União Europeia
A União Europeia autorizou hoje a importação e comercialização de 19 organismos geneticamente modificados, dois dias depois de...

Onze produtos da multinacional norte-americana Monsanto constam da lista de organismos geneticamente modificados (OGM) autorizados, precisou a Comissão Europeia em comunicado.

Outros oito são produtos da empresa norte-americana Dupont e dos grupos alemães Bayer e BASF.

Dezassete destes OGM destinam-se à alimentação animal e humana e dois são flores.

As autorizações de importação e comercialização destes organismos "estavam suspensas" porque os Estados-membros não tinham chegado a um entendimento para constituir uma maioria a favor ou contra a sua comercialização.

A autorização agora concedida é imediata e válida por 10 anos.

A Comissão Europeia entregou quarta-feira aos Estados-membros o poder de decisão sobre a utilização em géneros alimentícios e alimentos para animais de organismos geneticamente modificados autorizados pela União Europeia (UE).

A alteração ao processo decisório sobre OGM foi decidida na sequência de orientações políticas dadas pelo Parlamento Europeu (PE), entregando aos governos dos 28 o poder de decidir sobre a inclusão ou exclusão de OGM da cadeia alimentar.

Segundo Bruxelas, o atual sistema de autorização de OGM, baseado em dados científicos e as regras de rotulagem que asseguram a liberdade de escolha dos consumidores não serão alterados.

Se os governos europeus aprovarem a reforma apresentada na quarta-feira, poderão proibir a utilização no respetivo território destes organismos, caso contrário vigoram as autorizações existentes.

A organização ambientalista Greenpeace acusou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de não ter intenção de aproximar a Europa dos cidadãos, como prometeu, e de agir a favor dos interesses dos Estados Unidos e da empresa Monsanto.

A proposta da 'Comissão Juncker' terá de ser aprovada pelo PE e pelo Conselho de Ministros da UE, em processo de co-legislação.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, reconheceu que "há muito a fazer" para corrigir as assimetrias regionais em termos...

No entanto, Paulo Macedo sublinhou que os resultados na área oncológica em Portugal "comparam com o que de melhor se faz na Europa e no mundo".

"Os resultados em Portugal estão ao nível do melhor que há", enfatizou.

Um inquérito desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia junto de 600 profissionais daquela área da saúde revela que a maioria dos inquiridos considera que a qualidade do tratamento contra o cancro varia consoante o hospital onde é administrado e que Portugal não está preparado para o aumento desta doença.

Paulo Macedo reconheceu que "as assimetrias são um problema" e "têm de ser combatidas", nomeadamente através de incentivos à fixação de médicos no interior.

O governante aludiu ao investimento que o Governo está a fazer na actualização e modernização de toda a área da radioterapia, na manutenção da área da quimioterapia "de acordo com as melhores práticas" e no aumento da capacidade de resposta em termos de cirurgias.

"Relativamente às cirurgias, melhorámos os tempos de resposta, mas somos sistematicamente pressionados, porque temos mais pessoas a procurar", referiu, para vincar que esta é uma área em que é "claramente" preciso "melhorar e fazer esforço constante".

Disse que vão ser melhoradas as condições nos blocos operatórios dos institutos portugueses de Oncologia (IPO) de Coimbra e de Lisboa, "que são os que precisam mais".

Segundo Paulo Macedo, os três IPO vão beneficiar de um investimento de 40 milhões de euros, ficando assim dotados de "adequados" meios e infraestruturas.

O ministro reiterou que os resultados oncológicos em Portugal "estão ao nível do melhor que há" no mundo, mas lembrou que a prevenção é "a área prioritária".

Nesse sentido, destacou a nova lei do tabaco, aprovada na quinta-feira, para dar "melhor informação" aos fumadores e para proteger os fumadores activos e passivos.

"Foi mais um passo na prevenção", referiu, sublinhando que 7 a 8% dos tumores nos pulmões resultam do tabaco.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou a apreensão de cerca de 900 quilos de amêijoa imprópria para consumo...

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adianta em comunicado que, na acção realizada na quarta-feira, foram ainda detidas duas pessoas, além de ter sido suspensa a actividade do armazém improvisado por “falta de condições técnico-funcionais, de higiene e de licenciamento”.

O processo-crime foi instaurado por “comercialização de géneros alimentícios anormais avariados”, tendo sido apreendidos 47 objectos de pesca, uma viatura de transporte de mercadoria e dinheiro resultante da actividade num valor total acima dos 13 mil euros.

Mais de mil pessoas foram sensibilizadas
No âmbito da campanha Stop Diabetes, do Programa Nacional para a Diabetes da Direcção-Geral da Saúde, estudantes da Faculdade...

A campanha Stop Diabetes, do Programa Nacional para a Diabetes (PND), da Direcção-Geral da Saúde (DGS) tem vindo a implementar acções para contrariar o crescente aumento da diabetes em Portugal: a promoção de estilos de vida saudável é a base de uma prevenção eficaz, permitindo reduzir em 60% a evolução da Diabetes nas pessoas em risco.

Este foi o mote da acção que decorreu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa alertaram mais de mil pessoas para a importância de prevenir a diabetes, evitando os seus custos, complicações e consequente redução da qualidade de vida: a diabetes é a primeira causa de cegueira, diálise, amputações não traumáticas, enfartes do miocárdio e AVC em adultos jovens. As pessoas puderam ainda, pelo valor simbólico de 20 cêntimos, levar uma maçã, um alimento que deve fazer parte de uma dieta mais saudável.

Considerada a pandemia do século XXI prevê-se que a diabetes possa atingir, nos próximos 30 anos, mais de 20% da nossa população. Segundo o relatório de saúde da OCDE de 2014, Portugal é o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da diabetes (13%).

