Morte de tecido ósseo
Uma investigação recente dá suporte à aplicação clínica das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical no...

A osteonecrose caracteriza-se pela interrupção do fluxo de sangue na cabeça do fémur que leva à morte de tecido ósseo. Em última instância, o enfraquecimento da estrutura óssea pode resultar no colapso e perda da esfericidade da cabeça do fémur, provocando limitações com grande impacto na qualidade de vida.

Para evitar este cenário, intervir na fase inicial do desenvolvimento da doença é particularmente importante, e as células estaminais do tecido do cordão umbilical podem ser uma opção de tratamento a considerar, por promoverem a estabilidade da estrutura óssea e evitarem mais deterioração devida à ONCF, como demonstra o novo estudo.

Segundo os autores, estas células, administradas localmente, são capazes de sobreviver e afetar positivamente a cabeça femoral, estimulando a reparação e prevenindo a perda óssea na área necrótica.“A capacidade das células estaminais mesenquimais de promover reparação óssea, que tem sido demonstrada em muitos estudos, levou estes investigadores a avaliar o seu potencial no atraso da progressão desta doença”, explica Carla Cardoso, Diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

“Os resultados deste estudo evidenciam o potencial das células do tecido do cordão umbilical no tratamento de osteonecrose da cabeça do fémur em fase inicial, sendo, no entanto, necessários mais estudos que comprovem a sua eficácia no tratamento de doentes com esta condição para que esta terapia possa vir a fazer parte das opções de tratamento”, acrescenta.

Os resultados da aplicação local destas células na cabeça femoral em modelo animal de ONCF traumática em fase inicial foram analisados quatro e oito semanas depois do tratamento. A densidade mineral óssea, o volume e a estrutura óssea estão entre os parâmetros analisados.

Após o tratamento, a estrutura da cabeça do fémur dos animais tratados mostrou uma melhoria notável em comparação com o grupo de animais não tratado com células estaminais e, quatro semanas depois, a densidade e organização do tecido ósseo eram semelhantes às do grupo de animais saudáveis.

Observou-se ainda que, no período de quatro semanas, as células estaminais do tecido do cordão umbilical melhoraram a osteogénese (formação de novo osso) e a condrogénese (formação de nova cartilagem).

No entanto, ao longo do tempo, o efeito positivo das células estaminais diminuiu, conforme observado às 8 semanas após tratamento, o que indica que as células estaminais podem, com o tempo, desaparecer do local onde são administradas. Estes resultados sugerem que poderá ser necessária a administração repetida de células estaminais para manter a sua eficácia.

Segundo os autores deste estudo, o efeito terapêutico das células do tecido do cordão umbilical resultou principalmente da ação promovida pela secreção de um grande número de moléculas com atividade biológica (citocinas), tendo os níveis destas moléculas sido semelhantes no soro dos animais às quatro e oito semanas após o tratamento com células estaminais.

Os resultados obtidos dão, assim, suporte à aplicação clínica destas células nesta doença, sendo, no entanto, necessários mais estudos para confirmar a eficácia da administração das células estaminais do tecido do cordão umbilical em ONCF.

Campanha decorre entre os dias 16 de dezembro a 2 de janeiro de 2023
A MyCareforce, plataforma digital portuguesa que conecta Enfermeiros e Técnicos Auxiliares a vagas disponíveis em instituições...

A campanha lançada este mês decorre entre os dias 16 de dezembro e 2 de janeiro de 2023, e permite reforçar os pagamentos em 5€ por cada 8 horas de trabalho. O objetivo passa por partilhar do esforço pelo qual passam os profissionais de saúde numa das épocas mais atribuladas no setor.

“O Natal acaba por ser uma altura em que os profissionais e técnicos de saúde ficam mais sobrecarregados, não só pelo aumento de férias de colegas, como pela própria conjuntura da época e estação. Queremos partilhar desse esforço e retribuir de forma simbólica, sendo também um incentivo para uma maior segurança na alocação de recursos humanos nesta época mais exigente.” explica João Hugo Silva, Co-CEO da MyCareforce.

Com a nova campanha, cada profissional ativo na plataforma MyCarefore irá receber um valor mínimo de 15€, valor que poderá ultrapassar os 90€, equivalente a 150 horas trabalhadas pela plataforma. O requisito mínimo para participar é de 24 horas.

Criada em 2021 para centralizar o método de contratação e redistribuição de enfermeiros num só local, as unidades de saúde registadas na MyCareforce conseguem, de forma autónoma, preencher vagas através de um banco de enfermeiros pré-validados junto da Ordem dos Enfermeiros, assim como de Técnicos Auxiliares de Saúde.

A start-up portuguesa conta já com mais de 9.000 enfermeiros da Ordem, 1.000 técnicos auxiliares de saúde, e mais de 100 empresas de Saúde, incluindo Grupo Trofa Saúde, SAMS, Grupo Orpea, Residências Montepio e diversas Santa Casa da Misericórdia, entre outras, através das quais já preencheu mais de 60.000 horas.

 

Federação reúne mais de 10 500 estudantes e prepara celebração dos 40 anos
Os novos Órgãos Sociais da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) para o mandato de 2023 acabam de tomar posse...

A cerimónia contou também com as intervenções de Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos; do Professor Henrique Cyrne de Carvalho, Presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas; da Professora Helena Canhão, Diretora da Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e de Ana Raquel Branco, responsável pelos Pelouros da Saúde e da Educação da Direção do Conselho Nacional de Juventude.

A Vasco Cremon de Lemos juntou-se, nos Órgãos Sociais da ANEM, um grupo de mais 17 estudantes de Medicina, representantes de todas as Escolas Médicas do país. A nova Direção defende um maior envolvimento com a comunidade que representa, reservando-lhe um papel central na tomada de decisão.

Neste novo ciclo, em que se prepara ainda a celebração dos 40 anos da Federação - a importância do papel que desempenhou ao longo de quatro décadas para as conquistas da formação médica -, Vasco Cremon de Lemos afirma, como a grande prioridade do seu mandato, a representação da comunidade estudantil em todas as suas áreas de atuação: Direitos Humanos e Ética Médica; Educação Médica; Formação; Imagem e Comunicação; Mobilidade; Saúde Pública e Saúde Sexual e Reprodutiva.

