Perguntas frequentes
Conheça a resposta às principais perguntas sobre a rosácea é uma perturbação cutânea crónica sem cau

O que é a rosácea?
A rosácea é uma perturbação cutânea crónica que se caracteriza por afogueamento, rubor e crises inflamatórias semelhantes à acne, verificando-se habitualmente nas maçãs do rosto, queixo, testa e nariz. À medida que a doença progride, a vermelhidão pode tornar-se mais intensa e persistente. Pequenos vasos sanguíneos superficiais dilatados surgem habitualmente nas zonas citadas. Em casos avançados, a rosácea pode conduzir a um espessamento da pele do nariz (rinofima). Enquanto a rosácea é mais comum nas mulheres, o rinofima é muito mais prevalente nos homens. Os casos graves de rosácea podem provocar irritação dos olhos, deixando-os encarnados e lacrimejantes.

Quais são as causas das crises de vermelhidão da rosácea?
Nas pessoas que têm tendência a apresentar rosácea, as crises de vermelhidão podem ser causadas por diversos factores, incluindo a dieta, o consumo de álcool, o ambiente e o grau de actividade. Factores ambientais extremos, incluindo o frio, o vento ou as altas temperaturas e a exposição à luz solar podem provocar vermelhidão. Na verdade, o calor proveniente de uma diversidade de fontes, tais como um duche, uma sauna, uma cozinha quente ou outros ambientes quentes, pode provocar crises de vermelhidão da rosácea.

O que pode provocar rosácea?
A causa exacta da rosácea ainda não é conhecida, embora um aumento do número de demodex folliculorum, ácaros microscópicos que vivem nas glândulas sebáceas, seja aparentemente um factor contributivo. Para além disso, a rosácea parece afectar adultos de pele clara.

A rosácea é contagiosa?
Não, a rosácea não pode transmitir-se de uma pessoa para outra, pelo que não é uma doença contagiosa.

Quem sofre de rosácea?
Embora a doença afecte em igual proporção homens e mulheres, a experiência demonstrou que elas consultam mais o médico porque estão mais preocupadas com o seu aspecto. A doença costuma iniciar-se entre os 30 e os 60 anos. É também conhecida como "a maldição dos celtas" porque as pessoas afectadas costumam ser de cabelo louro e pele branca.

Faz mal à rosácea apanhar sol?
A radiação ultravioleta da luz solar pode desencadear a rosácea. Também o calor do sol pode piorar esta patologia. Procure evitar os banhos de sol e não se esqueça de utilizar protecção solar adequada (de factor 15 ou superior) quando se expuser à luz solar.

Que importância tem o protector solar para quem tem rosácea?
Se tem um problema que faz a sua pele ficar vermelha e irritada, tal como a rosácea, é ainda mais importante protegê-la com protectores solares. Quando a pele já se apresenta inflamada devido a um problema pré existente, torna-se ainda mais sensível à luz solar. O protector solar não deve conter agentes químicos irritantes. Para além disso, as pessoas que sofrem de rosácea devem evitar a exposição solar entre as 10 h da manhã e as 2 h da tarde.

Há alguma dieta para a rosácea?
Foi comprovado que alguns alimentos desencadeiam surtos de rosácea com mais frequência que outros, em concreto os alimentos muito condimentados e as bebidas quentes ou alcoólicas. Procure descobrir que alimentos e bebidas são bons para si e quais não são. Em geral, uma dieta equilibrada melhorará o seu bem-estar geral.

O que se recomenda para impedir/evitar futuras irritações?
A vermelhidão e a pele sensível podem ser provocadas por vários factores intrínsecos e extrínsecos. Intrinsecamente (isto é, geneticamente), as alergias a ingredientes específicos podem provocar reacções. Os factores extrínsecos que provocam sensibilidade cutânea incluem exposição solar, uso excessivo de esfoliantes e reacções a um ingrediente que actua como agente irritante (isto é, quando se utiliza um sabonete demasiado forte, este pode actuar como agente irritante e provocar uma reacção, por exemplo, uma sensação de secura e repuxamento da pele). Os efeitos pós operativos de procedimentos tais como peelings químicos ou tratamentos com laser também podem aumentar a sensibilidade.

Para reduzir a sensibilidade cutânea é necessário evitar a exposição solar, os factores ambientais extremos e produtos com fragrâncias irritantes ou outros agentes irritantes conhecidos. Devem evitar-se os sabonetes demasiado fortes, assim como a água quente. Utilize produtos sem perfume, alergicamente testados, suaves e com ingredientes calmantes.

As bebidas alcoólicas e a comida condimentada podem provocar vasodilatação e exacerbar uma pele já vermelha e irritada. Se consumidos em grandes quantidades, ao longo do tempo, estes produtos podem contribuir para a dilatação dos vasos sanguíneos. Em alguns indivíduos, certos alimentos podem despoletar uma crise de irritação e devem ser evitados. Se for afectado desta maneira, esteja atento aos alimentos que provocam vermelhidão e consuma álcool com moderação.

Posso utilizar maquilhagem?
Sim, mas escolha uma base de maquilhagem ligeira, hidratante e não oleosa nem comedogénica. Limpe primeiro a pele com um produto de limpeza não irritante que não contenha sabão, gordura, nem perfume, enxagúe-a com água morna abundante e seque-a, aplicando sem esfregar uma toalha suave. Seguidamente, aplique o medicamento tópico para a rosácea e deixe-o secar (cerca de 30 minutos) antes de aplicar o creme de protecção solar, o creme hidratante ou a maquilhagem.

Há alguma maquilhagem especial para a rosácea?
Sim, existem bases de maquilhagem e sticks correctores que cobrem a vermelhidão e os vasos dilatados próprios desta doença. Estes produtos são suaves, naturais e resistentes à água e à transpiração. Terá de experimentar entre as cores disponíveis até encontrar a que melhor se adapta ao seu tom de pele.

O que devo fazer para a sensação de ardor ocular?
Em mais de 50 por cento dos doentes a rosácea afecta também os olhos (rosácea ocular). Os sintomas vão desde uma sensação de ardor ou comichão ocular até visão turva, sensação de queimadura, secura, intolerância à luz e olhos lacrimejantes ou vermelhos com sangue. No pior dos casos pode ocorrer perda de visão. O seu dermatologista encaminha-o/a para um oftalmologista para que lhe seja prescrito o tratamento adequado.

