Psiquiatra Tiago Reis Marques
Tiago Reis Marques, médico psiquiatra e investigador na área da esquizofrenia, foi distinguido nos Estados Unidos da América...

O prémio, pretende distinguir jovens investigadores que desenvolvem trabalhos de investigação básica ou clínica na área da esquizofrenia e também estimular o desenvolvimento de carreiras científicas focadas nesta doença psiquiátrica. “White matter integrity and cortisol levels in relation to treatment response in first-episode psychosis patients” é o título do trabalho agora premiado. 

Sobre esta distinção, Tiago Reis Marques afirma que “este é um reconhecimento perante o trabalho que a equipa com quem trabalho tem vindo a desenvolver na compreensão das doenças psiquiátricas”. “Pessoalmente é um importante estímulo para que continue a desenvolver em paralelo uma carreira enquanto médico e enquanto investigador”. “O prémio focou-se num importante trabalho que nos ajuda a perceber de que forma o stress provoca alterações cerebrais na conectividade cerebral e a relação que isso tem com a resposta terapêutica”.

O psiquiatra e investigador português de 38 anos desenvolve há muitos anos a sua actividade no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres, onde actualmente leciona. Ao longo dos anos tem vindo a publicar vários capítulos de livros, além de ser autor e co-autor de inúmeros artigos científicos nos mais importantes jornais da especialidade.

O foco da sua investigação é a utilização de dados de neuroimagem, como a Ressonância Magnética, para a compreensão das doenças psiquiátricas. Mais recentemente tem-se dedicado à procura de novos alvos terapêuticos, procurando perceber como e onde poderão actuar novos medicamentos para o tratamento das doenças psiquiátricas.

Mais recentemente tem vindo a explorar a relação entre inflamação cerebral e as doenças psiquiátricas, bem como a relação existente entre stress e alterações cerebrais.

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica que afecta de forma grave o modo de pensar da pessoa, a sua vida emocional e o comportamento em geral. As pessoas com esquizofrenia sofrem de sintomas psicóticos, alucinações, delírios, alterações do pensamento, da memória e da concentração. A doença afecta cerca de 1% da população e está entre as 10 maiores causas de incapacidade devido a doença.  O estigma e a falta de adesão à terapêutica estão entre as principais causas do insucesso do tratamento. 

Misericórdia de Lisboa financia
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai lançar um programa de apoio financeiro à investigação sobre a esclerose lateral...

O Programa de Investigação Científica em Esclerose Lateral Amiotrófica concederá 50 mil euros anuais a uma equipa de investigação portuguesa, escolhida pela administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) após uma avaliação de peritos internacionais, designadamente dos Estados Unidos, Reino Unido e Holanda.

O prazo para o envio das candidaturas, através da página http://candidaturas.ela.scml.pt, termina a 30 de Abril. A candidatura seleccionada será anunciada em finais de maio ou no início de junho.

Em declarações, a coordenadora do programa, Rita Paiva Chaves, disse que o financiamento atribuído inclui, obrigatoriamente, o pagamento de uma bolsa a pelo menos um bolseiro de investigação científica da SCML, que irá colaborar com a equipa selecionada.

Rita Paiva Chaves adiantou que a Misericórdia de Lisboa pode entender dar o montante ao mesmo grupo de investigação nos anos seguintes, até um máximo de quatro anos, se o projecto de investigação o justificar.

A responsável precisou que o regulamento de bolseiros de investigação da SCML foi aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e que o recrutamento será divulgado, nomeadamente, nos meios académicos e na imprensa.

A esclerose lateral amiotrófica, que afeta pacientes assistidos no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão da SCML, é uma doença neurodegenerativa rara.

Nesta patologia, os neurónios (células do sistema nervoso) motores "que conduzem a informação do cérebro aos músculos do corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente", o que leva a que os músculos fiquem mais fracos, podendo haver atrofia muscular, explica no seu portal a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica.

A atrofia muscular pode afectar o movimento de pernas e braços, a fala, a deglutição ou a respiração.

O Programa de Investigação Científica em Esclerose Lateral Amiotrófica segue-se aos Prémios Santa Casa Neurociências, lançados em 2013.

As duas iniciativas pretendem, através de incentivos à investigação, abrir caminho a novas estratégias de prevenção e tratamento de doenças neurológicas.

Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa
A criação da Academia de Medicina Legal e Ciências Forenses da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa é uma das...

Os 250 participantes do 3.º Congresso de Medicina Legal e Ciências Forenses da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), que terminou na quinta-feira, decidiram ainda criar a Comissão Executiva Médico-Legal e Forense da CPLP, que deverá “uniformizar os procedimentos médico-legais” nos estados da comunidade.

Especialistas e técnicos de Angola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, além de Cuba, como país convidado, debateram durante quatro dias, na capital angolana, temas relacionados com a evolução da medicina legal nos últimos anos e com a sua aplicação no futuro nestes países.

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), liderado pelo juiz desembargador Francisco Brízida Martins, coadjuvado pelo vice-presidente, o médico legista João Pinheiro, foi galardoado pelo “inolvidável contributo prestado para o desenvolvimento da medicina legal e ciências forenses” na CPLP, segundo um comunicado dos serviços daquele instituto em Coimbra.

A distinção foi entregue pelo secretário de Estado do Ministério do Interior de Angola, Hermenegildo José Félix, na sessão de encerramento dos trabalhos, na quinta-feira.

Constituída por oito especialistas, a delegação portuguesa era liderada por Francisco Brízida Martins e João Pinheiro.

Os especialistas do INMLCF, com a colaboração de médicos angolanos, orientaram quatro cursos práticos realizados no âmbito do congresso, tendo protagonizado ainda “mais de metade das comunicações científicas” apresentadas na reunião.

Os quatro países lusófonos presentes “também decidiram trabalhar em conjunto na criação de uma base integrada de dados, procedimentos, matérias e assuntos médico-forenses”, adianta a nota.

O 4º Congresso de Medicina-Legal e Ciências Forenses da CPLP será realizado em Moçambique, em 2017.

DGS renova
Os portugueses que tenham regressado há menos de 14 dias do Médio Oriente e que desenvolvam febre, sintomas respiratórios ou...

A propósito da actividade epidémica da síndrome respiratória do Médio Oriente por coronavírus, a Direcção-geral da Saúde (DGS) lembra que não há até ao momento recomendações internacionais para restrições de viagens ou de trocas comerciais.

Estas recomendações emitidas em comunicado são semelhantes às já divulgadas em 2012 e 2013 também sobre o novo coronavírus.

Desde Abril de 2012 que já foram notificados mais de mil casos de infecção, incluindo 400 mortes, a maioria no Médio Oriente (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Jordânia, Omã, Kuwait, Egito, Iémen, Líbano e Irão).

Em vários países europeus foram diagnosticados até hoje 15 casos, nenhum deles em Portugal, e o nível de risco de importação de casos para a Europa mantém-se baixo.

A avaliação de risco baixo foi renovada este mês pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, depois de um caso da doença registado na Alemanha num viajante regressado do Médio Oriente.

Mesmo não havendo recomendações para restringir viagens, a DGS sugere em comunicado que os viajantes sigam os conselhos das autoridades de saúde dos países visitados, lavem frequentemente as mãos antes e depois de tocar em animais e evitem o contacto com camelos, bem como o consumo de produtos animais crus ou mal cozinhados.

A fonte de infecção da síndrome respiratória do Médio Oriente e o seu modo de transmissão ainda não estão totalmente esclarecidos, mas estudos recentes apontam para que os camelos possam ser a espécie reservatória ou hospedeira, estando envolvidos na transmissão directa ou indirecta aos seres humanos.

Os viajantes que tiverem regressado de um país da região afectada há menos de 14 dias e que apresentem febre, sintomas respiratórios (como tosse) ou diarreia devem contactar o seu médico o ligar para a linha Saúde 24 (808 24 24 24), referindo sempre o lugar onde estiveram.

A incidência da síndrome respiratória do Médio Oriente aumentou novamente no mês de Fevereiro deste ano, à semelhança do que ocorreu no ano passado, o que sugere às autoridades um perfil sazonal na doença.

O coronavírus está associado normalmente às comuns constipações, mas também pode desencadear os sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Severa.

Hospital especializado
A Administração Regional de Saúde do Centro esclareceu que na sua área de intervenção existe um hospital central especializado...

Situado na Tocha, o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (CMRRC) - Rovisco Pais tem “características únicas no país”, pautando-se “pela hospitalidade e qualidade dos seus serviços num plano de humanização”, sublinha aquela organização.

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) lamenta, por isso, que a presidente da Associação Nacional AVC, Clara Fernandes, desconheça a existência do CMRRC – Rovisco Pais, “onde se pratica uma medicina física e de reabilitação orientada por uma abordagem biopsicossocial da reabilitação”.

A Associação Nacional AVC alertou as entidades governamentais para a urgência de se implementar um novo modelo de intervenção ao nível da reabilitação das vítimas de acidente vascular cerebral em Portugal.

Segundo a associação, “o número de sessões comparticipadas pelo Ministério da Saúde é inegavelmente insuficiente e em grande parte de discutível qualidade” e, “à excepção de Alcoitão e do Centro de Reabilitação do Norte, não existem unidades de reabilitação e de promoção da autonomia com condições de excelência e específicas para estes doentes”.

A ARSC convida Clara Fernandes a visitar o Rovisco Pais, que foi criado em 1996 e “dispõe de uma lotação de 80 camas de reabilitação para a população da região Centro”.