“Pretendemos que a ANEM seja a casa dos 10 500 estudantes de Medicina que representa. Por essa razão, e pela primeira vez na história da Federação, vamos nomear uma Diretora para o Envolvimento Estudantil”, anunciou.

Relativamente aos temas mais importantes e fraturantes do setor da Saúde, merecem reflexão e uma tomada de posição as implicações éticas e formativas do rácio atual entre estudante/tutor e estudante/doente; a desadequação das políticas de coesão territorial, refletida na deslocação em centenas de quilómetros de recém-graduados para a realização da Prova Nacional de Acesso à Formação Especializada e a escassez de recursos na Saúde e na formação médica.

A ANEM lembra que as conquistas da formação médica proporcionaram melhorias inequívocas à prestação de cuidados de Saúde em Portugal e, em última análise, à vida dos cidadãos. “Por essa razão, as lutas devem ser colaborativas com os parceiros, definindo estratégias e retóricas concordantes, para que as preocupações do presente sejam os problemas resolvidos do futuro”, conclui o novo Presidente da Associação.

Revela o Observatório da Despesa em Saúde
Em duas décadas, o número de apólices de seguro de saúde privados e o peso dos mesmos no financiamento da despesa em saúde mais...

A conclusão, faz parte da análise do Observatório da Despesa em Saúde ‘Seguros de saúde privados no sistema de saúde português: mitos e factos’, elaborada pelos investigadores Pedro Pita Barros (detentor da Cátedra em Economia da Saúde) e Eduardo Costa, no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE.

“Mais do que analisar apenas a evolução do número de contratos de saúde privado em Portugal, é necessário compreender os motivos deste crescimento e o seu papel no sistema de saúde português” refere o Observatório da Despesa em Saúde na presente análise. O aumento progressivo no volume de seguros privados voluntários subscritos pela população (que passou de 14%, em 2000, para 32% em 2021) não se traduz necessariamente num aumento equivalente da importância dos seguros de saúde no financiamento da despesa em saúde: os fundos movimentados pelos seguros de saúde privados representam (em 2020) apenas 4% da despesa total em cuidados de saúde, o que contrasta de forma muito clara, com o número de contratos de seguro de saúde privados. Ou seja, embora existam muitos contratos, estes em média, cobrem quantitativamente muito pouco e, consequentemente, os pagamentos diretos das Famílias, que nos últimos 10 anos não sofreram qualquer redução significativa, mantêm-se em níveis muito elevados.  A oportunidade deixada em aberto por esta falta de cobertura financeira de muitas despesas em cuidados de saúde não é aproveitada pelas companhias que disponibilizam seguros de saúde privados que, segundo os investigadores, poderiam expandir a sua atividade ocupando o espaço de complementaridade ao SNS e consequentemente reduzindo o esforço das Famílias no momento de necessidade e utilização de cuidados de saúde.

Os dados analisados na presente análise permitem ainda aferir que existe uma forte correlação negativa entre o papel dos seguros de saúde privados e o papel dos subsistemas privados: verifica-se uma transferência de peso dos subsistemas privados para seguros de saúde privados, consequência da própria forma como as grandes empresas privadas em Portugal (que têm, ou tiveram, mecanismos diretos de apoio à doença dos seus trabalhadores) encaram atualmente o seu papel reforçando a concretização de seguros de saúde adquiridos comercialmente em alternativa a organizarem, de forma direta, o acesso dos seus trabalhadores a cuidados de saúde, em caso de necessidade.

No que diz respeito à relação entre o crescimento dos seguros de saúde privados e o Serviço Nacional de Saúde, os dados analisados permitem aferir que o crescimento do peso no financiamento da despesa total que os seguros de saúde privados tiveram nas duas últimas décadas não está ligado, de forma sistemática e a nível agregado do sistema de saúde, a um menor papel do Serviço Nacional de Saúde. ‘É natural que algumas pessoas possam ter subscrito contratos de seguros de saúde privado por estarem descontentes, receosas ou desconfiadas da capacidade do Serviço Nacional de Saúde em corresponder às suas necessidades e expectativas de cuidados de saúde. Contudo, essas situações, a existirem, todas somadas, não geram um efeito agregado que seja visível nos dados estatísticos’ referem os investigadores que concluem ‘o crescimento dos seguros de saúde privados tem ocorrido sobretudo por substituição com a proteção dada por subsistemas privados, não sendo encontrada qualquer relação de causalidade com a evolução da despesa em cuidados de saúde financiada pelo Serviço Nacional de Saúde.’

Documento orientador para todos os investigadores e profissionais desta área
A editora PACTOR anuncia o lançamento do primeiro “Tratado de Medicina Legal” integralmente produzido em Portugal, desenvolvido...

A realização de exames e perícias de medicina legal e forenses assume uma importância fulcral para a sociedade, tendo em conta a relevância da prova pericial no exercício da justiça, no âmbito do direito penal, civil e do trabalho. Esta nova obra reúne o saber atestado pela investigação científica e a experiência profissional de uma equipa multidisciplinar de 100 autores, com o objetivo de ajudar os peritos médicos da área da medicina legal a realizar a importante missão de reunir as evidências necessárias para o apuramento da verdade, cumprindo sempre todas as normas e preceitos legais e éticos.

O Tratado de Medicina Legal está estruturado em sete partes, que se dividem em 71 capítulos, onde são abordados os temas de base histórica, jurídica e ética da medicina legal e as várias temáticas associadas à área forense, nos ramos da patologia, da clínica, da toxicologia, da genética, da psiquiatria e da psicologia. A obra contém fotografias, registos documentais ou iconográficos e muitos outros dados, que reforçam a doutrina e metodologia apresentadas, bem como um extratexto a cores que acompanha as imagens cuja observação da cor é importante.