Pode ser feita alguma coisa em relação à rinofima?
A rinofima é uma fase avançada da rosácea, mas pode ser tratada através de cirurgia com laser, electrocirurgia ou dermabrasão.

Existem casos em que a rosácea desaparece para sempre após um episódio?
Não, a rosácea é uma doença crónica e recorrente. Num inquérito a 48 doentes anteriormente diagnosticados constatou-se que 52 por cento continuavam a ter rosácea activa 13 anos depois. Os 48 por cento restantes tinham menos sintomas, mas só após uma duração média de 9 anos.

Há alguma cura? Como se trata habitualmente a rosácea?
A rosácea é normalmente uma perturbação crónica. Embora não exista uma cura permanente, a sua gravidade poderá ser atenuada, dependendo da altura do ano, dos hábitos pessoais e do tratamento. Os ingredientes antimicrobianos e anti-inflamatórios tópicos e orais são prevalentes no tratamento da rosácea.

O que se pode fazer para complementar o tratamento da rosácea?
Além do tratamento médico, deverá adaptar os seus hábitos de vida para evitar os factores que possam desencadear a rosácea (como determinados alimentos, cosméticos ou factores ambientais).

Portanto, além dos medicamentos eficazes contra a rosácea há várias coisas que pode fazer para melhorar a sua doença:
- Sempre que limpar a pele com água, utilize apenas água morna; evite a água quente ou fria, pois pode piorar o rubor;
- Aplique suavemente, com a ponta dos dedos, um produto de limpeza líquido ou um especificamente formulado para a rosácea;
- Não esfregue a cara;
- Os cosméticos que contenham álcool, mentol, menta ou óleo de eucalipto podem dilatar os vasos sanguíneos, pelo que devem ser evitados, de um modo semelhante aos produtos oleosos;
- Pode utilizar cosméticos correctores, caracterizados por terem uma tonalidade esverdeada, para neutralizar a vermelhidão facial e os vasos sanguíneos dilatados e melhorar, desse modo, o seu aspecto;
- Evite a exposição prolongada ao sol sem utilizar um creme com um factor de protecção de 15 ou superior contra a radiação ultravioleta B (UVB) e A (UVA).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Assinalado mundialmente
Estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de Rosácea, uma doença dermatológica que se caracteriza por...

A organização mundial Global Rosacea Coalition, apoiada pela National Rosacea Society, anunciou o primeiro Mês de Sensibilização da Rosácea, que será assinalado mundialmente durante este mês de Abril. Esta iniciativa procura consciencializar para o impacto psicológico da Rosácea no dia-a-dia daqueles que vivem com esta doença, bem como encorajar os indivíduos a melhor reconhecerem os sintomas e a procurarem ajuda médica.

Estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de Rosácea e que praticamente metade destes indivíduos desconheçam que têm esta doença dermatológica. Neste sentido, aumentar o conhecimento sobre a Rosácea e o acesso aos cuidados médicos necessários, são passos essenciais para melhor compreender a doença e encontrar o tratamento mais indicado para cada caso.

A face rosada, um sintoma muito comum das pessoas que sofrem de Rosácea, é caracterizada por uma vermelhidão persistente, acompanhada de uma sensação de desconforto e ardor. Regularmente confundido com acne, eczemas, excesso de exposição ao sol ou alergias, este sintoma é ignorado levando pessoas a pensar que simplesmente coram facilmente ou que têm uma elevada sensibilidade, o que demonstra a importância de consciencializar para esta patologia.

A actriz Cynthia Nixon, porta-voz da Global Rosacea Coalition e cara da campanha “Act On Red – Não vire a cara à Rosácea” da Galderma, empresa farmacêutica que também apoia a iniciativa, refere que “estou muito entusiasmada por apoiar a Global Rosacea Coalition. Com o Mês de Sensibilização da Rosácea, a organização pretende chegar a milhões de pessoas de todo o mundo que podem estar a sofrer em silêncio com esta doença, sem terem o apoio que merecem”. A actriz acrescenta ainda que “a Rosácea afecta não só a pele, mas também a confiança das pessoas e, pela minha experiência pessoal, sei o quão debilitante o seu efeito pode ser”.

“Estamos satisfeitos por fazer parte deste importante esforço para consciencializar e aumentar o conhecimento sobre a Rosácea a nível mundial, melhorando a vida de milhões de pessoas que sofrem desta doença dermatológica comum”, afirma Samuel Huff, director executivo da National Rosacea Society.

As actividades do Mês de Sensibilização da Rosácea vão culminar no primeiro debate mundial no Twitter acerca desta patologia, o ‘Global Rosacea Tweetathon’. Acessível através da hashtag #ChatRosacea, esta discussão terá lugar no próximo dia 27 de Abril, segunda-feira, entre as 9 e as 10 horas. (veja os vários fusos horários no quadro abaixo).

Deste debate farão parte médicos, pessoas que sofrem da patologia e bloggers, que irão discutir temas como o diagnóstico, impacto da doença na vida das pessoas e sintomas recorrentes. Esta discussão global terá início na Europa e Austrália, seguindo-se depois para a América Latina, Estados Unidos e Canadá.

Mais informações sobre o debate mundial de Twitter ‘Global Rosacea Tweetathon’ em http://twubs.com/ChatRosacea.

Curso base e formação avançada
Não será a formação o único aspecto que leva os profissionais de enfermagem ao ponto de ruptura e de

Será necessário logo à partida dividir a formação em duas grandes áreas, o curso base e a formação avançada (não digo pós-graduada para não ser confundida com as populares pós graduações pelos mais simplistas). Assistimos, há bem pouco tempo, à fusão de diversos estabelecimentos de ensino, medida económica de elevada poupança para o ensino público, algo que faz todo o sentido tendo em conta a fase que o país atravessa e atravessou. Mas isso não mudou os conceitos base que minam um ensino que poderia ser de excelência. As escolas e professores preocupados com os seus doutoramentos meramente teóricos, para cumprir rácios, focam os alunos em aspectos por vezes pouco relevantes, no meu entender.

Veja-se a comparação com o curso de Medicina (quer muitos queiram, quer não), são pares nas equipas de saúde e muito bom exemplo nestas áreas. Os professores na área da medicina estão praticamente na totalidade “no activo”, não deixaram a prática há muitos anos. Não se trata apenas de estarem actualizados ou não a nível de conhecimentos teóricos, mas sim, a nível da realidade que se encontra no terreno, trata-se da posição de conforto principesca de quem apenas frequenta a sala de professores da faculdade, trata-se da prática do dia-a-dia.