“É importante que se fale sobre a diabetes com os familiares, com os amigos, com os colegas, desmistificar tabus e, ainda, propor o tema a dirigentes, representantes ou líderes políticos para que tomem medidas antes que haja consequências mais graves. Se nada for feito, calcula-se que o número de casos anuais de diabetes duplique para 120 mil nos próximos 10 anos. Prevenir a Diabetes é um dever de todos e começa com cada um de nós”, defende José Manuel Boavida, diretor do PND da DGS.

A Diabetes Tipo 2 é a forma mais comum da doença e está fortemente ligada aos estilos de vida, à alimentação e à idade. A intervenção do Programa Nacional para a Diabetes tem sido ao nível do combate aos factores de risco associados, nomeadamente aqueles que são possíveis de controlar. Foi nestes pontos que os estudantes se centraram esta quarta-feira em Lisboa angariando, assim, 180 euros para o Núcleo Jovem da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal.

Associação de Amputados e hospital de Gaia
Associação Nacional de Amputados assina protocolo de prestação de serviços de saúde com o novo hospital privado de Gaia.

No próximo dia 4 de Maio, pelas 15h00, a ANAMP – Associação Nacional de Amputados, assina um protocolo de prestação de serviços de saúde com o novo Hospital Privado de Gaia, em funcionamento desde 12 de Janeiro passado. A cerimónia, que decorrerá nas instalações do Hospital (situadas no Lugar da Barrosa, Vila Nova de Gaia, junto ao GaiaShopping) contará com a Presença da Presidente da ANAMP, Paula leite, e do Administrador do Hospital Privado de Gaia, Nelson de Brito.

O protocolo – que visa a prestação de serviços de saúde em condições especiais para os associados da ANAMP e seus familiares directos – abrange os serviços de Consulta Externa, Urgência, Meios Auxiliares de Diagnóstico e Terapêutica, Internamento e Blocos Operatório e de Partos do Hospital Privado de Gaia.

A ANAMP é uma associação sem fins lucrativos criada em Dezembro de 2014 e que neste momento está na fase de angariação de sócios e de parceiros com vista à oferta de serviços específicos dirigidos aos amputados e familiares/amigos. O seu objectivo é simples, tirar as pessoas amputadas de casa e mudar mentalidades, criando um colectivo de aceitação, não só social, como focada num objectivo “eu próprio me aceitar”. Romper barreiras, valores, desbravar caminhos para a felicidade, abrir horizontes e afirmar a qualidade de vida é o lema da causa liderada por Paula Leite, a Presidente.

A Associação Nacional de Amputados é a concretização de um sonho de uma mulher que passou por um processo complicado após um acidente. Que se sentiu abandonada e pouco esclarecida. Que não encontrou soluções ideais para o seu problema no primeiro momento. Que demorou algum tempo a perceber que sozinha teria que ultrapassar os obstáculos que surgiam pela frente. Que hoje sonha em correr. Neste momento Paula Leite lidera uma campanha cujo desafio é angariar sócios dispostos a lutar com a ANAMP ‘Por uma Vida mais Viva’. Para completar esta causa basta aceder a www.anamp.pt.

 

Manter o corpo em movimento
A prática regular de uma atividade física deve associar-se a hábitos alimentares adequados para não

É através dos alimentos, que o organismo obtém energia e outros nutrientes essenciais. Os músculos e o cérebro necessitam constantemente de açúcar (glicose) para se “alimentarem” e responderem de forma adequada.

Este provém dos alimentos que são ingeridos antes e durante o exercício, sobretudo quando este é mais prolongado. Quando um atleta não ingere uma quantidade suficiente de alimentos fornecedores de glicose, o organismo tem que recorrer a um “combustível” alternativo que se encontra nas suas reservas. Este processo provoca um maior esforço e desgaste podendo conduzir a desequilíbrios do organismo.

Podemos dividir os praticantes em dois grupos: Praticantes de actividade física diária e atletas de competição.

Considerando o primeiro grupo, uma alimentação correcta contribui de forma satisfatória, recuperando o corpo, fornecendo energia durante a actividade e aumentando a massa muscular através do consumo de certos alimentos. Para que o aumento de massa muscular seja garantido, é necessário uma alimentação diária adequada, que contenha os seguintes nutrientes: hidratos de carbono, legumes, frutas, gorduras “boas” e proteínas, consumidos em porções e horários adequados.

Os hidratos de carbono complexos contêm fibra na sua constituição, como por exemplo a aveia, o pão integral e o arroz integral. São fonte primária de energia, têm o poder de retardar a fadiga e diminuir o risco de lesões, permitindo assim um treino mais intenso e consistente.

Deverão ser consumidos prioritariamente, antes do treino (45 min antes), associado às proteínas mas em maior proporção. Esta combinação faz com que o praticante evite o uso da massa magra como fonte de energia, privilegiando os hidratos de carbono. Durante a actividade a hidratação deverá ser contínua, uma vez que há perda de água e minerais através da sudorese. Para aqueles que realizam um treino superior a sessenta minutos a hidratação deverá ser realizada com a ingestão de bebidas hidroeletrolíticas acrescidas de hidratos de carbono, capazes de repor os líquidos e minerais perdidos. Após o exercício, dever-se-ão consumir hidratos de carbono, porém de índice glicémico mais elevado para que ocorra uma recuperação das reservas de energia perdidas. Deverão ser consumidas também proteínas, para auxiliar o aumento de massa muscular pretendido, assim como para reparar as microlesões musculares adquiridas durante o treino.

