Especialista esclarece
Será a exposição solar melhora a acne? Ou a pasta de dentes é boa para tratar as borbulhas?

1. O uso protetor solar pode levar à falta de vitamina D

Não. Há uma grande prevalência de falta de vitamina D em Portugal, apesar de ser um país com muito sol. Estudos recentes apontam para uma causa genética. A exposição solar não protegida é o principal risco para o desenvolvimento de cancro cutâneo e envelhecimento precoce da pele. Ninguém deve recorrer à exposição solar desprotegida para obter vitamina D. Há outras fontes de vitamina D, nomeadamente a alimentação e em caso de défice de vitamina D pode sempre recorrer-se à suplementação. Isso vai ser sempre mais saudável do que a exposição solar. Nenhum estudo demonstrou até à data que o uso de protetor solar leva à falta de vitamina D. A fotoproteção deve sempre prevalecer.

2. A exposição solar melhora a acne

Depois da exposição solar, há uma melhoria aparente do aspeto geral da pele e as borbulhas ficam menos visíveis. Isto ocorre por dois motivos. A coloração bronzeada da pele disfarça visualmente as borbulhas. Além disso, nos primeiros dias após a exposição solar, as borbulhas e marcas de acne tendem a secar, havendo até uma diminuição temporária da produção sebácea. Contudo, estes efeitos são de curta duração, uma vez que o sol estimula a produção das glândulas sebáceas. Aliás aquilo que vemos muitas vezes é um agravamento da acne e da oleosidade da pele alguns dias após a exposição solar, pela hiperprodução sebácea compensatória desencadeada pelo sol.

3. Pele oleosa não deve ser hidratada

A pele oleosa também deve ser hidratada. Simplesmente com recurso a produtos específicos e adequados, com texturas mais leves e de preferência não comedogénicos e oil-free. Se secarmos demasiado as peles oleosas, isto vai levar à hiperprodução sebácea compensatória e, portanto, a mais oleosidade.

4. Creme de dia é igual ao creme de noite

As grandes diferenças entre os cremes de dia e de noite prendem-se com as suas funções, isto porque a nossa pele tem diferentes necessidades em cada fase do dia. Desta forma os cremes variam na textura e nos ingredientes que os compõem.

As funções do creme de dia são além da hidratação, a proteção da nossa pele contra os agentes agressores externos como a radiação ultravioleta, a poluição e mudanças de temperatura. Desta forma apresentam ingredientes ativos com características antioxidantes que ajudam as células da nossa pele a combater o stress oxidativo, podem oferecer ainda proteção solar. E no caso de a pele apresentar problemas específicos, como acne, oleosidade ou rosácea, o creme de dia pode também conter ingredientes específicos que combatam estes problemas ao longo do dia. Os cremes de dia apresentam uma textura mais leve e são de absorção mais rápida, o que facilita a aplicação de maquilhagem.

A principal função dos cremes de noite é regenerar a pele e minimizar os efeitos das agressões que a pele sofreu durante o dia. Durante o sono a capacidade de renovação e regeneração celular aumenta e é a melhor altura do dia para o uso de princípios ativos que vão reparar a nossa barreira cutânea, estimular a produção de colagénio e nutrir profundamente a pele. Os cremes de noite apresentam normalmente texturas mais densas e nutritivas, são absorvidos de forma mais lenta e proporcionam uma hidratação mais prolongada. Pelos motivos anteriormente mencionados e pelo facto de, durante a noite, a nossa pele não estar exposta ao sol, podem conter na sua composição substâncias ativas que vão estimular a produção de colagénio e atrasar o envelhecimento da pele, como o retinol, o ácido glicólico, peptídeos, entre outros. Também alguns problemas específicos como manchas, rugas, acne, rosácea, entre outros, podem ser tratados de forma mais intensa nesta altura do dia.

5. A pele habitua-se aos cremes e estes deixam de funcionar

A pele não se habitua aos produtos, mas sim a pele está simplesmente sempre a mudar e as suas necessidades mudam com o tempo, com a idade, o nível de stress, com a estação do ano, com o clima do país em que estamos e, no caso das mulheres, coma fase do ciclo menstrual e com a entrada na menopausa. Ou seja, um creme que é a dada altura adequado para a nossa pele pode, com o tempo, deixar de o ser. Além disso é natural que durante os primeiros meses de tratamento com determinado cosmético sejam mais visíveis os seus efeitos. Depois esquecemo-nos simplesmente como era a nossa pele sem o seu uso. Um exemplo disso é o uso de cremes com substâncias anti-manchas.

A pele simplesmente requer produtos adequados para aquilo que necessita em cada momento.

6. Pasta dos dentes é boa para tratar borbulhas

Para além de não a fazer desaparecer as borbulhas, pode ainda piorar a sua inflamação, o que pode em último caso deixar manchas e cicatrizes. Poder-se-ia pensar que a presença de substâncias antibacterianas nas pastas de dentes poderia ter um efeito positivo na acne. Mas estes produtos não são formulados para aplicar com segurança no rosto, mas sim nos dentes. O seu uso na pele pode danificar a barreira cutânea e levar ao desenvolvimento de uma dermatite perioral, inflamação semelhante a acne ou rosácea junto da boca. O mais importante em caso de acne é consultar um Dermatologista e ter uma rotina de skincare adequada, o que vai fazer com que as borbulhas apareçam com muito menos frequência e idealmente despareçam de todo. Atualmente há vários produtos cosméticos seguros e testados para p efeito SOS à venda nas farmácias. Por estes motivos desaconselho o uso de pasta dos dentes no tratamento de borbulhas.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados de estudo promovido pela Ordem dos Médicos Dentistas
O número de médicos dentistas em situação ilegal nos serviços públicos de saúde aumentou, conforme demonstram os resultados do...

Sobre este tema, o documento permite concluir ainda que 43,5 por cento estão contratados em regime de recibos verdes (22,3% diretamente com a ARS e 21,3% mediante empresa intermediária).

“Apesar dos nossos alertas ao longos dos últimos anos, os sucessivos governos fingem que esta realidade não existe. A solução para este problema só depende da vontade política de criar a carreira de medicina dentária no SNS. Acredito que este aumento seja uma solução temporária, para colocar em funcionamento os mais de 30 consultórios que estavam parados nos centros de saúde”, afirma o bastonário Miguel Pavão, ao que acrescenta: “A falta desta carreira interfere, entre muitos outros fatores, na capacidade de o Governo atrair médicos dentistas para os gabinetes de medicina dentária nos cuidados de saúde primários, na capacidade de evitar a saída de profissionais altamente qualificados para o estrangeiro”.

A emigração é, precisamente, um dos capítulos que gera maior preocupação. Conclui-se que aumentou o número de profissionais a exercer no estrangeiro (8,2% em 2024), dos quais 2,5% exercem também em Portugal e 5,7% exclusivamente no estrangeiro. No último estudo, de 2022, 6,6% trabalhava fora do País, dos quais 1,7% dividia-se com atividade em Portugal e 4,9% só no estrangeiro.

Sobre o momento da tomada de decisão para exercer no estrangeiro, quase dois terços (64,6%) responderam que foi já após terem trabalhado em Portugal, um aumento de 8,4 pontos percentuais em relação a 2022. Entre os médicos que trabalham exclusivamente no estrangeiro, mais de metade (53,6%) garante que não pretendem voltar a exercer em Portugal.

Já quanto às razões para emigrar, os médicos dentistas são bastante claros: 65,4% não conseguia ter um rendimento satisfatório em Portugal; 57,1% considera que em Portugal não se valoriza a profissão.

Chamados a revelar quais as maiores preocupações no panorama atual da profissão, quase dois terços (64,3%) dos inquiridos refere-se ao facto de a Medicina Dentária não ser reconhecida como uma profissão de desgaste rápido. O crescimento dos seguros e planos de saúde (56,6%) e o aumento do número de médicos dentistas pagos abaixo do expectável (54,8%) face às habilitações também estão no topo das preocupações.

Entrevista | Dra. Joana Marinho, Oncologista
"Em Portugal, o cancro da próstata é o tumor maligno mais comum entre homens" e um dos mai

Os dados mostram que, em Portugal, surgem cerca de 6 mil novos casos de cancro da próstata por ano, sendo esta doença responsável por perto 2 mil mortes anualmente. Deste modo, e no âmbito do movimento "Movember" começo por perguntar quais os grandes desafios associados ao diagnóstico e tratamento deste tipo de cancro?

