Quando a poliomielite matava em Portugal
O Programa Nacional de Vacinação começou há 50 anos, com a vacina para a poliomielite, doença que ainda matava em Portugal....

“O Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi determinante para a diminuição das taxas da mortalidade infantil, que são actualmente das mais baixas da Europa, se bem que outros factores tenham contribuído para os valores atingidos nos últimos anos, nomeadamente a excelência dos cuidados perinatais”, disse Ana Leça, consultora e colaboradora da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Ana Leça, que é membro da Comissão Técnica de Vacinação (CTV) desde que este grupo de peritos foi criado, em 1997, referiu que, entre a década anterior ao PNV (1956-1965) e a década de 2003 a 2012, verificou-se uma redução de 39.578 casos de tétano, difteria, tosse convulsa e poliomielite e de 5.246 óbitos por essas doenças.

O PNV é um calendário, recomendado pelas autoridades de saúde, das vacinas, que são administradas de forma gratuita nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Este plano inclui vacinas para 12 agentes. Após a imunização da poliomielite, foram introduzidas, em 1966, as vacinas para a tosse convulsa, a difteria, o tétano e a varíola.

Em 1974 foi a vez da vacina contra o sarampo e, em 1987, para a rubéola e a parotidite. Em 2000 entraram as vacinas para o Haemophilus b e a hepatite B e, seis anos depois, foi a vez da vacina contra o meningococo-C.

A última vacina a entrar para o PNV foi contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), em 2008.

Sobre estas alterações, Ana Leça salientou “a introdução progressiva de cada vez mais vacinas, determinada por fatores epidemiológicos e evolução tecnológica, com uma disponibilidade cada vez maior de vacinas eficazes e seguras”.

“A actualização sucessiva dos esquemas vacinais para melhor adaptação à realidade epidemiológica e facilitação e adesão ao cumprimento do PNV” também é destacada pela especialista.

Todas as vacinas do PNV “tiveram como impacto uma diminuição significativa dos casos das doenças alvo da vacinação, com a eliminação, em Portugal, da poliomielite, da difteria, do sarampo autóctone, da rubéola e da rubéola congénita”, adiantou

“Controlou-se o tétano, a meningite por Haemophilus influenza b e a meningite por meningococo C, assim como os casos de hepatite B na infância e adolescência”.

Em relação aos primeiros tempos do seu trabalho na Comissão Técnica de Vacinação, Ana Leça realça “o aumento progressivo das coberturas vacinais e a consequente diminuição das doenças-alvo ao longo dos anos”.

“Satisfaz-me os resultados das avaliações anuais internas e externas. Satisfaz-me Portugal ser um exemplo de sucesso a nível mundial.

Sobre a introdução de novas vacinas, a especialista explica que “nem todas as vacinas comercializadas preenchem os critérios para ser incluídas no PNV”.

Por outro lado, sustentou, “algumas vacinas são comercializadas e só posteriormente, quando se consideram preenchidos os critérios para a sua inclusão, é feita a proposta”.

“Há uma diferença substancial entre os motivos que levam à prescrição de uma vacina a nível individual e a prova dos seus benefícios para a saúde pública e ganhos decorrentes da sua inclusão no PNV”, adiantou.

Na Austrália
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, afirmou que Camberra pretende impedir o acesso dos pais que recusem vacinar os...

O anúncio surge numa altura de intenso debate sobre a imunização de crianças, com pais a defenderem que as vacinas contra doenças mortais são perigosas, num movimento que coincidiu com o ressurgimento do sarampo na Europa e nos Estados Unidos.

No início do mês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um apelo aos Estados europeus para “intensificarem a vacinação contra o sarampo a grupos etários em situação de risco” para “pôr fim aos vários focos” e prevenir a ocorrência de novos surtos.

Actualmente, ao abrigo da lei, os pais com “objecções de consciência” mantêm a possibilidade de solicitar os apoios relacionados com as crianças.

Porém, a avançar, a política anunciada por Abbott em Sydney, vai fazer com que lhes passem a ser negadas ajudas – como descontos e benefícios fiscais –, o que poderá representar um corte anual de até 15.000 dólares australianos (10.862 euros) por criança.

Os pais que não pretendam vacinar as crianças por motivos médicos ou religiosos vão continuar a poder aceder aos benefícios, embora tenham sob requisitos de elegibilidade mais apertados.

Essa política precisa de ser aprovada pelo parlamento, mas conta com o apoio da oposição trabalhista. A intenção é aplicar o conjunto de medidas no início do próximo ano.

A Austrália tem taxas de vacinação superiores a 90% para crianças entre um e cinco anos.

Contudo, segundo dados oficiais, mais de 39.000 crianças com menos de sete anos de idade não foram vacinadas – um aumento superior a 24.000 casos ao longo da última década.

Por isso, o governo está “extremamente preocupado” relativamente aos riscos que tais acções podem representar para a restante população, realçou o primeiro-ministro australiano.

“A escolha feita pelas famílias de não imunizar as suas crianças não é apoiada pela política pública ou investigação médica, pelo que tal acção não deve ser suportada pelos contribuintes sob a forma de apoios para os cuidados infantis”, disse o líder australiano, numa declaração conjunta com Morrison.

Muitas dos pais temem que a vacina tríplice VSPR - contra o sarampo, papeira e rubéola - seja responsável pelos crescentes casos de autismo – uma teoria rejeitada por diversos estudos.

