Dia Internacional da Medicina Física e de Reabilitação | 13 de novembro
Comemora-se, dia 13 de novembro, o Dia Internacional da Medicina Física e de Reabilitação, iniciativ

A Medicina Física e de Reabilitação é, também, em Portugal, uma Área da Saúde designada pela OMS igualmente como a “Reabilitação Médica”. A Reabilitação é um direito universal e o acesso aos seus cuidados de Saúde deve ser defendido, protegido e desenvolvido, ao nível dos Cuidados de Saúde Hospitalares (CSH), Cuidados de Saúde Primários (CSP), Cuidados de Ambulatório externos aos CSH (Unidades de MFR) e na Comunidade.

A comemoração mundial deste dia, destaca a importância da Medicina Física e da Reabilitação, como uma Especialidade Médica holística, integradora, mas também a sua inclusão nas Equipas Multiprofissionais e Multidisciplinares de Reabilitação [compostas por Médico Fisiatra, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Terapeuta da Fala, Enfermeiros de Reabilitação, Técnicos Ortoprotésicos, Psicólogos, Assistentes Sociais, …], em colaboração com as outras especialidades médicas e cirúrgicas. O foco está nas pessoas com limitações funcionais e incapacidades físicas e cognitivas, permanentes ou temporárias, nos seus familiares e cuidadores. A pessoa é vista como um todo, não apenas em relação às queixas e áreas especificas que se refere.

A Medicina Física e de Reabilitação intervém na Promoção da Saúde, Prevenção da Doença, Diagnóstico, Terapêutica-Reabilitação (com uma larga variedade de intervenções e tratamentos), Recapacitação (são fornecidos ao doente meios para potenciar as suas capacidades, por exemplo produtos de apoio, como cadeiras de rodas, canadianas, andarilhos, talas /ortóteses...) e Paliação (permite manter qualidade nos estádios mais severos e terminais).

A Medicina Física e de Reabilitação intervém ao longo de todas as idades, em várias doenças e condições de saúde, desde agudas, subagudas ou crónicas, quando as pessoas experimentam situações de limitação funcional (perda de mobilidade articular, força muscular, equilíbrio, capacidade de marcha…), com grande impacto na sua vida do dia a dia, na realização das suas atividades como o vestir, despir, alimentar-se, fazer a higiene, comunicar, andar e na participação familiar e social.

Atendendo ao impacto das doenças e condições de saúde que são motivo de atuação da Medicina Física e de Reabilitação e das suas Equipas de Reabilitação é urgente que o Sistema de Saúde crie respostas adequadas a estas necessidades, melhore o acesso e a equidade dos cidadãos à Medicina Física e de Reabilitação, aumente os serviços com qualidade, segurança e eficiência clínica (e de custos), nas várias instituições da Saúde.

A Rede de Unidades de Medicina Física e de Reabilitação convencionadas com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) cobre uma área geográfica alargada e presta cuidados de reabilitação a milhares de doentes por ano. Estes cuidados incluem consulta médica, avaliação funcional pelos elementos da equipa durante a execução dos tratamentos, realização do plano individual de reabilitação com vários tipos de tratamentos e intervenções médicas e técnicas e a educação ao doente, familiares e cuidadores.

A melhoria da rede de cuidados de reabilitação externos a instituições de Saúde (Serviços de Medicina Física e de Reabilitação Hospitalares, Centros Especializados Regionais de Reabilitação, Unidades de Cuidados Continuados) assenta na melhora da oferta aos doentes, da ligação entre as Unidades Locais de Saúde (Serviços de Medicina Física e de Reabilitação CSH, Cuidados de Medicina Física e de Reabilitação /Reabilitação nos CSP) e as Unidades Convencionadas com o SNS.

Deste modo podem todos as pessoas que necessitem de cuidados de reabilitação, independentemente da sua doença e estado de saúde, da sua localização geográfica, beneficiar dos ganhos de novo ou da manutenção do seu estado e qualidade de vida com a Medicina Física e de Reabilitação.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Francisco Miranda Rodrigues envia uma carta de balanço ao primeiro-ministro
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Francisco Miranda Rodrigues, enviou uma carta ao Primeiro-Ministro,...

“Peço-lhe que continue o investimento nos serviços públicos e nos serviços disponibilizados gratuitamente aos cidadãos, particularmente quanto à presença de psicólogos, mas que simultaneamente a sua presença seja mais dignificada e valorizada, de modo que a sua atividade profissional neste sector seja sustentável”, alerta o Bastonário da Ordem dos Psicólogos.

Numa referência ao que se passa no setor social, “muito dependente do financiamento público”, Francisco Miranda Rodrigues avisa que “urge tomar medidas que permitam a sustentabilidade das respostas sociais, cada vez mais necessárias em termos de elevada especialização”.

Na reta final de mandato, o Bastonário diz ter testemunhado nos últimos anos “o crescente reconhecimento da psicologia como ciência e profissão essencial para o desenvolvimento integral da nossa sociedade”. “Através do trabalho dedicado de milhares de psicólogos, contribuímos para a prossecução dos objectivos de desenvolvimento sustentável, da promoção da saúde, e da saúde psicológica em específico, ao bem-estar no trabalho e nas organizações e à sua maior produtividade, passando pela qualidade da educação para maior coesão social”, acrescenta.

Na carta enviada ao Primeiro-Ministro, Francisco Miranda Rodrigues partilha ainda o papel que os psicólogos podem ter nos novos desafios que são colocados para o país, como o populismo, a cibersegurança, a crise climática ou a integração de migrantes.

“A psicologia, com o seu profundo entendimento dos comportamentos humanos e dos processos mentais, tem um papel crucial na prevenção dos efeitos destes fenómenos (desinformação e populismo). Podemos contribuir para o desenvolvimento de estratégias que promovam o pensamento crítico, a literacia mediática e a resiliência psicológica dos cidadãos face à manipulação”, escreve o Bastonário.

Quanto à cibersegurança, recorda que “as vulnerabilidades não estão apenas nos sistemas, mas também nas pessoas que os utilizam e os riscos mais desafiantes são os comportamentais. Aqui, a psicologia pode auxiliar na compreensão e mitigação dos comportamentos de risco, promovendo práticas seguras e conscientes no ambiente digital”.

Já a pobreza e a exclusão social continuam a ser desafios prementes. “Ao trabalhar diretamente com populações vulneráveis, os psicólogos podem facilitar a criação de redes de apoio e estratégias de resiliência que capacitam os indivíduos a superar adversidades. Podem, também, através da ciência psicológica contribuir para o desenho de políticas públicas eficazes, que previnem a manutenção de ciclos de pobreza, e mitigar os seus impactos nas pessoas, comunidades e sociedade”, acrescenta. 

O Bastonário diz ainda ser “imperativo que, enquanto nação, reconheçamos a importância de investir no capital psicológico dos cidadãos portugueses. A promoção da saúde mental não é apenas uma questão de bem-estar individual, mas um alicerce para uma sociedade mais justa, produtiva e resiliente. Programas de prevenção, intervenções comunitárias e políticas públicas integradas podem fazer a diferença na vida de milhões de portugueses”. 