Os principais desafios ao nível do diagnóstico prendem-se com a ausência de sintomas, o que dificulta a deteção precoce. Apesar da relevância do PSA (antígeno específico da próstata) e do toque retal, ainda há resistência cultural e falta de adesão a esses exames. Outro facto prende-se com o sobrediagnóstico, pois alguns casos identificados são clinicamente indolentes, levando a potenciais tratamentos desnecessários que podem afetar a qualidade de vida.

O que é o cancro da próstata? Existem os fatores de risco para o seu desenvolvimento? Quem está em risco?

Em Portugal, o cancro da próstata é o tumor maligno mais comum entre homens e o terceiro mais mortal. A nível mundial, é o segundo cancro mais frequente entre homens e o quinto em mortalidade. Caracteriza-se pelo crescimento descontrolado de células na próstata, sendo comum que os sintomas só surjam em fases avançadas.

O cancro da próstata tem fatores de risco não modificáveis, como a idade avançada (mais comum após os 50 anos), história familiar de cancro, mutações genéticas (BRCA1/BRCA2) e etnia, com maior incidência em homens afrodescendentes. Entre os fatores modificáveis destacam-se a obesidade, sedentarismo, dieta rica em gorduras animais e baixa ingestão de frutas e vegetais. Embora nem todos os homens com fatores de risco desenvolvam a doença, a vigilância regular é fundamental, especialmente em grupos de maior risco.

Sendo assintomático em fases iniciais, quais os principais sintomas a que devemos estar atentos? De um modo geral, quais as principais manifestações clínicas, consoante as diferentes fases de estadiamento?

A prevenção e o diagnóstico precoce são a chave! Os sintomas são frequentemente associados a doença avançada. No entanto os mais comuns são alteração do padrão urinário, perda de sangue na urina, disfunção erétil, dor ao urinar ou durante o ato sexual. contudo convém relembrar que a maioria dos doentes com doença inicial não têm sintomas.       

Como é feito o seu diagnóstico?

Inicia-se o estudo através de uma análise ao sangue (PSA), com avaliação médica no Urologista para decisão de exames adicionais como a ressonância magnética e confirmação do diagnóstico com uma biópsia da próstata (picada da próstata por via transrectal).

Que tratamentos existem para o cancro da próstata?

Dependendo do estadio de doença, assim os tratamentos que temos disponíveis: bloqueio androgénico, cirurgia , Radioterapia, braquiterapia, quimioterapia, hormonoterapia e moléculas alvo, tratamentos de medicina nuclear.

Qual o seu prognóstico e qual a importância do diagnóstico precoce?

Hoje em dia dispomos de várias opções para tratar os doentes, desde tratamentos locorregionais CURATIVOS, como a cirurgia e a radioterapia, bem como tratamentos sistémicos para a doença avançada, com intuito paliativo/controlo da evolução da doença. É uma área em constante evolução com expectativa de surgimento de novas moléculas com diferentes mecanismos de ação, combinações de tratamentos já em utilização, novas sequenciações. o presente deverá ser otimista com o futuro. A investigação nesta área é elevada e crescente e decorre em várias frentes com diferentes alvos.

Quais os principais mitos associados a este tipo de cancro? Quais as principais dúvidas que este tumor suscita nos homens e que urge esclarecer?

Os tratamentos do cancro da próstata frequentemente afetam alguns atributos da masculinidade e da função sexual para além de causarem sintomas desconfortáveis e impactantes da rotina diária. contudo, doenças diagnosticadas precocemente, podem ainda beneficiar de estratégias terapêuticas com preservação de funcionalidade sexual e urinária e limitar assim os impactos físicos e emocionais. Um diagnóstico de cancro ainda hoje se reveste de uma conotação negativa em quase todos os tipos de cancro, contudo a evolução científica tem permitido que os diagnósticos possam ser mais precoces e as intervenções mais individualizadas e eficazes, permitindo longas sobrevivências e limitando os efeitos laterais de forma a permitir uma vida com a maior qualidade possível.

O que muda após o diagnóstico de cancro na próstata? Existem complicações ou efeitos secundários associados ao tratamento?

Como dito atrás, um diagnóstico de cancro tem um impacto muito negativo na pessoa. No cancro da próstata temos adicionar as alterações urinárias e da função sexual associadas aos tratamentos, com impacto físico e emocional. Temos ainda a adicionar, no caso de tratamentos sistémicos, a Fadiga (cansaço), diminuição da densidade do osso com desenvolvimento de Osteoporose e depressão assim como declínio cognitivo.

Que conselhos ou mensagem gostaria de deixar a todos os homens a respeito deste tema?

  • Desmistificar o cancro da próstata e a abordagem da saúde sexual; 
  • Apelar a uma consciência de si e a abertura a discussão do tema com o médico assistente; 
  •  Alertar para sintomas e para o seu reconhecimento e rápida procura de investigação;
  •  Informar sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico e efeitos a longo prazo e estratégias de minimização de efeitos adversos; 
  • Permitir a partilha de experiências e conter os tabus com abertura ao diálogo e à informação credível e fidedigna
  • Dotar os sistemas de saúde de respostas rápidas e adequadas no tratamento dirigido à doença e no suporte e apoio ao doente na gestão dos efeitos da doença, permitirá aumentar a confiança e a sensação de segurança.

De um modo, geral, quais os principais cuidados a ter em matéria de prevenção?

Do ponto de vista da pessoa individualmente deve existir uma preocupação de ter os cuidados de evitar os carcinogéneos já conhecidos e levar uma vida ativa e uma dieta adequada, nomeadamente rica em alimentos não processados, verduras e evicção de açucares e processados e a redução do consumo de proteína animal. Abolição de tabagismo ativo e passivo.

O exercício físico tem comprovado alguns benefícios nomeadamente na diminuição da perda de capacidade funcional e no controlo de alguns fatores de risco. 

No cancro da próstata especificamente é um importante adjuvante de controlo de efeitos adversos da terapêutica, nomeadamente o ganho de peso, o aumento de risco cardiovascular, o risco de osteoporose e perda de funcionalidade física. o exercício físico pode ainda ter importantes benefícios psico-sociais. 

A plataforma ‘Próstata sem Tabus’ pretende ser um local de informação fidedigna sobre a doença, onde qualquer cidadão pode buscar informação. Pretende além de desmistificar a doença e os seus tratamentos, informar a população sobre a importância do rastreio, assim como alertar para sinais e sintomas. Iniciativas como esta não só empoderam a população, mas também fomentam uma cultura de prevenção, diálogo e cuidado com a saúde masculina, alinhando-se com os objetivos de campanhas como o Movember.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo de perceção dos portugueses sobre a Ciência
Apenas 3 em cada 10 portugueses se consideram bem informados sobre aquilo que são as principais investigações e inovações...

Em Portugal, os apoios à investigação científica na área da saúde são, de acordo com os portugueses, insuficientes para as necessidades existentes. Esta posição ajuda a justificar que cerca de dois terços dos inquiridos considerem que, apesar de Portugal ter grandes cientistas, muitos têm de sair do País para conseguirem continuar a desenvolver o seu trabalho de investigação.

Apesar de quase 30% dos portugueses se considerarem mal informados sobre temas relacionados com a Ciência, 74,7% dos inquiridos afirmam terem por hábito pesquisar, por iniciativa própria, informação relacionada com Ciência, Saúde e novos desenvolvimentos científicos.

A busca faz-se, sobretudo, através da Internet (82,8%), em particular nos motores de busca e páginas generalistas, com 23,9% dos inquiridos a referirem utilizar já ferramentas de Inteligência Artificial para este tipo de procura. Aqui, as Redes Sociais são o canal cuja credibilidade é considerada “mais duvidosa”, enquanto as Publicações Científicas e as páginas de Internet oficiais acabam por ser, sem surpresa, as mais credíveis. Para metade dos inquiridos, a informação disponibilizada pelos motores de busca é também vista, por vezes, como duvidosa.

Na opinião da maioria dos portugueses, a Inteligência Artificial foi a área que mais evoluiu nos últimos 25 anos (77,5%) e será também aquela em que se registarão maiores desenvolvimentos nos próximos 25 anos (85,8%).

