Opinião
Atualmente, somos confrontados com um número, cada vez maior, de crianças e adolescentes que vivenci

Neste panorama, os enfermeiros são, frequentemente, os profissionais que estão mais próximos da comunidade e se encontram numa posição única para ajudar a identificar os problemas iniciais e oferecer uma intervenção precoce. Sendo que estes profissionais privilegiam um conjunto de estratégias de prevenção e promoção da saúde mental, entre as quais, programas de educação em saúde mental, prevenção da violência e do abuso de drogas ou programas de desenvolvimento pessoal e social.

O apoio ao papel parental surge, também, como um foco relevante em enfermagem, no sentido de serem os pais os principais prestadores de cuidados e promotores da educação, e por se constituírem como os principais modelos de referência dos filhos. As intervenções de enfermagem, neste âmbito, pretendem aumentar a capacidade dos pais para lidarem com o stress, apoiando no reconhecimento de sentimentos e emoções, para assim os capacitar para lidarem, de uma forma saudável, com os desafios.

Importa, ainda, salientar que a promoção da saúde mental junto das crianças e adolescentes deve ser feita baseando-se em abordagens de saúde mental positiva, ou seja, o foco não deve ser apenas que a saúde mental é o contrário da doença mental. Assim, o enfermeiro adquire uma importância redobrada na altura de promover positivamente a saúde mental junto das crianças e adolescentes, sendo uma figura que deve ser associada, não só, à doença e ao cuidado da doença, mas também, à saúde e promoção desta. Sendo estas as premissas que norteiam as intervenções desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem que integram a equipa multidisciplinar da Unidade de Cuidados Continuados Integrados para a Saúde Mental na Infância e Adolescência.

Outro ponto essencial para o sucesso das intervenções desenvolvimento é a criação de uma parceria entre o enfermeiro e a comunidade, dado que possibilita a identificação conjunta das necessidades de uma determinada família, estabelecendo-se, assim, metas e planeando-se as intervenções mais adequadas para as situações em questão. E, sem sombra de dúvida, que a educação para a saúde mental assume, aqui, um papel crucial, sendo o enfermeiro o seu principal facilitador.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto CôaMedPlants
Vai ser apresentado no domingo, 15, pelas 15h00, na Estufa do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (UC), o livro “O meu...

O CôaMedPlants é um projeto de investigação interdisciplinar – financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) – que visa a preservação do património cultural relacionado com as práticas centradas em plantas medicinais do Vale do Côa e a sua valorização através da validação científica das propriedades medicinais (com base na caracterização bioquímica, em estudos de atividades biológicas e em mecanismos de ação dos seus extratos).

“Com este livro, em versão portuguesa e inglesa, pretendemos dar a conhecer as 22 espécies mais representativas da região do Vale do Côa, com reconhecido potencial terapêutico, contribuindo para fomentar a sua necessária preservação e premente valorização. A apresentação de cada espécie é acompanhada de ilustrações (para facilitar a identificação) e de informação sobre os vários aspetos da planta”, explica Célia Cabral, investigadora do iCBR, que coordena o projeto CôaMedPlants – que, além da Universidade de Coimbra, envolve a Universidade de Aveiro, o Instituto Politécnico de Bragança e a Fundação Côa Parque.

“Neste livro pretende-se também ensinar, de forma simples. a preparar exemplares de um herbário e o leitor tem espaços reservados para poder montar um exemplar de cada espécie”, acrescenta Célia Cabral, que assina a obra, em coautoria com Mário Pedro Marques, Rosa Pinho, Lisia Lopes, Carla Varela e Fernando Correia.

A apresentação da obra será feita por Helena Freitas, professora catedrática do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.

 

Centro de Investigação e Formação Forense em Direitos Humanos e Ação Humanitária
O Centro de Investigação e Formação Forense em Direitos Humanos e Ação Humanitária (Coimbra University Centre for Humanitarian...

Com a presença, na sessão de abertura, do Ministro da Saúde e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé e Príncipe, esta foi uma formação que envolveu com uma forte componente prática relacionada com o exame físico de vítimas de agressão sexual, recorrendo a modelos de simulação proporcionados pelo Centro de Simulação da Faculdade de Medicina de Coimbra.

Dirigido, essencialmente, a profissionais de saúde (médicos e enfermeiros do país), contou com a coordenação do diretor-executivo do Centro de Investigação e Formação Forense, Duarte Nuno Vieira para quem “toda a resposta social ao crime que se manifesta através dos mecanismos formais próprios de um estado de direito, deve alicerçar-se na produção de provas. Quando se discute a prática de um crime, é a produção de provas que determina o sentido das decisões das autoridades judiciárias que se têm de pronunciar sobre a existência de um crime, o seu autor e a sua responsabilidade. Em situações de alegada agressão sexual é necessária a intervenção de profissionais de saúde que promovam uma correta e eficaz perícia médico-legal, de modo a assegurar uma imediata observação das vítimas, com o intuito de recolher vestígios ou amostras suscetíveis de se perderem ou degradarem, colocando em causa a identificação de potenciais perfis genéticos do agressor.

A formação teve como objetivo dotar os formandos de importantes ferramentas de investigação capazes de levar a cabo uma correta obtenção de informação credível, a colheita e a preservação de vestígios com valor probatório para a reconstituição e interpretação dos factos relacionados com agressão sexual, com vista a conclusões fundamentadas.

Esta ação formativa, foi financiada pelo programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e teve o apoio do Ministério da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos de São Tomé e Príncipe, do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, assim como, da Faculdade de Medicina de Coimbra, através do Centro de Simulação Médica, do Centro de Estudos de Pós-Graduação em Medicina Legal e do Centro de Investigação e Formação Forense em Direitos Humanos e Ação Humanitária.