Disponível o 3º episódio deste ciclo de "Com a saúde não se brinca"
O ciclo de webinars “Com a saúde não se brinca”, promovido pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), realiza mais...

Neste episódio, o foco será a saúde mental, com a participação especial do psiquiatra Pedro Morgado, que irá partilhar a sua experiência e conhecimento sobre a importância de cuidar da saúde psicológica e emocional. Entre os temas abordados estarão a gestão do stress, a prevenção e estratégias para o bem-estar mental, com recomendações práticas que podem ser aplicadas no dia a dia. 

“A saúde mental é uma área fundamental do bem-estar e merece uma atenção contínua, especialmente num tempo em que o stress e a ansiedade estão presentes na vida de tantas pessoas. Com esta iniciativa, pretendemos capacitar os cidadãos para que reconheçam a importância de procurar ajuda quando necessário e saibam cuidar da sua saúde mental”, destaca Cristina Vaz de Almeida, presidente da SPLS. 

A SPLS vê neste evento uma oportunidade para sensibilizar a população para o impacto da saúde mental na vida de cada um e desmistificar algumas ideias preconcebidas sobre o tema. “Esperamos que este webinar ajude a quebrar o estigma e inspire as pessoas a adotar medidas preventivas que contribuam para uma melhor qualidade de vida”, sublinha Cristina Vaz de Almeida. 

O programa completo, o formulário de inscrição e o link para o YouTube da SPLS encontram-se no website oficial da sociedade científica, aqui.

 
3º Congresso de Psico-Oncologia
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) reúne os melhores especialistas em Psico-Oncologia num Congresso que vai ter lugar nos...

Aproximadamente um terço dos doentes com cancro apresenta sintomas clinicamente significativos de perturbação psicológica – ansiedade, depressão e outras -, e mais de metade manifesta um acentuado sofrimento emocional capaz de afetar a capacidade para lidar eficazmente com a doença e com os efeitos secundários dos tratamentos. Também em cuidadores, os desafios e tarefas associados ao ato de cuidar conduzem a níveis de sofrimento emocional clinicamente significativos.

A reflexão sobre o papel das intervenções psicoterapêuticas dirigidas aos doentes oncológicos e suas famílias é cada vez mais relevante para uma resposta integrada às suas necessidades ao longo do curso da doença.

Em Coimbra, serão discutidas as abordagens mais tradicionais, bem como as intervenções mais recentes, designadamente a terapia psicológica adjuvante, terapia focada nas emoções e terapia existencial, terapias de terceira geração, intervenções integrativas, terapias centradas no significado e terapia da dignidade.

 
Fator hormonal pode ser crucial desde a vida fetal até à vida adulta
Um fator hormonal crucial na regulação do stress estará significativamente associado ao risco de obesidade e de doenças...

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) desenvolveram um estudo de revisão acerca das mais recentes descobertas sobre os efeitos da hormona libertadora de corticotrofina (CRH) no ganho de peso desde o útero materno.

Os resultados deste trabalho, publicado na revista científica Obesity Reviews, apontam para a existência de uma relação perigosa entre este fator hormonal libertado no cérebro e o desenvolvimento de obesidade em diferentes fases da vida.

“A hormona libertadora de corticotrofina parece-nos um mediador importante entre a obesidade materna e o risco de obesidade dos filhos, tendo, por isso, repercussões desde a vida fetal até à vida adulta”, afirma Carmen Brás Silva, professora da FMUP e autora principal deste estudo.

Como explicam os autores, “a CRH é libertada no cérebro e promove a produção da principal hormona de stress, o cortisol. O cortisol tem diversos efeitos metabólicos. Atua, nomeadamente, no fígado, promovendo a disponibilidade de glicose como fonte de energia e a acumulação de gordura no tecido adiposo”.

De acordo com os investigadores da FMUP, “a CRH atua como sinalizador de stress em resposta a vários fatores stressores, como a restrição de nutrientes e a infeção durante a gestação ou a depressão e a ansiedade da mãe” durante a gravidez. Assim, por exemplo, “num ambiente in utero em que os nutrientes são restritos, há um condicionamento dos fetos para o armazenamento de energia, de forma que se possam preparar para um ambiente pós-natal de escassez”.

Mas o que acontece, na prática, pode ser bem diferente. Após o nascimento, o bebé recebe, frequentemente, alimentos e nutrientes em abundância. A “programação” para a escassez e para o armazenamento de energia, que tinha sido estimulada pela CRH dentro do útero, acaba por ser desadequada. O resultado pode ser a obesidade, uma doença crónica complexa muito comum e com múltiplos fatores intervenientes.

Embora a CRH seja apontada como “um mediador importante na programação fetal para o risco de obesidade futura”, falta agora saber como e quando intervir sobre a hormona em causa. 

“Neste momento, não existem estudos de intervenção no controlo desta hormona com os objetivos de prevenção e tratamento da obesidade. A nossa esperança é que, com este conhecimento, se invista em projetos que permitam não só compreender melhor estas associações, mas também avaliar que tipo de intervenções tem maior sucesso nestes doentes”, sublinham os autores do artigo.

São igualmente essenciais novos estudos que avaliem os “períodos críticos para o desenvolvimento de obesidade”, com o objetivo de se conseguir “uma intervenção mais eficaz”.

Uma das maiores dificuldades poderá ser o acompanhamento das crianças ao longo da vida, algo tido como “essencial para um melhor entendimento do real impacto da CRH no risco de obesidade a longo prazo, e tendo sempre em conta outros fatores intervenientes, tais como fatores ambientais e sociais e a presença de outras doenças”.

Financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e por uma Bolsa Marie Skłodowska-Curie, esta investigação teve também a autoria de Inês Vasconcelos e Madalena von Hafe (estudantes do Programa Doutoral em Ciências Cardiovasculares e Respiratórias da FMUP), e de Rui Adão e Adelino Leite Moreira, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/RISE-Health.

Novembro | Mês de Sensibilização para o Cancro Pancreático
O cancro do pâncreas é uma das doenças oncológicas mais desafiantes e agressivas, apresentando uma

O que é o Cancro do Pâncreas?

O pâncreas é uma glândula localizada atrás do estômago, responsável por funções fundamentais no corpo, como a produção de enzimas digestivas e a regulação dos níveis de açúcar no sangue através da produção de insulina. O cancro do pâncreas ocorre quando as células deste órgão sofrem mutações e começam a multiplicar-se descontroladamente, formando tumores que podem interferir com estas funções vitais.

Fatores de Risco

Ainda que qualquer pessoa possa desenvolver cancro do pâncreas, alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença:

  • Idade: A maior incidência ocorre em pessoas com mais de 60 anos.
  • Histórico familiar: Indivíduos com casos de cancro do pâncreas na família, especialmente em parentes próximos, têm maior risco.
  • Tabagismo: Fumar é um dos principais fatores de risco e está associado a cerca de 20 a 30% dos casos de cancro pancreático.
  • Obesidade e dieta pouco saudável: Uma dieta rica em gorduras e açúcar pode aumentar o risco.
  • Diabetes: Estudos sugerem que pessoas com diabetes de longa duração têm um risco ligeiramente maior de desenvolver este tipo de cancro.
  • Pancreatite Crónica: Inflamações crónicas do pâncreas, em particular as associadas ao consumo excessivo de álcool, também representam um fator de risco.