A Saúde surge, de forma destacada como a área pela qual os portugueses manifestam maior interesse, seguindo-se Ciência e Novas Tecnologias; sendo que Cultura completa o top 3 - a área da política acaba por ser a área à qual os portugueses apresentam menor interesse.

Só três em cada 10 inquiridos afirmam conhecer algum cientista ou alguém que se tenha destacado na área da ciência, e quando lhes perguntam quais as entidades ou instituições que lhes vêm à cabeça quando pensam em ciência, 20% não conseguem referir nenhuma. A Fundação Champalimaud (35,6%) é a Entidade ou Instituição portuguesa que os inquiridos mais se recordam quando pensam em “Ciência” e os cientistas portugueses mais referidos são Egas Moniz, António Damásio e  Sobrinho Simões.

A questão da comunicação em ciência é também referida, com mais de metade dos portugueses (55,5%) a considerarem que a forma como o conhecimento e os novos desenvolvimentos científicos são comunicados é tendencialmente difícil de compreender para a generalidade das pessoas.

Os resultados do inquérito, realizado pela Spirituc, para a AstraZeneca Portugal, foram apresentados no evento que assinalou os 25 anos da farmacêutica, que serviu também de palco para uma reflexão sobre o papel da Ciência na Saúde no passado, presente e futuro. O evento assinalou, ainda, o Dia Mundial da Ciência, que se celebra a 24 de novembro.

Nuno Marques eleito Chair
Nuno Marques, coordenador do Plano Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável, foi eleito vice Chair do grupo do...

A eleição coloca Portugal na liderança dos trabalhos na área do envelhecimento, numa altura em que está a ser revisto o Plano Mundial de Envelhecimento das Nações Unidas, que deverá ser aprovado em 2027.

Para Nuno Marques, “é com muita honra e orgulho que recebi esta nomeação. Trata-se do reconhecimento de todo o trabalho que temos desenvolvido em Portugal, uma vez que somos pioneiros num plano de ação de envelhecimento ativo que está a ter ações efetivas em curso. Estamos num dos períodos da década do envelhecimento mais relevante, pois estas decisões vão influenciar as próximas décadas”.

O Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável tem sido um exemplo a seguir pelos restantes países da União Europeia e da UNECE, nas políticas a adotar para o envelhecimento ativo e saudável. 

Portugal tem partilhado com outros países boas práticas no envelhecimento ativo e saudável, nomeadamente pelo facto de ser um plano com atuação ao longo da vida e se focar em múltiplas áreas, desde a prevenção da saúde, à prestação de cuidados, à habitação, ambientes externos e segurança, à aprendizagem ao longo da vida e adaptação dos locais de trabalho, até à participação social e sociocultural.

 
Ana Paula Martins elogiou o papel destes profissionais no SNS
A abertura da III Convenção Internacional dos Enfermeiros, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, ficou marcada pelas palavras...

O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros garantiu à Ministra da Saúde que os enfermeiros portugueses estão “disponíveis para assumirem a sua parte das responsabilidades acrescidas necessárias para encontrarmos em conjunto soluções para os novos desafios na saúde. As longas listas de espera, a saturação das urgências, a falta de investimento nos cuidados de saúde primários e a emigração de profissionais são problemas sérios que exigem respostas concretas.”

Luís Filipe Barreira também afirmou que o Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins “pode contar com o apoio da Ordem e dos enfermeiros portugueses para tornar as reformas que se propõe efetuar uma realidade”.

Do lado da Ministra, a ressalva de que “é muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa. Estamos juntos com os enfermeiros e a trabalhar no mesmo sentido”. Ana Paula Martins garantiu ainda que o internato em enfermagem “necessita de uma implementação efetiva e alocação de recursos adequados”.

O evento que tem o mote «Tempo de Respostas», decorre em Fátima até dia 23 de novembro, e contará ainda com a presença das secretárias de Estado da Saúde, Ana Povo e Cristina Vaz Tomé, além de vários especialistas nacionais e internacionais. 

 
“Crónicas de um jovem investigador"
O médico cirurgião David Ângelo acaba de lançar o primeiro livro da sua autoria: “Crónicas de um jovem investigador – O que...

Nesta obra de 282 páginas, composta por dezasseis capítulos, o autor começa por falar das suas origens e de um passado presente, deixando também um olhar para o futuro.

“É acima de tudo, uma história de sucesso motivador que poderá entusiasmar e desinstalar os médicos portugueses nesta fase em que se sente algum desalento por parte dos mesmos”, descreve no prefácio Miguel Castelo-Branco Sousa, professor catedrático de medicina da Universidade da Beira Interior (UBI). Como descreve, a leitura do livro convida a conhecer e a apreciar o percurso de vida curioso e empreendedor do autor, reservando um lugar de destaque para as diversas fases de investigação desenvolvidas ao longo de vários anos: “Nesta obra destacaram-se temas relevantes pela sua atualidade e premência, tais como a investigação clínica e o empreendedorismo médico em Portugal” sublinha Miguel Castelo-Branco.

O início desta jornada literária começa com uma viagem até Bruxelas, cidade onde David Ângelo viria a colaborar num projeto de investigação a convite de Maurice Mommaerts, um dos mais conceituados cirurgiões belgas na área maxilofacial e uma referência no mundo da medicina. “Enquanto cruzava o céu, dei por mim a pensar na rapidez com que tudo se estava a desenrolar na minha vida. Na quantidade de informação que eu tinha processado nos últimos anos, no caminho que tinha traçado para mim e nos meus objetivos futuros”, conta nas primeiras páginas.

Após a conclusão deste importante projeto, o autor de “Crónicas de um jovem investigador”, sentia-se, contudo, incompleto “como se algo ainda estivesse por fazer ou acontecer”. Foi assim que, como conta, surgiu a ideia de escrever este livro, algo que o próprio confessa que gostaria de ter lido durante o seu percurso académico e que, ao mesmo tempo, contasse a sua aventura na área da investigação: “A ideia de escrever este livro surge porque durante a minha carreira clínica e científica enfrentei inúmeros desafios pela frente que quis partilhar agora, com o objetivo de dar a conhecer detalhes que fazem parte do mundo da investigação e as diversas aprendizagens que fui ganhando ao longo dos últimos anos. Considerei, por isso, que seria interessante partilhar com pessoas que tivessem objetivos similares ou que encontrem algumas barreiras pelo caminho e, talvez, este meu livro as possa inspirar a conseguirem superar os seus objetivos e a concretizar sonhos.”

Como capítulo mais marcante, o autor destaca “As minhas origens e um passado recente”, uma espécie de regresso à infância e a muitas recordações: “Escrever esta parte do livro permitiu-me reviver momentos únicos, conhecer ainda melhor os meus pais, a minha família, e retomar algumas lembranças que, provavelmente, já estariam mais “esquecidas” ..., por exemplo, ainda hoje, ao ler este capítulo em que a minha mãe fala do meu nascimento, continuo a emocionar-me pela intensidade do momento.”

 
Novembro marcado pelo Dia Europeu da Alimentação Saudável
Novembro é o mês de sensibilização para a Alimentação Saudável, uma iniciativa promovida pela Comiss

Esta iniciativa tem como objetivos:

  1. Educação/literacia nutricional: Informar crianças, pais, professores e comunidades sobre o valor nutricional dos alimentos e como fazer escolhas saudáveis.
  2. Promover a saúde: Incentivar a prática regular de atividades físicas aliada a uma alimentação equilibrada, é a chave para manter/adoptar um estilo de vida saudável desde a infância até a fase adulta.
  3. Conscientização sobre obesidade infantil: Alertar sobre os riscos da obesidade infantil e a importância de uma intervenção precoce para prevenir problemas de saúde futuros, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, entre outros
  4. Projetos escolares: Mmitas escolas participam promovendo atividades interativas, como oficinas de cozinha saudável, palestras sobre nutrição e até mesmo concursos relacionados à adoção de uma alimentação saudável.

No inicio do mês, e com apoios da União Europeia, realizou-se uma distribuição de frutas, legumes e leite nas escolas, com o objetivo de tornar a alimentação saudável mais acessível e atraente para todos, em especial para os nossos jovens.

Mas afinal o que é uma alimentação saudável?

Uma alimentação saudável é aquela que fornece ao corpo todos os nutrientes necessários para o seu bom funcionamento, promovendo saúde e bem-estar físico e emocional, tendo em conta hábitos , costumes e culturas.