Neste hospital existe “um Serviço de Reabilitação Geral de Adultos, com 50 camas, onde são internados para reabilitação intensiva doentes de AVC, entre outros, e uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados com 60 camas, que recebe doentes pós AVC”.

Na terça-feira, Dia Nacional do Doente com AVC, é inaugurada no Rovisco Pais a exposição de pintura Regresso, “de um artista plástico que, a recuperar de um AVC no hospital, acabou por se reencontrar como pintor, conquistando de novo uma capacidade que julgara perdida”, acrescenta.

No ano de 2014, o CMRRC realizou 4.050 consultas de reabilitação, mais de um milhão de tratamentos em Medicina Física e Reabilitação e tratou 307 doentes em regime de internamento, num total de 24.015 dias de internamento de reabilitação.

No CMRRC-RP, onde estão disponíveis as técnicas mais avançadas de avaliação e tratamento em reabilitação, existe um núcleo habitacional de preparação para a alta para doentes com incapacidade, com 16 apartamentos adaptados, um deles totalmente robotizado - “casa inteligente” - projecto conduzido em parceria com a Universidade de Aveiro, salienta a ARS do Centro.

Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama
Assinala-se no dia 30 de Março o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

Os tratamentos de quimioterapia ou radioterapia podem induzir alguns efeitos secundários que podem afectar a sua alimentação.

Optar por uma alimentação saudável é fundamental para minimizar os efeitos adversos da terapêutica do cancro da mama. A ingestão dos alimentos certos antes, durante e depois do tratamento podem auxiliar na promoção do seu bem-estar.

Para se manter saudável é importante:

1. Fazer uma alimentação completa, variada e equilibrada

A alimentação deve ser baseada nos princípios da Roda dos Alimentos: completa (ingerir diariamente alimentos de todos os grupos), variada (variar os alimentos dentro de cada grupo diariamente) e equilibrada (ingerir as porções diárias recomendadas e os seus equivalentes).

2. Procurar manter o seu peso corporal dentro dos valores desejáveis

O mais importante para a manutenção de um peso corporal adequado reside no alcance do equilíbrio entre os alimentos que ingerimos e os nossos gastos energéticos diários.

3. Tomar sempre o pequeno-almoço

Um bom pequeno-almoço ajudá-lo-á a carregar energias logo ao início do dia, fornecendo-lhe um bom aporte de nutrientes essenciais para o organismo. Não se esqueça de consumir produtos lácteos, pão ou cereais e ainda fruta ou sumos de fruta.

4. Fazer 5 a 6 refeições por dia

Faça várias refeições, 5 a 6, de forma a não estar mais de 3h30m sem comer, assim, poderá controlar o seu apetite ao longo do dia.

5. Aumentar o consumo de fruta e hortícolas

Pode seguir a regra dos 5 ao dia! É um conceito que o ajuda a lembrar-se de comer 5 porções de fruta ou hortícolas, todos os dias.

6. Iniciar as refeições principais com sopa

A sopa é um excelente alimento, pelo que deve ser consumido antes da refeição. O seu consumo, para além da mais-valia nutricional, promove um aumento da saciedade, controla o apetite, controla os níveis de colesterol e glicemia sanguíneos e melhora o trânsito intestinal.

7. Comer calmamente e mastigar muito bem os alimentos

É uma excelente forma de controlar o apetite e a quantidade de alimentos que consome.

8. Evitar comer alimentos com teor elevado de gordura

Por exemplo fritos, massas quebradas e folhadas, presentes em algumas tartes, pastéis e salgados, molhos cremosos ou de queijo, natas. Limite o consumo de gordura na confecção e tempero, e quando o fizer, opte pelo azeite, mas nunca esquecendo que também é uma gordura.

9. Reduzir o consumo de alimentos com alto teor de sal

Reduzir o teor de sal para temperar. Use maior quantidade de cebola, alho, tomate, pimento, ervas aromáticas, especiarias e marinadas.

10. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibra

As fibras alimentares existem apenas nos alimentos de origem vegetal como os cereais integrais e seus derivados, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas), produtos hortícolas e fruta.

11. Evitar o consumo de açúcar e alimentos açucarados

Por exemplo refrigerantes, bolos, chocolates, compotas, rebuçados. O consumo deste tipo de alimentos deve ser feito, preferencialmente, no final das refeições, e a sua ingestão não deve ser diária mas sim restrita a ocasiões festivas.

12. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas

Faça da água a sua bebida de eleição.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Conselhos para os minimizar
A presença dos principais efeitos secundários do tratamento do cancro da mama podem afectar a sua al
Efeitos secundários do tratamento do cancro da mama

Os tratamentos para o cancro estão desenhados para matar as células cancerígenas, de modo a abrandar o crescimento de tumores que crescem rapidamente ou para diminuir o tamanho de tumores maiores, mas estes tratamentos podem também danificar as células saudáveis. São estes danos nas células saudáveis que podem causar os efeitos secundários e estes podem traduzir-se em problemas alimentares. Nem todas as pessoas apresentam efeitos secundários aos tratamentos oncológicos com impacto na alimentação, mas estes podem surgir e são relatados por alguns doentes oncológicos. Se for o seu caso existem algumas coisas que pode fazer para evitar ou minimizar estes efeitos secundários.

Problemas alimentares mais comuns

Náuseas

O que fazer

  • prefira alimentos que sejam leves para o seu estômago
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições
  • não salte refeições e faça pequenas merendas
  • escolha comidas que goste
  • evite alimentos com muita gordura, muito condimentados ou muito doces
  • evite beber líquidos durante as refeições
  • beba líquidos durante o dia – faça-o devagar, com a ajuda de uma palhinha ou de uma garrafa pequena
  • coma ou beba alimentos e bebidas frias ou à temperatura ambiente
  • coma alimentos com pouco sabor ou cheiro (biscoitos de água e sal, tostas, cereais e pão seco ou torrado) antes de se levantar se tiver náuseas matinais
  • identifique quando é que as refeições lhe caem melhor.

Alimentos que ajudam

Iogurte magro, carne ou peixe cozido, bolachas de água e sal, bolacha maria, arroz simples, batata cozida ou em puré, sumos de fruta, banana, maçã e pêra sem casca, caldo de legumes, pão torrado, gelatina, águas c/gás.

Vómitos

O que fazer

  • beba pequenas quantidade de líquidos simples como água, chá, caldo simples
  • assim que conseguir beber líquidos simples sem vomitar, experimente líquidos mais compostos ou comidas leves para o estômago
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições.

Alimentos que ajudam

Banana, maçã e pêra sem casca, caldo de legumes, sumos de frutas coados, pão torrado, carnes magras grelhadas ou cozidas.

Boca dorida

O que fazer

  • escolha alimentos fáceis de mastigar
  • cozinhe os alimentos até estarem macios e tenros
  • corte a comida em pedaços pequenos
  • beba com uma palhinha
  • use uma colher pequena
  • ingira a comida fria ou à temperatura ambiente
  • chupe pedaços de gelo
  • evite alimentos ácidos, muito condimentados, muito quentes ou gelados e bebidas ácidas ou gaseificadas.

Alimentos que ajudam

Carnes magras picadas, caldeiradas de carne ou peixe, receitas com ovos ou feijão, batidos, iogurtes, pães moles, flocos de cereais e farinhas embebidas em leite, vegetais e frutas cozidas ou em puré, gelatinas, gelados derretidos, sopa.

Evite

Frutas acidas, vegetais em vinagre, vinagre, bebidas gaseificadas, condimentos como pimenta, malagueta, noz-moscada, alimentos duros ou ásperos.

Diarreia

O que fazer

  • beba muitos líquidos para repor os que perde nas fezes,
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições,
  • escolha alimentos e bebidas que sejam ricos em potássio e sódio, por exemplo água de coco ou bebidas isotónicas,
  • evite alimentos com muita fibra – por ex. cereais integrais, pão integral, fruta e hortícolas
  • coma ou beba alimentos e bebidas à temperatura ambiente
  • evite alimentos gordos ou condimentados, alimentos com lactose, alimentos que provoquem flatulência e bebidas com gás, cafeína ou álcool.

Alimentos que ajudam

Carne magra cozida, pão branco, cereais refinados (pobres em fibras), sopa de cenoura, arroz, batata cozida sem casca, arroz, banana, maçã ou pêra cozida ou assadas sem casca, bebidas sem cafeína, água de coco e bebidas isotónicas

Evite

Alimentos com elevada concentração de açúcar – sumos de fruta ácida e muito concentrados, doces de fruta e geleias muito açucarados.

Prisão de ventre / Obstipação

O que fazer

  • beba muitos líquidos,
  • beba líquidos quentes
  • ingira uma bebida morna ao acordar
  • escolha alimentos ricos em fibras (produtos integrais).

Alimentos que ajudam

Maçã, pêra, uva, ameixa, morango (com casca) e abacaxi, kiwi, laranja e figo, sumos de fruta natural de laranja, tangerina, abacaxi e maracujá (com as sementes), feijão verde, nabiças, couves, curgete, aipo, agrião, nabo, rabanete, repolho, couve-de-bruxelas, acelga, brócolos, cenoura, beringela, cereais integrais, pães, bolachas e tostas integrais, farelo de trigo, milho ou centeio, leguminosas (feijão, fava, lentilha e grão de bico).

