Distinguir o que de melhor se faz ao nível da saúde em Portugal
O Prémio Saúde Sustentável, iniciativa da Sanofi e do Jornal de Negócios em parceria com a NTT DATA, que este ano se dedica ao...

Nesta que é já a 12ª edição da iniciativa, as entidades podem-se candidatar dentro de 5 categorias distintas - Cuidados de Saúde Centrados no Cidadão; Inovação em Saúde; Integração e Continuidade de Cuidados; Promoção da Saúde e Prevenção da Doença e Transformação Digital. Para aceder ao regulamento e efetuar a sua candidatura aceda ao website do Prémio Saúde Sustentável em https://premiosaudesustentavel.negocios.pt/

Os Prémios Saúde Sustentável serão atribuídos, por categoria, aos projetos que, tendo em conta as pontuações nos critérios de sustentabilidade, apresentam a pontuação total mais alta em termos de: Ganhos em saúde; Replicabilidade; Sustentabilidade Ambiental; Sustentabilidade Económica e Satisfação dos Utentes.

Paralelamente, poderão também ser atribuídas Menções Honrosas a projetos que se destaquem pela sua excelência, apesar de não terem vencido a categoria a que se candidataram.

O júri, presidido pela Ex-Ministra da Saúde Maria de Belém Roseira e composto por personalidades relevantes do meio empresarial, académico e político da sociedade portuguesa, avaliará as candidaturas de acordo com os princípios orientadores de rigor e comparabilidade, flexibilidade e facilidade de candidatura.

 «O Prémio Saúde Sustentável é uma iniciativa com um histórico de 12 anos e que quer continuar a distinguir o que de melhor se faz ao nível da saúde em Portugal, através de projetos únicos e inovadores que aportam um verdadeiro valor aos utentes que deles beneficiam. A Sanofi quer continuar a premiar a excelência do trabalho desenvolvido por instituições públicas e privadas, incentivando a partilha de boas práticas com impacto real na sociedade portuguesa», diz Helena Freitas, Diretora Geral da Sanofi Portugal

«Pelo historial que antecede e pelo prestígio que o Prémio alcançou ao longo desta mais de uma dezena de anos, é para mim uma honra e um privilégio ser, atualmente, a Presidente de uma iniciativa que, desde a sua primeira edição, sublinha a sua mensagem de inovação», acrescenta Maria de Belém, Presidente do Júri.

Dentro desta iniciativa destaca-se ainda o “Prémio Personalidade Saúde Sustentável”, uma distinção não sujeita a candidatura. Identificada pelo Júri, a personalidade com maior destaque e relevo na promoção de práticas sustentáveis na área da saúde será premiada.

Ao longo dos últimos 11 anos, já foram cerca de 100 os projetos/entidades premiados pelo seu destaque nas boas práticas ligadas à saúde e, ainda, 11 personalidades.

Precisão e segurança
A primeira cirurgia robotizada de prótese do joelho realizou-se hoje, na Unidade de Gambelas, em Faro. O Grupo HPA Saúde tem um...

O robot utilizado conduz uma fresa inteligente com precisão infra milimétrica. Controlado pelo cirurgião, reduz a possibilidade de erro e ajuda na colocação do implante, reproduzindo quase na totalidade o joelho original do doente.

As artroplastias do joelho e da anca são, pelos seus excelentes resultados, dos procedimentos mais gratificantes para o doente e para o cirurgião ortopedista. Perfazem cerca de 10% das 2.000 intervenções anuais realizadas pelo Grupo de Ortopedia (GO) do HPA e são há 12 anos uma das áreas onde o GO mais tem investido em termos técnicos e científicos.

De acordo com o Dr. João Paulo Sousa, coordenador do GO HPA “acreditamos que com esta opção tecnológica, precisa e segura, vamos conseguir melhorar os nossos resultados clínicos e funcionais: reduzir o número de doentes insatisfeitos e, provavelmente, encurtar o tempo de internamento e de recuperação, permitindo um regresso mais seguro às atividades de vida diária, bem como aumentar a longevidade da prótese.”

Todo este esforço tem como objetivo final a melhoria dos resultados oferecidos aos doentes. Numa análise recente acerca da satisfação em que foram avaliados 711 doentes submetidos a artroplastia do joelho, pedindo-lhes que classificassem o nível de satisfação de um a dez, 48% classificaram-na com dez e 90% classificaram-na com sete ou superior a sete.

Perante estes resultados, o Dr. João Paulo Sousa afirma que “a melhoria contínua faz parte da nossa missão, por isso estabelecemos uma nova meta: reduzir os 7% que classificaram a sua satisfação em níveis inferiores a seis. As determinantes da obtenção de um ótimo resultado, um bom resultado ou um mau resultado são multifatoriais e não as conhecemos ou dominamos na plenitude”.

Na ortopedia, como em múltiplas áreas da medicina, o contributo das novas tecnologias tem sido precioso e crescente. Exemplo disto é o sistema PSI (Patient Specific Instrumentation), em que são executados blocos de corte específicos e personalizados para cada doente, sistema a que o GO HPA já recorre há mais de 10 anos, tendo-se tornado num centro de referência.

O investimento do GO HPA na área das novas tecnologias tem gerado uma produção científica (dez publicações em revistas indexadas, três capítulos de livros, 60 comunicações em congressos), que está na base do reconhecimento da idoneidade formativa pela Ordem dos Médicos de internos de ortopedia. A introdução da robótica dará um novo impulso a esta importante vertente da atividade médica.

Depois do robot para o tratamento para hiperplasia benigna da próstata, apresentado no final do ano passado, este é mais um robot em Portugal disponibilizado pelo Grupo HPA Saúde.

Até dez sessões por doente por ano
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) está a disponibilizar um apoio psicológico dirigido a doentes hemato...

“Esta iniciativa pretende ajudar os doentes hemato-oncológicos mais desfavorecidos a receber um apoio fundamental para o seu processo de tratamento ou recuperação. Acreditamos que este acompanhamento psicológico terá um impacto positivo na forma como encaram e lidam com a doença.”, refere Manuel Abecasis, presidente da APCL.

No âmbito deste projeto, a APCL está a colaborar com Andreia Cardoso, psicóloga com consultório em Almada. As consultas podem ser online ou presenciais. O apoio, disponibilizado de forma gratuita a doentes com leucemia, linfoma, mieloma múltiplo ou síndromes mielodisplásicas, já se encontra disponível e pode ser solicitado à APCL pelas assistentes sociais dos vários serviços de hematologia do país.

A APCL tem como missão contribuir, a nível nacional, para aumentar a eficácia do tratamento das Leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, apoiando as famílias e doentes mais necessitados. No âmbito deste compromisso, um dos objetivos da Associação passa por fornecer apoio que permita melhorar a qualidade de vida de doentes hemato-oncológicos e das suas famílias.