Para Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da FMUC, “o Centro de Investigação e Formação Forense em Direitos Humanos e Ação Humanitária constitui uma importante plataforma internacional de consultoria, investigação e formação forense para apoio a governos, organizações intergovernamentais e ONG’s em todo o mundo. Trata-se de uma instituição que, criada no seio da FMUC, envolve especialistas internacionais de reconhecido mérito e conta com o envolvimento de outros centros forenses e académicos”.

Nutrição e Saúde
A neuropatia diabética, resultante da danificação dos nervos das pernas e pés como consequência dos

Cerca de 25% dos diabéticos tipo 1 sofre de neuropatia diabética, uma complicação que resulta da danificação dos nervos das pernas e pés, originando dor e dormência, entre outros sintomas. A pregabalina, o fármaco mais utilizado, é indicado para a epilepsia e dor neuropática, atuando no sistema nervoso central. Contudo, de acordo com um novo estudo publicado no European Journal of Clinical Pharmacology, a combinação deste fármaco com um suplemento diário de coenzima Q10 reduz de forma mais significativa a dor e ajuda os doentes a dormirem melhor.

Necessária para a produção de energia celular

A coenzima Q10, uma molécula com propriedades semelhantes às vitaminas que é essencial para a produção de energia nas mitocôndrias celulares, é também um poderoso antioxidante, protegendo estes organitos contra o stress oxidativo.

Testada durante 8 semanas

Neste estudo conduzido por investigadores da Hamadan University of Medical Sciences no Irão, 112 adultos com neuropatia diabética foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: um grupo de 57 doentes tomou 150 mg de pregabalina e 100 mg de coenzima Q10; outro grupo com 55 doentes tomou 150 mg de pregabalina e cápsulas equivalentes de placebo, durante o mesmo período de tempo.

Menos dores e melhor sono

Os investigadores focaram-se primeiro na intensidade das dores avaliada através de uma escala numérica de 11 pontos (numeric rating scale - NRS). Também avaliaram a interferência da dor no sono (sleep interference score – SIS) e a melhoria generalizada através do Clinicians’ and Patients’ Global Impression of Change (CGIC/PGIC). Verificaram que os doentes que tomaram a combinação da pregabalina com a coenzima Q10 obtiveram um alívio maior das dores do que o outro grupo. Além disso, os doentes que tomaram Q10 também tiveram menor interferência das dores na qualidade do sono, tendo um sono mais reparador.

Adicionalmente, os cientistas observaram que o número de doentes com uma redução das dores em mais do que 50% (através da escala NRS) foi significativamente superior no grupo Q10. A proporção de doentes que classificaram como “muito melhor” e “melhor” foi também substancialmente maior do grupo Q10.

Efeitos positivos na diabetes

Os benefícios da coenzima Q10 na diabetes já tinham sido verificados anteriormente. Numa meta-análise de 2016, publicada no Archives of Iranian Medicine, a suplementação com Q10 demonstrou reduzir de forma ligeira, mas significativa a glicemia em jejum. Outra meta-análise publicada no eClinicalMedicine, em outubro de 2022, mostrou que uma dose diária de 100-200 mg de Q10 reduz significativamente a glicemia em jejum, a insulina e a hemoglobina glicada.

Num estudo em que doentes com polineuropatia diabética tomaram 400 mg de coenzima Q10 ou placebo equivalente, durante 12 semanas, ocorreu uma redução da dor e formigueiro no grupo Q10. Observaram-se também sinais de uma recuperação nervosa mais rápida.

Protege o coração

A neuropatia diabética é um problema que deve ser tido em consideração uma vez que pode estar acompanhado por outros sintomas a nível do aparelho digestivo, no trato urinário, vasos sanguíneos e coração.

Relativamente à saúde cardíaca, a coenzima Q10 demonstrou ter benefícios nas pessoas com insuficiência cardíaca. Num estudo publicado no JACC Heart Failure em 2014, a administração de 300 mg de Q10 durante 2 anos, combinada com a terapêutica farmacológica convencional, reduziu a mortalidade em 43%.

Noutro estudo de 2013, publicado no International Journal of Cardiology, 200 mg de Q10 e 200 microgramas de levedura de selénio orgânico, diariamente durante 5 anos, reduziu a mortalidade cardiovascular em 54%, num grande grupo de idosos.

Fonte estudo primário:

Eur J Clin Pharmacol (2022). https://doi.org/10.1007/s00228-022-034

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16 de janeiro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], irá organizar uma Sessão intitulada “A Transformação Digital da...

Esta sessão decorre após o primeiro ano do lançamento do livro “Transformação Digital em Saúde: Contributos para a Mudança” que pretende ser um guia que incentiva a procura de soluções na área da saúde e ao mesmo tempo um espaço de partilha e de aprendizagem.

A Transição Digital da Saúde é uma alavanca indispensável à evolução do sistema de saúde para aumentar o acesso, a qualidade e a eficiência dos cuidados, desde a promoção ao follow-up e integrando todas as entidades prestadoras.

Esta sessão visa promover a discussão do impacto da Transição Digital da Saúde para os cidadãos, profissionais e gestores envolvidos no sistema de saúde. Por outro lado, visa debater os ganhos expectáveis com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, partilhando objetivos, resultados esperados e alcançados.

O programa contará com uma Sessão Plenária [15h00-15h30] “O PRR e transformação digital na Saúde” apresentada por Luis Goes Pinheiro, Presidente da SPMS [Serviços Partilhados do Ministério da Saúde]. Seguir-se-á um Debate [15h30-16h30] sobre o tema, cuja moderação estará a cargo de Teresa Magalhães [Professora na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e Coordenadora do Grupo de Gestão de Informação em Saúde da APAH].