Alterações do paladar

O que fazer

  • opte por refeições bem confeccionadas, temperadas e condimentadas (recorrendo ao uso de ervas aromáticas e especiarias)
  • experimente alimentos ou bebidas mais ácidas (não o faça se tiver a boca dorida)
  • opte por refeições bem confeccionadas, temperadas e condimentadas (recorrendo ao uso de ervas aromáticas e especiarias)
  • experimente adoçar um pouco os alimentos
  • evite comidas e bebidas com cheiros que o incomodem.

Alimentos que ajudam

Frutas frescas, limonada, comidas com vinagrete ou pickles (caso tenha a boca dorida não se aplica) Experimente novos sabores: junte cebola, alho, chili, manjericão, orégãos, rosmaninho, menta (caso tenha a boca dorida não se aplica) Em alternativa à carne vermelha (pode ter um sabor estranho, metálico) experimente frango ou peixe.

Evite alimentos com elevada concentração de açúcar – sumos de fruta ácida e muito concentrados, doces de fruta e geleias muito açucarados.

Alterações do apetite

Perda de apetite

O que fazer

  • opte por refeições pequenas, frequentes e sem horário rígido
  • confeccione as refeições que mais gosta
  • consuma os alimentos à temperatura ambiente
  • utilize temperos e ervas aromáticas para melhorar o sabor e aroma dos alimentos
  • utilize com moderação suplementos alimentares naturais como queijo, manteiga, leite condensado, leite em pó, natas, iogurtes, açúcar e mel
  • junte mel ou frutos secos na salada ou batidos de frutas, acrescente leite em pó ao leite e aumente a quantidade de azeite na sopa.

Aumento de apetite

O que fazer

  • coma mais fruta e vegetais
  • prefira alimentos ricos em fibras
  • escolha carnes magras
  • prefira leite e derivados magros
  • ingira menos gorduras
  • utilize métodos culinários com menos gordura como estufados, cozidos, grelhados e cozidos a vapor - varie os alimentos e o tipo de confecção culinária
  • coma pequenas porções e faça várias refeições ao longo do dia
  • ingira menos sal
  • mastigue calmamente (aprenda a saborear os alimentos)
  • beba 1,5l de água/chá/tisanas ao longo do dia
  • planeie antecipadamente as refeições
  • deixe os doces e salgados para dias de festa
  • não compre alimentos "a evitar".

Perda de peso

O que fazer

  • coma quando for altura de comer, não espere sentir fome
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições
  • escolha comidas que sejam ricas em proteínas e energia (aconselhe-se com um nutricionista)
  • se não lhe apetecer comer opte por beber batidos, sumos ou sopas.

Alimentos que ajudam

Batidos, pão, arroz, massas, batata, carne, peixe, leguminosas (feijão, grão, lentilhas, etc.), produtos lácteos ou alternativas (soja) Tente fazer uma sopa com mais batata e leguminosas do que habitualmente coloca. Adicione um pouco de azeite em cru na sopa ou em alguns pratos.

Aumento de peso

O que fazer

  • coma mais fruta e vegetais
  • prefira alimentos ricos em fibras
  • escolha carnes magras
  • prefira leite e derivados magros
  • utilize métodos culinários com menos gordura como estufados, cozidos e grelhados a vapor
  • coma pequenas porções e faça várias refeições ao longo do dia
  • Reduza a adição de sal na confecção dos seus alimentos.

Alimentos que ajudam

Carne branca – frango, peru; peixe, leite magro, iogurte magro, queijo magro ou com redução de gordura

Artigos relacionados

Cancro da Mama: Perguntas e respostas

 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alimentação saudável
Optar por uma alimentação saudável é fundamental para minimizar os efeitos adversos do tratamento do

Wrap integral de frango e hortaliças (náuseas e vómitos, prisão de ventre)

Ingredientes: 2 unidades de wrap integral 1 colher de sopa rasa de requeijão light ou queijo tipo philadelphia light 4 folhas pequenas de alface ½ chávena de chá de cenoura ralada crua ½ chávena de chá de peito de frango cozido, desfiado e temperado.

Preparação:

Em cada wrap espalhe o requeijão, coloque 2 folhas de alface, metade da cenoura e metade do frango desfiado.

Enrole com cuidado para não partir, corte ao meio e prenda, se necessário, com a ajuda de um palito. Siga o mesmo processo para a outra unidade de wrap.

Se não tiver wraps pode utilizar pão de forma integral, retire as côdeas e para que fique fino passe com o rolo da massa.

Arroz Cremoso (p/ 4 pessoas) (boca dorida)

Ingredientes: 2 colheres de sopa de azeite ½ cebola picada 1 dente de alho picado 1 alho francês (parte branca) cortado em juliana 1 tomate sem sementes picado 1 chávena de chá de ervilhas 2 chávenas de chá de arroz lavado e escorrido, 6 chávenas de chá de água a ferver 1 colher de chá de sal ¼ de chávena de chá de natas light ou natas de soja 2 colheres de sopa de salsa picada fina.

Preparação:

Numa panela aqueça o azeite e doure a cebola e o alho – não deixe fritar. Junte o alho francês, o tomate e as ervilhas. Acrescente o arroz e deixe refogar por 5 min. Adicione posteriormente a água, o sal e coza em lume brando até o arroz secar. Retire do lume e misture as natas e a salsa.

Sirva de seguida. Para que a cebola não frite tape a panela na altura de refogar. O vapor vai evitar a fritura e torna o seu prato mais saudável.

Batido de banana (boca dorida, prisão de ventre)

Ingredientes: 1 dl de leite 2 colheres de café de açúcar (opcional) ½ banana 2 cubos de gelo.

Preparação:

Coloque a banana descascada e os restantes ingredientes no copo misturador e misture durante 1 minuto a velocidade média.

Sirva de seguida. O gelo é opcional, poderá utilizar leite bem fresco. Se juntar leite em pó desnatado torna a receita mais rica em calorias, proteínas e cálcio.

Sumo de maçã sem casca (náuseas, diarreia, boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 200 ml de água de coco 1 Maçã sem casca 1 colher de mel.

Preparação:

Bata os ingredientes no liquidificador e sirva gelado.

Sumo Cítrico (diarreia, alterações do paladar)

Ingredientes: 50 ml de sumo de limão coado 1 pera descascada 1 colher de mel 100 ml de água

Preparação:

Bata os ingredientes no liquidificador e sirva gelado. Pode encontrar água de coco em embalagens nos hipermercados. Existem diversas marcas. A água de coco é utilizada popularmente no Brasil para aliviar as náuseas nas mulheres grávidas e para proteger as crianças da desidratação em casos de diarreia. Estudos recentes indicam esta bebida como um importante repositor de sódio e potássio.

Bifinhos de Batata (diarreia, boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 1 colher de sopa de azeite 1 dente de alho ½ cebola média picada em cubos pequenos 1 cenoura média ralada 500g de batatas cozidas e espremidas 1 chávena de chá de farinha de soja ou trigo 2 colheres de chá de sal 2 ramos de tomilho lavados 2 ramos de salsa lavados e picados.

Preparação:

Numa frigideira média, refogue o alho e a cebola sem deixar dourar. Acrescente a cenoura ralada e refogue rapidamente, não deixando amolecer muito. Misture as batatas, a farinha de soja ou trigo, o sal, o tomilho e a salsa até obter uma mistura homogénea. Se a massa estiver muito seca e dura, acrescente um pouco de água para que ela fique macia e cremosa.

Para moldar o bifinho, faça uma bolinha com um pouco de massa e achate-a com as palmas das mãos. Aqueça uma frigideira antiaderente por 1 minuto em lume forte, pincele pouco azeite e doure. Sirva quente.

Ensopado cremoso de Frango e Vegetais (diarreia, boca dorida)

Ingredientes: 170g de massa espiral 1 peito de frango de 220 a 250g, sem osso e sem pele 2 chávenas de chá de chuchu em fatias 1 chávena de cenoura em tirinhas 1 colher de salsa picada ½ colher de manjericão seco 1 pitada de alho em pó 2/3 de chávena de leite em pó de soja ou desnatado 2 colheres de farinha de trigo 1/3 de cubo de caldo de galinha esmigalhado (sem gordura) 1 chávena de água 1 colher de chá de margarina light.

Preparação:

Cozinhe a massa espiral de acordo com as instruções da embalagem. Depois de cozida, passe por água, escorra e reserve. Corte o peito de frango em metade no sentido transversal e depois em tirinhas de 2,5cm de comprimento, e reserve.

Coloque os legumes e os temperos numa panela e junte as tirinhas de frango. Tape e cozinhe em lume forte 6 a 8 min. ou até a carne perder a cor rosada. Vá mexendo. Acrescente o macarrão cozido. Volte a tapar e reserve.

Num recipiente à parte misture o leite de soja em pó (ou leite desnatado), a farinha de trigo e o caldo. Adicione água batendo bem. Junte a margarina e cozinhe lume forte por 3 a min., ou até o molho engrossar e borbulhar, vá mexendo com o batedor de arame de 2 a 3 vezes. Despeje o molho sobre a mistura de frango e vegetais e mexa bem. Tape e cozinhe em lume alto 2 a 4 min., ou até ficar bem quente. Sirva quente.

Creme de Cenoura e Arroz (diarreia, boca dorida, alterações de apetite)

Ingredientes: 500gr de cenouras 2 colheres de sopa de arroz 1 litro de água sal qb.

Preparação:

Colocar as cenouras cortadas aos pedaços numa panela, juntar o arroz e uma pitada de sal (pouca quantidade) e o litro de água. Deixar cozer por 30 min.