A controvérsia remonta à publicação de um artigo – agora contestado – na revista britânica Lancet em 1998, o qual causou o pânico, por estabelecer uma ligação entre a vacina e o autismo.

Famílias mais carenciadas
O Estado vai comparticipar a vacina Prevenar, contra a pneumonia, meningite e septicémia, disponibilizando uma verba de seis...

A vacina Prevenar está indicada para a imunização de bebés e crianças contra a doença invasiva causada pela bactéria ‘streptococus pneumoniae’ - que pode provocar meningite, pneumonia ou septicémia – e actualmente custa cerca de 180 euros às famílias e não tem comparticipação.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, até ao fim deste ano está disponível uma verba de seis milhões de euros para comparticipação da Prevenar.

O modelo de comparticipação será anunciado até ao fim deste mês pelo Ministério e deverá contemplar famílias mais desfavorecidas.

A Direcção-geral da Saúde tem estado a estudar a comparticipação ou inclusão no Plano Nacional de Vacinação da Prevenar, que está disponível em Portugal desde 2001 mediante receita médica e com o pagamento integral pelas famílias.

OMS
As cesarianas só devem ser realizadas por razões médicas, recomendou a Organização Mundial de Saúde, lamentando “a epidemia de...

“Em muitos países em desenvolvimento e desenvolvidos existe verdadeiramente uma epidemia de cesarianas, mesmo quando não são medicamente necessárias”, referiu Marleen Temmerman, directora do Departamento de Saúde e Investigação Reprodutiva da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em muitos países, esta “epidemia” é verificada, sobretudo, pela vontade dos médicos de simplificar a vida, uma vez que as cesarianas podem ser planeadas, segundo afirmou a especialista, por ocasião da publicação de novas recomendações da OMS sobre esta matéria.

De acordo com as novas indicações da agência das Nações Unidas, “as cesarianas só devem ser praticadas quando forem medicamente necessárias”.

É a primeira vez que a OMS recomenda, de forma clara, que a prática das cesarianas deve ser limitada a razões médicas, segundo outro especialista da OMS, Metin Gulmezoglu.

Até à data, a OMS afirmava que a “taxa ideal de cesarianas” estaria situada entre 10 e os 15%. Este parâmetro foi estabelecido em 1985, mas, nos últimos anos, a prática de cesarianas cresceu significativamente em quase todo o mundo.

A taxa de cesarianas por gestantes atingiu os 23% na Europa, os 35,6% nas Américas e os 24,1% na região do Pacífico Ocidental, segundo os dados mais recentes da OMS, relativos a 2008.

Só o continente africano (3,8%) e o sudeste asiático (8,8%) ficaram de fora deste fenómeno.

Em certos países verifica-se uma verdadeira “cultura da cesariana”, sublinhou a agência das Nações Unidas, que dá como exemplo o Brasil.

No Brasil, perto de metade dos nascimentos ocorrem através de cesarianas, tornando o país líder mundial neste campo, referiu Marleen Temmerman.

A OMS conduziu entretanto novos estudos para tentar determinar uma taxa ideal de cesarianas.

Estes novos estudos revelaram que quando as taxas de cesarianas por população atingem os 10%, os casos de mortalidade materna ou neonatal registam uma diminuição. Mas, quando as taxas são superiores a 10%, não existem evidências de uma melhoria dos registos de mortalidade.

13 de Abril - Dia do Beijo
O dicionário da língua portuguesa diz que o beijo é um “toque de lábios, pressionando ou fazendo lev

Vários estudos têm mostrado que o beijo tem inúmeros benefícios para a saúde. É claro que beijar alguém com gripe ou herpes, por exemplo, não será de todo benéfico. Existem inclusive doenças graves que se transmitem pelo beijo. No entanto, são casos raros e os cientistas concordam que os benefícios de beijar superam os riscos. Ora veja:

1- Sensação de bem-estar

São vários os estudos que concluem que o beijo estimula o cérebro a libertar endorfinas, criando uma sensação de bem-estar. Beijar alguém que se ama é um calmante natural.

2 – Prazer e excitação sexual

Beijar liberta a oxitocina, uma hormona ligada ao amor e também excitação sexual. Através desta libertação, aumentam também os níveis de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer.

3 – Combate o stress e a depressão

As endorfinas libertadas no acto de beijar são um verdadeiro antídoto para as dores de cabeça e stress. Com um simples  ósculo baixam-se os níveis de cortisol, uma hormona que rege a resposta ao stress do nosso organismo, sendo que é considerado um calmante natural.

4 – Reforça o sistema imunitário

Beijar faz com que o nosso sistema imunitário fique reforçado, uma vez que aumenta a sua actividade. Transmitimos vírus através deste contacto físico e por isso se promove uma espécie de defesa e um factor de equilíbrio homeostático. Este reforço é conseguido não apenas através da composição dos fluidos de um beijo, mas também a nível central, pois o cérebro tem a capacidade de equilibrar este sistema.

5 – Diminui risco de ataques cardíacos

Beijar a pessoa amada deixa-nos com o coração a bater depressa. Esse aumento dos batimentos cardíacos melhora a oxigenação do sangue, o que diminui o risco de ataques cardíacos.

