"Vamos conhecer o cancro do pulmão?"
“Vamos conhecer o cancro do pulmão?” é a pergunta que o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) lança a propósito do Dia...

Apesar de o cancro do pulmão ser a principal causa de morte, em Portugal, por doença oncológica, mas possível de prevenir e tratar precocemente, ainda existem algumas noções erradas sobre a doença que o GECP pretende clarificar com uma campanha nas redes sociais.

A campanha, “Vamos conhecer o cancro do pulmão?”, materializa-se em quatro pequenos vídeos dinâmicos que têm como objetivo sensibilizar a população no geral para a importância de aceder a informação fiável e verdadeira sobre cancro do pulmão e, de com isso, travar o seu desenvolvimento, quer na ótica da prevenção, quer na ótica do tratamento atempado.

As ideias desmistificadas nestes vídeos são:

  • Não há nada que possa fazer para reduzir o risco de desenvolver cancro do pulmão;
  • O cancro do pulmão é uma doença silenciosa que nunca dá sintomas;
  • Tenho medo e vergonha de assumir que tenho cancro do pulmão;
  • Não há nada que possa ser feito perante o diagnóstico de cancro do pulmão.

“Muito se fala sobre cancro do pulmão, mas também é verdade que nem sempre a população tem acesso às informações mais fidedignas”, afirma Teresa Almodovar, presidente do GECP. Algumas ideias pré-concebidas ainda precisam de ser desconstruídas, sendo aqui que o GECP assume um papel importante como uma entidade veiculadora de informações técnicas e consistentes sobre cancro do pulmão. Para a pneumologista “Com esta campanha pretendemos que se deixem de fazer generalizações e, sobretudo, que deixe de existir espaço para más interpretações e/ou verdades absolutas”.

“A palavra cancro, por si só, ainda assusta, mas neste Dia Mundial do Cancro queremos que esta campanha possa também impactar a forma como os doentes recém-diagnosticados encaram a doença e o tratamento, ou seja, com mais confiança e com foco na cura”, refere a Ana Barroso, pneumologista e membro da Direção do GECP. “Por exemplo, o vídeo que aborda o medo e a vergonha de assumir que se tem cancro do pulmão pretende precisamente passar a mensagem que, perante um diagnóstico de doença oncológica, os doentes não se devem isolar, mas sim procurar apoio e conforto junto da família e dos amigos”.

As especialistas deixam ainda uma mensagem final nesta data: “O conhecimento também pode ser uma arma poderosa no combate ao cancro do pulmão se todos estivermos envolvidos na prevenção, monitorização e ação”.

Prémios 5 Estrelas e Escolha dos Profissionais
A AdvanceCare recebeu o prémio 5 Estrelas, na categoria de ‘Seguros de Saúde’, numa iniciativa da Five Stars Consulting, e foi...

O prémio 5 Estrelas é um sistema de avaliação de produtos, serviços e marcas que mede o grau de satisfação dos consumidores. A atribuição deste prémio é o reconhecimento da marca AdvanceCare como extraordinária, indo ao encontro das necessidades e expectativas dos clientes.

O prémio Escolha dos Profissionais é o sistema de avaliação do nível de satisfação e aceitabilidade das marcas, através da avaliação dos seus produtos e serviços por profissionais com experiência corrente de consumo. Tem por objetivo dar a conhecer as marcas que mais satisfazem estes profissionais, ajudando-os a fazer compras informadas.

“Estes dois prémios são o reconhecimento da qualidade e do prestígio que a AdvanceCare conseguiu alcançar junto do setor dos planos e seguros de saúde, tanto ao nível dos consumidores como dos profissionais, fruto do trabalho das nossas Equipas sempre em parceria com os nossos Clientes”, referiu José Pedro Inácio, CEO da AdvanceCare.

“Trabalhamos todos os dias para inovar e ir além das expectativas, e assim continuar a merecer o reconhecimento de consumidores e parceiros”, concluiu José Pedro Inácio.

 

 

Cardiologia do CHUC Pioneira
A Unidade de Intervenção Cardiovascular (UnIC) do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)...

O doente encontrava-se internado por descompensação cardíaca e foi proposto para uma intervenção valvular percutânea, através de cateterismo e colocação de duas próteses valvulares Pascal Ace, com o novo sistema Pascal Precision da Edwards Lifesciences. A intervenção decorreu sem incidentes e o doente teve alta dois dias depois, melhorado clinicamente e com uma perspectiva de menor número de internamentos no futuro e seguramente melhor qualidade de vida.

O sistema Pascal Precision da Edwards Lifesciences apresenta vantagens evidentes em relação ao anterior, graças ao revestimento hidrofílico, novo sistema de controlo da prótese e mais um fixador que permite uma maior estabilidade e previsibilidade de movimentos, com menor necessidade de compensações e, consequentemente, melhores resultados.

Lino Gonçalves, Diretor do Serviço de Cardiologia do CHUC, realça que “os bons resultados desta técnica de reparação mitral - TEER (Transcatheter Edge-to-Edge Repair), têm uma taxa de sucesso superior a 95%, sendo o CHUC o maior centro nacional, com 38 doentes tratados em 2022.”

Marco Costa (coordenador da UnIC- CHUC), refere que “esta é, de facto, uma alternativa terapêutica para os doentes não candidatos a cirurgia cardíaca após discussão em Heart Team, isto é, um grupo constituído por especialistas altamente diferenciados de cardiologia de intervenção, cirurgia cardíaca, imagem cardíaca avançada e cardiologia clínica. Esta nova

técnica tem um impacto grande na redução da mortalidade e morbilidade dos doentes com insuficiência cardíaca, conforme os estudos clínicos o demonstram.”

Marco Costa prossegue dando nota de que se trata de “uma técnica muito complexa que obriga a uma rigorosa seleção dos casos para manter a elevada taxa de sucesso, bem como a um trabalho de equipa coeso, com a ajuda inestimável de especialista na área de imagem (ecocardiografia transesofágica 3D).”

A intervenção foi realizada por uma equipa composta pelos médicos cardiologistas, Marco Costa, Luis Paiva, Manuel Santos, Ana Botelho e Luis Puga (Imagem Cardíaca) e Joaquim Viana, anestesiologista.

Sonae aderiu ao desafio de 5km da Liga Portuguesa Contra o Cancro
A correr ou a caminhar, 350 colaboradores da Sonae aderiram ao desafio lançado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) de...