Os principais pilares de uma alimentação saudável incluem:

  1. Variedade de Alimentos: Consumir alimentos de diferentes grupos, como frutas, legumes, verduras, grãos integrais, proteínas (carnes, peixes, ovos, leguminosas) e gorduras (azeite, abacate, oleaginosas). A diversidade garante que o corpo receba uma maior diversidade de nutrientes.
  2. Moderação: Controlar as quantidades ingeridas para evitar excessos. O consumo em excesso de qualquer alimento, mesmo que “saudável” pode levar a desequilíbrios energéticos e bioquímicos.
  3. Descascar mais, desembalar menos: Priorizar alimentos naturais ou minimamente processados e evitar ultraprocessados, como refrigerantes, salgados, bolos, bolachas e refeições prontas, que costumam ser ricos em açúcar, sódio e gorduras trans.
  4. Ingestão Adequada de Água: A hidratação é essencial para a saúde, sendo recomendada uma ingestão adequada de água ao longo do dia. Como saber a água que devo beber? (0,35ml/Kg de peso)
  5. Redução de Açúcares e Gorduras : Limitar o consumo de açúcares adicionados e gorduras hidrogenadas presentes nos “snacks”, bolachas, batas fritas, etc.
  6. Ingestão de Fibras: Priorizar alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes, cereais integrais e leguminosas, que auxiliam na digestão, promovem saciedade e ajudam a controlar os níveis de glicose.

A palavra de ordem é EQUILÍBRIO

Ter alimentação saudável não se trata de restrições severas, mas sim de escolhas conscientes que atendam às necessidades individuais.

Tem de ter em conta preferências pessoais e culturais, permitindo a flexibilidade e prazer nas refeições, o que facilita a adoção de hábitos alimentares duradouros.

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Opinião
O cancro do pâncreas constitui um desafio clínico e um problema de saúde pública a nível mundial.

Fatores de Risco e Prognóstico

A elevada mortalidade associada ao cancro do pâncreas pode ser atribuída a três principais fatores. Em primeiro lugar, a natureza silenciosa da doença, com sintomas que só se manifestam em estádios avançados. Quando os surgem os primeiros sintomas, o tumor já se encontra frequentemente disseminado. Em segundo lugar, o comportamento biológico agressivo do tumor, com tendência para se disseminar precocemente. Mesmo as lesões pequenas podem apresentar micrometástases, muitas vezes difíceis de identificar nos exames de imagens e que comprometem a ressecção cirúrgica curativa. Por fim, o cancro do pâncreas é relativamente resistente aos tratamentos médicos. Verifica-se neste tipo de tumor um fenómeno designado desmoplasia, que resulta numa manga fibrosa densa a rodear as células tumorais, limitando a penetração e a eficácia dos agentes de quimioterapia.

Fatores de Risco Modificáveis e Não Modificáveis

Os fatores de risco para o desenvolvimento do cancro do pâncreas podem ser classificados como não modificáveis e modificáveis. Entre os não modificáveis, encontram-se a idade – com incidência crescente a partir dos 60 anos – e a história familiar. O risco de cancro do pâncreas é maior nos familiares de 1º grau (pais, irmãos e filhos) de um indivíduo com a doença, sendo o risco acrescido na presença de vários familiares afetados. Existem ainda determinados síndromes genéticos hereditários que conferem maior risco de vários tipos de tumores, incluindo de cancro do pâncreas.

Por outro lado, os fatores de risco modificáveis incluem o tabagismo, a diabetes mellitus tipo 2, a obesidade e a pancreatite crónica, esta última frequentemente associada ao consumo de álcool e tabaco. A adopção de um estilo de vida saudável, com a cessação do tabaco, a prática regular de exercício físico e uma dieta equilibrada, desempenha um papel significativo na redução do risco.

Manifestações mais frequentes

O cancro do pâncreas é habitualmente silencioso até uma fase avançada da doença e os sintomas variam com a localização do tumor no próprio órgão. Os sintomas são relativamente inespecíficos, como dor abdominal, perda de apetite, emagrecimento e cansaço. Quando o tumor envolve a cabeça do pâncreas e provoca obstrução da drenagem biliar (por invasão da via biliar, que conduz a bílis do fígado para o intestino) pode surgir icterícia - coloração amarelada dos olhos e da pele.

Diagnóstico Precoce e Desafios no Rastreio

O diagnóstico precoce é crucial para melhorar o prognóstico, mas, infelizmente, continua a ser um dos maiores desafios na abordagem desta doença.

A tomografia computadorizada (TAC) com contraste endovenoso e a ressonância magnética (RM) são os exames de imagem de primeira linha para avaliação do pâncreas, sendo muito relevantes no diagnóstico e estadiamento.

A ecoendoscopia digestiva, também conhecida por ultrassonografia transendoscópica, em que é utilizada uma sonda de ecografia de alta resolução acoplada a um endoscópio, realizada sob sedação, é o exame mais sensível para diagnosticar tumores em fase inicial.

Permite visualizar com elevada acuidade todo o pâncreas através do estômago e duodeno e realizar biopsias do tecido tumoral com segurança e conforto para o doente.

Ao contrário de outros tumores digestivos, como o cancro colorretal, ainda não existem métodos de rastreio eficazes e acessíveis a toda a população. O rastreio de determinados grupos com elevado risco de cancro do pâncreas (pela história familiar ou pela identificação de determinados síndromes hereditários) já é realizado em vários centros europeus, mas apenas no âmbito de programas de investigação. Existem critérios de inclusão específicos para estes programas de rastreio, que dependem da estimativa do risco de cancro do pâncreas. A estratégia de rastreio utilizada nos grupos de risco inclui a ecoendoscopia digestiva e a ressonância magnética.

Tratamento do Cancro do Pâncreas

O tratamento do cancro do pâncreas é selecionado com base em diversos fatores, incluindo o estado geral do doente (performance status), a presença concomitante de outras doenças (comorbilidades) e o estádio do tumor (fase da doença).

O tratamento cirúrgico continua a ser o único tratamento potencialmente curativo, mas nem todos os doentes são candidatos a cirurgia direta. Na verdade, menos de ¼ dos doentes são candidatos à cirurgia no momento do diagnóstico. A maioria dos doentes terá indicação para um esquema de quimioterapia e, cada vez mais, individualizamos essa seleção e tentamos personalizar o tratamento. Para isso, a biopsia, com a determinação das características do tumor, é fundamental no processo de decisão terapêutica. Alguns doentes com doença localmente avançada, que não são candidatos cirúrgicos ad initium (pelo envolvimento de estruturas vizinhas a comprometer a ressecabilidade cirúrgica), poderão apresentar redução da massa tumoral sob quimioterapia, tornando o tumor potencialmente ressecável.

Caminhamos hoje na era da Medicina personalizada, em que são consideradas as características individuais e o perfil molecular das células cancerígenas no sentido de optimizar a eficácia do tratamento. Apesar da dificuldade em implementar esta estratégia no cancro do pâncreas, que é um tumor muito complexo e heterogéneo do ponto de vista molecular, a investigação básica e as novas tecnologias têm permitido identificar novos alvos terapêuticos, com claro benefício em determinados grupos de doentes.

Perspetiva para o futuro

Na patologia pancreática, em que abordamos um órgão que historicamente se manteve desconhecido durante vários séculos, a investigação científica assume um papel central.

Apesar do panorama ainda preocupante, devemos deixar uma mensagem de esperança. Nos últimos anos, a taxa de sobrevivência global aos cinco anos tem vindo a aumentar de forma lenta mas consistente, passando de 5% para 13%. Apesar do prognóstico ainda reservado, deverão ser destacados importantes progressos da investigação, tanto no âmbito do diagnóstico como do tratamento. Novos dados de investigação têm permitido identificar marcadores moleculares com valor preditivo da resposta ao tratamento (por exemplo na identificação dos doentes que mais beneficiam de cirurgia) e poderão dirigir a seleção de fármacos anti-tumorais de acordo com a sensibilidade das células cancerígenas. No tratamento do cancro de pâncreas, devemos equacionar sempre a inclusão do doente num ensaio clínico. Recentemente, a proporção de doentes candidatos a uma cirurgia potencialmente curativa tem aumentado e estes serão os doentes que apresentam o prognóstico mais favorável. No âmbito do rastreio e do diagnóstico precoce será importante validar biomarcadores, pesquisados por análise sanguínea, com sensibilidade e especificidade elevadas, permitindo um diagnóstico verdadeiramente precoce. Este é um campo de estudo complexo, que esperemos que possa vir a mudar radicalmente a forma como diagnosticamos o cancro do pâncreas.