A obra foi apresentada na cerimónia de inauguração do 20º Congresso Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que se realizou em Coimbra, no passado mês de novembro, presidida pela Ministra da Justiça, Prof. Doutora Catarina Sarmento e Castro.

Este tratado destina-se aos estudantes do ensino superior, investigadores e profissionais das áreas de medicina legal, ciências forenses, direito, criminologia, ciências biomédicas, análises clínicas e saúde pública, bioquímica, enfermagem, psicologia e psiquiatria, bem como a todos os interessados nestas áreas, uma vez que se revela uma ferramenta essencial de aprendizagem e um documento orientador da atividade profissional dos especialistas da área.

 

Novo posto de análises clínicas
O Grupo Joaquim Chaves Saúde acaba de reforçar a sua presença no Alentejo com a abertura de um novo posto de análises clínicas...

A nova unidade tem capacidade para receber 60 pessoas por dia e espelha a aposta do Grupo Joaquim Chaves Saúde numa estratégia de proximidade e na procura constante de aumentar a comodidade das populações, seja através da expansão territorial ou do aumento da oferta nas localidades onde já operava, como é o caso da cidade de Borba.

“Verificámos que havia muita procura por análises clínicas na cidade de Borba e não poderíamos deixar de acompanhar as necessidades da população. Neste sentido, o objetivo da abertura deste novo posto numa zona tão central foi, por um lado, dar resposta a este aumento da procura e, por outro, melhorar a comodidade e conforto dos borbenses, nunca descurando a prestação de serviços de elevada qualidade e rigor”, refere Fernando Machado, diretor técnico do Laboratório da Joaquim Chaves Saúde, na região alentejana.

Fernando Machado acrescenta ainda que “as amostras recolhidas neste novo posto são enviadas, diretamente, para o Laboratório Joaquim Chaves Saúde do Alentejo, em Évora, o que permite diminuir o tempo de espera na entrega dos resultados à população da região”.

O posto localiza-se no nº 7 da Rua Humberto Silveira Fernandes e está aberto de segunda a sexta-feira, entre as 7h30 e as 15h30, e ao sábado, das 7h30 às 12h30. As colheitas realizam-se de segunda a sábado, entre as 7h30 e as 12h. O novo posto de colheitas vem substituir a antiga unidade que se situava na Rua Montes Claros, nº 44.

Esta nova unidade vem integrar a rede nacional do Grupo Joaquim Chaves Saúde, que conta atualmente com cerca de 400 postos de colheita e oito laboratórios.

Soluções para gestão de alertas e workflows de informação
A Ascom e a Glintt vão fornecer soluções digitais diferenciadas para gestão de informação e alertas no mercado português de...

A modularidade e interoperabilidade das soluções da Ascom aliadas à experiência e presença da Glintt no sistema de saúde português reforçam a posição de ambos os parceiros como líderes de referência no mercado da saúde. Juntas, a Ascom e a Glintt pretendem desenvolver soluções à medida das necessidades regionais, proporcionando aos hospitais e utentes cuidados de saúde melhores, digitais e diferenciados.

"Estamos orgulhosos por celebrar esta parceria com a Glintt para o futuro dos cuidados de saúde em Portugal", disse Nicolas Vanden Abeele, CEO da Ascom. "A colaboração entre a Glintt e a Ascom é uma excelente notícia para ambas as empresas. Mas especialmente para os pacientes e cuidadores em Portugal que confiam em comunicações de saúde críticas. Estamos convencidos de que, através desta parceria, a nossa experiência e soluções para gestão de alertas e workflows de informação estabelecerão novos padrões no mercado português, permitindo melhores resultados para os pacientes."

De acordo com Luís Cocco, CEO da Glintt, “é com este tipo de parcerias que pretendemos ser diferenciadores no mercado, alargando a nossa oferta e posicionando-nos cada vez mais como um integrador de soluções na área da saúde ajudando a trazer inovação e a melhorar o sistema de saúde português”. Afirma ainda que “para a Glintt, uma tecnológica com mais de 20 anos de experiência e com provas dadas na área da saúde, é fulcral continuar a evoluir e reinventar-se. Nesse sentido, a parceria com a Ascom vem reforçar ambas as empresas no melhor que se faz na área da saúde em Portugal”.

 

APDP divulga novas orientações com valores mais rigorosos de pressão arterial e lípidos
A Associação Americana da Diabetes (ADA) divulgou recentemente as orientações internacionais para o cuidado da diabetes em 2023...

As recomendações incluem ainda uma maior ênfase na perda de peso como meta terapêutica para a diabetes tipo 2, orientações para rastreios e avaliação da doença arterial periférica para prevenir amputações e diretrizes para o tratamento da doença renal crónica. Além disto, é destacada a importância do papel de proximidade dos profissionais de saúde, entre outras.

“A diabetes implica que se pense numa perspetiva multidisciplinar, pois é uma doença complexa e heterogénea, que não poupa pessoas pelo sexo, pela idade ou pelo estatuto social. Iremos reforçar as orientações para melhor lidar com esta doença crónica e criar condições para uma melhor qualidade de vida e integração social, objetivos que prosseguimos permanentemente na associação.”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Os objetivos agora propostos para a tensão arterial nas pessoas com diabetes apontam valores menores ou iguais a 130 mmHg (pressão sistólica) e 80 mmHG (pressão diastólica), face aos anteriores: 140/80.

Os novos objetivos incluem uma variação entre 55 mg/dL e 70 mg/dL para os níveis ideais de colesterol (LDL), dependendo do risco cardiovascular individual. Nas metas anteriores, os valores de LDL podiam chegar aos 100 mg/dL.

As recomendações compreendem ainda uma maior ênfase na perda de peso como meta terapêutica para a diabetes tipo 2, orientações para rastreios e avaliação da doença arterial periférica para prevenir amputações, diretrizes para o tratamento da doença renal crónica, assim como a importância do papel de proximidade dos profissionais de saúde, entre outras.

“Nesta nova versão das recomendações internacionais é possível ver a necessidade de cuidar, com maior rigor, da diabetes e reduzir as suas consequências, principalmente as que estão relacionadas com o coração e o rim.”, acrescenta o presidente da APDP.