 

 

Portugal Health Summit
A Lusíadas Saúde, o Negócios e a SÁBADO uniram-se para lançar o fórum Portugal Health Summit, um espaço de reflexão e...

Caracterizado por um pensamento maior – livre, transparente, inclusivo e interdisciplinar –, o Portugal Health Summit pretende analisar o contexto, os desafios e as necessidades, e encontrar soluções com o envolvimento de todos, abrindo momento a uma entreajuda mais plena e a uma integração mais intencional que garanta mais e melhor vida à nossa sociedade.

Durante três anos, o Conselho de Curadores do Portugal Health Summit vai refletir sobre a saúde e contribuir com as suas propostas para melhorar este setor que “é de todos e para todos”.

Elevar a consciência de saúde, cuidar desde a primeira hora, abraçar a longevidade, promover o envelhecimento ativo, educar em todas as idades, antecipar a urgência, assegurar a prevenção, convocar o indivíduo para uma participação mais ativa na sua saúde, digitalizar e integrar sistemas, transformar dados em informação útil, pensar e decidir com mais conhecimento, modernizar as estruturas, investir e inovar no ensino superior, melhorar as saídas profissionais e o desenvolvimento das carreiras, reinventar a gestão da saúde, apostar nas lideranças de impacto, criar culturas de proximidade e servir cada vez melhor as pessoas, são alguns dos tópicos a abordar ao longo das várias iniciativas que compõem o Portugal Health Summit 2023 e que já pode seguir em portugalhealthsummit.negocios.pt.

Numa sequência de diálogos construtivos, vamos ligar setores, dar voz à visão de especialistas, discutir boas práticas, inovar sistemicamente e evoluir em conjunto.

Portugal Health Summit 2023 é promovido pela Lusíadas Saúde e a Cofina.

Pioneiro
O Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitlar Universitário São João (CHUSJ) é o único centro nacional a disponibilizar...

Já em 2023, o CHUSJ iniciou a programação da estimulação pós-operatória baseada na imagem, "técnica usada no tratamento da doença de Parkinson que permite localizar com exatidão o elétrodo em relação ao núcleo alvo antes de iniciar a estimulação. A partir daí, simula-se nessa imagem a área de estimulação que se pretende de modo a conseguir o melhor resultado clínico", explica o neurocirurgião.

De acordo com o clínico, "o CHUSJ disponibiliza as mais adequadas e atuais respostas de intervenção médica e cirúrgica necessárias para o tratamento desta patologia que interfere de um modo muito importante com a qualidade de vida e que se tem tornado mais frequente dado o envelhecimento da população."

Vários neurocirurgiões do CHUSJ têm sido convidados a participar como palestrantes em conferências nacionais e internacionais como são exemplo, o 1º Congresso Nacional de Parkinson e a DBS Academy que decorrerão entre os dias 11 e 20 de Abril.

Na edição de 2023 da comemoração do dia Mundial da Consciencialização para a doença de Parkinson, "a mensagem que o CHUSJ pretende transmitir à comunidade é a da confiança. Nos diferentes centros do País são oferecidas aos doentes portugueses todas as soluções de tratamento existentes, estando os resultados nacionais ao nível dos centros de referência europeus e americanos", conclui Rui Vaz.

 

Doença Neurodegenerativa
Ocorre tipicamente na 5.ª e 6.ª décadas de vida e estima-se que afete cerca de 1% da população com m

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso, especificamente a área do cérebro que controla o movimento. A DP é caracterizada por uma perda de células produtoras de dopamina na substantia nigra, uma região do cérebro que desempenha um papel chave na regulação do movimento. Como resultado, as pessoas com a Doença de Parkinson experimentam uma série de sintomas que podem ter um impacto profundo na sua vida quotidiana.

Sintomas:

Os sintomas da DP podem variar muito de pessoa para pessoa, e podem desenvolver-se gradualmente ao longo do tempo. Os sintomas comuns da DP incluem:

  • Tremores;
  • Rigidez;
  • Movimento lento;
  • Dificuldade com equilíbrio e coordenação.

Algumas pessoas com DP podem também apresentar sintomas não motores, tais como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, e perturbações cognitivas.

É também frequente registar-se problemas de deglutição, incontinência, obstipação, fadiga, dor, disfunção sexual, perda de olfato, perda de memória ou perturbações da tensão arterial.

À medida que a doença progride, os sintomas podem tornar-se mais graves, levando a dificuldades com as atividades diárias e a uma qualidade de vida reduzida.

Fatores de risco:

Embora a causa exata da doença seja desconhecida, os investigadores identificaram vários fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da patologia. Estes fatores de risco incluem a idade, genética, e fatores ambientais.

  • Idade: O risco de desenvolvimento da Doença de Parkinson aumenta com a idade, e a maioria das pessoas são diagnosticadas após os 60 anos de idade. No entanto, uma pequena percentagem de pessoas desenvolve a doença numa idade mais jovem.
  • Genética: Embora a maioria dos casos sejam esporádicos, o que significa que não são herdados, existem algumas mutações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento da doença. A mais comum destas mutações é no gene LRRK2.
  • Fatores ambientais: A exposição a determinadas toxinas ambientais, tais como pesticidas e herbicidas, tem sido associada a um risco acrescido de Doença de Parkinson.

Como a causa da doença de Parkinson é desconhecida, não existem formas comprovadas de prevenir a doença.

Algumas investigações demonstraram que o exercício aeróbico regular pode reduzir o risco da doença de Parkinson.

Outras, mostraram que as pessoas que consomem cafeína contraem a doença de Parkinson com menos frequência do que as que não a consomem. O chá verde está também relacionado com um risco reduzido de desenvolver a doença de Parkinson. No entanto, ainda não se sabe se a cafeína protege contra a doença de Parkinson ou se está relacionada de alguma outra forma. Atualmente não existem provas suficientes que sugiram que beber bebidas com cafeína proteja contra a doença de Parkinson.

Fontes:

https://www.cuf.pt/saude-a-z/doenca-de-parkinson

https://spdmov.org/doenca-de-parkinson/

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Primeira empresa da Indústria farmacêutica a aderir
Nos últimos anos, a sociedade atravessou momentos de profunda transformação a nível social, económico e digital. Além disso, a...

Nesse sentido, e acreditando que a única forma de atingir melhores objetivos é ter equipas saudáveis, a Pfizer Portugal continua focada em reforçar a saúde mental, construindo um local de trabalho colaborativo, com um ambiente inclusivo e que promova oportunidades para os seus colaboradores.

