Estudo revela
Os flavonoides do cacau podem ajudar a atrasar a progressão da diabetes tipo 2, ao travar a perda de massa e função das células...

Esta é a principal conclusão dos autores do estudo, membros do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), que demonstra pela primeira vez o potencial efeito antidiabético num modelo animal ‘in vivo’.

Os resultados do trabalho, realizado em colaboração com a Universidade Complutense de Madrid e o Centro de Investigação Biomédica em Rede de Diabetes e Doenças Metabólicas Associadas (CIBERDEM) do Instituto de Saúde Carlos III, foram publicados na revista Molecular Nutrition and Food Research.

Em comunicado citado pela agência noticiosa espanhola Efe, o CSIC recorda que o cacau é um alimento rico em compostos bioactivos como os flavonoides, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Recentemente, provou-se em cultura de células que os flavonoides do cacau possuem efeitos antidiabéticos ao promoverem a funcionalidade e a sobrevivência das células beta do pâncreas.

Os resultados mostram que os ratos alimentados com uma dieta rica em cacau durante a fase pré-diabética (entre as seis e as 15 semanas de vida) são capazes de diminuir os seus níveis de hiperglicemia.

Também melhoram a sensibilidade à insulina e desaceleram a perda de massa e o funcionamento das células beta pancreáticas.

Além disso, apresentam um aumento da actividade das defesas antioxidantes do pâncreas, que serve para melhorar a situação do stresse oxidativo e morte celular do estado pré-diabético.

Segundo os autores do estudo, são necessárias mais investigações que permitam definir a real dimensão destes benefícios e, sobretudo, esclarecer os seus mecanismos de acção.

Hospital em Famalicão
O Hospital Narciso Ferreira, em Riba de Ave, Famalicão, vai criar um “centro de excelência em oftalmologia”, com duas unidades...

Em comunicado, a Câmara de Famalicão refere que a criação daquele centro oftalmológico será concretizada graças às obras de ampliação do hospital, que o dotaram de mais 6 mil metros quadrados.

Orçada em sete milhões de euros, a ampliação do hospital, que é propriedade da Santa Casa da Misericórdia, está “praticamente concluída”, devendo as novas instalações abrir em Maio.

A área que vai ficar devoluta acolherá o centro de oftalmologia, com duas unidades de bloco operatório, apetrechadas de um novo equipamento “raro” para a cirurgia de cataratas a lazer.

“Isto representa uma mais-valia para este hospital e uma oferta quase única na área da oftalmologia”, referiu o director clínico do hospital, Salazar Coimbra, citado no comunicado municipal.

A área devoluta será ainda utilizada para um alargamento dos cuidados continuados, que passará a disponibilizar até 57 camas.

No novo espaço, foi criada uma área para fisioterapia que concentrará todos os serviços desde ginásio a sala de hidroterapia, tendo também sido aumenta a zona de internamentos e criadas novas salas de bloco operatório.

Amostras de múmias revelam
Amostras de múmias de uma cripta húngara revelaram que múltiplas estirpes da tuberculose resultam de um único antepassado...

Na origem da descoberta está o facto de, em 1994, trabalhadores a restaurar uma igreja dominicana em Vac, na Hungria, terem descoberto os restos de mais de 200 pessoas cujos cadáveres se haviam mumificado naturalmente.

Os indivíduos, muitos deles católicos abastados, foram colocados, completamente vestidos, numa cripta de uma igreja ao norte da capital, Budapeste, entre 1731 e 1838, e um microclima de ar excepcionalmente seco impediu os corpos e as roupas de apodrecerem.

Em muitos casos, os nomes e detalhes sobre a morte dos indivíduos estavam disponíveis através de registos - tornando-se um tesouro para os epidemiologistas, que assim obtiveram pistas valiosas sobre como as doenças se disseminavam em épocas anteriores.

Os investigadores extraíram amostras de 26 dos corpos recorrendo a marcadores para infecção por tuberculose, e oito delas revelaram-se boas o suficiente para permitir o sequenciamento genético do germe 'Mycobacterium tuberculosis'.

O 'Mycobacterium tuberculosis' foi descrito pela primeira vez em 1882, pelo microbiologista alemão Robert Koch, segundo quem a doença matava uma pessoa em cada sete, mas os investigadores actuais concluíram que a doença já grassava na Europa no século XVIII, antes das habitações lotadas a terem tornado numa assassina em larga escala.

"A análise microbiológica de amostras de pacientes contemporâneos com tuberculose costumam revelar uma única estirpe da doença por paciente", disse Mark Pallen, da Escola Médica da Universidade de Warwick, no centro de Inglaterra, que liderou a nova pesquisa.

"Por contraste, cinco dos oito corpos estudados mostraram mais de um tipo de tuberculose - num dos casos, de um único indivíduo obtivemos evidência de três estirpes distintas", acrescentou.

Todas as amostras transportavam a assinatura genética de uma estirpe de tuberculose chamada 'Lineage 4', actualmente responsável por mais de um milhão de casos de tuberculose por ano na Europa e nas Américas.

Ao fazer a árvore genealógica do germe, a equipa de investigadores relacionou o antepassado com o período romano tardio, o que "confirma a continuidade genótipo de uma infecção que tem devastado o coração da Europa desde tempos pré-históricos", disse Pallen.

Os defensores da datação romana estimam que a tuberculose tenha surgido há 6.000 anos, enquanto outros especialistas sugerem que a doença se espalhou entre os seres humanos há dezenas de milhares de anos.

As múmias descobertas há 21 anos dentro de caixões emparedados na igreja, correspondiam a 265 corpos, desde padres a habitantes locais, e estão agora alojadas no Museu de História Natural Húngaro, que participou na investigação.

Através de uma pele saudável
Para que a pele possa exercer as suas (importantes) funções é necessário que se mantenha saudável.
Rabo e coxa de mulher

A pele é o maior órgão do nosso corpo, corresponde a 16% do peso corporal e exerce diversas e importantes funções como sejam a de regulação térmica ou a de protecção contra os diversos agentes do meio ambiente. Desta forma manter a pele sã é imperativo e passa por manter intactas as suas principais três funções. “Protecção em relação ao ambiente externo, transmissão de informação entre o interior e o exterior através da recepção de estímulos tácteis, térmicos e de dor e, por fim, troca entre o interior e o exterior através, por exemplo, da regulação de temperatura através do suor” refere Teresa Laginha, especialista em Medicina Geral e Familiar, sublinhando que, para assegurar estas funções a pele necessita manter a elasticidade, o grau de hidratação e o nível de pH. Quando este equilíbrio não existe podem surgir diferentes tipos de problemas. A pele da face, pela sua exposição, é a zona do corpo que é mais alvo de preocupações, mas os cuidados devem ser gerais. Aliás, Teresa Laginha explica que, “muitos dos cuidados para manter uma pele saudável são os mesmos que devemos ter para nos mantermos globalmente saudáveis”. Ou seja, fazer uma alimentação variada, beber água suficiente, não fumar, praticar exercício físico, não usar roupa demasiado apertada. Relativamente aos cuidados com a pele, a especialista destaca “o uso de cremes hidratantes, evitar a exposição ao sol sem protecção, os ambientes com ar condicionado e a utilização de banhos com água muito quente”.