Noutras profissões os alunos já nas faculdades são simultaneamente professores dos seus colegas mais novos, começa logo aí a ligação/apoio/coesão/união/interacção entre os elementos duma profissão. Não se mostra a altivez da estrutura educativa, tanto a nível dos recursos humanos como das burocracias desajustadas, para “parecer bom ensino”. O difícil nem sempre é o melhor. Não defendo com isto, de forma nenhuma, a aprendizagem não exigente, mas defendo um ensino equilibrado e descontraído, não opressivo, próprio dos cursos evoluídos.

No final do século passado a enfermagem evoluiu muito a nível de ensino, no entanto nas últimas décadas estagnou. As próprias actuais unidades curriculares das escolas (fundamentação de ECTS/disciplinas) são questionáveis, são muito fechadas “na enfermagem”, não preparando os alunos para todo o resto que vão enfrentar quando lutarem no “charco dos tubarões” que são as equipas de saúde ou mercados de trabalho.

Tudo isto leva a que, e entrando já na formação avançada, os alunos, depois jovens profissionais, optem também por pseudo-formações com pouca credenciação. Isso leva à proliferação de estabelecimentos de pós-graduações e cursos (quase exotéricos) de valor duvidoso, sem elementos de referência. Orgulhosamente colocam essas referências nos CV’s não se apercebendo que jogaram dinheiro fora. Esses estabelecimentos, institutos, centros de formação não são mais (na sua maioria) que uns aglomerados de elementos aproveitadores da infelicidade/necessidades dos enfermeiros. Não se vêem este tipo de proliferações nas áreas do direito, da medicina ou da engenharia, tendo estas áreas também bastantes sub-especificações.

Academicamente não têm valor, têm a sua importância quando usados cirurgicamente, específicos para uma muito singular necessidade. Mas fiquem cientes que quando uma empresa ou instituição pública olha para essa certificação não dá qualquer valor, mais que não seja pela sua diminuta carga horária/ECTS.

Ora, se nos cursos base e de E-learning as Faculdades de Enfermagem são quem tem responsabilidades sobre a mediocridade, aqui são os enfermeiros possidónios que não sabem escolher. Estão sedentos da rápida formação para se poderem evidenciar e ultrapassar um outro infeliz numa qualquer seriação (lamentavelmente utilizo a caracterização de infeliz). Uma formação avançada com grau académico, numa instituição de renome é sempre a melhor opção. A excepção a estas afirmações é o curso de especialização em enfermagem (especialidade), neste caso vejo com bons olhos a sua frequência. Muitos dirão neste momento que “não dá para nada”, não me compete a mim enunciar o Diário da República sobre o patamar de especialista para atingir outras posições, ou fazer futurismo duma realidade próxima onde o patamar de enfermeiro especialista vai novamente ter diferenciação monetária na carreira, apenas posso dizer que é indispensável à profissão se não se quiser regredir.

Nesta linha colocam-se questões importantíssimas sobre o número e as áreas dessas mesmas especialidades. Tenho largas reservas sobre o sistema actual, vejo que as especialidades deverão passar por uma aproximação à organização do sistema de saúde português, muito próximas às especialidades médicas onde assenta toda à organização do sistema de saúde. Não vale a pena forçar grandes áreas de especialidade ou afunilar áreas que nunca vão ter ”corpo” ou reconhecimento suficiente no sistema de saúde, seja ele público ou privado.

Tendo em vista a opinião pública, a imagem e a formação, na generalidade, são ainda pontos-chave a rever pela profissão. A investigação tem de ser real e robusta, o ensino tem de ser estrategicamente nivelado por uma visão/ambição internacional, olhando sempre à organização do sistema de saúde português. Existe ainda um largo percurso até a Enfermagem ser olhada como uma das profissões mais influentes do futuro.

 

Rui Cavaleiro, Licenciatura em Enfermagem, Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria, Mestre em Cuidados Paliativos, Doutorando da Faculdade de Medicina de Lisboa em Doenças Metabólicas e do Comportamento Alimentar

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo detecta
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge analisou 36 refeições de 36 escolas de Lisboa e concluiu que os...

A análise foi feita a escolas do 1.º ciclo do ensino básico pelo Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Em 69% dos pratos analisados, o valor energético das refeições estava abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), escreve esta manhã o jornal Público, e 90% das refeições tinham mais de metade da quantidade de sal que as crianças devem ingerir por dia.

O estudo "O valor nutricional de refeições escolares", publicado no Boletim Epidemiológico “Observações”, analisou um total de 36 refeições de 36 escolas de Lisboa. Cada refeição incluía sopa, prato principal, dois acompanhamentos, pão e uma sobremesa.

Os investigadores compararam as refeições com as recomendações internacionais para crianças dos seis aos dez anos e concluíram que também a proteína presente nos pratos em metade dos casos é superior ao recomendado.

Por outro lado, "os teores de gordura total e hidratos de carbono encontram-se abaixo dos valores de referência respectivamente em 50% e 36% das refeições analisadas", cita o referido jornal. No campo dos minerais, 75% das refeições conseguiam contribuir com mais de 50% da dose diária recomendada de zinco e potássio. Forneciam também 13% da dose de cálcio.

Pais vão poder avaliar refeições

Este estudo surge na mesma semana em que o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direcção-Geral da Saúde lançou uma plataforma online para os pais avaliarem a qualidade das ementas servidas nas escolas públicas.

A plataforma está integrada no Sistema de Planeamento e Avaliação das Refeições escolares, que existe desde 2009 e que já permitia que os directores dos estabelecimentos e responsáveis pelas cantinas fizessem essa avaliação.

 

Disposto a ajudar Governo
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, considerou “uma indignidade” o número dos...

O Jornal de Notícias faz manchete com o facto de o governo querer dar mais 600 doentes a cada médico, salientando que será uma medida transitória, a vigorar somente durante três anos, mediante incentivos aos médicos que o aceitem fazer.

“O SIM entende que é uma indignidade o número de utentes sem médico que existem – cerca de 900 mil -, e estamos disponíveis para colaborar para que essas pessoas possam ter o seu médico de família”, explicou o dirigente sindical.

Jorge Roque da Cunha avançou que foi iniciado na terça-feira um processo negocial entre os sindicatos e o Governo, para que os médicos de família possam alargar, durante um período transitório de três anos, o número de utentes que possam seguir.