Assumindo esta como uma prioridade fundamental, a Pfizer Portugal assinou o Pacto para a Saúde Mental no Local de Trabalho, uma iniciativa promovida pelo Centro de Negócios Responsáveis e Liderança da Universidade Católica-Lisboa, em parceria com a Mind Alliance Portugal, que visa desafiar as organizações portuguesas a desenvolver planos de ação concretos que contribuam para um ambiente de trabalho saudável e que impulsionem a construção de uma boa saúde mental no seio das organizações.

Com a assinatura deste Pacto, a Pfizer Portugal junta-se a mais 26 empresas, que também colocaram a saúde mental no topo das suas prioridades estratégicas, sendo a primeira empresa da indústria farmacêutica a assumir este compromisso.

Paulo Teixeira, Diretor Geral da Pfizer Portugal afirma: “Estamos muito orgulhosos de ter recebido o certificado que confirma a nossa adesão a este Pacto. A Saúde Mental é e será uma prioridade da Pfizer. Acreditamos que só organizações com ambientes saudáveis conseguem atingir bons resultados. Um exemplo do nosso compromisso é o programa Healthy Pfizer Global, que oferece uma variedade de ferramentas e recursos disponíveis para apoiar os colaboradores e os seus familiares em tópicos relacionados com o bem-estar.”

No âmbito do Pacto para a Saúde Mental no Local de Trabalho, a Pfizer Portugal tem também promovido outras ações, como debates de líderes empresariais ou convites a oradores externos para falar sobre o tema da saúde mental.

Iniciativa tinha sido suspensa devido a pandemia
A Ordem dos Nutricionistas retoma, nos meses de abril e maio, o Ciclo de Visitas aos Estabelecimentos de Ensino Superior que...

Para Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas “estas visitas dão a possibilidade acrescida de partilharmos ideias, opiniões, desafios e diferentes perspetivas e perceber no terreno a evolução, nos últimos anos, da formação dos nutricionistas, e tendências futuras”.

No entanto, este Ciclo de Visitas verterá ainda na oferta formativa dos Estabelecimentos de Ensino Superior, porque é uma área fundamental no que diz respeito à qualidade e diferenciação dos futuros profissionais.

Para Alexandra Bento “uma oferta formativa vasta e diferenciada permite, sem dúvida alguma, o desenvolvimento de uma formação mais consistente, robusta e completa. A formação ao longo da vida é um processo que deve garantir conhecimentos atualizados, especializados, mas também permitir alcançar competências transversais para que o nutricionista esteja preparado para as contantes mudanças da sociedade”.

Adicionalmente, pretende-se conhecer iniciativas inovadoras no contexto da formação académica, bem como conhecer mais de perto as perspetivas das Instituições no que respeita à profissão de nutricionista na atualidade e nos próximos anos.

Para a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas “o retomar deste Ciclo de Visitas era algo há muito esperado, uma vez que reconhecemos que estas iniciativas permitem sublinhar a excelente ligação entre a Ordem a Nutricionistas, enquanto regulador, e a Academia enquanto formador dos futuros nutricionistas”.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas far-se-á acompanhar pelo Vice-Presidente da Direção, Prof. Doutor José Camolas, bem como por elementos da sua Assessoria.

As visitas iniciam-se amanhã, dia 11 de abril e terminarão a 22 de maio, às seguintes Instituições: Universidade Lusófona, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, Instituto Universitário Egas Moniz, NOVA Medical School, Universidade Atlântica e Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve.

Recorde-se que em 2020 a Ordem dos Nutricionistas havia visitado as seguintes Instituições: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, Universidade Fernando Pessoa, Instituto Universitário de Ciências da Saúde, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escola Superior de Saúde de Bragança, Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra e Escola Superior de Saúde de Leiria.

Empresa do Grupo ISQ
A Bluestabil, empresa do Grupo ISQ, acaba de receber autorização da entidade regulamentar, Infarmed, para a armazenamento de...

No sentido de dar resposta ao mercado emergente da canábis e seus derivados para fins medicinais, a Bluestabil deu início ao processo de licenciamento aplicável junto do Infarmed para que pudesse disponibilizar os seus serviços e apoiar as empresas deste sector. “Desta forma, ajudamos o mercado a potenciar a investigação e o desenvolvimento de novos produtos, transferindo o armazenamento dos produtos para estudos de estabilidade para um parceiro especializado, com as competências necessárias, que é o nosso caso”, sublinha Margarida Pinto, gerente da Empresa.

A estabilidade de produtos farmacêuticos e de substâncias derivados da planta da canábis para fins medicinais é definida como a medida em que um produto retém, dentro de limites especificados, as mesmas propriedades que possuía no momento de sua fabricação e durante todo o período de armazenamento e uso (ou seja, sua vida útil).

Os requisitos específicos para testes de estabilidade de medicamentos fitoterapêuticos como a Canábis, uma substância narcótica, são exigentes. Por exemplo, o armazenamento necessita de ser feito em câmaras climáticas que simulam as condições das zonas geográficas onde os produtos são comercializados/consumidos. Além disso, há regras específicas que devem ser seguidas em relação ao controlo de qualidade, ao transporte, ao manuseamento de amostras e de resíduos. Por tudo isto, a capacidade instalada e os processos otimizados disponíveis na Bluestabil, “tornam-nos um parceiro com competências únicas, e ímpar em Portugal para um mercado jovem e em franco crescimento, como é caso da Canábis medicinal”, acrescenta Margarida Pinto.

Com vários anos de experiência, a Bluestabil desenvolve a sua atividade numa área GMP, superior a 300 m2 e tem atualmente mais de 100.000 amostras armazenadas e diferentes condições climáticas conforme ICH guidelines. A empresa tem a competência e a capacidade para lidar em simultâneo com diferentes projetos de armazenamento de produtos para estudos de estabilidade farmacêutica, onde se incluem os produtos e substâncias derivados da planta da canábis para fins medicinais.

Todas as câmaras climáticas para armazenamento de amostras são controladas com recurso a sistemas de monitorização e alerta, 24 horas por dia 7 dias por semana (em conformidade com 21 CFR parte 11). “Para segurança das amostras que recebemos, temos implementados planos de contingência para câmaras climáticas e temos instalados vários sistemas de controlo e monitorização de acessos, além de outras medidas de segurança, que permitem instalações seguras e em conformidade com a legislação aplicável”, reforça Margarida Pinto.

Os mitos da alimentação
Já está disponível o sétimo e último episódio do podcast “Cancro sem Temor”, iniciativa do IPO Porto. Com o tema “A Roda Anti...

Paula Alves, nutricionista e Diretora do Serviço de Nutrição do IPO Porto, Ana Paula Santos, endocrinologista do IPO Porto e o José António Baldaia, doente de cancro de Cabeça e Pescoço, são os intervenientes deste episódio, onde partilham as suas experiências e a importância de adotação de um estilo de vida saudável para ajudar a prevenir o cancro e a diminuir a mortalidade.