6 – Diminui enxaquecas e insónias

A elevação dos batimentos cardíacos para 150 batidas por minuto aumenta a oxidação das células, melhorando a circulação e diminuindo insónias e enxaquecas. Também a estimulação cerebral causada por um beijo leva à produção de oxitocina, noradrenalina, dopamina e serotonina, neurotransmissores que influenciam o humor, a ansiedade e o sono.

7 – Queima calorias

Beijar também é um exercício. Movimenta 29 músculos, sendo 17 só da língua. Num beijo a pessoa perde cerca de 12 a 18 calorias. Mas a quantidade pode variar dependendo da quantidade e intensidade do beijo.

8 – Melhora o tónus da pele

Alguns dermatologistas apontam que o trabalho muscular pode ajudar a manter o rosto jovem por mais tempo, além de melhorar a sustentabilidade da pele.

Curiosidades sobre o beijo

1. Medo de beijar

Existem medos ou fobias para todos os gostos. E ao que parece também há o medo do beijo – Philemaphobia. Como a maioria das fobias, não é provável que desapareça com o tempo. As pessoas podem desenvolver esse medo de beijar por muitas razões.

2. Culturas ou países anti-beijo

Existem muitos países onde o carinho público é ilegal. No México, o professor universitário Manuel Berumen foi preso por beijar a sua mulher publicamente. Em alguns países, porém, as punições são brutais. Em 2010, um homem saudita foi preso por abraçar e beijar uma mulher e foi considerado culpado e condenado a 30 chicotadas e quatro meses de prisão.

3. Recordes mundiais de beijo

Actualmente, o recorde mundial de maior beijo pertence ao casal tailandês Ekkachai e Laksana Tiranarat. Fizeram história em 2013 ao se beijarem durante 58 horas, 35 minutos e 58 segundos. Quebraram o recorde anterior, que era de Andrea Sarti e Anna Chen. Já em 2004, Sarti e Chen beijaram-se durante 31 horas e 18 minutos.

4. 10% do mundo não beija

Em algumas áreas no Sudão as pessoas recusam beijar-se porque acreditam que a boca é a janela para a alma, e temem ter a alma roubada por esse contacto.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Cruz Vermelha Portuguesa
No âmbito das comemorações dos seus 150 anos, a Cruz Vermelha Portuguesa lançou uma nova aplicação móvel com o nome “Socorrismo...

Esta aplicação pretende ser uma ferramenta útil de fácil aprendizagem e utilização, com informação que pode salvar vidas. Os conteúdos, vídeos, fotos e animações sobre primeiros socorros foram desenvolvidos numa óptica de abordar situações reais do dia-a-dia, disponibilizando também testes para avaliação dos conhecimentos. Permite ainda conhecer mais sobre a Cruz Vermelha Portuguesa, fazer donativos ou tornar-se membro ou voluntário da Instituição.

Segundo Luís Barbosa, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa: “Os acidentes acontecem quando menos esperamos e a aplicação de técnicas de primeiros socorros nos minutos a seguir podem fazer a diferença entre a vida e a morte, quem sabe na de um familiar, amigo ou colega.”

A Cruz Vermelha Portuguesa é pioneira na formação em Socorrismo e a sua oferta é diversificada, com certificação nacional e internacional, adaptadas às necessidades da população em geral e das empresas.

Esta aplicação móvel é gratuita e está disponível para Android e iOS.

Aplicação disponível em https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cube.gdpc.prt&hl=pt_PT

13 de Abril – Dia do Beijo
São muitos os benefícios do beijo, mas também tem inconvenientes.

Beijo, do latim basium: toque de lábios, pressionando ou fazendo leve sucção, geralmente em demonstração de amor, gratidão, carinho, amizade, etc. Os mais antigos relatos sobre o beijo remontam a 2500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Desde então que o beijo assume vários significados: seja de expressão de amor entre casais, seja de afecto entre pais e filhos, ou mesmo de respeito representando uma marca de lealdade, humildade e reverência.

São muitos os benefícios do beijo (ou do acto de beijar) mas como não há bela sem senão, no beijo as pessoas trocam em média 250 vírus e bactérias. Quer isto dizer que se a pessoa estiver com alguma infecção em fase aguda, o acto de beijar pode transformar-se na porta de transmissão de doença. A mais comum é a mononucleose infecciosa, uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr, um tipo de vírus Herpes no qual mais de 90% dos adultos já foram expostos e que é transmitido principalmente pela saliva.

A doença do beijo pode surgir em homens ou mulheres e em todas as idades, contudo as populações afectadas dividem-se essencialmente em dois grupos: as crianças pequenas, que são frequentemente infectadas pelos pais durante manifestações de afecto ("os miminhos") ou por outras crianças; e os adolescentes que são infectados quando começam a beijar as namoradas ou os namorados.

Sintomas e diagnóstico

Habitualmente, é uma doença de bom prognóstico e pode mesmo passar despercebida ou apresentar apenas sintomas de fraqueza e cansaço. Porém os sintomas mais frequentes da doença do beijo são as dores de garganta, o cansaço e o aumento generalizado dos gânglios. Por vezes pode também surgir febre, dor de cabeça, dor de barriga, aumento de tamanho do fígado e do baço e mal-estar geral.

