte de proteína, como carne, peixe, ovos em cada refeição e desfrute de lanches ricos em proteínas para manter os desejos controlados.

Planeie as refeições

Planear as refeições pode ajudá-lo a garantir que tenha ingredientes saudáveis para preparar refeições nutritivas, minimizando o risco de recorrer a alimentos processados.

O planeamento de refeições está associado à melhoria na qualidade e variedade da dieta, ajudando-o a manter uma rotina alimentar saudável e a controlar a compulsão alimentar.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Transformação ecológica
A ADIFA - Associação de Distribuidores Farmacêuticos assinaou 5º aniversário com um evento dedicado ao tema ‘Green Deal – O...

Este é também o momento em que o setor assumirá o compromisso de atingir a neutralidade carbónica da atividade de distribuição farmacêutica de serviço completo em Portugal até 2040, um objetivo que prevê uma redução de 40% das suas emissões de CO2 já em 2030.

O evento teve lugar no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, e contou na sessão de abertura com a presença de Marta Temido, Ministra da Saúde, e Nuno Flora, Presidente da Direção da ADIFA. Seguiu-se um painel de convidados que irá discutir os desafios da transição ecológica da distribuição farmacêutica e procurar definir medidas e estratégias para garantir um futuro mais verde do setor.

No debate, moderado pela jornalista da SIC, Patrícia Carvalho, participaram Manuel Pizarro, Eurodeputado, Nuno Lacasta, Presidente da APA - Agência Portuguesa do Ambiente, Luís Lourenço, Presidente da Secção Regional Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mesquita, Membro da Direção da ADIFA, e Jaime Braga, Assessor para os Assuntos Ambientais e Energéticos da CIP – Confederação Empresarial de Portugal. O encerramento coube a Martin FitzGerald, Deputy Director General do GIRP – European Healthcare Distribution Association, para apresentar o panorama europeu do setor da distribuição farmacêutica.

“Através deste evento, pretendemos assinalar o trabalho desenvolvido ao longo dos cinco anos de atividade em que a ADIFA afirmou o papel dos distribuidores farmacêuticos de serviço completo enquanto elo vital no circuito do medicamento em Portugal. É o momento ideal para aliarmos o nosso serviço de interesse público de aproximar as tecnologias de saúde das pessoas a um compromisso de responsabilidade ambiental, trazendo a discussão propostas estratégicas com vista a acelerar a transformação ecológica do nosso setor de atividade”, sublinha Nuno Flora, Presidente da ADIFA.

“Ao dia de hoje são já visíveis os esforços das empresas de distribuição farmacêutica de serviço completo, que só nos últimos três anos já conseguiram reduzir em 9% a sua pegada carbónica devido a vários investimentos na melhoria das operações que estão a implementar. Apesar de o caminho estar traçado, reconhecemos o impacto ambiental da distribuição farmacêutica, nomeadamente ao nível das suas infraestruturas e, principalmente, de transporte, pelo que consideramos ser este o momento oportuno para definir prioridades e assegurar um alinhamento setorial para atingirmos as metas de neutralidade carbónica definidas”, conclui Nuno Flora.

O alinhamento com os objetivos nacionais para a descarbonização da economia, o desenvolvimento tecnológico e evolução do mercado (em 2035 os novos veículos ligeiros de mercadorias serão 0 emissões), o financiamento público e privado sustentável com elevado nível de maturidade e o alinhamento com objetivos de neutralidade da indústria serão algumas as principais alavancas da descarbonização identificadas no estudo ‘Oportunidades estratégicas para apoiar o setor na transição para uma economia verde’ que a ADIFA espera ver amplamente implementadas nas próximas décadas.

 

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