Existem recomendações internacionais sobre cancro do pâncreas, especificamente dirigidas ao doente e seus familiares. Para mais informações sobre recomendações internacionais sobre cancro do pâncreas, consulte: NCCN guidelines for patients: pancreatic cancer

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dias 6 e 7 de dezembro
Com o propósito de melhorar os cuidados de saúde prestados à população com doenças graves ou incuráveis, o Hospital CUF Tejo e...

Os participantes vão ter oportunidade de conhecer e debater os princípios e a filosofia dos Cuidados Paliativos, num programa que coloca em discussão as necessidades específicas dos doentes e dos seus familiares, em cada fase da doença, os sintomas da doença avançada e terminal, a problemática do sofrimento no fim de vida, o luto e a comunicação nos Cuidados Paliativos.

O objetivo do curso é contribuir para o desenvolvimento das competências dos profissionais de saúde, no âmbito da prestação de cuidados aos doentes em situação de doença avançada ou incurável e às suas famílias, garantindo a melhoria da qualidade de vida e a prevenção do sofrimento.

O Curso Básico de Cuidados Paliativos está pensado para todos os profissionais de saúde com interesse na área da Medicina Paliativa, independentemente das suas áreas de especialização.  

A inscrição é obrigatória.

 
Plataforma foi criada há dois anos
A plataforma MyServier, lançada em 2022 pela Servier Portugal com o objetivo de apoiar os profissionais de saúde no acesso a...

A plataforma passa a contar com a secção “Novidades”, que reúne notícias e artigos científicos recentes, organizados por área terapêutica. Com este novo espaço, a Servier Portugal pretende facilitar o acesso a conteúdos relevantes para que os profissionais de saúde possam manter-se atualizados em relação às mais recentes evidências científicas, contribuindo para uma prática clínica ainda mais informada.

Outra adição é o Servier Medical Art, uma biblioteca digital com mais de 3.000 imagens médicas e científicas de alta qualidade, disponibilizadas gratuitamente para que os profissionais de saúde possam utilizar em apresentações e posters. Esta funcionalidade responde a uma necessidade crescente de ilustrações médicas precisas e acessíveis, um recurso essencial para médicos, investigadores e outros profissionais da área na criação de materiais informativos.

De acordo com Sofia Meireles, Digital & Communications Manager da Servier Portugal, “estas novas funcionalidades vêm responder à necessidade crescente de acesso rápido e direto a informações científicas e recursos visuais de qualidade, essenciais para a prática clínica moderna. Acreditamos que, através da plataforma MyServier, estamos a facilitar a atualização contínua dos profissionais de saúde, para que possam oferecer os melhores cuidados aos seus doentes.”

 
Na Expofarma 2024
A Glintt Life, submarca tecnológica de matriz portuguesa Glintt Global, dedicada ao setor da Saúde, vai estar presente na...

Entre as diferentes soluções que vai apresentar encontra-se a Farmácia Go,  um espaço de compra autónomo, que funciona como uma extensão da farmácia convencional, articulado com a experiência de atendimento personalizado que privilegia um elevado nível de serviço. E que permite responder às expectativas de um perfil de utentes cada vez mais exigentes que procuram um processo de compra simples e rápido e sempre disponível.

A Farmácia Drive, agora com conveniência de pagamento reforçada através da Via Verde, permitindo aos clientes pagamentos sem sair do carro, oferecendo rapidez, conforto e conveniência, é outra das propostas da Glintt Life. 

Neste evento, a marca vai ainda apresentar soluções inovadoras para medições de parâmetros médicos, desenvolvidas de forma a permitirem o acompanhamento ao longo do tempo de cada pessoa. Estas, sendo integradas com o sistema de informação da farmácia (Sisfarma) garantem fiabilidade e o aconselhamento profissional da farmácia, promovendo maior acessibilidade, monitorização e rastreio de parâmetros de saúde essenciais.

Os diagnósticos rápidos, recorrendo a métodos inovadores e ágeis para diagnóstico, de grande simplicidade e rapidez, que utilizam apenas uma gota de sangue, viabilizando a triagem e um aconselhamento mais rigoroso, são outras das soluções apresentadas. 

Além disso, vai possível assistir a demonstrações de tecnologias como os robots Rowa, concebidos para agilizar o atendimento nas farmácias, e o inovador Cashlogy, que otimiza a gestão de caixa e aumenta a segurança no pagamento.

João Paulo Cabecinha, Administrador Executivo da Glintt Global, destaca: “A Glintt Life mantém-se como um parceiro ativo e comprometido na transformação do setor farmacêutico. Com uma vasta experiência tecnológica, temos a missão de contribuir para um sistema mais conectado, eficiente e sustentável.”

Durante a Expofarma, a Glintt Life vai apresentar não só as tecnologias mais recentes, mas também as tendências que estão a transformar o setor farmacêutico, colocando o utente no centro dos cuidados. O stand A20 vai contar com equipamentos de ponta, desenhados para maximizar a eficiência e rentabilidade das farmácias.

Dia Europeu da Fibrose Quística | 21 de novembro
A fibrose quística (FQ) é uma doença genética crónica e progressiva que afeta sobretudo os sistemas

Causas e Genética da Fibrose Quística

A fibrose quística é causada por mutações no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator), localizado no cromossoma 7. Este gene é responsável pela produção de uma proteína que regula o transporte de cloro e sódio nas membranas celulares. Quando há uma mutação no gene CFTR, a proteína não funciona corretamente, levando à acumulação de muco espesso nos órgãos.

A doença segue um padrão de herança autossómica recessiva. Isto significa que um indivíduo só desenvolverá fibrose quística se herdar duas cópias do gene mutado, uma de cada progenitor. Pessoas com apenas uma cópia mutada são portadoras, mas não apresentam sintomas da doença.

Manifestações Clínicas

Os sintomas da fibrose quística podem variar em gravidade, mas os sinais mais comuns incluem:

Problemas Respiratórios

  • Tosse persistente com expetoração de muco espesso.
  • Infeções respiratórias recorrentes, como bronquite e pneumonia.
  • Dificuldade em respirar e chiado.

Comprometimento Digestivo

  • Dificuldade em digerir alimentos devido à obstrução dos canais pancreáticos.
  • Diarreia crónica ou fezes gordurosas e volumosas.
  • Défices nutricionais, levando a atrasos no crescimento e desenvolvimento.

Outros Sintomas

  • Suor excessivamente salgado, que pode causar desequilíbrios eletrolíticos.
  • Infertilidade, particularmente em homens, devido a obstruções no sistema reprodutivo.

Diagnóstico

O diagnóstico de fibrose quística é geralmente feito na infância, muitas vezes durante os primeiros meses de vida. Os métodos de diagnóstico incluem: 

  • Teste do Pezinho: Inclui a triagem para doenças metabólicas e genéticas, incluindo a fibrose quística, em recém-nascidos.
  • Teste do Suor: Mede os níveis de cloro no suor, que estão elevados em pessoas com fibrose quística.
  • Teste Genético: Identifica mutações específicas no gene CFTR.

Tratamento e Gestão

Embora não haja cura para a fibrose quística, os avanços médicos têm melhorado significativamente a qualidade de vida e a esperança média de vida dos doentes. O seu tratamento é multidisciplinar e inclui: 

  • Fisioterapia Respiratória: Ajuda a eliminar o muco das vias respiratórias.
  • Medicamentos: Incluem antibióticos para tratar infeções, broncodilatadores para facilitar a respiração e moduladores do CFTR que corrigem a função da proteína defeituosa.
  • Suporte Nutricional: Enzimas pancreáticas, suplementos vitamínicos e uma dieta rica em calorias e proteínas ajudam a combater os défices nutricionais.
  • Transplante Pulmonar: Nos casos mais graves, pode ser uma opção para prolongar a vida.

Prognóstico e Investigação Atual

O prognóstico para pessoas com fibrose quística tem melhorado substancialmente nas últimas décadas, graças a avanços no diagnóstico precoce e no tratamento. Atualmente, muitos doentes atingem a idade adulta e têm uma vida relativamente normal.