O período de incubação é de 30 a 50 dias e o diagnóstico é feito pelo conjunto de sinais e sintomas típicos e pela presença de linfócitos atípicos no sangue (um tipo de glóbulo branco modificado pela infecção) e positividade para certos anticorpos. Nem sempre o diagnóstico é possível, pelo facto de a doença se apresentar de forma não característica ou pelos exames laboratoriais não serem conclusivos, especialmente em crianças.

Tratamento

Não existem vacinas ou medidas particulares para a prevenção desta doença, bem como também não existe terapêutica específica. Assim, o tratamento da doença é baseado na diminuição dos sintomas.

Embora a doença raramente seja fatal, às vezes o vírus permanece nas células do sangue, afectando a pessoa o resto de sua vida. Em todos os casos, a pessoa excreta a doença de forma intermitente na saliva durante toda sua vida. Em alguns casos, com maior frequência em adolescentes, a doença pode levar a fadiga crónica. A investigação também mostra que as pessoas afectadas com a doença são mais susceptíveis a contrair esclerose múltipla.

 

Bibliografia

http://www.doencadobeijo.com/

"beijo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/beijo [consultado em 08-04-2015].

Germano de Sousa sapo

http://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=11562&langid=1

 

Revisão científica por Prof. João Gorjão Clara, Cardiologista e Professor de Geriatria da Faculdade de Medicina de Lisboa

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Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia
A Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia pediu ao Governo que sejam assegurados a estes doentes benefícios que têm...

Cerca de 200 doentes concentraram-se na quinta-feira junto ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, em Lisboa, para exigir que a doença fosse reconhecida na tabela nacional de incapacidade e poderem beneficiar dos apoios atribuídos a doentes incapacitantes, disse a presidente da associação, Fernanda de Sá.

Durante o protesto Fernanda de Sá foi recebida por assessores do ministério, mas os doentes pretendiam ser ouvidos pelo ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, e pelo secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, e nove doentes decidiram manter-se em vigília durante a noite e a manhã de hoje junto ao ministério.

Na reunião de quinta-feira com os assessores Fernanda Sá teve conhecimento que apenas a fibromialgia não tinha direito aos benefícios que constam na tabela de doenças crónicas elegíveis para atribuição de benefícios em regime especial, apesar de estar incluída na lista.

“Até a doença celíaca, que é a rejeição ao glúten, já está contemplada com isenções de taxas, comparticipações de medicamentos, e a fibromialgia é a única da lista sem nenhuma contemplação”, lamentou.

A associação decidiu “recuar um pouco” na sua exigência e pediu uma nova audiência ao ministério da solidariedade, que aconteceu hoje ao final da manhã.

A Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia (APDF) decidiu assim retirar a exigência de que a patologia seja reconhecida na tabela nacional de incapacidades e pedir que os doentes sejam contemplados com os benefícios dos doentes crónicos em regime especial.

“Como está praticamente garantido por parte do Ministério da Saúde (…) o reconhecimento como doentes crónicos e a elaboração de três juntas médicas específicas” para estes doentes, “a única coisa que pedimos neste momento são estes benefícios (comparticipação de medicamentos e isenção de taxas moderadoras).

Relativamente aos outros dois benefícios - prorrogação de tempo de baixa por mais de 18 meses e protecção social especial – a associação considera que deve ser a Segurança Social a decidir a partir de que graus de incapacidade devem ser atribuídos.

“Foi uma garantia para verificarem que a APDF não está a ser oportunista”, comentou.

Se isto acontecer é “ouro para os doentes” e “para o ministério não era assim tão grande o bolo económico que gastaria”, disse Fernanda de Sá, adiantando que existem cerca de 500 mil doentes com fibromialgia, uma doença caracterizada por dor generalizada, fadiga, sono não reparador e hipersensibilidade dolorosa.

Segundo Fernanda Sá, a doença é reconhecida, desde 2004, como crónica e incapacitante, mas, na prática, as pessoas não podem beneficiar dos apoios, porque a fibromialgia não consta na Tabela Nacional de Incapacidades.

Há pessoas que, devido à doença, "estão no desemprego e não têm dinheiro para comprar medicamentos", disse Fernanda de Sá, que gasta por mês cem euros em fármacos.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, entregou, no Porto, a Medalha de Serviços Distintos Grau de Ouro ao Instituto de Ciências...

A distinção foi entregue na cerimónia comemorativa dos 40 anos do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) que ficou marcada também por um protesto dos alunos contra problemas de funcionamento administrativo do instituto. A iniciativa dos estudantes consistiu na exibição silenciosa de cartazes denunciando diversas situações no momento em que o director da escola fazia o seu discurso.

Antes, Paulo Macedo considerou que “não é exagero” dizer que o ICBAS “tem sido um exemplo de vanguarda da atitude multidisciplinar e na abertura à modernidade e inovação”, o que pode ser constatado “pelos planos de estudo que propõe, pela elevada e diversificada qualificação do seu corpo docente e ainda pelo prestígio alcançado pelos que tiveram o privilégio de aqui realizar a sua formação académica e profissional”.

“Igualmente exemplo dessas características distintivas deste instituto são as relações estreitas que tem sabido construir e aprofundar com um leque muito diversificado de entidades prestigiadas sejam elas da área de ensino, da prestação de cuidados de saúde, da investigação científica ou mesmo do mundo empresarial”, disse.