Reduzir com a varinha mágica até formar um puré liso.

Creme de Legumes (diarreia, boca dorida)

Ingredientes: 1 colher de sopa de azeite 2 dentes de alho picados ½ cebola média, picada 3 tomates sem pele e sem sementes, picados 2 cenouras picadas 2 batatas 1 chuchu médio, picado 1 litro de água Sal a gosto Salsinha picada a gosto.

Preparação:

Junte todos os ingredientes excepto a salsinha, a água e sal. Cozinhe até os legumes ficarem macios. Espere amornar e bata com a varinha mágica. Sirva polvilhada com a salsinha.

Muffin verde (prisão de ventre, boca dorida)

Ingredientes para a massa: 1 copo de leite magro 3 ovos ½ chávena de chá de farinha de trigo ½ chávena de chá de aveia 1 colher de sopa de fermento em pó 1 cebola picada 3 dentes de alho 500g de queijo ralado (mistura de parmesão com cheddar ou qualquer outra mistura que derreta folhas de manjericão a gosto 1 embalagem de espinafres previamente refogados com 1 dente de alho esmagado e azeite.

Preparação da massa:

Coloque todos os ingredientes num recipiente e bata com a varinha mágica até que a massa fique homogénea.

Ingredientes para o recheio: 1 colher de sobremesa de requeijão para cada forminha 1 embalagem de rúcula refogada com 2 dentes de alho e azeite

Material: 16 forminhas de empadas ou queques.

Preparação:

Misture o recheio na massa e leve ao forno em forminhas untadas com óleo e farinha por 50 min.

Húmus de feijão-verde (boca dorida)

Ingredientes: 400g de feijão-frade 1-2 Dentes de alho Sumo de 1 limão 1-2 Colheres de chá de manteiga de sésamo (tahin) 2 Colheres de sopa de azeite Salsa, sal e pimenta q.b.

Preparação:

Demolhar e cozer o feijão (se usar enlatado, rejeite o líquido e escolha uma marca com menos conservantes);

Reduzir o feijão a puré no “1,2,3” juntamente com o alho, a manteiga de sésamo e um pouco de água;

Juntar o sumo de limão, a salsa e os temperos. Misturar novamente até à consistência desejada;

Servir com pão integral ou tostas.

Creme de Couve-flor com amêndoa laminada (p/4 pessoas) (boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 400g Couve-flor 1 Cebola 10g de Amêndoa Laminada.

Preparação:

Cortar a couve-flor e a cebola em pedaços pequenos, e colocar na panela juntamente com a água, deixar cozinhar durante 30 minutos.

Passar até ficar um creme aveludado.

No prato acrescente a amêndoa laminada.

Sopa de Espinafres e Grão-de-bico (p/ 4 pessoas) (boca dorida)

Ingredientes: 120g de grão-de-bico 1 Cenoura 250g de abóbora 1 Cebola 1 Nabo 1 Molho de espinafres 2 Colheres de sopa de azeite Água de cozer o grão q.b. Sal q.b.

Preparação:

Coze-se o grão e reserva-se;

Descascam-se e cozem-se a abóbora, a cenoura, a cebola e o nabo na água de cozer o grão;

Depois de cozidos reduzem-se a puré e vão novamente ao lume;

Juntam-se os espinafres ripados e o grão-de-bico. Deixa-se ferver durante alguns minutos e desliga-se o lume;

Tempera-se a sopa com pouco sal e azeite.

Arroz de Frango alourado (p/ 4 pessoas) (alterações do apetite)

Ingredientes: 380g de peito de frango sem peles e gorduras visíveis Meia cebola Meia cenoura 2 Colheres de sopa de azeite 3g de sal 80ml de vinho verde branco Pimenta, Alecrim, louro e piripiri a gosto 2 chávenas de chá de Arroz.

Preparação:

Lave bem a cenoura e cebola e pique-as. Coloque-os numa panela, juntamente com um pouco de água, junte o azeite e deixe estufar. Corte o frango em bocados e junte-o ao preparado anterior. Tempere com pimenta, alecrim, louro, piripiri e o sal e deixe estufar o frango. A meio da cozedura, junte o vinho branco.

Depois do frango cozinhado, retire-o do tacho e junte água ao molho que se formou. Assim que ferver junte o arroz. Deixe novamente levantar fervura e introduza no arroz os bocados de frango. Leve ao forno a acabar de cozer e alourar a superfície. Acompanhe com feijão-verde cozido.

Beringelas Recheadas com frango desfiando e arroz integral (p/ 4 pessoas) (alterações do apetite)

Ingredientes: 2 Beringelas médias 2 Alhos Francês 380g de peito de frango desfiado 2 Cenouras 2 chávenas de chá de Arroz integral.

Preparação:

Coza o peito de frango e desfie, reserve. Parta as beringelas ao meio e retire a polpa, reserve a parte da “casca”. Numa frigideira antiaderente coloque o alho francês, o frango desfiado e a cenoura ralada. Salteie tudo. Assim que estiver pronto preencha dentro da “casca” da beringela com o recheio preparado anteriormente, e leve ao forno a tostar um pouco. Acompanhe com arroz seco integral.

Pescada cozida ao molho de ervas aromáticas (p/ 4 pessoas) (alterações do apetite)

Ingredientes: 360g de pescada 12 Batatas (aprox. 960g) 1 Nabo pequeno (aprox. 100g) 100g de couve-lombarda 6 Colheres de sopa de azeite 3g de sal Alecrim, manjericão, cebolinho, salsa e Sumo de limão a gosto.

Preparação:

Prepare e lave os hortícolas. Numa panela coza a pescada, o nabo, a couve e as batatas com o sal. No final da cozedura escorra bem. Para o molho de ervas aromáticas coloque num almofariz o azeite, o alecrim, o manjericão, o cebolinho, a salsa e o sumo de limão e triture bem. Regue a pescada com o molho e sirva.

Açorda de pescada com couve portuguesa e salsa (boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 300g de pescada 40g de cebola 20g de alho 280g de pão de trigo 20g de salsa picada 100g de tomate 100g de couve portuguesa 40ml de azeite.

Preparação:

Coza a pescada e desfie-a em pedaços e reserve. Lave, descasque e pique a cebola, o alho, o tomate. Lave e pique a salsa bem fininha. Coloque numa panela estes ingredientes juntamente com o azeite e deixe refogar um pouco. Adicione um pouco de água e tempere a gosto e deixe cozinhar. Junte a pescada aos bocados e deixe apurar um pouco o molho. Adicione um pouco mais de água. Lave e corte a couve portuguesa às tiras fininhas, previamente cozida e junte ao preparado anterior, aproveitando a água de cozedura. Corte o pão em fatias e adicione-as e mexa até ficar bem envolvidas. Antes de servir polvilhe com um pouco de salsa.

Bolo de Maça e Canela (diarreia, boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 4 maçãs descascadas e sem caroços 2 colheres de sopa de manteiga sem sal 3 ovos 1 colher de sopa de fermento em pó 4 colheres de adoçante 2 chávenas de farinha de arroz Sumo de limão q.b.

Preparação:

Corte as maçãs em cubinhos, misture ao sumo dos limões e reserve. À parte, bata as claras em neve e reserve. Em outro recipiente, bata bem as gemas com o açúcar ate formar um creme homogéneo. Junte a farinha de arroz e bata mais um pouco. Coloque o fermento e misture bem. Junte as maçãs e as claras em neve, mexendo levemente. Leve ao forno quente por 30 minutos. Quando estiver dourado experimente a massa com o palito. Retire do forno cubra com canela, deixe arrefecer e sirva.

Receita de tarte de maçã, pêra e ameixa (prisão de ventre)

Ingredientes para a massa: ½ chávena de farinha de trigo ½ chávena de aveia (flocos grossos) ½ chávena de farinha de trigo integral 1 colher de sopa de margarina light 1 colher de sobremesa de adoçante em pó para uso culinário 1 colher de chá de canela em pó.

Preparação da massa:

Misture todos os ingredientes até obter uma consistência boa para moldar e forre uma forma de tarte.

Ingredientes para o recheio: 5 unidades de maçã vermelha ½ chávena de chá de ameixas sem caroço 2 colheres de sobremesa de adoçante em pó para uso culinário 300ml de água 1 chávena de leite em pó desnatado 2 ovos 1 colher de chá de canela em pó 3 peras 1 colher de sobremesa de essência de baunilha.

Preparação:

Forre a forma com a massa e reserve. Corte as maçãs e as peras com casca em meia-lua e junte a canela e as ameixas. Reserve.

No liquidificador bata o leite em pó, água, adoçante, os ovos e a baunilha.

Misture as maçãs, peras e ameixas ao creme, cubra a massa e leve ao forno médio por 45 a 50 min. O recheio deve ficar bem sequinho.

Crumble de maçã (p/4 pessoas) (prisão de ventre, alterações do apetite)

Ingredientes: 1Kg maçã 1 Chávena flocos de aveia 1 Chávena farinha ½ Chávena açúcar amarelo 30g margarina de soja Uvas passas q.b. Canela (1 pau ou em pó).

Preparação:

Descascar as maçãs, cortar em cubinhos e estufar num tacho com canela, 1 colher de açúcar e passas;

Numa tigela, misturar a margarina derretida, a aveia, a farinha e o açúcar;

Dispor o puré de maçã numa travessa de ir ao forno e cobrir com a mistura de aveia;

Levar ao forno pré-aquecido (180ºC-200ºC) até ficar dourado;

Servir morno.