Sintomas e Sinais de Alerta

O cancro do pâncreas é conhecido por não manifestar sintomas claros nos estágios iniciais. Por isso, é essencial estar atento aos sinais que, ainda que comuns a outras condições, merecem atenção especial se forem persistentes:

  • Dores abdominais e lombares: Um dos sintomas mais comuns, com dores no abdómen que irradiam para as costas.
  • Icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos): A obstrução dos canais biliares causada pelo tumor pode provocar icterícia, geralmente acompanhada por comichão intensa.
  • Perda de peso e falta de apetite: Uma perda de peso inexplicável e falta de apetite podem ser sinais preocupantes.
  • Fadiga e cansaço excessivo: A fraqueza sem causa aparente é comum em casos de cancro avançado.
  • Alterações no trânsito intestinal: Diarreia frequente, fezes gordurosas e de coloração mais clara podem indicar disfunções no pâncreas.
  • Diabetes de diagnóstico recente: O aparecimento súbito de diabetes em pessoas sem histórico familiar pode ser um sintoma inicial de cancro pancreático.

Importância do diagnóstico precoce

Detetar o cancro do pâncreas numa fase inicial pode fazer toda a diferença, aumentando as opções de tratamento e melhorando as probabilidades de sobrevivência. Infelizmente, como a maioria dos sintomas surge em fases mais avançadas, o diagnóstico precoce é um grande desafio. Exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a ecografia endoscópica, são métodos utilizados para detetar a doença. Em pessoas com histórico familiar, recomenda-se conversar com o médico sobre a possibilidade de uma monitorização regular, especialmente a partir dos 50 anos.

Prevenção e Estilo de Vida

Não é possível prevenir completamente o cancro do pâncreas, mas é possível reduzir o risco através de um estilo de vida saudável:

  • Não Fumar: Deixar de fumar é uma das principais formas de reduzir o risco de cancro pancreático.
  • Manter um peso saudável: A obesidade está associada a um risco acrescido, pelo que manter o peso dentro dos valores adequados é fundamental.
  • Praticar uma alimentação saudável: Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, cereais integrais e pobre em alimentos processados e ricos em açúcar, ajuda a proteger o organismo.
  • Reduzir o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode contribuir para a pancreatite, que, por sua vez, aumenta o risco de cancro do pâncreas.

 

Fontes:
CUF. Cancro do Pâncreas: O que é, sintomas e tratamento. https://www.cuf.pt/saude-a-z/cancro-do-pancreas
European Society for Medical Oncology (ESMO). Cancro do Pâncreas: um guia para o doente. https://www.esmo.org/content/download/101559/1796949/file/ESMO-ACF-Cancro-do-Pa%CC%82ncreas-Um-Guia-para-o-Doente.pdf
 
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Decisão do Ministério da Saúde saudada pela APDP
De acordo com o anúncio feito pela Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, as bombas automáticas de insulina vão ser...

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, lembra que “o acesso às bombas automáticas de insulina é uma luta antiga da associação que há um ano entregou uma petição assinada por 25 mil cidadãos para que as mais de 5.000 crianças e jovens com diabetes tipo 1 tivessem acesso aos novos dispositivos”, acrescentando que “a dispensa das bombas automáticas nas farmácias foi, também, um apelo da APDP, pois esta é a forma mais eficaz de agilizar o acesso.”

“Na véspera do Dia Mundial da Diabetes de 2024, esta é sem dúvida uma ótima notícia para quem vive com diabetes tipo 1. A utilização destas bombas automáticas de insulina torna a gestão e controlo da diabetes bastante mais fácil, sendo o controlo fundamental para quem irá viver muitos anos com esta doença”, conclui José Manuel Boavida.

A utilização destas bombas pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.

Em Portugal, calcula-se que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, 5.000 das quais serão crianças e jovens. O diagnóstico e a intervenção precoce são, por isso, imperativos para a mudança na gestão da diabetes tipo 1. As estatísticas revelam que 90% dos novos casos surgem sem ligações familiares, o que reforça a importância de um rastreio mais alargado.

A DT1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina. Pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa deste tipo de diabetes não é, ainda, plenamente conhecida, mas sabe-se que existe um componente genético e não está diretamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação menos corretos. 

 
Em parceria com a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM)
A Chrono Health, uma HealthTech portuguesa, lança uma plataforma digital inovadora que capacita doentes com esclerose múltipla...

A Chrono Health está presente no Web Summit 2024, integrando a Unicorn Factory, onde apresenta a sua plataforma e demonstra como estão a transformar o acompanhamento de doenças crónicas.

Atualmente, os pacientes acumulam dados de saúde provenientes de vários hospitais, clínicas e laboratórios, tornando difícil uma visão clara e integrada do seu estado de saúde. A Chrono Health resolve este desafio ao permitir que os utilizadores reúnam todos os seus registos médicos num só local, onde podem também monitorizar a evolução dos seus sintomas e fazer verificações diárias. Esta plataforma torna-se assim um verdadeiro aliado de saúde, ajudando a melhorar o acompanhamento médico e a personalização dos tratamentos.

Catarina Kemper, Fundadora e CEO da Chrono Health, afirma que “a missão da Chrono Health é colocar o paciente no centro da sua própria saúde, permitindo-lhes ter controlo total sobre os seus dados e monitorizar a sua condição de forma contínua. Esta não é apenas uma plataforma – é um verdadeiro aliado de saúde que apoia decisões mais informadas e personalizadas, promovendo uma vida mais saudável, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.”

Um Aliado de Saúde na Monitorização de Doenças Crónicas

A Chrono Health não se limita a armazenar dados – ajuda os utilizadores a entenderem as suas condições e a acompanharem a evolução dos seus sintomas. Com questionários diários desenvolvidos em parceria com médicos especialistas em esclerose múltipla, os doentes podem registar sintomas e as respetivas intensidades, como fadiga, dificuldades de mobilidade, entre outros, dando uma visão contínua das tendências. Esses dados podem ser partilhados diretamente com os médicos, ajudando a melhorar o diagnóstico e a adaptar os tratamentos se necessário.

Paulo Gonçalves, vice-presidente da SPEM, afirma que “há 3 aspetos que, para a pessoa que vive com doença crónica, são essenciais: ter a doença estabilizada; ter um auxiliar de memória para quando necessita de responder a questões sobre a sua saúde, sem ser “acho que…” ou ser obrigada a andar com uma “pasta” cheia de exames ou relatórios; ter uma forma de comunicar evidência que facilite o seu dia a dia. Da análise e experiência com a solução da Chrono Health podemos registar e consultar os nossos sintomas, partilhá-los em segurança com quem queremos e ter o histórico sempre à mão.”