As novas recomendações para o controlo da diabetes, publicadas anualmente pela ADA num documento considerado a cartilha dos cuidados na diabetes, estão disponíveis na conceituada revista científica “Diabetes Care”, aqui. Esta publicação tem como objetivo aumentar o conhecimento, estimular a investigação e promover uma melhor gestão da diabetes.

Cooperação científica, tecnológica e académica
A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) celebrou um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal...

A assinatura deste protocolo tem como objetivo formalizar a colaboração, ao abrigo de programas, projetos e atividades de interesse comum para as duas entidades, dos quais se destacam: a promoção de ações de formação, nomeadamente nas áreas de segurança contra incêndios em edifícios, gestão de emergências, primeiros socorros, controlo de acidentes com matérias perigosas, agentes químicos, gestão do risco químico, prevenção de acidentes e boas práticas em laboratório; a colaboração em simulacros; o enriquecimento da oferta formativa dos cursos da Faculdade; a lecionação, pela CML, de módulos relacionados com segurança contra incêndio em edifícios e suporte básico de vida; a lecionação, pela Ciências ULisboa, de módulos relacionados com agentes químicos, gestão do risco químico e boas práticas em laboratório; a promoção de intercâmbio de estagiários; e a partilha de recursos humanos, espaços físicos e meios logísticos.

A assinatura do protocolo decorreu ontem, dia 19 de dezembro, nas instalações da Ciências ULisboa. O protocolo foi firmado pelo tenente-coronel Tiago Lopes, comandante do RSB; Maria Luísa Dornellas, diretora do Departamento de Desenvolvimento e Formação da CML; e Luís Carriço, diretor da Ciências ULisboa. Na cerimónia estiveram também presentes Júlia Alves, diretora de serviços da Direção Técnica, e responsável pela gestão de ações no âmbito deste protocolo; Filipa Pegarinhos, coordenadora do Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade; Jorge Relvas, subdiretor para a área de Orçamento e Infraestruturas; e Carla Boto Pereira, adjunta técnica do RSB.

 

“Este Natal dê o braço" - Seja Solidário
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com apoio da Associação de...

O Natal é uma fonte de inspiração e assim surge a proposta de um presente solidário - “Este Natal, dê o braço”- com a finalidade de motivar e sensibilizar novos dadores neste período natalício.

Durante o ano de 2022 o CHUC contou com cerca de 14 000 dadores inscritos, número muito insuficiente para as necessidades atuais, daí este reforço ao apelo à dádiva de sangue, de forma a assegurarmos as reservas de componentes neste período difícil do ano.

A dádiva de sangue é benévola e não remunerada e pode ser efetuada de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens.

Podem dar sangue todas as pessoas com bom estado de saúde e com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e 65 anos.

Cada dádiva de sangue de um dador pode ajudar a salvar até três vidas. Por isso, “Este Natal dê o braço".

Vídeo da campanha disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lPDEGvcuNjw

 

O que deve ter em conta
Natal é tempo de amor, alegria, reflexão.

Então, que cuidados devemos ter na altura da escolha das meias?

  1. Além das cores e padrões, é importante ter em consideração o tipo de malha, com elasticidades e compressões devidamente ajustadas ao tamanho do pé e ao perímetro da perna, de forma a proporcionar o máximo de conforto aos pés, assim como a facilitar o retorno venoso (circulação sanguínea);
  2. Sempre que possível, as meias devem ter identificação de pé esquerdo e de pé direito, de forma a respeitar a morfologia de cada um dos pés e dos dedos;
  3. As meias têm diferentes densidades, que deverão ser tomadas em conta, dependendo das necessidades. Informe-se no momento da compra;
  4. Idealmente, as meias escolhidas devem ter uma maior capacidade de amortecimento nas zonas de apoio plantar, de forma a proporcionar um maior conforto do pé;
  5. As meias devem ser reforçadas na zona do tornozelo, para dar maior estabilidade ao pé;
  6. É importante que sejam ventiladas na zona do arco do pé, para permitir a respirabilidade;
  7. Tenha atenção ao tipo de malha e tecido, que deve ser escolhido de acordo com a temperatura exterior, para manter o pé à temperatura corporal. No inverno, devemos optar por material de lã ou algodão, sempre associado ao conforto e à proteção do pé;
  8. As meias não devem ter elásticos na zona da perna, para evitar o efeito de garrote.

Nesta época do ano não descure a saúde dos seus pés, só porque estão tapados. Mantenha-os limpos; seque-os bem quando sair do banho; tenha atenção às características das meias que calça (já referidas acima); use calçado confortável; deixe os pés ‘respirar’ em casa, fique um tempo sem meias e sem sapatos; ponha creme hidratante; cuide das unhas… E tenha umas festas felizes!

 

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha “Segue os momentos que importam à letra”
O Movimento “Mais Nutri-Score” acaba de lançar uma campanha a nível nacional sob o mote “Segue os momentos que importam à letra...

O Natal e a Passagem de Ano podem ser sinónimos de alguns excessos alimentares que têm impacto na saúde e no bem-estar. “Durante a época festiva existe uma tendência para a redução de alguns hábitos mais saudáveis. É importante que as pessoas compreendam que é possível manter a tradição da época, mesmo seguindo escolhas nutricionais acertadas. O Nutri-Score é precisamente uma ferramenta que está criada para ajudar o consumidor a compreender a mensagem, ajudando-o a tomar as melhores decisões de forma rápida e consciente”, explica Dulce Ricardo, coordenadora da área alimentar da DECO PROTESTE.

Numa época de celebrações, ter acesso a informação simples e imediata, sobre a qualidade nutricional de um alimento, facilita o processo de comparação de produtos da mesma categoria e dispensa a interpretação exaustiva de rótulos complexos, contribuindo para momentos de prazer que não colocam em causa a saúde.

O Nutri-Score constitui um esquema intuitivo, de fácil e rápida compreensão, desenhado para ser acessível a todas as pessoas. Está presente na frente das embalagens, e consiste numa escala de cinco cores, às quais correspondem letras: verde-escuro (A), verde-claro (B), amarelo (C), laranja (D) e vermelho (E).