A iniciativa contou com 350 colaboradores das várias empresas Sonae, que, na semana em que se assinala o Dia Mundial do Cancro (4 de fevereiro), percorreram 5km tirando partido dos espaços exteriores do parque empresarial onde se localiza a sede do Grupo. Os participantes contribuíram, assim, com 1.750 quilómetros para o objetivo da LPCC de atingir 40.075km, o equivalente ao perímetro da Terra, num ato simbólico para “dar a volta ao mundo” e “dar a volta ao cancro”.

A iniciativa, que contou com o apoio das marcas Continente, Sport Zone e Solinca, insere-se no programa de promoção da saúde e bem-estar dos colaboradores, que vai desde a implementação de medidas de flexibilidade laboral à disponibilização de serviços e infraestruturas do Sonae Campus que facilitam uma vida equilibrada.  

“A saúde e bem-estar dos nossos colaboradores é uma prioridade para a Sonae e, como tal, não podíamos ficar indiferentes a esta iniciativa tão meritória. A prevenção é fundamental para a saúde física e mental de todos nós, pelo que, esperamos que com este gesto simbólico, que teve uma adesão notável por parte das nossas colaboradoras e colaboradores, mais pessoas fiquem a conhecer o desafio da Liga Portuguesa Contra o Cancro e se juntem a este movimento”, afirma Eduardo Mendes, diretor de People & Leadership da Sonae.

O compromisso da Sonae com a saúde e bem-estar dos seus colaboradores, reflete-se na oferta alargada de espaços e serviços disponíveis no Sonae Campus, como ginásio, campos de futebol e de padel, , ciclovia e bicicletas, análises clínicas e serviços de enfermagem, consultas de nutrição, serviços de conveniência (quiosque, lavandaria e engomadoria, centro de lavagem de viaturas, entregas de farmácia, etc.), cabeleireiro e centro de estética, um polo da Brave Generation Academy para os filhos de colaboradores, entre outros.

Em entrevista ao podcast da Onya Health
O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, felicita o Governo pela decisão de criar uma carreira específica...

“Esta lei da carreira farmacêutica, a partir do dia 1 de janeiro (de 2023), não permite que especialistas cujo título tenha sido dado pela Ordem dos Farmacêuticos sejam reconhecidos no Serviço Nacional de Saúde”, começa por explicar Hélder Mota Filipe. “Apenas os farmacêuticos com os títulos que resultam da residência podem passar a ser reconhecidos”.

Segundo a nova lei, as instituições do SNS só poderão contratar farmacêuticos especialistas depois de cumpridos quatro anos de internato numa das três especialidades disponíveis: Farmácia Hospitalar, Análises Clínicas ou Genética Humana. A primeira residência do país teve início em janeiro deste ano e o Bastonário alerta que o SNS não pode esperar quatro anos pelos primeiros especialistas: “O Serviço Nacional de Saúde não pode conviver com esta situação no momento em que já faltam 300 farmacêuticos para os hospitais do SNS”.  

Apesar de concordar com a criação de uma carreira farmacêutica no serviço público, o Bastonário afirma que a Ordem ainda está em negociações com o Ministério da Saúde para tornar a lei mais justa. A solução pode passar pela equiparação de competências, permitindo que os títulos atribuídos pela Ordem antes de 1 de janeiro possam ser igualmente reconhecidos pelas instituições públicas “até que o próprio SNS tenha capacidade de gerar os seus próprios especialistas”, conclui.  

“Se temos falta de medicamentos, então temos um problema de saúde pública” 

Para controlar a escassez de medicamentos, Hélder Mota Filipe afirma que é necessário implementar uma reserva estratégica de medicamentos para momentos de crise que só possa ser mobilizada pelas autoridades competentes. O Bastonário fala ainda na criação de uma lista oficial de medicamentos equivalentes, para que o farmacêutico tenha sempre uma terapêutica alternativa caso algum medicamento esteja em falta.  

 

 

APDP alerta
O cancro parece estar a ultrapassar a doença cardiovascular como principal causa de morte em adultos com diabetes tipo 2 (DT2),...

Estima-se que cerca de 20% das pessoas com cancro tenham também diabetes e que as pessoas com diabetes apresentem um maior risco de desenvolver determinados tipos de cancro, além de menos anos de sobrevivência em média.

“As doenças não transmissíveis, como é o caso do cancro e da diabetes, estão entre as dez ameaças à saúde global identificadas pela OMS. A situação agrava-se quando pensamos nas pessoas que têm as duas doenças em simultâneo.”, alerta José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A taxa de mortalidade em pessoas com DT2 devido a doenças cardiovasculares tem vindo a decrescer, segundo apontam alguns estudos, o que parece ter criado uma transição para outras causas de morte, como é o caso do cancro. A proporção de mortes por cancro nas pessoas com diabetes, entre as mortes por todas as causas, permanece alta (> 30%) em idades jovens, e tem aumentado constantemente em idades mais avançadas, aponta o estudo “Desigualdades nas tendências de mortalidade por cancro em pessoas com diabetes tipo 2: estudo populacional de 20 anos na Inglaterra”.

Em 2018, a mortalidade por cancro aumentou na franja dos 75 anos ou mais, face a 1998. Este aumento verificou-se especialmente no caso dos cancros colorretal, do pâncreas, hepático e do endométrio. Em contraste com a população geral, a taxa de mortalidade devido a estes cancros é quase duas vezes maior em pessoas com diabetes tipo 2.

Ainda assim, segundo o mesmo estudo, a mortalidade por todas as causas em pessoas com diabetes tipo 2 diminuiu para todas as idades. As conclusões do estudo sugerem assim que as estratégias de prevenção e deteção do cancro merecem um nível de atenção semelhante ao de outras complicações como as doenças cardiovasculares.

“Estas conclusões mostram que são necessárias estratégias de prevenção eficientes com medidas que promovam ambientes favoráveis à saúde e acompanhamento médico para controlo da diabetes. O diagnóstico precoce de cancro em pessoas com diabetes, é essencial e salva vidas! Para o conseguir, é crucial apostar também em estratégias de deteção precoce e encaminhamento adequado.”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

O estudo “Desigualdades nas tendências de mortalidade por cancro em pessoas com diabetes tipo 2: estudo populacional de 20 anos na Inglaterra” foi realizado entre 1998 e 2018, e baseou-se em mais de 130.000 adultos com 35 anos ou mais e diabetes tipo 2. O objetivo foi descrever as tendências a longo prazo das taxas de mortalidade por cancro em pessoas com diabetes tipo 2, tendo como base subgrupos definidos por características sociodemográficas e fatores de risco.

Bolsa entre os 5.000€ e os 35.000€
Está aberto o período de candidaturas ao Prémio Faz Ciência, que visa distinguir os melhores projetos de investigação...