Papas de aveia (p/ 4 pessoas) (boca dorida, alterações do apetite, prisão de ventre)

Ingredientes: 960ml de leite meio-gordo 120g de flocos de aveia Casca de limão e canela em pó a gosto.

Preparação:

Num tacho coloque o leite, os flocos de aveia e o limão. Deixe cozer, mexendo sempre, até adquirir uma consistência de papa. No final polvilhe com canela.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Diagnóstico, cuidados e tratamento
Detectar precocemente o cancro da mama aumenta as hipóteses de cura. Saiba como.
Mulher com laço cor-de-rosa representativo do cancro da mama

O que é o cancro da mama?

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. É muito mais frequente nas mulheres, mas pode atingir também os homens. O cancro da mama apresenta-se, muitas vezes, como uma massa dura e irregular que, quando palpada, se diferencia do resto da mama pela sua consistência.

Que cuidados se devem ter para detectar o cancro da mama?

O diagnóstico precoce do cancro da mama é fundamental, pois aumenta as hipóteses de cura. Evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação.

Para que seja diagnosticado precocemente, é importante que:

  • Faça um auto-exame das mamas mensalmente, após o período menstrual;
  • Vá ao médico especialista em patologia mamária uma vez por ano;
  • Participe em programas de rastreio.
  • O exame clínico da mama pode confirmar ou esclarecer o seu auto-exame.

Quais são os sintomas mais comuns no cancro da mama?

  • Aparecimento de nódulo ("caroço") / endurecimento da mama ou debaixo do braço (na axila);
  • Mudança no tamanho ou no formato da mama;
  • Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola;
  • Corrimento pelo mamilo, com ou sem sangue;
  • Retracção da pele da mama ou do mamilo.

Ao sentir qualquer alteração nas mamas deve consultar o seu médico.

Como é feito o diagnóstico clínico do cancro da mama?

Para fazer o diagnóstico, o médico submeterá a mulher a um cuidadoso exame clínico e fará algumas perguntas sobre a história familiar. Fará também a palpação das mamas com as mãos, pois só assim poderá sentir a presença de um nódulo ("caroço"). O médico poderá solicitar alguns exames, tais como:

  • Mamografia: o principal exame das mamas, realizado através de raios X específicos para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação.
  • Faça uma mamografia de rotina sempre que solicitada pelo seu médico.
  • Ultrassonografia (ecografia): deve complementar sempre a mamografia e informa se o nódulo é sólido ou contém líquido (quisto).
  • Citologia aspirativa: com uma agulha fina e uma seringa, o médico aspira certa quantidade de líquido ou uma pequena porção do tecido do nódulo para exame microscópico. Esta técnica esclarece se é um quisto (preenchido por líquido), que não é cancro, ou de um nódulo sólido, que pode ou não corresponder a um cancro.
  • Biópsia: procedimento (cirúrgico ou não) para colher uma amostra do nódulo suspeito. O tecido retirado é examinado ao microscópio pelo patologista. Este procedimento permite confirmar se estamos perante um cancro da mama.
  • Receptores hormonais (estrógenio e progesterona): caso a biópsia permita o diagnóstico de um cancro, estes testes de laboratório revelam se as hormonas podem ou não estimular o seu crescimento. Com esta informação, o médico pode decidir se é ou não aconselhável incluir no plano de terapêutico um tratamento à base de antagonistas daquelas hormonas, isto é, medicamentos que contrariam o seu efeito. A amostra do tecido do tumor é colhida durante a biópsia. Caso a biópsia detecte um tumor maligno, outros testes laboratoriais serão feitos no tecido para que se obtenham mais dados a respeito das características do tumor.
  • Também poderão ser solicitados exames - raios X, exames de sangue, ecografia, cintilograma (exame no qual uma pequena quantidade de um produto radioactivo é utilizado para obter imagens) ósseo, provas de função hepática etc. - para verificar se o cancro está presente em outros órgãos do corpo.

Todos os testes e exames solicitados e a definir pelo médico têm como objectivo avaliar a extensão e o estádio da doença no organismo. O sistema de estadiamento do cancro da mama leva em conta o tamanho do tumor, o envolvimento de gânglios linfáticos da axila próxima à mama e a presença ou não de metástases à distância.

Há vários tipos de cancro da mama?

Sim. O tratamento e o prognóstico variam de doente para doente e em função do tipo de tumor. Quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.

  • Carcinoma ductal “in situ” (CDIS): é o tumor da mama não invasivo mais frequente. Praticamente todas as mulheres com CDIS podem ser curadas. A mamografia é o melhor método para diagnosticar o cancro da mama nesta fase precoce.
  • Carcinoma lobular “in situ” (CLIS): embora não seja um verdadeiro cancro, o CLIS é, por vezes, classificado como um cancro da mama não invasivo. Muitos especialistas pensam que o CLIS não se transforma num carcinoma invasor, mas as mulheres com esta neoplasia têm um maior risco de desenvolver cancro da mama invasor.
  • Carcinoma ductal invasor (CDI): este é o cancro da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode disseminar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos. Cerca de 80 por cento dos cancros da mama invasores (ou invasivos) são carcinomas ductais.
  • Carcinoma lobular invasor (CLI): tem origem nas unidades produtoras de leite, ou seja, nos lóbulos. À semelhança do CDI, pode disseminar-se para outras partes do corpo. Cerca de dez por cento dos cancros da mama invasores são carcinomas lobulares.
  • Carcinoma inflamatório da mama: este é um cancro agressivo, mas raro.

Há ainda outros tipos de cancro da mama mais raros, como o Carcinoma Medular, o Carcinoma Mucinoso, o Carcinoma Tubular e o Tumor Filóide Maligno, entre outros.

Como se trata o cancro da mama?

A escolha entre as diversas opções de tratamento depende do estádio da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente. O especialista em patologia mamária é o profissional médico mais indicado para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada caso.

Dependendo das necessidades de cada doente, o médico poderá optar por um ou pela combinação de dois ou mais tratamentos.

  • Cirurgia: é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar. Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou o tamanho da mama.
  • Radioterapia: utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir as células cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Tal como a cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser externa ou interna.
  • Quimioterapia: é a utilização de drogas que agem na destruição das células malignas. Podem ser aplicadas através de injecções intramusculares ou endovenosas ou por via oral.
  • Hormonoterapia: tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a receber a hormona que estimula o seu crescimento. O tratamento pode incluir o uso de drogas, que modificam a forma de actuar das hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis pela produção dessas hormonas. Da mesma maneira que a quimioterapia, a terapia hormonal actua nas células do corpo todo.
  • Reabilitação: vem auxiliar os métodos de tratamento para que a paciente tenha melhor qualidade de vida. É feita através da cirurgia plástica de reconstrução e dos serviços médicos de apoio (fisioterapia, psicologia, etc.).

O tratamento cirúrgico é para tirar a mama?

Não necessariamente. Há diferentes tipos de cirurgia usados no tratamento de cancro da mama:

  • Tumorectomia: é a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.
  • Quadrantectomia: é a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor. É, pois, um tratamento que conserva a mama.
  • A radioterapia é aplicada após a cirurgia.
  • Mastectomia simples ou total: é a cirurgia que remove apenas a mama. Às vezes, no entanto, os gânglios linfáticos mais próximos também são removidos. É aplicada em casos de tumor difuso. Pode manter-se a pele da mama, que auxiliará muito a reconstrução plástica.
  • Mastectomia radical modificada: é a cirurgia que retira a mama, os gânglios linfáticos das axilas e o tecido que reveste os músculos peitorais.
  • Mastectomia radical: é a cirurgia que retira a mama, os músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Raramente utilizada.

Artigos relacionados

Quando o cancro da mama não leva a melhor

A importância da deteção precoce do cancro da mama

Efeitos secundários do tratamento do cancro da mama

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
30 de Março - Dia Nacional de Prevenção
O cancro da mama é um problema de saúde pública que afecta sobretudo as mulheres.

Os últimos dados estatísticos sobre o cancro da mama são de 2012 e são optimistas, uma vez que a incidência de cancro da mama continua a aumentar. Porém, a mortalidade diminuiu. Assim, “em 2012 a incidência em Portugal foi de 6.088 doentes e faleceram 1.570, o que corresponde a 18,4%. A prevalência foi de 5.440 ao ano, 15.390 aos 3 anos e 24.284 aos 5 anos”, refere Maria José Passos, oncologista médica do IPO Lisboa.

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher.

Em Portugal, anualmente são detectados cerca de 4.500 novos casos, e 1.500 mulheres morrem com esta doença com elevado impacto na sociedade, não só por ser muito frequente, e associado a uma imagem de grande gravidade, mas também porque agride um órgão cheio de simbolismo, na maternidade e na feminilidade.

Segundo Maria José Passos, “o cancro da mama é mais frequente nas mulheres de estrato socioeconómico mais elevado. A razão não é bem conhecida, mas especula-se que poderá dever-se a vários factores relacionados com diferentes estilos de vida, nomeadamente obesidade, dieta, factores ambientais. Já nas doentes com condição económica mais limitada, o cancro da mama é não raras vezes diagnosticado em fases avançadas porque procuram tardiamente o médico”.