A abertura contará com a presença de Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde e Paulo Barbosa, Presidente do Conselho de Administração do CHUPorto, fará as honras do encerramento.

Desafiar uma abordagem da deficiência baseada numa nova cultura organizacional
Problematizar a deficiência, reconhecendo o seu caráter intrinsecamente multidimensional para uma abordagem de discussão-ação...

“Em pleno século XXI, o tema da deficiência é frequentemente problematizado de forma unidimensional e assistencialista, ignorando as suas múltiplas narrativas, contribuindo para a desumanização da deficiência,” destacam os coordenadores deste curso. Abordar esta problemática requer uma análise multidimensional, multidisciplinar e integrada, numa lógica de discussão para a ação. Neste sentido, os coordenadores alertam para a necessidade de “humanizar a deficiência, promover diálogos críticos com pessoas com deficiência que permitam desconstruir tabus, dar espaço e escutar ativamente quem quer construir e fazer parte desta sociedade que somos todos nós.”

A 2ª edição do curso avançado “Diálogo(s) e Deficiência(s): A construção de narrativas para a inclusão”, que terá início em março de 2023, pretende provocar a reflexão crítica e escuta ativa, bem como desafiar a uma abordagem da deficiência baseada numa nova cultura organizacional e social que provoque um modo de olhar e de atuar centrado na pessoa e não na deficiência. Pretende ainda dar conhecimentos mais profundos sobre o potencial das narrativas na problematização da deficiência e partilhar ferramentas e práticas em torno de desafios concretos e centrais da e na deficiência, provocando uma leitura transversal e plural da temática. Outro dos objetivos é a aquisição de conhecimentos sobre a importância, o papel, as possibilidades e os limites das narrativas e dos diálogos multidisciplinares para a inclusão das pessoas com deficiência. Este curso de formação avançada enquadra-se na Área Transversal de Economia Social da Universidade Católica no Porto (ATES/UCP) e terá início em março de 2023.

 

Podologia
Porque estão em crescimento, passando por várias fases de desenvolvimento, é importante que tenhamos

Consultar um podologista é uma mais-valia no sentido de diagnosticar precocemente e evitar ou tratar possíveis patologias dos pés, como são exemplo o transtorno dos padrões de marcha, as alterações dos joelhos, as alterações do apoio plantar, o pé plano (mais conhecido por pé chato), pé cavo, o desvio dos dedos, bem como algumas alterações da pele e das unhas do pé infantil.

Contudo, a par de procurar um especialista em Podologia, existem muitos cuidados que os pais devem ter com os pés dos seus filhos, permitindo-os crescer mais saudáveis:

  • Lave e seque bem os pés das crianças todos os dias, sobretudo entre os dedos. O objetivo é prevenir as infeções por fungos, como por exemplo o pé de atleta.
  • Certifique-se que o tamanho dos sapatos é sempre o correto. Substitua os sapatos que não servem. O pé precisa de espaço para crescer.

Na altura de comprar calçado, a criança deve experimentar os sapatos nos dois pés, pois normalmente existe uma assimetria de tamanhos entre ambos. Certifique-se que a criança está confortável em ambos os pés. Opte por sapatos com contrafortes rígidos e solas maleáveis.

  • Alterne o calçado diariamente, de forma que possa arejar para eliminar a humidade e o suor.
  • Use meias apropriadas, de preferência de algodão ou de lã, e do tamanho certo. Tenha atenção que as meias podem encolher e podem restringir o crescimento do pé da criança ou provocar dedos em garra.
  • Corte as unhas da criança em linha reta, evitando que fiquem encravadas.
  • Observe os pés no sentido de identificar unhas grossas e/ou amareladas.
  • Pergunte-lhes se têm comichão nos pés.
  • Esteja atento às quedas frequentes das crianças (a posição dos pés e dos joelhos influenciam a estabilidade e o equilíbrio)
  • Valorize o aparecimento de dores nos pés, principalmente quando praticam desporto.
  • Dentro de casa, incentive as crianças a andarem descalças. Isto permite desenvolver o sistema propriocetivo, melhora o equilíbrio e permite que os seus pés se desenvolvam e fortaleçam sem restrições.
  • Lembre-os que devem andar sempre calçados em piscinas e balneários.
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Estudo da Universidade de Coimbra
Um estudo liderado por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) revela...

A doença de fígado gordo não alcoólico caracteriza-se pela acumulação de gordura no fígado, que pode levar à fibrose hepática, que, por sua vez, pode progredir para cirrose (cicatrização do fígado) e cancro hepático. A patologia não resulta do consumo excessivo de álcool, mas de um estilo de vida pouco saudável, com pouco exercício físico e uma dieta rica em calorias. É também uma complicação frequente em doentes com diabetes tipo 2.  A diabetes tipo 2, a forma mais frequente da diabetes, é caracterizada por valores elevados de glicose no sangue, a hiperglicemia, devido à produção insuficiente de insulina (hormona que controla a entrada de glicose nas células do corpo) ou pela incapacidade do corpo em utilizá-la.

Neste estudo, publicado na revista científica Nutrients e liderado por John Griffith Jones, investigador do CNC-UC, participaram voluntários recrutados pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP). A equipa de investigação entrevistou 156 participantes obesos de meia-idade, dos quais 98 apresentavam diabetes tipo 2. Além da entrevista sobre os hábitos de consumo de café, foram ainda recolhidas amostras de urina para analisar os metabolitos da cafeína e outros – os produtos naturais que resultam da degradação do café no organismo. Esta análise permitiu obter dados quantitativos mais definidos sobre a ingestão de café, algo que tem particular importância para explicar a relação entre ingestão de café e a doença de fígado gordo não alcoólico.