Esta é a 5.ª edição do Prémio FAZ Ciência, que continua a apostar na oncologia como a área a distinguir. Maria do Céu Machado, Presidente da Fundação AstraZeneca refere que “Portugal tem grandes investigadores e projetos de investigação, que merecem ser reconhecidos e apoiados. Só assim poderemos contribuir para a inovação e desenvolvimento de novas terapêuticas, que irão permitir tratar melhor os doentes oncológicos”.

Os projetos candidatos ao Prémio “FAZ Ciência” serão avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco especialistas na área da Oncologia: José Carlos Machado, Professor na Faculdade de Medicina do Porto e Vice Presidente Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), Bruno Silva Santos, Professor Associado com Agregação da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Vice-Diretor e Investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM), Cláudia Faria, Investigadora no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM), José Pedro Carda, Hematologista e Membro da Sociedade Portuguesa de Hematologia e António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar do Porto.

As candidaturas deverão ser enviadas por email para [email protected], até dia 28 de fevereiro de 2023. O regulamento está disponível na página da Fundação AstraZeneca, em www.astrazeneca.pt. A cerimónia de entrega do Prémio será posteriormente anunciada. Mais informação em www.astrazeneca.pt.

 

 

Ação nacional pretende reduzir o número de mortes por enfarte
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) volta a consciencializar para o enfarte agudo do miocárdio. A...

“Em Portugal, o enfarte agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte e incapacidade. Todos os anos mais de 12.000 portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio. É primordial que o tratamento ocorra o mais rapidamente possível, após o início dos sintomas. Acreditamos que reduzir o risco de mortalidade, a reincidência de enfarte e as complicações associadas, é uma responsabilidade dos profissionais de saúde e de uma população bem informada. É nesse sentido que surge esta ação nacional de consciencialização”, explica Eduardo Infante de Oliveira, presidente da APIC.

“Atualmente, as pessoas já identificam os sintomas do enfarte agudo do miocárdio, mas muitas vezes não atuam com a rapidez necessária. Os sintomas mais comuns de enfarte são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 – e esperar pela ambulância. A pessoa deve evitar tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios”, alerta João Brum Silveira, Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life e da Campanha Cada Segundo Conta (APIC).

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.

Com os objetivos de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a APIC desenvolveu a campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta”, que conta com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), do Alto Patrocínio do Presidente da República e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt

Caso Húngaro em análise
No passado dia 26 de janeiro, a GS1 Healthcare, uma comunidade internacional aberta e neutra de stakeholders, com intervenção...

István Nagy, que tem vindo a promover a implementação de standards GS1 há mais de 20 anos, iniciou a sessão com um olhar sobre o passado, relembrando a altura em que eram utilizados diferentes tipos de código de barras para identificação de produtos. Este processo era individual e contava com a intervenção humana, pelo que as possibilidades de erro eram maiores e havia uma grande exigência a nível de tempo para sistematização de informação.

O surgimento dos Sistemas de Identificação Única em Dispositivos Médicos (UDI - Unique Device Identification), exigidos pela União Europeia, disponibilizou uma estrutura globalmente harmonizada e única para a identificação de dispositivos médicos, a fim de melhorar significativamente a qualidade dos cuidados, garantir a segurança dos pacientes, assegurar a utilização segura dos dispositivos médicos e tornar os processos hospitalares mais eficientes. 

Segundo István Nagy, “falar de standards na saúde é falar de segurança dos pacientes e de eficiência de processos”. A utilização de standards GS1 permite a identificação de pacientes em qualquer momento e local de prestação de cuidados de saúde e de diagnóstico, e, consequentemente, a redução das taxas de erro, permitindo evitar, por exemplo, a administração de medicamentos errados aos doentes. Assim, basta um código de barras para aceder a todos os dados necessários sobre os pacientes, o seu histórico e as necessidades a nível de medicação.

O Diretor de IT no Instituto Húngaro de Cardiologia Gottsegen György concluiu a sessão com uma reflexão, destacando a importância da implementação de standards harmonizados em hospitais, para a identificação automática de pacientes e de cuidados de saúde prestados em ambiente hospitalar: “A escolha é nossa (...). A utilização de standards uniformizados e globais é, realmente, uma mais valia no nosso dia a dia, porque ter toda a informação compilada ajuda bastante na tomada de decisão”.

Desde a entrada em vigor da obrigatoriedade de utilização de UDI (Unique Device Identification) nos Dispositivos Médicos, como desracou  István Nagy,  o Instituto Húngaro de Cardiologia passou a reconhecer as vantagens da utilização destes identificadores nos respetivos processos, tendo adaptado o seu sistema interno para dar resposta aos requisitos previstos pela legislação que impunha essa obrigatoriedade.

Tendo em conta o previsto no Regulamento (CE) n.º 2017/745 e no Regulamento (CE) n.º 746/2017 que definem os elementos que constituem o sistema UDI, o Instituto Húngaro de Cardiologia colaborou com a GS1 Hungria com vista a desenvolver as alterações necessárias no software hospitalar para a integração da codificação dos dispositivos.  Como sublinhou István Nagy, este projeto durou um ano e a informação transportada no GS1 Datamatrix, por exemplo, nas pulseiras dos pacientes, começou a ser utilizada em contexto cirúrgico e  de internamento, a partir do upload dos códigos, com recurso a uma aplicação especifica desenvolvida para o efeito - eMed-solution – assente em tecnologia wireless. Este sistema foi, entretanto, replicado em outras 21 unidades hospitalares.

Com base no sucesso desta iniciativa, o Instituto Húngaro de Cardiologia admite avançar com novos projetos que permitam acrescentar mais informação à pulseira dos pacientes, criando um sistema de suporte em ambulatório.

A GS1 Healthcare é uma comunidade internacional de stakeholders com intervenção no setor da saúde que integra a GS1. Instituída em 2005, esta comunidade aberta e neutra lidera a implementação e desenvolvimento do Sistema de Standards GS1, melhorando a segurança dos doentes e a eficiência operacional da cadeia de abastecimento. A nível nacional, a GS1 Portugal promove a sensibilização dos profissionais do setor da saúde para os benefícios da utilização de standards globais, que sustenta a identificação única e inequívoca dos produtos de saúde, a sua autenticidade e a segurança das pessoas.

Maternidade e cancro
Fazer planos para o futuro e não abdicar dos sonhos projetados, incluindo os da maternidade, deve fa

"É essencial que, no momento traumático do diagnóstico, o doente receba informação médica rigorosa e completa, que tenha em conta os diferentes aspetos e as etapas da vida da mulher, como o seu desejo de ser mãe, e que tenha em conta as suas necessidades e os seus sonhos. Que nenhuma mulher tenha de abdicar da maternidade por causa do cancro e da falta de informação", sublinha a médica do IVI Lisboa.