Salientar que os produtos/cremes devem ser adequados ao tipo de pele, já que “um produto desadequado pode agravar alguns problemas”. Por outro lado, a temperatura e o número de banhos também têm influência na saúde da sua pele. “A água do banho deve ser tépida uma vez que banhos muito quentes e frequentes removem a proteção da pele provocando ou agravando a sua desidratação”, esclarece a especialista.

Fica claro a importância de ter uma pele saudável, tanto mais quando pode ser “a expressão de doenças de gravidade variável, tais como dermatites e eczema, ou os carcinomas da pele”. Pode ainda ser alvo de outras alterações como “a desidratação, o envelhecimento precoce, alterações da pigmentação como o cloasma ou as estrias. Todas estas alterações são muito comuns. As estrias, por exemplo, afectam cerca de 90% das mulheres, principalmente durante a gravidez.

“A pele adapta-se às contínuas alterações do corpo através da expansão e contracção, mas quando se dão alterações bruscas de peso, a pele pode não ter elasticidade suficiente para se ajustar, e ocorrerem alterações nas estruturas da pele”, explica Teresa Laginha, acrescentando que, quando essas lesões se reparam formam as cicatrizes que designamos como estrias. A gravidez e as perdas significativas de peso são exemplos de situações em que ocorrem variações bruscas de peso. E uma vez formadas, as estrias são muito difíceis de remover. “Alguns produtos e tratamentos mais invasivos podem melhorar a sua aparência mas o melhor é prevenir o seu aparecimento”, aconselha a especialista.

Tratar as estrias

A melhor forma de prevenir o aparecimento de estrias, além de evitar as variações significativas de peso, é assegurar que a pele mantém a sua elasticidade. Isto é conseguido mantendo a pele bem hidratada e com bom tónus: através de uma alimentação saudável (bebendo água suficiente e consumindo alimentos ricos em vitamina E, C e zinco que ajudam a formar colagénio), pela prática de exercício físico (natação, caminhadas, ioga, bicicleta), mediante a aplicação tópica duas vezes ao dia de um hidratante que maximize a elasticidade da pele.

Há vários tratamentos que se podem fazer para melhorar a aparência das estrias:

Peelings

Aplicação de produtos com ph ácido;

Dermoabrasão

Actuam nas camadas superficiais da pele e baseiam-se no princípio da formação de novo colagénio. Deve ser evitada a exposição solar;

Laser

O laser contribui para que as estrias sejam menos evidentes incidindo nos pequenos vasos.

São contra-indicações para a utilização do laser: as grávidas, as pessoas em tratamento com isotretinoína (tratamento de acne), com herpes em actividade, pessoas com aumento de sensibilidade à luz (por exemplo os portadores de Lúpus), pacientes submetidos a tratamento imunossupressor (como quimioterapia) ou radioterapia; pessoas com lesão pigmentar suspeita ou com antecedentes de problemas de cicatrização (formação de queloides e hiperpigmentação). A sua utilização também não está indicada nas pessoas com pele morena ou de raça negra.

Aplicação tópica de géis, cremes, pomadas e óleos

São os meios menos invasivos para melhorar a aparência de cicatrizes e também os menos dispendiosos. Muitos óleos e cremes são bastante eficazes porque melhoram a hidratação, facilitando a renovação da pele e estimulando a produção de novo colagénio.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde lançou uma campanha destinada a promover a segurança alimentar, numa altura em que milhões de...

“A segurança, a qualidade e a quantidade da alimentação devem andar a par”, declarou Margaret Chan, directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), numa visita ao mercado de Rungis, na periferia parisiense, onde assinalou o Dia Mundial da Saúde 2015, dedicado à segurança sanitária dos alimentos.

A campanha promovida pela OMS visa sensibilizar os consumidores para os perigos da sua alimentação, com recomendações sobre o equilíbrio nutricional e sobre a forma de preparar pratos de forma higiénica.

Segundo a agência especializada das Nações Unidas, cerca de dois milhões de pessoas morrem anualmente no mundo devido a doenças relacionadas com a comida ou a água.

A alimentação pode ser contaminada por vírus, bactérias, parasitas, produtos químicos ou poluição da água, que podem estar na origem de cerca de 200 doenças, desde a diarreia ao cancro.

Vinte e duas patologias ligadas à alimentação fizeram 580 milhões de doentes em 2010, dos quais 350 mil acabaram por morrer, de acordo com dados preliminares fornecidos pela OMS.

Mais de 40% das pessoas afectadas eram crianças com menos de cinco anos, sobretudo habitantes em países pobres.

Mas também podem surgir crises sanitárias relacionadas com a alimentação em países desenvolvidos: em 2011, uma contaminação pela bactéria Escherichia coli (E.coli) em sementes germinadas na Alemanha fez mais de 40 mortos na Europa e custou 1,2 mil milhões de euros aos agricultores e à indústria agroalimentar dos países europeus.

Apesar das crises, mais de uma centena de países em todo o mundo não dispõe ainda de uma legislação que estabeleça padrões em matéria de segurança alimentar, segundo o director-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, também presente em Rungis.

Margaret Chan indicou, por seu lado, que a carência de alimentos pode incitar algumas populações a deslocar-se à selva para caçar animais potencialmente contaminados por bactérias ou vírus como o Ébola.

Este vírus que provoca febre hemorrágica originou uma epidemia que já custou a vida a mais de 10.000 pessoas desde que surgiu, no ano passado, na África Ocidental.

Para a responsável da OMS, “comer maus alimentos, ou alimentos contendo demasiadas calorias ou gordura” pode também provocar “doenças cardiovasculares, diabetes e, claro, obesidade”.

DGS
A Direcção-Geral da Saúde lançou uma ferramenta informática para as famílias acompanharem e avaliarem as ementas escolares,...

O anúncio foi feito por Pedro Graça, director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), durante as comemorações do Dia Mundial da Saúde.

A ferramenta em si não é nova, trata-se do Sistema de Planeamento e Avaliação das Refeições Escolares (SPARE), lançado em 2009, mas que a partir de hoje tem um módulo específico para as famílias, que lhes permite acompanhar e avaliar directamente as refeições, desde o momento em que entram na escola até serem servidas.

Bastando inscreverem-se no sistema como uma palavra passe, todos os pais podem colocar dúvidas, verificar se são seguidas as recomendações da Organização Mundial de Saúde, bem como os critérios alimentares definidos pelo Ministério da Educação para as escolas, ou avaliar a variedade dos alimentos.

É ainda possível aos pais dar pontuação, positiva ou negativa, nos vários parâmetros que estão definidos no site da plataforma contra a obesidade da DGS.

No entanto, não há uma acção directa que decorra de uma avaliação mais negativa por parte dos pais, até porque alguns dos critérios podem ser subjectivos, explicou aos jornalistas Pedro Graça.

O responsável salientou, contudo, que com esta nova funcionalidade dá aos pais uma ferramenta mais concreta, para o caso de quererem actuar junto das escolas ou das autarquias (responsáveis pela gestão das escolas) em caso de incumprimento.

Para Pedro Graça, esta é uma forma de pais e escolas dialogarem mais sobre a alimentação das crianças e é uma ferramenta “que permite que famílias e escolas não digam que não sabiam ou não conheciam”, o que eventualmente corra mal.

“Se o Ministério da Educação verificar que há práticas desadequadas, pode intervir chamando o director da escola, mas o Ministério da Saúde, só em caso de risco para a saúde", explicou, acrescentando que esta é uma possibilidade bem mais remota, já que hoje em dia “a oferta alimentar é de qualidade” e que “a monitorização dos alimentos que nos chegam é constante”.