A investigação continua a ser uma prioridade, com foco no desenvolvimento de terapias genéticas e novos medicamentos que possam tratar a causa subjacente da doença, em vez de apenas aliviar os sintomas.

 
Fontes: 
Associação Nacional de Fibrose Quística. O que é a Fibrose Quística? https://www.anfq.pt/o-que-e-a-fibrose-quistica/
CUF. Fibrose quística: um diagnóstico para a vida. https://www.cuf.pt/mais-saude/fibrose-quistica-um-diagnostico-para-vida
Foto: 
Nota: 
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Opinião
A saúde digital ou eSaúde (na sua tradução direta do inglês eHealth), traz a tecnologia para a saúde

A Genética Médica está também em grande crescimento, e beneficia e beneficiará, desta aposta em diferentes aspectos. Primeiro, por ser uma especialidade centrada nas grandes cidades e com falta de profissionais, beneficia da teleconsulta e fontes de conhecimento que permitem ao utente maior acessibilidade e equidade. Segundo, beneficia de ferramentas de diagnóstico diferencial (como reconhecimento de dismorfismos – traços faciais específicos), uma vez que é caracterizada por doenças raras com apresentações que muitas vezes se sobrepõem. Terceiro, os estudos de diagnóstico realizados ao nosso genoma (pelas técnicas de sequenciação massiva), geram enormes quantidades de dados que necessitam de ferramentas cada vez mais aprimoradas de análise e classificação das variantes encontradas (os resultados em genética médica raramente são um sim ou não). 

Por último (embora não limitada e estes), o nosso genoma contém ainda inúmeras camadas de (des)conhecimento a serem descobertas e a tecnologia impulsiona o desenvolvimento de novos produtos. São exemplos: os estudos de DNA livre em circulação que permitem na gravidez fazer um rastreio altamente sensível e específico de trissomia 21 (e outras, através dos testes pré-natais não invasivos – uma simples amostra de sangue), ou no cancro que permitem o diagnóstico precoce, diagnóstico de doença residual, recidiva, auxiliar na decisão terapêutica e avaliar a resposta a essa mesma terapia (as chamadas biopsias líquidas); os riscos poligénicos (polygenic risk scores) que refletem uma avaliação combinada de várias alterações (polimorfismos) em vários genes, avaliando o seu papel na predisposição para doenças comuns (como o cancro, hipertensão ou diabetes), possibilitando a aferição de medidas preventivas; ou o estudo de assinaturas epigenéticas, que determinam a especificidade do que está a ser expresso, independentemente do que está escrito no genoma e que têm, por exemplo, aplicações no diagnóstico e tratamento do cancro ou no diagnóstico diferencial de doenças raras. Assemelhando o código genético à linguagem informática, para um hardware – genoma – já conhecido, é todo um software por explorar e desenvolver.

No futuro, prevejo uma medicina onde o utente tem no seu registo médico electrónico o seu historial clínico, mas também dados genómicos, incluindo de resposta a fármacos (farmacogenética), que permitirão individualizar planos de vigilância, prevenção e terapias. Sem dúvida as possibilidades são infindáveis, e com as devidas preocupações inerentes à proteção de dados, há ganhos para os diferentes agentes: aumentam o conhecimento da sociedade, reduzem o erro médico, aumentam a eficácia (resultados no utente) e eficiência dos serviços de saúde.

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Prevendo-se um crescimento anual de 4% para 2,3 mil milhões de euros até 2028
Segundo a IQVIA, fornecedor global de serviços de investigação clínica, insights comerciais e inteligência em saúde, o mercado...

Relativamente ao segmento dos medicamentos não sujeitos a receita médica (Over-the-counter, OTC), a IQVIA prevê que permaneçam o segmento dominante, terminando o ano de 2024 avaliados em 1,1 mil milhões de euros, representando 54% em valor e 58% em volume do total do mercado de consumer health durante este período. Em termos de evolução futura, a expectativa é que o segmento cresça em linha com o mercado, com uma CAGR de 4% em valor e 3% em volume, atingindo uma avaliação de 1,2 mil milhões de euros em 2028.

Para o segmento de Cuidados Pessoais (Personal Care, PEC), que tem sido consistentemente o segundo segmento mais relevante neste mercado, e no qual se inclui a Dermocosmética e Saúde Oral, estima-se que termine o ano de 2024 avaliado em 533 milhões de euros, representando 27% em valor e 22% em volume do total do mercado durante este período. Com uma CAGR de 4% em valor e 3% em volume, projeta-se que atinja uma avaliação de 617 milhões de euros em 2028.

Está previsto que a avaliação do segmento de Cuidados ao Paciente (Patient Care, PAC) atinja aproximadamente 294 milhões de euros em 2024, representando 15% em valor e 16% em volume do total do mercado, durante este período. Este segmento deverá crescer a uma CAGR de 6% em valor e 3% em volume até 2028, superando a CAGR dos outros segmentos e do mercado, atingindo uma avaliação de 366 milhões de euros até esse ano.

Finalmente, o segmento de Nutrição (Nutrition, NTR), com uma avaliação estimada de 71 milhões de euros para 2024, representa 4% em valor e 4% em volume do total do mercado durante este período. Este segmento deverá seguir uma tendência distinta em comparação com os outros segmentos nos próximos anos, estimando-se que experiencie um declínio em valor com uma CAGR de -4% até 2028, atingindo aproximadamente 61 milhões de euros, enquanto os outros segmentos do mercado deverão crescer em avaliação durante o mesmo período. No entanto, em volume, prevê-se que este segmento cresça mais rápido do que o mercado e outros segmentos, com uma CAGR de 5% em volume.

Considerando as previsões para os vários segmentos, a IQVIA estima que haja um aumento no preço unitário médio dos produtos nos segmentos OTC, PEC e PAC, uma tendência suportada pelas estimativas de crescimento em valor superiores ao crescimento em volume. O segmento de Nutrição parece ter um comportamento contrário, onde, apesar do crescimento significativo em volume até 2028, prevê-se uma diminuição no valor total deste segmento, indicando uma provável diminuição no preço unitário médio dos produtos nesse segmento.

Estas projeções são também suportadas pelo contexto macroeconómico em Portugal e na Zona Euro, onde, considerando a desaceleração do crescimento do PIB português para 1,6% em 2024 (vs 2,5% em 2023), espera-se uma recuperação em 2025 e 2026, com taxas de crescimento de 2,1% e 2,2%, respetivamente, de acordo com estimativas do Banco de Portugal. Esta evolução favorável do contexto macroeconómico é também suportada pelas previsões de crescimento, embora mais lentas, para a Zona Euro, que se estima que se mantenham estáveis até 2026, com projeções de crescimento de 1,3% e 1,5% para 2025 e 2026, respetivamente.

Adicionalmente, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que prevê uma desaceleração da inflação tanto em Portugal como na Zona Euro para 2024 em torno de 2%, antecipa uma maior procura no consumo, compatível com o crescimento estimado para o mercado de saúde do consumidor, esperado crescer acima da inflação.

E realiza palestras na Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos
A AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia, anuncia o...

Perante o aumento da incidência de bactérias resistentes a antimicrobianos em seres humanos e animais, é essencial que todos assumam a sua responsabilidade. A AniCura adota uma abordagem focada no uso criterioso de antibióticos, visando reduzir ao máximo o risco de resistência antimicrobiana, que representa uma ameaça tanto para a saúde dos animais de estimação quanto para a dos seres humanos. Um dos principais desafios enfrentados é a falta de dados sobre os padrões de prescrição de antibióticos no setor veterinário, o que motivou a AniCura a implementar um inquérito interno anual sobre o tema.

Mudar o comportamento de prescrição entre os veterinários  

Em 2018, foi estabelecido um objetivo ambicioso para a utilização responsável de antibióticos em cães, visando que apenas 5% dos cães sejam tratados com antibióticos até 2030. Desde o primeiro inquérito anual sobre antibióticos sistémicos, têm sido feitos progressos constantes na redução da prescrição de antibióticos nas clínicas e hospitais da AniCura em toda a Europa.

A AniCura apresentou os resultados do oitavo inquérito anual. No total, 295 clínicas AniCura em 12 países participaram no estudo, que incluiu 47 878 cães, dos quais 3 524 foram tratados, com 7,4% a receberem antibióticos durante a semana medida. A incidência do uso de antibióticos variou entre hospitais e países, indo de 3,5% a 12,9% durante a semana medida.