Entre as mulheres, o cancro da mama é o que tem maior expressão. Pode afetar uma em cada oito mulheres. No entanto, quando diagnosticado precocemente, tem geralmente um bom prognóstico. A radioterapia e a quimioterapia aceleram a diminuição natural da fertilidade, mas Catarina Godinho lembra que os médicos podem e devem informar as mulheres sobre formas de preservar a fertilidade.

Rute Abade e o seu bebé milagre

Assegurar que podem ser mães mais tarde, também acaba por lhes dar força e coragem para enfrentar e vencer a batalha do cancro. Rute Abade é um destes exemplos de perseverança. Vencida a batalha contra o cancro da mama, apontou as baterias para outra luta: a de concretizar o sonho da maternidade. “O meu filho é um milagre da ciência e também o resultado da sensibilidade da minha médica, que me informou da possibilidade de vitrificar (congelar) os meus ovócitos antes da quimioterapia”, afirma.

Rute tem hoje um menino de dois anos, graças à preservação dos seus ovócitos, feita após o diagnóstico de cancro e antes de iniciar os tratamentos. Tinha na altura 35 anos. O diagnóstico atempado facilitou a cura e a concretização do sonho da maternidade.

A mãe de Rute foi diagnosticada em 2006 com cancro nos ovários e como já tinham existido outros casos na família, solicitou a abertura de um estudo genético no hospital onde era seguida. Este estudo foi inconclusivo mesmo após a morte da mãe de Rute em 2009 e apenas em 2012 se confirmou que a Rute, e todas as mulheres da família do lado materno, tinham uma alteração genética BRCA1, que podia provocar cancro dos ovários e da mama.

“No primeiro ano em que fiz os exames estava tudo bem, mas um ano depois, durante uma ressonância magnética de rotina, a médica disse-me que tinha um nódulo na mama, com o tamanho de um bago de arroz. Fiz uma biópsia e deram-me indicação para dupla mastectomia e quimioterapia”, revela Rute. ​Acrescenta que quando soube do diagnóstico só pensou na cura e foi a médica que a aconselhou a salvaguardar a hipótese de ser mãe. “Estava tão focada na doença que não pensei em acautelar o futuro e a maternidade, que estava nos seus planos. Este alerta foi muito importante e fazia todo o sentido. No dia seguinte à operação iniciei o processo de preservação de fertilidade e só depois fiz quimioterapia”, acrescenta.

Três anos depois e uma vez que os médicos que a seguiam em oncologia lhe deram indicação que estava preparada para dar início ao tratamento de fertilidade, voltou ao IVI e dos 9 ovócitos que tinha conseguido preservar quando tinha 35 anos, gerou um embrião. Embrião este que 9 meses depois deu origem ao bebé de 2 anos.

De acordo com Catarina Godinho, entre 2007 e 2022, mais de 1400 mulheres com diagnóstico de cancro vitrificaram os seus ovócitos nas clínicas IVI da Península Ibérica, antes de se submeterem a um tratamento de quimioterapia ou radioterapia. Desde então, nasceram cerca de seis dezenas de bebés, número que aumenta todos os anos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos”
A CUF e o Pingo Doce lançam quinta-feira, 2 de fevereiro, o livro “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” com...

“Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” alia o conhecimento científico de profissionais de saúde da CUF à experiência na área alimentar de especialistas em nutrição do Pingo Doce. Está cientificamente comprovado que é fundamental que as pessoas com cancro obtenham todos os nutrientes necessários para manterem o corpo forte e o mais resistente possível à doença e aos eventuais efeitos secundários dos tratamentos. Por esse motivo, foi desenvolvido este livro que apresenta 100 receitas em linha com os princípios da dieta mediterrânica e organizadas em função dos dez principais sintomas e questões alimentares com que os doentes oncológicos em tratamento se deparam.

Comprometidos com a promoção da saúde através da alimentação, é no âmbito do programa “A Saúde Alimenta-se” que a CUF - a maior e mais experiente rede privada de cuidados oncológicos em Portugal, com mais de 400 profissionais de saúde - e o Pingo Doce - a maior cadeia de supermercados em Portugal e um especialista alimentar com mais de 40 anos de experiência e uma equipa de nutrição própria - juntam esforços e conhecimento para promover junto dos portugueses uma maior consciência do papel que os alimentos podem desempenhar na adequada satisfação das necessidades de cada um.

Quando confrontados com o diagnóstico de cancro, a preocupação com a alimentação por parte dos doentes e familiares aumenta de forma substancial. São frequentes as questões sobre o que se pode ou deve ingerir e quais as quantidades benéficas para enfrentar a doença e as suas consequências. São questões como estas que o “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” vem valorizar.

O livro procura capacitar os doentes para escolhas alimentares que promovem um impacto nutricional positivo: aumentando a função imunitária, a eficácia da resposta ao tratamento e o controlo dos efeitos secundários. Para tal, disponibiliza 100 receitas, desenvolvidas com o apoio de profissionais de saúde CUF e especialistas de nutrição do Pingo Doce, que dão um contributo para a resposta aos desafios tanto da prevenção do cancro, como das fases durante e após os tratamentos oncológicos.

O evento de apresentação do livro conta com intervenções do Presidente da Comissão Executiva da José de Mello, Salvador de Mello, e do Presidente do Conselho de Administração do Grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos. “A importância da alimentação para doentes oncológicos em tratamento” será o mote para uma mesa redonda que junta a Diretora Clínica da Oncologia CUF, Ana Raimundo, a responsável de nutrição do Pingo Doce, Susana Pasadas, e a responsável da Associação de Doentes Careca Power, Miriam Brice.

A partir de sexta-feira, o livro, de capa dura e profusamente ilustrado, estará disponível em mais de 280 lojas Pingo Doce de Portugal Continental.

Universidade de Coimbra
O projeto europeu “RYHEALTH – A holistic approach to rocking your health”, coordenado pela Universidade de Coimbra (UC), quer...

Abordando o estilo de vida saudável de forma holística (que agrega atividade física, dieta saudável, saúde mental e bem-estar), e com o envolvimento da família e da escola, o projeto é direcionado a estudantes dos ensinos básico e secundário. Com o trabalho que vai ser desenvolvido até 2025, pretende-se que «crianças e jovens deixem de orientar a sua saúde por fatores extrínsecos e passem a tomar opções (sobre exercício, alimentação, entre outros) de forma intrínseca, para que a vida saudável seja uma escolha e não uma imposição», explica a docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEFUC) e coordenadora do projeto, Paula Tavares.