Contudo, o risco zero é impossível, alerta, sublinhando que “os alimentos importados têm que ter autorização para entrar no espaço europeu e são avaliados, mas como entram milhares de alimentos, é praticamente impossível controlar tudo”.

Pedro Graça adiantou ainda que a partir do próximo ano lectivo, todas as cantinas escolares deverão ter sal iodado (o mais recomendado por prevenir distúrbios causados pela carência de iodo), sendo que todas as cantinas com menos de dois anos já estão obrigadas a comprar este sal.

Santa Casa
Todos os dias cerca de 30 pessoas são atendidas, em média, por três equipas de enfermeiros que percorrem os bairros de Lisboa a...

Há quase três anos que o programa itinerante da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) “Saúde Mais Próxima” convida os lisboetas a avaliarem o seu estado de saúde e a adoptarem hábitos de vida saudável.

Neste período mais de 24.000 pessoas foram avaliadas em consultas de enfermagem, realizadas em duas unidades móveis de saúde da SCML, das quais cerca de 2.200 foram encaminhadas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo dados da SCML avançados no Dia Mundial da Saúde, assinalado hoje.

Além de rastreios gerais ao índice de massa corporal, tensão arterial, diabetes e colesterol, a cada dois meses há um novo rastreio e sensibilização em torno de uma patologia frequente na população portuguesa.

No primeiro trimestre deste ano já foram assistidas 3.044 pessoas, das quais 686 crianças, que foram atendidas na Unidade Móvel Juvenil.

Das 686 crianças assistidas, 226 foram encaminhados para o SNS, a maioria (121) devido a problemas nutricionais.

Foram ainda encaminhadas 104 crianças com problemas orais, 51 com problemas visuais e 31 por apresentarem alteração nas avaliações analíticas.

Em declarações, a coordenadora do Núcleo Saúde Mais Próxima, Noémia Silveiro, disse que a “grande conclusão” a que se chegou ao fim de quase três anos na rua “foi que as pessoas não sabem rentabilizar as respostas que têm disponíveis”.

“É preciso investir muito na prevenção e na literacia em saúde”, defendeu Noémia Silveiro, contando que o trabalho destas equipas é “ir ao encontro das pessoas” para que estas “valorizem o bem que têm”, a saúde.

Ao mesmo tempo, adiantou, levam “a informação o mais detalhada e simples possível para que as pessoas possam usufruir das respostas que o Estado põe à disposição”.

Sobre os problemas de saúde detectados, Noémia Silveiro contou que, até aos 18 anos, “é muito preocupante” a saúde oral e a obesidade.

Devido e esta situação, o Saúde Mais Próxima está a criar sessões de sensibilização para a saúde nestas duas áreas.

Segundo a SCML, a generalidade das pessoas atendidas não segue um padrão alimentar adequado e tem um estilo vida sedentário, apresentando excesso de peso e obesidade.

A maioria dos encaminhamentos foi realizada por motivo de alterações de saúde, mas houve alguns casos que necessitaram de encaminhamento para a acção social.

Noémia Silveiro contou que muitas pessoas têm dificuldade em “interpretar a linguagem da saúde”. Para os ajudar, contam com o apoio dos enfermeiros.

“Neste momento já começamos a ter pessoas que estão à nossa espera para os ajudarmos a interpretar o que o médico lhes disse o que é fantástico”, disse.

“O nosso papel é ajudá-las a interpretar e a mudarem alguns comportamentos para benefício da sua saúde”, acrescentou.

As dificuldades socioeconómicas também levaram muitas pessoas a não considerar prioritária a vigilância da sua saúde.

“A saúde foi posta em segundo lugar” porque, além da crise, “cortou-se muito nos subsídios, alguns medicamentos deixaram de ter comparticipação”, aumentaram as taxas moderadoras e “isto fez com que todos cortássemos nalgumas despesas”.

Mas, frisou, “uma das nossas lutas tem sido que a saúde é um bem essencial e sem ela não ultrapassamos a crise”.

Afastar médicos pedófilos de crianças
O ministro da saúde considerou hoje “totalmente indesejável” que situações de médicos que são condenados por pedofilia...

Falando aos jornalistas no final das comemorações do Dia Mundial da Saúde, Paulo Macedo reagia assim à posição do Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas (CNEDM) da Ordem dos Médicos que propõe que, através da revisão do Estatuto Disciplinar dos Médicos, se possa permitir, expressamente, a punição do crime de pedofilia, com a pena de suspensão de quaisquer actividades médicas relacionadas com menores durante o período nunca inferior a 23 anos (tempo de registo na respetiva informação criminal, conforme decorre da Lei 113/2009).

O ministro sublinhou que esta situação é do conhecimento público há vários anos e exemplificou com o caso de “um médico que foi condenado e que não tinha sido ainda expulso pela Ordem dos Médicos”.

“O que entendemos é que estes processos têm que ser mais rápidos”, sublinhou Paulo Macedo, considerando que não vale a pena um caso ser detectado e depois decorrerem “seguramente mais de dez anos, entre os factos terem sido apurados e as acções que foram desencadeadas”, como aconteceu no caso apontado pelo ministro.

Por considerar que é preciso “agir sobre o tempo” e “corrigir os estatutos da ordem”, o Ministério da Saúde afirma-se disponível para apoiar acções que permitam à Ordem dos Médicos intervir nestas situações.

É o caso da aprovação da mudança dos estatutos da Ordem dos Médicos nos próximos meses pela Assembleia da República, “para que este caso, que é considerado totalmente indesejável quer pela Ordem dos Médicos quer pelo Governo, não se possa repetir”, salientou.

Heloísa Santos, membro do CNEDM, revelou na segunda-feira que existem médicos condenados por pedofilia que continuam a trabalhar com crianças, porque “ninguém cumpre a legislação, nomeadamente os empregadores”.

A médica referia-se à Convenção de Lanzarote (para a protecção das crianças contra a exploração sexual e abusos sexuais) e, em concreto, a legislação portuguesa (113/2009) sobre o “recrutamento para profissões, empregos, funções ou actividades, públicas ou privadas, ainda que não remuneradas, cujo exercício envolva contacto regular com menores (…)”.

Segundo esta legislação, “a entidade recrutadora está obrigada a pedir ao candidato a apresentação de certificado de registo criminal e a ponderar a informação constante do certificado na aferição da idoneidade do candidato para o exercício das funções”.

Recentemente, o CNEDM elaborou uma proposta de intervenção sobre médicos pedófilos, a qual recomenda que a Ordem dos Médicos possa “determinar que um médico comprovadamente pedófilo seja inabilitado especificamente para prestar assistência a menores, com fundamento no princípio da protecção dos doentes, da protecção do próprio médico inabilitando e dos valores fundamentais da medicina como sejam a confiança, a beneficência, a não maleficência e a autodeterminação”.

16 de Abril – Dia Mundial da Voz
Todos os anos, morrem em Portugal 400 pessoas com cancro da laringe. O tabaco e o álcool são as substâncias que mais agridem a...

O cancro da laringe mata, anualmente, 400 portugueses, o que leva unidades como o Hospital dos Lusíadas a reforçar a sensibilização dos utentes para os riscos associados ao consumo destas duas substâncias.

Dos utentes diagnosticados com cancro da laringe, só 1% indicou não ser fumador.