Segundo o sindicalista, a contraproposta do SIM pretende garantir que exista “um número máximo de utentes que possam ser atendidos de uma forma qualitativamente correcta”.

“Não concordamos com o número proposto”, sublinhou.

Questionado acerca de qual seria o número ideal, Roque da Cunha adiantou que este anda muito próximo dos 1.900 utentes.

“Actualmente, os médicos de família têm 1.550 utentes, número mínimo. Haverá, consoante o regime de trabalho, nas 40 horas por exemplo, alguns médicos com 1.900”, explicou, salientando que a proposta do governo é de que os médicos façam o alargamento de número de utentes de forma voluntaria, frisando que “não são obrigados a aceitar”.

Segundo a noticia do Jornal de Notícias, o Ministério da Saúde volta à carga com a intenção de alargar de 1.900 para um número até 2.500 as listas de utentes dos médicos de família que trabalham em zonas com grandes carências de profissionais, acenando-lhes com o pagamento de incentivos financeiros à semelhança do que já acontece nas Unidades de Saúde Familiares de Modelo B (USF-B), nas quais os médicos recebem mais dinheiro se aceitarem mais utentes.

Programa de troca de seringas em farmácias
Existem cerca de 25 mil pessoas em Portugal que ainda têm de ser diagnosticadas com VIH, sendo que é estimado que entre 65 mil...

As estimativas vêm da ONUSIDA, o programa das Nações Unidas de monitorização da doença, e foram partilhadas com o jornal Público pelo director do programa nacional para a Infecção VIH/sida, António Diniz, que refere estarem a ser seguidos 31 mil doentes com a doença em Portugal.

António Diniz adianta, no entanto, que o número total pode vir rondar as 35 mil doentes, uma vez que o programa informático de monitorização de doentes se encontra a funcionar em apenas 23 dos 32 hospitais com esta valência. O director lamenta ainda que Portugal se destaque pela negativa no que diz respeito aos diagnósticos, com 59% a serem considerados demasiado tardios.

Foi entretanto retomado o programa de troca de seringas em farmácias depois de uma interrupção de dois anos, em 2012 e 2013, uma paragem que, de acordo com António Diniz, não contribui para o alastramento da doença referindo que “o número de novos casos de VIH em consumidores de droga tem vindo sucessivamente a descer.”

Esta interrupção não afectou as equipas de terreno, que continuaram a trocar kits de seringas com toxicodependentes e em 2013 o programa foi até alargado aos centros de saúde, com as farmácias a retomarem também este ano o programa de prevenção do VIH.

 

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, considerou impossível aumentar o número de utentes por médico de família...

“Hoje, com listas de 1.900 utentes, não é possível o atendimento adequado e correcto de todos os utentes de cada médico de família”, afirmou José Manuel Silva.

O bastonário comentou desta forma a manchete do Jornal de Notícias, segundo a qual o Governo quer dar mais 600 doentes a cada médico, uma medida apresentada como transitória, por três anos, para zonas com maiores carências destes profissionais.

“No futuro, quando houver médicos de família suficientes, o que acontecerá nos próximos anos - porque estão a entrar quase 500 novos jovens para tirar a especialidade de medicina geral e familiar -, nessa altura será necessário até reduzir as listas de médico de família, para que cada médico tenha mais tempo para os seus utentes”, acrescentou.

Para o bastonário, a medida só seria possível aumentando o horário dos médicos de família: “É uma questão de negociação sindical e de retribuição, com o pagamento de horas extraordinárias”. “Seria a única solução para, eventualmente, quem a pudesse aceitar”, sustentou.

De acordo com o JN, o Ministério da Saúde propõe pagar melhor a quem aceitar o acréscimo de pacientes.

“É preciso que tenhamos a consciência de que dentro do horário normal de trabalho é completamente impossível acomodar mais 600 utentes, que iriam degradar a qualidade da prestação de cuidados de saúde nos cuidados primários à população”, argumentou.

Segundo o jornal, o Ministério da Saúde apresentou na terça-feira uma proposta que visa dar incentivos aos médicos para passarem de 1.900 para até 2.500 utentes, mas os sindicatos consideram o número inaceitável.

“Seria pior a emenda do que o soneto, portanto só com horas extraordinárias”, declarou o bastonário.

O diário recorda que ainda há mais de um milhão de pessoas sem médico de família em Portugal e que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse em Março querer chegar ao fim da legislatura com mais 500.000 pessoas com clínico atribuído.

Área da indústria farmacêutica
A Guatemala está analisar uma proposta de Portugal para assinar, em breve, um acordo em matéria de medicina e saúde, anunciaram...

“Podemos ajudar a Guatemala com os medicamentos, porque em Portugal esta indústria encontra-se muito desenvolvida, com muita tecnologia, muita inovação, muito moderna e com uma grande capacidade de internacionalização”, afirmou Luís Campos Ferreira.

O secretário de Estado faz-se acompanhar por uma missão que reúne um conjunto de empresas do sector farmacêutico, da construção e das tecnologias de educação.

Durante a sua intervenção, após a assinatura de um memorando de entendimento com o ministro das Relações Exteriores guatemalteco Carlos Raúl Morales, assegurou que Portugal tem oito empresas com competências “muito fortes” em diferentes áreas que a Guatemala “precisa para se desenvolver”.

“Queremos que as nossas empresas façam parte do crescimento económico, mas também do crescimento social da Guatemala”, frisou, destacando que as relações entre os dois países têm “muita margem de projecção”.

O chefe da diplomacia guatemalteca afirmou, por seu lado, ver “com muito bons olhos” a “muito interessante” iniciativa proposta pelo Governo português, no passado dia 31 de Março, a qual não pôde analisar antes devido à pausa da Semana Santa.

Detalhou que a proposta está a ser analisada pelos diferentes departamentos competentes na matéria e que o objectivo é “criar um protocolo de colaboração”, contemplando a formação, intercâmbio de boas práticas, bem com a oferta de produtos lusos de “boa qualidade” a baixo custo.

Apesar de não ter sido indicada uma data para a assinatura do acordo, Carlos Raúl Morales aventou a possibilidade de poder ser firmado em Maio ou Junho “se tudo correr bem”.

Campos Ferreira visita a Guatemala até sábado, dia em que regressa a Portugal.