Benefícios para Pacientes e Profissionais de Saúde

A Chrono Health simplifica o acompanhamento médico, oferecendo aos profissionais de saúde uma visão integrada e acessível dos dados dos seus pacientes. Fácil de organizar todos os dados de saúde num só local, a plataforma transforma dados complexos em informação fácil de entender. Com o acesso instantâneo ao historial completo do paciente, os médicos podem analisar os dados de forma mais rigorosa e adaptar os tratamentos com base numa monitorização contínua. Esta abordagem centralizada poupa tempo e melhora a eficácia das consultas.

70% dos doentes não estão diagnosticados
No mês em que se assinala o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica – 20 de novembro – a Sociedade Portuguesa de...

Com uma prevalência crescente a nível global, a DPOC está, atualmente, entre as principais seis causas de morte em todo o mundo. Ainda assim, de acordo com um estudo de perceção realizado pela SPP em 2021, para 67% dos portugueses continua a ser uma entidade clínica desconhecida, nomeadamente, entre os consumidores de produtos de tabaco, principal grupo de risco para o desenvolvimento de DPOC.

Tosse, cansaço e falta de ar são os principais sintomas da DPOC que devem levar os doentes a procurar ajuda. O subdiagnóstico é a grande preocupação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, assim como das classes de profissionais de saúde que se dedicam à abordagem das doenças respiratórias. Calcula-se que cerca de 70% dos doentes não estejam diagnosticados e, por isso, não façam qualquer tipo de tratamento para o atraso da progressão das lesões pulmonares.

“É urgente apurar a prevalência da DPOC em Portugal e traçar o perfil de risco dos doentes, para que possamos tomar medidas de saúde pública preventivas e articuladas com as autoridades de saúde do nosso país”, afirma António Morais, presidente da SPP.

Desde há muito planeado, o estudo epidemiológico conduzido pela SPP irá para o terreno ainda este ano.

“Por força da pandemia fomos obrigados a adiar este trabalho, mas estão agora reunidas as condições para avançarmos, com o apoio de vários parceiros, naquele que será o maior estudo epidemiológico alguma vez realizado no nosso país, no âmbito da DPOC”, acrescenta António Morais. Este estudo tem ainda como principal inovação, a nível mundial, o facto de incluir indivíduos com mais de 20 anos, pois sabemos, atualmente, que as primeiras manifestações da DPOC podem surgir em idades mais precoces e associadas a outros fatores de risco que não o tabagismo, como é o caso do nascimento prematuro, da exposição a gases, poeiras e a partículas tóxicas, nomeadamente no meio laboral, à história de infeções respiratórias de repetição, entre outros”.

Durante o mês de novembro, grávidas podem doar sangue do cordão umbilical dos seus bebés
No mês em que se celebra o Dia Mundial do Sangue do Cordão Umbilical, a Crioestaminal promove uma campanha nacional de doação ...

Em mais de 90% dos partos, em Portugal, o sangue do cordão umbilical é descartado como lixo biológico, e com ele a possibilidade de desenvolvimento de novos tratamentos. A Crioestaminal pretende assim alertar para o potencial terapêutico deste bem único, comprometendo-se com a Investigação e Desenvolvimento de medicamentos à base de células estaminais. 

O sangue do cordão umbilical é uma fonte rica em células estaminais hematopoiéticas, que podem ser utilizadas no tratamento de mais de 90 doenças, como leucemias, linfomas, talassemia, anemia de Fanconi, imunodeficiências, entre outras. Atualmente, o potencial terapêutico das células estaminais está também a ser investigado em 226 ensaios clínicos de outro tipo de doenças, como a paralisia cerebral, o autismo, a perda auditiva, AVC, entre outras.

Serão distribuídos materiais informativos em várias Unidades de Saúde do país, sobre as possibilidades terapêuticas das células estaminais e com informação sobre a adesão das grávidas  à campanha de doação. As amostras doadas desta forma altruística passarão a fazer parte do banco de I&D da Crioestaminal, podendo ser alocadas aos projetos de investigação e desenvolvimento de novas terapias celulares, ou disponibilizadas para utilização alogénica, caso aplicável.

As famílias que decidam aderir, devem informar a Crioestaminal de que pretendem doar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé através do QR Code disponível nos materiais informativos e ser-lhes-á enviado o kit de colheita das células estaminais com o consentimento informado para a doação. No dia do parto, apenas precisam de informar a equipa de profissionais de saúde que pretendem fazer a colheita imediatamente após o parto.  Depois de o bebé nascer, a família deverá contactar a Crioestaminal para que a amostra doada seja recolhida e transportada até ao laboratório da Crioestaminal, em Cantanhede, onde será feita a criopreservação das células.

"Ao fazerem esta doação as famílias portuguesas estão a contribuir diretamente para avanços científicos que podem mudar vidas. Com esta campanha de doação, queremos dar uma nova vida a um bem com um grande potencial terapêutico, que é desperdiçado em mais de 90% dos partos em Portugal, contribuindo para o desenvolvimento da ciência e da medicina na área das terapias celulares, quer através dos projetos que desenvolvemos na nossa unidade de terapias celulares, quer através de parcerias com universidades e grupos de investigação a nível nacional", afirma Mónica Brito, CEO da Crioestaminal.

O Dia Mundial do Cordão Umbilical, assinalado anualmente a 15 de novembro, surgiu da necessidade de fomentar a educação sobre a importância do Sangue do Cordão Umbilical. Mais informação sobre esta efeméride em https://www.worldcordbloodday.org/.

No âmbito do Dia Mundial da Diabetes
A Unisana Hospitais vai realizar um rastreio gratuito de retinopatia diabética no Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, no...

A retinopatia diabética é uma condição ocular causada pela diabetes, afetando a retina (o fundo do olho) e podendo levar a perda de visão ou mesmo cegueira. Esta doença surge devido a alterações nos vasos sanguíneos da retina, sendo o risco de progressão diretamente ligado ao controlo da diabetes. O diagnóstico é feito através de exames como oftalmoscopia, retinografia (fotografia do fundo ocular), e exames complementares, como angiografia e tomografia.

Na fase inicial, a retinopatia diabética é assintomática e pode progredir sem sinais visíveis. O rastreio permite identificar precocemente lesões ou anomalias, mesmo antes de surgirem sintomas, permitindo intervenções eficazes para proteger a visão e evitar complicações graves. Combinado com outros métodos de prevenção, o diagnóstico precoce é a melhor abordagem para controlar a retinopatia diabética.

Para beneficiar do rastreio gratuito basta inscrever-se na página dedicada à iniciativa no site da Unisana hospitais (https://unisanahospitais.pt/rastreio-de-retinopatia-diabetica-torres-vedras/) ou comparecer no átrio principal do Hospital do Oeste Soerad no dia 14 de Novembro entre as 9h00 e as 17h00. O rastreio será realizado por profissionais de saúde especializados, com equipamento adequado para detetar alterações iniciais. Os utentes receberão orientações sobre os resultados do rastreio e, se necessário, aconselhamento sobre os próximos passos a seguir.

Evento comemorativo decorre dia 15 de novembro
A BebéVida celebra 20 anos de atividade, tendo ao longo de duas décadas acompanhado mais de 60 mil famílias portuguesas,...