O instituto “constitui-se assim a nível nacional, e com especial e natural relevância no norte do país, como um polo dinamizador, do conhecimento e inovação ao serviço da comunidade, nomeadamente através da colaboração com as diversas entidades integrantes do Serviço Nacional de Saúde, com as quais se relaciona”, sublinhou.

Para além da “primordial e sempre nuclear” parceria com o Hospital de Santo António e o Centro Hospitalar do Porto, “o instituto beneficia ainda da cooperação com o IPO/Porto, com o Centro Hospitalar de Gaia, no ensino da medicina, com a Faculdade de Ciências, no ensino da bioquímica, e com a Faculdade de Engenharia, no ensino da bioengenharia. É, ainda, corresponsável por programas doutorais com a Faculdade de Medicina, com a Escola Superior de Enfermagem e com a Faculdade de Ciências”.

Paulo Macedo lembrou ainda que foram também professores desta escola que constituíram o núcleo fundador da maior instituição de investigação em biomedicina do Norte, o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).

“Foi precisamente esta ideia de um centro em que se cruzam e do qual irradiam saberes que esteve na mente dos seus fundadores, os professores Nuno Grande e Corino da Andrade, com o apoio do então reitor da Universidade do Porto, Ruy Luís Gomes”, referiu.

Criado em 1975 por iniciativa de um grupo de professores da Universidade do Porto opositores ao Estado Novo e inspirados no pensamento e obra de Abel Salazar, entre os quais se destacavam Corino de Andrade, Nuno Grande e Ruy Luís Gomes, o ICBAS assumiu-se desde as origens como uma escola multidisciplinar e multiprofissional na área das Ciências da Vida.

Aposta numa formação abrangente em áreas como a Medicina, a Veterinária, a Agronomia e a Biologia, mas também na cooperação com diferentes instituições da cidade e mantém como lema a máxima: “Um médico que só sabe Medicina nem Medicina sabe”.

Infarmed alerta
O Infarmed emite Circular Informativa N.º 061/CD/8.1.7. a propósito da existência de lotes falsificados do medicamento tenofovir.

A Agência Alemã do Medicamento divulgou a existência de embalagens falsificadas do lote 13VR039D, com a validade 03/2018, do medicamento Viread, tenofovir, 245 mg, comprimido revestido por película, embalagens de 30 e 90 unidades.

Apesar de não ter sido detectada a existência de medicamentos deste lote em Portugal, no circuito legal de distribuição nacional, alerta-se que medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não podendo ser considerados seguros ou eficazes, pelo que não devem ser utilizados.

Atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que tenham adquirido este lote de medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

Estudo revela
Uma investigação internacional desenvolvida em Coimbra concluiu que 8% dos adolescentes portugueses apresentam sintomatologia...

Um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (UC), University of Emory (EUA), Maxplanck Institute (Alemanha) e University of Iceland (Islândia) revela que “uma percentagem significativa de adolescentes portugueses apresenta sintomatologia depressiva (8%) ou está em risco de desenvolver depressão (19%)”, anunciou a UC.

A investigação, visando “traçar o perfil de risco psicológico e genético para a depressão na adolescência” e “testar a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes”, conclui ainda que a tendência para depressão na adolescência é maior nas raparigas.

“Características temperamentais de emocionalidade negativa (tristeza, timidez, agressão, medo, etc.), estratégias de regulação emocional menos eficazes, maior número de acontecimentos de vida negativos na escola, com os amigos e com a família, bem como experiências de abuso e negligência e fraco desempenho escolar são factores que deixam os adolescentes mais vulneráveis à depressão”, adianta a mesma investigação.

A pesquisa envolveu uma amostra comunitária de 3.300 adolescentes, a frequentarem o 8.º e o 9.º ano de escolaridade e com uma idade média de 14 anos.

“Numa amostra de 290 adolescentes em risco, foram estudadas a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes (PPDA), uma adaptação do programa Mind and Health” e de um programa inovador criado na UC – Programa Parental para a Prevenção da Depressão na Adolescência (3PDA) para os pais e/ou encarregados de educação dos jovens em risco que participam no PPDA.

Os resultados mostram que “relativamente ao programa efectuado com os adolescentes em risco, para prevenir a depressão, os jovens do grupo experimental descem significativamente os níveis de sintomatologia depressiva com a intervenção e depois mantêm a mudança”, afirma Ana Paula Matos, responsável do projecto e membro do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental da UC.

Não se passa o mesmo com “o grupo de controlo (grupo sem intervenção)”, salienta a investigadora.

Quando os pais participam no programa “os valores de sintomatologia depressiva dos filhos descem significativamente após a intervenção, sendo estes jovens os que também apresentam os valores médios mais baixos de sintomatologia depressiva após seis meses de seguimento, comparativamente com os adolescentes cujos pais não participam no programa”, sublinha Ana Paula Matos.

Estes resultados vão ter “um impacto de grande relevo nos conhecimentos sobre a depressão nos jovens e a forma de a prevenir e tratar”, sustenta Ana Paula Matos, salientando que “a depressão é uma das doenças mais prevalentes nas crianças e adolescentes, comprometendo o funcionamento emocional, académico e relacional”.

As conclusões do estudo vão ser apresentadas e discutidas no congresso internacional “SaudávelMente”, a decorrer na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC, na terça-feira e na quarta-feira.

Iniciada em 2008, a investigação, que foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, identificou igualmente algumas variáveis parentais que contribuem para a depressão nos filhos.