«É fundamental promover esta visão holística junto de crianças e jovens para que experimentem, aprendam e vivam vários comportamentos saudáveis, de forma sustentada, ao longo da vida, sendo a escola um lugar de grande relevância para adquirirem e experienciarem esses comportamentos», contextualiza a coordenadora do projeto. Além disso, ao envolver a família, o projeto pretende ter também «um impacto intergeracional, em que todos participam ativamente na promoção de estilos de vida saudáveis, independentemente da idade», destaca ainda Paula Tavares.

As atividades que vão ser desenvolvidas pelo “RYHEALTH – A holistic approach to rocking your health” assentam em cinco pilares: 1) apoiar a promoção de atividades ao ar livre e estilos de vida saudáveis junto de alunos de escolas básicas e secundárias; 2) melhorar as competências de professores e famílias para a promoção da saúde e prevenção de doenças através da adoção de comportamentos saudáveis; 3) facilitar e aumentar as práticas de atividades que melhorem a saúde desde tenra idade; 4) aumentar a consciencialização sobre os impactos positivos de hábitos saudáveis; 5) criar uma rede de instituições, escolas, estudantes e famílias na Europa para a promoção do desporto, de atividades ao ar livre e de estilos de vida saudáveis.

Em Portugal, além da Universidade de Coimbra, o “RYHEALTH” vai envolver o Agrupamento de Escolas da Anadia (através da Escola Básica de Vilarinho do Bairro), o Agrupamento de Escolas da Sertã, «estando em curso o recrutamento de escolas do município de Coimbra, dado que o projeto está aberto à participação de mais escolas e que se pretende que os contributos do projeto possam vir a ser aplicados, no futuro, em outras instituições de ensino», salienta a docente da UC.

O projeto vai envolver ainda a Outdoor Against Cancer (Alemanha), a Escola Internacional Montessori de Munique – Campus de Mónaco (Alemanha) e a Universidade de Cádiz (Espanha). Na Universidade de Coimbra, o projeto conta também com a participação de Alain Massart, Beatriz Gomes, Maria João Campos e Paulo Nobre, docentes da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.

Mais informações sobre o projeto “RYHEALTH – A holistic approach to rocking your health” estão disponíveis em https://ryhealth.net/.

Saúde, Beleza e Bem-estar
Catalogado como um superalimento, o gengibre, é cada vez mais, uma presença no nosso dia a dia devid

O Gengibre ou kion é uma planta medicinal tradicionalmente conhecida da família Zingiberaceae, assim como o cardamomo e o açafrão. A sua origem é atribuída aos trópicos, podendo atingir 90 centímetros de altura, embora a parte mais apreciada sejam as raízes. Os especialistas da Atida | Mifarma garantem que apesar do seu sabor picante e estranho pode ser o aliado perfeito para combater inúmeros males como, “dores menstruais, dores de cabeça, náuseas ou constipações típicas da época. No entanto, um dos seus benefícios mais desconhecidos é, o de retardar o envelhecimento e ativar a circulação sanguínea, por isso é fantástico para a pele", diz Reme Navarro, farmacêutica e nutricionista.

  1. Grande aliado contra o envelhecimento

Com o passar do tempo, os sinais de envelhecimento começam a incomodar e o gengibre torna-se o ingrediente natural ideal para prevenir o envelhecimento. Graças aos seus componentes antioxidantes, atrasa o aparecimento de rugas ou linhas de expressão. Além disso, estimula o fluxo sanguíneo para que a pele fique muito mais elástica e firme. “Com o passar dos anos, a pele fica muito exigente e precisa de cuidados especiais de acordo com cada necessidade, por isso a escolha de um bom sérum ou creme hidratante à base de gengibre pode combater as rugas”, afirma a farmacêutica.

Além disso, existem máscaras de gengibre para uma rotina completa, mas também podem ser feitas em casa, combinando ingredientes que dão um plus à pele para deixá-la macia e luminosa. Uma opção de máscara caseira seria misturar gengibre ralado, duas colheres de sal, uma colher de mel e duas colheres de óleo de amêndoa. “Os remédios caseiros funcionam muito bem na maioria das vezes, mas não devemos esquecer que a pele pode ser facilmente irritada, por isso, se utilizar uma máscara caseira de gengibre, é aconselhável experimentá-la pela primeira vez numa pequena área da pele. Depois de aplicar, espere alguns minutos para ver se fica irritada", diz Reme.

  1. Facilita a digestão e favorece a microbiota

Graças ao fato de ativar os movimentos intestinais e a absorção de nutrientes. O seu consumo previne problemas como indigestão ou dispepsia, cujos sintomas mais frequentes são ardor, náuseas, sensação de peso ou dores no estômago.

  1. Ajuda a combater a gripe e a tosse

Reme Navarro destaca, que o gengibre "é diaforético, promove a transpiração e também possui inúmeras propriedades anti-inflamatórias, expetorantes e antitussícas que nos ajudam a reduzir os sintomas do resfriado". Nestes casos, a forma mais comum de consumo é através de infusões ou os tradicionais rebuçados, pois alivia rapidamente dores de garganta e congestão nasal. Além disso, graças ao seu poder anti-inflamatório, melhora a dor de cabeça e dores musculares.

  1. Alivia as náuseas

Reme Navarro, destaca que, entre os usos mais comuns do gengibre está, o alívio de vómitos, náuseas ou tonturas, “especialmente em gravidas”.

  1. Ajuda a manter a linha

O gengibre é benéfico para acelerar o metabolismo e estimular o processo de queima de gordura corporal, favorecendo a eliminação de toxinas. “Não é um complemento milagroso no cuidado com a linha, pois existem mais fatores envolvidos que também devem ser tidos em consideração”, diz Navarro.

Existem inúmeras formas de consumir este alimento, mas entre as mais conhecidas estão os suplementos alimentares, infusões, rebuçados ou diretamente de forma crua, ralada ou cozida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para modernizar procedimentos e potenciar resultados clínicos
O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) realizou, no passado dia 30 de janeiro, a sua primeira cirurgia robótica. A...

A implementação da cirurgia robótica permitirá ao CHUSJ um significativo avanço na modernização da sua atividade cirúrgica, assumir-se como um centro de referência na formação de novos cirurgiões e minimizar o risco de erro associado a qualquer intervenção cirúrgica pela uniformização dos procedimentos.

Outra vantagem prende-se com a melhoria dos resultados alcançados por esta tipologia de intervenção, particularmente na doença oncológica, área em que o CHUSJ é centro de referência a nível nacional.