“O cancro afecta mais os homens, com idade entre os 60 e os 70 anos, embora apareça em todas as gerações depois dos 30. Por isso, os homens que são fumadores há muitos anos e também consomem álcool devem procurar fazer o rastreio", alertou em comunicado, o coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Lusíadas Porto, António Sousa Vieira.

O especialista aconselha, por isso, os fumadores de longa data a ficarem atentos a “situações prolongadas de alteração na sua voz, como rouquidão permanente por mais de três semanas, pois pode indiciar um tumor maligno nas cordas vocais”.

Beber água com regularidade, evitar consumos excessivos de álcool e tabaco e evitar comer antes de deitar (sobretudo leite e derivados) são alguns dos conselhos dados a quem usa a voz em contexto profissional.

 

Em plataforma de acesso europeu
Os casos suspeitos na alimentação que envolvam contaminantes químicos, aditivos alimentares e resíduos de pesticidas vão estar...

Para a criação deste sistema nacional de gestão de dados do controlo oficial de alimentos será assinado, na quarta-feira, um protocolo entre o Instituto Ricardo Jorge, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Estes organismos participam no projecto-piloto do SSD2, uma plataforma de dados do controlo oficial de alimentos que “será uma ferramenta adequada e eficaz na harmonização da comunicação de dados entre Portugal e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA).

O presidente do INSA, Fernando de Almeida, explicou que a grande vantagem deste projecto é a possibilidade de “todos [os organismos dos vários países europeus] poderem saber ao mesmo tempo, e online, através de uma comunicação estandardizada e por todos perceptível, qualquer problema que surja com alimentos”.

“Antes, cada um comunicava à sua maneira, mas esta plataforma vai permitir que os vários organismos estejam em comunicação permanente com tudo o que se passa nos países europeus, nomeadamente ao nível dos problemas que envolvam químicos, aditivos alimentares e pesticidas”, adiantou.

O protocolo será assinado na quarta-feira, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Saúde, que se assinala hoje e é este ano dedicado ao tema da segurança alimentar.

Ainda na quarta-feira terá lugar a primeira reunião entre os representantes dos organismos que assinam o protocolo, devendo começar de imediato o trabalho no projecto.

Cancro colo rectal
Associação Europacolon Portugal quer sensibilizar para a necessidade desse fazer o rastreio do cancro colo rectal, que mata 11...

O anúncio que há uma semana pode ser visto na RTP2 não tem a ousadia e o tom bem-humorado de outros, feitos nos EUA, por exemplo, em que as pessoas são convidadas “a amar o seu rabiosque”, a “salvar o rabo” ou a descobrir “o lado positivo” de “mostrar o traseiro”. São apenas uns segundos de letras e algarismos brancos em fundo azul e uma voz-off que indica que em Portugal morrem 11 pessoas por dia com cancro colo rectal. Sobra tempo para pouco mais, como mostrar o número de telefone através do qual os interessados podem saber que passos dar para fazer o rastreio, em que estão envolvidas 135 farmácias do país.

“Talvez devêssemos fazer uma campanha mais ousada, mais chocante. Mas não temos dinheiro para fazer uma coisa desse género. Além disso, temos de atender à mentalidade portuguesa. Lembro-me de um anúncio do Reino Unido, fantástico, que mostrava homens e mulheres a levantarem-se da sanita e a olharem para trás, para dentro dela. Mas, em Portugal, não podemos convidar as pessoas a observarem atentamente as suas fezes – como é reagiriam?”, comenta Vítor Neves, dirigente da Europacolon Portugal, ao jornal Público.

O presidente daquela associação de apoio ao doente com cancro digestivo tem a convicção de que é por “a comunicação social e sociedade em geral considerarem o recto e o intestino assuntos pouco sexy” que a associação tem “tanta dificuldade em fazer passar a mensagem de forma maciça” – “Vamos conseguindo algum espaço, mas não é fácil”, diz.

Nos últimos dias de Março, a Europacolon decidiu prolongar a campanha que marcou o mês de luta contra o cancro colorrectal até ao fim de Abril. Durante mais 30 dias, quem ligar para o telefone 808 200 199 ou consultar o site da associação obterá informação sobre quais as farmácias a que pode recorrer para fazer a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Também lhe será dito que quem tiver entre 50 e 74 anos tem o direito de “exigir aos seus médicos de família” que lhe prescreva este teste.

“Exigir não é o termo adequado. Mas discutir com o seu médico o assunto sim, claro – tem o direito e deve fazê-lo”, reage Nuno Miranda, coordenador do Plano Nacional para as Doenças Oncológicas. São relativamente frequentes os momentos em que estes dois homens se digladiam.

Há menos de um ano, Nuno Miranda considerou um passo importante a aprovação da norma clínica sobre a prescrição do exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes, para a detecção de cancro do intestino, a pessoas sem sintomas da doença com idades entre os 50 e 74 anos. Jorge Neves, pelo contrário, chegou a dizer que avançar com o rastreio oportunístico e não o de base populacional (organizado, por convocatória, de maneira a abranger, toda a população daquela faixa etária, no país) se devia “a falta de vontade política e era um acto “agressivo e criminoso”.

Esta semana, em declarações ao jornal Público, Nuno Miranda voltou a frisar que não faria sentido que um esperasse pelo outro e a fazer notar que os projectos-piloto de rastreio de base populacional e o oportunístico já permitem cobrir cerca de 22% da população entre os 50 e os 74 anos. À medida que os primeiros forem crescendo substituirão o segundo, segundo explica.

O coordenador do Plano Nacional para as Doenças Oncológicas frisa que apesar de o rastreio de base populacional estar nos planos oncológicos há mais de dez anos “ele nunca chegou a ser, realmente, planeado, o que está a ser feito neste momento”. “Estabelecemos prioridades – os rastreios do cancro da mama e do colo do útero – mas, ao mesmo tempo, trabalhamos o do cancro colo rectal. Não há qualquer má vontade. Por mim, ele estaria implementado ontem”, disse.

Tanto Nuno Miranda como a actual coordenadora de rastreios da Administração Regional de Saúde do Centro, Fernanda Loureiro, admitem que o grande obstáculo está na dificuldade em garantir a realização das colonoscopias no prazo adequado, em caso de resultado positivo na pesquisa de sangue oculto nas fezes.

Em Abril de 2014, o Ministério da Saúde comprometeu-se a aumentar o número de colonoscopias após a divulgação do caso de uma doente que aguardou mais de um ano num hospital público por este tipo de exame. Passou a comparticipar as colonoscopias com sedação nas unidades privadas com acordos com o Estado e lançou um concurso, que ainda está a decorrer, para aumento das convenções com entidades particulares.

O problema do acesso às colonoscopias, no entanto, está longe de estar resolvido. “Os hospitais estão cheios, trabalham para os seus doentes”, comentou há uma semana o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Leopoldo Matos, a propósito de eventuais problemas com aquele concurso, relacionados com o preço proposto por exame e que é inferior ao estabelecido há um ano pela tutela.

Ao mesmo tempo, a procura aumenta. “A população está mais esclarecida e os centros de saúde começam a utilizar os métodos de pesquisa do sangue oculto nas fezes, o que induz cada vez mais exames deste  tipo”, acrescentou Leopoldo Matos.

É neste contexto que o presidente da delegação do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC), Carlos Oliveira, concorda com Nuno Miranda; “Temos de saber quando devemos agir e quando devemos abrandar. Não seria ético avançar com o rastreio de base populacional ou fazer uma campanha agressiva de apelo às pessoas para que façam a pesquisa de sangue oculto num momento em que não lhes podemos garantir que têm acesso às colonoscopias”, comentou. A alternativa, diz, “é pressionar o Governo para ir removendo os obstáculos e apostar nas acções de prevenção, no rastreio oportunístico e nos projectos-piloto”.