4ª Corrida D. Estefânia
O Dia da Mãe volta este ano a ser marcado pela Corrida D. Estefânia, um evento organizado por uma plataforma cívica que...

A Plataforma Cívica em Defesa de um Novo Hospital Pediátrico em Lisboa promove este evento em parceria com a AA1P – Associação Alfa 1 de Portugal, a favor de quem reverterão os fundos angariados. Esta associação tem como objectivo ampliar o conhecimento da sociedade sobre o défice de alfa 1 antitripsina e alertar para a necessidade de alargar o diagnóstico desta doença genética que pode manifestar-se por doença pulmonar, do fígado e, menos frequentemente, da pele.

A 4ª Corrida-Caminhada Festa D. Estefânia – Dia da Mãe tem início às 10 horas no passeio marítimo de Alcântara e conta com um percurso para atletas (10 Km) e uma vertente de marcha solidária (4 Km), com trajecto preparado para participantes em cadeira de rodas.

“Desde 2012 este evento junta anualmente mais de 3.000 pessoas, na sua maioria famílias, membros das associações de doentes e profissionais ligadas à condição da criança. O sucesso alcançado deve-se ao sentimento comum de necessidade de manter um Hospital Pediátrico autónomo em Lisboa, embora próximo e articulado com um hospital geral”, destaca Mário Coelho, pediatra do Hospital D. Estefânia.

Os atletas Rosa Mota e Carlos Lopes são os padrinhos da 4ª Corrida D. Estefânia, enquanto a apresentação será feita pelo actor Carlos Areias. A corrida conta ainda com uma actuação de Constança Sousa e Melo, finalista de um programa televisivo de talentos.

A Corrida D. Estefânia dedica um espaço às associações de doentes e IPSS que apoiam esta causa, onde poderão divulgar as suas actividades junto da população. A pensar nos mais novos estarão a decorrer ateliers de pintura artística e facial, um “Jogo da Glória” e animação da responsabilidade da Operação Nariz Vermelho e do “Hospital de Bonecada”, no qual as crianças assumem o papel de pais, que levam os seus filhos - bonecos, ao hospital, onde são recebidas por estudantes da área da Saúde.

As inscrições podem ser realizadas através dos sites da AA1P e Xistarca.

Estudo
Investigadores do Instituto de Medicina Molecular demonstraram que a utilização de novos estudos de ressonância magnética...

Trata-se de um "avanço significativo para a detecção desta doença crónica com uma prevalência estimada em cerca de 18.000 indivíduos", salienta a informação do Instituto de Medicina Molecular (IMM).

O diagnóstico precoce da doença de Parkinson permite orientar a terapêutica, "selecionando um plano adequado para optimizar os recursos farmacológicos disponíveis e permitindo a definição do prognóstico, com marcadas implicações pessoais e familiares", defende o instituto.

A doença de Parkinson caracteriza-se, na análise anátomo-patológica, por uma perda de coloração da "substântia nigra", uma área do tronco cerebral onde se localizam células responsáveis pela produção de dopamina, muito ricas num pigmento chamado neuromelanina, desempenhando um papel muito importante no controlo da motricidade.

O trabalho da equipa de investigadores do IMM, liderada por Joaquim Ferreira, conclui que a "substantia nigra" pode ser identificada através da realização de uma ressonância magnética.

"Os estudos de ressonância magnética, através da análise da neuromelanina, podem auxiliar o diagnóstico da doença de Parkinson, devendo ser integrados na avaliação clínica dos doentes por neurologistas especialistas na área das doenças do movimento", salienta o IMM.

Os investigadores defendem que estes exames de imagem podem responder a dúvidas relativas ao diagnóstico da doença de Parkinson ou à sua diferenciação relativamente a outras situações clínicas.

Infarmed
O Infarmed revela a avaliação prévia à utilização de medicamento Tarceva para uso humano em meio hospitalar.

O medicamento Tarceva (DCI -Erlotinib) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na seguinte indicação:

Cancro do Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP): Tarceva está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado ou metastizado com mutações activadoras do Receptor do Factor de Crescimento Epidérmico (EGFR).

O relatório de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar e o respectivo relatório da Comissão de Farmácia e Terapêutica encontram-se disponíveis na página Relatórios de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar

Realizada em Portugal desde 2002
Dois pequenos eléctrodos, de 1,4 milímetros, colocados a oito centímetros da superfície do crânio, devolvem qualidade de vida a...

A cirurgia de estimulação cerebral profunda, realizada desde 2002 em Portugal, é como alargar um fato que está apertado. Segundo o neurocirurgião do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Manuel Rito, este procedimento pode fazer com que os sintomas dos doentes de Parkinson voltem cinco ou dez anos atrás no tempo, reduzindo também a medicação da qual estão dependentes.

A agência Lusa foi acompanhar a intervenção a uma doente com 63 anos, 12 dos quais de evolução da doença de Parkinson. "Num dia inteiro, apenas durante meia hora" é que não apresenta qualquer discinesia (movimentos involuntários do corpo - efeitos secundários dos medicamentos), utilizando medicação de duas em duas horas, explicou Fradique Moreira, neurologista do CHUC.

Apesar de a doença ser progressiva e não se poder travar o seu curso, a paciente, com esta cirurgia, pode voltar a dosagens de medicação mais baixas e a reduzir os sintomas motores.