O administrador da BebéVida, Luís Melo, destaca a importância deste marco: " O nosso 20.º aniversário é um momento de celebração do impacto positivo que temos vindo a criar ao longo dos anos e uma oportunidade de reafirmar o nosso compromisso com a excelência e rigor técnico. Na BebéVida, já ajudamos diretamente duas crianças portuguesas, uma com paralisia cerebral e outra com autismo, e continuamos empenhados em expandir o nosso impacto.”

E acrescenta: “O tratamento com células estaminais do cordão umbilical não é uma aposta de futuro incerto, nem um milagre, mas sim uma realidade com bases científicas sólidas, com aplicações comprovadas no tratamento de 80 doenças devidamente identificadas e com milhares de casos de sucesso em todo o mundo.”

A BebéVida é atualmente o único banco privado de criopreservação na comunidade europeia com acreditações FACT e AABB, reconhecimentos que garantem que todas as amostras são processadas e criopreservadas de acordo com as melhores práticas internacionais, sendo aceites em centros de transplante em qualquer parte do mundo.

No plano económico, a empresa, que conta com uma equipa de cerca de 50 colaboradores, destaca-se pela solidez financeira, tendo sido distinguida como PME Líder pelo 14.º ano consecutivo e como PME Excelência em seis edições, integrando ainda o TOP 5% das Melhores PME de Portugal.

Para assinalar este aniversário, a BebéVida irá realizar um evento comemorativo no próximo dia 15 de novembro, no Palácio da Bolsa, no Porto.

Opinião
As doenças neuromusculares representam um universo alargado de condições que envolvem, entre outros,

Todas estas doenças partilham a falta de força muscular, levando a que os doentes necessitem de apoios como por exemplo: cadeiras de rodas elétricas ou andarilhos para a sua locomoção, computadores para a escrita, apoios de cabeça, ajudas várias para a manipulação, veículos de transporte adaptados.

As doenças neuromusculares são doenças genéticas, hereditárias e progressivas e ainda não têm cura. No entanto, toda a terapêutica multidisciplinar como especialistas das funções respiratórias, neurologistas, fisiatras, ortopedistas, psicólogos, vão trabalhando em conjunto de forma a conseguirem diminuir os sintomas, a atrasar a progressão da doença e tentando dar a maior qualidade de vida possível a estes doentes.

Segundo a Associação Portuguesa de Neuromusculares, estima-se que em Portugal, existam mais de 5 mil doentes afetados, estando distribuídos pelas diferentes patologias. Estas doenças afetam a capacidade motora dos doentes o que faz com que percam a sua autonomia e fiquem totalmente dependentes de terceiros para o seu dia a dia.

A Distrofia de Duchenne, uma das doenças degenerativas musculares, apresenta já tratamentos que conseguem aumentar a qualidade de vida e o tempo de sobrevida, no entanto, esta doença ainda não tem cura. É uma patologia caracterizada por uma alteração degenerativa progressiva e irreversível no tecido muscular. Segundo a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, a Distrofia de Duchenne afeta cerca de 1 em cada 3.800 a 6.300 recém-nascidos do sexo masculino.

À semelhança de outras doenças que ainda não têm cura, a procura por tratamentos eficazes é continua. E este foi o objetivo de um ensaio clínico desenvolvido na India que avaliou o efeito da infusão de células estaminais de cordão umbilical em rapazes dos 5 aos 18 anos diagnosticados com Distrofia de Duchenne. Após 1 ano da infusão das células estaminais de tecido do cordão umbilical, a estabilidade na função muscular foi atingida nos músculos flexores e extensores da anca, abdutores do anca e músculos paraespinhais (músculos que conferem a estabilização da coluna), ao contrário do que grupo controlo (sem infusão de células estaminais). Os autores concluíram que a administração de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical não apenas resultarem na estabilização muscular, mas também foi totalmente segura uma vez que não houve reações adversas nos doentes e, portanto, esta pode ser considerada uma opção segura para o tratamento da Distrofia de Duchenne.

O cordão umbilical é uma fonte rica de células estaminais de origem hematopoiética e não hematopoiético (células mesenquimais). A utilização terapêutica dessas células é amplamente realizada tanto em crianças como em adultos para o tratamento de várias doenças hematológicas e não hematológicas. Atualmente já foram realizados mais de 40.000 transplantes de cordão umbilical com resultados positivos. Assim, ao guardarmos o cordão umbilical em detrimento de o descartar, estamos a guardar uma potencial hipótese de tratamento ou de ajuda no combate a doenças.

No entanto, ainda são necessários mais estudos e ensaios que nos permitam aumentar o nível de compreensão dos mecanismos moleculares característicos destas células estaminais no combate às diferentes patologias, para que nos ajudar a desenvolver novos métodos mais direcionados e eficazes no combate a estas doenças. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialistas debatem soluções para melhorar a prática clínica
Médicos e enfermeiros reuniram-se numa “Jornada de Terapia de Infusão e Acessos Vasculares”, para debater a importância de uma...

A evidência mostra que a uniformização de procedimentos entre os profissionais de saúde que trabalham com cateteres ajuda a garantir uma boa atividade especializada e a promover a segurança dos doentes. Assim, existe atualmente uma tendência crescente para a criação de equipas de infusão e de acesso vascular - grupos multidisciplinares com competências na inserção e manutenção de cateteres intravasculares periféricos e centrais - como parte de uma estratégia conjunta para alcançar a excelência hospitalar. 

 O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estima que, em Portugal, mais de 94 000 doentes contraem anualmente uma infeção associada a cuidados de saúde. Além disso, entre as complicações mais graves estão as associadas à contaminação no local de inserção ou ao uso incorreto dos dispositivos, com uma elevada taxa de mortalidade, obrigando à utilização de antibióticos mais fortes e, em alguns casos, à remoção do cateter. Outras complicações importantes são a trombose associada ao cateter central, a vasodilatação e infiltração e lesão do endotélio vascular. 

 De acordo com dados do ECDC, a taxa de infeções hospitalares, incluindo infeções associadas a cateteres, situa-se entre os 4 e os 10% das admissões hospitalares e nas unidades de cuidados intensivos este valor pode ser ainda mais elevado. Por outro lado, o tratamento das complicações associadas aos cateteres gera custos significativos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Portugal, quer em termos de tratamento direto, quer em termos de hospitalização prolongada. Além disso, as taxas de readmissão hospitalar e o uso prolongado de antibióticos aumentam os encargos financeiros, com impacto direto na eficiência do sistema de saúde. 

Estes dados sublinham a necessidade de equipamentos de infusão e de acesso vascular de qualidade e de profissionais de saúde com formação, uma vez que existe uma multiplicidade de equipamentos inovadores que garantem cuidados de saúde ótimos, com impacto no bem-estar e no conforto dos doentes, na qualidade da prática clínica dos profissionais de saúde e na eficiência da gestão hospitalar. 