“O inquérito mostra que utilizamos principalmente o ácido amoxicilina-clavulânico, que é prescrito a um em cada dois cães que recebem antibióticos. O inquérito também indica que apenas 5% das prescrições são para antibióticos de classe B, classificados pela Agência Europeia de Medicamentos como criticamente importantes na medicina humana, o que é uma demonstração positiva de um comportamento de prescrição responsável”, afirma Elena Decataldo, Head of Medical AniCura Iberia.

Palestras da Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos

De 18 a 24 de novembro assinala-se a Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos (WAAW), uma campanha global promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para alertar a sociedade para o uso consciente dos antibióticos e para o impacto da resistência antimicrobiana (RAM). Este ano, a campanha adota o tema “Educar. Promover. Agir agora.”

Neste contexto, nos dias 20 e 21 de novembro, a Dechra e a AniCura realizam um conjunto de oito palestras em oito cidades diferentes da Península Ibérica sobre o tema “Uso responsável de antibióticos em Dermatologia”, juntando-se assim à dinamização desta campanha global. Estas sessões terão lugar em Barcelona, Madrid, Sevilha, Bilbau, Terán, Santiago de Compostela, Lisboa e Porto.

A prescrição de antibióticos deve ser justificada e necessária

Um dos compromissos da AniCura consiste em assegurar uma utilização mais prudente dos antibióticos a nível europeu, a fim de sensibilizar e incentivar a tomada de medidas para combater o aparecimento e a propagação de bactérias resistentes aos medicamentos no setor veterinário.

“A utilização responsável de antibióticos é importante para contrariar a propagação de bactérias resistentes. Para reduzir os tratamentos desnecessários, temos de escolher o paciente certo, com o diagnóstico certo, e administrar a substância certa. É apenas através da formação contínua e de uma ampla visibilidade que podem ser feitos mais progressos nesta área crítica”, finaliza Elena.

Iniciativas que transformam a experiência do doente
Lidar com uma doença nunca é tarefa fácil. Mas os projetos vencedores da 4ª edição dos Prémios Humanizar a Saúde, uma...

Otimizar as vagas hospitalares, reduzir o risco de infeções e sobretudo proporcionar um ambiente mais acolhedor e familiar a crianças e jovens dos concelhos da Amadora e de Sintra é o objetivo do projeto ‘Hospitalização Domiciliária Pediátrica’, uma iniciativa da Fundação do Gil, desenvolvido em parceria com o Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca, que visa oferecer uma alternativa ao internamento convencional.

Da lista faz também parte uma iniciativa que tem os idosos como público-alvo: o projeto ‘+ Saúde’, da Associação Mais Proximidade, que tem como objetivo facilitar o acesso aos cuidados de saúde a pessoas idosas em situação de isolamento e solidão. São, ao todo, já 120 idosos da freguesia de Santa Maria Maior que beneficiam desta ideia, que se traduz no acompanhamento a consultas e exames, na organização de medicação, visitas domiciliárias e sessões de apoio psicológico.

Aulas de pilates, biodanza social e terapia com cavalos, bem como apoio psicológico individual e em grupo são algumas das atividades disponibilizadas por outro dos vencedores, o projeto ‘Cuidar+’, da AAPC – Associação de Apoio a Pessoas com Cancro, uma iniciativa que tem como foco a saúde mental e bem-estar físico e social de doentes oncológicos no distrito do Porto.

Reduzir as idas constantes ao hospital é o que pretende o projeto ‘Porta A Porta - Alimentação Parentérica Entregue no Domicílio’, da Unidade Local de Saúde de S. José, outro dos vencedores, com uma iniciativa que permite que crianças com síndrome do intestino curto recebam a alimentação parentérica e o material de consumo clínico necessário diretamente em casa.

Finalmente, os Prémios chegam a Mogadouro, tendo sido atribuído ao ‘Serviço de Apoio Domiciliário à Demência’ da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro devido aos cuidados que presta no domicílio à pessoa com demência e ao seu cuidador, gratuitos e personalizados. Uma ação que oferece uma abordagem integrada, com avaliação, diagnóstico e intervenção contínuos, promovendo a saúde e o bem-estar dos doentes e cuidadores.

É a quarta vez que os Prémios Humanizar a Saúde são entregues e, uma vez mais, refere Marta Gonzalez Casal, Diretora Geral da Teva Portugal, “estes prémios são um exemplo claro do empenho da Teva em melhorar a saúde dos nossos doentes, uma vez que confirmam que, com inovação e dedicação, podemos criar um ambiente mais acolhedor e solidário, onde cada indivíduo recebe o cuidado e a atenção que merece. É disso que se trata quando falamos na humanização dos cuidados de saúde”.

Na edição do ano passado foram atribuídos prémios num total de 25.000 euros às seguintes iniciativas: “Programa de visitas de palhaços a hospitais com serviços oncológicos pediátricos”, da Operação Nariz vermelho; “Palhaços d’Opital”, pioneira na Europa a levar o trabalho e missão dos Doutores Palhaços a adultos e com foco nos idosos, em ambiente hospitalar; “Sol de Afectos”, da SOL – Associação de Apoio às Crianças Infetadas pelo VIH/SIDA, para criação de um espaço para os progenitores/cuidadores partilharem as suas vivências; “Unidade Móvel – Saúde de Proximidade”, da Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Alfândega da Fé; “Projeto Casulo”, da Associação Calioásis – Centro de bem-estar para crianças, jovens e suas famílias afetados pelo cancro, que visa a criação de um jardim no internamento do serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Coimbra.

No Mar Shopping Matosinhos
O MAR Shopping Matosinhos vai viver a quadra natalícia de uma forma mágica e solidária, reunindo a sua comunidade local num...

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, é importante que uma pessoa com cancro tenha cuidados adicionais no seu dia a dia, nomeadamente fazer uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercício físico (desde que não haja contraindicação médica) e, dentro do possível, manter as atividades diárias. Quanto à alimentação, o organismo precisa de calorias suficientes para manter um peso adequado, bem como proteínas, para manter a força; comer bem pode ajudar os doentes a sentirem-se melhor e a ter mais energia. Desta consciência surge o projeto da AAPC especialmente direcionado para dar a conhecer aos seus cerca de 300 utentes uma alimentação mais saudável e apropriada à sua doença.

“A força anímica é essencial para pessoas que enfrentam o cancro ou que estão em recuperação. Por isso, há uma alimentação diferenciada que se deve fazer. Entendemos por isso apoiar esta causa da AAPC, cujo trabalho com esta população conhecemos, e que entendemos como essencial para o bem-estar dos utentes que a associação apoia e que são membros da nossa comunidade. Na identificação desta causa contamos com o apoio da ENTRAJUDA – Associação para o Apoio ao Desenvolvimento, com quem mantemos parceria no âmbito de diversos projetos de impacto social”, explica Sandra Monteiro, diretora do MAR Shopping Matosinhos.

“Com este projeto pretendemos, por um lado, sensibilizar a população em geral para a importância da alimentação equilibrada e aquisição de estilos de vida saudável para prevenir o aparecimento da doença oncológica, por outro, munir os doentes oncológicos de conhecimentos benéficos sobre a alimentação, capazes de melhorar a vivência da doença. O nosso projeto consiste em criar uma cozinha educativa onde possamos desenvolver palestras e showcookings abertos à população, dinamizados por diferentes profissionais ligados à saúde”, explica Dra. Susana Pires Duarte, diretora do Departamento Social da AAPC.

Espetáculos e chegada do Pai Natal

O Reino do Natal conta com 3 espetáculos, no palco interior do espaço de restauração (piso 0):

No dia 1 de dezembro chega o espetáculo “Ruca” com o protagonista da época: o Pai Natal! Um dos personagens preferidos dos mais novos, que sabem cantar: “Eu sou um rapazinho, embora pequenino, tenho muito tino, sou o Ruca…!”. O espetáculo é de entrada livre e conta com 2 sessões: uma sessão às 12h00, que conta com a chegada do Pai Natal, e uma segunda sessão às 16h00.

