Inteligência Artificial para desenvolvimento de medicamentos personalizados

iLoF garante US$ 5 milhões para acelerar o futuro da medicina personalizada e lutar contra doenças severas

A iLoF anuncia uma nova ronda de US $5 milhões em financiamento para apoiar a sua visão de democratizar o acesso à medicina personalizada para milhões de pessoas que vivem com doenças complexas. Atualmente, a plataforma inteligente da iLoF está a angariar grandes quantidades de dados para construir uma biblioteca de perfis biológicos, reunindo físicos, biólogos e cientistas de dados de classe mundial na busca de uma nova forma de desenvolver tratamentos personalizados e identificar perfis biológicos que possam salvar vidas a pacientes em todo mundo.

A nova ronda de financiamento foi liderada pela portuguesa Faber, contando com a participação dos fundos norte-americanos M12, o fundo de capital de risco da Microsoft, e Quiet Capital, e dos fundos europeus Lunar Ventures, Alter Venture Partners, re.Mind Capital e Fluxunit, o fundo de capital de risco da ams OSRAM. O angel investor Charlie Songhurst, ex-director geral da Microsoft, e a Berggruen Holdings, o family officer de Nicolas Berggruen, investidor e filantropo, também participaram na ronda.

Este financiamento será usado para acelerar compromissos atuais com algumas das principais empresas globais no espaço Farmacêutico, Biotecnológico e Clínico, tendo como objetivo acelerar pilotos correntes e futuros e agilizar o desenvolvimento da plataforma. No total, a empresa arrecadou mais de US $8 milhões em financiamento até o momento.

Até 2023, a equipa contratará mais de 20 pessoas, em perfis de física, ciência de dados, biologia e gestão de produto.

Luis Valente, cofundador e CEO da iLoF: “Durante anos, os tratamentos foram desenvolvidos com a suposição de que funcionam para todos. No entanto, cada pessoa é diferente e, para muitas doenças graves, como Alzheimer, vários fatores podem contribuir para a eficácia de um tratamento em um determinado paciente. Isto significa que milhões de pacientes vivem atualmente sem acesso a um tratamento eficaz e modificador da doença - o que instigou a missão por detrás da iLoF. Capturamos grandes quantidades de dados para criar cópias digitais de perfis biológicos e subtipos de doenças, que armazenamos na nossa biblioteca digital. Diferentes perfis de pacientes poderão assim ser selecionados e rastreados pela plataforma, acelerando o desenvolvimento de tratamentos eficazes e personalizados, e permitindo ensaios clínicos mais humanos e centrados no paciente.”

Luís Valente continua: “A visão de longo-prazo é crescer a nossa biblioteca digital de biomarcadores e colocá-la ao serviço dos pacientes, através de uma plataforma inovadora de triagem de doenças. Para além de apoiar investigadores e cientistas, colocar esta ferramenta ao serviço de pacientes em todo o mundo, aprofundando a nossa compreensão das doenças e ajudando os clínicos a detetar algumas das doenças mais graves e mortais do mundo, como cancro do ovário, ou a doença de Alzheimer”.

A plataforma da iLoF faz uso de uma ampla gama de sinais óticos, criando assim assinaturas ricas do conjunto de partículas em amostras biológicas, que são depois convertidas em réplicas biodigitais. Estas réplicas superam largamente os limites tradicionais da análise bioquímica, pelo facto de poderem ser reanalisadas ​​um número potencialmente infinito de vezes. Com isto, é possível acelerar exponencialmente a busca por novos padrões moleculares e clínicos, o que pode ser a chave para o desenvolvimento de novas terapêuticas eficazes, ou para um diagnóstico mais preciso de pacientes.

Durante a pandemia, a iLoF colaborou com o Hospital de São João e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto para perceber como a plataforma pode ajudar a gerir o fluxo de doentes COVID-19 e assim otimizar recursos críticos. Nesse âmbito, a empresa demonstrou ser capaz de distinguir com precisão os pacientes com maior probabilidade de admissão nos Cuidados Intensivos, o que pode permitir aos hospitais uma gestão radicalmente mais eficiente dos seus recursos.

Sobre o investimento na iLoF, Sofia Santos, Partner da Faber, comentou:

"A iLoF tem o poder de impactar positivamente milhões de pacientes em todo o mundo e  tornar-se uma peça fundamental no mercado da medicina personalizada, avaliado em US $500 mil milhões (2021). A solução que combina fotónica e inteligência artificial pode transformar o diagnóstico e a triagem de múltiplas doenças complexas, ao mover progressivamente os cuidados de saúde de uma abordagem centralizada em hospital para uma abordagem focada no paciente e a um custo muito inferior. “

A iLoF é liderada pelo CEO Luis Valente, empreendedor nomeado Forbes 30 under 30 for Science and Healthcare; COO Mehak Mumtaz, Bioquímica de Oxford Ph.D. e especialista em medicina personalizada; e CSO Paula Sampaio, cientista sénior e coordenadora da Plataforma Portuguesa de Bioimagem.

Inicialmente formada durante a participação no programa Wild Card da EIT Health e acelerada na Oxford Foundry, a equipa iLoF é composta por 20 cientistas, empreendedores e investigadores internacionais.

Fonte: 
Corpcom
Nota: 
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Foto: 
iLoF