“E é ético deixar morrer as pessoas?”, indigna-se Jorge Neves. “A situação é revoltante, mas o que cada um tem de perguntar a si mesmo é: 'Não podendo fazer a colonoscopia, gostaria de saber que tinha um resultado positivo numa pesquisa de sangue oculto nas fezes, ainda que isso não significasse que tinha um cancro?'”, sugere Carlos Oliveira.

O dirigente da delegação do Centro da LPCC frisa que não tem medo das reacções a campanhas agressivas e que, no momento certo, as fará. Era presidente nacional da LPCC, há alguns anos, quando publicou cartazes sem pingo de humor, que muitos criticaram precisamente por os consideraram “agressivos e sinistros”. Incluíam um cartaz semelhante ao das funerárias, com fotografias de 11 pessoas com uma tarja negra (tantas quantas as que morrem por dia, em Portugal, devido ao cancro colo rectal) e um espelho que fazia com que a elas se juntasse o rosto de quem lia a mensagem. E esta era: “Não morra de vergonha. Consulte o seu médico e faça um exame de rastreio.”

Projecto-piloto marca passo no Centro
A dificuldade na realização de colonoscopias é o principal motivo de atraso no crescimento do projecto-piloto de rastreio organizado de cancro colo rectal, que arrancou em 2009, afirmou, em declarações ao Público, a coordenadora de Rastreios da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), Fernanda Loureiro. A percentagem de dados inconclusivos é outras das características do programa que, segundo a coordenadora, "crescem de forma lentíssima".

De acordo com os últimos dados publicados, em 2013, e à semelhança do que acontecia em 2012, o programa abrangia 35 dos 77 concelhos da região e apresentava uma taxa de cobertura de 12% da população alvo, pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos. Dos 391 que fizeram colonoscopias nos hospitais públicos de referência do projecto, 229 (mais de 58%) tiveram resultado positivo, traduzido em adenomas (289), pólipos (29) e adenocarcinomas (seis).

“A taxa de cobertura, de 12%, foi muito inferior à planeada. No entanto, caso se tivesse atingido os 25%, não haveria capacidade hospitalar para a realização de colonoscopias”, pode ler-se no relatório relativo a 2013.

Naquele ano, a taxa de participação daqueles que receberam a convocatória para se apresentarem no centro de saúde e fazerem a pesquisa de sangue oculto nas fezes foi de cerca de 55%, adiantou Fernanda Loureiro. Foram realizados 10.690 testes, dos quais 503 (4,71%) tiveram resultados positivos e 510 (4,8%) foram inconclusivos. Esta percentagem, de acordo com a ARSC, tenderá a baixar com a melhoria das indicações dadas aos utentes na primeira consulta no centro de saúde, sobre a forma correcta de realizarem a recolha, em casa. Fernanda Loureiro disse desconhecer "ainda" o destino dos que não fizeram as colonoscopias, mas admite que uma parte tenha feito o exame no privado e que outra tenha desistido do rastreio.

Estudo
Um grupo de cientistas conseguiu reactivar o crescimento das células musculares do coração de um rato através do estímulo de...

“O que a equipa de investigação conseguiu fazer foi aumentar o número de células musculares cardíacas em até 45% depois de um ataque do coração”, realçou Richard Harvey, da Universidade de Nova Gales do Sul e do Instituto de Investigação Cardíaca Victor Chang de Austrália.

Para o especialista, trata-se de um importante passo para reparar corações danificados, já que as suas células não se regeneram “ao contrário das do sangue, cabelo ou da pele”, refere um comunicado da universidade.

“A divisão celular no coração praticamente estagna pouco depois do nascimento, o que significa que não pode regenerar-se completamente se se danificar ao longo da vida”, explicou o mesmo responsável, acrescentando que estudos anteriores mostram que se podem regenerar estas células, mas a níveis mínimos.

No âmbito desta investigação, os cientistas centraram-se no sistema de sinalizações do coração – onde intervém a hormona neuroregulina, cuja via foi modificada e quando estimulada durante um ataque cardíaco contribuiu para a substituição dos músculos afectados, segundo o comunicado citado pela agência Efe.

“Esta conquista fará com que a atenção se dirija para o campo da restauração das células dos músculos do coração como uma opção terapêutica para as doenças cardiovasculares isquémicas”, enfatizou o chefe deste estudo do Instituto de Ciência Weizmann (Israel), em colaboração com o Instituto Victor Chang, publicado na revista Nature Cell Biology.

DGS
A Direcção-Geral da Saúde informou que o fornecimento da vacina contra a tuberculose fica regularizado em Junho, depois de há...

“A empresa que distribui a vacina BCG em Portugal informou que prevê a regularização do fornecimento no início do mês de Junho”, refere em comunicado a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o comunicado, as dificuldades de fornecimento estão relacionadas com problemas de produção no “único laboratório que fabrica vacina para a Europa”, um laboratório público na Dinamarca.

A Direcção-Geral da Saúde insiste que a “situação não constitui risco para a saúde pública”.

Em relação às crianças que não forem vacinadas à nascença, a Direcção-Geral da Saúde informa que serão posteriormente contactadas pelos centros de saúde.

“Os cuidadores destas crianças podem também contactar o seu centro de saúde para obter informações sobre a vacinação”, refere.

No dia 23 de Março, a DGS alertou para dificuldades no fornecimento da vacina contra a tuberculose e pediu às administrações regionais de saúde para fazerem uma “boa gestão das reservas existentes”.

Ordem Médicos
Um elemento da Ordem dos Médicos denunciou que há médicos condenados por pedofilia que continuam a trabalhar com crianças,...

Heloísa dos Santos, que terça-feira será ouvida na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, a propósito do registo de pedófilos, disse que se a legislação fosse cumprida, não aconteceriam casos como os que ainda hoje se registam.

A médica disse que existem médicos condenados por pedofilia que continuam a trabalhar com crianças, porque “ninguém cumpre a legislação, nomeadamente os empregadores”.

Heloísa dos Santos refere-se à Convenção de Lanzarote (para a protecção das crianças contra a exploração sexual e abusos sexuais) e, em concreto, a legislação portuguesa (113/2009) sobre o “recrutamento para profissões, empregos, funções ou actividades, públicas ou privadas, ainda que não remuneradas, cujo exercício envolva contacto regular com menores (…)”.

Segundo esta legislação, “a entidade recrutadora está obrigada a pedir ao candidato a apresentação de certificado de registo criminal e a ponderar a informação constante do certificado na aferição da idoneidade do candidato para o exercício das funções”.

De acordo com Heloísa Santos, que pertence ao Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas (CNEDM) da Ordem dos Médicos, esta legislação “não está a ser cumprida”.

Recentemente, o CNEDM elaborou uma proposta de intervenção sobre médicos pedófilos, a qual recomenda que a Ordem dos Médicos possa “determinar que um médico comprovadamente pedófilo seja inabilitado especificamente para prestar assistência a menores, com fundamento no princípio da protecção dos doentes, da protecção do próprio médico inabilitando e dos valores fundamentais da medicina como sejam a confiança, a beneficência, a não maleficência e a autodeterminação”.