Desta forma, o prognóstico varia consoante o estádio em que a doença é diagnosticada e das características do tumor primitivo. Por isso, é muito importante que esteja atenta a determinados sinais e sintomas, e perante os mesmos procure o seu médico. “De um modo geral as probabilidades de cura aumentam quando o diagnóstico é feito nos estádios iniciais da doença. Além disso permite que os tratamentos sejam menos agressivos, como por exemplo a cirurgia. Se o tumor for pequeno poder-se-á extrair apenas o tumor (tumorectomia) em vez de retirar toda a mama, e muitas vezes também os gânglios da axila (mastectomia radical)”, explica a oncologista.

Em muitos casos o tratamento pode controlar a doença e transformá-la em doença crónica sem sintomas, garantindo à doente uma boa qualidade de vida. Porém, alerta a especialista, deverá sempre haver uma vigilância médica periódica. Em casa, e mesmo nos casos em que não há doença, deve-se proceder ao auto-exame. “Embora não não substitua o exame médico, o auto-exame deve ser feito a seguir ao período menstrual nas mulheres pré menopáusicas e nas outras uma vez por mês”, comenta a oncologista.

Principais factores de risco

Os factores que provocam o cancro da mama e a forma como as mulheres se podem proteger para diminuir esse risco não são completamente conhecidos e continuam a ser investigados. “Não sabemos ainda como prevenir o aparecimento da doença, mas há várias medidas que podemos tomar para diminuir esse risco. Cada mulher deve consultar o seu médico para procurar o aconselhamento mais adequado ao seu caso”, explica Maria José Passos, sublinhando que, como em outros tipos de cancro, há vários factores dependentes do nosso estilo de vida que contribuem para aumentar o risco de cancro da mama:

  • Obesidade
  • Vida sedentária
  • Abuso de Álcool – os estudos sugerem que a ingestão de mais do que 1-2 bebidas alcoólicas por dia aumenta o risco de cancro da mama ou recidiva tumoral após tratamento.
  • Hábitos alimentares - aconselhável comer mais legumes e frutos, em vez de alimentos à base de gorduras animais
  • Evitar exposição a altas doses de radiação ionizante que aumenta o risco de cancro da mama.

Contudo, em alguns casos existe uma predisposição genética para cancro na mama e ovário. “É o que acontece em mulheres com mutações genéticas dos genes 1 e 2 (BRCA1 ou BRCA2)”, refere Maria José Passos, acrescentando que, estão disponíveis testes genéticos para identificar essas mutações, mas só devem ser feitos após aconselhamento médico e nunca por rotina.

Atenção aos sinais e sintomas de alerta:

  • Nódulos duros, heterogéneos e /ou empastamento mamário ou das axilas
  • Alterações no tamanho e forma da mama
  • Dor e ou corrimento mamilar, sobretudo se for unilateral e com sangue
  • Inversão do mamilo
  • Ulceração do mamilo
  • Irritação da pele ou outras lesões cutâneas de novo ou persistentes
  • Mamas quentes, edemaciadas com sinais de inflamação (pele de casca de laranja)
  • Dor mamária persistente (+ raramente).

Novos tratamentos. Mais esperança

Nos últimos anos registaram-se progressos muito importantes, que permitiram que os tratamentos fossem melhor tolerados, como por exemplo a utilização de antieméticos mais eficazes. Inclusive em muitas mulheres é possível preservar a fertilidade. “Nos casos em que apenas se utiliza cirurgia e radioterapia a fertilidade não é afectada e a doente pode engravidar sem problema”, refere a oncologista acrescentando que, “pelo contrário a quimioterapia antineoplásica pode provocar insuficiência ovárica e levar a uma menopausa precoce, sobretudo nas doentes com mais de 40 anos. Quanto mais avançada for a doença, mais agressiva terá que ser a terapêutica e maior a probabilidade de atingir a função ovárica. Nestes casos podem utilizar-se vários métodos de preservação da fertilidade antes do início da quimioterapia citostática”.

Ou seja, a forma como o tratamento do cancro da mama pode afectar a fertilidade depende de vários factores, como a idade, tipo de tratamento e estádio da doença, pois nem todos os tipos de cancro da mama afectam a fertilidade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alimentação em destaque
Comemora-se na próxima segunda-feira mais um Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Benefit patients with thyroid cancer
The European Medicines Agency (EMA) has recommended marketing authorisation for Lenvima (lenvatinib) for the treatment of...

Lenvima was reviewed under EMA’s accelerated assessment programme, as it provides a new treatment option for these patients.

Thyroid cancer is a rare disease which affects the thyroid, a small gland at the base of the neck that produces thyroid hormones. Thyroid carcinoma (DTC) is the most common type of thyroid cancer. It is generally treated with surgery, radioactive iodine and thyroxine therapy to suppress thyroid-stimulating hormone (TSH). Most people have a good prognosis following standard treatments. However, in a small group of patients, the cancer progresses despite treatment with radioactive iodine.

These patients currently have few treatment options. Patients may not experience symptoms of their disease until the cancer has progressed to an advanced stage and their prognosis is very poor.

Lenvima is a tyrosine kinase inhibitor. Tyrosine kinase inhibitors are a class of medicines that work by blocking certain enzymes known as tyrosine kinases. These enzymes can be found in some receptors on the surface of cancer cells and are involved in the growth and spread of cancer cells, and in the blood vessels that supply the tumours. To date, one tyrosine kinase inhibitor, Nexavar (sorafenib), has been approved in the European Union (EU) for the treatment of DTC in patients who no longer respond to treatment with radioactive iodine.

Because the type of cancer targeted by Lenvima is rare, the medicine received an orphan designation in 2013. Orphan designation and the associated incentives such as scientific advice are among the Agency’s most important instruments to encourage the development of medicines for patients suffering from rare diseases.

The main study on which Lenvima’s recommendation is based is a phase III trial including 392 patients with progressive DTC no longer responding to radioactive iodine, who were randomly assigned to receive either Lenvima or placebo. The study showed that patients treated with Lenvima lived on average 14.7 months longer without their disease progressing than patients treated with placebo.

A large proportion of people receiving Lenvima during the studies needed to reduce the dose or interrupt treatment because of side effects (mainly high blood pressure and excess protein in the urine). Overall EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) considered that Lenvima has a safety profile which is consistent with other similar therapies and that side effects were predictable and manageable. However, the CHMP has requested a further study to investigate the most appropriate starting dose of Lenvima to optimise the benefits and reduce risks for patients who will be treated with the medicine.

The opinion adopted by the CHMP at its March 2015 meeting is an intermediary step on Lenvima’s path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on EU-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, a decision about price and reimbursement will then take place at the level of each Member State considering the potential role/use of this medicine in the context of the national health system of that country.

Gardasil 9
The European Medicines Agency (EMA) has recommended Gardasil 9 (human papillomavirus vaccine) for the prevention of diseases...

Human papillomavirus (HPV) is a group of viruses that commonly affects both men and women. Infection with some types of HPV can cause abnormal tissue growth including warts, and changes to cells. Persistent infection with certain types of HPV can also cause cancers of the cervix, anus, vagina and vulva, as well as cancers of the mouth and throat. Nearly 100% of cervical cancers, 90% of anal cancers, 70% of vaginal cancers and 15% of vulvar cancers are caused by HPV.

Gardasil 9 is recommended for use in boys and girls from nine years of age to protect against cervical cancer and pre-malignant cervical lesions, vulvar and vaginal cancers and pre-malignant vulvar and vaginal lesions, pre-malignant anal lesions and anal cancers and external genital warts covered by HPV types 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 and 58.

Like Gardasil, it protects against the most common HPV types associated with disease (6, 11, 16, 18), but it also protects against five additional HPV types (31, 33, 45, 52 and 58).

Gardasil 9’s recommendation is based on four main studies, which looked at the efficacy of Gardasil 9 in protecting against disease caused by HPV types 31, 33, 45, 52 and 58, and also assessed whether Gardasil 9 continued to protect against HPV types 6, 11, 16, 18 compared with Gardasil.

The safety of Gardasil 9 was evaluated in more than 23,000 people in seven clinical trials. The assessment also took into account experience from the use of Gardasil, which has been authorised in the EU since 2006. The most commonly reported adverse reactions were injection site pain, swelling, redness, and headaches.

Gardasil 9 is administered in three separate injections, with the initial dose followed by additional injections given two and six months later. All three doses should be given within a one‑year period.

The company received scientific advice from the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) which pertained to clinical aspects of the company’s application.

The opinion adopted by the CHMP at its March 2015 meeting is an intermediary step on Gardasil 9’s path to patient access. The CHMP opinion will now be sent to the European Commission for the adoption of a decision on European Union (EU)-wide marketing authorisation. Once a marketing authorisation has been granted, a decision about price and reimbursement will then take place at the level of each Member State considering the potential role/use of this vaccine in the context of the national health system of that country.

Mais de 40% dos casos
Factores como stress, ansiedade e depressão afectam a saúde oral, potenciando o desgaste dentário, registando-se um aumento na...

Esta tendência parece estar associada ao aumento do consumo de antidepressivos. Bruxismo, consumo excessivo de alimentos ácidos e a utilização de dentífricos branqueadores abrasivos são outras das causas apontadas.

Os antidepressivos são frequentemente associados à redução da saliva e sensação de “boca seca”. A diminuição dos níveis de saliva - cuja função é proteger dentes e gengivas de infecções – potencia o aparecimento de infecções e a erosão dentária, levando à fractura. Também o bruxismo, que consiste no ranger ou apertar dos dentes, normalmente durante o sono, e que pode ser sintoma de stress, danifica o esmalte dentário, aumentando o risco de fractura, podendo levar à extracção do dente afectado.