Estudo
Um anti-histamínico de venda livre, e barato, pode ser eficaz contra a hepatite C, segundo experiências em ratinhos infectados...

Os resultados divulgados na revista médica Science Translational Medicine sugerem que aquele medicamento, clorciclizina HCI (CCZ), que custa 50 cêntimos por comprimido, pode ser usado para tratar pessoas com hepatite C.

A hepatite C, uma infecção crónica, atinge entre 130 e 150 milhões de pessoas no mundo e entre 350 mil e 500 mil morrem por ano.

A doença pode permanecer muito tempo indetectável e causa uma inflamação do fígado que muitas vezes leva a complicações graves, como cirrose ou cancro.

Existem medicamentos altamente eficazes contra a hepatite C, mas o custo pode chegar aos 84 mil dólares por semana.

“Embora a hepatite C seja uma doença curável, há necessidade de medicamentos eficazes a um custo razoável”, disse Jake Liang, do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais, o autor principal do estudo.

“O CCZ é um candidato promissor para tratar desta doença potencialmente fatal”, disse Jake Liang.

A investigação permitiu descobrir que os CCZ bloqueia as fases inicias da infecção, provavelmente por neutralizar a capacidade do vírus de penetrar nas células do fígado enxertadas nos ratinhos utilizados na experiência.

O efeito do medicamento foi semelhante ao dos fármacos utilizados contra a hepatite C, mas sem os efeitos secundários tóxicos.

O próximo passo da experiência passa por testar o CCZ em seres humanos.

Jake Liang alertou as pessoas infectadas com o vírus da hepatite C para não tomarem CCZ, porque ainda está em fase de experimentação e ainda não foi totalmente provada a sua segurança e eficácia.

“O CCZ poderá um dia ser uma alternativa acessível a outros tratamentos mais caros, especialmente nos país pobres, onde a hepatite C esta a aumentar”, sublinhou o responsável pelo estudo.

Em macacos
Duas vacinas experimentais demonstraram proteger os macacos contra a estirpe do vírus responsável pela actual epidemia na...

A administração de uma dose de qualquer das duas vacinas Vesiculovax assegura protecção completa aos macacos Rhesus contra a estirpe Makona da Guiné-Conacri, que causou o actual surto de Ébola sobretudo em três países: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

As vacinas produzem “uma redução notável” da viremia (nível de um vírus presente na corrente sanguínea de um ser vivo) associada ao espectro de acção da vacina, em comparação com uma anterior versão das mesmas, “o que eventualmente poderá traduzir-se numa maior segurança e reduzidos efeitos adversos em seres humanos”, lê-se no estudo.

O surto altamente letal do Zaire Ebolavirus (Zebov) fez quase 10.000 mortos na África Ocidental, e o principal objectivo foi criar uma vacina preventiva que possa garantir uma protecção rápida contra o vírus com uma dose única.

Os espectros de muitas vacinas mostraram potencial para proteger primatas contra o Zebov e algumas passaram nos testes para serem experimentadas em seres humanos.

No entanto, ainda há dúvidas sobre se estas vacinas podem oferecer protecção contra a actual estirpe Makona do Zebov, refere o estudo.

Uma equipa dirigida por Thomas Geisbert desenvolveu e testou duas vacinas experimentais de segunda geração com um vírus do Zebov ainda mais atenuado.

Durante os ensaios, dez macacos, dos quais só oito vacinados, foram infectados com a estirpe Makona, 28 dias depois de terem recebido uma só dose das vacinas.

Nenhum dos macacos que receberam uma das duas vacinas experimentais sucumbiu à doença.

Segundo o estudo, estes resultados “poderão encorajar os esforços” para identificar e fabricar vacinas eficazes e mais seguras para combater tanto o actual foco do Ébola como outros que possam ocorrer em África futuramente.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou que deteve oito pessoas, apreendeu cerca de 400 quilos de carne e 92...

De acordo com um comunicado divulgado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), as acções, a nível nacional, visaram combater os riscos associados ao consumo de carne vinda de estabelecimentos não licenciados e destinada a entrar no circuito comercial para consumo público.

Acrescenta que foram fiscalizados diversos tipos de operadores económicos no país, nomeadamente estabelecimentos de restauração e bebidas, mercados municipais, talhos, entrepostos pecuários e veículos ligados a abate clandestino de animais.

A ASAE indica que, dos 400 quilos de carne apreendidos, 35 eram carcaças de cabrito e ovinos.

Os 92 animais vivos apreendidos eram 37 leitões, 28 ovinos, 16 cabritos, sete porcos e quatro bovinos.

Foi ainda apreendida uma arma para abate de animais de grande porte e 41 cartuchos, outros utensílios utilizados no abate de animais, como facas e cutelos, bem como instrumento de pesagem, alicates, e tesouras.

A autoridade alimentar apreendeu ainda material utilizado para identificação de animais, como carimbos, chips, brincos e alicates.

A ASAE sublinha que este balanço do trimestre foi anunciado no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde 2015, celebrado na terça-feira, dedicado este ano à segurança alimentar.

Governo
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, referiu, na Guarda, que a falta de médicos em alguns hospitais do país, não se deve a &quot...

"A falta de médicos em algumas especialidades, como nós já dissemos, em vários locais do país, não se trata de qualquer inibição em termos de disponibilidades financeiras. Nós contratamos todos os médicos das especialidades em que há carências", disse Paulo Macedo aos jornalistas, no final da cerimónia de tomada de posse do novo Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.

O governante aludiu ao caso do Hospital Sousa Martins, na Guarda, gerido pela ULS, dizendo que as carências "mais prementes" são na área de anestesia, uma situação que "é comum a todo o país", e também na área da radiologia.

"Algumas carências têm que ser supridas de uma forma colaborativa, como foi referido na tomada de posse, neste caso através de um acordo que foi feito com o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC)", apontou.

Na área da radiologia disse que "também terá que se ter caminhos através da telerradiologia, da telemedicina e também tornar mais atractivas as condições para os médicos se virem fixar na Guarda".

Para a fixação de médicos também contribuirá o diploma publicado para pagar ajudas de custo aos profissionais que tenham mobilidade a mais de 60 quilómetros.

"Neste caso concreto da Guarda permite que alguns dos 1.500 médicos que o CHUC tem possam vir a deslocar-se à Guarda", observou.

Referiu ainda "os incentivos à fixação no interior de médicos para certas especialidades, que vai ser também publicado entre este mês e o próximo".