Os alimentos classificados como A e B podem ser consumidos mais regularmente, enquanto os que têm a classificação entre C e E devem ser consumidos de forma mais moderada.

ALDI, AUCHAN, DANONE, DECO PROTESTE, NESTLÉ e JERÓNIMO MARTINS uniram-se em prol do Movimento “Mais Nutri-Score” que tem como objetivo consciencializar os portugueses para a importância da avaliação da qualidade nutricional dos alimentos, reconhecendo este sistema como uma mais-valia para os consumidores.

 

 

Novo Ano vai arrancar com desafio “janeiro Sem Álcool”
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai promover de novo uma ação nacional de consciencialização para a...

Os excessos das festividades requerem que o Ano Novo comece com novos hábitos. “Com este desafio pretendemos apelar às pessoas para que adotem um estilo de vida mais saudável durante todo o ano. O consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, sobretudo relacionado com a vida noturna e social, é preocupante e, por isso, deveria motivar uma intervenção por parte das autoridades reguladoras. É primordial que a população adulta pense também nos seus comportamentos a nível social e nas consequências que os mesmos trazem para a sua saúde; e que alertem os jovens para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E acrescenta: “O elevado consumo de álcool traz consequências graves em termos de saúde, nomeadamente para o fígado, como: fígado gordo, hepatite alcoólica e cirrose hepática; ou consequências indiretas como as resultantes dos acidentes de viação, por exemplo. Estas situações, quando não tratadas ou prevenidas, lesam gravemente a saúde e podem, até, levar à morte. É possível viver sem álcool, não invalidando que as pessoas não se possam divertir, relaxar ou socializar”.

A iniciativa “janeiro Sem Álcool” ocorre em simultâneo em vários países, desde 2013. Em Portugal é a segunda vez que a campanha é promovida.

Segundo os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2020, o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.

O estudo demonstra também que em 2020 foram registados 36.799 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal e/ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 27.238 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2019, morreram 2.507 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 27% das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado.

3 sessões online
Desde os doces, até aos variadíssimos eventos na agenda, a época das festividades acaba por ser uma altura do ano em que os...

Para esclarecer e ajudar as grávidas a conseguir aproveitar a quadra Natalícia de uma forma mais equilibrada, as Conversas com Barriguinhas vão dedicar as últimas três sessões online do ano às temáticas dos sinais de saúde na gravidez, do sono e da alimentação. A inscrição gratuita é feita através da plataforma e dá, ainda, acesso a um conjunto de descontos nos parceiros da iniciativa.

No dia 22 de dezembro, pelas 17 horas, a enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia Sara Paz vai ensinar a reconhecer os sinais de saúde durante a gravidez. Por sua vez, a enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica e autora blog Bebé Saudável, Carmen Ferreira, marcará presença no evento para clarificar todas as dúvidas que as futuras mães possam ter sobre o período após o bebé nascer.

Na altura das festividades, a falta de descanso é uma contante, pois existem mais eventos e convívios. É essencial, que as grávidas consigam repousar e saber a melhor forma de o fazer. Assim, na sessão online, que decorre a 27 de dezembro, pelas 17h00, a enfermeira Bárbara Sousa, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai dar dicas para um sono descansado tanto na gravidez, como no pós-parto. Para explicar a importância do contacto pele a pele, entre a mãe e o bebé, estará presente a enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica Davina Ferreira.

A última sessão do ano, que se realiza a 29 de dezembro, pelas 17h00, vai ajudar a controlar os excessos alimentares, focando-se na alimentação adequada à gravidez e ao pós-parto. As indicações vão ser dadas pela enfermeira Carmen Ferreira. Já a pediatra Susana Nobre estará disponível para esclarecer os pais sobre as principais dúvidas que costumam colocar na primeira consulta de pediatria.

Vai marcar também presença, em todos os eventos online, uma conselheira em células estaminais da Crioestaminal para dar a conhecer as suas potencialidades, a sua aplicação terapêutica e a importância de guardar as células estaminais do cordão umbilical do bebé para a sua saúde futura.

36.ª edição do Healthcare User Group (HUG)
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, organizou a 36.ª edição do Healthcare User...

Com os contributos de representantes da GS1 Portugal, nomeadamente, de Beatriz Águas, Responsável de Relações Corporativas e Eventos; Cátia Gouveia, Gestora de Estudos de Níveis de Serviço; Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Compliance e Formação; e Sofia Perdigão, Gestora de Saúde, a 36.ª edição do HUG permitu a partilha de ponto de situação de desenvolvimentos relevantes em standards no setor, a nível internacional e nacional, bem como a partilha de projetos de iniciativas futuras.

Sofia Perdigão iniciou a reunião com a partilha de atualizações relativas ao Regulamento dos Dispositivos Médicos de Diagnóstico in Vitro, destacando que a Comissão Europeia (CE) tem estado muito ativa nesta matéria, estando já disponível um manual para notificação dos estudos de performance e um manual para produtos borderline, entre dispositivos médicos e dispositivos médicos in vitro, com o objetivo de colmatar a dificuldade na caracterização, em algumas circunstâncias. Como acrescentou a representante da GS1 Portugal para o setor da saúde, a CE dispõe já de uma secção específica no seu website com informação adicional.

Sofia Perdigão pronunciou-se ainda sobre a Master UDI – Unique Device Identification, com um novo nível de identificação, acrescentado devido à necessidade de identificar produtos específicos, como é o caso, por exemplo, das lentes de contacto. Recorde-se, a este propósito, que a GS1 é, a nível global, uma das quatro entidades que podem emitir este tipo de identificadores.

Nesta 36.ª edição foi também apresentado o Case-study da Pfizer, de aplicação de standards em Ensaios Clínicos. Conforme exposto nesta 36.ª reunião do HUG, a farmacêutica codificou todos os produtos e todos os elos de cada fase dos ensaios clínicos (desde produtos aos locais em que decorrem os ensaios). “Existia uma grande dificuldade em colocar toda a informação no rótulo e, por isso, conseguiram fazê-lo através de um data matrix, com capacidade para incluir mais informação e para gerar, assim, maior eficiência em toda a cadeia”, afirmou Sofia Perdigão.