Avançando para o segundo grupo, se considerarmos alguns desportos de competição, antes de provas de longa duração, será importante fazer uma refeição que prepare os atletas para as três horas seguintes. É preciso privilegiar alimentos ricos em hidratos de carbono complexos para fornecer energia necessária para a actividade e iniciar a oxidação da gordura com mais eficiência. Alimentos como o pão de centeio ou mistura, as tostas, os cereais integrais de pequeno-almoço, a fruta ou o iogurte serão uma boa opção.

Durante as provas mais longas, se não houver oportunidade para fazer uma pausa, é importante que o atleta tenha consigo, alguns alimentos fáceis de transportar que, ao mesmo tempo, sejam bons fornecedores de energia, nomeadamente, peças de fruta, barras de cereais, frutos secos, bolachas ou sandes. A hidratação neste grupo é, também, fundamental. Tem a função de transporte de nutrientes aos músculos e ao cérebro, a eliminação de substâncias produzidas durante a prática da atividade física ou a produção de suor, responsável pelo arrefecimento do organismo em dias mais quentes ou provas de maior duração. As bebidas alcoólicas e os refrigerantes não deverão ser consumidos durante a prática de actividade física pois tanto o álcool como o açúcar contribuem para a desidratação. Depois da prova a alimentação deverá ser equilibrada, com alimentos ricos em hidratos de carbono e proteínas. As últimas têm como função recuperar os tecidos musculares que sofreram as pressões da actividade física, e os primeiros irão contribuir para a recuperação das reservas energéticas.

Portanto, manter o corpo em movimento e uma alimentação saudável é a associação ideal para quem deseja não só a questão estética, mas também para os que querem viver bem e com saúde.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo
Uma investigação da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, indica que a cafeína pode influenciar a produção de...

O investigador responsável pelo estudo, Pedro Oliveira, explica tratar-se de um “estudo preliminar que não permite estabelecer as doses específicas de cafeína que um adulto deve consumir”, mas também salienta que “os resultados obtidos sugerem que a ingestão de uma dose diária de cafeína, correspondente a três ou quatro cafés ou cinco ou seis chávenas de chá, parece não ter efeitos negativos sobre as células de Sertoli” e, melhor, “parece ter efeitos promotores sobre o funcionamento metabólico das células”.

“Os resultados indicam que a cafeína altera o metabolismo das células de Sertoli, as quais apoiam o desenvolvimento dos espermatozóides”, explica igualmente Pedro Oliveira, citado em nota de imprensa enviada pela Universidade da Beira Interior (UBI).

Em resumo, embora seja necessário o desenvolvimento de “mais estudos para esclarecer a dose de cafeína que pode ser benéfica ou prejudicial para a função das células de Sertoli, os resultados sugerem que o consumo moderado parece seguro para a saúde reprodutiva masculina e promove condições para o desenvolvimento e sobrevivência dos espermatozóides”, acrescenta.

A nota adianta que a investigação está a ser levada a cabo no Centro de Investigação em Ciências da Saúde da UBI e que foi recentemente publicada na revista cientifica Toxicology.

Segundo o referido estudo, “em doses baixas ou moderadas, o composto provoca que estas células produzam lactato, um elemento essencial para a espermatogénese acontecer”.

“No entanto, quando a quantidade de cafeína é muito elevada, o efeito pode ser o contrário por uma oxidação maior das células”.

A informação também aponta que a investigação foi realizada in vitro com células de Sertoli humanas provenientes de biopsias testiculares.

“Os investigadores aplicaram a estas células três doses diferentes de cafeína para imitar as concentrações observadas em consumidores pontuais, moderados e compulsivos de bebidas ricas em cafeína, tais como café, chá verde e chá preto”, está especificado.

Os cientistas julgam que estas experiências são um bom modelo para compreender o que realmente acontece no corpo, considerando que as células de Sertoli são essenciais para a fertilidade masculina, já que definem a quantidade de espermatozóides que se formarão.

Deste modo, e considerando que “há outros alimentos e bebidas que contêm uma boa dose de cafeína, tais como cacau e alguns refrigerantes de cola, e que os resultados também indicam que doses elevadas deste composto interferem com o funcionamento das células, conduzindo a uma deterioração da fertilidade masculina”, os cientistas acham relevante continuar-se a estudar os efeitos de outras doses de cafeína.

Todos os dias
Programa sénior foi lançado há um ano e já acompanha 20 mil pessoas com mais de 70 anos com dois telefonemas por mês.

Há uma semana uma idosa contactou a Linha Saúde 24 com uma queixa inédita: se todas as amigas eram acompanhadas por este serviço, havia alguma razão para não lhe telefonarem também? De imediato foi convidada a fornecer os seus dados e juntou-se aos mais de 20 mil idosos que já são seguidos pelo programa sénior desta rede da Direcção-Geral da Saúde, contou ao jornal Público o administrador da linha, Luís Pedroso Lima.

No total, em média são 1300 as pessoas com mais de 70 anos que diariamente recebem um telefonema de um enfermeiro da rede, em funcionamento há um ano e que em 2015 quer chegar a um total de 50 mil idosos e dar mais respostas sociais.

A Linha Saúde 24 Sénior, lançada em 2014 e que funciona através do mesmo número da Linha Saúde 24 (808 24 24 24), é de adesão voluntária para as pessoas com mais de 70 anos. A ideia é contactar quinzenalmente os inscritos para avaliar o estado de saúde e outros indicadores e dar o encaminhamento necessário – como ajudar a marcar uma consulta ou apoiar na renovação da medicação. Se os enfermeiros não conseguirem localizar os utentes podem accionar a PSP e a GNR, o que tem sido muito raro. Além da idade, só há mais dois factores de exclusão: limitações auditivas que impeçam o contacto telefónico ou problemas de mobilidade que impossibilitem o idoso de ter um telefone ao alcance.