"Nós esperamos que também dê algum contributo concretamente para algumas especialidades aqui na Guarda e, por outro lado, também a possibilidade de recorrermos a médicos reformados que também possa ter algum impacto positivo, designadamente em termos de médicos de medicina geral e familiar", disse Paulo Macedo.

O ministro disse que na área da ULS/Guarda, responsável por dois hospitais e 13 centros de saúde, mais de 90% da população tem médico de família mas continua a existir falta de médicos de família, sendo necessário contratar oito profissionais.

Paulo Macedo indicou que nos últimos 16 meses foram recrutados 250 pessoas para a ULS/Guarda, sendo cerca de 58 enfermeiros, mais de 40 médicos e oito especialistas.

"Este ano já recrutámos mais 35 médicos e autorizámos recentemente a contratação de mais 16 enfermeiros", apontou.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) entregou uma carta aberta ao ministro da Saúde a alertar que "a grave carência de recursos humanos" na ULS/Guarda, não só "põe em causa a qualidade dos serviços de saúde prestados, bem como, a resposta mínima exigida de algumas das suas valências".

O SEP "não pede incentivos para fixar enfermeiros", disse o sindicalista Honorato Robalo, lembrando que "há muitos enfermeiros no desemprego e poucos nos serviços".

Organização Mundial da Saúde
O presidente da AMI, Fernando Nobre, felicitou a OMS por criar uma rede mundial de equipas médicas para responder prontamente a...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a criação de um novo organismo que irá integrar equipas médicas multifacetadas, que incluirá pessoal de organização não-governamentais, para responder prontamente as crises humanitárias a nível mundial.

De acordo com o responsável pelo novo projecto daquela agência das Nações Unidas, Ian Norton, a ideia é ter equipas devidamente qualificadas em todo o mundo prontas para intervir em caso de emergências graves, tais como epidemias, terramotos e tsunamis.

"Estamos a pedir às organizações, aos países e às organizações não-governamentais para se cadastrarem. Esperamos que se registem, pelo menos, 150 no primeiro ano”, disse aos jornalista, em Genebra, Ian Norton.

Em declarações, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) disse estar “completamente de acordo” com a iniciativa das Nações Unidas, assinalando que "com certeza que a AMI se irá cadastrar".

“Vejo com bons olhos esta iniciativa da OMS, mas acho que vai ter que ser enquadrada numa estrutura mais alargada que é a OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários)”, responsável pela gestão de 13 'clusters', incluindo a da OMS que, no quadro da OCHA, já é responsável pelo ramo da saúde.

“Entendo esta preocupação da OMS, que eu aplaudo, e com certeza que a AMI se irá cadastrar porque já trabalhou inclusive com a OMS e outras agências das Nações Unidas” em situações de emergência, disse Fernando Nobre.

Através desta rede de rápida intervenção, que vai agregar pessoal especializado na área de saúde, a agência das Nações Unidas pretende que se faça uma melhor coordenação das acções humanitárias em todo o modo, caso seja necessário, disse aos jornalistas o responsável pelo projecto, Ian Norton.

As autoridades de países atingidos por situações de emergência poderão consultar a lista e decidir quais equipas médicas estrangeiras serão necessárias para auxiliar as vítimas de eventuais calamidades naturais e epidemias, disse Ian Norton.

Iniciativa da Sonae Sierra e Associação Alzheimer Portugal
A Sonae Sierra e a Associação Alzheimer Portugal estão a celebrar o segundo ano de actividade do Café Memória, uma iniciativa...

O objectivo reside na partilha de experiências e suporte mútuo, com o acompanhamento de profissionais de saúde e de acção social, para contribuir para a melhoria da qualidade de vida e redução do isolamento social em que muitas destas pessoas se encontram.

Desde o seu lançamento, o Café Memória conta já com sete locais de encontro em todo o país. Após quase um ano desde a realização das primeiras sessões nos restaurantes Portugália do Centro Colombo e do CascaiShopping, foi assinada uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da qual resultaram mais dois novos Cafés Memória, com sessões na Cafetaria do Museu de S. Roque e no Espaço Santa Casa, em Lisboa. Em Setembro de 2014, o projecto foi alargado a Campo Maior, através da parceria com a Associação Coração Delta e a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior. Ainda em 2014, a iniciativa chegou ao Porto, resultado do investimento local das fundações Montepio e Calouste Gulbenkian, parceiros institucionais do CAFÉ MEMÓRIA. No final do ano, o projecto foi também lançado em Viana do Castelo fruto da parceria com a Câmara Municipal de Viana do Castelo e a HOPE! Respostas Sociais, cujas sessões decorrem no restaurante Camelo do Estação Viana Shopping.

Em breve passarão a nove com as aberturas confirmadas dos Cafés Memória de Oeiras e Viseu.

Desde o seu lançamento, o projecto mobilizou 1.525 participações, maioritariamente cuidadores e familiares de pessoas com demência, e contou com o apoio de 153 voluntários que já dedicaram perto de 2.500 horas ao projecto.

Contou ainda com a presença de cerca de 200 convidados, especialistas e pessoas interessadas na área das demências.

A propósito do segundo aniversário do projecto, Elsa Monteiro, Directora de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Sonae Sierra, refere que “estamos muito satisfeitos com o sucesso que o Café Memória alcançou a vários níveis: por um lado, a forte adesão de doentes, familiares e cuidadores de pessoas com problemas de memória ou demência e, por outro, o interesse que tem suscitado junto de diversas entidades para se associarem ao projecto e levá-lo para outras regiões do país. O balanço positivo destes dois anos de actividade demonstra a relevância da iniciativa, bem como o impacto real e positivo na qualidade de vida das pessoas”. E acrescenta, “é muito gratificante podermos ser um agente facilitador e mobilizador deste ponto de encontro e sentirmos que ao longo destes dois anos fizemos a diferença na vida de muitas pessoas”.

Para João António Carneiro da Silva, Presidente da Associação Alzheimer Portugal, “dois anos após o lançamento do Café Memória em Portugal e já com sete Cafés Memória em pleno funcionamento, não restam dúvidas de que esta é uma iniciativa da maior relevância, tanto para os cuidadores, como para as pessoas com demência. Cada vez mais se torna fundamental a existência de respostas locais, de proximidade, e o feedback positivo que recebemos dos participantes demonstra-nos que vale a pena unir esforços para levar o Café Memória a outras zonas do país".