Margarida Coelho, investigadora do CNC-UC e uma das primeiras autoras do estudo explica que «os participantes que apresentaram maior consumo de café revelaram ter fígados mais saudáveis. Por sua vez, os indivíduos com valores elevados de cafeína mostraram ser menos propensos a ter fibrose hepática, enquanto que níveis mais altos de outros componentes do café foram significativamente associados a um baixo índice de fígado gordo, sugerindo que, para doentes com diabetes tipo 2 com excesso de peso, uma maior ingestão de café está associada a doença de fígado gordo não alcoólico menos grave».

A investigadora da Universidade de Coimbra sublinha ainda que «mudanças na dieta e no estilo de vida atuais têm contribuído para o aumento da obesidade e da doença de fígado gordo não alcoólica em doentes com diabetes tipo 2. Estas condições podem evoluir para outras mais graves e irreversíveis, sobrecarregando os sistemas de saúde».

O estudo contou também com a colaboração de investigadores da NOVA Medical School (NMS) de Lisboa e com o apoio do Instituto de Informação Científica sobre o Café (ISIC).

O artigo científico “Increased Intake of Both Caffeine and Non-Caffeine Coffee Components Is Associated with Reduced NAFLD Severity in Subjects with Type 2 Diabetes” está disponível em https://doi.org/10.3390/nu15010004

30 e 31 de janeiro
A Escola Superior de Enfermagem do Porto organiza, nos dias 30 e 31 de janeiro, o Simpósio sobre os Desafios Colocados ao...

O evento pretende contribuir para a solução do problema da falta de articulação das autonomias das instituições de ensino de enfermagem e da saúde na definição de vagas e clarificação de papéis na estruturação do “ensino clínico”.

Com lugar no Auditório da ESEP, o Simpósio junta profissionais de diversas áreas do ensino e da política. O debate relacionado com a regulação da articulação das autonomias das instituições de ensino e saúde conta com a participação dos deputados Miguel dos Santos Rodrigues do PS. Ricardo Baptista Leite do PSD, Pedro dos Santos Frazão do Chega, Carla Castro da Iniciativa Liberal e Luís Monteiro do Bloco de Esquerda.

Também nomes como João Santos, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, António Amaral, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Manuel Lopes, Presidente da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus marcam presença no evento.

O evento termina a 31 de janeiro com o debate moderado pelo Presidente da ESEP, Luís Carvalho, com a participação de Filomena Cardoso do Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS e Pedro Nuno Teixeira, Secretário de Estado do Ensino Superior.

 

Projeto cofinanciado pela União Europeia
Especialistas de instituições de quatro países (Bangladesh, Finlândia, Portugal e Vietname) estão, durante esta semana, na...

Este manual, assim como um conjunto de seis artigos científicos que espelham os resultados de estudos empíricos feitos com grupos de alunos de Enfermagem e de Medicina daqueles dois países asiáticos – a publicar em revistas com fator de impacto –, fazem parte de um trabalho que está a ser desenvolvido no âmbito do projeto “DigiCare - Educating students for digitalized health care and coaching of their patients”.

Cofinanciado pela União Europeia, o projeto é coordenado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (Finlândia), com a coliderança da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e a participação de mais cinco instituições: duas do Vietname (Hanoi Medical University e Nam Dinh University of Nursing) e três do Bangladesh (City Medical College & Hospital, Khulna City Medical College & Hospital e Universal Medical College and Hospital).

De acordo com Pedro Dinis Parreira, docente da ESEnfC e investigador na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), por estes dias, os parceiros do projeto DigiCare estão «a terminar os capítulos do handbook (manual) que funcionará como modelo orientador para quem quiser implementar o projeto no seu país ou na sua academia».

Paralelamente, está prevista a publicação de «seis artigos em revistas com fator de impacto, para facilitar a disseminação do projeto», dando-lhes «mais credibilidade» e transformando o modelo Digicare, já criado, «numa ferramenta pedagógica com aceitação por parte da comunidade científica», explica Pedro Dinis Parreira.

Segundo o professor coordenador da ESEnfC, um «objetivo paralelo do projeto DigiCare consistirá em «aumentar a satisfação dos pacientes, usando as tecnologias da digitalização como parte de seu tratamento», o que irá encurtar tempos de reposta, evitando inconvenientes da ida a uma consulta.

Os protagonistas desta parceria euro-asiática estão, ainda, a preparar uma campanha mediática para divulgação do projeto, que pretendem que faça parte do maior número possível de currículos escolares.

Os protagonistas desta parceria euro-asiática estão, ainda, a preparar uma campanha mediática para divulgação do projeto, que pretendem que faça parte do maior número possível de currículos escolares.

Este projeto pretende, também, potenciar a colaboração da Comunidade Europeia (DigiNurse Community) na melhoria dos programas de apoio à prática clínica nas diferentes regiões através do uso da digitalização.

 

Segurança, qualidade e rigor dos processos, experiência demonstrada e inovação entre os critérios
A Crioestaminal foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas, pelo 3.º ano consecutivo, na categoria de Criopreservação, com uma...

Em comparação com os restantes laboratórios do setor, a Crioestaminal foi o que conquistou maior satisfação ao nível do serviço prestado (8,24), destacando-se pela segurança, qualidade e rigor dos processos, que incluem testes de viabilidade realizados a todas as amostras recebidas; pela experiência demonstrada ao nível dos tratamentos realizados – a Crioestaminal conta com 19 amostras de sangue do cordão umbilical libertadas para tratamento, 10 das quais em crianças portuguesas; pela acreditação internacional e ainda pela possibilidade de investigação e desenvolvimento de terapias com células estaminais em laboratório próprio.