“Avaliamos neste programa nove dimensões baseadas no modelo de avaliação biopsicossocial e portanto avaliamos quer dimensões concretamente relacionadas com a saúde, quer os estados emocionais, de isolamento social, da nutrição a que as pessoas têm acesso ou até capacidade cognitiva e capacidade de se aperceberem do seu estado de memorização e capacidade intelectual”, sintetiza Luís Pedroso Lima e, em antecipação dos dados que serão apresentados publicamente nesta sexta-feira, explica que são sobretudo mulheres a viverem sozinhas e de zonas urbanas a utilizar a linha. Os distritos de Lisboa, Porto, Braga e Setúbal lideram a tabela, mas há dois concelhos que se destacam: Oeiras, em Lisboa, e Góis, em Coimbra.

O administrador adianta que o trabalho da Linha Saúde 24 Sénior tem evoluído, nomeadamente com protocolos com as administrações regionais de saúde do Centro e de Lisboa e a Vale do Tejo, “para através dos centros de saúde fazer o encaminhamento dos utentes que apresentarem um determinado défice e haver um acompanhamento de proximidade em reforço do contacto telefónico”. Estes protocolos justificam, por exemplo, o resultado de Góis, já que foram colocados enfermeiros no terreno no Centro e em Lisboa e Vale do Tejo a divulgarem o programa directamente junto dos utentes – até porque a principal dificuldade é chegar a pessoas com menor acesso à informação, já que a adesão é voluntária.

Mas o responsável acredita no potencial do serviço num país cada vez mais envelhecido. De acordo com o censo de 2011, cerca de 400 mil idosos vivem sozinhos e outros 804 mil vivem em companhia exclusiva de outros idosos, um aumento da ordem dos 28% em apenas uma década. Luís Pedroso Lima reconhece que ainda há muito a fazer: “Sentimos que na base das chamadas estão grandes dificuldades sociais, associadas à não toma da medicação por dificuldades financeiras de idosos com pensões muito baixas e até algumas situações em que as pessoas revelam má prática nutricional e falta de apetite que na verdade se deve também a condições económicas”.

Para Luís Pedroso Lima, “a linha vai ter de evoluir no sentido de nos cuidados de proximidade se atender não só à dimensão sanitária, mas também às condições socioeconómicas, encaminhando as pessoas para as instituições da segurança social”. “As pessoas gostam que exista esta preocupação de serem os enfermeiros a contactá-las e este sentido preventivo também é favorável. São pessoas que vivem isoladas e assim sentem que há alguém que se preocupa com elas”, defende, garantindo que os idosos dão provas da validade do serviço.

O administrador recorda o caso de uma filha que, após a morte da mãe, escreveu para a linha sénior a agradecer o acompanhamento e a recordar que das últimas preocupações da idosa foi ir à farmácia pesar-se e confirmar a altura, já que para o telefonema seguinte deveria ter estes dados para conseguirem calcular o seu índice de massa corporal. Há também um idoso com mais de 80 anos que decidiu estudar medicina e que no próximo contacto espera que a chamada seja feita por skype. Luís Pedroso Lima diz que estão a responder ao desafio e que esperam conseguir fazer a surpresa em breve.

Dia 28 de Abril
Cerimónia de Compromisso Profissional assinala o juramento da profissão dos novos membros da Ordem dos Nutricionistas.

Dezenas de novos nutricionistas e dietistas no dia 28 de Abril prestarão o Juramento da Profissão na Cerimónia de Compromisso Profissional da Ordem dos Nutricionistas, que se realiza às 17h30, no Palacete dos Viscondes de Balsemão (Praça Carlos Alberto, 71, Porto).

Esta cerimónia é um momento simbólico que representa o compromisso dos novos membros da Ordem dos Nutricionistas no respeito e cumprimento dos preceitos do Código Deontológico, no sentido da promoção da qualidade de vida da população, sem descriminação de qualquer natureza.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, assinalará assim a entrada dos novos membros da Ordem, numa sessão que contará com a presença de familiares e amigos dos profissionais e dos restantes órgãos da Ordem dos Nutricionistas.

Assinalando também o 3º aniversário da tomada de posse dos órgãos que constituem a estrutura da Ordem dos Nutricionistas, a Cerimónia de Compromisso Profissional integra ainda uma homenagem a Emílio Peres (1932-2003) – médico endocrinologista e professor universitário, um marco da nutrição em Portugal – cuja vida e obra será recordada por Pedro Moreira, Director da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

Estudo
Opinião recolhida junto de quase 700 jovens mostra que “a frequência dos comportamentos violentos nas relações de namoro é...

23% de uma amostra constituída por 688 estudantes do ensino secundário de duas escolas da região Centro do país “percepcionaram terem sido vítimas de violência nas relações de namoro”, revela um estudo realizado por uma professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

De acordo com o estudo, iniciado em 2011 e agora divulgado, no contexto de uma tese de doutoramento recentemente defendida (no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto), embora sendo maior a percentagem (68,9%) dos inquiridos que discordam das “crenças legitimadoras da violência”, 11,8% de estudantes disseram aceitar algumas atitudes que justificam os actos agressivos.

“Os valores mais elevados relacionados com justificação da violência pelas causas externas como o álcool, as drogas, o desemprego e a preservação da privacidade familiar, indicam que, na opinião dos participantes, se explicam e se justificam, em alguns contextos, comportamentos violentos nas relações de intimidade”, afirma a professora Maria Clara Ventura, autora do estudo realizado junto de jovens do 11º e do 12º ano de escolaridade, com uma média de idades de 17 anos.