Durante o episódio, José António Baldaia testemunhou a sua vivência após o diagnóstico de um tumor na língua e na faringe, em outubro 2020. “Procurei sempre ser independente”, diz o doente que nunca baixou os braços, dedicando-se à agricultura biológica e adotando sempre estratégias de forma a ultrapassar as dificuldades sentidas nas refeições e na comunicação com os outros.

“Não existe uma alimentação saudável que funcione para todos e esta vivência da patologia, temos de ver qual o contexto vivido e dento do padrão saudável, o que é que pode ser adotado”, alerta a nutricionista Paula Alves, acrescentando que “a leitura dos rótulos é fundamental”.

A relação da obesidade com o cancro foi um dos pontos explorados pela endocrinologista Ana Paula Santos, que aproveitou para deixar o aviso: “Mesmo nas pessoas com índice de massa corporal normal com peso normal, a gordura abdominal é importante porque aumenta o risco de ter cancro.”

“Cancro sem Temor” é um projeto do IPO do Porto, dirigido a toda a população, com o objetivo de realçar a importância de aprender a viver com o diagnóstico de cancro e desmistificar conceitos e ideias sobre esta vivência. Através de diferentes testemunhos e perspetivas, procura-se simplificar e retirar a carga negativa, o medo associado à doença, clarificando diferentes aspetos, para ajudar a lidar melhor com ela. Olhar para a doença de diferentes perspetivas, psicológico, emocional, farmacológico, médico e social. O impacto do diagnóstico no indivíduo e no seu mundo.

O podcast, que conta com o apoio da Novartis, está disponível no canal Youtube do IPO do Porto e nas plataformas de podcast (Spotify e Apple Podcasts).

 

Nos dias 15, 17 e 18 de abril
A APNEP acaba de anunciar a realização do seu 25º congresso que irá decorrer nos dias 15, 17 e 18 de abril, na Fundação Dr....

O primeiro dia do congresso, 15 de abril, terá um formato online e contará com diferentes formatos, desde Journal Club com a discussão de variados temas que vão desde “o papel da nutrição no doente crítico”; “Nutrição artificial em pediatria” até questões relacionadas com o “impacto da nutrição na mortalidade do doente crítico”. Também palestras internacionais serão organizadas ao longo do dia e em paralelo Mesas nacionais subordinadas a diferentes tópicos. Os simpósios fazem parte também deste dia de trabalho. Um dos quais dedicado à discussão dos “cuidados nutricionais na população geriátrica” e o outro a abordar os “Cetoanálogos na Doença Renal Crónica.”

No dia 17 e 18 de abril terá lugar um congresso com múltiplas salas em simultâneo com uma grande panóplia de temas e uma variedade de cursos ESPEN LLL distribuídos pelos dois dias. No total contamos com 150 palestrantes internacionais de língua oficial portuguesa e 5 salas em simultâneo.

No primeiro dia de congresso presencial serão discutidas temáticas relacionadas com o Doente em estado Crítico; Peri-operatório e Complicações pós-operatório contando com Casos Clínicos.  Nesse mesmo dia existirá uma abordagem Pediátrica com foco na Nutrição e realização de 3 simpósios (Danone Nutricia, Fresenius Kabi e Nestlé Health Science). Temas como, a “Interação entre o exercício físico e a intervenção nutricional; a “Ética na Nutrição”; o “Cérebro e o Intestino em íntima relação” e a “Malnutrição nos cuidados de saúde primários” fazem ainda parte da discussão deste primeiro dia. Por último, os temas da “Imunoalergologia e Nutrição em íntima relação” bem como, a “Cirurgia bariátrica: o que sabemos até agora?” serão discutidos na 4ª sala do referido congresso.

Ainda neste dia terão lugar dois cursos ESPEN LLL, um deles dedicado ao “Nutritional Support in Cancer” e o outro ao “Nutrition in Older Adults”.

Já no dia 18, temas como: “Obesidade em idade pediátrica”; “Considerações especiais sobre alimentação”; “Obesidade da Infância à Idade adulta”; “Rastreio Nutricional a nível hospitalar”; “Identificação do risco nutricional na pessoa idosa: a importância da articulação institucional nos territórios municipais”; “Monitorização Nutricional no Doente Crítico” e “Nutrição Parentérica Domiciliária” fazem parte da discussão entre oradores e os participantes. No que se refere aos cursos ESPEN LLL, um será dedicado ao “ICU Nutrition: Treatment and problem solving” e o outro irá abordar “Nutricional Support in the Perioperative Period”. Ainda neste dia será organizada uma mesa-redonda com administradores hospitalares sobre impacto económico da malnutrição associada à doença nos hospitais.

Segundo Dr. Aníbal Marinho, Presidente da APNEP “este encontro vai permitir contribuir para colocar uma vez mais na ordem do dia o tema da Nutrição e da malnutrição associada à doença, temáticas de saúde pública que permanecem subdiagnosticadas e subvalorizadas. Apesar de não conhecermos os números reais deste flagelo, é reconhecido que os números da malnutrição crescem diariamente na comunidade, especialmente junto da população idosa que apresenta, na sua maioria, um maior risco de vulnerabilidade nutricional. A atual crise económica vem agravar a premência do debate sobre a malnutrição e a instituição de planos de ação que mitiguem o aumento desta realidade em Portugal. Este tipo de encontros permite-nos revelar as necessidades ao nível do tema da Nutrição no nosso país, onde o rastreio nutricional já está implementado a nível hospitalar, mas urge a sua implementação nos Cuidados de Saúde Primários, e ao contrário da maioria dos países europeus, a acessibilidade equitativa à nutrição clínica continua, também, por alcançar. Não podemos perpetuar esta dicotomia de vivermos num país em que a esperança de vida à nascença seja equiparada à dos países mais desenvolvidos do mundo e ao mesmo tempo aceitarmos que a população com mais de 65 anos de idade tenha uma má qualidade de vida e com pouca saúde. O envelhecimento da população é uma realidade cada vez mais presente a nível mundial e urge que se tomem medidas urgentes para proteger as pessoas idosas. O combate à Malnutrição tem de ser um desígnio nacional.”

As inscrições deverão ser feitas exclusivamente através do site da APNEP: www.apnep.pt

Rastreios e palestras no Shopping da Linha
Com o apoio do Município de Oeiras, e pensando no bem-estar dos seus visitantes, o Oeiras Parque vai promover uma Feira de...