“Na perspetiva do profissional, são várias as vantagens da utilização deste equipamento, um maior conforto ergonómico, maior precisão de movimentos, melhor acesso a áreas anatómicas complexas, o que se traduz em maior complexidade e radicalidade cirúrgica", explica Elisabete Barbosa, Diretora da UAG de Cirurgia.

Na perspetiva do utente, a cirurgia robótica traz uma recuperação mais rápida no pós-operatório (física e funcional), menor tempo de hospitalização e menor necessidade de reintervenções.

As vantagens da utilização deste equipamento apresentam um impacto significativo nos resultados clínicos “associados a uma redução de custos devido à diminuição da estadia hospitalar, da necessidade de internamento em cuidados intensivos, da conversão para cirurgia aberta, das complicações, dos reinternamentos e da necessidade de transfusões de sangue”.

Deste modo, a unidade hospitalar espera uma “evolução gradual da utilização do equipamento pelas diferentes especialidades cirúrgicas, começando pela Urologia, Ginecologia e a Cirurgia Geral, abrangendo mais tarde a Cirurgia Torácica, Obesidade, áreas em que este equipamento já deu claras provas de sucesso”.

 

Técnica avançadas com máxima segurança
Os Serviços de Imagiologia Geral e Neurológica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte receberam uma profunda renovação...

Ao upgrade dos dois equipamentos de Ressonância Magnética, os serviços de Imagiologia do CHULN juntam a aquisição de duas novas Tomografias Computorizadas, oito equipamentos de Radiologia Convencional - onde se incluem mesas multidiagnóstico, raio-x transportáveis e um aparelho para a sala de trauma da Urgência Central -, três equipamentos de Ecografia e um de Ortopantomografia, radiografia que permite visualizar estruturas da face e da cavidade oral. Uma renovação tecnológica a que se vai juntar ainda durante este primeiro semestre de 2023 um novo aparelho de Osteodensitometria, exame que permite avaliar a densidade óssea.

“Esta renovação tecnológica permite-nos colocar os nossos serviços no século XXI e a trabalhar de acordo com o ‘estado da arte’ na realização da generalidade dos exames imagiológicos diagnósticos e de intervenção necessários aos nossos doentes”, sublinha o Diretor do Serviço de Imagiologia Geral, João Leitão

Em relação às grandes vantagens das atualizações nas ressonâncias magnéticas, as equipas de Imagiologia do CHULN destacam a possibilidade de realização de técnicas avançadas ou o funcionamento total em plataformas digitais, com significativa melhoria da qualidade de imagem. Já em relação às novas Tomografias Computorizadas (TC), os serviços de Imagiologia Geral e Neurológica apontam dois grandes benefícios: a precisão da imagem com elevada segurança para doentes e profissionais, através da utilização de software de “inteligência artificial” que permite manter imagens de alta qualidade com baixa dose de radiação; e segurança na intervenção, com a utilização de software de “orientação” que permite otimizar a precisão na realização de procedimentos de intervenção (como p. ex. em biopsias) orientados por TC, contribuindo igualmente para uma redução da dose de radiação a que o doente é submetido.

A modernização dos equipamentos, explica,  permite o controlo de dose de radiação por utente e a melhoria das condições radiológicas para múltiplos procedimentos, em particular nos blocos operatórios dependentes destas soluções.

“A aquisição e renovação dos equipamentos dos Serviços de Imagiologia vêm abrir no presente uma porta para o futuro. Estamos mais perto de cumprir a missão de exercer a radiologia e a neurorradiologia com a qualidade e a segurança que os doentes requerem e os profissionais merecem”, reforça a diretora do Serviço de Imagiologia Neurológica, Graça Sá.

Já na área da Ecografia, os equipamentos “topo de gama” permitiram um salto qualitativo nas condições de trabalho para os médicos radiologistas, fornecendo-lhes ferramentas da mais elevada tecnologia para um diagnóstico ecográfico mais seguro, adiantam os profissionais.

APIC realiza 12.ª Reunião VaP-APIC’23
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai realizar a 12.ª Reunião VaP-APIC, nos dias 16 e 17 de...

“Um novo ano, requer novos desafios. Esta reunião pretende discutir o estado da arte da intervenção valvular percutânea, e promover uma troca de experiências entre profissionais de saúde envolvidos no tratamento da doença valvular cardíaca. Nestes dois dias, contaremos com um programa científico que foi desenvolvido de modo a focar temas dedicados ao diagnóstico e aperfeiçoamento técnico, para que assim se possa melhorar a decisão e abordagem do doente com doença valvular cardíaca”, afirma Joana Delgado Silva, presidente da iniciativa e vogal da Assembleia Geral da APIC.

E acrescenta: “Esta será uma edição que vai ter um componente formativo importante, palestras dedicadas a temas que suscitam mais dúvidas e a visualização de casos clínicos desafiantes. Os painéis de discussão irão ser multidisciplinares e integrados por especialistas de renome nacionais e internacionais das várias áreas da cardiologia ligadas ao diagnóstico e tratamento percutâneo da doença valvular. Acreditamos que vai continuar a ser um momento com oportunidades de aprendizagem únicas”.

Este evento é destinado a todos os profissionais de saúde, bem como estudantes da área da saúde, que tenham interesse nas temáticas da intervenção estrutural valvular.

Para mais informações consulte: https://www.vap-apic.pt/

 

Prevenção de doenças infeciosas
Uma pessoa com cancro está mais suscetível a diversas infeções que podem causar o adiamento de tratamentos ou cirurgias, com...

“As pessoas devem questionar e pedir sempre informação à equipa clínica que as acompanha, médico e/ou enfermeiro, de forma a decidir que vacinas realizar e quando, adaptando o plano vacinal a cada situação particular e minimizando possíveis riscos associados. Estamos no inverno e sendo esta uma altura do ano em que o vírus da gripe circula com mais intensidade, devemo-nos proteger. O mesmo sucede em relação à COVID-19”, alerta Cristina Coelho, sócia fundadora da Careca Power, uma associação que tem como missão apoiar todos aqueles que tiveram diagnóstico de cancro, bem como as suas famílias e amigos, promovendo o sorriso, a esperança e a força nesta fase da vida. 

Em vésperas de mais um Dia Mundial do Cancro, Cristina Coelho, também ela em tratamentos devido a um cancro do pulmão, dá o seu testemunho e faz um apelo público à vacinação, que, não sendo a cura por si só, pode fazer toda a diferença na evolução da doença. “É importante deixar uma mensagem de esperança e de força e frisar que a vacinação é uma forma de prevenção”, explica. 