Para a investigadora da ESEnfC, “esta perspectiva pode sugerir, não só alguma desculpabilização do agressor, mas também a indicação de alguma culpa por parte da vítima, aspecto pouco promissor na construção de relações de intimidade que devem ser baseadas na igualdade e no respeito mútuo”.

De acordo com Maria Clara Ventura, se, por um lado, os resultados do estudo (que não podem ser generalizados ao todo nacional) “comprovam que a frequência dos comportamentos violentos nas relações de namoro é elevada”, por outro, “minimizar a pequena violência e concordar com algumas atitudes abusivas dificulta a consciencialização da gravidade deste tipo de comportamentos”.

Note-se que “os valores mais elevados de legitimação da violência são encontrados nos indivíduos do sexo masculino”, o que “pode estar associado a factores de origem sociocultural, especialmente concepções mais tradicionais decorrentes da construção social da masculinidade, onde as atitudes violentas representam caraterísticas comuns e aceitáveis como manifestação do que é ser homem”, admite a investigadora da ESEnfC.

Raparigas tão violentas como os rapazes
Outros resultados do estudo revelam que não existe relação entre a ocorrência de violência e o sexo dos inquiridos. Nesta amostra, as raparigas apresentaram comportamentos violentos nas suas relações de namoro com a mesma frequência que os rapazes, o que coloca a questão de saber “se as raparigas ficaram mais violentas, ou se esta violência surge apenas como resposta à violência masculina”, interroga-se Maria Clara Ventura.

No âmbito do trabalho de doutoramento de Maria Clara Ventura, intitulado “Violência no Namoro: crenças e autoconceito nas Relações Sociais de Género. Modelo de intervenção em Enfermagem”, foi desenhado um programa de intervenção, denominado “Não à violência. (Re)aprender competências”. Abrangeu um total de 310 estudantes (grupo experimental) e utilizou estratégias susceptíveis de “produzir mudanças nos conhecimentos, atitudes e crenças nos jovens, promoção da autoestima, assertividade e empoderamento, de forma a capacitá-los para iniciarem, desenvolverem e interromperem as suas relações, mobilizando-os pelo fim da violência no namoro e promoção de estilos de vida saudáveis”.

Para a professora Maria Clara Ventura, “o trabalho nas escolas é fundamental, no sentido da desconstrução de crenças de legitimação de violência relacionadas com as relações amorosas, em que normalização e desculpabilização de algumas condutas são apontadas de forma relevante”.

Oncologistas revelam
A maioria dos 600 oncologistas inquiridos sobre as preocupações destes profissionais considera que a qualidade do tratamento...

O inquérito sobre percepções e preocupações de profissionais ligados à oncologia foi desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e será apresentado durante os Encontros da Primavera de Oncologia, que se realizam em Évora.

De acordo com os resultados, 83% dos inquiridos discorda da afirmação de que, “em Portugal, é dado aos doentes que vivem com cancro o melhor tratamento médico independentemente do hospital em que são tratados”.

A maioria dos médicos sondados considera que “em Portugal existem demasiadas assimetrias regionais no que diz respeito à prevenção e tratamento do cancro”.

A maioria dos inquiridos (71%) considera que Portugal não está preparado para lidar com o crescimento da incidência do cancro.

Segundo o estudo, 55% concorda que em Portugal existem os mesmos tratamentos para o cancro que estão disponíveis em outros países da União Europeia.

No entanto, 64% considera que os doentes oncológicos não estão a receber tratamento de acordo com as recomendações internacionais.

71% dos médicos julgam que Portugal não está preparado para lidar com o crescimento desta doença.

A maioria dos oncologistas inquiridos – com pelo menos dez anos de especialidade – considera que a comunidade científica em Portugal não tem as mesmas condicionantes orçamentais para a investigação do que outros países da União Europeia.

A maior parte destes médicos (60%) considera que em Portugal não há um acompanhamento das campanhas de sensibilização europeias para a prevenção do cancro.

No que diz respeito às inquietações dos oncologistas, 53% dos inquiridos identificaram o acesso à melhor terapêutica, de acordo com o estado da arte, como a sua primeira preocupação enquanto profissionais de saúde.

Questionados sobre o que mais dificulta a luta contra o cancro, 74% elegeu, entre outros aspectos, a carência de profissionais nos cuidados de saúde primários/hospitalares e 68% escolheu a inexistência de um programa de rastreios organizados de âmbito nacional.

A falta de conhecimento da população no que diz respeito aos problemas oncológicos foi opção de 62% dos inquiridos, enquanto 54% referiu a falta de campanhas de sensibilização da população regulares e sustentadas.

Sobre as maiores necessidades na área da formação de oncologistas em Portugal, 33% identificou “a promoção do acesso a perspectivas multidisciplinares por patologia e a criação de sinergias entre cuidados de saúde diferenciados” e 26% “a definição de requisitos de competência para a prestação das diferentes modalidades de cuidados oncológicos”.

Menos de um quinto dos inquiridos (17%) escolheu a formação clínica integral no diagnóstico e a abordagem de um conjunto alargado de doenças neoplásicas como a maior necessidade ao nível da formação dos oncologistas.

Uma larga maioria (81%) dos oncologistas auscultados considera que o doente oncológico em Portugal “está medianamente informado” sobre os seus direitos e sobre a sua doença e respectivo tratamento.

Estudo
Um estudo publicado pela The Lancet revela que a primeira vacina contra a malária a chegar à fase III de ensaios, conhecida...

Segundo o estudo divulgado pela revista britânica, a eficácia da vacina contra a malária severa é maior nos bebés do que nos recém-nascidos, mas diminui ligeiramente ao fim de um tempo em ambos os grupos.

Além disso, de acordo com os resultados, graças à RTS,S/AS01 poder-se-á prevenir um elevado número de casos de paludismo, sobretudo em zonas de elevada transmissão.