A formação em acesso vascular como compromisso para com a eficiência dos cuidados de saúde 

De acordo com o Relatório Nacional de Prevalência de Infeções Hospitalares de 2020, a taxa de infeções associadas a cateteres venosos foi de aproximadamente 1,2 infeções por 1 000 dias de utilização de cateteres venosos centrais. Se por um lado, é importante que exista equipamento especializado disponível e de elevada qualidade nos hospitais, por outro, é necessário garantir que os profissionais de saúde recebem formação, a fim de assegurar a qualidade das intervenções e tornar o seu trabalho clínico o mais prático possível. 

Neste encontro, Paulo Figueiredo, do Serviço de Doenças Infeciosas do CHU São João do Porto e orador, defendeu a importância de investir na formação e na criação de equipas especializadas em infusão e acesso vascular: “Os dados do ECDC e a experiência de outros países europeus demonstram claramente os seus benefícios”. Nas palavras do médico: “não se trata apenas de ter a tecnologia mais recente, mas de a integrar num sistema de trabalho que privilegie a segurança do doente, a eficiência na gestão de recursos e a excelência clínica através da colaboração entre profissionais médicos e de enfermagem”. 

A implementação destas soluções inovadoras levou a uma mudança de paradigma na prática destas intervenções noutros países, como Espanha, onde já existe equipamento especializado de infusão e acesso vascular, que provou trazer múltiplos benefícios, tanto em termos de resultados de saúde dos doentes, como de gestão nos centros. 

Desta forma, a garantia de cuidados e atenção ao doente foi observada, evitando riscos como infeções, flebites ou readmissões de doentes com intervenções mais invasivas. Por outro lado, a otimização destas práticas evita custos adicionais inerentes à prevenção de riscos, tanto para o doente como para a gestão hospitalar, bem como o número de intervenções do profissional de saúde. 

Outro dos pontos em discussão na conferência foi o papel dos especialistas na gestão desta prática clínica, na qual as sinergias entre profissionais médicos e de enfermagem são cada vez mais comuns, sendo que o próprio SNS já promove cursos de especialização em práticas de inserção e manutenção de cateteres venosos, de forma a melhorar a técnica e reduzir o risco de complicações para os profissionais de enfermagem. 

Neste sentido, Mónica Rebelo, Enfermeira Gestora UHD e EVA no Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, e oradora na conferência, salientou que a disponibilização de equipamentos especializados de infusão e acesso vascular transformou a prática diária e acrescentou: “A normalização dos procedimentos e a abordagem multidisciplinar permitem melhorar o conforto e o bem-estar dos doentes”. Para Mónica Rebelo: “Trabalhando em equipa, partilhando conhecimentos e boas práticas, podemos garantir cuidados mais seguros e eficazes, dedicando-nos assim a cuidados completos aos doentes”. 

Por fim, Bruno Taveira, Country Lead da BD em Portugal, salientou a importância da realização deste tipo de conferências: “Na BD, e através do nosso compromisso com os doentes e com a formação dos profissionais de saúde, consideramos fundamental sensibilizar para a necessidade de aproximar o trabalho de médicos e enfermeiros na prática das terapias de acesso vascular e infusão, de forma a conseguir uma maior especialização dos profissionais nesta técnica, o que resulta num maior e melhor impacto nos doentes”. Neste sentido, sublinhou o desejo da companhia de ajudar os profissionais a compreender como a gestão de equipamentos de infusão e acesso vascular modernos e de alta qualidade permite que o trabalho seja mais eficiente e que o conforto e a qualidade dos cuidados e tratamentos dos doentes sejam da máxima excelência. 

Vários fatores comprometem o uso mais generalizado destas alternativas terapêuticas biológicas
Na Semana Mundial dos Medicamentos Biossimilares (Global Biosimilars Week), que se realiza nesta semana entre 11 e 15 de...

O mercado nacional de medicamentos biossimilares em contexto hospitalar continua a apresentar quotas de mercado heterogéneas com valores que variam entre os 5,1% e 100%, de utilização, de acordo com dados do benchmark do INFARMED. A APOGEN, representada pela sua Presidente, Maria do Carmo Neves, destaca “o trabalho contínuo realizado por todos os stakeholders da saúde, ainda que as diferenças de adoção impeçam que mais pessoas possam beneficiar de melhores cuidados de saúde que necessitam, incluindo o tratamento com medicamentos biológicos.”

A nível nacional, a responsável da mesma associação salienta “apesar de se ter mapeado os determinantes, barreiras e facilitadores da utilização de medicamentos biossimilares nos hospitais públicos com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa”, os níveis de adoção regrediram cerca de 13 p.p., entre 2021 e 2023, refletindo “um potencial inexplorado na eficiência, sustentabilidade do SNS e no acesso aos cuidados de saúde”.

Neste âmbito, a APOGEN considera que é fulcral “reforçar o papel e a relação da Comissão de Farmácia e Terapêutica com os conselhos de administração dos hospitais do SNS, assim como promover esclarecimentos e orientações dadas pelo Ministério da Saúde, à medida que vão surgindo novos medicamentos biossimilares”, reforça a mesma responsável associativa.

A responsável da APOGEN garante que “a literacia é essencial para assegurar a tomada de decisões informadas na prevenção, na melhoria da qualidade de vida e na melhor gestão dos recursos da saúde pública, pelo que a maior compreensão de aspetos científicos, económicos e clínicos dos medicamentos biossimilares vai melhorar a confiança e a aceitação destas terapêuticas”.

A APOGEN recomenda a necessidade de gerir de forma antecipada a comunicação e a formação dos profissionais nos hospitais do SNS sobre os medicamentos biossimilares, especialmente em novas áreas terapêuticas logo que estes fármacos estejam disponíveis.

A atratividade do setor e o pipeline de lançamento dos novos medicamentos biossimilares no futuro são baixos no mercado europeu. Segundo dados do setor, dos 26 medicamentos biológicos de referência cuja patente expira até 2032, apenas 33% irão ter alternativa nos fármacos biossimilares. A mesma representante da indústria farmacêutica considera que “esta é uma oportunidade perdida.” É assim prioritária a aplicação de políticas para acelerar a entrada e o desenvolvimento de biossimilares, a racionalização dos estudos clínicos e a dinamização das condições de mercado a fim de permitir a maior disponibilidade, acessibilidade e pluralidade de oferta.

Os medicamentos biossimilares são fármacos altamente similares ao seu medicamento biológico de referência e só podem ser comercializados após a expiração da patente do produto originador. Introduzidos em 2008 em Portugal, os biossimilares são usados na diabetes, no cancro, nas doenças auto-imunes e na oftalmologia, assegurando uma elevada qualidade, eficácia e segurança com a vantagem de serem mais custo-efetivos.

 
O alerta surge no âmbito do Dia Internacional da Anatomia Patológica
A Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica (SPAP) chama a atenção para a importância do papel destes profissionais e alerta...