A infeção, principalmente quando é grave, com necessidade de internamento ou outras complicações associadas, pode atrasar ciclos de quimioterapia ou até mesmo cirurgias. “Um atraso de um mês no tratamento em muitos tipos de cancro pode traduzir-se num aumento do risco de morte entre 6% a 13%”, reforça, por outro lado, Andreia Capela, presidente da Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) e médica oncologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia – Espinho.  

“A vacinação é um direito universal. Garantir equidade no acesso a este direito deve ser uma prioridade. Profissionais de saúde e utentes mais informados e esclarecidos estarão mais protegidos de infeções que acarretam complicações graves”, acrescenta Andreia Capela. 

A campanha de sensibilização para a vacinação no doente oncológico, à qual se associa a Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Associação Careca Power, vai prolongar-se até à Semana Mundial da Vacinação, que se assinala todos os anos em abril. Dinamizada pela AICSO e pela Direção-geral da Saúde (DGS), em parceria com diversas associações e sociedades profissionais na área da Saúde* visa sensibilizar profissionais de saúde e população para a importância, indicações e contraindicações de diferentes vacinas na pessoa com doença oncológica. 

O objetivo é levar as pessoas com diagnóstico de cancro a questionarem as suas equipas de saúde sobre a vacinação e, em simultâneo, incentivar essas equipas a estarem mais atentas a esta temática e a disponibilizarem informação fidedigna sobre a vacinação aos doentes e seus cuidadores. 

Iniciativa do Sindicato dos Enfermeiros é discutida estas 6ª feira
Há muito que os enfermeiros portugueses reivindicam o reconhecimento da sua profissão como sendo de alto risco e desgaste...

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, Pedro Costa, está confiante que os deputados compreendem as motivações do sindicato. Uma convicção que está sustentada no facto de a Petição n.º 310/XVI/3.ª ter dado origem a dois projetos de lei, do Bloco de Esquerda e do Chega, e dois projetos de resolução, do PAN e do PCP.

A recolha de assinaturas, cujo primeiro signatário é o dirigente do SE Eduardo Bernardino, reforça o caráter especial da enfermagem por comparação com outras profissões que também já o são, entre as quais se encontram as forças de segurança. “Diariamente, os enfermeiros estão sujeitos a uma pressão muito grande, exercendo uma profissão com elevada complexidade e onde têm de lidar de forma constante com a doença e até mesmo a morte, além de toda a dificuldade que é lidar com os doentes e a família em momentos de extrema fragilidade”, explica Pedro Costa, presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

“Pratica-se um horário de trabalho 24h/24h, sob a forma de turnos diurnos e noturnos, e com consequências físicas e emocionais”, sustenta o presidente do SE. Recordando que “está comprovado, desde 2016, que um em cada cinco enfermeiros se sente em exaustão emocional, a qual se agravou ainda mais com a pandemia”.

Pedro Costa afirma mesmo que, durante a fase mais grave da pandemia, “o Governo acabou por reconhecer, ainda que de forma temporária, as dificuldades inerentes ao exercício da enfermagem, ao criar um subsídio extraordinário e temporário pelos riscos das funções exercidas”. “O problema está no facto de este reconhecimento ser limitado no tempo, quando, na verdade, a nossa profissão é extremamente exigente, todos os dias, com ou sem pandemia”, diz.

A falta de recursos humanos e de equipamentos, bem como as condições muitas vezes inadequadas das instalações físicas, reforçam as dificuldades que os enfermeiros sentem no exercício da profissão e que se reflete, em muitos casos, no abandono da atividade. “Os enfermeiros estão exaustos e desmotivados com toda uma exigência diária que não se reflete, desde logo, nas condições remuneratórias”, acrescenta Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros espera, por isso, que os deputados reconheçam a urgência de a enfermagem ser considerada uma profissão de alto risco e desgaste rápido, alterando, deste modo, a idade mínima da reforma. “Os deputados têm uma oportunidade quase única de passarem dos atos às ações e trocarem as palmas aos enfermeiros por medidas concretas de valorização da nossa profissão”, conclui Pedro Costa.

Enfarte de miocárdio
Uma equipa de investigadores do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC) da Faculdade de Ciências e...

No decorrer da investigação “GRACE PLUS - Uma abordagem baseada na fusão de dados para melhorar a pontuação GRACE na avaliação de risco da Síndrome Coronária Aguda”, da autoria de Afonso Neto, aluno de doutoramento do Departamento de Engenharia Informática (DEI), de Jorge Henriques e Paulo Gil, investigadores do CISUC e ainda de José Pedro Sousa, médico cardiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi possível concluir que existem fatores de risco não contemplados no GRACE, em particular a hemoglobina no momento da admissão, com impacto positivo na melhoria da precisão da avaliação de risco.

«Começámos por investigar formas de adicionar ao modelo Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE) novos fatores de risco, identificados pelo nosso parceiro clínico (CHUC), com potencial para melhorar a precisão do prognóstico, tais como a hemoglobina na admissão e marcadores de inflamação», contextualiza Jorge Henriques.

Por outro lado, prossegue o investigador do CISUC, «para manter a interpretabilidade do novo modelo e, por consequência, a sua confiança, percecionada pela equipa clínica, foi definido como requisito adicional manter a forma como na prática clínica o GRACE é utilizado, sendo este sujeito a um fator de correção, considerando a contribuição de novos fatores de risco, daí a justificação de GRACE PLUS».

Segundo a equipa do CISUC, os modelos de avaliação de risco cardiovascular são ferramentas muito úteis para auxiliar o prognóstico de uma série de eventos. O modelo GRACE, bastante utilizado na prática clínica, é atualmente o mais usado em Portugal na avaliação de risco no contexto da síndrome coronária aguda. No entanto, «é um modelo que apresenta algumas limitações, nomeadamente devido à utilização de um número incompleto de variáveis (fatores de risco) no cálculo do prognóstico».

O modelo GRACE pode ser considerado uma ferramenta de prevenção secundária, sendo habitualmente aplicado a pacientes no momento da admissão hospitalar, resultante da ocorrência de um episódio de síndrome coronária aguda (enfarte de miocárdio). O objetivo deste modelo é estimar a probabilidade de morte ou de um novo evento de enfarte de miocárdio num determinado período de tempo, geralmente no mês seguinte ou nos próximos seis meses.

Este modelo baseia-se em oito fatores de risco registados na admissão hospitalar, designadamente idade, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, creatinina, classe Killip, estado de paragem cardíaca, marcadores cardíacos elevados e desvio do segmento ST no eletrocardiograma. «Ao ponderar todos estes fatores, o modelo GRACE gera uma pontuação (score), posteriormente discretizada com vista a fornecer uma categoria de risco, em três classes distintas, nomeadamente, baixo risco, risco intermédio e alto risco», esclarece a equipa de investigadores.