Outro dos responsáveis pela erosão dentária é uma dieta excessivamente ácida, através do consumo frequente de alimentos como refrigerantes, bebidas desportivas, sumos de fruta ou vinho.

A utilização de pastas dentífricas branqueadoras é também um factor de risco, quando o nível de abrasividade é elevado. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), o nível de abrasividade máximo recomendado nas pastas de dentes é de 200 RDA (Radioactive Dentin Abrasion - Abrasão Dentária Radioactiva).

Segundo Débora Rodríguez-Vilaboa, especialista em medicina dentária, “a escolha do dentífrico deve ter em conta um nível de erosão baixo, para evitar desgaste do esmalte, que irá potenciar o aparecimento de cáries e aumentar o risco de fractura”.

Em Portugal, estão disponíveis dentífricos com baixos índices de abrasividade, tal como a gama Yotuel, linha de higiene e branqueamento oral, composto por três opções de pasta dentífrica, elixir e caneta branqueadora. A gama regista o menor nível de abrasividade em produtos de branqueamento e está disponível em farmácias e parafarmácias.

Neuropsicólogo
A capacidade de suportar a dor está nos genes, disse à agência espanhola EFE o neuropsicólogo Francisco Rivero, que explicou...

Rivero referiu que há certas situações pessoais que determinam como se sente a dor, como o desemprego e o stress, e também são importantes a formação individual e a capacidade de entender como e porque se tem a dor, incluindo as expectativas de dispor de um tratamento para a doença que a provoca.

O investigador declarou que é necessário distinguir entre a dor aguda, que se sente de forma intensa e durante um período de tempo, e a crónica, que tem pessoas com doenças como a diabetes ou a fibromialgia.

O investigador disse que, às vezes, pensa-se que a dor física é uma coisa e a emocional é outra, mas para as estruturas cerebrais que as põem em funcionamento não há tal diferença. Assim, por exemplo, uma depressão, que tem origem psicológica, pode levar também à dor física.

Em torno da dor aguda foram feitos muitos estudos para saber o que acontece no cérebro, mas não há muitos trabalhos de investigação das reder cerebrais que estão implicada na dor crónica, reconheceu o investigador.

Explicou que a capacidade de suprimir a dor (a analgesia congénita) é muito raro, pois afecta um em cada milhão de pessoas, mas não é difícil encontrar quem suporte melhor a dor, acrescentando que foram agora encontrados genes que estão implicados neste processo de piorar ou aguentar a dor.

O investigador insistiu que estes genes indicam uma pré-disposição, pois há condicionantes externos, como situações pessoais que actuam na forma em como se vai desenvolver a dor.

Saber mais sobre boa alimentação
Fazer uma boa alimentação é muito importante para quem tem cancro, porque tanto a doença como o seu

A nutrição tem um papel importante no tratamento do cancro. Comer os alimentos certos antes, durante e depois do tratamento do cancro da mama pode ajudar a sentir-se bem e manter-se com mais força e energia. Todos os alimentos podem ser incluídos numa dieta saudável desde que estejam presentes de uma forma equilibrada.

As necessidades nutricionais de uma pessoa com cancro, tal como para a restante população saudável, variam com o sexo, a idade, o tipo de exercício físico praticado, a condição fisiológica, a composição corporal e o estilo de vida. Porém, fazer uma boa alimentação é muito importante para quem tem cancro, porque tanto a doença como o seu tratamento podem alterar a sua forma de comer, bem como alterar a forma como o corpo tolera certos alimentos e utiliza os seus nutrientes. Comer adequadamente significa ingerir uma variedade de alimentos que darão ao seu corpo os nutrientes necessários para ajudar a combater o cancro.

Comer adequadamente durante o seu tratamento pode ajudar a:

  • Sentir-se melhor,
  • Manter a sua força e energia,
  • Manter um peso desejável e as suas reservas nutricionais,
  • Tolerar melhor os efeitos secundários do tratamento,
  • Baixar o seu risco de infecção,
  • Recuperar mais rápido.

Proteínas

Efeitos no organismo
Crescimento, reparação do tecido celular, manutenção do sistema imunitário competente.

Depois da cirurgia, quimioterapia, radioterapia, poderá necessitar de consumir mais alimentos ricos em proteína para ajudar à recuperação dos tecidos e ao combate à infecção.

Na carência destas a recuperação poderá ser mais lenta já que o organismo necessita de ir recuperar as proteínas em falta ao músculo.

Fontes
Alimentos de origem animal, tais como os lacticínios magros (leite, queijo, iogurte, requeijão), peixe, carnes magras, ovos.

Também existem em quantidade apreciável em produtos de origem vegetal como as leguminosas frescas e secas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas e soja).

Gorduras

Efeitos no organismo
Grandes fornecedores de energia.

Coma preferencialmente alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas ou polinsaturadas.

Reduza o consumo de gorduras saturadas (presentes em alimentos como os lacticínios de elevado teor de gordura e outros derivados como as natas e manteiga, gordura de constituição das carnes vermelhas, pele de aves, produtos de salsicharia/charcutaria) porque aumentam os níveis de colesterol. Estas gorduras só devem corresponder a 10% da ingestão diária total de gorduras.

Elimine as gorduras trans da sua alimentação porque aumentam o “mau” colesterol e reduzem o “bom” colesterol. As gorduras trans resultantes das gorduras hidrogenadas obtidas no processamento industrial, alterações principais nos polinsaturados e estão presentes essencialmente nas carnes vermelhas, em muitos snacks, como as batatas fritas e as tiras de milho, nos chocolates, bolos de pastelaria, empadas e folhados.

Fontes
Monoinsaturadas: azeite, óleo de canola e amendoim.

Polinsaturadas: óleos vegetais (milho, girassol, soja, sésamo), frutos secos e gordura de constituição de carnes brancas. Peixes gordos como a sardinha, salmão e a cavala.

Hidratos de Carbono

Efeitos no organismo
Nutriente energético que deverá estar presente em maior proporção. São o “combustível” por excelência do organismo para a actividade física e para o correcto funcionamento dos órgãos.

Fontes
Arroz, farinha, massa, pão, flocos de cereais integrais, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas e soja) e fruta.

Vitaminas e Minerais

Efeitos no organismo
Fundamentais para que o organismo funcione correctamente. Ajudam o corpo a utilizar a energia proveniente dos alimentos.

Fontes
A maioria encontra-se naturalmente nos alimentos. Podem também encontrar-se em suplementos alimentares quando é necessária uma quantidade adicional.

Antioxidantes

Efeitos no organismo
Combatem os radicais livres presentes no organismo que podem danificar as células.

Fontes
Vitamina A: hortícolas de cor verde escura ou alaranjada (brócolos, couve, cenoura, abóbora), fígado, peixe gordo (salmão, arenque, atum, sardinha).

Vitamina C: Frutas Cítricas (morangos, kiwi, papaia, manga, uvas, melão) e hortícolas como couve-galega, espinafres, couve-flor, couve-bruxelas, brócolos, pimentos vermelhos, tomate.

Vitamina E: hortícolas de cor verde escura, frutos gordos (avelãs, amêndoas e nozes), cereais integrais e seus derivados, óleos vegetais (óleo de milho, girassol, soja, amendoim).

Selénio: frutos do mar, hortícolas (brócolos, repolho, aipo, cebola, tomate, alho).

Zinco: frutos do mar, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas e soja), levedura de cerveja.

Água

Efeitos no organismo
É vital para a saúde. Todas as células do corpo necessitam de água para funcionarem. A ingestão deficiente ou a perda de líquidos (vómitos ou diarreia) pode causar desidratação.

Fontes
Está presente nos alimentos, mas deve ser ingerida diariamente entre 1,5 e 3 litros. Outros alimentos líquidos, designadamente o leite, iogurte, frutos, produtos hortícolas têm na sua composição grande quantidade de água. Algumas preparações culinárias, como as sopas e caldeiradas, são boas fornecedoras de água.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo
Mais de 80% das pessoas que vivem actualmente em lares são “muito idosas”, têm múltiplas doenças, e mais de 30% têm demência,...

O estudo, que faz parte do projecto VIDAS – Valorização e Inovação em Demências, da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), teve a duração de um ano e envolveu 23 instituições e 1.500 idosos, que foram avaliados por especialistas para determinar o grau e a taxa de demências.

Em declarações, o psiquiatra Manuel Caldas de Almeida, responsável pelo estudo, explicou que “o projecto pretende, por um lado, saber a realidade da demência nos lares e nas instituições e, por outro lado, poder desenhar algumas estratégias para melhor responder a estas pessoas”.

O estudo veio confirmar que “há uma maioria muito alargada de pessoas nos lares com deterioração cognitiva” e mais de 30% com demência, disse Caldas de Almeida.

“Não só é um número elevado mas também há uma heterogeneidade grande. Ou seja, não podemos dizer que há só pessoas com demência muito avançada ou só com demência ligeira, há de tudo”, comentou.

Além destas situações, há também “um número elevadíssimo de pessoas com fragilidade geriátrica”, referiu o coordenador do estudo, que foi divulgado no seminário da UMP, a decorrer no Centro João Paulo II, em Fátima.

“Mais de 80% das pessoas nos lares são muito velhas - a média etária das 1.500 pessoas é de 82 anos - com múltiplas patologias” e os equipamentos não estão preparados para responder a estas situações.