Muitos serão os que já fizeram um exame, sobretudo quando se trata do cancro, que implicou a colheita de células ou tecidos e cujo resultado foi essencial para o diagnóstico. Mas poucos saberão que a avaliação desse material é feita pelo médico especialista, um profissional que tem um papel essencial no percurso do doente. “Os patologistas são quem faz o diagnóstico, ou seja, são eles que definem as doenças”, esclarece Carla Bartosch, da Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica. Um papel que tende a ser ainda maior, já que intervêm ainda na definição do tratamento. “Para se escolher entre um e outro tratamento, por exemplo, no caso do cancro, é preciso saber quais são os marcadores que esse tumor expressa e quem dá esses resultados é também o patologista.” No entanto, não só existem poucos profissionais, como são cada vez menos os patologistas em Portugal. “Nós somos 347 a nível nacional e metade está acima de 60 anos. É fácil imaginar o que vai acontecer nos próximos anos se nada for feito.”

A propósito do Dia Internacional da Anatomia Patológica, que este ano se assinala a 13 de novembro, a SPAP não só quer chamar a atenção para a importância do papel do patologista, como ainda aumentar a literacia em saúde nesta área. Para isso, prepara-se para lançar, no site da SPAP, um espaço intitulado "O Patologista Explica", um formulário onde qualquer pessoa pode tirar dúvidas.

“Por exemplo, se uma pessoa que vai fazer uma biopsia aspirativa tiver dúvidas, não sabe o que é, ou se tiver uma dúvida num diagnóstico, pode perguntar, tem ali uma ferramenta disponível. Não temos como objetivo que isto seja uma substituição do seu médico assistente. O caráter aqui é meramente informativo”, esclarece a especialista, que confirma que o objetivo é uma “aproximação da comunidade, promovendo o conhecimento e a compreensão sobre o papel fundamental dos patologistas nos cuidados de saúde”.

Os avanços recentes e as novas tecnologias estão a mudar, também aqui, o paradigma. “A patologia tornou-se digital. Em Portugal, em muitos dos sistemas privados, todas as lâminas são já digitalizadas. Ou seja, o patologista, ao invés de ver a lâmina num microscópio tradicional, vê no computador. E porque é que isso revolucionou tudo? Porque, neste momento, posso ver um exame do Porto estando eu em qualquer sítio do País. Além disso, uma vez estando a lâmina digitalizada, nós podemos aplicar algoritmos sobre essa imagem que nos permitem, de forma muito mais rápida e precisa, chegar ao diagnóstico.”

De acordo com a especialista, a generalização da patologia digital e a aplicação dos algoritmos, ao qual se junta ainda a Inteligência Artificial, vai permitir “uma caracterização molecular bastante mais precisa, o que, por sua vez, vai permitir definir melhor o tratamento. Estamos a falar da medicina personalizada: cada doente tem uma avaliação individual e um tratamento adaptado às suas características”.

Dia Mundial da Pneumonia | 12 de novembro
A pneumonia é uma doença com potencial para evoluir gravemente, especialmente entre pessoas com doen

A pneumonia é uma infeção pulmonar grave, frequentemente causada por bactérias, vírus ou fungos, que afeta diretamente os alvéolos pulmonares – pequenas bolsas de ar responsáveis pela troca de oxigénio e dióxido de carbono no organismo. 

Como surge a Pneumonia?

A pneumonia ocorre geralmente quando o sistema imunológico não consegue combater eficazmente os microrganismos que invadem os pulmões. Estes microrganismos podem ser:

  • Bactérias: A principal responsável pela pneumonia bacteriana é a Streptococcus pneumoniae, também conhecida como pneumococo. Outros agentes bacterianos, como o Haemophilus influenzae, também estão associados à doença.
  • Vírus: Alguns vírus, como o da gripe (influenza), o vírus sincicial respiratório (VSR) e até mesmo o coronavírus SARS-CoV-2, podem causar pneumonia viral, que se apresenta muitas vezes com sintomas mais leves, mas ainda assim pode evoluir para quadros graves.
  • Fungos: Embora menos comum, a pneumonia fúngica pode afetar pessoas com sistema imunológico comprometido, como doentes oncológicos ou pessoas infetadas com o VIH.

A transmissão da pneumonia dá-se, em grande parte, por inalação de partículas contaminadas que estão suspensas no ar, como ocorre com o vírus da gripe. Por outro lado, o contacto com superfícies ou objetos contaminados também pode facilitar o contágio, sobretudo em ambientes hospitalares.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da pneumonia variam em função da gravidade, mas incluem frequentemente:

  • Tosse, com ou sem expetoração;
  • Febre e calafrios;
  • Dificuldade em respirar e sensação de falta de ar;
  • Dor no peito, que tende a agravar-se durante a tosse ou respiração profunda;
  • Cansaço e fraqueza generalizada.

O diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica detalhada, exame físico e exames de imagem, como a radiografia ao tórax, que permite identificar áreas dos pulmões comprometidas. Em casos mais complexos, podem ser necessários exames de sangue, expetoração e, em alguns casos, broncoscopia para identificar o agente causador.

Tratamento da Pneumonia

O tratamento depende do tipo de pneumonia e da sua gravidade. As abordagens mais comuns incluem:

  • Antibióticos: São o principal tratamento para a pneumonia bacteriana. É essencial seguir corretamente a prescrição para assegurar a eficácia e evitar resistência bacteriana.
  • Antivirais: No caso de pneumonia viral, em especial em casos causados pelo vírus da gripe, pode ser administrado um antiviral. No entanto, este tipo de pneumonia geralmente é tratado com medidas de suporte enquanto o organismo combate a infeção.
  • Antifúngicos: Para a pneumonia fúngica são prescritos antifúngicos, geralmente, em pacientes com sistema imunológico enfraquecido.

Em casos graves, pode ser necessário internamento hospitalar para garantir uma oxigenação adequada e suporte ventilatório.

Durante o tratamento, é importante o repouso, hidratação e uma alimentação equilibrada. Em casos de pacientes idosos ou com doenças crónicas, o acompanhamento médico é indispensável para evitar complicações, como a insuficiência respiratória.

Importância da Vacinação para Grupos de Risco

A vacinação é uma medida preventiva fundamental para reduzir os riscos e a gravidade da pneumonia, especialmente entre idosos e portadores de doenças crónicas, como doenças cardíacas, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Estes grupos apresentam um sistema imunológico frequentemente menos eficaz, o que facilita a infeção e a progressão da doença.

Existem duas vacinas principais indicadas para prevenção de pneumonia:

  • Vacina contra o pneumococo (Streptococcus pneumoniae): Esta vacina é altamente recomendada para adultos acima dos 65 anos e para pessoas com condições de saúde que aumentem o risco de infeção.
  • Vacina contra a gripe: Embora esta vacina não proteja diretamente contra a pneumonia, reduz a possibilidade de desenvolver pneumonia viral e diminui o risco de complicações em pessoas infetadas.

Estudos mostram que a vacinação em idosos e grupos de risco pode reduzir significativamente a mortalidade associada à pneumonia e diminuir a necessidade de hospitalizações, aliviando, assim, o sistema de saúde.