Assim, este estudo focou-se no «desenvolvimento de uma ferramenta baseada em metodologias de fusão de informação e em técnicas de inteligência artificial, que permita melhorar a avaliação do risco cardiovascular e, dessa forma, proporcionar um suporte mais fundamentado à decisão clínica em contexto real sem, no entanto, alterar a forma como essa decisão é atualmente efetuada pelos profissionais», afirma o investigador da FCTUC.

«Através deste mecanismo é possível combinar fontes de informação heterogéneas, neste caso o modelo de risco já existente – GRACE, e o fator de risco adicional – hemoglobina», revela a equipa do CISUC, acrescentando que «esta abordagem permitiu determinar para cada individuo o fator de correção ótimo a adicionar ao GRACE, tendo em conta o valor particular de hemoglobina, de forma a maximizar a precisão de estratificação determinada pelo modelo original».

Para os autores do projeto, «para além da melhoria da caracterização do risco cardiovascular, uma das vantagens adicionais deste estudo consiste em potenciar a aplicação de cuidados de saúde proporcionais ao real risco que o doente apresente no momento da admissão hospitalar, podendo contribuir para uma gestão efetiva de terapêuticas e de recursos humanos», concluem.

O artigo científico, publicado na revista Information Fusion, pode ser consultado aqui: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1566253522001956?via%3Dihub#sec2.

Opinião
A Diabetes Mellitus constitui um grave problema de saúde pública, quer a nível nacional, quer mundia

Ao longo das últimas décadas, em Portugal, à semelhança de outros países a nível mundial, tem sido alvo de uma expressiva transformação demográfica que se caracteriza, entre outros fatores, pelo aumento da longevidade, da população idosa e da diminuição da natalidade e da população jovem (PORDATA, 2022).
Em conformidade com a Federação Internacional da Diabetes Mellitus, este é um dos maiores desafios de saúde do século XXI. Portugal ocupa um lugar de destaque no espaço europeu com maior prevalência de Diabetes em adultos, o que se assume como um problema de saúde prioritário.

Segundo a OMS (2022), no ano de 2019, a Diabetes Mellitus foi a causa direta de 1,5 milhão de mortes e, de todas as mortes por esta doença, 48% ocorreram antes dos 70 anos. 

Portugal é o quinto país da Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com maior prevalência de Diabetes Mellitus, uma análise resultante do relatório publicado pela mesma organização em 2019, que continua a registar que o país continua a ocupar os lugares cimeiros, com as estimativas a apontarem para 9,8% da população com Diabetes, sendo esta percentagem suplantada pelo México (13,5%), Turquia (11,1%), Estados Unidos (10,8%) e Alemanha (10,4%). Antes do Relatório Health at Glance de 2019, a prevalência da Diabetes na população portuguesa com idades entre os 20 e os 79 anos foi estimada em 13,6%, sendo que ao certo somente 800 mil doentes com diagnóstico de Diabetes estão registados nos Cuidados de Saúde Primários.
Em 2019, Portugal tinha 9,8% de adultos, na faixa etária dos 20 aos 79 anos, com Diabetes Mellitus dos tipos 1 e 2, surgindo atrás da Alemanha (10,4%), o pior país da União Europeia em termos de epidemiologia desta patologia. A média da União Europeia dos 27 foi 6,2%, com a Irlanda (3,2%), a Lituânia (3,8%) e a Estónia (4,2%) a registarem as taxas mais baixas de prevalência de Diabetes Mellitus na população adulta. Estima-se que, para além dos casos de pessoas com diagnóstico de Diabetes, a Pré-diabetes, que pode ser revertida com a terapêutica não farmacológica (alimentação e prática regular de atividade física moderada) na maioria dos países, afeta cerca de 2 milhões de portugueses (OMS, 2020).

A Diabetes Mellitus com o passar dos anos pode provocar várias complicações em diferentes órgãos na pessoa, como nefropatia, retinopatia, doença cardiovascular e doença dos membros inferiores. Sendo por isso considerada uma das mais frequentes causas de morbilidade e mortalidade a nível global, tendo representado em 2019, a nona causa de morte (Veiga, 2020). No entanto, é possível tratar a Diabetes Mellitus e evitar ou retardar as suas consequências através da atividade física e de uma alimentação saudável, aliada a medicamentos e exames regulares.
Assim, sendo e tendo-se em consideração que a profissão de Enfermagem deve ser desenvolvida numa espiral, é importante partir-se do pressuposto que conhecer é transformar o objeto e transformar-se os enfermeiros a si próprios, o que implica ter o desejo de conhecer (Nunes, 2018).

Logo, a enfermagem impõe uma constante atualização de saberes e cabe ao enfermeiro procurar mais e melhor formação que promovam o desenvolvimento e aplicação das suas competências. O enfermeiro deve atualizar os seus conhecimentos de modo a fundamentar a sua ação de forma científica, para que a sua prática seja considerada de excelência e, assim, se traduzir na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde á pessoa com Diabetes Mellitus.

Neste contexto, cabe aos profissionais de saúde prestar cuidados com qualidade á pessoa com Diabetes Mellitus, que pode iniciar-se nos cuidados de saúde primários através da intervenção nos fatores de risco; na prevenção secundária, através de um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz, até à prevenção terciária, através da reabilitação.  
Em suma, travar a crescente incidência e os seus respetivos custos humanos, sociais e económicos representa um desafio, que passa por programas de prevenção integrados e na literacia em saúde sobre a temática da Diabetes.

Referências Bibliográficas

Nunes, L. (2018). Para uma Epistemologia de Enfermagem 2ª edição. Loures: Lusodidacta.

PORDATA (2022). Estatísticas Sobre Portugal e Europa. Disponível em https://www.pordata.pt/Home

Sistema Nacional de Saúde, Portal Transparência (2022). Morbilidade e Mortalidade Hospitalar para Diabetes. Disponível em

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/morbilidade-e-mortalidade-hospitalar/table/?flg=pt

Veiga, A. (2020). A teoria da resolução dos problemas aplicada a idosos na prevenção da diabetes mellitus tipo 2 para promover a literacia em saúde. Associação Portuguesa de Documentação e Informação de Saúde. Disponível em URI:

http://hdl.handle.net/10400.26/34435

World Health Organization (2018). Diabetes. Disponível em

https://www.who.int/health-topics/diabetes#tab=tab_1

World Health Organization (2020). Noncommunicable diseases progress monitor. ISBN 978-92-4-000140-4. Disponível em

file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/9789240000490- eng.pdf

World Health Organization (2022). Diabetes. Disponível em

https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/diabetes

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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