No dia 8 de dezembro, pelas 14h30, é a vez de subir ao palco a peça “Duendes em Apuros”. Esta peça transporta-nos para a véspera de Natal, no Polo Norte, onde os Duendes ajudantes do Pai Natal preparam tudo para o grande dia. Estão a construir uma máquina gigante que transportará as prendas diretamente para as chaminés, mas algo corre muito mal e um grande acidente acontece! Os ajudantes correm para explicar ao Pai Natal o que aconteceu, mas… onde está ele? Tocam os alarmes no Polo Norte! O Pai Natal desapareceu! Terão os duendes provocado o seu desaparecimento? E agora, quem vai salvar o Natal?

Finalmente, no dia 15 de dezembro, pelas 14h30, sobe ao palco o teatro familiar “Esta Vida de Rena”. E claro, ninguém melhor que o Rodolfo para ser o anfitrião nesta divertida peça, onde entram também duas grandes amigas renas que conhecem Rodolfo desde o tema da academia “Pai Natal – Ser ou não ser uma rena de Natal? Eis a questão”. Uma viagem cómica, mas também didática, que leva os mais pequenos a refletir sobre a diferença, o trabalho de equipa, o valor da amizade, afinal… sobre a vida!

 
Cirurgia durou 50 horas e contou com mais de 80 profissionais
Um homem pode piscar os olhos, engolir, sorrir e respirar pelo nariz pela primeira vez numa década, graças a um transplante de...

A vida de Derek Pfaff mudou para sempre a 5 de março de 2014, quando um trágico incidente durante os seus tempos de faculdade lhe deixou o rosto gravemente danificado por um ferimento de bala.

"Eu estava sob muita pressão na faculdade. Não me lembro de ter tomado a decisão de tirar a minha própria vida. Quando acordei no hospital, pensei inicialmente que tinha tido um acidente de viação”, conta.

Apesar de ter sido submetido a 58 cirurgias faciais reconstrutivas nos 10 anos que antecederam ser tratado pela Mayo Clinic, em Rochester, continuava a não conseguir comer alimentos sólidos ou falar casualmente com amigos e familiares. Usar óculos era impossível sem um nariz. Este transplante facial transformador na Mayo Clinic significa que agora este homem de 30 anos de Harbor Beach, no Michigan, pode novamente aperceber-se de todas as coisas que havido perdido. Também o levou a transformar-se num fervoroso defensor da prevenção do suicídio e planeia partilhar a sua história para encorajar outras pessoas que estão a lutar para obter ajuda.

"Vivi por uma razão. Quero ajudar os outros”, diz Pfaff. Estou muito grato ao meu dador, à sua família e à minha equipa de cuidados da Mayo Clinic por me terem dado esta segunda oportunidade”.

"O Centro de Transplantação da Mayo Clinic é o maior centro de transplantação integrado do mundo. Fomos o primeiro centro de transplantes do país a integrar o transplante facial na sua prática clínica. Isto permitiu-nos concentrar exclusivamente nas necessidades de cada doente”, afirma Hatem Amer, diretor médico do Programa de Transplante Reconstrutivo da Mayo Clinic.

Nos 19 anos que se seguiram ao primeiro transplante facial, foram efetuados mais de 50 em todo o mundo. As taxas de sobrevivência para este tipo de transplante são encorajadoras, de acordo com um estudo recente publicado no JAMA Surgery. A  Mayo Clinic realizou o seu primeiro transplante facial em 2016.

Como foi realizada a cirurgia

Os cirurgiões da  Mayo Clinic realizaram o transplante facial de Pfaff em fevereiro de 2024, num procedimento que durou mais de 50 horas e envolveu uma equipa médica de pelo menos 80 profissionais de saúde, entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos, assistentes e outros especialistas.

Esta equipa multidisciplinar foi liderada por Samir Mardini, cirurgião de reconstrução facial e diretor cirúrgico do Programa de Transplante Reconstrutivo da Mayo Clinic. Mardini estima que 85% da face de Pfaff, incluindo a mandíbula e a maxila, foi reconstruída e substituída por tecido de dador.

Os cirurgiões planearam meticulosamente esta operação complexa ao longo de vários meses. Para garantir a precisão e o rigor, foi criado um plano cirúrgico digital com base em exames detalhados dos rostos do dador e do recetor, permitindo à equipa realizar a cirurgia digitalmente com antecedência. Foi também efetuado um mapeamento do nervo facial nos sistemas nervosos do dador e do recetor para compreender a função de cada nervo. Enquanto o aspeto digital assegurava a preparação, guias de corte personalizados impressos em 3D traduziam estes planos em ferramentas tangíveis a utilizar na sala de operações.

O transplante complexo exigiu a substituição de praticamente tudo o que se encontrava abaixo das sobrancelhas e parte da testa de Pfaff, incluindo as pálpebras superiores e inferiores e a gordura intra-orbital, os maxilares superior e inferior, os dentes, o nariz, a estrutura das bochechas, a pele do pescoço, o palato duro e partes do palato mole. Com base no mapeamento pré-operatório do nervo facial, um dos aspectos mais críticos da cirurgia de transplante facial era garantir que os delicados nervos faciais do dador e do recetor - 18 ramos entre os dois lados - fossem corretamente ligados para restaurar a função. Foi também utilizada uma nova técnica de microcirurgia para transplantar o sistema de drenagem das lágrimas do dador, permitindo que as lágrimas de Pfaff escorressem normalmente para o seu novo nariz. Agora, Pfaff pode expressar felicidade, tristeza, alegria e deceção através dos músculos e nervos faciais transplantados.

"A maioria dos transplantes de órgãos salva vidas. No caso do transplante facial, é uma operação que nos dá a vida”, explica Mardini.

A equipa médica incluiu especialistas das áreas da cirurgia plástica e reconstrutiva, transplantação, nefrologia, neurologia, oftalmologia, dermatologia, patologia, radiologia, cuidados intensivos, anestesia, psiquiatria, doenças infecciosas, histocompatibilidade, farmácia, enfermagem, serviço social, reabilitação e terapia da fala.

"Este transplante bem sucedido não teria sido possível sem esta generosa dádiva do dador e da sua família e sem a colaboração e a dedicação da equipa de cuidados”, acrescenta o cirurgião. 

“Falta de comunicação” do Governo e do Ministério da Saúde em relação às consequências da greve do INEM motivou a criação deste livro
O "Manual de Gestão de Riscos e de Resposta à Crise", disponível online e de forma gratuita , apresenta oito boas...

“O lançamento deste manual acontece num contexto crítico para o setor da saúde. Os recentes acontecimentos e as consequências fatais da greve do INEM sublinham a necessidade de um planeamento sólido em comunicação de crise”, explica Vânia Lima, diretora-geral da agência. “A falta de comunicação do Ministério da Saúde e de outras instituições evidencia a urgência de uma estratégia de comunicação proativa, especialmente em contextos de emergência e no relacionamento com o público e os stakeholders”. 

O manual oferece uma abordagem estruturada para crises, identificando as suas respetivas fases, desde a identificação dos potenciais riscos até ao pós-crise. Inclui ainda diretrizes para a formação de gabinetes de crise e aconselhamento de formação em media training. O objetivo é que as organizações de saúde estejam preparadas para enfrentar qualquer problema de reputação de forma coordenada, com mensagens-chave que transmitam segurança e empatia. 

“Não podemos deixar a saúde à mercê de respostas reativas e improvisadas”, continua Vânia Lima. “É fundamental que o setor adote protocolos bem definidos e treine os seus porta-vozes para comunicar com rapidez, transparência e empatia. Este manual é uma ferramenta de apoio para gestores de saúde em todos os níveis, capacitando-os para responder a crises e a fortalecer a confiança da população”. 

A agência de comunicação garante também que o manual será enviado aos Conselhos de Administração das Unidades Locais de Saúde nos próximos dias. “Sabemos que os hospitais têm poucos recursos e, em muitos casos, a comunicação não é uma prioridade. Esperamos que este ebook possa ser uma ferramenta para lidar de forma mais consciente, informada e sensibilizada com os problemas de imagem com que muitas destas ULS vivem”. 

A Onya Health espera vir a lançar, brevemente, outras ferramentas para o setor da saúde, como um manual de boas práticas na assessoria de imprensa ou como aproveitar as potencialidades das redes sociais.  

“Para já, queremos avaliar o feedback deste manual que, na nossa opinião, seria o tema mais urgente. A gestão de crises é uma responsabilidade inadiável que não só protege as organizações, mas, sobretudo, promove a segurança e a confiança do público”, termina a diretora-geral. 

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