Além deste critério, os 1701 casais atualmente à espera de bebé, ou que pensam vir a estar no próximo ano, envolvidos no inquérito colocam a Crioestaminal no primeiro lugar de classificação em termos de preço/qualidade (7,56), confiança na marca (7,10) e inovação (7,01), gerando uma elevada intenção de recomendação (7,66), comparativamente com outros laboratórios do setor.

A CEO da Crioestaminal, Mónica Brito, dirige o agradecimento “a todas as famílias portuguesas que depositam na Crioestaminal a confiança para guardar as células estaminais do cordão umbilical dos seus filhos e que reconhecem o trabalho dos nossos profissionais, que todos os dias se dedicam para garantir a possibilidade de acesso a tratamentos convencionais e inovadores com recurso a células estaminais”. “É pelas famílias, e a pensar no seu futuro, que a Crioestaminal se tem dedicado, ao longo dos seus 20 anos de existência, à investigação na área das células estaminais e ao desenvolvimento de novas terapias celulares”, acrescenta Mónica Brito.

O Prémio Cinco Estrelas é um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, os serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação, as principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores. Utiliza a metodologia mais completa e rigorosa do mercado, aplicando diferentes técnicas de recolha de informação, de acordo com os diferentes produtos e serviços e com o perfil do seu público-alvo.

Dieta Planetária
É um daqueles dias em que chego em casa e tenho 20 minutos para almoçar.

Ao ouvir o mesmo, quando chega aos motivos pelos quais o levaram a seguir tal estilo de vida, como a existência miserável à qual a indústria da carne submete milhões de animais, o nível assustador que estamos a experienciar os efeitos das alterações climáticas, imediatamente sinto-me culpada - por estar prestes a comer as coxas de frango que estão na bancada. É caro leitor, a verdade incomoda. Vivemos como se a natureza fosse um objeto em que seres vivos se tornaram coisas e ecossistemas se tornaram recursos.

Mas a questão aqui é que nos dias que correm não nos podemos dar ao luxo de pensar apenas na nossa saúde, sem também pensar na saúde do nosso planeta. E a maior parte de nós está mesmo preocupada. Em 2019 o European Council on Foreign Relations, realizou uma pesquisa em 14 países da UE onde foi feita a seguinte pergunta “Acredita que devemos dar prioridade ao meio ambiente mesmo que ao fazer isso tenha um impacto negativo no crescimento económico?" Na maior parte dos casos, entre 55-70% das pessoas disseram que sim.

Considerando que a forma como nos alimentamos é uma das principais causas das alterações climáticas em 2019, a EAT-Lancelet Comission criou a Dieta Planetária. Esta é um tipo de dieta que foi criada com o objetivo de ser sustentável a longo prazo e promover a saúde do indivíduo e do planeta. É flexível o suficiente para acomodar tradições e preferências alimentares e os produtos de origem animal são minimizados, não totalmente excluídos, pelo que existe uma variedade de opções, tanto para os onívoros, como para os que seguem dietas vegetarianas ou veganas.

Ela se baseia em ingerir alimentos maioritariamente plant-based, ou seja, alimentos que são derivados de plantas, como frutas, legumes, grãos, nozes e sementes. Além disso, a dieta planetária promove a redução do consumo de alimentos processados e o aumento do consumo de alimentos frescos e locais, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental da produção de alimentos. Também incentiva o uso de práticas agrícolas sustentáveis e a preservação da biodiversidade.

No que diz respeito à quantidade de alimentos de origem animal, se considerarmos um adulto saudável que consome 2500 calorias por dia, recomenda-se comer aproximadamente 100g de carne vermelha, 200g de carnes brancas e peixe e 2 ovos por semana. Os valores de ingestão ideais de cada um, dependem da idade, tamanho do corpo e nível de atividade física.

Existem muitas vantagens para a saúde do ser humano e para o planeta ao seguir uma dieta planetária. Algumas das vantagens mais importantes incluem:

  1. Vantagens para a saúde: ajuda a prevenir doenças crónicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Alimentos plant-based também são ricos em nutrientes, como fibras, antioxidantes e fitoquímicos, que podem promover a saúde geral do indivíduo.
  2. Vantagens ambientais: A produção de alimentos de origem animal é mais intensiva em termos de recursos e gera mais emissões de gases de efeito estufa do que a produção de alimentos plant-based.
  3. Vantagens éticas: A produção de alimentos de origem animal muitas vezes envolve a criação de animais em condições de sofrimento e exploração. Ao escolher alimentos plant-based, é possível reduzir ou eliminar o apoio a essas práticas.
  4. Vantagens económicas: A dieta planetária pode ser mais acessível do que uma dieta baseada em alimentos de origem animal, especialmente em regiões onde os alimentos plant-based são mais abundantes e baratos.

Precisamos de reorganizar a forma como nos alimentamos para manter os ecossistemas, uma vez que dependemos dos mesmos para a nossa existência. A mentalidade de que somos entidades separadas de todo o resto que faz parte do planeta, foi justamente o que causou o problema. Pode ser difícil, uma vez que estamos acostumados a ver a natureza como algo separado da sociedade, em vez de um sistema complexo, em que, além de estarmos todos interligados, também temos os nossos destinos entrelaçados.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação é denunciada pelo Sindicato dos Enfermeiros
Mais de 2.000 enfermeiros promovidos, por concurso, a especialistas entre 2005 e 2010 estão a ver recusada a contagem dos...