O resumo dos highlights do evento GS1 Healthcare Conference 2022, em que foram partilhadas as atualizações e melhores práticas da rastreabilidade em saúde, com exemplos específicos na área hospitalar, foi apresentado por Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Compliance e Formação da GS1 Portugal. Foi partilhada na reunião a intervenção de Rachael Ellis, Scan4Safety Programme Director, no Reino Unido, que destacou o impacto positivo da interoperabilidade no setor da saúde para o doente, permitindo colocá-lo no centro da decisão, dando como exemplo o momento em que, em plena pandemia, foi rapidamente possível localizar ventiladores com defeito com recurso à respetiva codificação.

Da síntese dos principais destaques internacionais passou-se para a apresentação, por Cátia Gouveia, Gestora de Níveis de Serviço da  GS1 Portugal, das conclusões do mais recente Benchmarking Saúde, a 7.ª edição deste estudo da relação colaborativa entre operadores do setor, um estudo bidirecional anual que afere perceções sobre a relação entre parceiros e interlocutores, definindo oportunidades de melhoria e que contou, nesta edição, com um número record de participantes dos canais parafarmácias de retalho, armazenistas, laboratórios e grupos de farmácias. Nesta edição do HUG, foi explicado que os resultados da atribuição de prémios das melhores práticas são apresentados em ranking, o que gera competitividade e permite perceber quais os players mais eficientes do mercado, a ter como referência. Cátia Gouveia anunciou ainda que a 8.ª edição está em preparação, sendo já possível aos interessados avançar e registar-se.

O evento foi encerrado com a intervenção de Beatriz Águas, Responsável de Relações Corporativas e Eventos da GS1 Portugal, que divulgou a agenda do próximo Seminário de Saúde da GS1 Portugal, a 18 de maio de 2023. Sofia Perdigão anunciou ainda que a próxima reunião do HUG será no dia 28 de março de 2023.

A lista de Natal do seu filho inclui um telemóvel ou tablet? Pense duas vezes!
A dor nas costas é um problema comum que tem vindo a afetar cada vez mais crianças e adolescentes e as novas tecnologias podem...

“Pescoço da SMS é uma expressão que nasce de uma das principais alterações de postura, que surge com as novas tecnologias: passar longos períodos de tempo a olhar para baixo durante a utilização de telemóveis ou tablet.”, explica Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da Campanha “Olhe Pelas Suas Costas”, alertando: “Queixas de dores cervicais e de cabeça, são cada vez mais frequentes em jovens e adultos, e as más posturas são um dos principais contributos para estas dores".

Esta postura errada na utilização das tecnologias resulta da posição da cabeça inclinada e fletida durante o seu uso. Acredita-se que aumenta a prevalência de dores musculares e que, a longo prazo, poderá agravar problemas mecânicos na coluna vertebral e nos ligamentos.

“Quando mantemos esta postura errada durante longos períodos de tempo e recorrentemente, as consequências tendem a agravar-se. Isto acontece também nos adultos, mas nas crianças o impacto é ainda maior pelo tempo que atualmente passam em frente dos ecrãs, aumentado a incidência de contracturas e dores musculares.”, acrescenta Bruno Santiago.

Para evitar que o seu filho sofra de “Pescoço SMS” ou outros problemas na coluna, a Campanha “Olhe Pelas Suas Costas” deixa-lhe algumas dicas:

  • A lista de Natal do seu filho inclui um telemóvel ou tablet? Pense duas vezes! O Natal é muitas vezes a desculpa perfeita para que os mais novos recebam as tão desejadas prendas tecnológicas, como é o caso dos telemóveis ou tablets. Optar por prendas que incentivem a realização de exercício físico ou atividades que beneficiem a saúde da sua coluna poderá mesmo ser a melhor opção;
  • Os equipamentos devem ser segurados com as duas mãos e elevados à altura dos olhos: durante a utilização destas tecnologias, é importante que a criança se habitue desde cedo a manter a coluna o mais direita possível, evitando olhar para baixo, inclinando o pescoço. O telefone deve ser elevado à altura dos olhos e não o oposto;
  • Pausas frequentes: se a criança sentir que a posição lhe causou dor ou desconforto, os exercícios de alongamento e rotação poderão ajudar, sendo importante que esta faça pausas frequentes. O mesmo se aplica no caso da utilização de consolas de jogos. Fazer com que a criança se mantenha em movimento e faça pausas evitará consequências mais graves a longo prazo;
  • O computador também pode ser o vilão: aparentemente, o computador pode parecer mais benéfico para a saúde da coluna do seu filho, mas isto só acontece se este estiver bem-adaptado. É sempre aconselhável utilizar um suporte para que o monitor do computador, fixo ou portátil, esteja sempre ao nível do olhar horizontal natural. Esta tática pode ser também adotada relativamente aos tablets;
  • Realizar exercício físico regularmente: a realização de exercício físico que possa ajudar a fortalecer os músculos do pescoço e dos ombros é também uma forma de evitar dores ou danos na coluna e que deverá aliar-se sempre aos restantes cuidados;
  • Procurar ajuda especializada em caso de necessidade: alterações no formato da coluna da criança  ou dores nas costas persistentes devem ser um alerta para que os pais procurem ajuda profissional.

Em Portugal, 84,3% dos jovens entre os 11 e os 17 anos são sedentários, o que significa que apenas 15,7% dos jovens portuguesas praticam pelo menos uma hora diária de exercício físico. A conclusão é do estudo “Global trends in insufficient physical activity among adolescents: a pooled analysis of 298 population-based surveys with 1·6 million participants”, publicado na revista The Lancet, em 2019. “A facilidade de acesso a tecnologias como telemóveis, tablets e consolas de jogos em fases cada vez mais precoces da vida destes jovens não tem contribuído para inverter esta tendência”, remata Bruno Santiago.