Investigação realizada no CICS-UBI revela
Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências da Saúde comprovou que o consumo regular de chá branco é eficaz na...

Este trabalho resulta da estreita colaboração entre a equipa liderada por Branca Silva, que se dedica ao estudo dos antioxidantes de origem natural e do seu papel na saúde humana, e a equipa liderada por Pedro Oliveira, que foca a sua investigação no estudo da função reprodutiva masculina e na fisiologia das células de Sertoli. Estes investigadores concluíram que o consumo diário de chá branco, rico em antioxidantes, reduz os efeitos da hiperglicemia intermédia e consequente stresse oxidativo no coração e cérebro. Trata-se, portanto, de uma estratégia preventiva muito simples, eficaz e económica com comprovada actividade cardio e neuroprotectora em indivíduos pré-diabéticos. Poderá vir a ser utilizada como complemento a um estilo de vida saudável, caracterizado por uma dieta equilibrada associada a exercício físico moderado.

Beber chá branco com regularidade não faz milagres, mas pode fazer a diferença no combate a doenças crónicas. Por isso, o trabalho deste grupo de investigadores vai continuar com a análise dos efeitos da planta noutras doenças como o Alzheimer.

Na Europa
Portugal tem a mais elevada taxa da Europa de novos doentes a fazer diálise, com quase 2.500 novos pacientes com insuficiência...

Segundo o Gabinete de Registo da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, depois de em 2011 e em 2012 o número de novos doentes com insuficiência renal crónica em Portugal ter diminuído, voltou no ano passado a aumentar, o que já tinha acontecido em 2013.

Em 2014 entraram 2.473 doentes em tratamento de substituição da função renal – ou diálise ou através de transplante de rim -, havendo quase 235 novos doentes em diálise por milhão de habitantes.

“Portugal tem uma taxa de novos doentes a fazer diálise que é a mais alta de toda a Europa e uma das mais altas do mundo”, afirmou o presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação, Fernando Macário, a propósito do Encontro Renal que decorre na próxima semana em Vilamoura.

As razões não são claras, mas os especialistas lembram que a diabetes e a hipertensão arterial, com grande incidência em Portugal, são das principais causas da insuficiência renal crónica.

Além disso, Fernando Macário lembrou que Portugal tem “uma total disponibilidade de diálise para os doentes”, sem restrições ao tratamento, “o que é um factor positivo”.

Segundo o especialista, aumentou também entre 2013 e 2014 os doentes que foram transplantados sem necessitarem de passar primeiro pela diálise.

Em 2013 registaram-se apenas nove desses casos, mas no ano passado houve 24 doentes que foram transplantados de forma directa.

“O transplante renal é dependente da disponibilidade de órgãos, a maior parte de cadáver. Implica uma espera. Em média, a espera é de cinco anos. Uma maneira de contornar esta espera é o doente ter alguém que lhe doe um rim em vida e, assim, pode ser transplantado sem ter de passar pela diálise”, explicou Fernando Macário.

Até 2007, a doação de órgãos só era permitida entre familiares com consanguinidade até ao terceiro grau. A partir da lei n.º 22/2007, qualquer pessoa, como cônjuges ou amigos, pode ser dador de órgãos em vida, independentemente de haver relação de consanguinidade.

Em Portugal estima-se que cerca de 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica e actualmente estão em tratamento 18 mil doentes (dois terços em diálise e um terço já transplantados).

“Momentos Mamãs e Bebés”
“Que venha com saúde!” É o principal desejo de todas as mães, que anseiam pelo parto para poder ver pela primeira vez o rosto...

Actualmente, são muito poucos os centros a fazer estas ecografias. São designadas de “emocionais” por não serem de diagnóstico (realizadas através da tecnologia 2D). As 3D permitem uma imagem mais realista e tridimensional do bebé. As 4D têm movimento: vemos o que o bebé está a fazer em tempo real; as suas expressões, os seus gestos, os seus movimentos dentro do ventre materno. Se estão a sorrir, a bocejar, a abrir os olhos, a chuchar no dedo, a beber o líquido amniótico…

Potenciar o vínculo afectivo e dar oportunidade aos futuros pais de conhecerem o seu filho antes do nascimento são os principais objectivos deste género de ecografias. No âmbito da parceria com a Mamãs e Bebés, o MAR Shopping recebe, no fim de semana de 11 e 12 de Abril, no Atrium, a iniciativa “Momentos Mamãs e Bebés” onde será possível que os futuros papás fiquem a conhecer os seus bebés através de uma ecografia emocional 3D/4D gratuita, em cinco minutos.

Destinados às famílias que tenham bebés ou que estejam a preparar-se para dar as boas-vindas a um novo membro, “Momentos Mamães e Bebés” prometem despoletar o maravilhoso potencial do bebé, através de actividades como Babyoga, Babyarte e Estimulação Sensorial.

As futuras mamãs vão poder praticar Yoga para Grávidas. Será ainda possível assistir a palestras para gestantes no mesmo espaço. “Momentos Mamãs e Bebés” conta também com a presença de algumas lojas do sector infantil do MAR Shopping e de sessões fotográficas gratuitas para grávidas.

Os pais que queiram mostrar os dotes fotográficos do seu rebento podem inscrevê-lo no casting para eleger o Bebé MAR Shopping 2015. Os primeiros 25 bebés recebem um cheque oferta no valor de 20€.

As inscrições, que também funcionam por ordem de chegada, podem ser feitas em www.mamasebebes.pt.

Programação:

11 de Abril

11h00 | Babyoga (8 a 13 meses)
12h00 | Babyoga (2 a 7 meses)
15h30 | O choro e as cólicas do bebé
16h00 | Criopreservação das células estaminais
16h30 | O que levar para a maternidade e o enxoval do bebé

12 de Abril

11h00 | Yoga para grávidas
12h00 | Babyoga (2 a 7 meses)
16h00 | Estimulação sensorial: Actividades com os 5 sentidos (6 a 12 meses)
17h00 | Baby Arte: pintura comestível (mais de 12 meses

Cientista brasileira
Uma cientista brasileira descobriu um método para detectar cancro antes do aparecimento dos sintomas iniciais e que dispensa a...

Priscila Kosaka, de 35 anos, investigadora do Instituto de Microeletrónica de Madrid há seis anos, desenvolveu um método menos invasivo que utiliza um nano-sensor que é “dez milhões de vezes mais eficaz” do que os exames tradicionais realizados em amostras de sangue dos pacientes.