A situação chegou ao conhecimento do SE após a denúncia de alguns associados, que se queixam de estarem a ser ultrapassados na progressão profissional por colegas que entraram mais tarde na carreira, que se encontram na mesma categoria, mas que apenas foram promovidos a especialistas em 2019.

“Esta situação está a fazer com que os enfermeiros promovidos em 2019 vejam contados todos os pontos desde 2004, sendo assim beneficiados para efeitos de progressão na carreira, o que, naturalmente, se irá refletir num índice remuneratório superior, ou seja, num vencimento superior aos colegas promovidos em 2009 ou 2010”, explica Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros recorda que, em 2009, com a publicação do Decreto-lei n.º 248/2009 de 22 de setembro, foi criada a Carreira Especial de Enfermagem, integrando as cinco categorias existentes (incluindo a de Enfermeiro Especialista) em apenas duas: as de Enfermeiro e Enfermeiro Principal. Mais tarde, com a criação do Decreto-Lei n.º 71/2019, foi reposta a categoria de enfermeiro especialista. Nessa altura, sublinha Pedro Costa, “aos profissionais que tinham progredido para a categoria de enfermeiro foi permitida a transição automática para a categoria de enfermeiro especialista”. Agora, adianta, “a estes colegas está a ser reconhecido todo o tempo de serviço para efeitos de avaliação de desempenho, sendo considerado que, como a transição foi feita de forma automática e não por concurso, a contagem de pontos é contínua até 2004”.

“Estamos perante uma situação de injustiça, dado que, para enfermeiros com a mesma progressão, há critérios diferentes na contagem de pontos para efeitos de avaliação de desempenho”, sustenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

De acordo com Pedro Costa, “aos enfermeiros que se submeteram a concurso entre 2006 e 2010 apenas foram contados pontos após as datas de tomada de posse”.

O Sindicato dos Enfermeiros irá dar nota desta matéria ao Ministério da Saúde, dado que considera que “esta situação é potenciadora de injustiças entre os enfermeiros”. No limite, “pode mesmo violar o princípio da igualdade previsto na Constituição da República”, sustenta Pedro Costa.

“É inaceitável que o Decreto-lei n.º 80-B/2022, criado para resolver injustiças na avaliação dos enfermeiros, acabe por gerar ainda mais injustiças do que as anteriormente existentes”, acrescenta o presidente do SE.

Janeiro e Fevereiro são meses críticos
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apela a todos os potenciais dadores que façam a sua dádiva de sangue...

Em comunicado, o IPST explica que o agravamento das infeções respiratórias sazonais e as condições atmosféricas adversas têm contribuído, tal como em anos anteriores, para uma menor afluência aos locais de colheita e uma maior suspensão para a dádiva de sangue.

Dados do IPST revelam que, a 10 de janeiro, as reservas de sangue e componentes sanguíneos situam-se entre os 4 dias para O positivo e O negativo, 5 dias para A negativo e 45 dias para AB positivo. Os dias de reserva considerando as existências nos hospitais situam-se entre os 18 dias para O positivo, os 20 dias para A positivo e os 57 dias para AB positivo.

Para fazer face a esta carência sazonal, o IPST deslocalizou algumas sessões de colheita de sangue do mês de dezembro para o mês de janeiro, iniciou a emissão de spots de apelo à dádiva nas rádios e televisões.

O IPST relembra que, embora a maioria das colheitas nos serviços de sangue hospitalares sejam realizadas em horário laboral, os três Centros de Sangue e da Transplantação do IPST estão disponíveis para receber todos os dadores de segunda a sábado das 8h00 às 19h30. O IPST realiza ainda todos os dias, de segunda a domingo, uma média de quatro sessões móveis de colheita de sangue.

Para ser dador de sangue é necessário ter entre 18 e 65 anos (idade limite para a primeira dádiva é 60 anos), ter peso igual ou superior a 50 Kg e estar saudável.

 

Dados de 2022
Segundo os dados agora divulgados, mais de 13 mil portugueses registaram, em 2022, o seu testamento vital, um número que...

O Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV), sistema gerido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) que permite registar toda a informação relativa a este documento, entrou em funcionamento em 2014 e, desde essa data, mais de 53 mil portugueses registaram o seu testamento vital.

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem o número mais elevado de testamentos vitais registados, aproximando-se dos 22 mil, seguindo-se o Norte com mais de 16.700, o Centro supera os 7.700, o Algarve mais de 2.800, o Alentejo ultrapassa os 1.900, a Madeira tem mais de 1.300 e nos Açores há mais de 800 registos.

Até dia 9 de janeiro de 2023, o número de testamentos vitais ativos ultrapassava os 34.500, dos quais mais de 12 mil outorgados por homens e mais de 22.500 por mulheres. Em qualquer dos géneros, as faixas etárias com maior número de registos ativos situam-se entre os 65 e os 80 anos e entre os 50 e os 65 anos.

Para fazer o seu testamento vital, basta preencher o formulário do testamento vital ou diretiva antecipada da vontade e entregar num dos muitos balcões do RENTEV, espalhados pelo país, ou enviar por correio. É válido durante 5 anos, a contar da data da assinatura, e pode ser alterado e renovado.

 

 

Reconhecimento das boas práticas de promoção da prevenção e reciclagem de resíduos
A Universidade Católica no Porto foi distinguida pela Lipor com o certificado “Coração Verde”, como reconhecimento pelas boas...