Nestes rastreios será possível verificar a tensão ocular e o risco de diabetes, fazer a avaliação de risco cardiovascular e da intolerância à lactose, despistar insuficiência venosa crónica, e medir uma série de outros importantes fatores nas áreas da dermocosmética, serviços farmacêuticos, higiene oral, visão, audição e nutrição.

No dia 15, sábado, a “Saúde na Linha” irá dar palco a diversos profissionais de saúde que, através de palestras rápidas, irão esclarecer sobre as temáticas “Impacto da Tecnologia na Saúde dos Adolescentes”, “Radiação UV para um Verão Saudável”, “Higiene Íntima e Infeções Urinárias”, “Higiene Oral na Saúde da Criança” e ainda “Higiene Oral na Saúde do Adulto”.

Os rastreios vão estar disponíveis entre as 10h30 e as 20h, preparados por profissionais da Farmácia Veritas, Widex, André Ópticas, Ortoneeds, CPE Clínicas, Celeiro e Colunex. No local estarão presentes algumas marcas de dermocosmética como a Isdin, a Sensilis, a Cantabria Labs e a Uriage, com uma zona especial para bebés.

A “Saúde na Linha” vai decorrer no piso -1, do acesso do Parque Infantil, e permitirá aos visitantes o acesso a informação sobre o seu estado de saúde em diversas áreas.

Rastreios De 14 a 16 de abril, das 10h30 às 20h

Piso -1, acesso do Parque Infantil

Palestras | 15 de abril

11h00 | Impacto da Tecnologia na Saúde dos Adolescentes

12h00 | Radiação UV para um Verão Saudável

14h00 | Higiene Íntima e Infeções Urinárias

16h00 | Higiene Oral na Saúde da Criança

17h15 | Higiene Oral na Saúde do Adulto

Nove produtos distinguidos
Alívio de cólicas, prevenção de piolhos, tratamento capilar, probióticos, higiene feminina, repelentes, protetores solares,...

O Produto do Ano, sistema de avaliação que distingue produtos e serviços pela sua inovação, destaca que em Portugal, a saúde é uma área que está em constante evolução, sendo que ao longo dos anos, tem apresentado novos desenvolvimentos no que diz respeito à inovação, de forma a melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Esta realidade não passou despercebida na edição de 2023 do Produto do Ano, onde foram distinguidos nove produtos inovadores, que apresentam novas tecnologias, em várias categorias relacionadas com o setor da saúde, tais como: alívio das cólicas, prevenção de piolhos, tratamento capilar, probióticos, higiene feminina, repelentes, protetores solares, suplementos e seguros de saúde.

Nas categorias “Prevenção de Piolhos” e “Tratamento Capilar”, os vencedores foram o Hedrin Once Spray Gel e o Nizoral Expert Champô Diário, respetivamente. O primeiro é um produto clinicamente comprovado na eliminação de piolhos e lêndeas com apenas uma aplicação, em que a sua eficácia está relacionada com a substância Penetrol®, uma substância inovadora e patenteada, para auxiliar a penetração no interior do piolho e lêndea, eliminando-os. Relativamente ao segundo produto, trata-se de um champô diário que alivia a comichão e descamação do couro cabeludo desde a primeira lavagem. A Crinipan PMC green technology é uma nova tecnologia patenteada, que usa ingredientes plant-based que regulam o crescimento dos fungos causadores de caspa.

Em relação às categorias “Probióticos” e “Alívio das Cólicas”, destacaram-se os produtos Probióticos SYMBIOSYS e Aero-Om. A SYMBIOSYS é uma gama de probióticos composta por ingredientes cientificamente testados dando resposta a diferentes áreas: sistema digestivo, imunidade, equilíbrio urinário e perda de peso. A grande inovação desta gama é a nova abordagem terapêutica através de microrganismos vivos que impactam a microbiota intestinal com efeito em diferentes indicações. O Aero-Om comprimidos para mastigar contribui para o alívio das cólicas, gases, e barriga inchada, de forma prática.

No que diz respeito à categoria “Higiene Feminina” distinguiu-se o Hygiene&Go Spray Enna, um spray íntimo de limpeza sem sabão nem gás, indicado para higiene íntima especialmente para momentos em que a utilizadora está longe de casa. Este produto contém 93,2% de ingredientes naturais com propriedades antimicrobianas que ajudam a evitar infeções graças à lavanda e tem também características regeneradoras e anti odor devido à presença de eucalipto. Relativamente à categoria “Repelentes”, destacaram-se as ZTOP, pulseiras biodegradáveis, sem efeitos secundários, que podem ser utilizadas a partir dos 6 meses e que protegem os oceanos e os corais.

A Gama de Cuidados Solares Wells foi a vencedora da categoria “Protetores Solares”, que se evidenciou por ser uma nova gama de cuidados solares e pós-solar para toda a família, indicada para pele sensível, que é vegan e aprovada por dermatologistas. O protetor de rosto além de conferir proteção elevada (SPF 50+) tem também efeito antienvelhecimento devido ao ácido hialurónico e vitamina E presentes na sua composição. Os produtos de corpo SPF 30 e aftersun contém Inositol®, ingrediente patenteado, que promove e prolonga o efeito bronzeado.

Na categoria “Suplementos”, o novo suplemento alimentar Nestlé NANCARE® VITAMINA D 10ml foi o produto vencedor. A vitamina D é necessária para o crescimento e desenvolvimento normais dos ossos e contribui para o funcionamento normal do sistema imunitário das crianças. Cada suplemento NESTLÉ NANCARE® contém um ou mais ingredientes ativos cuidadosamente selecionados, a pensar nas necessidades e carências nutricionais mais comuns nos primeiros anos de vida das crianças, quer estejam a ser alimentados por leite materno ou por fórmulas infantis. Este é um cuidado extra para ajudar bebés e crianças em todos os momentos do seu desenvolvimento.

Por último, na categoria “Seguros de Saúde”, os portugueses avaliaram como o mais inovador o seguro Keep Simples – Keep Wells, que se caracteriza como o seguro mais democrático do mercado, para todas as idades, sem exclusões ou períodos de carência, com consultas de especialidade a 25€ e ainda a comodidade de médico em casa e online ilimitado e sem custos adicionais.

“Atribuir este prémio a estas marcas e distinguir os seus produtos inovadores é muito importante para nós, pois representa o nosso compromisso em reconhecer e destacar os produtos que fazem a diferença para os consumidores portugueses. É esse o objetivo dos Prémios Produto do Ano. Gostaríamos de parabenizar mais uma vez os vencedores deste ano pelo seu compromisso e dedicação em melhorar a saúde das pessoas” refere Sónia Cardoso, Managing Partner do Produto do Ano.