O Conselho propõe que, através da revisão do Estatuto Disciplinar dos Médicos, se possa “permitir, expressamente, a punição, no âmbito da Ordem dos Médicos, do crime de pedofilia, com a pena de suspensão de quaisquer actividades médicas relacionadas com menores durante o período nunca inferior a 23 anos (tempo de registo na respectiva informação criminal, conforme decorre da Lei 113/2009)”.

Segundo o documento do CNEDM, “deve manter-se, mas apenas como medida disciplinar acessória, a suspensão, por um período transitório, de todas as actividades médicas [além da pediatria], porque esta última medida disciplinar, quando atribuída isoladamente, não terá qualquer influência no impedimento de futuros actos de pedofilia contra doentes menores”.

O Conselho acordou ainda solicitar uma audiência formal à ministra da Justiça, a quem deverá ser requerido “o cumprimento obrigatório da introdução, no registo criminal dos condenados, da condenação por crime de pedofilia e da sua manutenção pelo período previsto de, pelo menos, 23 anos”.

Em revista de referência
A Universidade do Porto anunciou que um artigo desenvolvido por investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade Porto...

O trabalho “Medical image registration: a review” é da autoria de Francisco P. M. Oliveira e João Manuel Tavares e foi desenvolvido no âmbito do Programa Doutoral em Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia da Universidade Porto (FEUP).

Neste artigo, publicado on-line em 2012, e em papel em 2014, os autores apresentam “o estado da arte relacionado com a área de registo de imagem médica. Para além da revisão das metodologias existentes, são descritos os passos principais e as vantagens/desvantagens de cada uma, havendo ainda espaço para a designação das métricas de qualidade habitualmente usadas”, esclarece a Universidade do Porto (U.Porto).

Actual investigador na Universidade de Coimbra, Francisco Oliveira desenvolveu o artigo no quadro do Programa Doutoral em Engenharia Biomédica pela U.Porto (concluído em 2012), sob orientação de João Manuel Tavares, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP e investigador do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI).

O projecto de doutoramento (centrado no domínio da Visão Computacional e na tentativa de determinar a melhor correspondência que alinha elementos homólogos de estruturas representadas em imagens 2D/3D) foi um dos 25 distinguidos com Bolsas de Investigação a Programas de Doutoramento de Universidades Portuguesas promovidas pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Para João Manuel Tavares, “o artigo é de utilidade relevante para os investigadores que pretendam desenvolver novas metodologias de registro de imagem, em particular de imagem médica, ou pretendam seleccionar e usar alguma das metodologias existentes nas suas aplicações”.

Actualmente, o artigo conta com mais 1.400 acessos, estando também na lista dos artigos mais citados da revista.

Segundo a U.Porto, a “Computer Methods in Biomechanics and Biomedical Engineering”, editada pela Taylor & Francis e indexada pela Thomson Reuters, registou um factor de impacto (número médio de citações de artigos científicos publicados em determinado periódico) de 1.793 em 2014.

Entre 2002 e 2013
O número de camas de internamento diminuiu nos hospitais públicos e aumentou nos privados, entre 2002 e 2013, segundo dados do...

Os dados divulgados indicam que, em 2002, existiam 28.733 camas de internamento nos hospitais públicos, número que baixou para 25.029 em 2013.

Pelo contrário, as camas nos hospitais privados cresceram de 8.429 para 10.474, no mesmo período.

Ou seja, em 2013, os hospitais oficiais tinham aproximadamente menos 3.700 camas de internamento do que em 2002 e os privados mais 2 mil camas.

Ao todo, as camas de internamento passaram de 37.162 em 2002 para 35.503 em 2013: menos 1.659 camas.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2013 quase 90% das camas de internamento dos hospitais oficiais eram enfermarias, enquanto no caso dos hospitais privados, a percentagem de camas de internamento em enfermarias, apesar de maioritária, não atingia 60%.

Nos hospitais privados, os quartos semiprivados e privados representavam cerca de um terço das camas de internamento (3.512), 254 nos hospitais oficiais.

O mesmo documento indica ainda que, em 2013, “registaram-se cerca de 1,2 milhões de internamentos nos hospitais portugueses (80,4% dos quais em hospitais tutelados pelo Estado) e perto de 10,2 milhões de dias de internamento (73,2% dos quais em hospitais oficiais)”.

“Nos hospitais oficiais, cerca de 95% dos internamentos de 2013 foram em enfermarias (com especial relevo nas especialidades de medicina interna, cirurgia geral e ginecologia-obstetrícia) e registou-se uma duração média de internamento de oito dias”.

O período de internamento mais longo ocorreu em psiquiatria, com uma média de 25,3 dias por internamento.

Nos hospitais privados, a maior parte dos internamentos foi feita em quartos semiprivados ou privados (61%). Em média, os doentes ficaram internados 12 dias.

O INE refere ainda que, em 2012, existiam em Portugal 387 centros de saúde, dos quais 94 com Serviço de Urgência Básica (SUB) ou Serviço de Atendimento Permanente ou Prolongado (SAP) e 17 com internamento.

“O número de centros de saúde manteve-se relativamente estável entre 2002 e 2012, todavia com um decréscimo acentuado no número de centros de saúde com SUB ou SAP e com internamento. Em 2002, cerca de 70% dos centros de saúde dispunha de SUB ou SAP e perto de 20% tinha internamento, enquanto em 2012 as percentagens de centros de saúde com estas valências foram respectivamente de 24% e menos de 5%”, lê-se na informação.

Revisão bibliográfica
Nas sociedades contemporâneas a mudança do estilo de vida das mulheres tem sido notório, nomeadament

A prevalência da Diabetes Gestacional (DG) tem vindo a aumentar em todo o mundo, o que implica um acréscimo da necessidade de recursos de saúde. O conhecimento, o diagnóstico precoce e o controlo da DG permitem otimizar uma gravidez com menos riscos quer para a grávida quer para o feto/ recém-nascido.

Fizemos uma revisão bibliográfica com o objetivo de compreender estas mudanças e promover maior qualidade nos cuidados de saúde prestados às grávidas com DG, quer durante as consultas, quer durante o trabalho de parto e parto.

A Diabetes Gestacional define-se como uma intolerância aos hidratos de carbono, de grau variável, que é diagnosticada ou reconhecida pela primeira vez durante a gravidez (American Diabetes Association, 2011). Geralmente desaparece após o nascimento do bebé (DGS, 2011).

Durante a gravidez, as hormonas produzidas pela placenta fazem subir a glicémia, o que faz com que o pâncreas segregue mais insulina para manter a glicose materna em níveis normais. Quando esse aumento de insulina é insuficiente, o nível de glicose sobe, podendo dar origem à diabetes gestacional.

São fatores de risco para a diabetes, a idade, antecedentes familiares de diabetes, obesidade e diabetes gestacional em gestação anterior.

Os critérios de diagnóstico para a DG hoje adotados são baseados em estudos recentes, conforme refere a Direção-Geral da Saúde (DGS, 2011), que demonstram uma relação direta entre os valores da glicémia materna e a morbilidade materna, fetal e neonatal. A grávida com DG tem risco aumentado de vir a desenvolver hipertensão arterial (HTA) na gravidez atual, de ter um parto mais traumático, necessidade de um parto por cesariana e de desenvolver diabetes no futuro. Já para o feto/RN existe um risco superior de malformações fetais, morte fetal in útero, traumatismo no parto como resultado de macrossomia, dificuldade respiratória ao nascer, alterações metabólicas e maior prevalência de vir a sofrer de diabetes. Sendo assim, uma boa vigilância e controlo da glicémia durante a gravidez diminui as complicações maternas e a morbilidade e mortalidade perinatais.