“Apesar de a sua eficácia diminuir à medida que o tempo passa, os benefícios da RTS,S/AS01 são indubitáveis”, assinala Brian Greenwood, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

“Em 2013, cerca de 198 milhões de pessoas foram afectadas pela malária, pelo que o nível de eficácia da vacina se traduz em milhões de casos de bebés doentes, os quais poder-se-iam evitar”, explicou o mesmo responsável.

Esta nova vacina tem sido desenvolvida para ser utilizada em países da África subsariana, onde a doença mata actualmente aproximadamente 1.300 crianças por dia.

A terceira fase de ensaios clínicos da vacina foi realizada num universo de 15.459 bebés – de entre seis e doze semanas de vida e de entre cinco e dezassete meses – na sua primeira inoculação, em 11 zonas de sete países subsarianos (Burkina Faso, Gabão, Gana, Quénia, Malawi, Moçambique e Tanzânia), os quais apresentam diferentes níveis de transmissão de malária.

“A Agência Europeia do Medicamentos (EMA) vai avaliar a qualidade, segurança e eficácia da vacina e, caso aprove, a Organização Mundial de Saúde (OMS) poderá recomendar o uso da RTS,S/AS01 para o mês de Outubro deste ano”, disse o professor Greenwood.

“Caso receba ‘luz verde’ esta será a primeira vacina autorizada para combater uma doença parasitária no ser humano”, frisou.

Estima-se que aproximadamente 600 mil pessoas morram anualmente em África, na sua maioria menores de cinco anos, devido à malária, produzida pelo parasita Plasmodium falciparum, que tem como vectores diversas espécies do mosquito do género Anopheles.

OMS
A ONU alertou para as cerca de 600 mil mortes anuais que a malária ainda provoca, afirmando ser urgente tomar medidas que...

A crescente resistência do parasita da malária ao medicamento de última geração 'artemisinin' está a acentuar as fragilidades na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Richard Cibulskis, coordenador do Programa de Malária Global da OMS, salienta, no entanto, os progressos “fenomenais” feitos na luta contra a doença, referindo que entre 2000 e 2013 a incidência global da malária caiu 30% e o número de mortes desceu 40%.

Ainda assim, a luta não está ganha, avisou Cibulskis em vésperas do Dia Mundial da Luta contra a Malária, que se realiza a 25 de Abril.

A doença matou 584 mil pessoas em 2013, com as crianças abaixo dos cinco anos a representarem pelo menos três quartos dessas mortes, segundo dados divulgados pela OMS.

A OMS estima que 278 milhões de pessoas ainda não têm acesso às redes mosquiteiras com insecticida que protegem as populações da doença.

A maior preocupação da OMS é neste momento a resistência do parasita ao 'artemisinin'.

A resistência do parasita à medicação tem sido detectada no sudeste asiático e há suspeitas de que o mesmo esteja a acontecer na América do Sul.

O parasita da malária é transmitido através de picadas de mosquitos e infecta os glóbulos vermelhos.

Infarmed
O Infarmed emitiu Circular Informativa relativa à suspensão de dispositivos médicos dos fabricantes Novatex Bioengineering e...

A autoridade competente francesa decidiu, a 11 de Março de 2015, suspender a colocação no mercado, o fabrico, o acondicionamento, a distribuição, a importação, a exportação e a utilização dos dispositivos médicos dos fabricantes Novatex Bioengineering e Laboratoires Orgev, até que os produtos estejam em conformidade com a legislação aplicável em vigor.

A decisão supramencionada também obriga os fabricantes em apreço a recolher os seus dispositivos médicos de todos os locais onde eles se encontrem e a divulgar a decisão da autoridade competente francesa a todas as pessoas singulares ou colectivas susceptíveis de deterem os seus dispositivos.

Em Portugal, não foram identificados registos da comercialização dos dispositivos médicos dos fabricantes Novatex Bioengineering e Laboratoires Orgev, mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que os dispositivos dos fabricantes em apreço não sejam adquiridos nem utilizados.

A existência destes dispositivos em Portugal deve ser reportada à Direcção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

Infarmed
O Infarmed emitiu Circular Informativa sobre a existência de certificados CE de conformidade falsos dos fabricantes Xinran...

Foi detectada, no mercado europeu, a existência de certificados CE de conformidade falsos relativos a dispositivos médicos dos fabricantes Xinran Medical Products Co., Limited (China) e Bora Gloves Manufacturer Co., Limited (China), ambos com o mandatário Shanghai International Holding Corporation GmbH (Europe).

Estes certificados falsos apresentam o número G2S 08 09 64733 002 e fazem referência ao Organismo Notificado TÜV SÜD Product Service GmbH Zertifizierung Medizinprodukte, com o código 0123.

O certificado falso que identifica o fabricante Xinran Medical Products Co., Limited apresenta data de emissão de 06/11/2008 e data de validade de 05/11/2015. Este certificado é relativo aos dispositivos médicos de uso único luvas de exame em latex, luvas cirúrgicas em latex, luvas em vinil, luvas em nitrilo e preservativos em latex.

O certificado falso que identifica o fabricante Bora Gloves Manufacturer Co., Limited diz respeito aos dispositivos médicos de uso único luvas em latex, luvas em vinil e luvas em nitrilo.