O Produto do Ano realizou, no mês passado, a cerimónia de entrega de prémios do Selo com o mesmo nome, que distinguiu os 67 produtos e serviços mais inovadores do mercado nacional. Para aceder à lista de todos os vencedores visite: https://produtodoano-pt.com/premiados

Cuidados a ter
A Primavera é a altura do ano em que há uma maior concentração de pólenes e fungos no ambiente

Assim, existem alguns cuidados que os doentes alérgicos devem ter, como por exemplo:

  1. Reduzir o tempo que passam ao ar livre, especialmente durante a manhã, quando a concentração de pólen no ar é maior, e nos dias mais ventosos;
  2. Viajar com os vidros do carro fechados e, no caso de viajarem de motociclo, usar capacete com viseira integral fechada;
  3. Usar óculos escuros fora de casa para proteger os olhos e evitar ou reduzir o aparecimento de sintomas de conjuntivite;
  4. Evitar caminhar em grandes espaços relvados ou cortar relva;
  5. Evitar praticar desportos ao ar-livre, campismo, caça ou pesca em períodos
  6. de grande concentração de pólenes.

A utilização de máscaras pode ser benéfica na prevenção das alergias. As máscaras funcionam como uma barreira física que dificulta a entrada de partículas nas vias aéreas, como poeiras e pólenes. Assim, a sua utilização diminui a quantidade de partículas inaladas, e desta forma, restringe a exposição a esses fatores que induzem ou agravam a doença respiratória alérgica.

No caso das poeiras, como por exemplo aquelas que chegam ao nosso País oriundas de

Países africanos, os doentes com doença respiratória alérgica são mais suscetíveis à sua inalação do que a restante população, pelo que os seus cuidados devem ser redobrados. Neste caso, a circulação na rua deve ser reduzida e, se possível, usando uma máscara.

A primavera é uma altura propícia ao desenvolvimento de sintomas de rinite, sinusite, conjuntivite, asma e eczema. Assim, os doentes com doenças alérgicas aos pólenes e fungos do ambiente exterior devem:

  • Procurar ajuda médica no caso de terem sintomas diários, que interferem no seu dia-a- dia, no trabalho ou no sono. Lembre-se não é normal “viver com o nariz entupido e a espirrar constantemente”!
  • Cumprir rigorosamente a sua medicação habitual e, se necessário, recorrer à medicação de alívio prescrita pelo médico de Imunoalergologia.
  • Consultar com periodicidade o Boletim Polínico, um serviço da SPAIC (Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica) que está acessível, de forma atualizada e gratuita em https://www.rpaerobiologia.com/boletim-polinico

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião - Dia Mundial da Saúde
O dia 7 de abril foi o escolhido para celebrar o Dia Mundial da Saúde.

A OMS foi fundada há 75 anos com o objetivo de promover a saúde e garantir que todos têm acesso aos melhores cuidados de saúde e bem-estar. Ao compararmos a realidade atual, com a situação existente no momento da fundação da OMS, não podemos deixar de festejar as vitórias alcançadas. Este percurso deve também tornar-nos cada vez mais exigentes, com a habilidade de nos adaptarmos a novos desafios.

A literacia em saúde é um pilar fundamental para promover o bem-estar. A facilidade atual de acesso a informação, aumenta a responsabilidade de todos perante as decisões que se tomam. Temos, contudo, que saber reconhecer quais as fontes de conhecimento mais e menos fidedignas, saber a quem recorrer perante hipotéticas dúvidas ou para discussão da informação obtida. Uma população bem informada sabe exigir os cuidados corretos que lhe devem ser prestados e sabe também onde e quando recorrer para que estes cuidados sejam os mais eficazes. Uma população bem informada sabe distinguir entre situações que carecem de uma avaliação urgente, de situações, que embora importantes, podem ser resolvidas de uma outra forma. Uma população bem informada sabe fazer escolhas que promovem a saúde e o bem-estar, prevenindo doença e ajudando no tratamento de doenças já estabelecidas.

A Medicina Interna pautando-se por robustez científica, abrangência e capacidade de adaptação é um dos elos fundamentais entre o doente e o conhecimento.

Garantir que todos temos acesso a cuidados de saúde não quer dizer que todos devamos fazer as mesmas escolhas, sendo que o que é necessário a um, não é, obrigatoriamente, necessário a outro. Um elevado número de exames, ou a realização de exames de elevada complexidade, não está diretamente relacionado com a qualidade dos cuidados que recebemos. A realização de exames desnecessários expõe-nos a potenciais riscos como a ansiedade gerada por suspeita de doença, que posteriormente não se confirma. Estas suspeitas que podem surgir num exame que um indivíduo saudável e assintomático realiza sem qualquer justificação clínica, muitas vezes dão origem a uma cascata de outros exames e intervenções, nenhuma isenta de riscos, para se conseguir desconstruir esta hipótese de doença. Garantir que há cuidados de Saúde para todos, passa também por saber adequar os exames a cada situação. Uma observação médica que não resulte na prescrição de exames ou tratamentos é, frequentemente, conotada pelo doente como de menor qualidade. A vontade de realizar exames, apesar da ausência de justificação para os fazer, é difícil de contrariar. Literacia em saúde é também desmistificar esta ideia e garantir que os exames e tratamentos necessários, são corretamente disponibilizados a quem deles necessita.

Em 2012 surgiu, nos Estados Unidos da América (EUA) um programa de Educação para a Saúde designado por Choosing Wisely, criado pela American Board of Internal Medicine. Em português este programa designa-se por Escolhas Criteriosas em Saúde e tem como principal objetivo promover escolhas em Saúde baseadas na melhor evidência científica disponível, promovendo a utilização adequada de exames complementares de diagnóstico e reduzindo o número de intervenções desnecessárias, sem eficácia/evidência comprovada e/ou com uma relação risco-benefício desfavorável. Este programa é uma iniciativa centrada no doente, que pretende a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, a prevenção da ocorrência de dano e a promoção da discussão científica sobre as decisões mais corretas para rastrear, estudar e tratar determinadas situações. A uniformização de procedimentos levará à otimização da comunicação entre doentes e profissionais de saúde, promovendo a tomada de decisões informadas e partilhadas.

Saúde para todos, implica que todos trabalhemos juntos, implica também fazer escolhas que promovam uma vida saudável, procurar informação credível que nos ajude a tomar decisões e exigir os cuidados mais corretos e adequados.

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Doenças respiratórias
A prática de exercício físico é uma das medidas que mais contribui para o bem-estar físico e emocion

A asma faz parte deste grupo de doenças e, ao contrário do que possa pensar-se, o diagnóstico desta doença não representa uma contraindicação para a prática de exercício físico. Muito pelo contrário. Independentemente da gravidade da doença, há sempre benefício associado ao exercício físico, ainda com a necessidade de eventuais ajustes em termos de intensidade ou até na escolha da modalidade mais apropriada para cada doente.