O procedimento, com uma duração de cerca de dez horas, consiste na implantação de eléctrodos que, através de um gerador, modelam o funcionamento anormal que "o cérebro está a ter" no ponto onde os estimuladores foram colocados, avançou Manuel Rito.

A cirurgia é normalmente feita a doentes com estádios avançados da doença, mas que tenham uma boa resposta à levodopa, fármaco que substitui o défice de dopamina, um neurotransmissor que deixa de ser fabricado em doentes de Parkinson.

Antes da implantação dos eléctrodos, tem de ser realizada uma TAC e uma ressonância magnética, que permite uma imagem tridimensional do cérebro da doente - uma espécie de "GPS", simplifica Manuel Rito, que possibilita depois estudar o percurso da agulha que leva os eléctrodos até ao local onde vão ser colocados.

Num trabalho de precisão à frente do computador, de tentativa e erro, evitam-se veias e artérias e desenha-se uma "estrada" em linha recta que "seja segura". "Os erros não podem ultrapassar um milímetro", alerta Manuel Rito. Toda a intervenção é feita com minúcia.

Com o percurso definido através do recurso ao digital, há que apontar as coordenadas e ângulo determinados pelo computador e garantir essa mesma posição na cabeça da doente que, apesar permanecer de olhos fechados no momento da intervenção, não está imóvel. A anestesia nesta parte do procedimento é apenas local: tem de haver resposta da paciente para se perceber "a eficácia do tratamento", sublinha o neurocirurgião.

O objectivo é restituir os doentes à vida profissional, mas em Portugal "muitas vezes estes doentes estão num estadio de não actividade", havendo, no entanto, "uma melhoria significativa" nas actividades domésticas diárias, sublinha a neurologista Cristina Januário.

Apesar de o procedimento ser "muito dispendioso" - cerca de 25 mil euros - "ao fim de cinco anos, com a redução de fármacos que têm que tomar e com a redução dos cuidados de saúde adicionais, acaba por ser mais vantajoso economicamente", frisa.

Por ano, são realizadas em Portugal cerca de 65 cirurgias em pessoas com doença de Parkinson, que conta com um Dia Mundial a 11 de Abril, sábado, data de nascimento do médico James Parkinson, o primeiro a descrever a doença que afecta 13 mil pessoas no país.

Estudo
As pessoas baixas enfrentam um maior risco de vir a ter artérias obstruídas, segundo um estudo, que confirmou a relação entre...

O estudo, liderado por investigadores da Universidade de Leicester e publicado no Jornal de Medicina de New England, é o primeiro a demonstrar que o risco é maior devido a uma variedade de genes que influenciam se uma pessoa é alta ou baixa e não factores como pobreza ou má nutrição.

Os investigadores examinaram 180 variações genéticas de uma base de dados de quase 200 mil pessoas com e sem doença cardíaca coronária, causada por acumulação de placas nas artérias e que pode provocar ataque cardíaco.

É a causa mais comum de morte prematura no mundo.

Os investigadores descobriram que cada 6,3 centímetros na altura de uma pessoa afectam o seu risco de doença cardíaca coronária em 13,5%.

Por exemplo, uma pessoa com um 1,50 metros tem mais 32% de probabilidades de desenvolver uma doença cardíaca do que uma pessoa com 1,68 metros, refere o estudo.

Os investigadores esperam que o estudo mais aprofundado dos genes relacionados com a altura e as doenças cardíacas possa levar a uma melhor prevenção e tratamento no futuro.

Campanha “World Baby Shower”
A campanha “World Baby Shower”, lançada em Janeiro pela cantora colombiana Shakira e pelo marido, Gerard Piqué, jogador do...

O valor alcançado serviu para comprar 130 mil vacinas contra a paralisia cerebral e o sarampo e suplementos alimentares suficientes para nutrir 15 mil crianças com necessidades, referiu Shakira, que é também embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Esta é uma extraordinária demonstração de generosidade da parte de Shakira e Piqué, mas também das milhares de pessoas que contribuíram para a campanha” com donativos, afirmou Shanelle Hall, responsável de fornecimentos daquela agência das Nações Unidas.

Referindo-se ao “World Baby Shower”, Shanelle Hall, em tom de brincadeira, disse tratar-se do “melhor disco” de Shakira e do “melhor golo” de Gérard Piqué.

A iniciativa conta ainda com o apoio de 500 mulheres que organizaram o seu próprio “World Baby Shower”, conseguindo desta forma angariar dinheiro “para ajudar ainda mais crianças”.

A segunda edição da campanha, que já conseguiu ultrapassar a primeira em valor de donativos, coincide com o nascimento do segundo filho do casal Shakira/Gerard Piqué.

A cantora e o jorgador inauguraram o “World Baby Shower” há dois anos, quando o seu primeiro filho nasceu.

Estudo prévio aprovado
O estudo prévio do Espaço Social do Enfermeiro, equipamento inédito no país que vai nascer em Paradela, Barcelos, para...

Segundo a fonte, o estudo prévio acaba de ser aprovado pelo Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, pelo que se irá agora avançar com a elaboração do projecto de execução.

O Espaço Social do Enfermeiro será construído por fases e incluirá os módulos residencial, de restauração e de lazer e de ocupação dos tempos livres.