Em Portugal, não foi verificada a existência de registo da comercialização de dispositivos médicos de qualquer destes fabricantes mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que:

- Caso seja detectada a existência dos dispositivos médicos dos fabricantes Xinran Medical Products Co., Limited ou Bora Gloves Manufacturer Co., Limited, associados aos certificados supramencionados, estes não sejam adquiridos e utilizados, uma vez que não foram alvo de avaliação de conformidade e ostentam marcação CE 0123 falsa, o que põe em causa a sua segurança, qualidade e desempenho;

- A existência destes dispositivos em Portugal seja reportada à Direcção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Encontros da Primavera 2015
De 23 a 25 de Abril decorre a 11ª edição dos Encontros da Primavera, que conta com mais de 1.000 profissionais de saúde e a...

“A oncologia é, como sabemos, uma das áreas da medicina com maior desenvolvimento na actualidade, pelo que uma abordagem a partir do “standard” actual, mas virada para os temas de futuro, parece-nos ser uma estratégia adequada”, afirma Sérgio Barroso, presidente dos Encontros da Primavera.

Ao longo de todo o congresso são debatidas várias patologias oncológicas como por exemplo o cancro da mama, o melanoma e o cancro da tiróide, com a intervenção de peritos nacionais e internacionais. No dia 23 de Abril realiza-se o Curso Pré-congresso com o mote “Oncologia e cuidados de saúde primários”, dedicado em exclusivo aos Médicos de Clínica Geral.

“Este ano temos várias novidades, nomeadamente uma presença mais activa dos jovens oncologistas, através de trabalhos enviados para a apresentação oral ou poster. A individualização das terapêuticas e a Imuno-oncologia são temas de grande enfoque, enquanto novos paradigmas no tratamento do cancro, que permitem o aumento das taxas de sobrevida, com uma maior qualidade de vida”, afirma Sérgio Barroso.

Neste evento serão também apresentados os resultados de um inquérito realizado aos profissionais de saúde sob o tema “Percepções e preocupações dos profissionais ligados à Oncologia em Portugal”.

Os dados do inquérito vão ser apresentados durante a Sessão Especial I “Oncologia e Política de Saúde” moderada pela jornalista Lúcia Gonçalves. Esta sessão conta com a participação especial de membros da comissão parlamentar de saúde da Assembleia da República:

  • Maria Antónia Almeida Santos, Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde
  • Teresa Caeiro, deputada do CDS-PP
  • Paula Santos, deputada do PCP
  • Conceição Bessa Ruão, deputada do PSD

Estarão presentes no painel de discussão:

  • José Manuel Silva, Bastonário da Ordem dos Médicos
  • Helena Gervásio Presidente do Colégio de Oncologia da OM
  • Jorge Espírito Santo, Anterior Presidente do Colégio de Oncologia da OM
  • Gil Gonçalves, Secretário da Sociedade Portuguesa de Cirurgia
  • Tânia Teixeira, Membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Radioterapia Oncologia
  • Paula Borralho Presidente da Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica
  • Filipe Caseiro Alves Presidente da Sociedade Portuguesa de Radiologia
  • Arquiminio Eliseu Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Sobre os Encontros da Primavera

Os Encontros da Primavera são o maior congresso científica na área da oncologia em Portugal que conta com a presença de Médicos Oncologistas, Hematologistas, Cirurgiões, Radioterapeutas, Radiologistas, Internistas, Enfermeiros, Psicólogos, Clínicos Gerais e outros profissionais de saúde ligados à área da Oncologia.

 

Maio mês do Coração
Maio é o Mês do Coração e a Fundação Portuguesa de Cardiologia organiza no decorrer do mês diversas actividades. A sessão...

“A actividade física, se é das primeiras coisas que uma criança quer fazer, é também uma das últimas coisas que cada um de nós quer deixar de fazer”, afirma o Dr. Luís Negrão, assessor médico de Fundação Portuguesa de Cardiologia.

A principal preocupação da Fundação Portuguesa de Cardiologia para este mês de Maio é incentivar a comunidade para adoptar estilos de vida saudáveis, aliando a alimentação saudável a prática de actividade física regular. Na sessão solene será apresentada a campanha do Mês do Coração, assim como o programa de actividades que irão decorrer ao longo do mês. Paralelamente, serão conhecidos os resultados do estudo realizado pela empresa GfK Metris sobre o tema “Os Portugueses e a Actividade Física”.

“Em criança é só espernear, gatinhar, mexer e não ficar parado. É esta vontade de não estar parado nestas idades que contrasta com a pouca vontade de sair de frente da consola, do monitor do computador e do telemóvel, que torna os nossos jovens cada vez mais sedentários, cada vez mais parados e por isso cada vez mais obesos”, segundo o Dr. Luís Negrão.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia é uma instituição de utilidade pública que tem como objectivo geral a prevenção das doenças cardiovasculares, que constituem a principal causa de doenças e morte da população portuguesa.

Galardão incentiva investigação em Portugal
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sanofi Portugal acabam de distinguir um trabalho sobre disfunção cardíaca relacionada...

O Prémio Sanofi de Cardiologia, entregue no âmbito do XXXVI Congresso Português de Cardiologia, foi criado em 1968 para galardoar os trabalhos de investigação na área clínica no domínio desta especialidade, tendo como objectivo incentivar o espírito de investigação nos cardiologistas portugueses.

O trabalho de investigação premiado pretende apurar o papel do microRNA-155 na cardiomiopatia séptica, uma das principais causas de admissão em cuidados intensivos, e neste contexto, a presença de disfunção cardiovascular, está associada a um mau prognóstico. Este trabalho comprovou que a expressão miocárdica de micro-RNA-155 está aumentada na sépsis com disfunção cardiovascular, sugerindo assim que o microRNA-155 é um promissor alvo molecular específico no tratamento da disfunção cardíaca associada à sépsis, reduzindo assim a mortalidade nesta patologia tão grave.