Isabel Braga da Cruz, presidente da Universidade Católica no Porto, enalteceu o papel de todos no percurso que levou à atribuição do “Coração Verde”, reiterando que este “é o reconhecimento de que a Universidade e a sua comunidade estão empenhadas em reduzir a pegada ecológica e em contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto e membro do conselho de administração da Lipor, elogiou o trabalho desenvolvido pela Católica no Porto, salientando que “este é um processo contínuo de mudança que deve ser liderado por todos em prol de um bem comum.”

A Universidade Católica no Porto tem mantido um olhar atento ao contínuo desafio da otimização dos processos de gestão ambiental. Neste sentido, em janeiro de 2019, com o objetivo de reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade, a Universidade iniciou o processo para obtenção do Certificado “Coração Verde” junto da Lipor. Através desta cooperação, os resultados são visíveis: alteração de comportamentos na deposição seletiva de resíduos; melhoria na qualidade da separação efetuada; envolvimento de estudantes, colaboradores e investigadores nas opções das áreas de maior influência; eliminação significativa de pontos de deposição de resíduos indiferenciados desnecessários; colocação de novos pontos de recolha seletiva, em especial de plástico/metal; reforço dos pontos de recolha de papel/cartão, nomeadamente junto de todas as impressoras e dos gabinetes; uniformização dos equipamentos de deposição, solução com aproveitamento de contentores existentes, aquisição de novos contentores complementados com a colocação de contentores fornecidos pela Lipor; melhoria da recolha seletiva nos laboratórios de investigação e na recolha das áreas académicas e espaços de restauração, entre muitos mais aspetos.

Seguiu-se uma mesa redonda sobre o tema “A Sustentabilidade na Universidade Católica no Porto”. Célia Manaia, vice-presidente da Católica no Porto, moderou uma conversa entre especialistas que deram exemplos da abordagem ao tema Sustentabilidade.   As iniciativas pioneiras “Cadeiras ODS” e “A Natureza em Sala de Aula” foram dois exemplos trazidos para ilustrar o que se tem vindo a fazer ao nível do ensino.  Helena Gonçalves, docente da Católica Porto Business School, explicou que na iniciativa pioneira da Universidade Católica, as cadeiras ODS são pautadas por uma forte interdisciplinaridade, ministradas por docentes de diferentes áreas do conhecimento para estudantes de diferentes cursos dos 4 campi da Católica. Marisa Costa, docente da Faculdade de Educação e Psicologia, explicou como se pode incutir nos mais jovens, simultaneamente o gosto pela natureza e pelo conhecimento através de aulas que decorrem na Natureza. Ezequiel Coscueta, investigador do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), explicou como a investigação e a inovação podem dar valor ao que temos vindo a considerar desperdício, os ditos subprodutos industriais que podem ganhar uma nova vida na indústria cosmética, farmacêutica ou alimentar, reintegrando assim a economia. Carlos Ferreira, investigador do projeto Alchemy do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), referiu como todos podemos ser embaixadores de sustentabilidade, dando o exemplo de opções como os orçamentos participativos, como forma de incentivo à criatividade e proatividade no desenvolvimento de soluções promotoras de sustentabilidade. No final da mesa redonda, todos concordaram que ainda há um longo caminho a percorrer, mas que se cada um conseguir fazer o seu papel, estaremos mais perto de contribuir para o cumprimento dos grandes objetivos europeus: reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050.

A sessão de entrega do Certificado “Coração Verde”, que se realizou a 6 de janeiro num Auditório do Edifício Américo Amorim da Universidade Católica Portuguesa no Porto, contou com a presença da presidente da Universidade Católica no Porto, Isabel Braga da Cruz; do vice-presidente da Câmara Municipal do Porto e administrador da Lipor, Filipe Araújo; do CEO da Lipor, Fernando Leite; de um membro da WEGHO, Elsa Alves; e da diretora de infraestruturas da Universidade Católica no Porto, Isabel Figueiredo.

Robot permite cirurgias com maior precisão, flexibilidade e controlo
O Hospital CUF Porto adquiriu o robot ‘Da Vinci Xi’, um modelo de última geração de sistemas cirúrgicos robóticos, tendo já...

Esta aposta permite ao Hospital CUF Porto prestar uma resposta ainda mais diferenciada às necessidades dos doentes, tornando-se na primeira unidade de saúde privada a norte do país a dispor desta tecnologia robótica de última geração.

Com equipas experientes e certificadas em cirurgias assistidas por robot, o Hospital CUF Porto, numa primeira fase, inicia a cirurgia robótica nas especialidades de Urologia, Ginecologia e Cirurgia geral, alargando no futuro a resposta nas áreas de Cirurgia Cardíaca e Cirurgia Torácica.

A robótica tem vindo a revolucionar a forma como as cirurgias são realizadas. O robot ‘Da Vinci Xi’ funciona como uma extensão dos olhos e das mãos do médico, permitindo executar procedimentos cirúrgicos com maior precisão, flexibilidade e controlo, e realizar procedimentos complexos de forma mais facilitada. “Está comprovado cientificamente que a cirurgia robótica acrescenta vantagens, quer para o doente quer para o cirurgião, e permite ultrapassar algumas limitações da cirurgia laparoscópica na realização de intervenções mais complexas”, afirma Rui Prisco, Coordenador de Urologia no Hospital CUF Porto. 

A imagem tridimensional de alta definição é ampliada, o que possibilita ao médico, durante a cirurgia, ver o que antes era difícil ou até impossível. Para além de proporcionar uma melhor ergonomia ao cirurgião, que opera sentado numa consola, a cirurgia robótica “aumenta a precisão dos movimentos do cirurgião e a estabilidade dos instrumentos no campo operatório, filtrando o tremor natural do cirurgião", evidencia Rui Prisco. 