Biblioteca e sala de audiovisuais, auditório com galerias, salas de fisioterapia e reabilitação, salas de formação e de apoio, piscina interior e exterior, pavilhão/parque desportivo, parque de estacionamento, gabinete médico e de enfermagem e serviços comuns (lavandaria, limpeza e arrumação, cozinha, barbearia e cabeleireiro, sanitários) são as valências previstas.

O Espaço Social do Enfermeiro vai ser construído ao abrigo de um protocolo assinado em Dezembro de 2012 entre a Câmara de Barcelos, a Junta de Paradela e a Ordem dos Enfermeiros (OE).

Na ocasião, o bastonário da OE, Germano Couto, apontou para um investimento de cerca de 5 milhões de euros, que será candidatado aos fundos comunitários.

“Ao longo da sua vida profissional, os enfermeiros sofrem imensas sequelas, físicas e psicológicas, e necessitam, quanto estão perto do fim da sua vida laboral ou mesmo na aposentação, de um local onde possam pernoitar ou estar durante o dia”, explicou o bastonário.

De acordo com o protocolo, a freguesia de Paradela doa à OE um terreno com cerca de 40 mil metros quadrados, para a construção do equipamento.

“Trata-se de uma área localizada em pinhal, sossegada, com boa exposição solar e acessos fáceis às vias rápidas e estradas nacionais”, referiu fonte municipal.

A câmara, por sua vez, elabora o projecto de arquitetura, especialidades e licenciamento e isenta o equipamento de taxas de licenciamento e de pagamento de IMI.

À Ordem compete construir o equipamento, ceder o auditório e parque de estacionamento à freguesia, proporcionar um desconto de 50% aos habitantes de Paradela pela utilização de todos os serviços prestados, ceder gratuitamente quatro quartos à freguesia e contratar preferencialmente habitantes de Paradela para trabalhar no Espaço Social do Enfermeiro.

Segundo a Ordem dos Enfermeiros, aquele espaço, numa fase inicial, empregará cerca de duas dezenas de pessoas.

Ordem dos Médicos do Norte
A Ordem dos Médicos do Norte considerou que aumentar o número de utentes por médico de família "compromete a qualidade do...

Em comunicado, o Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) critica o projecto do Governo que visa, de acordo com notícia publicada no Jornal de Notícias, dar mais 600 doentes a cada médico, uma medida apresentada como transitória, por três anos, para zonas com maiores carências destes profissionais.

"Embora esta intenção não seja propriamente uma novidade, a verdade é que o reforço da aposta nesta medida é mais um sinal claro e inequívoco do desnorte da política de Saúde do actual ministro. Sobretudo nos últimos meses, e perante as constantes notícias de carências em inúmeras unidades de saúde, o ministro Paulo Macedo tem anunciado medidas em catadupa, procurando dar soluções para os problemas por si próprio criados", lê-se na nota.

Assim, o CRNOM não se mostra favorável a que os médicos de Medicina Geral e Familiar passem a ter listas de 2.500 utentes, em vez dos actuais 1.900, lembrando que há actualmente 1,3 milhões de utentes sem médico de família, um número que representa 13% da população portuguesa, segundo a estrutura liderada por Miguel Guimarães que cita uma publicação da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) com data de Fevereiro.

O CRNOM considera que Paulo Macedo está a desenvolver medidas "avulsas" e vinca que "o número de médicos de família que se encontram em formação e que em poucos anos vão estar no mercado de trabalho é suficiente para servir toda a população".

"O médico de família não pode, nem deve, atender os utentes a olhar para o relógio para assim dar resposta ao maior número de consultas possível. Por mais que o ministro da Saúde queira fazer acreditar que esta é uma boa prática", defende o CRNOM, apontando como necessário um "estudo de impacto" sobre estas medidas.

Para a Ordem dos Médicos do Norte existem "medidas alternativas com impactos bem mais significativos nas reduções das listas de utentes sem médico de família".

Os responsáveis por esta estrutura apontam, por exemplo, a atribuição de incentivos financeiros "verdadeiramente atractivos" para que os médicos já aposentados regressem temporariamente ao Serviço Nacional de Saúde.

A negociação com os sindicatos de pagamento de horas extraordinárias em valores bem diferentes dos actuais, é outra das medidas apontadas pelo CRNOM.

Limite máximo ainda por fixar
O Ministério da Saúde confirmou a intenção de discutir o alargamento da lista de utentes por médico de família, mas sublinhou...

Segundo o Jornal de Notícias, o Ministério da Saúde apresentou uma proposta que visa dar incentivos aos médicos para passarem de 1.900 para até 2.500 utentes.

Numa resposta, o Ministério refere que o alargamento da lista de utentes, que ainda está em discussão com os sindicatos médicos, será transitório, voluntário, será apenas em zonas carenciadas como para os incentivos à mobilidade e terá a dimensão que os médicos estiverem dispostos a aceitar individualmente “até um limite a definir”.

Acrescenta o Ministério que outra das regras para o alargamento será o pagamento suplementar.

“Com tudo isto os sindicatos concordam, embora a Federação Nacional dos Médicos tenha apresentado uma reserva natural que depende do facto de serem uma federação de sindicatos e não terem tido tempo de consultar todos os ‘federados’”, adianta a resposta do gabinete do ministro Paulo Macedo.

Os sindicatos ficaram de apresentar uma proposta “mais elaborada e com comentários à primeira proposta”, acrescenta o Ministério.

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