Saiba como proteger-se
Celebre as festividades em segurança. Os acidentes acontecem e pode não ser apenas aos outros.

E se vai para a neve evite as queimaduras por raios ultravioletas. Use os óculos de proteção ou acaba o dia na urgência. Se vai fazer desporto use a proteção adequada como por exemplo óculos na piscina ou no paintball ou capacete no boxe.

E os acidentes de viação causam com frequência traumatismos oculares. É importante usar sempre o cinto de segurança.

Com as crianças são mais comuns os acidentes com objetos pontiagudos, com substâncias causticas, as contusões e as queimaduras. Não maior parte das vezes em ambiente familiar. E estes acidentes podem e devem ser evitados:
Deixe sempre tachos ou panelas com água a ferver fora do alcance da criança;

  • Guarde bem os detergentes, soda caustica, lixivia assim como os medicamentos em armários altos e fechados de forma a que a criança não possa aceder a eles;
  • Não deixe a criança brincar com brinquedos ou com objetos pontiagudos capazes de perfurar o globo ocular. Da mesma forma é importante colocar protetores nas esquinas dos móveis;
  • As plantas pontiagudas ou com espinhos como por exemplo cactos devem estar fora do alcance das crianças.

E se tem animais deve ter em atenção duas coisas: os animais domésticos podem causar lesões. O cão pode morder, o gato pode arranhar, a ave pode picar, muitas vezes com envolvimento dos olhos. E os animais podem transmitir doença, como por exemplo a toxoplasmose ou a doença da arranhadura do gato, que podem dar perda grave de visão e por vezes irreversível. É importante lavar bem as mãos depois de brincar com os animais.

E não se esqueça que os traumatismos fechados - com impacto violento e sem ferida perfurante no globo ocular – podem dar lesões nas estruturas internas do olho sem que se note nada externamente.

Qualquer traumatismo que envolva os olhos deve ser examinado por um médico oftalmologista, que poderá determinar se o olho foi afetado e qual o tratamento que necessita de ser efetuado.

Lembre-se sempre: a prevenção é o melhor tratamento.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
As unhas dos pés encravadas são casos comuns, especialmente no primeiro dedo do pé.

Existem várias causas associadas a esta patologia, além de sintomas visíveis, nomeadamente dor, vermelhidão e inchaço do local, sendo que, quanto mais encravada a unha estiver, mais intensos serão os sintomas.

Quanto ao tratamento, existem várias opções, sendo que estas devem ser avaliadas tendo em conta o caso clínico em questão. Pode ser efetuada uma manipulação da pele e da unha, mas em casos mais avançados pode ser necessário recorrer a uma cirurgia – matricetomia parcial.

As alterações anatómicas das unhas e o encurvamento das mesmas, não são possíveis de prevenir. Ainda assim, existem algumas dicas que pode adotar, visto que esta não é a única causa de unhas encravadas.

  • Tenha cuidado a cortar as unhas dos pés. Devem ficar retas e do tamanho do dedo;
  • Procure utilizar calçado adequado ao seu pé, uma vez que se for demasiado apertado contribui para o surgimento de unhas encravadas;
  • Adote cuidados de higiene e evite andar descalço(a). Esta prática previne o surgimento de infeções fúngicas.

A área da Podologia que se dedica a este tipo de patologias e ao tratamento de alterações, a nível da pele e das unhas dos pés, mesmo que provocados por transtornos sistémicos, é a Quiropodologia. Por isso, no caso de verificar que tem uma unha encravada ou começar a sentir alguns dos sintomas, deve consultar um podologista, de modo a efetuar um diagnóstico e tratamento adequado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo do CEFAR - Centro de Estudos e Avaliação em Saúde
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) apresentou no dia 15 de dezembro as principais conclusões de um Estudo realizado pelo...

Durante o evento, o Ministro da Saúde enalteceu o esforço de toda a comunidade neste período e afirmou “Não tenho dúvida nenhuma de que uma parte do que aconteceu se deveu também à ação das farmácias”. No entender de Manuel Pizarro, em “qualquer estratégia de Saúde para Portugal que, sendo um país pequeno é um país com enormes diferenças regionais e geográficas, faz todo o sentido, não apenas continuar a ver, mas valorizar, as farmácias como parceiros do SNS, e melhorar os resultados em saúde para os portugueses.” e acrescenta, “em muitos casos a farmácia é mesmo o primeiro interface com as pessoas que procuram cuidados de Saúde e é o primeiro local de aconselhamento. É um SNS 24 sem telefone”.

Na ocasião, o Ministro da Saúde destacou os projetos que, em colaboração com as farmácias, serão implementados em 2023: a renovação automática da medicação de doentes crónicos e a distribuição dos medicamentos prescritos nos hospitais para tratamento de algumas doenças, que poderão ser realizados nas farmácias, medidas com grande impacto na vida das pessoas e no alívio da sobrecarga dos serviços e profissionais do SNS.

A inclusão das farmácias na estratégia nacional de testagem permitiu uma maior cobertura nacional, reduzindo as desigualdades de acesso dos cidadãos, permitindo a realização de testagem em mais setenta e quatro concelhos, assegurando-se, assim, a testagem em 266 concelhos. Num momento particularmente conturbado no SNS e quando, em muitos locais do país, a farmácia é o único espaço de saúde ao alcance da população “a colaboração das farmácias contribui para uma clara melhoria dos cuidados de saúde de proximidade”, salienta Ema Paulino.

“Encontrar respostas que vão ao encontro das necessidades em saúde das comunidades locais e assegurar a coesão territorial faz parte da nossa identidade.”, refere ainda a Presidenta da ANF. A colaboração das farmácias com o SNS pode ser potenciada através da prestação de vários serviços de proximidade comparticipados, de que são exemplos a testagem VIH, Hepatites, a testagem dupla Covid e Gripe, bem como de programas de gestão de afeções menores, e de apoio à adesão a novas terapêuticas para doenças crónicas. Reforçar a intervenção das farmácias contribui para a otimização dos resultados em saúde, reduzindo a pressão nas urgências hospitalares, e promovendo a sustentabilidade do sistema de saúde.