Caldas de Almeida observou que o perfil das pessoas que reside em lares actualmente é diferente daquele para o qual estes equipamentos foram criados.

“São lares que foram feitos para dar resposta hoteleira, com suporte social, de cama, mesa e roupa lavada”, e neste momento estão “a ser utilizados por outro tipo de pessoas, muito mais dependentes, muito mais doentes e com demência”.

Esta situação obriga os lares a fazerem uma adaptação “a este grave problema de demência e da fragilidade geriátrica”, defendeu.

Esta questão foi contemplada no estudo que envolveu um projecto de avaliação e adaptação da arquitetura e do ambiente ao problema da demência.

A “boa notícia”, disse Caldas de Almeida, é que na maioria dos casos é possível adaptar estes lares para que estes idosos possam ali “viver com qualidade”.

O projecto Vidas também envolveu a formação de 500 profissionais que estão nestas instituições. “Claramente é uma área a apostar porque a competência dos profissionais é algo fundamental na qualidade de vida das pessoas com demência”, frisou.

O responsável explicou que se os lares tiverem profissionais competentes vão “evitar em muito a agitação e a agressividade e os problemas secundários da demência”.

Outra “boa notícia” é que estes 500 profissionais revelaram “uma enorme vontade e capacidade de aprendizagem” para cuidar destes idosos.

Comentando o facto de as pessoas que estão nos lares serem cada vez mais idosas, Caldas de Almeida disse que é “um bom sinal”, porque significa que as pessoas estão a conseguir ficar em casa mais tempo e que os apoios domiciliários estão a funcionar.

Ordem dos Farmacêuticos
A Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos promove várias Sessões de Discussão sobre o Uso Responsável do...

A “Acessibilidade ao medicamento no tempo certo”; “A problemática da Polimedicação”; “Optimização do uso dos Antibióticos”; “Os erros de medicação” e “Utilização de Genéricos” são os principais temas destas sessões, que visam reforçar a necessidade de encarar o uso responsável do medicamento como uma questão de saúde pública.

“O uso responsável do medicamento deve ser um desígnio de todos, desde o profissional de saúde ao utente. Através destas sessões pretendemos atingir o objectivo de sensibilizar para esta temática e discutir as oportunidades de melhoria no uso do medicamento junto da população e dos próprios profissionais de saúde”, afirma Ema Paulino, Presidente da Direcção da Secção Regional de Lisboa.

As Sessões de Discussão são dirigidas a profissionais de saúde, estudantes e a qualquer cidadão com interesse nesta temática. A entrada é gratuita, estando apenas sujeita a pré-inscrição.

As Sessões de Discussão contam com a participação de representantes de diversas instituições, nomeadamente: Ordem dos Farmacêuticos, Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, APIFARMA, INFARMED, Administrações Regionais de Saúde, Direcção-Geral de Saúde e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Temáticas:

  • Acessibilidade ao medicamento no tempo certo (Santarém Hotel, 8 de Abril)
  • Utilização de Genéricos (Sana Malhoa Hotel, 29 de Abril)
  • Os erros de medicação (Rossio Hotel – Portalegre, 14 de Maio)
  • Optimização do uso dos Antibióticos (Sana Malhoa Hotel, 27 de Maio)
  • A problemática da polimedicação (Vila Galé Marina, 23 de Junho)

“A campanha de consciencialização para o Uso Responsável do Medicamento, com o slogan “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, tem como objectivo primordial alertar a população, promover as boas práticas e debater a temática do Uso Responsável do Medicamento, nomeadamente a sua pertinência, contexto internacional e nacional, e propostas para a sua aplicação de forma a maximizar o investimento em medicamentos, com vista à obtenção de ganhos em saúde”, finaliza Ema Paulino.

Estas edições do Ciclo de Conferências 2015 serão alvo de transmissão em directo (web conference) através do Portal da OF, em www.ordemfarmaceuticos.pt.

Relatório da Direcção-Geral da Saúde
Doença respiratória afecta sobretudo homens adultos e está relacionada com a obesidade e a hipertensão. Estudo da Direcção...

Os doentes com apneia obstrutiva do sono, uma doença respiratória que afecta sobretudo os homens acima dos 40 anos, esperam em média quase sete meses por um exame que confirme a patologia no Serviço Nacional de Saúde. Já os que acabam por recorrer ao sector privado conseguem ter uma resposta no período de um mês. O dado faz parte de um relatório publicado nesta quinta-feira pela Direcção-Geral da Saúde intitulado “Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono: epidemiologia, diagnóstico e tratamento”.

O documento do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias tem como base um estudo da Rede Médicos-Sentinela, que é constituída por um grupo de 117 médicos de família que trabalham nos centros de saúde e que recolhem voluntariamente dados sobre vários indicadores. Os dados reportados pelos médicos, que incluem doentes até 31 de Dezembro de 2013, apontam para a existência de 311 casos de apneia, com os doentes com uma idade média de quase 63 anos.

Os valores dos médicos sentinela, extrapolados para a população, correspondem a uma prevalência de apenas 0,67%, muito inferior ao que se sabe existir, pelo que os autores alertam tanto para problemas de registo como de diagnóstico. E insistem que o facto de os diagnósticos não serem feitos com maior rapidez pode trazer vários problemas aos doentes, já que a apneia pode ter “repercussões cardiovasculares”, além de “efeitos na morbilidade e mortalidade e também alterações neuropsicológicas que propiciam a ocorrência de acidentes laborais e de viação”. Em metade dos casos identificados os sintomas eram já graves.

Regra geral, outros estudos indicam que a apneia do sono afecta sobretudo os homens com mais de 40 anos e as estimativas apontam para que possa afectar até um total de 10% da população adulta. No geral, a proporção é de quase nove homens por cada mulher afectada. Uma diferença que se justifica por vários factores, como a forma como a gordura nos homens se distribui, concentrando-se mais no pescoço, maior comprimento da via respiratória e ausência de protecção hormonal através dos estrogénios.

Quanto a exames, o trabalho da Direcção-Geral da Saúde diz que a quase totalidade dos doentes com o diagnóstico de apneia realizou um estudo do sono. O exame mais comum foi a polissonografia, seguida da poligrafia do sono, ambas feitas em mais de 80% dos casos através do Serviço Nacional de Saúde. A polissonografia é o exame que se costuma realizar de forma mais frequente para confirmar a presença da doença, uma vez que permite perceber quando é que o doente tenta respirar e não consegue devido a uma obstrução.

Contudo, os autores destacam diferenças importantes no tempo de espera entre públicos e privados: “A média do tempo de espera em instituições públicas foi de 6,8 meses (mínimo de 0 meses e máximo de 36 meses). O tempo de espera para realização de estudo do sono em instituição privada foi de 1 mês, variando entre um mínimo de 0 meses e um máximo de 9 meses”. O estudo alerta que “embora os tempos de espera aconselhados rondem os 6 meses, salienta-se que em 29,1% dos casos estudados o tempo de espera foi superior ao recomendado (nalguns casos cerca de 3 anos)”.

“Tendo em conta que o diagnóstico e instituição precoce de tratamento previne a evolução da doença para formas mais graves, reduzindo, desse modo, a ocorrência das complicações cardiovasculares e neuropsicológicas, os resultados sugerem a vantagem em investir na melhoria da acessibilidade ao diagnóstico e, quando for caso disso, na redução de eventuais iniquidades em saúde”, acrescenta. Os dados permitiram também confirmar a associação entre a apneia do sono e outras características, como a obesidade que estava presente em quase 85% dos doentes. Além disso, 74,8% das pessoas tinham também hipertensão arterial e 38,7% diabetes.

O problema é que os doentes muitas vezes não percebem o que têm e são outros sintomas, como acordar muito cansado ou com dificuldades respiratórias, que lançam o alerta para a apneia, que se traduz em colapsos das vias aéreas superiores que se fazem sentir de forma intermitente durante o sono. Os afectados ficam com a respiração irregular e normalmente despertam várias vezes de noite.

Dia Nacional do Dador de Sangue
O grupo de trabalho formado em 2012 para estudar a questão continua sem conclusões, não se tendo reunido uma única vez no ano...

Em 2012 o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) formou um grupo de trabalho para apurar se homossexuais e bissexuais poderiam dar sangue. Mais de 26 meses depois, o grupo constituído por 12 pessoas continua sem ter apresentado qualquer relatório e nem uma única reunião no ano 2014, adianta o jornal Público.

Designado como Grupo de Trabalho sobre Comportamentos de Risco com Impacto na Segurança do Sangue e na Gestão de Dadores, este grupo tem elementos provenientes de várias instituições portuguesas ligadas à saúde cujas identidades o IPST se recusa a revelar. “Não posso dizer quem faz parte porque teria de pedir autorização às pessoas”, esclarece, em declarações ao Público, Gracinda de Sousa, da Direcção do instituto.

Apesar da insistência da ILGA Portugal ainda não foi partilhada qualquer informação relativamente ao estudo que está a ser levado a cabo, com o grupo de activismo homossexual a assegurar que o IPST se comprometeu com a apresentação de um relatório para Dezembro de 2014.

Entretanto, a ILGA confirma que tem recebido queixas de vários dadores que acusam o IPST de os ter excluído das suas listas. Confrontada com o assunto, Gracinda Sousa afirma que o IPST “com a orientação sexual das pessoas” e que apenas interessam as “práticas que podem ter impacto sobre a qualidade e a segurança do sangue.”

Páginas