Banco Mundial

Lançado fundo para combater a subnutrição infantil

O Banco Mundial anunciou o lançamento de uma nova parceria com principais organizações filantrópicas privadas e de desenvolvimento internacional para desbloquear 931,7 mil milhões de euros visando combater a subnutrição infantil, especialmente, em países subdesenvolvidos.

A iniciativa congrega o Banco Mundial, a Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, Fundação UBS Optimus, Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional e UNICEF, mas está aberta a novos investidores públicos e privados.

No âmbito da parceria, os organismos internacionais pretendem criar mecanismos para desbloquear, numa primeira fase, 1,9 milhões de euros para serem entregues à organização “The Power of Nutrition”, que ajudará milhões de crianças que sofrem de desnutrição, que anualmente mata três milhões de menores, sobretudo, nos países subdesenvolvidos.

The Power of Nutrition é uma instituição de caridade independente criada no Reino Unido, que aceita fundos provenientes de investidores privados e públicos, e trabalha em estreita colaboração com parceiros cuidadosamente seleccionados, incluindo o Grupo Banco Mundial e UNICEF, para apoiar países a braços com problemas de nutrição.

Numa nota divulgada, o Banco Mundial refere que “sem os nutrientes certos, serviços de saúde e cuidados nos primeiros mil dias de vida, o cérebro e o corpo de uma criança não se desenvolvem adequadamente”, pelo que o novo fundo pretende “ajudar milhões de crianças a atingirem o seu pleno potencial, garantindo que recebem os nutrientes certos no início da vida”.

“Ao contrário de fome, esses efeitos são invisíveis e essencialmente irreversíveis. A desnutrição é a causa subjacente de 45% de mortalidade dos menores de cinco anos – ou seja, é responsável por quase três milhões de mortes todos os anos. A desnutrição deixa quase quatro em cada dez crianças na África subsaariana e no sul da Ásia com cérebros e corpos fracos. Como resultado, essas crianças têm Quociente de Inteligência mais baixo e são mais propensas a abandonar a escola. Como adultas, elas têm um terço de probabilidade de escapar da pobreza”, lê-se na nota.

Mas, acrescenta o comunicado, “o problema não para por aí. Como meninas desnutridas crescem como mulheres desnutridas, que dão à luz crianças desnutridas. Isso cria um ciclo vicioso que limita o crescimento das gerações futuras”.

De acordo com a nota, das contribuições contam-se: 51 milhões de euros da Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, 44 milhões de euros do Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional, e 24 milhões de euros da Fundação UBS Optimus.

“Esses recursos serão canalizados através de um novo fundo de confiança do Grupo do Banco Mundial para a nutrição” e, no âmbito do acordo com a UNICEF, a iniciativa “oferece uma oportunidade para os doadores financiarem o UNICEF através de um mecanismo de financiamento conjugado que visa acabar com a desnutrição infantil”, refere o comunicado.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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