Os autores são Catarina Quina-Rodrigues, Francisco Vasques-Nóvoa, Rui Cerqueira, Adelino Leite-Moreira e Roberto Roncon-Albuquerque Jr., que desenvolvem a sua actividade no Departamento de Fisiologia e Cirurgia Cardiotorácica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Serviço de Cardiologia do Hospital de Braga; Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar S. João, Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar S. João e no Serviço de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar S. João.

A Direcção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) afirma que “é com grande satisfação que atribuímos pelo 46.º ano, o Prémio Sanofi de Cardiologia, o nosso prémio mais antigo e que continua a ter um papel muito relevante no apoio dos projectos de investigação dos cardiologistas portugueses.”

Fernando Sampaio, director-geral da Sanofi Portugal, sublinha que “este é o Prémio de investigação mais antigo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sanofi continua a apoiá-lo porque o incentivo à investigação em Portugal é um dos pilares da nossa actividade. Acreditamos que o nosso desígnio de disponibilizarmos inovação aos doentes portugueses e de contribuirmos para a sustentabilidade da Saúde no nosso país também passa por apoiarmos os projectos dos profissionais e instituições de saúde”.

De acordo com os recentes indicadores sobre saúde apresentados pelo INE em 6 de Abril de 2015, a principal causa de morte em Portugal em 2013 foi a patologia do aparelho circulatório, que esteve na origem de 29,5% do total de óbitos, pelo que incentivar a investigação nesta área continua a ser um compromisso de futuro.

Beira Interior e Alentejo
Os pólenes vão voltar a estar, pela terceira semana consecutiva, em níveis muito elevados nas regiões da Beira do Interior e do...

Segundo informou a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, entre sexta-feira e o dia 30 de Abril, os pólenes deverão estar em níveis elevados na região de Trás os Montes, Lisboa e Setúbal e no Algarve.

Na Beira Litoral e na região de Entre o Douro e Minho os pólenes estarão em níveis moderados, enquanto nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira estarão níveis baixos.

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica divulga, todas as quintas-feiras, o boletim polínico, durante a primavera, estação propícia a alergias.

Desde que separados dos não fumadores
Os aeroportos poderão criar espaços específicos para fumadores, desde que não sejam compartilhados com os de não fumadores, a...

O Conselho de Ministros aprovou hoje uma proposta de lei que altera a actual legislação relativa ao tabaco e que prevê a proibição de fumo nos espaços públicos fechados.

No final da reunião, o secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, esclareceu que hoje “existe uma lei que prevê a proibição e depois há excepções que permitem a estabelecimentos com mais de cem metros quadrados terem um espaço para fumadores”.

O que fica agora previsto, e que será discutida na Assembleia da República, é que poderá ser possível a definição de um espaço para fumadores, com um conjunto de regras técnicas que terão que ser elencadas em portaria, dada a sua especificidade, explicou Leal da Costa.

O secretário de Estado referia-se especificamente aos aeroportos, onde actualmente é permitida “uma zona de fumadores aberta e compartilhada com espaços para não fumadores”.

“A partir de 2020, as áreas contíguas, de coabitação de fumadores e não fumadores, deixam de existir e os aeroportos, se assim entenderem, podem ter espaço para fumadores que não têm que ser os aquários, podendo ser outros mais agradáveis, mas isso é decisão do operador e não do Estado”, acrescentou.

Questionado sobre como será possível garantir a proibição dos cigarros electrónicos com nicotina em espaços públicos fechados, uma vez que não se distinguem dos cigarros sem nicotina, o governante reconheceu esta dificuldade, mas lembrou tratar-se da primeira vez que “se faz alguma regulamentação ao cigarro electrónico”.

No entanto, este tipo de dispositivo passará a ter obrigatoriamente um folheto informativo que incluirá os componentes do cigarro, para que a sua composição seja claramente do conhecimento das pessoas.

“Entendemos fazer a separação entre cigarros com e sem nicotina, porque não há um entendimento claro na maioria dos organismos que se têm pronunciado sobre a matéria. Para já, entendemos que o mais importante é o que tem a ver com o próprio fumador”, afirmou, mostrando-se convicto de que “a partir de agora haverá uma tendência natural para que qualquer cigarro electrónico deixe de ser consumido em espaços públicos”.

Fernando Leal da Costa fez ainda referência a um despacho, recentemente publicado, que criou um grupo de trabalho que permitirá intervenções breves nos cuidados de saúde primários, para ajudar fumadores a deixarem de fumar.

Leal da Costa afirmou ainda que há uma “intenção expressa na legislação de chamar os fumadores a terem mecanismos de desabituação tabágica: programas de base informática (úteis e que ajudam a deixar defumar), manter o acesso e aumentar consultas para casos mais problemáticos e generalizar o diagnóstico por parte dos médicos de Medicina Geral e Familiar, para fazerem intervenções breves de desabituação tabágica”.

Quanto aos estabelecimentos que fizeram obras de adaptação para poderem ser espaços de fumadores, como alguns de restauração e de bebidas, e que a diploma hoje aprovado prevê que passem a ser espaços livres de fumo, o secretário de Estado acredita que “não haverá impacto negativo sobre a indústria”.

Para Fernando Leal da Costa, uma “moratória até 2020 é muito confortável”.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, lembrou, a esse propósito, que a actual lei é de 2007, pelo que “a maior parte dos investimentos estariam amortizados em 2015 ou 2016”.

Mesmo tendo em conta aqueles que só posteriormente fizeram obras, o ministro sublinha que o prazo estipulado “teve em atenção os investimentos feitos por proprietários desses estabelecimentos”. “É [um prazo] razoável. Se tivéssemos tido em conta apenas a promoção da saúde pública, teríamos um prazo mais curto, se tivéssemos em atenção os interesses económicos, teríamos um prazo mais alargado”, afirmou.

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