O diagnóstico de Diabetes Gestacional é feito em duas fases distintas

  1. Glicémia plasmática em jejum na primeira consulta de vigilância pré-natal. Se este valor for ≥92 mg/dl e <126 mg/dl, faz o diagnóstico de Diabetes Gestacional.
  2. Prova de Tolerância à Glicose Oral (PTGO) realizada entre as 24-28 semanas de gestação. Esta prova só é realizada se a glicémia plasmática em jejum for <92 mg/dl.

A glicémia plasmática em jejum ≥126 mg/dl ou um valor de glicémia plasmática ocasional >200 mg/dl podem indiciar a presença de Diabetes prévia à gravidez e que só foi diagnosticada na gestação em curso. A orientação e o tratamento destas grávidas é idêntico ao das mulheres com diabetes prévia.

A Prova de Tolerância à Glicose Oral realizada às 24-28 semanas de gestação consiste numa sobrecarga de 75 g de glicose diluída em 300 ml de água e bebida pela grávida. Fazem-se determinações das glicémias às 0, 1 e 2 horas. Esta prova deve ser realizada de manhã e após um jejum de pelo menos 8 horas e nunca superior a 14 horas, devendo a grávida estar em repouso enquanto efetua as colheitas de sangue.

O diagnóstico da DG faz-se quando um ou mais valores das três avaliações for igual ou superior aos valores de referência do quadro seguinte:

Hora

Glicémia plasmática

0

≥ 92 mg/dl

1

≥180 mg/dl

2

≥153 mg/dl

 

Se os resultados forem todos inferiores aos valores de referência descritos no quadro, a prova é considerada negativa.

Quando se confirma o diagnóstico da DG ou provável diabetes prévia, a grávida deve ser referenciada à consulta Hospitalar de Medicina Materno-Fetal para a Diabetes. Nesta consulta a grávida é informada, de forma individualizada, dos riscos maternos e perinatais e recebe aconselhamento sobre a importância e necessidade de fazer modificações no seu estilo de vida. Esta consulta deve contemplar uma equipa multidisciplinar, constituída por obstetra, endocrinologista, dietista, enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica e ainda, estar dotada de recursos necessários ao acompanhamento da grávida, feto/RN.

Dos cuidados de enfermagem prestados à grávida com DG é dado particular enfase ao cumprimento do plano alimentar, à prática de exercício físico (em particular a marcha em período pós-prandial), e ao autocontrolo das glicémias bem como a administração de insulina (caso seja necessário). São também, efetuados ensinos adequados à idade gestacional e vigilância do bem-estar materno-fetal a partir das 35 semanas com a realização de registo cardiotocográfico (RCT).

A mulher a quem foi diagnosticada DG deve realizar uma prova de reclassificação, 6 a 8 semanas após o parto. Esta PTGO consiste numa sobrecarga de 75g de glicose com apenas duas determinações da glicémia plasmática: às 0 e às 2 horas. Esta prova é considerada negativa se os valores de glicémia em jejum forem <110 mg/dl e <140 mg/dl 2 horas após a ingestão da glicose, contudo a mulher deve fazer uma determinação anual da glicémia plasmática em jejum, uma vez que tem risco aumentado para desenvolver Diabetes Mellitus.

Numa futura gravidez, a mulher com antecedentes de diabetes gestacional deve realizar uma avaliação da glicémia pré-concecional.

Em conclusão salienta-se que quanto mais precocemente for diagnosticada a Diabetes Gestacional e iniciado o controlo metabólico, menor é o risco de ocorrência de complicações maternas e morbilidade e mortalidade perinatais.

Artigos relacionados

A grávida com Diabetes: cuidados a ter com doença crónica

Doenças durante a gravidez

 

Bibliografia:

AmericaN Diabetes Association (2011), “Diagnosis and classification of diabetes mellitus”. Diabetes care. Mars; 34 (I): 62-69.
Dores, Y. et al (2011), “Relatório de consenso sobre a diabetes e gravidez”. Disponível em www.dgs.pt, consultado em 3/3/2015.
International diabetes Federation (2009), “Global Guideline on Pregnancy and Diabetes”.
Norma da direcção geral da Saúde nº 007/2011, janeiro de 2011. Disponível em www.dgs.pt, consultado em 3/3/2015.
Orientações Clinicas de Saúde Reprodutiva/Planeamento familiar (2008), “Critérios Médicos de elegibilidade” Direcção Geral da Saúde, Lisboa.

Cristina Paula Ferreira Oliveira Albuquerque, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica. Pós Graduação em Gestão de Serviços de Saúde e Socióloga

Maria Manuela Figueiredo Pereira Marques, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica. Pós Graduação em Gestão de Serviços de Saúde

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Três em cada 10 portugueses desconhecem que têm uma doença reumática
Site feito pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia em parceria com a Associação Nacional de Espondilite Anquilosante quer...

As dores de costas são comuns entre novos e velhos, homens e mulheres. É um sintoma que tem vindo a crescer de mãos dadas com o sedentarismo e a obesidade. Mas nem sempre este mal-estar é igual de pessoa para pessoa e há alguns sinais que o devem retirar da banalidade. O site Dói-me as Costas pretende precisamente ajudar a distinguir quando é que se pode estar perante algo de mais sério, como uma espondilite anquilosante – e ajuda a trocar por miúdos o nome desta doença inflamatória. “Nem todas as dores nas costas são comuns e transitórias. Algumas podem corresponder a doenças crónicas que merecem uma atenção particular”, avisa o reumatologista Fernando Pimentel, em declarações ao jornal Público.

Para o especialista do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental – Hospital de Egas Moniz um dos principais sinais de alerta está na persistência da dor. “Quando as dores duram há mais de três meses e surgem antes dos 45 anos de idade merecem uma especial atenção. As dores banais nas costas são dores que se agravam quando as pessoas fazem movimentos e que aliviam quando a pessoa pára a realização desses movimentos. Quando as dores têm o ritmo oposto, quando se agravam quando as pessoas param e melhoram quando há actividade, é um sinal de alerta”, explica o também professor da Nova Medical School, reforçando que quando se está perante a espondilite anquilosante os doentes costumam também acordar mais na segunda metade da noite e sentir rigidez muscular pela manhã. Estima-se que possam existir em Portugal 50 mil pessoas com a doença.

O Dói-me as Costas (doimeascostas.pt) é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Reumatologia em parceria com a Associação Nacional de Espondilite Anquilosante e o site foi reformulado nesta semana para dar respostas mais interactivas aos visitantes. De perguntas mais frequentes a descrições sobre as dores nas costas, as doenças e sintomas, até a um questionário que os doentes podem imprimir para mostrar ao médico, são várias as formas de comunicar as patologias que passam muitas vezes despercebidas. Entre os primeiros sintomas e o diagnóstico chegam a passar cinco a dez anos, ilustra Fernando Pimentel, que reforça que o público em geral pode encontrar também informação simples no site da sociedade e da associação de doentes.