O sensor, com anticorpos na superfície, é como um “trampolim muito pequenininho” e quando em contacto com uma amostra de sangue de uma pessoa com cancro “captura” a partícula diferente e fica mais pesado, explicou a investigadora, citada pelo portal de notícias G1.

Outras componentes associadas à técnica fazem também com que se verifique uma mudança de cor das células, sinalizando a presença de um tumor maligno.

“Actualmente não existe nenhuma técnica que permita a detecção de moléculas que estão em concentrações muito baixas e que coexistam com mais de 10 mil espécies de proteínas numa única bio-amostra”, afirmou, sublinhando que, hoje em dia, nenhum método permite encontrar a “agulha no palheiro’”.

“Portanto, existe uma necessidade de tecnologias capazes de registrar moléculas individuais na presença de outras moléculas muito mais abundantes e o nano-sensor que desenvolvi é capaz de fazer isso”, realçou, em declarações citadas pelo G1.

Segundo a cientista, novos estudos podem fazer com que o nano-sensor possa ser melhorado no sentido de identificar o tipo de células cancerígenas detectadas na amostra (gastrointestinal ou do pâncreas, por exemplo).

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que anualmente são detectados em todo o mundo 21,4 milhões de casos de cancro.

Comité de Política Social da União Europeia
O Comité de Política Social da União Europeia elogiou as mudanças feitas em Portugal na saúde e nas pensões de reforma, mas...

A análise da aplicação das recomendações específicas do Conselho Europeu de 2014, no âmbito dos Programas Nacionais de Reforma, foi disponibilizada na noite de terça-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), no seu sítio na Internet.

Um dos objectivos era o de melhorar a sustentabilidade do sistema de pensões, o que o Comité – um órgão consultivo do Conselho de Emprego e Assunto Sociais – considera feito. Alerta porém que, no médio e longo prazo, a suficiência das pensões vai depender de carreiras activas maiores e mais contínuas de homens e mulheres.

Por outro lado, da reforma do sistema de saúde diz-se que “continua a produzir resultados”.

A DGS adiantou que a avaliação decorreu nos dias 24 a 26 de Março de 2015, na Comissão Europeia, em sede conjunta do Comité de Protecção Social e do Grupo de Alto Nível de Saúde Pública do Conselho Europeu.

No entendimento dos analistas da situação portuguesa – Dinamarca e Comissão Europeia –, as “mudanças no sector hospitalar” e a “optimização de custos” permitiram poupanças. As principais medidas apontadas foram progressos na reforma hospitalar, racionalização de custos operacionais, centralização de aquisições, a publicação de Normas de Orientação Clínica que incluem análise de custos, a aplicação de um sistema de avaliação de tecnologias da saúde, o combate à fraude, o aumento de adesão dos médicos e doentes aos medicamentos genéricos, com a DGS a especificar o acordo celebrado entre o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica para baixar o custo dos medicamentos.

No texto considerou-se também que a aplicação do programa de ajustamento trouxe “desafios crescente em termos de intervenção pública, em particular quanto ao alcance da protecção social e inclusão social”.

O documento realçou que uma “parte importante” de desempregados que não tem qualquer cobertura de apoio. Os analistas terminaram o seu texto com a recomendação de que Portugal “precisa de continuar a fazer esforços para garantir que as reformas estruturais conduzam a uma cobertura adequada da assistência social, incluindo o rendimento mínimo”.

Em 2016
O vereador dos Direitos Sociais do município de Lisboa disse esperar que a unidade de saúde familiar prevista para o Martim...

“Espero que em 2016 tenhamos uma unidade de saúde familiar a funcionar no largo do Martim Moniz”, afirmou João Afonso, que falava no final de uma apresentação sobre “qual o papel do município na promoção da saúde e qualidade de vida”, feita no Centro de Informação Urbana de Lisboa (Picoas), para assinalar o Dia Mundial da Saúde.

Segundo o autarca, o centro de saúde “que se prevê construir no Martim Moniz está, neste momento, estimado para um número máximo de 22 mil utentes, tendo em conta a capacidade física do espaço [mil metros quadrados] e o tipo de serviços que uma unidade de saúde familiar tem”.

Apesar de ainda não haver datas para o início das obras, João Afonso deu conta de que a Câmara está “a desenvolver, em conjunto com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, uma proposta para o desenvolvimento do projecto” daquele centro.

Com esta nova unidade, a autarquia espera que “se resolvam problemas graves e que precisam de resposta urgente”, referiu o mesmo responsável, frisando que esta situação “mostra que o empenho da câmara é muito importante para resolver a questão dos centros de saúde em Lisboa”.

A unidade de saúde familiar do Martim Moniz será instalada num edifício que pertencia à Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), extinta no final do ano passado, e cuja gestão passou para a Câmara de Lisboa.

Em Novembro do ano passado, o então liquidatário da EPUL Jorge Oliveira disse que o centro de saúde continua previsto para o Martim Moniz.

Para o próximo ano, está previsto também o início das obras para a criação do Hospital de Todos os Santos, em Marvila, que vai concentrar vários dos actuais hospitais localizados no centro da capital.

Os contactos entre o Governo e a Câmara “têm sido positivos e nesse sentido”, salientou João Afonso.

Relativamente à Colina de Santana, discussão “que ainda não está fechada”, o autarca questionou: “Num centro de cidade envelhecido é admissível que feche tudo e que todo o investimento feito ao longo dos anos naqueles diversos hospitais seja desmontado a partir de um negócio imobiliário de terrenos para financiar o outro hospital?”.

De acordo com dados divulgados pelo vereador dos Direitos Sociais, relativos ao perfil municipal de saúde, nos últimos sete anos houve um aumento das doenças mentais, da prevalência da diabetes/obesidade e da incidência de tuberculose na cidade. Para além disso, continua a haver uma carência de cuidados continuados, segundo João Afonso.

Foi ainda assinado um protocolo entre a Câmara e a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do projecto “Saúde Porta a Porta”, através do qual jovens estudantes vão a casas de idosos nas freguesias da Estrela e de Campo de Ourique, iniciativa que se pretende estender ao resto da cidade.

O objectivo do programa é “fazer o acompanhamento, monotorização e detecção de problemas mais graves de saúde ao domicílio”, junto de pessoas “com mais idade e com dificuldades de locomoção”, explicou João Afonso.

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