Aqui ficam, por isso, cinco boas razões para um doente asmático praticar exercício físico, elencadas por Ana Luísa Moura, coordenadora do Grupo de Interesse de Asma e Alergia no Desporto da SPAIC:

  1. A prática de exercício físico melhora a capacidade pulmonar
  2. O exercício físico promove a perda de peso que, por sua vez, ajuda no controlo da asma
  3. O exercício físico reforça o sistema imunitário, reduzindo o risco de infeções respiratórias (desencadeantes frequentes dos sintomas de asma)
  4. O exercício físico melhora o humor e reduz o stresse que, por sua vez, provoca menos sintomas de asma
  5. Após um bom aquecimento, uma pessoa com asma bem controlada pode participar em qualquer atividade física sem limitação.

Contudo, ressalva a imunoalergologista, em dias como o de hoje, em que se verifica na atmosfera a presença de elevadas concentrações de pólenes, a prática de exercício ao ar livre pode ser um fator de agravamento dos sintomas alérgicos. Por isso, fique atento ao boletim polínico e escolha as melhores condições e a localização mais apropriada para fazer o seu treino diário. De preferência, opte por um treino indoor.

Consulte o boletim polínico aqui: https://www.rpaerobiologia.com/

 

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Podologia
Trocar um estilo de vida sedentário por uma vida ativa é um ótimo princípio, mas para praticar ativi

A prática de exercício físico contribui para o bem-estar físico e psicológico, diminui o risco de diversas doenças, como a obesidade, a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares, ajudando a fortalecer os ossos, os músculos e as articulações. Contudo, não podemos cair no erro de desvalorizar os riscos de uma má prática desportiva e da ausência de um acompanhamento profissional, quer do ponto de vista preventivo, quer na presença de alterações, problemas e lesões.

Adjacentes à prática desportiva encontram-se alguns problemas podológicos, que com a adoção de medidas preventivas podem ser menos frequentes.

Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre o pé de atleta, uma designação que se deve ao facto de este ser um problema comum em atletas, uma vez que os balneários e chuveiros reúnem as três condições favoráveis à proliferação dos fungos: baixa luminosidade, calor e humidade. A sua patologia mais frequente é a micose nos dedos e nos pés, provocando sintomas que incluem comichão, vermelhidão, fissuras, descamação da pele e mau cheiro. Além desta sintomatologia, a dor e a presença de bolhas de água ou pus são possíveis manifestações em casos mais graves. Utilizar chinelos nos vestuários e duches partilhados, fazer uma correta higiene diária, usar sapatilhas arejadas e que permitam uma boa ventilação, assim como secar bem os pés com a toalha, e em especial os espaços entre os dedos, são precauções a ter.

As calosidades podem também afetar os pés dos desportistas, em sequência, quer da fricção e pressão exercida durante o exercício físico, quer da utilização de um calçado apertado e inadequado à atividade praticada. Em resposta a essa “agressão”, desenvolve-se uma protuberância de tonalidade amarela, pela formação de uma camada espessa de células mortas. Para evitar as calosidades, é essencial uma hidratação diária, através da ingestão de uma quantidade suficiente de água e da aplicação de um creme ou loção hidratante, após o banho, uma vez que a pele estará limpa com os poros dilatados.

A prática de atividade física com sapatilhas apertadas potencia ainda a onicocriptose, reconhecida como “unha encravada”, uma vez que se verifica uma compressão dos dedos e uma maior pressão nesta região, fazendo com que a unha cresça dentro da pele circundante do dedo, perfurando-a. Escolher uma sapatilha adaptada à largura e morfologia do pé, de forma a conseguir mexer livremente os dedos, com uma margem de aproximadamente um centímetro entre o dedo grande e a ponta do sapato, bem como cortar as unhas em linha reta são ações preventivas.

Em resultado da inflamação da fáscia plantar, uma banda de tecido fibroso que liga o calcanhar aos dedos, a fasceíte plantar é um problema relativamente comum no universo desportivo, particularmente nos desportos que envolvam corrida, devido à elevada tensão e uso excessivo da fáscia plantar, responsável por absorver os choques no impacto do pé contra o solo. Para escapar a esta que é uma das causas mais comuns de dor na planta do pé e o motivo mais comum de dor no calcanhar, é crucial a realização de exercícios de aquecimento.

O aquecimento é também muito importante para prevenir a entorse do tornozelo, tal como os exercícios de alongamentos. Ocorrendo na sequência de uma queda, desequilíbrio ou salto que leva a uma rotação extrema do membro inferior e a uma sobrecarga dos ligamentos, a gravidade desta lesão depende do número de ligamentos afetados e se ocorreu, ou não, rutura dos mesmos.

A escolha das meias é igualmente importante para evitar eventuais problemas nos desportistas. Quanto ao material, as meias devem ser de fibras naturais, preferencialmente de algodão, que ajudam a absorver a humidade, diminuindo o risco de infeções. Para praticar atividade física sem bolhas, que são resultantes do atrito entre as sapatilhas, as meias e os pés, deve substituir-se as meias grossas e rijas por meias sem costuras e adequadas ao tamanho do pé.

Se as recomendações não forem suficientes para evitar estes problemas nos pés, em caso de dores frequentes e aos primeiros sinais de alarme, consulte um Podologista para uma análise, diagnóstico e tratamento adequado, capaz de precaver complicações subsequentes. Os atletas devem, pelo menos, de seis em seis meses recorrer a este profissional, de forma a prevenir e tratar alterações nos pés que podem colocar em causa a sua performance desportiva. Este especialista pode ainda aconselhar o paciente relativamente à escolha do calçado e avaliar a possibilidade de confeção de palmilhas personalizadas.

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Estudo
No âmbito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala amanhã, a Intrum os dados do seu estudo European Consumer Payment Report,...

A ocupar o lugar de destaque de prioridades, encontramos as despesas com água, gás e eletricidade (29%), seguidas das obrigações com hipotecas (23%) e rendas de habitação (23%). Por outro lado, como setores menos prioritários surgem as compras online (1%), os custos com cuidados infantis (3%) e as despesas com acesso à Internet (3%).

Os dados revelam que apenas 5% dos portugueses considera o setor da saúde como a principal prioridade nos seus gastos mensais. Mesmo assim, este número é superior ao registado no ano anterior (4,4%) e vai ao encontro da média europeia (também 5% em 2022).

Se estivessem numa situação em que não havia alternativa senão falhar o pagamento de uma conta/fatura, 13% dos inquiridos portugueses revelaram que escolheriam não pagar as faturas relativas a despesas de saúde. Valor em linha com a média europeia (13%). As faturas com maior probabilidade do seu pagamento ficar para trás e que figuram no topo da lista, são as relativas a serviços de internet e compras online – ambas com 40%.