“O principal problema para o atraso no diagnóstico é que, como é um sintoma comum, apesar de as pessoas terem muito acesso a informação, acabam por estar sempre à espera que passe e só quando compromete o dia-a-dia é que se lembram de consultar um médico”, sublinha o reumatologista. “Quando as pessoas acordam e a rigidez dura mais de meia hora isso é um terceiro aspecto que diferencia estas dores da lombalgia comum”, reforça o médico, que admite que também existem alguns atrasos na referenciação entre os médicos de medicina geral e familiar e os reumatologistas.

Em relação ao diagnóstico, Fernando Pimentel garante que agora é mais fidedigno, uma vez que se alargaram os critérios. Antes era tomada em consideração “uma radiografia da bacia com evidência de inflamação entre o osso sacro e o ilíaco, que é um sinal muito tardio da evolução da doença”. Agora os especialistas contam também com a ressonância magnética e com uma análise ao marcador genético HLA-B27, já que o diagnóstico precoce permite um melhor controlo. O médico explica que esta alteração está presente sobretudo na população caucasiana, mas apenas em 8% a 9% das pessoas. Dentro destas, apenas 5% das pessoas sem historial na família evoluem para as chamadas espondiloartrites. Nas pessoas com casos próximos o valor passa para 20% “mas não há uma hereditariedade directa”.

Os tratamentos começam com anti-inflamatórios não esteróides e, quando estes não resultam ou a doença é mais avançada, há também a hipótese de recorrer aos chamados imunomoduladores e aos biológicos, com Fernando Pimentel a salientar que têm chegado ao mercado cada vez mais alternativas promissoras para assegurar a qualidade de vida dos doentes e reduzir o absentismo. “Pode ter-se uma vida muito próxima da que teria uma pessoa saudável e voltar a dormir melhor”, garante, dando como exemplo uma corrida que terá lugar em Maio no âmbito de um simpósio da Sociedade Portuguesa de Reumatologia e que conta com a participação dos doentes.

De acordo com um estudo publicado na revista The Lancet em 2007, as dores nas costas afectam 632 milhões de pessoas em todo o mundo. O valor subiu cerca de 45% nos últimos 20 anos. Estima-se que mais de 80% das pessoas tenham em algum momento da vida dores relacionadas com a coluna vertebral. Aliás, segundo a Organização Mundial de Saúde as dores nas costas são uma das principais causas de consultas médicas. Em relação a Portugal, um estudo realizado no ano passado no âmbito de uma campanha intitulada Olhe pelas Suas Costas indicava que mais de 28% dos inquiridos sentiam que a vida profissional tinha sido prejudicada por este sintoma.

Zentiva
A Zentiva, marca de genéricos da multinacional farmacêutica Sanofi, é a primeira a lançar no mercado português o Ácido...

Com este lançamento, a Zentiva dá continuidade à sua política de crescimento que pretende facilitar o acesso a medicamentos actuais a preços acessíveis ao maior número possível de pessoas. Ao ser disponibilizado a um preço mais acessível, o Ácido Zoledrónico Zentiva pode representar um avanço vital no acesso dos doentes ao tratamento.

De acordo com Fernando Sampaio, Director Geral da Sanofi Portugal, “A Zentiva em 2014 lançou 14 novas moléculas e em 2015 irá continuar a reforçar a sua posição em Portugal, disponibilizando uma gama de medicamentos genéricos cada vez mais alargada aos doentes do nosso país. A Zentiva é uma prova do compromisso que a Sanofi tem com Portugal”.

Dia Mundial da Saúde 2015 - “Segurança Alimentar”
Toda a gente precisa de alimentos. Todos os dias, em momentos e em contextos diferentes. Acontece é que um alimento, até chegar...

Os alimentos não seguros contêm determinados tipos de bactérias, vírus, parasitas e substâncias químicas nocivas que podem causar mais de 200 tipos de doenças, desde insuficiência renal, cancro, complicações cerebrais, artrite reativa, entre muitas outras.

O armazenamento seguro dos alimentos é um dos principais pontos que a Ordem dos Nutricionistas salienta como merecedor de preocupação por parte dos consumidores. Mas sabe como armazenar correctamente os seus alimentos de forma a salvaguardar a sua máxima qualidade e a não colocar a sua saúde em risco?

É essencial que o local de armazenamento se apresente em perfeito estado de higiene e com boa ventilação e iluminação. Os alimentos devem ser separados de modo a prevenir contaminações cruzadas.

Quanto aos alimentos confeccionados ou prontos a comer, devem ser colocados no frigorífico ou no congelador, caso não se preveja o seu rápido consumo, de forma a prolongar a sua durabilidade.

A disposição dos alimentos, seja nas prateleiras seja no próprio frigorífico, deve ser pensada tendo em conta a validade dos alimentos, colocando-se os alimentos com prazo de validade menor em zona de melhor visibilidade para que o seu consumo seja prioritário face aos que têm uma prazo de validade mais alongado, evitando-se assim o desperdício e o consumo não intencional de produtos cujo consumo não é recomendado.

Sobre o armazenamento de alimentos à temperatura ambiente, os locais onde se encontram deverão ser mantidos secos. No caso de se tratar de uma despensa, por exemplo, deve estar limpa e sem resíduos, de forma e evitar a presença de animais como insectos ou roedores. As portas de acesso devem ser mantidas fechadas e a disposição dos produtos devem ser organizada, com uma separação clara entre os produtos para consumos e os produtos de higiene.

Lembre-se que o frio é um aliado precioso na conservação dos alimentos, uma vez que inibe o crescimento microbiano e diminui a actividade das enzimas alimentares. Não obstante, saliente-se que a refrigeração não aumenta além de alguns dias o tempo de conservação de grande parte dos alimentos.

Não coloque no frigorífico alimentos quentes, tais como uma sopa acabada de fazer, pois estará a aumentar a temperatura do ambiente que envolve os restantes alimentos, colocando em causa a conservação eficaz e segura dos mesmos. Procure antes arrefecer os alimentos rapidamente, de forma a preservar a qualidade de todos os ingredientes envolvidos na confecção da sua refeição.

Os alimentos devem ser armazenados fora das embalagens originais depois de serem abertos, pelo que poderá recorrer a recipientes (recomenda-se a utilização dos de vidro aos de plástico) e a película aderente, por exemplo. É importante que exista esta protecção prevendo situações como o apodrecimento de alimentos no frigorífico que irá promover a transmissão de odores e de bactérias. Limpe regularmente o seu frigorífico com água e bicarbonato de sódio ou produtos de limpeza destinados ao efeito, e certifique-se que enxagua devidamente com um pano húmido.

A Ordem dos Nutricionistas salienta a importância associada ao cumprimento das cinco recomendações chave propostas pela Organização Mundial da Saúde sobre a segurança dos alimentos:

  • Mantenha a limpeza;
  • Separe alimentos crus de alimentos cozinhados;
  • Cozinhe bem os alimentos;
  • Mantenha os alimentos a temperaturas seguras;
  • Use água e matérias-primas seguras.

O não cumprimento das regras de segurança alimentar é responsável pela criação de ciclos viciosos de doença e de malnutrição, afectando particularmente os mais pequenos e os idosos, que mais rapidamente começam a manifestar sinais de intoxicação alimentar: náuseas, vómitos, diarreias, dores de estômago.

A Ordem dos Nutricionistas apela aos organismos e aos próprios consumidores que tenham sensibilidade para o impacto associado a negligências ao nível das condições de segurança dos alimentos visto que, por exemplo, se sabe que as diarreias originadas por alimentos contaminados ou por água nas mesmas condições são responsáveis por, aproximadamente, 2 milhões de mortes por ano mundialmente.

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