 

Fontes: 

CUF. Pneumonia: o que é, sintomas e tratamento. https://www.cuf.pt/saude-a-z/pneumonia

Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Pneumonia. https://www.sppneumologia.pt/saude-publica/pneumonia

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). A vacinação é uma arma contra a pneumonia. https://www.spmi.pt/a-vacinacao-e-uma-arma-contra-a-pneumonia/

CUF. Pneumonia: como podemos preveni-la?. https://www.cuf.pt/mais-saude/pneumonia-como-podemos-preveni-la

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
XXS, SPN e APEPEN deixam o alerta
No próximo Dia Mundial da Prematuridade, a 17 de novembro, a XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, em...

O nascimento prematuro é, a nível mundial, a principal causa de morte de crianças com menos de cinco anos. Em Portugal, a taxa de prematuridade é de cerca de 8% e, apesar dos avanços, as unidades neonatais ainda enfrentam desafios graves – falta de recursos humanos, insuficiência de infraestruturas adequadas e equipamento, e desigualdade no acesso a apoio contínuo para as famílias.

“O Dia Mundial da Prematuridade 2024, pelo que representa, é a oportunidade para a comunidade se unir e exigir, no nosso país, compromissos que assegurem condições adequadas e cuidados de qualidade centrados na criança e na família, garantindo que cada vida seja valorizada e que todos os bebés que nascem cedo demais e as suas famílias encontrem todo o apoio neste momento tão desafiador.”, afirma Paula Guerra, Presidente da XXS.

Em Portugal, a proximidade deste dia reforça a urgência de mudanças e de se abordar as condições inadequadas que comprometem os cuidados neonatais no nosso país. O tema deste ano impulsiona-nos a agir localmente para assegurar que os stakeholders nacionais, incluindo os líderes de saúde e os decisores políticos, promovem o bem-estar dos bebés prematuros e das suas famílias, e que os nossos hospitais e unidades locais de saúde estão preparados para responder aos desafios da prematuridade.

Em parceria com a SPN e a APEPEN, são destacadas algumas medidas, para o contexto nacional que a XXS considera essencial, como: a separação Zero entre Pais e Bebés. "Solicitamos que os hospitais ofereçam condições para que todos os pais possam permanecer, se for essa a sua vontade, 24 horas / 7 dias por semana junto dos seus bebés, favorecendo uma prática de cuidados centrada na família"

Por outro lado considera-se "imperativo que as novas unidades hospitalares previstas em Portugal sigam padrões rigorosos de design para unidades neonatais, incluindo áreas dedicadas aos Cuidados Centrados na Criança e na Família, e quartos de preparação da alta hospitalar e de luto"

A Formação e Recrutamento de Profissionais de Saúde Especializados é outra das medidas que devem ser prioritárias neste contexto. "A escassez de neonatologistas e enfermeiros com formação específica compromete a qualidade dos cuidados", escreve a XXS em comunicado. 

Por outro lado, conidera que "a presença de suporte emocional e a formação prática para os pais devem ser asseguradas em todas as unidades". 

Segundo a XXS, "cada unidade neonatal deve estar equipada com tecnologias de ponta que ofereçam as melhores oportunidades de sobrevivência e qualidade de vida aos bebés que nascem cedo demais ou doentes", sendo essencial ainda o investimento em investigação e prevenção de prematuridas.  "É essencial que Portugal invista tanto na prevenção de nascimentos prematuros, quanto na pesquisa de novas soluções para melhorar os cuidados neonatais", revela. 

Igualmente, "as associações devem ser incluídas em grupos de discussão sobre políticas de saúde materna e neonatal". 

 
16.ª edição do Fórum do Medicamento decorre a 15 de novembro
A 16.ª edição do Fórum do Medicamento decorre esta sexta-feira, dia 15 de novembro, no Teatro Thalia, e vai contar com a...

Este estudo, que conta com o suporte científico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e apoio da Ordem dos Farmacêuticos e da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, tem como principais objetivos estudar o processo de gestão de recursos humanos, o seu impacto no circuito do medicamento e identificar os principais desafios na área; caracterizar o processo de consulta farmacêutica; analisar o aumento da despesa em medicamentos em cada instituição e as medidas de controlo potencialmente adotadas; identificar as principais medidas de reorganização decorrentes do novo modelo de gestão; revisitar a real dimensão das ruturas de medicamentos nos hospitais do SNS; e identificar as barreiras no acesso ao medicamento junto dos profissionais do SNS.

O painel de debate dos resultados irá reunir Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra; Helena Farinha, da Direção Executiva do SNS; João Costa, da Ordem dos Médicos; e Hélder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos.

A primeira parte do evento será dedicada à “Implementação do novo regulamento europeu de avaliação das tecnologias de saúde”, que será apresentado por Antun Sablek, da Charles River Associates. Segue-se um debate sobre o tema, que contará com as intervenções de Ana Sampaio, da Associação Portuguesa Doença Inflamatória do Intestino; Joana Alves, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); Rosário Trindade, Corporate Affairs & Market Access Director da AstraZeneca Portugal; e Cláudia Furtado, do INFARMED.

O Fórum do Medicamento é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, com o apoio da AstraZeneca. A sessão será presidida por Francisco Ramos e conta com a moderação da jornalista da RTP, Paula Rebelo.

Lisboa quer ser uma “Cidade Amiga do Envelhecimento”
O Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável e a Câmara Municipal de Lisboa estão a trabalhar em conjunto na elaboração e...

A primeira reunião de trabalho aconteceu já em novembro, e promoveu momentos de partilha e reflexão, onde se exploraram novas perspetivas, conceitos e desenhos de intervenção, em diferentes áreas, com vista a identificar as necessidades e oportunidades que evidenciam a relevância do desenvolvimento de políticas autárquicas com vista à promoção do envelhecimento ativo e saudável.

Para a Vereadora Sofia Athayde, responsável pelo pelouro dos Direitos Humanos e Sociais, a reunião realizada “é um passo natural que surge após a constituição do Conselho Municipal Para a Pessoa Idosa, que adveio de um importante processo participativo, onde foram, também, recolhidas necessidades de intervenção na área do Envelhecimento na cidade de Lisboa. Com o apoio, deste importante órgão consultivo recém-formado, é tempo de desenhar o futuro Plano Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável na cidade de Lisboa em sintonia com o Plano Nacional”.

Segundo Nuno Marques, coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável, “estamos atentos à situação económica e social da população idosa em Portugal. Diariamente, formamos cuidadores, promovemos encontros intergeracionais, atividades físicas e de desenvolvimento intelectual, e muitas outras iniciativas. Nesse sentido, estamos disponíveis para apoiar os municípios na elaboração dos seus próprios planos”.

O plano municipal afirmar-se-á como uma ferramenta fundamental para atender às necessidades específicas da população mais velha, promovendo o bem-estar, autonomia e qualidade de vida. Para o Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável é fundamental este trabalho conjunto com os municípios, uma vez que são entidades essenciais para que as atividades cheguem às pessoas e tenham um verdadeiro impacto na sua vida.

O Município de Lisboa está empenhado em implementar as políticas que tornem Lisboa uma “Cidade Amiga do Envelhecimento”, com reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde e não deixará de atuar para que em Lisboa “Viver Mais seja Sinónimo de Viver Melhor”.

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