Luís Salvaterra – Diretor-Geral da Intrum Portugal – alerta ainda que “A deterioração contínua do ambiente económico está a afetar os consumidores tanto material quanto mentalmente. O nosso estudo mostra uma deterioração significativa nas finanças do consumidor, com um número cada vez maior de pessoas a lutar por pagar as suas contas, sendo forçadas a tomar decisões sobre quais vão incumprir. Sem dúvida, veremos mudanças marcantes nos gastos e no comportamento do consumidor como resultado destas pressões. A inflação generalizada e o aumento das taxas de juros continuam a ser uma grande preocupação. ”

 

“Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos”
Para assinalar o Dia Mundial da Saúde e o segundo aniversário do programa “A Saúde Alimenta-se”, a CUF e o Pingo Doce...

O cancro é a segunda causa de morte em Portugal, tendo os casos oncológicos aumentado cerca de 20% na última década, de acordo com o Registo Oncológico Nacional. É neste contexto que a CUF e o Pingo Doce disponibilizam, agora em flipbook e de forma gratuita, o livro “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos”, lançado em fevereiro deste ano e cuja primeira edição impressa esgotou nas lojas Pingo Doce. Face ao interesse gerado pelos conteúdos e a elevada procura registada, e para que todos os pacientes e respetivas famílias tenham acesso a este livro, a CUF e o Pingo Doce viabilizam-no agora também online e de forma gratuita. Destaque-se que, sensivelmente, 90% dos cancros estão relacionados com o ambiente e hábitos pouco saudáveis, como a alimentação, o que reforça a necessidade de sensibilizar os portugueses para o papel que os alimentos podem desempenhar na saúde, quer a nível de prevenção quer de tratamento.

De acordo com Maria João Coelho, Diretora de Marketing do Pingo Doce, “é por reconhecermos a mais-valia que este livro representa para todos os que dele necessitam e que possam beneficiar do conhecimento que o Pingo Doce acumulou, ao longo de mais de 40 anos, enquanto especialista alimentar, que disponibilizamos agora, dois meses após o lançamento do formato físico, a versão online e gratuita. Partilhamo-la com a esperança de que possa fazer uma diferença positiva na vida dos doentes oncológicos, das suas famílias e cuidadores”.

Para Ana Allen Lima, Diretora de Marketing da CUF, “Na CUF acreditamos que promover a saúde e a qualidade de vida dos doentes oncológicos não passa apenas pela prestação de serviços de saúde de elevada qualidade, é também importante promover a literacia em saúde junto da sociedade. Levar conhecimento e experiência a mais pessoas é parte do propósito que a CUF assumiu há 4 décadas, quando foi o primeiro prestador de saúde privado a tratar o cancro em Portugal e que reafirmamos, agora, através da disponibilização gratuita deste livro. Estar ao lado dos doentes, das suas famílias e cuidadores é e será uma prioridade para a CUF, acompanhando-os na resposta aos desafios que atravessam durante o processo da doença oncológica”.

Recorde-se que “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” surgiu no âmbito do programa “A Saúde Alimenta-se”, parceria que une a CUF e o Pingo Doce em prol da promoção da saúde pela alimentação, e compila 100 receitas baseadas nos princípios da Dieta Mediterrânica, organizadas em função dos dez principais sintomas e questões alimentares com que os doentes oncológicos em tratamento se deparam. Este livro alia o conhecimento científico de profissionais de saúde da CUF à experiência na área alimentar de especialistas em nutrição do Pingo Doce, e pretende ajudar os doentes e as suas famílias na gestão, através da alimentação, dos principais sintomas associados às diferentes etapas do cancro e respetivos tratamentos.

A segunda edição do livro “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” está disponível em mais de 300 lojas Pingo Doce em todo o país, para quem preferir adquirir um exemplar físico. O acesso ao livro em formato digital pode ser feito aqui.

Opinião
O efeito positivo da prática de exercício físico na promoção da saúde mental há muito que se tornou

“O desporto envolve o esforço físico e o desenvolvimento das capacidades, apresenta competitividade e cultiva a consciência competitiva” (Wang et al., 2023, p. 2). Ou seja, as nossas emoções afetam, diretamente, o nosso estado físico e mental, tal como a disposição para fazer exercício físico. Em termos práticos, uma noite mal dormida ou um dia em que nos sintamos mais tristes, isso vai afetar o nosso rendimento no exercício físico.

“Pessoas que vivem com esquizofrenia, transtorno bipolar e desordens afetivas são menos ativas fisicamente do que a população em geral e passam mais tempo de forma sedentária” (Walker et al., 2023, p. 1). A explicação sobressai da experiência e do convívio com estas pessoas que, tantas vezes, exprimem sentimentos depressivos, problemas familiares e financeiros, dificuldades em dormir... perante tal cenário, a predisposição para o exercício físico é francamente pequena, ou nula. A par dos problemas que enfrentam dentro de portas, a OMS ainda acrescentou que “as pessoas com problemas de saúde mental graves representam uma população marginalizada que enfrentam a exclusão, o estigma e o acesso limitado a muitos aspetos da vida” (2022). Não é difícil perceber que a consequência é o afastamento da prática de exercício físico e a escolha por uma vida sedentária. O desafio é, então, perceber e desenvolver formas de incentivar as pessoas diagnosticadas com doença mental a praticar exercício físico. Seria muito mais simples se existisse uma fórmula matemática que nos ajudasse a aproximar de todas as pessoas. Chegamos à conclusão de que, mesmo sendo diagnosticada a mesma doença, elas são diferentes e devemos conhecê-las a fundo.

Estes anos de trabalho na RECOVERY IPSS mostraram-me que a aula de atividade física vai mais além da procura do corpo perfeito. As aulas devem sempre ser adaptadas consoante o estado emocional dos alunos e os gostos de cada um. Muitas vezes, uma simples caminhada tem mais benefícios do que uma aula de força pois os alunos sentem-se mais motivados e acabam por participar de uma maneira mais leve. Um jogo de futebol, jogos didáticos, dança tradicional podem, perfeitamente, substituir as aulas de aeróbica, aulas de cardio e, até mesmo, treino intensivo. O resultado final acaba sempre por ser cumprido, apenas temos que mudar a estratégia da aula. A partir do momento em que os profissionais de desporto conseguem olhar para a população de uma maneira mais empática, conseguem chegar e ajudar a todos de forma a manter sempre os excelentes resultados.

O desporto deve chegar a todos independentemente das suas limitações. Só assim conseguiremos diminuir os níveis de sedentarismo em que nos encontramos e lutar com a exclusão social.

 

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