 

Principais conclusões sobre o contributo das farmácias para os cuidados de saúde de proximidade através da testagem

Entre janeiro de 2021 e setembro de 2022, as farmácias realizaram mais de 13 milhões de TRAg (Testes rápidos de antigénio para SARS-CoV-2) à população. O pico foi atingido em janeiro de 2022 com as farmácias a responderem a mais de 90% das solicitações de TRAg feitos em Portugal. Com o apoio da Associação Nacional das Farmácias, a rede de 1.650 farmácias envolvidas nos testes conseguiu, num curto espaço de tempo, reunir as condições necessárias para a prestação de um serviço de fácil e rápido acesso pela população, com salvaguarda dos requisitos legais, de segurança, qualidade e confidencialidade.

A inclusão das farmácias na estratégia nacional de testagem, permitiu que mais 74 concelhos passassem a ter um local de testagem rápida, preenchendo lacunas geográficas e socioeconómicas na cobertura do território nacional como um todo. O número de concelhos cobertos com farmácias em Portugal continental foi de 266 (95,7%). Segundo o Estudo do CEFAR - Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, a possibilidade de recorrer à farmácia comunitária permitiu a cada português poupar, em média, 2 km de deslocação por teste realizado, sendo que em 19 municípios essas deslocações seriam superiores a 25km sem as farmácias.

Assim, as farmácias contribuíram para diminuir o índice de desigualdade (Gini) de acesso estimado pela distância média (Kms) ao local de realização TRAg mais próximo, com especial impacto para os portugueses que vivem em municípios com menor densidade populacional, onde o poder de compra é menor e naqueles mais envelhecidos: - 38,1% em municípios com menos habitantes; -32,2% nos mais envelhecidos e - 15,2% em municípios mais pobres.

Também a contribuição das farmácias para o número médio de horas de acesso para realização de TRAg por 1000 habitantes, foi relevante, com um aumento de mais de 9 horas/1000 hab de disponibilidade e uma redução de 38,6% no índice geral de desigualdade (Gini) medido pelas horas de acesso da população à TRAg. Quando consideradas as populações mais vulneráveis observou-se, uma vez mais, um elevado impacto na redução da desigualdade pela inclusão das farmácias no esforço de testagem:  - 43,3% em municípios com menos habitantes; -51,3% nos mais envelhecidos e - 54,6% em municípios mais pobres.  

A possibilidade de realização de TRAg, em complemento à testagem PCR, teve como efeito um maior acesso e diagnóstico mais rápido, que resultou em isolamento mais célere, contribuindo para a redução do número de infeções (-14,5%), dias de internamento (-7,4%) e mortes (-6,7%) – valores estimados para um período de 60 dias.

O Estudo de avaliação sobre o TRAg de uso profissional para SARS-CoV-2 nas Farmácias Comunitárias em Portugal, desenvolvido por investigadores do CEFAR, teve como objetivo avaliar o impacto para a sociedade da integração das Farmácias na rede de locais de realização de TRAg de uso profissional para o diagnóstico do SARS-CoV-2, após janeiro de 2021 (início da realização de TRAg nas Farmácias).

Para além dos elevados níveis de satisfação com a rapidez na comunicação do resultado, na localização da farmácia e da confiança na competência do profissional, mais de 70% dos inquiridos indicaram preferir realizar o teste noutra farmácia caso o serviço não estivesse disponível na farmácia onde o realizou.  O índice de satisfação média de pessoas satisfeitas com serviço de testagem nas farmácias é superior a 4,5 em todos os domínios (avaliação de 1 a 5), destacando-se os seguintes: 4,8 na rapidez na comunicação do resultado; 4,8 na localização da farmácia; e 4,7 na confiança na competência do profissional.

Medida não está a ser cumprida
O Sindicato dos Enfermeiros – SE lamenta que a cada dia que passa se acumulem as injustiças na contagem de tempo para efeitos...

“A negociação que conduziu à publicação do Decreto-lei n.º 80-B/2022 foi árdua, mas representou uma luz de esperança para os enfermeiros, naquilo que se acreditava ser o início da valorização da nossa profissão”, recorda Pedro Costa. Infelizmente, acrescenta, “parece que muitas instituições pretendem ser mais restritivas do que foram os anteriores governos e não estão a contabilizar devidamente o tempo de serviço aos enfermeiros, para efeitos de avaliação de desempenho”.

A situação mais recente que chegou ao conhecimento do SE diz respeito aos enfermeiros cujo vínculo laboral é posterior a 30 de junho de um determinado ano. “O que está a acontecer é que as instituições simplesmente não contabilizam o ano inteiro a esses enfermeiros”, adverte Pedro Costa. Se nada for feito para contrariar esta situação, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros admite que venham a verificar-se casos “em que um enfermeiro que comece a trabalhar no dia 30 de junho de 2004, por exemplo, veja esse ano integralmente contado para efeitos de progressão na carreira enquanto outro colega na mesma instituição fica sem qualquer ponto nesse ano, apenas por ter assinado um dia mais tarde”.

“São incompreensíveis estes procedimentos e comportamentos dos responsáveis das instituições”, acrescenta o dirigente do SE. “Quero acreditar que é apenas incompetência na interpretação da lei, e não que são ações deliberadas para atrasar o reconhecimento da avaliação de desempenho e, assim, tornar ainda mais lento um processo que já se arrasta há demasiados anos”, acrescenta.

Pedro Costa adianta que “o Sindicato dos Enfermeiros só quer ver cumprido o acordo com o Ministério da Saúde, já que existem instituições que o fazem bem, mas existe um grande número que sofre de uma visão restritiva e contrária à abrangência do diploma”. “A tutela tem de dar orientações específicas às instituições, sob pena de afrontar ainda mais os enfermeiros, que já estão pouco motivados para continuar a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, numa altura em que, mais uma vez, os enfermeiros seguram um SNS debilitado por problemas com mais de 20 anos de existência”.

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