Por serem cirurgias menos invasivas e mais precisas, “implicam um menor número de incisões, o que faz com que o doente fique com cicatrizes mais pequenas, tenha menos dor no pós-operatório, uma recuperação mais rápida com melhor cicatrização de tecidos e, por isso, menos tempo de internamento”, destaca o cirurgião.

Este sistema robótico tem vários campos de aplicação, dos quais se destacam, a cirurgia urológica, sobretudo no tratamento do cancro da próstata e rim, a cirurgia bariátrica, a cirurgia colorretal, a cirurgia ginecológica para tratamento da endometriose, entre outros. 

Ao nível da cirurgia urológica, Rui Prisco evidencia o papel da robótica no tratamento do cancro da próstata, a primeira cirurgia realizada no Hospital CUF Porto com recurso ao robot:  “a remoção total da próstata é uma cirurgia exigente e de grande dificuldade técnica, existindo uma grande mais-valia na cirurgia robótica  por ter um menor risco de complicações cirúrgicas e de efeitos secundários associados”.

A cirurgia assistida por robot é um procedimento seguro e realizado apenas por equipas especializadas, certificadas e com muita experiência, desde cirurgiões a enfermeiros e anestesistas. 

A instalação deste sistema robótico no Hospital CUF Porto vai permitir prestar uma resposta mais diferenciada às necessidades dos doentes e aumentar o acesso da população da região a tecnologia de última geração. 

Esta aposta é mais um exemplo de como a CUF se posiciona na vanguarda da inovação ao serviço da medicina, assumindo como prioridade a segurança clínica e o conforto para o doente.

 

Tabaco e gravidez
O consumo de tabaco está associado a uma diminuição da fertilidade natural, tanto no homem como na m

“Todos sabemos que o tabaco é prejudicial para a saúde e que as mulheres grávidas não devem fumar, mas é preciso reforçar o alerta para os malefícios do cigarro antes mesmo de a gravidez acontecer. E, em alguns casos, pode não acontecer devido ao tabaco”, lembra o médico.

“Se o casal está a pensar ter um filho neste novo ano, deve deixar de fumar. Hábitos saudáveis como praticar atividade física e passear ao ar livre podem ajudar a controlar a ansiedade da abstinência do tabaco. O casal deve apoiar-se e definir estratégias em conjunto para superar o desafio de deixar de fumar. Esta cumplicidade é benéfica e necessária quando se pretende iniciar a caminhada de fazer crescer a família”, aconselha o especialista em Medicina da Reprodução do IVI Lisboa.

De acordo com Sérgio Soares, o cigarro prejudica a função ovárica, o transporte embrionário ao longo da trompa e a recetividade do endométrio. No homem, a exposição aos compostos do fumo do tabaco afeta a produção espermática, com redução do volume seminal, mobilidade, morfologia e concentração de espermatozoides. A qualidade dos espermatozoides também pode estar comprometida: nos casais com parceiro masculino fumador, observa-se um aumento no tempo necessário para conseguir uma gravidez natural quando o consumo ultrapassa os 15 cigarros por dia.

No caso das mulheres, o tabaco pode aumentar em 60% o risco de infertilidade, sendo que as que recorrem a tratamentos de procriação medicamente assistida veem diminuído em 50% o sucesso terapêutico. “O tabagismo reduz a probabilidade de gravidez após a transferência de embriões de ótima morfologia à cavidade do útero, mesmo quando se trata de embriões resultantes de ovócitos doados por dadoras não fumadoras”, alerta o médico.

Impacto na saúde dos filhos

De acordo com Sérgio Soares, a exposição pré-natal ao tabaco está associada a um aumento da incidência de má formação no feto, obesidade, hiperatividade e transtornos de comportamento da descendência na vida adulta. Além disso, as mulheres que fumam durante a gravidez podem provocar, no caso dos rapazes, “uma redução da concentração do esperma de 20-50% em comparação com os não-expostos, e uma reserva limitada de ovócitos e subfecundidade no caso das raparigas”, explica Sérgio Soares.

O pai fumador, mesmo apenas no período pré-concecional imediato, pode contribuir para uma maior incidência de cancro na descendência. “Acredita-se que tal facto se deva a que as mutações do esperma possam ser transmitidas ao feto de modo permanente, passando a fazer parte da composição genética da futura geração”, salienta o médico.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
26 de janeiro
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) realiza no dia 26 de janeiro, às 17h00, um webinar exclusivamente dedicado à...

O evento, moderado pelo jornalista Paulo Farinha, vai centrar-se na abordagem dos sintomas e no diagnóstico da LLC bem como na evolução da doença e nas opções terapêuticas. As temáticas serão abordadas, respetivamente, pelos hematologistas Daniela Alves, do Centro Hospital Universitário Lisboa Norte, e José Carda, do Hospital Universitário de Coimbra. No final da sessão, os participantes terão ainda oportunidade de conhecer o testemunho real de um doente.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela APCL que tem como objetivo criar um espaço de partilha de informação e experiências relevantes para pessoas que vivem ou lidam com doenças hemato-oncológicas.

13 de janeiro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], promove no dia 13 de janeiro, a partir das 9h30, a 24.ª Edição...

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade.

A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

Na 24.ª edição do Caminho dos Hospitais, diversos profissionais de saúde irão abordar e debater questões relevantes na área da gestão em saúde, bem como apresentar alguns projetos inovadores da responsabilidade do CHUA. Com um programa bastante diversificado, em cima da mesa de debate vão estar temas como: «CHUA: realidade e principais desafios», «Atenuando constrangimentos: apostas recentes e futuras» e «Novo estatuto do SNS – que expetativas?».

 

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